trabalho de geologia formatado

31
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS GEOLOGIA ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, BIOLÓGICOS E GEOLÓGICOS DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ, SANTA CATARINA Anderson Machado Barbosa Carla de Souza Rosa Mariane Dahmer Priscila Barros Delben Sheila Simone Kerber Veronyca Rivero Corrêa de Souza

Upload: leandra-formentao

Post on 09-Dec-2014

146 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Trabalho de Geologia Formatado

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIASGEOLOGIA

ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, BIOLÓGICOS E GEOLÓGICOS DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ, SANTA CATARINA

Anderson Machado BarbosaCarla de Souza Rosa

Mariane DahmerPriscila Barros DelbenSheila Simone Kerber

Veronyca Rivero Corrêa de Souza

Florianópolis – SCJulho de 2012

Page 2: Trabalho de Geologia Formatado

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2. GEOLOGIA DE SANTA CATARINA.......................................................................3

2.1. Província Costeira.............................................................................................4

2.2. Geologia da Planície Costeira...........................................................................4

2.3. Estatigrafia da Planície Costeira..........................................................................5

2.4. Setores Fisiográficos da Planície Costeira...........................................................6

3. SETOR SUL DA PROVÍNCIA COSTEIRA: MUNICÍPIO ARARANGUÁ.................7

3.1. Aspectos Históricos................................................................................................7

3.2. Aspectos Geográficos.............................................................................................8

3.3. Aspectos Geológicos...............................................................................................9

3.3.1. Formação Rio do Rasto e Formação Teresina.........................................10

3.4. Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá...............................................................13

3.5. Aspectos Biológicos..............................................................................................16

4. REFERÊNCIAS..................................................................................................................19

2

Page 3: Trabalho de Geologia Formatado

1. INTRODUÇÃO

O estado de Santa Catarina está localizado na região Sul do Brasil, entre os paralelos

25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude

Oeste (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2012). O estado apresenta

6.248.436 habitantes, área de 95.703,487 km² e 293 municípios (IBGE, 2010) (Figura 1).

Figura 1. Localização do estado de Santa Catarina (Fonte: HORN FILHO, 2003).

2. GEOLOGIA DE SANTA CATARINA

De acordo com Scheibe (1986), Santa Catarina apresenta seis litotipos: migmatitos

(rochas metamórficas em estado de fusão com coexistência de feições ígneas e metamórficas)

e granulitos (rochas de alto grau metamórfico) do éon Arqueano; granitos, rochas

metassedimentares (rochas sedimentares iniciais) e metamórficas associadas, de idade

proterozóica; rochas sedimentares gonduânicas paleozoicas; rochas basálticas, intermediárias

e ácidas mesozoicas; rochas alcalinas do final do Era Mesozoica e início do Período Terciário

(Era Cenozoica); e sedimentos do litoral, da idade cenozoica (HORN FILHO, 2003). 

Horn Filho & Diehl (1994, 2001) subdividiram a geologia catarinense em cinco

grandes províncias geológicas, ou seja, unidades geomorfológicas posicionadas por seus

caracteres estruturais, petrográficos, sedimentares e evolutivos: Escudo Catarinense; Bacia do

3

Page 4: Trabalho de Geologia Formatado

Paraná; Planalto da Serra Geral; Complexo Alcalino e Província Costeira (Figura 2) (HORN

FILHO, 2003).

Figura 2. Províncias geológicas do estado de Santa Catarina. (Fonte: HORN FILHO, 2003).

2.1. Província Costeira

A fragmentação do Gonduana, que separou a América do sul da África, gerou

unidades geológicas, o embasamento e as bacias sedimentares marginais de Pelotas e

Santos, que constituem a Província Costeira. Essas unidades são extracontinentais, de

caráter tectônico passivo e estão assentadas no oceano Atlântico (ALMEIDA et al.,1976).

O termo província costeira descreve uma unidade tridimensional abrangendo os aspectos

geológicos, estratigráficos e estruturais (VILLWOCK, 1972 apud HORN FILHO, 2003).

É uma região onde predominam os terrenos de baixa altitude (até 60m) e profundidade

(até 200m), sendo adjacente aos continentes, oceanos, mares e composta a priori de

sedimentos consolidados a semi-consolidados e de forma secundária por rochas cristalinas

e sedimentares.

A compartimentação mais recente da Província Costeira catarinense foi proposta por

Diehl & Horn Filho (1996), definindo oito setores geológico-geomorfológicos: Central

(118km), Setentrional (86km), Centro-Norte (81km), Nordeste (70km), Meridional

(69km), Centro-Sul (63km), Sudeste (26km) e Sul (25km) (HORN FILHO, 2003) (Figura

3). 

