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trabalho de teoria historia de designTRANSCRIPT
Revista nº1 | Dezem
bro 2012 | P.V.P: 4,5 €
A gênese do design do século XX
Origens
O design e os movimentos artísticos inicio do sec.XX
Cubismo
Futurismo
Dadaísmo
Surrealismo
Expressionismo
Fauvismo
Construtivismo Russo
De Stijl
Bauhaus
Indíce
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Bibliografia51
“O fim de um século e o começo de outro convida à introspecção. Á medida que um termina e outro co-meça, escritores e artistas passam a questionar as convenções e as especular sobre novas possibilida-des de mudar a situação cultural; os designers de arquitectura, moda, artes gráficas e de produto pro-curavam novas formas de expressão”. [1]
A GÊNESE DO DESIGN
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A fim de perceber a diversidade de estilos ocorrentes na pri¬meira metade do século XX, temos, em primeiro lugar, de ver os movimentos e acontecimentos que se antecederam a estes, a fim de entender o porquê e o que os originou. A caminho do final do século XIX o fabrico industrial - meca¬nizado, despersonalizado e estandardizado - atingiu todos os sectores, sendo um deles o fabrico de objectos, que poderiam ter intenções decorativas e artísticas - Artes Aplicadas. Estes objectos devido ao seu fabrico em massa primavam pelo exagerado ornamentado , pela vulgaridade da forma e pela falta de originalidade e de gosto. Esta decadência da arte não passou des-percebida a alguns teóricos ingleses da época, como John Ruskin(1819-1900) e William Morris(1834-1896). Foram eles os mentores e dinamizadores de um movimento Arts and Crafts. [1]
ORIGENS
William Morris.
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Formados na estética romântica e medievalista, Ruskin e Morris luta-ram por uma arte pura, assente na criação e na concepção individual, na originalidade e no bom gosto, cujos princípios gerais se deviam aplicar a todas as modalidades artísticas, sem distinção alguma (conceito de unidade das artes). Para isso a arte e os artistas deviam rejeitar os processos industriais e seus materiais, regressando ao processo criativo das corporações medievais, ao uso exclusivo de ma-teriais naturais e ao fabrico de pe-
ças únicas e originais, pelo método artesanal. É deste movimento que nasce outro que se prolonga até ao princípio do século XX, a Art Nouve-au. Este é um movimento que nas-ce em França e foi sinteticamente o inicio do modernismo que ficou marcado pela ruptura da tradição na procura de novas expressões: formais, técnicas e estéticas. A rup-tura deste tempo toma como carac-terísticas principais a forte rejeição do estilo académico, historicista e revivalista do seu tempo.[1]
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Influenciada também pela arte japonesa, derivado a uma maior comunicação entre países longínquos. Sendo que agora os artistas se focavam em formas mais orgânicas e abstractas, dando assim preferên-cia a movimentos curvilíneos sinuosos e encadeados, de certa maneira inventados, mostrando uma forte atitude de criatividade.Dentro das áreas que o movimento abrangeu como arquitectura e moda, propagou-se ao design de produ-to, artes gráficas e consequentemente a cartazes. De-monstrando assim a modernidade de onde a estética, a forma, e tradição e a inovação se juntavam. Desta maneira nos princípios do século XX e devido à sua difusão por toda a Europa, tornou-se moda, chegando a todas a grandes cidades como Paris, Berlim, Milão, onde aplicou a sua estética a todas as extensões da arte. Adoptando o principio da unidade das artes que William Morris, no anterior movimento - Arts and Crafts - tinha enunciado [1].
Art Nouveau.
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As primeiras decadas do séc.XX, foram uma época de transformação que alteraram todos os aspectos da condição humana. Os avanços científicos e tecnoló-gicos fizeram com que houvesse grandes mudanças a nível do comércio e da indústria. [1] “O morticínio durante a primeira das duas grandes Guerras Mundiais, travada com a tecnologia das ar-mas de destruição de destruição, abalou as bases das tradições e das instituições da civilização oci-dental”. O que despertou o interesse da arte visual e do design para que realizarem revoluções criativas questionavam antigos valores e abordagens da orga-nização do espaço, alem do papel da arte e do design na sociedade [1].
