trabalho humanismo (1° ano do ensino médio) normas abnt

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Escola Estadual XXX

Humanismo

Betim

2015

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Autores

XXXXXXXXXX.

Humanismo

Betim

2015

A pesquisa será apresentada à professora de

Língua Portuguesa, XX, no dia 11 de junho de

2015, 1º ano do ensino médio, turma X, Escola

Estadual XXX, Belo Horizonte-MG.

4

Sumário Introdução ................................................................................................................................... 5

Humanismo ................................................................................................................................. 6

Características do Humanismo ................................................................................................... 7

Humanismo e Renascimento ...................................................................................................... 8

Revolução Científica .................................................................................................................. 9

Humanismo na educação .......................................................................................................... 10

O Humanismo, a imprensa e as Línguas .................................................................................. 11

Fatores que favoreceram o humanismo .................................................................................... 12

Humanismo e Literatura ........................................................................................................... 13

8.1 Teatro .......................................................................................................................... 13

8.2 Poesia .......................................................................................................................... 13

8.3 Prosa ........................................................................................................................... 13

Humanismo Secular .................................................................................................................. 14

Gil Vicente ................................................................................................................................ 16

Nascimento e Morte.......................................................................................................... 16

Principais obras ................................................................................................................ 16

Resumo d'A farsa de Inês Pereira ..................................................................................... 16

Lista de personagens d'A Farsa de Inês Pereira ................................................................ 18

Auto da Compadecida .............................................................................................................. 19

Personagens ...................................................................................................................... 19

Adaptações para o cinema e televisão .............................................................................. 20

Conclusão ................................................................................................................................. 21

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 22

Anexos ...................................................................................................................................... 23

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Introdução O presente trabalha trata-se do tema humanismo, mais concretamente sobre a exaltação dos

valores humanos que se expandiu a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e

teatros em vários países da Europa.

O principal objetivo deste trabalho é apurar os conhecimentos dos integrantes gerais da turma

X do primeiro ano, não somente dos integrantes deste trabalho, de forma fácil de se entender e

criativa, usando de maneiras mais criativas o entendimento geral da turma.

O trabalho está organizado em 11 capítulos que descrevem o humanismo como um todo e como

ele [humanismo] vem perdurando através dos anos e suas consequências.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica em sites online, enriquecida com a

apresentação teatral do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, à turma.

6

Humanismo

O movimento Humanista surgiu no final do século XIV, durante o período da Renascença, como

um movimento intelectual, rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso

da Idade Média. O fundador do movimento Humanista foi o poeta italiano Francesco Petrarca

(1304-1374), o seu pensamento baseava-se no antropocentrismo (homem como centro de

interesse), se antes Deus e a igreja eram o centro e guiavam o homem e seus passos, agora é o

homem por si só através das mais aprofundadas reflexões filosóficas, que posteriormente

acabou desencadeando no período do Iluminismo. O humanismo procura o melhor nos seres

humanos e para os seres humanos sem se servir da religião.

Humanismo, no sentido amplo, significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de

tudo. Está relacionado com generosidade, compaixão e preocupação em valorizar os atributos

e realizações humanas.

A filosofia humanista oferecia novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política,

revolucionando o campo cultural e marcando a transição entre a Idade Média e a Idade

Moderna.

Através das suas obras, os intelectuais e artistas passaram a explorar temas que tivessem relação

com a figura humana, inspirados pelos clássicos da Antiguidade greco-romana como modelos

de verdade, beleza e perfeição. Alguns autores humanistas mais conhecidos são: Gianozzo

Manetti, Marsílio Ficino, Erasmo de Roterdão, Guilherme de Ockham, Carlos Bernardo

González Pecotche, Francesco Petrarca, François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas

Morus, Andrea Alciati, Auguste Comte.

Nas artes plásticas e na medicina, o humanismo esteve representado em obras e estudos sobre

anatomia e funcionamento do corpo humano.