2.2. Geologia da Planície Costeira 

A planície costeira abrange depósitos característicos de dois sistemas: o sistema

continental e sistema transicional ou costeiro. O sistema continental está associado às encostas

4

Page 5: Trabalho de Geologia Formatado

das terras altas, englobando os depósitos coluvial, de leque aluvial e fluvial, geralmente

datados do Quaternário indiferenciado.  

Figura 3. Setores geológico-geomorfológicos da Planície Costeira (Fonte: HORN FILHO, 2003).

O sistema costeiro, na maioria das regiões do tipo laguna-barreira, associado às

variações relativas do nível do mar ocorridas durante o Quaternário, compreende depósitos

pleistocênicos e holocênicos; dos ambientes marinho raso, eólico, lagunar e paludial, cujas

principais formas de relevo são terraços, dunas, cordões regressivos e planícies. Depósitos do

Quinário incluem sedimentos de origem artificial construídos pela ação tecnógena

antropogênica, como aterros e rejeitos minerais. Os sambaquis, de idade holocênica, típicos

da planície costeira catarinense, constituem acumulações de origem natural, com mistura de

materiais de origem sedimentar, artefatos líticos e restos orgânicos.

O sistema praial localizado entre os sedimentos da planície costeira e da plataforma

continental exibe praias diversificadas no que diz respeito às características geomorfológicas,

sedimentológicas e morfodinâmicas.

A costa do estado de Santa Catarina é classificada como uma costa do tipo Atlântico, de

granulometria predominantemente arenosa, com presença marcante de afloramentos

rochosos. 

5

Page 6: Trabalho de Geologia Formatado

2.3. Estratigrafia da Planície Costeira

Cada região mapeada da Província Costeira de Santa Catarina apresenta sua estratigrafia

específica, entretanto, em traços gerais, a mesma pode ser observada no Quadro 1. A coluna

estratigráfica consiste de unidades litoestratigráficas do embasamento e depósitos e suas

fácies dos sistemas deposicionais continental, costeiro e marinho, típicos dos ambientes da

planície costeira e plataforma continental. As idades dos depósitos são variáveis, com

acumulações que ocorrem desde o Terciário até o Quinário.

Quadro 1. Estratigrafia geral da Província Costeira Catarinense (Fonte: HORN FILHO, 2003).

2.4. Setores Fisiográficos da Planície Costeira

A Província Costeira de Santa Catarina foi compartimentada do ponto de vista

fisiográfico em três setores diferenciados: Norte, Central e Sul. Entretanto, interdigitados

entre si, no qual Araranguá ocupa uma posição de destaque localizada no setor Sul. Este

possui forte presença de depósitos quartenários dos ambientes sedimentares marinho e

lagunar, que são típicos do sistema deposicional lagura-barreira, o distinguindo dos demais

setores dessa província (Quadro 2).

O Setor Sul apresenta terras altas e tem como destaque de planícies as seguintes

feições morfológicas: complexo lagunar Imaruí-Mirim-Santo Antônio, barreira múltipla

complexa e morro dos Conventos (HORN FILHO et al., 1988 apud HORN FILHO, 2003).

Com relação à plataforma continental, a fácies arenosa acompanha praticamente todos

os setores da Província Costeira, enquanto que as lamas representam faixas de largura

consideráveis paralelas à costa nos setores Norte e Sul. No que se refere às praias do litoral

catarinense voltadas para o oceano Atlântico, no setor Sul predomina o estágio modal

6

Page 7: Trabalho de Geologia Formatado

dissipativo e a granulometria arenosa é fina, a forma do litoral é retilínea e contínua e a forma

das praias é alongada (HORN FILHO, 2003).

Quadro 2. Aspectos geológicos, geomorfológicos e geográficos do setor Sul da Província Costeira (Fonte: HORN FILHO, 2003).

3. SETOR SUL DA PROVÍNCIA COSTEIRA: MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ

O litoral sul brasileiro pode ser dividido, segundo Muehe (1998) em dois

macrocompartimentos: o Macrocompartimento Litoral Retificado Norte (que se estende do

cabo de Santa Marta – SC até a cidade de Torres – RS) e o Macrocompartimento dos Sistemas

de Laguna (que engloba todo o litoral do Rio Grande do Sul).

Araranguá está situada no primeiro macrocompartimento, o qual é caracterizado por

ter um único arco-praial, com pouco mais de 117 km de extensão, interrompido apenas por

canais de maré, como a barra do Urussanga e a barra do Araranguá (POMPÊO &

MOSCHINI, 2001).

7

Page 8: Trabalho de Geologia Formatado

3.1 Aspectos Históricos

A região onde atualmente está localizado o município de Araranguá foi habitada, até

meados do século XVIII, por índios carijós e kaingangs (Santa Catarina Turismo, 2012). No

início do século XIX, chegaram à região os portugueses, vindos de Laguna e, mais tarde,

imigrantes italianos, alemães, poloneses e espanhóis. Com a chegada desses povos, as etnias

que anteriormente habitavam a região foram exterminadas. Atualmente, a maioria dos

moradores apresenta descendência italiana (Governo do Estado de Santa Catarina, 2012).