Surgiram, assim, vários movimen-tos vanguardistas que revolucio-naram tanto as artes plásticas, como a arquitectura, a literatura e a música, sendo eles, o cubismo, o futurismo, o expressionismo, o abstraccionismo, o surrealismo, o dadaísmo, o fauvismo, o construti-vismo, entre outros [2], [3]. Foi em Paris que este movimento cultural do início do século, o modernismo, surgiu, tornando-se, esta cidade, o núcleo das artes na Europa[2].
O design os MOVIMENTOS ARTÍSTICOS
inicio do SÉC.XX
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CUBISMO
Cubismo foi um dos movimentos mais importantes na História da Arte e consequentemente também do design gráfico [4].O criador deste movimento, foi fundamentalmente Pablo Picasso(1881-1973), devido a uma série de trabalhos realizados. Contudo, poucos anos depois Picasso começou a colaborar com Georges Braque(1881-1963).Outro grande pintor pós-impressionista, foi o francês Paul Cézanne(1839-1906). As obras ,desenhos e pinturas, destes artistas mostram a nova abordagem da mani-
pulação do espaço e da expressão das emoções humanas [1].As características gerais do cubis-mo consiste na visualização de um objecto podendo ser observado de diferentes pontos de vista, rompen-do com a perspectiva convencional e com a linha de contorno. As for-mas geométricas predominam nas composições, as formas observa-das na natureza são retratadas de forma simplificada, em cilindros, cubos ou esferas [1].
“Señoritas de Avignon”.
Francis Picabia - “Udnie” (1913).
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Pablo Picasso (1881-1973) Considera-se que o marco que iniciou o cubismo é a pintura de Picasso, Les Demoiselles d’Avignon, com influências da arte africana [3]. Tornou-se, assim, o artista que mudou de forma mais radical a arte do século XX, ao apresentar uma pintura em que as suas figuras se encontravam distorcidas, quebrando as re-gras tradicionais [2,3].
Georges Braque (1882-1963) Braque foi desde, o início, um gran-de admirador de Picasso, acabando por se unir a ele para desenvolver a lógica da nova criação artística ini-ciada em 1907 [3]. Este novo con-ceito, embora fácil de descrever, foi difícil de descobrir, eles, não deci-diram ser cubistas, mas os seus trabalhos e experimentações fei-tas com vários tipos de ilustração levou-os a criar este movimento [9].
Ao mesmo tempo, desenvolveu-se outro estilo na Alemanha, Plakastil (que significa estilo de cartaz em alemão). O criador deste estilo, principalmente foi Emil Kahn. Este estilo consiste principalmente na modernização total dos cartazes, uzando cores sólidas, vivas, e formas simples. Tendo como objectivo mostrar apenas o produto, contendo ou não o titulo, uma vez que em alguns casos contem apenas o publico a quem se destina. Este estilo elevou a arte dos cartazes a um nível bastante superior, mostrando outras formas de representações formais a utilizar nos cartazes modernos.
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FUTURISMO
O Futurismo foi lançado quando o poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944), publicou no jornal de Paris ,Le Figaro, o seu Manifeste du futurisme ,(Manifesto do futuris-mo), em 20 de Fevereiro de 1909. Segundo Marinetti, o futurismo era um movimento revolucionário em que todas as artes testariam suas ideias e formas contra as novas re-alidades da sociedade científica e industrual. Este manifesto mostra-va o entusiasmo pela guerra, a era da maquina, a velocidade e a vida moderna[1].
“Os artistas futuristas recorreram, para isso, à decompo¬sição geométrica das formas, através de linhas quebra¬das em ângulo agudo (mais dinâmico) e/ou em curvas sinuosas. Exploraram a simultanei-dade e interpenetra¬ção dos planos para obter efei-tos de multiplicidade de formas e sua movimentação no tempo (quarta dimen¬são), como nas sequências fílmicas e nas cronofotogra¬fias. Usaram linhas de cor pura, ortogonais, angulares ou espiraladas que atravessavam a tela à semelhança de raios lumino-sos (efeitos dinâmicos), simulando mo-vimento ou a decomposição da luz na atmosfera.” [4]
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Numa página, três ou quatro cores de tinta e vinte tipos diferentes (itálicos para impressões rápidas, negritos para ruídos e sons violentos) podiam redo-brar a força expressiva das palavras. Palavras livres, dinâmicas e penetrantes. Nas¬cia na página um de-sign tipográfico novo pictórico, chamado de parole in libertà ou “palavras em liberdade”. [1]Barulho e velocidade, duas condições dominantes da vida do século XX, eram expressos na poesia futurista.