Nas ciências, houve grandes descobertas em vários ramos do saber como a física, matemática,

engenharia, medicina e etc., que contribuíram para um levantamento concreto da história da

humanidade.

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Características do Humanismo

Entre as principais características do humanismo destaca-se:

Período de transição entre Idade Média e Renascimento;

Valorização do ser humano;

Surgimento da burguesia;

Nascimento do antropocentrismo;

As emoções humanas começaram a ser mais valorizadas pelos artistas.

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Humanismo e Renascimento

O humanismo estabeleceu os fundamentos ideológicos do renascimento europeu. O humanismo

renascentista surgiu com uma nova postura em relação às doutrinas religiosas em vigor na

época, ocorrendo um afastamento para que fosse possível uma avaliação mais racional dessas

mesmas doutrinas.

Durante o renascimento, o humanismo também foi caracterizado por tentativas de libertar o ser

humano das regras rígidas do cristianismo da era medieval. Em sentido lato, o humanismo nesta

época serviu como uma luta contra a obscuridade medieval, e levou à criação de um

comportamento científico livre de normas teológicas.

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Revolução Científica

O humanismo e o renascimento também influenciaram as mentes de cientistas e pesquisadores

da época, dando início ao chamado Renascimento Científico. Este movimento surgiu para

questionar as conclusões prontas, desenvolvidas por sábios da Antiguidade e absorvidas por

teólogos cristãos. Os novos cientistas, valorizando a razão, apresentavam uma atitude crítica

que os fazia observar os fenômenos naturais, realizar experiências, formular hipóteses e buscar

sua comprovação. Claro que essa nova mentalidade científica enfrentou resistências

principalmente da Igreja, presa às tradições medievais.

Alguns eventos merecem destaque, como o trabalho de Miguel de Servet, médico e teólogo

espanhol que descobriu o funcionamento da circulação sanguínea dissecando cadáveres. Mas

essa prática foi condenada pelos cristãos e Servet acabou morto na fogueira, na Suíça, pelo

governo de Calvino. Nicolau Copérnico, sacerdote católico e astrônomo, desenvolveu uma das

mais importantes teorias científicas da sua época, o heliocentrismo (diz que a Terra e os demais

planetas se movimentam ao redor do Sol), que se contrapôs à teoria geocêntrica (afirmava que

o Sol e os planetas se movimentavam ao redor da Terra). Despertou severas críticas,

principalmente de religiosos.

Vários cientistas foram igualmente importantes como Galileu Galilei, astrônomo italiano que

aprofundou os estudos de Copérnico; Johannes Kepler, discorrendo sobre os eclipses lunar e

solar; Francis Bacon, criador do “método científico”; René Descartes, “pai do racionalismo”;

Isaac Newton, “pai da física e da mecânica modernas”.

O humanismo, o renascimento e a revolução científica do século XVII mudaram o mundo para

sempre, desenvolvendo uma nova mentalidade, crítica, racional e ativa diante da passividade e

tradicionalismo remanescentes do medievalismo. A partir desse momento, as transformações

no mundo começariam a se acelerar e as estruturas político-sociais a sofrer forte abalo.

10

Humanismo na educação

O humanismo destacou-se pela forma como reformou a educação. Aos métodos escolásticos

das universidades medievais, centrados no treino estrito de profissionais médicos, juristas e

teólogos a partir de manuais aprovados, os humanistas contrapuseram uma educação voltada

para a prática, centrada nos estudos pré-profissionais, procurando o desenvolvimento universal

das capacidades humanas.

Acreditando que o homem estava na posse de capacidade intelectual ilimitada, consideravam a

busca de saber essencial para o uso adequado dessas faculdades. A educação humanista devia

habilitar o homem a descobrir o seu verdadeiro destino e conceber através da imitação de

modelos clássicos uma humanidade ideal. Preparando para falar e escrever com eloquência e

clareza, para melhor se envolver na vida cívica.