Em 1848, a região recebeu o nome de Nossa Senhora Mãe dos Homens e foi

caracterizada como distrito subordinado ao município de Laguna. Em 1864, passou a se

chamar Campinas e, em 3 de abril de 1880 foi emancipada, passando a se chamar Araranguá,

período em que foi desmembrado dos municípios de Laguna e Tubarão (IBGE, 2012).

A partir de 1880 diversos distritos no entorno da região foram criados e, hora

anexados hora desmembrados de Araranguá. A última divisão territorial ocorreu em 1999,

quando o município passou a ser constituído por distritos: Araranguá, Hercílio Luz, Balneário

Morro dos Conventos e Sanga da Toca (IBGE, 2012).

3.2. Aspectos Geográficos

O município de Araranguá localiza-se no Setor Sul da Província Costeira, no extremo

sul do estado de Santa Catarina, a 210 km da capital do estado, Florianópolis (Governo do

Estado de Santa Catarina, 2012). Está situado entre as coordenadas 28° 49’ 59” a 29° 59’ 48”

de latitude Sul e 49° 17’ 26” a 49° 37’ 23” de longitude Oeste de Greenwich (Figura 4). Os

limites geográficos são ao sul o município de Sombrio, ao norte Maracajá, a leste o Oceano

Atlântico e o Balneário Arroio do Silva e a oeste os municípios Turvo e Meleiro (AZEVEDO,

2004) (Figura 5).

Araranguá possui uma área de 303.907 km² e 61.310 habitantes (IBGE, 2012).

Encontra-se situado a 13 metros de altitude e, de acordo com a classificação de Köppen,

apresenta clima caracterizado como mesotérmico úmido com temperatura média de 20ºC

(Governo do Estado de Santa Catarina, 2012).

A economia do município gira em torno da agriculta, comércio e algumas indústrias.

Na agricultura há destaque para a produção de arroz, mandioca, feijão, fumo e milho. No setor

industrial podemos citar as indústrias metalúrgica, cerâmica, moveleira e de confecções

(Cidades, 2012).

8

Page 9: Trabalho de Geologia Formatado

Figura 4. Localização geográfica do município de Araranguá, Santa Catarina. (Fonte: Google Mapas,

2012).

Figura 5. Limites geográficos do município de Araranguá, Santa Catarina. Fonte: Santa Catarina

Turismo, 2012.

3.3. Aspectos Geológicos

 Araranguá possui um embasamento cristalino constituído pelas rochas mais antigas

do Estado de Santa Catarina, cujas idades vão desde 2,5 bilhões de anos (Éon

Proterozoico) até 570 milhões de anos (Éon Proterozoico, Era Pré Cambriana) (Conceição,

2012).

9

Page 10: Trabalho de Geologia Formatado

A área urbana da cidade de Araranguá é formada por depósitos sedimentares

quaternários com ocorrência de rochas das formações Rio do Rasto que são constituídos

por siltos, argilitos e arenitos finos de cores que graduam do verde ao vermelho, com

representação local de bancos calcíferos com abundantes fragmentos de conchas; e da

Formação Teresina a qual é composta por depósitos marinhos, sendo constituídos por

rochas sedimentares de granulometria muito fina. A Planície Costeira é formada por

sedimentos marinhos formados por depósitos marinhos parcialmente recobertos por dunas

litorâneas.  Há também a ocorrência de sedimentos lagunares (matéria orgânica), típicos do

sistema deposicional laguna-barreira (HORN FILHO et al., 1988 apud HORN FILHO,

2003). Os sedimentos continentais são depósitos gravitacionais de encosta (eluviões e

coluviões) e adquirem características graduais de sistemas de leques aluviais para canais

anastomosados. Ocorre também depósitos de areias, argilas e cascalhos de sedimentos

inconsolidados, que são porosos e permeáveis com espessuras variáveis que constituem os

sedimentos aluviais. Esta estrutura forma vales fluviais com planícies de inundação

(GOMES, 1987). Esses depósitos são formados por areias, argilas e cascalhos de

sedimentos inconsolidados, porosos e permeáveis com espessuras variáveis. Devido a estas

características estas áreas sofrem a ação direta das águas e ventos resultando em erosão. A

alta porosidade e grau de permeabilidade indicam que essas áreas sedimentares possuem

lençol freático muitas vezes próximo à superfície, proporcionando uma facilidade ao

aproveitamento com poços rasos, mas também o perigo de contaminação por dejetos. A

ocupação humana é implicada nestas áreas, já que nas áreas baixas há constantes

inundações e nas áreas de paleodunas há intensa erosão quando desprovidas de vegetação.

