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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ARQUITETURA E URBANISMO . NOTURNO ARQ013B . OFIAUP . PROBLEMAS DE REQUALIFICAÇÃO E URBANIZAÇÃO DE

ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS P R O F E S S O R A J Ú N I A F E R R A R I D E L I M A

CADERNETA DE CAMPO - OCUPAÇÃO ELIANA SILVA

INFRAESTRUTURA ANA CAROLINA AMORIM PEDROSO . DÉBORA ROSA FLAVIANE ALMEIDA . MARIANA BARROS . THIAGO LIMA

ARQ013B . OFIAUP . PROBLEMAS DE REQUALIFICAÇÃO E URBANIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS

1 CADERNETA DE CAMPO . OCUPAÇÃO ELIANA SILVA . INFRAESTRUTURA

APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS

O grupo elaborou este trabalho para a disciplina de Problemas de Requalificação e Urbanização de Assentamentos Precários, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais, orientado pela professora arquiteta Junia Ferrari.

A fim de conhecer e entender a base natural sobre a qual a Ocupação Eliana Silva se instalou, este trabalho se desenvolve sob alguns aspectos da infraestrutura local, tais como a hidrografia, geomorfologia, áreas de risco, vegetação, áreas de proteção, ventos dominantes e insolação. Após o entendimento do meio natural, apresentam-se os primeiros impactos causados por essa ocupação e pode-se analisar a topografia da área e seu impacto na paisagem urbana, a estrutura fundiária e os efeitos da interação antrópica com o sítio e seu entorno, resultando em conclusões sobre a situação da infraestrutura da ocupação.



METODOLOGIA

· Apresentação do cronograma de aulas pelas professoras e da localidade onde cada turma iria trabalhar.

· Aulas expositivas para um melhor entendimento de como favelas/ocupações surgiram e em quais aspectos são semelhantes e em quais outros são diferentes.

· Primeira ida a campo para reconhecimento da área e familiarização com a mesma.

Mesmo sendo um primeiro momento, muitos alunos já tiveram seu interesse em alguma área para focar, mais tarde nos trabalhos coletivos.

Foto: Visão geral da ocupação



IMAGEM: Exemplo de mapa coletivo

· Aulas expositivas sobre a montagem dos mapas coletivos. Dadas as referências dos iconoclasistas.

· Discussões dos grupos para definir como seriam feitos, o que se levaria pra comunidade, perguntas que seriam interessantes para serem feitas àquelas pessoas.

Foto: Reunião do grupo para decidir as perguntas



· Ida à Ocupação Eliana Silva para as “mesas de produção dos mapas” juntamente com comunidade. Com propostas de conversas com os moradores para tentar perceber se através delas, eles conseguiriam nos trazer informações relevantes relacionadas com a nossa temática.

Foto: Construção do mapa coletivo do grupo



· Discussões dos grupos para levantar o que foi recolhido em campo. Mostrar o que as pessoas da comunidade conse- guiram nos passar, seja pelas perguntas previamente elaboradas, ou por conversas mais “informais”. Tanto os outros grupos quanto a professora deram sugestões e críticas de como lidar com aquelas infor- mações, o que faltava e como mapeá-las, então.

· Membros dos grupos se reuniram para levantar o que ainda faltava ser coletado em campo.

Foto: Reunião dos grupos com a professora

Foto: Reunião dos grupos com a professora



· Última ida à Ocupação antes da entrega dos mapas. Para o nosso grupo, foi o dia de mapear algumas intervenções feitas pelos próprios moradores no local, como cor tes dos terrenos, a vala feita por moradores para escoamento da água, local exato da erosão, verificar a área de APP.

Foto: Última aula, com o grupo trabalhando

· Última aula para produção dos mapas e apre- sentação, o grupo se dividiu para que o processo pudesse ocorrer de forma mais eficiente.



LOCALIZAÇÃO

Mapa: Regionais de BH Fonte: PMBH

Mapa: A localização da área de estudo, em laranja, e o recor te da área a ser trabalhado, em azul Fonte: Google Ear th



Mapa: Grandes Bacias Hidrográficas de BH Fonte: PMS - Plano Municipal de Saneamento 2008

Mapa: Localização da área de estudo Fonte: Google Maps

HIDROGRAFIA

A Bacia do Ribeirão Arrudas apresenta uma área de 208,47 km2, extensão total de 47 km. Engloba os mu- nicípios de Contagem, Belo Horizonte e Sabará. Em Belo Horizonte apresenta uma extensão de 44,7 km.



Mapa: Hidrografia Fonte: NEPE-SAN 2008



GEOMORFOLOGIA

A Ocupação Eliana Silva está localizada sobre o agrupamento geológico do Complexo Metassedimentar, inserida no grupo Sabará.

Nesta região há predominância de filito, um mineral rochoso de granulação fina, cuja composição mineralógica é consti- tuída por 40 a 50% de caulinita, 25 a 30% de sericita e 10 a 25% de quartzo.

Características do terreno: Cor amarronzada (como pode ser ob- servado nos taludes), argiloso e de baixa permeabilidade.

Mapa: Geomorfologia Fonte: Modificado de Parizzi (2004) Apud REIS (2011)



Em terrenos com predominância de filito há elevado risco de escorregamento de terra.

Uma situação muito perigosa e predisposta a escorregar ocorre quando o corte do terreno (talude) tem a mesma in- clinação e direção dos planos e fraturas do filito, porém, com ângulo de mergulho superior aos mesmos.