CARROL, Lewis, Página de livro
“Aventuras no País das Maravilhas”.
“Calligrammes”, Gillaume Apollinaire.
TIPOGRAFIA Futurista
Os poetas futuristas, livres da tradição, passaram a animar suas páginas com uma composição dinâmica, não linear. As emocionantes palavras do poeta Mari-netti estabeleciam o futurismo como um movimento revolucionário em que todas as artes testariam as suas ideias e formas contra as novas realidades da sociedade científica e industrial. Os seus seguidores produziram uma poesia explosiva e emocionalmente carregada que desafiava a sintaxe e a gramática cor-rectas [1].
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O futurismo, foi um movimento que influenciou imen-sos movimentos artísticos do século XX, que modifica-ram o designe gráfico, como por exemplo o dadaísmo e o construtivismo. Foi o primeiro movimento a fazer manifestos, anún-cios publicitários e, principalmente, a reinventar a formar de viver ao mesmo tempo que as novas tec-nologias, que em conjunto com a estética futurista, foi muito influente nos designers gráficos e poetas e coagi-os a pensar sobre a tipografia, o seu significado e aplicação [1].
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Influênciasdo Futurismo
“Depero futurista”, Fortunato Depero
DADAÍSMO
O movimento dadá surgiu em 1916 em Zurique, por um grupo de artistas de várias nacionali-dades, no Cabaret Voltaire, onde era o ponto de encontro destes intelectuais [1]. Tornou-se num movimento internacional, que foi orientado, inicialmente, por Tristan Tzara, que considerava--o não como arte, mas sim um desprezo por tudo o que o rode-ava [2].
“Um desprezo pelo mundo violen-to sacudido pela guerra, pela so-ciedade e pelas suas regras, um desprezo pela própria arte que é sempre o reflexo dos homens e do mundo.” [2]. É, assim, considerado um movi-mento anti-arte, atribuindo valor artístico aos objectos, aparente-mente sem ele, procurando o real autêntico, a espontaneidade e a imperfeição. Este grupo baseava--se na irracionalidade, anarquia e na rejeição das leis da beleza, criando anti-arte e participando em actividades de protesto, para demonstrar a indiferença perante a Primeira Guerra Mundial [5].
O dadá é influênciado pelo Futurismo e Cubismo, que tal como estes foi um movimento inspirador de mudança , revolução. “A arte dada caracterizou-se principalmente pela contradição, provocação, e cri-tica social. Onde podemos ver figuras surrealistas, desmontadas, querendo dar outra ideia, querendo criticar certos actos ou figuras publicas, também na tipografia o mesmo se passava onde eram atribuídos aos textos e letras sentidos ainda mais anedóticos, de certa maneira, onde as letras eram humanizadas e onde perpetua¬vam movimentos, acções que os textos também ilustravam.” [4]
“Roda de Bicicleta”, Marcel Duchamp.
“Fonte”, Marcel Duchamp.
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Uma das técnicas inventadas pelos dadaístas foi a colla-ge, em que se faziam colagens num suporte, de elemen-tos bastante diferentes, como recortes de jornal [3]. A fotomontagem era outra das técnicas, em que se altera-va a fotografia ou criavam-se imagens deformadas [1,3].Outra técnica usada, essencialmente, por Ernst e Arp, era a produção de composições sem sentido, usando formas onduladas, flexíveis e sem qualquer ligação com a realidade [1,2,3].O ready-made é uma forma de colocar objectos comuns fora do seu ambiente natural, podendo acrescentar-se pormenores ou apenas títulos irónicos e considerando--se obras de arte que criticam o ideal da criação artística [2,3].
Técnicas Experimentais
Marcel Duchamp (1887-1968) Este pintor juntou-se ao dadaísmo e tornou-se o seu artista mais visual, já influenciado pelo cubismo e futurismo, Duchamp defendia um ideal de total liberdade e não pretendia criar objectos belos ou interessantes, permitindo-lhe, assim, produzir algumas das esculturas mais famosas de ready-made [1].
Kurt Schwitters (1887-1948) Criou a sua própria forma de da-daísmo, que intitulou como Merz, sendo as suas produções, quadros feitos com colagens de elementos, aparentemente sem interesse, com o objectivo de realçar contrastes e escrevia, também, poesia [1].