Além de que muitas destas áreas são protegidas da ocupação por questões legais de

legislação federal específica.  

3.3.1. Formação Rio do Rasto e Formação Teresina

A formação do Rio do Rasto está localizada na região Sul do Estado de Santa Catarina

(Figura 6). Nesta região ocorre um dos melhores conjuntos de afloramentos da coluna

estratificada da borda sudeste da Bacia do Paraná, representando uma das colunas clássicas da

estratigrafia do Gondwana mundial (WHITE, 1988).

10

Page 11: Trabalho de Geologia Formatado

Figura 6. Representação geral da Serra do Rio do Rasto.

Na formação Rio do Rasto há uma transição entre a deposição de um ambiente

marinho raso e depósitos de planície costeira, passando à implantação de uma sedimentação

flúvio-deltaica, ou seja, vários canais ou braços do leito do rio. A formação Rio do Rasto é

dividida em dois membros: Serrinha (Inferior) e Morro Pelado (Superior).

O Membro Serrinha é constituído por arenitos finos, bem selecionados, intercalados

com siltos e argilitos da tonalidade que gradua do cinza ao vermelho, podendo vir a conter

calcário margoso. Ocorre laminação cruzada entre os arenitos e siltos, de forma ondulada. As

camadas silto-argilosas mostram laminação plano-paralela (decantação). Os siltos e argilitos

demostram desagregação esferoidal bastante desenvolvida e sendo um referencial para a

identificação desse membro (GORDON JR, 1947).

As litologias da sequência Serrinha são resultados de avanços graduais de desgastes

clásticos de planícies por marés, o que caracteriza um ambiente de transição entre os

depósitos de águas rasas da Formação Teresina e os continentais do Membro Morro Pelado

(SCHNEIDER et al, 1974). Dessa forma, caracteriza-se um ambiente marinho transicional e a

graduação das cores mais avermelhadas da base para o topo do membro Serrinha sugerem

condições mais oxidantes (ABOARRAGE & LOPES; 1986).

O Membro superior Morro Pelado é um depósito em ambiente flúvio-deltáico

(ABORRAGE & LOPES, 1986). É constituído por lentes de arenitos finos, avermelhados,

intercalados em siltos e argilitos (os quais podem apresentar diferentes cores, como tons de

roxo, marrom, verde, amarelos dentre outros). Verifica-se sedimentos estratificados, plano

paralelo de forma cruzada acanalada, laminação plano paralela, cruzada, e de corte e

preenchimento (Figuras 7 e 8). Suas camadas possuem geometria sigmoidal ou tabular.

Apesar de possuir sedimentos de lagos e planícies aluviais, recobertos por dunas de areia de

clima árido este ambiente é estritamente continental (SCHNEIDER et al, 1974).

11

Page 12: Trabalho de Geologia Formatado

O conteúdo fossilífero desta formação é constituído por pelecípodes (moluscos

bivalves), conchostráceos (pequenos crustáceos de carapaça bivalve), palinomorfos (grãos de

pólen vegetal ou esporos fúngicos), restos de plantas e por anfíbios labiritodontes (Classe

Amphibia, Sub-classe Labyrinthodontia). Além de folhas e caules das espécies

Dichoplhyllites sp., Paracalamites sp., Schizoneura sp., Glossopteris sp., Pecopteris sp.,

Neoggerathiopsis sp. e Dizeugtheca sp. que posssibilitam posicionar esta formação entre o

Permiano Superior e o Triássico Inferior (Castro et al; 1994).

Figura 7. Representação de arenitos avermelhados, com estratificação plano-paralela e cruzada

acanalada. Estrada Pântano Grande – Rio Pardo, RS. Foto de Ricardo da Cunha Lopes.

Figura 8. Representação de siltos e argilitos avermelhados, com estratificação plano-paralela. Sapucaia

do Sul, RS. Foto: Geraldo de Barros Pimentel.

A formação Teresina se localiza sob a formação do Rio do Rasto, tendo a Formação

Serra Alta subjacente. É paleontologicamente constituída por restos de plantas,

lamelibrânquios (bivalves) e palinomorfos (compostos orgânicos de dimensões diminutas).

Segundo a Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná (PETROBRÁS, 1994 apud Plano de

Recuperação de Áreas Degradadas, 2008), esta Formação data do Permiano Superior.