O Humanismo italiano inicial continuou a tradição de ensino das artes liberais da Idade Média,

mas enfatizou e renomeou os estudos iniciais, o trivium, aumentando a sua abrangência,

conteúdo e significado no currículo de escolas e universidades, sob o ambicioso nome de Studia

humanitatis. Precursores das atuais humanidades, os Studia humanitatis mantinham o estudo

da gramática e da retórica mas excluíam a lógica, e acrescentavam o estudo do grego, da

filosofia moral e da poesia, tornada a matéria mais importante do grupo.

As ideias humanistas na educação levaram à reforma das universidades e criação de colégios

para os estudos iniciais em toda a Europa.

11

O Humanismo, a imprensa e as Línguas

Empenharam-se em editar e traduzir todos os textos antigos a partir dos testemunhos

sobreviventes, alguns redescobertos (como Quintiliano) ou encontrados e trazidos do ex-

Império Romano do Oriente por gregos bizantinos. Procuravam publicar (no sentido científico)

e explicar os textos, limitando-se a uma abordagem filológica, para os depurar e corrigir a mitos

e lendas posteriores.

O ideal humanista de expansão de todo o conhecimento foi impulsionado pelo desenvolvimento

da imprensa em c.1455 por Johannes Gutenberg em Mogúncia. A publicação e divulgação de

textos acelerou, com um enorme crescimento do número de livros em circulação. No século

XV o movimento espalhou-se por todo o continente. O desenvolvimento da imprensa

multiplicou as edições em línguas nativas (vernáculas) exigindo uma padronização. O

tratamento de vernáculos floresceu e tornou-se influente no Renascimento.

Embora a gramática fosse ensinada como uma disciplina nuclear durante a Idade Média,

seguindo a influência de autores como Prisciano, a primeira gramática conhecida de uma língua

românica é um manuscrito do humanista Leon Battista Alberti, escrito entre 1437 e 1441,

intitulado Grammatica della lingua toscana. Nele Alberti procurou demonstrar que o vernáculo

(aqui o dialeto toscano, origem do italiano moderno) era tão estruturado como o Latim. Para

isso fez o mapeamento estruturas vernáculas contrapondo-as ao latim. Entre 1437 e 1586 foram

escritas, embora nem sempre imediatamente publicadas, as primeiras gramáticas de Francês,

Português, Espanhol, Holandês, Alemão e Inglês.

Com a imprensa desenvolveram-se as fontes tipográficas. Tipógrafos venezianos adotaram o

alfabeto romano em substituição da escrita gótica, inspirado nas inscrições em pedra. No recriar

entusiasta da cultura clássica, estudiosos humanistas italianos do início do século XV procuram

fontes minúsculas para combinar com as capitais romanas. Como os manuscritos clássicos

disponíveis haviam sido reescritos durante a renascença carolíngia, confundiram a minúscula

carolíngia inspirada na escrita uncial, apelidando a lettera antica. Redesenhada, com serifas

para integrá-la com as capitais romanas, desenvolveram uma família tipográfica consistente

hoje conhecida como humanista. Entre os tipógrafo que a desenvolveram estão o italiano Aldo

Manúcio e o editor francês Claude Garamond.

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Fatores que favoreceram o humanismo

A partir do século XV, o movimento humanista foi impulsionado por vários fatores:

A migração de eruditos bizantinos. Com o Império Bizantino progressivamente sitiado

pelos otomanos, muitos procuraram refúgio na Europa Ocidental, especialmente na

península itálica. Traziam com eles textos gregos e promoveram a difusão da cultura,

valores e linguagem gregos. Foi o caso de Manuel Crisolaras, estudioso de

Constantinopla, que ensinou grego em Florença desde 1396-1400, que escreveu para os

seus discípulos a obra questões de língua grega baseada na Gramática de Dionísio, o

Trácio. O seu discípulo Leonardo Bruni (1370-1444) foi o primeiro a fazer traduções do

grego para latim em grande escala, tal como Ambrose Traversari, que recomendou a

Cosimo de Medici adquirir 200 códices gregos de Bizâncio, ou Francesco Filelfo que

transportou muitos outros.