“Da Dandy”, Hannah Höch.
Kurt
Sch
witt
ers.
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SUREALISMO
Surgiu em 1924, com a publicação do Manifesto do Surrealismo de An-dré Breton, tentando dissociar-se da realidade e da razão, com base nas teorias de Freud, para criar a expressão da alma [1,2].
A este movimento aderiram ho-mens das letras, artistas plásticos, cineastas e fotógrafos, que não proclamavam um estilo ou estéti-ca, mas uma forma de pensar e viver, onde se pretendia descobrir o inconsciente do artista [1,2,3].
Embora, os seguidores, tentassem desenvolver uma escrita sem grande pensamento por trás da sua elaboração, foi com a pintura que este movimento chegou à sociedade, ao criar obras tão íntimas, re-presentadas através de imagens sem qualquer nexo, mas com aspecto real e palpável, para mostrar o in-consciente, que acabavam por captar a adesão do público [2,3].
André Breton.
“Melancolia e mistério da rua”, Giorgio de Chirico.
Salvador Dalí - 1956.
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Max Ernst (1891-1965)Segundo Meggs, este artista usou varias técnicas que foram empregadas no design gráfico, como a colagem, criando sobreposições ilógicas, o frottage, em que se usava decalques para formar imagens e a decalcomania, que permitia transpor impressões para desenhos, tendo uma grande adesão na ilus-tração, pintura e gravação [1].
René Magritte (1898-1967) Este artista ,surrealista, usou um estilo realista para representar ob-jectos em locais anormais, relacio-nando o psíquico e o real, aplicou mudanças de escala, criou como, Ernst, justaposições e ignorava a lógica da gravidade e da luz nas suas pinturas, influenciando diver-sas criações visuais [1].
Salvador Dalí (1904-1989) Pintor com grandes influências para o design gráfico, tendo a ca-pacidade de representar sonhos e ilusões através de um estilo clás-sico, as suas perspectivas de pro-fundidade, levaram a que os desig-ners trabalhassem esse aspecto e a simultaneidade que usava nos seus quadros foi seguida em pos-ters [1,2].
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Joan Miró (1893-1983) Miró levou as criações surrealistas para um nível ain-da mais abstracto, produzindo formas orgânicas e misteriosas, o que foi adoptado no design de produto e gráfico, durante os anos 1950 [1,2].
Os vastos artistas, que fizeram par-te deste movimento, influenciaram, em grande parte, as artes visuais, como a ilustração e a fotografia, sendo que as técnicas elaboradas, muitas delas pioneiras, tiveram di-ferentes impactos [1,2]. Conseguiu, pôr de parte o que, ainda, restava da arte tradicional, a visão lógica da realidade, permi-tindo, desta forma, uma libertação da alma do homem e mostrou que era possível criar representações visuais da ilusão e do invisível aos nossos olhos [1].
Influencias do Surrealismo
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EXPRESSIONISMO
Surgiu na Alemanha e foi o resulta-do da profunda crise espiritual da época, mostrava as emoções e as reacções das pessoas a diferentes situações, combatia o tradicional e a industrialização [1,2].Caracterizava-se pelo retorno das artes primitivas, o uso sem regras de cores fortes e de traços vigoro-sos [1]. Obtinham-se, assim, obras com textura, devido à quantidade excessiva de tinta, com grandes contrastes na cor e com aspecto assustador e caricaturesco, des-truindo-se os ideais tradicionais da beleza [1,2].
No início apareceram dois grupos expressionistas, o Die Brücke (A Ponte) em 1905, que defendia uma arte irreflectida e individual e o Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) em 1911, que representava desenhos mais leves e muito mais intelectualizados [2].
“O Quarto” de Van Gogh.
Influencias do Ex-pressionismoEmbora este movimento não tenha expandido por outros países, a sua filosofia e estilo influenciaram o de-sign gráfico [2]. Segundo Meggs, as técnicas e temáticas seguidas pelo expressionismo alteraram a ilustra-ção gráfica e o design do cartaz e o seu carácter dinâmico e revoltante continua a ser usado por designers gráficos que se debruçam sobre problemas humanistas [1].