12

Page 13: Trabalho de Geologia Formatado

Quanto à descrição litológica, a Formação Teresina é constituída por argilitos, folhetos

e siltos de cor cinza ao verde que se intercalam com arenitos muito finos acizentados. Possui

principalmente sedimentos do tipo “flaser” que é uma estrutura lenticular alongada de argila

formada pela deposição de lama em calhas das marcas de onda ou de corrente, e que

posteriormente são recobertas por novas deposições de areia cobrindo essas lentes e

originando laminações cruzadas, plano paralela, ondulada e convoluta, estratificação

“hummocky”, marcas onduladas e gretas de contração. De acordo com as características dos

sedimentos encontrados nesta formação é possível admitir que houve uma deposição em

ambiente marinho de águas rasas e agitadas, com muitas ondas e ação do tipo infra-maré a

supra-maré (White, 1988). Eventualmente também há intercalações de camadas de calcário

impuro, às vezes oolíticos e silicificados (COSTA, 2010). Este calcário oolitico é

caracterizado por grãos arredondados formados por precipitação química de carbonato de

cálcio inorgânico em águas agitas e onde há pouca deposição de material detrítico.

3.4. Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá

A rede hidrográfica da Região do Extremo Sul Catarinense pertence ao sistema da

Vertente do Atlântico e insere-se em duas bacias hidrográficas, a do Rio Araranguá e a do Rio

Mampituba (Figura 9). Os rios que drenam estas duas bacias são de um modo geral de

pequena extensão, escoando de Oeste para Leste da região, tendo suas nascentes na serra geral

ou encosta (ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO EXTREMO SUL CATARINENSE,

2012).

O Rio Araranguá encontra-se localizado no extremo-sudeste do Estado de Santa

Catarina entre os paralelos 28° 54’ e 28° 55’ S, no Município de Araranguá e entre os

meridianos 49° 18’ e 55° W. É o formador principal da bacia hidrográfica do Rio Araranguá e

forma com as bacias dos rios Urussanga e Mampituba, a Região Hidrográfica Estadual do

Extremo Sul de Santa Catarina (SANTOS, 2006).

13

Page 14: Trabalho de Geologia Formatado

Figura 9. Bacias Hidrográficas dos Rios Araranguá e Mampituba (Fonte: ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO EXTREMO SUL CATARINENSE, 2012).

A nascente do Rio Araranguá está localizada no Parque Nacional da Serra Geral no

estado do Rio Grande do Sul, onde possui o nome de Rio da Pedra. O rio nasce nos campos de

cima da serra e se direciona ao Oceano Atlântico, com um total de 110km de extensão. Passa

a ser chamado de Araranguá ao entrar na região do município de mesmo nome e receber as

águas do Rio Mãe Luzia. Sua foz está localizada próxima ao Morro das Pedras (Araranguá –

SC).

Cerca de 15 cursos d’água principais compõem o seu sistema hídrico, dentre os quais se

destacam os Rios Mãe Luzia, Amola Faca, Itoupava, Jundiá, dos Porcos, Turvo, das Pedras,

Araranguá e São Bento (Figura 10).

Sua bacia hidrográfica abrange 16 municípios, dentre os quais Araranguá, Criciúma e

Nova Veneza (Figura 11). Os principais rios desta bacia, além do Rio Araranguá, são: o Rio

Manoel Alvez, Rio Amola Faca, Rio Itoupava, Rio da Pedra (ASSOCIAÇÃO DOS

MUNICÍPIOS DO EXTREMO SUL CATARINENSE, 2012).

14

Page 15: Trabalho de Geologia Formatado

Figura 10. Rede Hidrográfica da Bacia do Rio Araranguá.

Figura 11. Localização da área correspondente à bacia hidrográfica do Rio Araranguá.

Atualmente é um dos pontos considerados críticos no estado com relação à

disponibilidade hídrica e à qualidade das águas, sendo que nessa bacia 2/3 dos seus rios 15

Page 16: Trabalho de Geologia Formatado

encontram-se poluídos (KREBS & ALEXANDRE, 2000). Segundo Krebs & Alexandre

(2000), as principais fontes de poluição é a provinda do meio urbano (em razão da falta de

rede de canalização e tratamento de esgoto nos municípios), também na região onde recebe as

águas do Rio Mãe Luzia (que é contaminado pelos defensivos agrícolas das plantações de

arroz que irriga) e pelos resíduos das atividades mineradoras que atingem o Vale do

Araranguá (como o beneficiamento de carvão).

O comprometimento ambiental da sub-bacia do Rio Mãe Luzia é ainda mais agravado

pelo seu histórico de ter concentrado cerca de 70% das atividades produtoras de carvão do

Brasil durante os anos de 1970 e 1980. Acrescentando-se a isso, a situação de poluição deste

rio é agravada ao receber as águas do Rio Sangão, que é por sua vez atingido por poluentes

das atividades de beneficiamento de carvão, poluição industrial, resíduos urbanos e esgotos

domésticos provindos de Criciúma (KREBS & ALEXANDRE, 2000).