A invenção da prensa móvel. A invenção de Gutenberg permitiu a produção e

distribuição de livros a custo reduzido, assegurando a ampla disseminação das ideias

humanistas e o desenvolvimento do sentido crítico contra o magister dixit, o argumento

de autoridade medieval.

A ação dos mecenas (os patronos). Com a sua proteção política, o apreço pelo

conhecimento antigo, o afã colecionista e a remuneração financeira aos humanistas pelo

seu trabalho na imprensa, promoveram o desenvolvimento do humanismo. Entre os

mecenas mais importantes do renascimento destacam-se os Médici de Florença,

Lorenzo de Medici, o Magnífico, e seu irmão Giuliano de Medici, ou os papas Júlio II

e Leão X.

A criação de universidades, escolas e faculdades. A multiplicação de universidades e

escolas como Lovaina, Siena, Alcalá de Henares, Coimbra e as escolas do século XV,

contribuiu largamente para a expansão do humanismo em toda a Europa.

13

Humanismo e Literatura

O Humanismo também corresponde a uma escola literária que teve preponderância nos séculos

XIV e XV.

Na literatura, destaca-se a poesia palaciana (que surge dentro dos palácios), escrita por nobres

que retratavam os usos e costumes da corte. Alguns escritores italianos que mais impacto

causaram foram: Dante Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Bocaccio

(Decameron).

Teatro

O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.

Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.

Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:

Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.

“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.

Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.

“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.

Poesia

Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época. O

cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos,

satíricos, religiosos entre outros.

Prosa

Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos. Fernão Lopes foi o

mais importante cronista (historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de

Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças

da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.

Suas obras são:

“Crônica de el-rei D. Pedro”

“Crônica de el-rei D. Fernando”

“Crônica de el-rei D. João I”

14

Humanismo Secular

O Humanismo Secular, também conhecido como Humanismo Laico, é uma corrente filosófica

que aborda a justiça social, a razão humana e a ética.

Seguidores do Naturalismo, os humanistas seculares são normalmente ateus ou agnósticos,

renegando a doutrina religiosa, a pseudociência, a superstição e o conceito de sobrenatural. Para

os humanistas seculares, estas áreas não são vistas como alicerce da moralidade e da tomada de

decisões.

Ao contrário, um humanista secular tem como base a razão, a ciência, a aprendizagem através

de relatos históricos e da experiência pessoal, sendo que estes constituem suportes éticos e

morais, podendo dar sentido à vida.

O humanismo se desenvolveu e se manifestou em vários momentos da história e em vários

campos do conhecimento e das artes.

Humanismo na antiguidade clássica (Grécia e Roma): manifestou-se principalmente na

filosofia e nas artes plásticas. As obras de arte, por exemplo, valorizavam muito o corpo humano

e os sentimentos. Humanismo no Renascimento: nos séculos XV e XVI, os escritores e artistas

plásticos renascentistas resgataram os valores humanistas da cultura greco-romana. O

antropocentrismo (homem é o centro de tudo) norteou o desenvolvimento intelectual e artístico

desta fase.

Positivismo: desenvolveu-se na segunda metade do século XIX. Valorizava o pensamento

científico, destacando-o como única forma de progresso. Teve em Auguste Comte seu principal

idealizador. O Humanismo não é uma estética literária, e sim um período de transição entre a

Idade Média e a Idade Moderna, caracterizado por profundas transformações políticas,

econômicas e sociais (inclusive religiosas). Politicamente, o século XIV é marcado pela

decadência do sistema feudal, consequência da Peste Negra (entre 1347 e 1350 esta peste

devasta a Europa, causando milhares de vítimas; só em Portugal eliminou mais de 1/3 da

população); da Guerra dos Cem Anos (entre Inglaterra e França, mas com repercussões em toda

a Europa entre 1346 e 1450); a consequente escassez de mão de obra para as pequenas indústrias

artesanais emergentes.