“Starry night”, de Van Gogh
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FAUVISMO
Movimento contemporâneo do ex-pressionismo e liderado por Henri Matisse sobrepunha o valor da cor sobre a forma representada, sendo a primeira a verdadeira expressão artística [1,2]. Nas suas represen-tações a temática não tem impor-tância, sendo o único objectivo lou-var a cor, usando-a de forma livre, em grandes ou pequenas pincela-das, de tons intensos e produzindo fortes contrastes [2].
Henri Matisse
Influências do Fauvismo Este movimento inicia, de certa forma, o ideal seguido por todos os movimentos artísticos desta época, de que a arte deve ilustrar o mundo verdadeiro e profun-do, e não o que é percepcionado através da visão, estando presente nas pinturas fauvistas pela não correspondência entre as cores dos objectos repre-sentados e as usadas nos quadros [2].
“Green Stripe”, Henri Matisse
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CONSTRUTIVISMO RUSSO
Foi um movimento iniciado na Russia em 1919, sendo este um movi-mento estético-politico, que actuava no país e teve uma forte influencia na arquitectura e na arte ocidental. Este movimento negava uma “arte pura” e procurava abolir a ideia de que a arte é um elemento importante da criação humana, separada do mundo quotidiano. A arte devia ser inspirada nas novas perspectivas abertas pela máquina e pela indus-trialização, servindo a objectivos sociais e à construção de um mundo socialista [1,2].
Trabalho de Rodchenko
Malevich, fundador do Su-prematismo, e Kandinski, de-fendiam que a arte deveria ser apenas do foro espiritual sendo que não tinham qual-quer papel social ou político. Sendo que a sua arte deveria representar a expressão dos sentimentos e assim rejeita o figurativismo. Por outro lado Alexander Rodchenko e Vla-dimir Tatlin viam a arte como difusora de mensagens. De-senvolveram então uma arte para todos. Como um quadro apenas poderia ser visto por um grupo restrito de pesso-as ou uma apenas, através da arte do cartaz, utilizavam
a arte não como “arte pela arte” mas dedicavam-se a ao design de comunicação ao serviço da socie-dade [1,2].
malevich circle 41
DE STIL
Outro dos grandes contribuidores para o design foi o movimento De Stijl. Fundado por Theo van Does-burg, este movimento regia-se pelas leis de equilíbrio e harmo¬nia. Para estes artistas, como Mondrian que também se aliou a eles, a arte deveria ser pura e afastar-se de quais queres excessos assim as obras eram isentas de representa¬ções naturalistas e ex-pressões subjectivas[6].Van Doesburg, o artista mais empreendedor deste movimento, levou-o para a arquitectura, onde chocou com a sua irreverência, pintura e tipografia, propondo fontes rectilíneas e sem serifas em substituição da linha curva [1].De Stijl, acabou por desaparecer com a morte de Doesburg, mas os seus princípios de redução e sim-plificação da forma e da cor, foram muito influentes para a evolução do design gráfico da época [1,2]. 45
BAUHAUS
A Bauhaus foi uma das maiores e mais importan-tes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitectura, sendo a primeira es-cola de design, artes plásticas e arquitectura do mundo ,(Staatliches-Bauhaus ). A escola foi fun-dada por Walter Gropius em 25 de Abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas . A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitectura, artesanato, e uma academia de artes, e isso aca-bou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial [7].
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[1] Meggs, Philip B.e Alston W. Purvis (2009). História do Design Gráfico. Cosac Naify.[2] Couto, C. P. & Rosas, M. A. M. (2010). O tempo da história – 1ªparte: História A 12ºano. Porto: Porto Editora.
[3] Prette, M. C. & Giorgis, A. (2007). Atlas ilustrado da história da arte. Sintra: Girassol Edições. [4] Pinto, Ana Lídia et al. História da Cultura e das Artes 3a parte. Porto: Porto Editora, 2009.[5] http://anneserdesign.com/Dada.html.
[6] Direcção de Sandro Sproccati. Arte (Guia de História da Arte) 6ª edi-ção. Espanha: Artes Gráficas de Toledo, S.A., 2009.[7] http://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus[8] Pinto, Ana Lídia et al. História da Cultura e das Artes 2a parte. Porto: Porto Editora, 2009.[9] http://anneserdesign.com/Cubism.html].
BIBLIOGRAFIA
Ana Vitória Peresnº2012154184Design e Multimedia
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