De acordo com estudos da Mitsubishi Material Corporation (1997), somente as áreas de

mineração a céu aberto, minas de subsolo e áreas de deposição de rejeitos piritosos, são

responsáveis por 3668ha de áreas degradadas. Neste contexto, o uso racional e a preservação

dos recursos hídricos adquirem uma importância vital, uma vez que são imprescindíveis não

só para os seres humanos, mas como para toda a biota local.

O Rio Itoupava que participa da formação do Rio Araranguá (Figura 10), é fortemente

atingido por poluentes provenientes do plantio de arroz. Krebs & Alexandre (2000) alertam

para o grande volume de sólidos transportados pelos rios – que é aumentada durante a época

do preparo das quadras para o plantio de arroz –, pois isto pode incrementar a perda de solos

agricultáveis e comprometer o rio por assoreamento, aumento da turbidez e arraste de

defensivos agrícolas incorporados ao solo, prejudicando a qualidade da água.

Apesar de o rio Araranguá sofrer salinização em sua foz, é praticada a pesca artesanal,

onde os pescadores trabalham com o auxílio dos botos (Tursiops sp., Ordem Cetacea, Família

Delphinidae) para encurralar os peixes em suas redes. Este tipo de atividade é benéfica para as

duas espécies, por otimizar as chances de captura de peixes para ambos os animais e ser mais

seletiva quanto ao tamanho dos peixes, sendo um mutualismo (DAURA-JORGE et al., 2012).

Entretanto, devido ao pequeno tamanho populacional da colônia de botos nos arredores de

Araranguá, este cenário está muito à mercê das intempéries, apresentando riscos

principalmente para os botos, que sofrerão por falta de habitat e recursos alimentares.

2.5. Aspectos Biológicos

16

Page 17: Trabalho de Geologia Formatado

O município em questão também é demarcado pela presença dos seguintes corpos

hídricos: Rio Araranguá (ao Norte), Rio Itaipava (a Oeste), Arroio do Silva (a Leste) e Lagoa

do Caverá (ao Sul). Nesta área predomina a Cobertura Sedimentar do Quaternário (a qual é

constituída por depósitos inconsolidados de areias, de siltos, argilas ou aglomerados, ao longo

da planície costeira e nos vales principais dos cursos d’água), existem naturalmente extensões

de dunas e praias, as quais abrigam uma biota característica.

Os depósitos presentes nesta região podem ser marinhos, aluvionares, lagunares,

eólicos e coluvionares. Estes depósitos oferecem distintos recursos para os seres vivos, e

entende-se por “recurso” qualquer item que propicie a sobrevivência destes seres, como

energia térmica, energia luminosa, fonte de energia para alimentação, substrato, dentre outros.

Em Araranguá são bem caracterizadas as dunas da região Morro dos Conventos. Este

ambiente de depósito praial, é ecologicamente denominado “ambiente de restinga”.

A Resolução do Conama n. 261/1999 (BRASIL, 1999), que estabelece e aprova os

parâmetros básicos para análise dos estágios sucessionais de vegetação de restinga para o

estado de Santa Catarina, define restinga como “um conjunto de ecossistemas que

compreende comunidades vegetais florística e fisionomicamente distintas, situadas em

terrenos predominantemente arenosos, de origens marinha, fluvial, lagunar, eólica ou

combinações destas, de idade quaternária, em geral com solos pouco desenvolvidos. Estas

comunidades vegetais formam um complexo vegetacional edáfico e pioneiro, que depende

mais da natureza do solo que do clima, encontrando-se em praias, cordões arenosos, dunas e

depressões associadas, planícies e terraços.”

Segundo Falkenberg (1999), o termo restinga vem sendo cada vez mais utilizado no

sentido de ecossistema, considerando não só as comunidades de plantas, mas também as de

animais e o ambiente físico em que vivem.

A ação de fatores como soterramento pela areia, freqüência do vento, falta de água (ou

em alguns locais o alagamento), alta salinidade, pobreza de nutrientes no solo, excesso de

calor e luminosidade tornam os ecossistemas de restinga frágeis (BRESOLIN, 1979;

WAECHTER, 1985; HESP, 1991 apud KLEIN et al, 2007). Em função dessa fragilidade, a

vegetação da restinga, exerce papel fundamental para a estabilização dos sedimentos e

manutenção da drenagem natural, bem como para a preservação da fauna residente e

migratória associada que encontra neste ambiente disponibilidade de alimentos e locais

seguros para nidificar e proteger-se de predadores (BRASIL, 1999).

17

Page 18: Trabalho de Geologia Formatado

Na restinga existe a formação de lagoas costeiras, as quais no litoral brasileiro são muito

abundantes e variam desde pequenas depressões, preenchidas com água da chuva e/ou do mar,

de caráter temporário, até corpos d’água de grandes extensões como a lagoa dos Patos no Rio

Grande do Sul (ESTEVES, 1998 apud POMPÊO & MOSCHINI, 2001). Segundo Esteves

(1998 apud POMPÊO & MOSCHINI, 2001), as lagoas costeiras são de grande importância,

constituindo-se regiões de interface entre zonas costeiras, águas interiores e águas costeiras

marinhas.