Com o advento do século XV, diminuem as guerras, as crises, as revoltas, seguindo-se uma

recuperação política e econômica conhecida como mercantilismo. Com o enfraquecimento do

poder dos senhores feudais e o surgimento da burguesia, classe concentradora de riquezas,

fortalece-se o poder real. Alteram-se as relações sociais. Os nobres empobrecem e os burgueses

enriquecem com o comércio, provocando o surgimento das cidades (burgos). O "status"

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econômico torna-se mais importante que a nobreza de origem.

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Gil Vicente

Gil Vicente foi um poeta e dramaturgo português. É considerado, por muitos estudiosos, como

o pioneiro do teatro português. Sua obra mais conhecida é "A farsa de Inês Pereira". Suas obras

marcam a fase histórica da passagem da Idade Média para o Renascimento (século XVI).

Nascimento e Morte

Gil Vicente nasceu na cidade de Guimarães (Portugal) em 1466 e Gil Vicente morreu em 1536.

Estas datas são hipotéticas. (mais prováveis de acordo com estudos recentes)

Principais obras

- Auto Pastoril Castelhano (1502)

- Auto da Visitação (1502)

- Auto dos Reis Magos (1503)

- Auto da Índia (1509)

- Auto da Sibila Cassandra (1513)

- Auto da Barca do Inferno (1516)

- Auto da Barca do Purgatório (1518)

- Auto da Barca da Glória (1519)

- Farsa de Inês Pereira (1523)

Tendo como moto um ditado popular, “mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube”,

Gil Vicente escreveu esta comédia de costumes retratando o

comportamento amoral da degradante sociedade da época.

Resumo d'A farsa de Inês Pereira

Inês Pereira é uma moça bonita e solteira que se vê obrigada a passar o dia em meio às tarefas

domésticas. Inês sempre fica se queixando e vê no casamento a chance de se livrar dessa vida.

Ela idealiza o noivo como sendo um moço bem-educado, cavalheiro, que soubesse cantar e

dançar, enfim, que fosse um fidalgo capaz de lhe dar uma vida feliz.

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Um dia, Lianor Vaz, a casamenteira, chega na casa de Inês dizendo que havia sido atacada por

um clérigo, mas que conseguira escapar. Lianor, porém, foi à casa da moça para relatar que Pero

Marques, um rico camponês, quer se casar com Inês. A moça, então, lê a carta que Pero escreveu

com suas intenções de casamento, mas ela não se conforma com a rusticidade do moço e

concorda em recebê-lo só para rir da cara dele.

Lianor vai então buscar Pero e, enquanto isso, a mãe de Inês a aconselha a receber bem o

pretendente. Quando o moço chega, ele se comporta de modo ridículo e demonstra não ter

nenhum traquejo social. Vendo-se a sós com Pero, Inês o desencoraja quanto ao casamento e o

moço vai embora. Nisso, ela informa à mãe que havia contratado dois judeus casamenteiros

para encontrar um noive que tivesse boas maneiras.

Entra em cena Latão e Vidal, os dois judeus casamenteiros, que vieram oferecer Brás da Mata,

um escudeiro. Armado o encontro entre os dois jovens, Brás da Mata planeja ir à casa de Inês

acompanhado de seu criado, o Moço, e os dois combinam contar uma série de mentiras para

enganar a moça e conseguirem dar o “golpe do baú”. Já na casa de Inês, Brás da Mata age

conforme ela queria: a trata de modo distinto com belas palavras, pega a viola e canta. Ele a

pede em casamento, mas a mãe diz que a moça não deve fazê-lo, ao que os judeus contra-

argumentam elogiando Brás de todas as formas.