Imagem: Esquema do risco de escorregamento Fonte: Parizzi, 2012

Ao longo do tempo, processos intempéricos, como ex- pansão da abertura das fraturas rochosas por alívio de pressão ou estimulada pela percolação da água em seu in- terior, induzem a redução da coesão entre os planos e o des- placamento de blocos na face do talude. Os blocos soltos passam a se movimentar e escorregamentos ocorrem. As construções e respectivas fundações se movimentam junto com a rocha podendo chegar até à ruptura. Isso compromete a estabilidade das edificações.

ARQ0138. OFIAUP. PROBLEMAS DE REQUALIFICAQAO E URBANIZAQAO DE ASSENTAMENTOS PRECARIOS

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Tabela: Quadro de riscos geológicose recomendações



Foto: Cor te realizado na ocupação, evidenciando o filito e potencializando o risco Foto: Risco potencial na ocupação



Foto: Risco potencial de escorregamento na ocupação Foto: A precariedade nas construções potencializam o risco



Tabela: Quadro de riscos geológicose recomendações



Foto: Erosão existente na ocupação Foto: Erosão existente na ocupação

ARQ013B. OFIAUP. PROBLEMAS DE REQUALIFICA AO

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ANÁLISE AMBIENTAL A área da ocupação não possui vegetação extensa ou de relevân- cia, porém, adjacente a área, no talvegue do rio que delimita a área a leste, há a grande presença de árvores de médio porte.

Os ventos dominantes vêm do sudeste, ou seja, área da APP.

A isolação ocorre no sentido leste-oeste, com maior inclinação para o norte, o que significa que as fachadas voltadas para essa direção recebem o sol mais forte.

0 10 20 40 60m

Mapa: Mapa ilustrativo da caráter ambiental da área



A TOPOGRAFIA E SEU IMPACTO NA PAISAGEM

Trata-se de uma área de en- costas, sendo maior par te topografia da Ocupação, uma superfície de transição.

Por isso, a tendência da água é descer em direção ao rio presente na comunidade.

As áreas críticas estão des- tacadas em vermelho. A área não colorida no mapa é a área de superfície de tran- sição.

Mapa: Mapa ilustrativo da topografia



ESTRUTURA FUNDIÁRIA

Trata-se de uma Ocupação irregular, mas houve o contato com a Universidade para que ocorresse de forma “branda”.

Parcelamento: considera as curvas de nível da área, além da Área de Preservação Permanente. As posições das ruas e lotes beneficiam a drenagem natural.

Em geral, os lotes possuem 63m². A ideia do moradores é construir casas de 2 pavimentos para ter um maior espaço, até pelo número de moradores por família.

Por ser uma Ocupação ainda irregular, até o momento, os moradores não terão título de proprie- dade.

Mapa: Mapa do parcelamento elaborado para a área

As ruas principais possuem uma largura de 8m, enquanto as vias secundárias possuem 4m.

Casas não são geminadas.

Sistemas construtivos são basicamente os mesmos.



Fotos: Os lotes de 63 m2 e o método de construção que se repete pela ocupação



Foto: Vias principais, de 8 metros de largura Foto: Vias secundárias, de 4 metros de largura



EFEITOS DA INTERAÇÃO ANTRÓPICA

Os efeitos ainda são poucos, uma vez que a ocupação ainda não está completamente consolidada. Em primeiro contato, os maiores efeitos mostram-se positivos. O parcelamento da área ocupada está invadindo parcialmente a área de APP (Área de Preservação Permanente), mas os lotes localizados na APP ainda não foram ocupados. O de- senho viário acompanha as curvas de níveis, de modo a contribuir para a drenagem natural.

Aprofundando nesta questão, surgem os primeiros efeitos negativos. O primeiro deles são as erosões causadas pela escassez de vegetação e ocupação da principal linha de drenagem no sítio. A par tir do que se vê consolidado ou em consolidação na ocupação pode-se destacar também possíveis consequências. Há a possibilidade de ocorrer deslizamentos devido a cor tes irregulares e contenções inapropriadas para o tipo do solo local, por exemplo.

Foto: Vista da APP

Foto: Entulhos inapropriados na erosão



CONCLUSÕES

A par tir do que se vê consolidado ou em consolidação na ocupação e da análise mais detalhada e específica da infraestrutura do local conclui-se a necessidade de maior atenção para os aspectos de base, principalmente a geolo- gia, fator com maior riscos potenciais para a área e conse- quentemente para os moradores.

Foto: Vista da Ocupação



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<http://dialogoselianasilva.wordpress.com> Acesso em: 25 março 2013

<http://ocupacaoelianasilva.blogspot.com.br/> Acesso em: 25 março 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - 2008/2011. Hidrografia e Relevo. NEPE-SAN - Núcleo de Ex- ecução de Projetos Especiais de Saneamento, 2008.

REIS, Patrícia Elizamma. O escoamento superficial como condicionante de inundação em Belo Horizonte, MG: estudo de caso da sub-bacia córrego do Leitão, bacia do ribeirão Arrudas. 2011. 148f. Disser tação de Mestrado – Universidade Federal de Minas Gerais, In- stituo de Geociências, 2011.

<http://www.mmm.org.br> Acesso em: 25 março 2013

<http://maps.google.com.br> Acesso em: 24 março 2013.

Mapa de pré-disposição ao risco geológico e Zonea- mento Geotécnico de Belo Horizonte – Quadro Sinóp- tico

UFMG – Instituto de Geociências – 1995. Mapa de predisposição ao risco geológico no município de Belo Horizonte.

UFMG – Instituto de Geociências – 1995. Mapa de zoneamento geotécnico do município de Belo Hori- zonte.

UFMG – Instituto de Geociências – 1995. Mapa geológico do município de Belo Horizonte.

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