Mesmo apresentando tal importância, os ecossistemas de restinga têm sofrido crescentes

impactos nos últimos 50 anos, principalmente devido à especulação imobiliária, invasão de

espécies exóticas e expansão das áreas de agropecuária (SCHERER et al., 2005 apud KLEIN,

et al, 2007).

No que se refere à flora vegetal de dunas costeiras, há tanto plantas perenes, quanto

anuais de inverno e de verão (CORDAZZO & SEELIGER, 1987). Nas zonas costeiras do sul

do Brasil, de um modo geral, as espécies dominantes são Blutaparon portulacoides, Panicum

racemosum, Spartina ciliata, Hydrocotyle bonariensis, Andropogon arenarius e

Androtrichum trigynum. A distribuição e abundancia destas espécies está diretamente ligada à

estabilidade do substrato e a distancia do lençol freático (CORDAZZO, 1985; CORDAZZO

& SEELIGER, 1993). A espécie Blutaparon portulacoides em especial, uma planta

rizomatosa, é também controlada por processos de deposição e erosão de areia. Hidrocotyle

bonariensis explora oportunisticamente as áreas sazonalmente alagadas (COSTA, 1987;

COSTA & SEELIGER, 1988). Andropogon arenaius é uma planta perene, endêmica de dunas

estáveis do sul do Brasil e Uruguai (CORDAZZO, 1985).

Quanto à fauna, os insetos são o grupo dominante das dunas costeiras. Os coleópteros

(besouros), com mais de 40 espécies são os mais diversos, com destaque para escarabídeos

cavadores de areia. Há também espécies associadas com a porção aérea das plantas, como

antacídeos (Lagrioida nortoni), abundantes em folhas de algumas espécies de gramíneas, e o

caruncho Listroderes uruguayensis, que vive e se alimenta entre plantas do gênero

Hydrocotile. Também há registro de lagartas de mariposa (Ecpantheria indecisa) e larvas de

mosca (família Agromyzidae). Algumas moscas e vespas são bem adaptadas ao ambiente de

dunas, graças à lhabilidade de se enterrar na areia, e de localizar e capturar insetos enterrados

durante o vôo. (SEELIGER et al., 1998).

Podem ocorer também espécies de vertebrados, como o Bufo arenarum e a rã da areia

Pleurodema darwini, que costumam predar insetos e aranhas durante a noite. Serpentes mais

18

Page 19: Trabalho de Geologia Formatado

comuns pertencem à família Colubridae. Associados à vegetação pode haver também

roedores e corujas (SEELIGER et al., 1998).

3. REFERÊNCIAS

ABOARRAGE, A. M. & LOPES, R. da C. Projeto A Borda Leste da Bacia do Paraná: integração geológica e avaliação econômica. Porto Alegre: DNPM/CPRM, 1986. 18 v.

ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO EXTREMO SUL CATARINENSE. Hidrografia. Disponível em: <http://www.amesc.com.br/conteudo/?item=1438&fa=1434&cd=3391 > Acesso em 4 de julho de 2012.

AZEVEDO, M. S. Avaliação do processo de zoneamento urbano de Araranguá – SC. 2004. 90f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

BRASIL. Resolução do CONAMA n. 261, de 30 de junho de 1999. Define os parâmetros básicos para análise dos estágios sucessionais de vegetação de restinga para o Estado de Santa Catarina. Coleção de leis [do] Ministério do Meio Ambiente.Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano1.cfm?ano=todos&codlegitipo=3>. Acesso em 24 de junho de 2012.

19

Page 20: Trabalho de Geologia Formatado

CASTRO, J.C.; BORTOLUZZI, C.A.; CARUSO Jr., F.; KREBS, A. S. Coluna White: Estratigrafia da Bacia do Paraná no Sul do Estado de Santa Catarina - Brasil. Florianópolis : Secretaria de Estado de Tecnologia, Energia e Meio Ambiente, 1994. 1 v. ( Série Textos Básicos de Geologia e Recursos Minerais de Santa Catarina, 4).

Cidades. Araranguá. Disponível em:<http://www.cidades.com.br/cidade/ararangua/003919.html>. Acesso em 24 de junho de 2012.

CORDAZZO, C. V.. Taxonomia e ecologia da vegetação de dunas costeiras ao sul do Cassino (RS). Tese de Mestrado, Universidade Rio Grande, Rio Grande, Brasil. 1985.

CORDAZZO, C. V., SEELIGER. U. Composição e distribuição da vegetação nas dunas costeiras ao sul de Rio Grande (RS). Ciência Cult. São Paulo. 1987.