Os dois se casam e a mãe presenteia os noivos com a casa. A sós com Brás, Inês começa a

cantar de felicidade, mas ele se irrita e manda que ela fique quieta. Brás começa, então, a impor

uma série de regras e exige que a moça fique trancada o dia inteiro em casa, proibindo-a até

mesmo de olhar pela janela e de ir à missa. Pouco tempo depois, Brás informa ao Moço que

partiria para a guerra, ordenando que ele vigiasse Inês e que ela deveria ficar trancada às chaves

dentro de casa. Trancada em casa e não fazendo nada além de costurar, Inês lamenta e sua sorte

e deseja a morte do marido para que pudesse mudar seu destino.

Passado algum tempo, Moço aparece com uma carta do irmão de Inês onde ele informa que

Brás havia morrido covardemente tentando fugir do combate. Feliz, Inês despede Moço, que

vai embora lamentando seu azar. Então, sabendo que Inês havia ficado viúva, Lianor Vaz

retorna oferecendo novamente Pero Marques como novo marido. Dessa vez Inês aceita e os

dois se casam.

Com a ampla liberdade que o marido lhe dava, Inês parecia levar a vida que sempre desejou.

Um dia, chega em sua casa um Ermitão a pedir esmola e Inês vai atendê-lo. Porém, este é um

falso padre e o deus que ele venerava, na realidade, ela o Cupido. Inês reconhece o moço, que

havia sido um antigo namorado seu. Ele diz que só havia se tornado ermitão porque ela o havia

abandonado e começa a se insinuar para Inês, acariciando-a e pedindo um encontro entre os

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dois. Ela aceita e os dois marcam um encontro.

No dia marcado, Inês pede a Pero Marques que a levasse à ermida dizendo que era por devoção

religiosa. O marido consente e os dois partem de imediato. Para atravessar um rio que havia no

meio do caminho, Pero Marques carrega a mulher nas costas e essa vai cantando uma canção

alusiva à infidelidade dela ao marido e à mansidão dele. Pero segue cantando o refrão,

terminando como um tolo enganado.

Lista de personagens d'A Farsa de Inês Pereira

As personagens do teatro vicentino não têm profundidade psicológica e são tipos ou alegorias,

ou seja, são como representações de grupos, instituições ou ideias abstratas. Servem, assim, a

uma finalidade moral preconcebida pelo autor. O modo de falar das personagens reproduz a

maneira típica com que as camadas sociais e profissões que essas personagens representam

falavam.

Inês Pereira: moça bonita e solteira, que para se livrar dos afazeres domésticos sonhava em se

casar com um fidalgo.

Mãe: típica dona de casa preocupada com a educação e o futuro da filha.

Lianor Vaz: casamenteira que só respeita a opinião pública quando lhe convém.

Latão e Vidal: caricaturas do judeu espertalhão e hábil no comércio.

Pero Marques: camponês rico, porém, ignorante e sem nenhum traquejo social.

Brás da Mata (Escudeiro): escudeiro pobre que mal tinha dinheiro para se sustentar.

Moço (Fernando): criado de Brás da Mata, é humilde e se deixa explorar pelo patrão, sempre

acreditando nas mentiras que ele conta.

Ermitão: falso monge que declara ter se tornado ermitão por desilusão amorosa.

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Auto da Compadecida

Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em três atos escrita em 1955 pelo

autor brasileiro Ariano Suassuna. Sua primeira encenação foi em 1956, em Recife, Pernambuco.

Posteriormente houve nova encenação em 1974, com direção de João Cândido.

É um drama do Nordeste do Brasil. Insere elementos da tradição da literatura de cordel, de

gênero comédia apresenta traços do barroco católico brasileiro, mistura cultura popular e

tradição religiosa.

Apresenta na escrita, traços de linguagem oral por demonstrar na fala do personagem sua classe

social, apresenta também regionalismos pelo fato de a história se passar no nordeste e o autor

ter nascido lá.

Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o

texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.

A peça foi adaptada para o cinema pela primeira vez em 1969 com o filme “A Compadecida”.