CORDAZZO, C. V., SEELIGER. U. Zoned habitats of southem Brazilian coastal foredunes. J. Coast Res 9(2):317-323. 1993.

COSTA, C. S. B. Aspectos da ecologia populacional das plantas dominantes das dunas costeiras do Rio Grande do Sul, Brasil. Tese de Mestrado, Universidade Rio Grande, Brasil. 1987.

COSTA, C. S. B., SEELIGER, U. Demografia de folhas de Hydrocotyle bonariensis Lam, uma planta herbácea rizomatosa perene, nas dunas costeiras. Revista Brasileira de Biologia. Rio de Janeiro. 48(3):443-451. 1988.

COSTA, J. A., Caracterização dos Argilominerais em Matéria Prima Cerâmica da Formação do Rio do Rasto, Bacia do Paraná, nos municípios de Turvo e Meleiro, Sudeste de Santa Catarina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Geociências. Porto Alegre. 2010.

Falkenberg, D. B. Aspectos da flora e da vegetação secundária da restinga de Santa Catarina, sul do Brasil. Insula, 28: 1-30. 1999.

GORDON Jr., M. Classificação das formações gondwânicas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Notas Preliminares e Estudos, DNPM/DGM, Rio de Janeiro nº 38, p.1-20 , 1947.

Governo do Estado de Santa Catarina. Araranguá. Disponível em: <http://www.sc.gov.br/portalturismo/Default.asp?CodMunicipio=234&Pag=1>. Acesso em 24 de junho de 2012.

Governo do Estado de Santa Catarina. Santa Catarina. Disponível em: <www.sc.gov.br>. Acesso em 07 de julho de 2012.

HORN FILHO, N. O. Setorização da Província Costeira de Santa Catarina em base aos aspectos geológicos, geomorfológicos e geográficos. Geosul, Florianópolis, v.18, n.35, p. 71-98, jan./jun. 2003

20

Page 21: Trabalho de Geologia Formatado

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Araranguá. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em 24 de junho de 2012.

KLEIN, A. S., CITADINI-ZANETTE, V., SANTOS, R.. Florística e estrutura comunitária de restinga herbácea no município de Araranguá, Santa Catarina. Biotemas. 20(3): 15-26. 2007. Disponível em <http://www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/volume203/p15a26.pdf> Acesso em 24 de Junho de 2012

KREBS, A.S.J. Contribuição ao conhecimento dos recursos hídricos subterrâneos da área correspondente à bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, SC. 2002. 1 v. Proposta de Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002.

KREBS, A.S.J.; ALEXANDRE, N.Z. “Recursos hídricos da bacia hidrográfica do Rio Araranguá - SC: disponibilidade e conflitos” in Anais do I Joint World Congress on Groundwater. 2000.

MITSUBISHI MATERIALS CORPORATION. Interim report for the feasibility study onrecuperation of mined out areas in south region of Santa Catarina in the Federative RepublicBrazil. Japan International Cooperation Agency (JICA), 1997. FATMA, Criciúma, SC.

POMPÊO, M.L.M. & MOSCHINI-CARLOS, V. Lagoas Costeiras: Morro dos Conventos, Araranguá, Litoral do Extremo Sul Catarinense. 2001. Disponível em <http://ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=75:lagoas-costeiras-morro-dos-conventos-ararangua-litoral-do-extremo-sul-catarinense-&catid=30:limnologia-ecossistemas&Itemid=351> Acesso em 20 de Junho de 2012

Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – Mina Cafundó: Conceitual. Carbonífera Catarinense Ltda. 2008.

Santa Catarina Turismo. Araranguá. Disponível em: <http://www.sctur.com.br/ararangua/index.asp>. Acesso em 24 de junho de 2012.

SANTOS, T. Rio Araranguá. Rio Araranguá e suas Cores, 2006. Disponível on-line em < http://rioararangua.blogspot.com.br/> Acesso em 4 de jul de 2012

SEELIGER, U., ODOBRECHT, C., CASTELLO, J. P. Os Ecossistemas Costeiro e Marinho do Extremo Sul do Brasil. Ed. Ecoscientia. Rio Grande. 1998.

SCHNEIDER, R.L.; MÜHLMANN, H.; TOMMASI, E.; MEDEIROS, R. A.; DAEMON, R. F.; NOGUEIRA, A. A. Revisão estratigráfica da Bacia do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, Porto Alegre, 1974. Anais. Porto Alegre: SBG , 1974. v. 1, p.41-65.

WHITE, I.C. (1908) Relatório final da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil. Rio de Janeiro : DNPM , 1988. Parte I, p.1-300 ; Parte II, p. 301-617. (ed. Fac-similar)

.

21

Page 22: Trabalho de Geologia Formatado

22