Foi apresentada em 1999 na Rede Globo de televisão como minissérie, O Auto da Compadecida

(em que há um acréscimo do artigo “o” antes do nome original). Na segunda e mais conhecida

adaptação feita para o cinema em 2000, é chamada também de O Auto da Compadecida, nela

aparecem alguns personagens como o Cabo Setenta, Rosinha e Vicentão. Eles não fazem parte

da peça original, e sim de A Inconveniência de Ter Coragem, também de Ariano Suassuna.

Personagens

O Palhaço: o palhaço, já que a peça é escrita em pantomima (teatro de rua), atua como um

apresentador, entrando e saindo da trama e conversando com o público.

João Grilo: é um homem pobre e aproveitador. Vive arranjando confusões. Trabalha para o

Padeiro e é o melhor amigo de Chicó.

Chicó: é um homem covarde, e gosta de contar mentiras. Trabalha para o Padeiro e é o melhor

amigo de João.

O padeiro: homem avarento, dono da padaria de Taperoá. Esposo de uma mulher infiel.

A mulher do padeiro: uma mulher adúltera que se diz santa. Vive agradando seu marido. Assim

como seu cônjuge, é muito avarenta.

Padre João: padre que chefia a paróquia de Taperoá. Muito racista e avarento, visando somente

o lucro material.

Bispo: assim como o padre, ele é muito avarento, e vive difamando seu colega, o Frade.

Frade: um homem honesto e de bom coração. Não sabe que vive sendo difamado pelo Bispo.

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Sacristão: o sacristão da paróquia é um homem desconfiado e conservador. Antônio Morais:

Antônio é um major ignorante e autoritário, que usa seu poder para amedrontar os mais pobres.

Severino: é um cangaceiro que encontrou no crime uma forma de sobrevivência, já que seus

pais foram mortos pela Polícia.

Cangaceiro: é um dos capangas de Severino. Vive fazendo de tudo para agradar seu chefe, a

quem idolatra.

A Compadecida: é a própria Nossa Senhora. Bondosa e cândida, ela intercede por todos no

Julgamento.

Manuel: é o próprio Jesus Cristo, e também o juiz do povo, julgando sempre com sabedoria e

imparcialidade, mas tem o dom da misericórdia. Nesta versão, ele possui a pele negra, o que

causa espanto em alguns.

Encourado: é a encarnação do Diabo. Vive tentando imitar Manuel, por isso exige reverências

pelos lugares onde passa. É o justo promotor do Julgamento, mas diferentemente de Manuel e

da Compadecida, não possui misericórdia.

Satanás: é o fiel servo do Encourado. Vive fazendo de tudo para agradá-lo, porém é desprezado

pelo mesmo.

Adaptações para o cinema e televisão

O Auto da Compadecida (minissérie)

O Auto da Compadecida (filme)

Auto Compadecida (filme de 1969)

Os Trapalhões no Auto da Compadecida (filme)

Nós, os que estão designados com o tema humanismo, representaremos de forma teatral.

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Conclusão

Neste trabalho, nós, seletos alunos da turma X, abordamos o tema humanismo, que foi a

exaltação dos valores humanos dando uma nova dimensão ao homem. O humanismo se

expandiu a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma,

Florença, Nápoles, Paris e Londres. O humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os

textos antigos, principalmente gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a

valorização do ser humano e a necessidade de encontrar a verdade por meio da razão

(observação e experiência). Portanto, concluímos que os humanistas eram todos os intelectuais

que criticavam a mentalidade medieval e uma de suas características principais era a

abrangência de conhecimentos (não se especializavam em só uma área de conhecimento).

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Referências bibliográficas

http://www.brasilescola.com/literatura/humanismo.htm

http://www.significados.com.br/humanismo/

http://www.10emtudo.com.br/aula/vestibular/humanismoconceito/

http://www.suapesquisa.com/oque/humanismo.htm

http://www.infoescola.com/literatura/humanismo/

http://www.debatesculturais.com.br/origem-e-breve-historia-do-movimento-humanista/

http://educacao.globo.com/historia/assunto/modernidade-na-europa/humanismo-

renascimento-e-revolucao-cientifica.html

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Anexos