terapia ocupacional e o estresse
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Esse trabalho busca compreender a atuação do Terapeuta Ocupacional com pacientes que apresentem estresseTRANSCRIPT
ESTRESSE
A palavra estresse quer dizer "pressão",
"tensão" ou "insistência", portanto estar
estressado quer dizer "estar sob
pressão" ou "estar sob a ação de
estímulo insistente”.
O indivíduo se sente em estresse
quando considera que não tem aptidões
e recursos (pessoais ou sociais) para
superar o grau de exigência que dada
circunstância lhe estabelece e que é
considerada importante para si. Devido
a este fato desenvolve a percepção de
não ter controle sobre essa
circunstância.
TIPOS DE ESTRESSE
– Estresse positivo: é o estresse em sua fase inicial, a do alerta. O organismo
produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa a produzir mais
e ser mais criativa. É a fase da produtividade, como se a pessoa estivesse o tempo
todo em alerta. Porém ninguém consegue ficar nesse estágio por muito tempo.
– Estresse negativo: aquele em excesso. Isso acontece quando a pessoa ultrapassa
seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O organismo fica destruído de
nutrientes e a energia mental fica reduzida. A produtividade e a capacidade de
trabalho ficam muito prejudicadas. A qualidade de vida sofre danos. Posteriormente
a pessoa pode vir a adoecer.
-Estresse ideal: acontece quando a pessoa consegue aprender o manejo do estresse
e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre está em alerta e sair
do alerta.
O indivíduo pode se deparar com o Stress ao longo de toda a
sua vida cotidiana.
Exemplos:
Chegar atrasado ao trabalho
Ter que executar tarefas na qual não está preparado
Ser vítima de roubo
Chegar em casa e se deparar com toda comida da geladeira
estragada
Percebemos que ninguém está livre do stress!!
O stress nem sempre é prejudicial, o que pode fazer
mal é que, se localizado demais em um dos dois extremos.
Em situações intermediárias o stress torna o
individuo propulsivo faz com que ele tome decisões e
resolva problemas, nesse sentido o stress fará o individuo
atingir seus objetivos.
Mas não se pode esquecer que de maneira aditiva o
stress é prejudicial, tornando o individuo mais sensível a
acontecimentos desagradáveis, que passa a agir de maneira
mais intensa aos mesmos.
Pode determinar a diminuição do rendimento pessoal do indivíduo , ou
manifestar comportamentos e atividades sem lógicas
Quanto mais intenso é o stress, maior serão as disfunções intelectuais.
Percepção do meio.
Intelectualmente se sente incapaz de manter-se produtivo.
A tolerância a frustração diminui.
Irrita-se e fica impaciente com facilidade.
O indivíduo tem dificuldade de enfrentar situações desagradáveis
que acompanham o stress , por vezes aumentam o consumo de bebida
alcoólica, tabaco e drogas ilícitas, podendo assim desenvolver doenças
psicopatológicas.
Além disso o stress pode afetar a família, vida- social e aspectos econômicos.
Na saúde física pode ser um fator precipitante de doenças cardiovasculares ,
hipertensão,infarto e arritmias cardíacas, doenças respiratórias e do aparelho
digestivo.
As fontes do stress podem ter origens diversas. Algumas
vezes correspondem a acontecimentos traumáticos graves,
que podem ter repercussões sérias e alterar o comportamento
do indivíduo por longos anos. Outras vezes podem ser por
acontecimentos significativos da vida da pessoa, que
simbolizam uma “martelada” na vida do sujeito. De forma
menos perceptível podem ocorrer situações crônicas de
stress, e é considerada bastante prejudicial.
Micro indutores do stress: Surge dos pequenos
acontecimentos do dia – a – dia.
Macro indutores do stress: Surgem das condições
que o sistema socioeconômico impõe.
Circunstâncias desejadas que não se concretizam.
Traumatismos ocorridos na infância.
Existem 3 fatores para serem levados em consideração:
1- Acontecimentos antecedentes ao transtorno;
Exemplo: meses e até um ano, nascimento de filho, novo
emprego.
2- Circunstâncias do cotidiano de pessoa;
Exemplo: cuidar dos filhos, casa ou emprego intenso.
3- Aspectos individuais específicos:
Exemplo: traumas de infância, histórico familiar de doenças,
Determinado tipo de personalidade.
( DOHRENWEND et al, 1995, apud SERRA, 2000)
O estresse pode ter predisposição genética e
determinados estados de doença. (LESTER et al 1994,
apud SERRA, 2000)
Pode estar associado à: depressão, ansiedade, drogas
ilícitas e consumo de bebidas alcoólicas.
Pode manifestar sintomas psiquiátricos: alucinação,
ilusão, alteração de comportamento, depressão ou
ansiedade.
Quanto maior o acontecimento na vida do sujeito,
geralmente maior é o TRANSTORNO.
O estresse compromete as atividades do cotidiano desse sujeito e
representa um bloqueio para a realização dos desejos e dos
objetivos;
O que induz o estresse provoca consequências negativas diferente
nos sujeitos;
Os traumas de infância tendem A LONGO PRAZO, favorecer
mais a depressão do que a ansiedade;
Os acontecimentos incomodativos geralmente provocam
ansiedade, bem mais do que depressão, o impacto é mais físico do
que mental.
O ser humano para atingir seus
objetivos pode constituir um incentivo de
realização pessoal e profissional, mesmo assim,
sabendo que o estresse é necessário e até
mesmo um resultado que garante as nossas
ações, quando ele se torna intenso e
prolongado, pode ser altamente prejudicial,
afetando várias áreas da vida dos seres
humanos, diminuindo o potencial de ação e a
capacidade do mesmo de resolver problemas e
criar soluções em seu cotidiano.
O individuo sente-se em estresse
quando considera que não tem aptidões e
recursos( pessoais ou sociais) para superar o
grau de exigência que dada circunstância lhe
estabelece e que é considerada importante para
si.
•EFEITO ADITIVO: Quando passamos por sucessivas situações, que para nós são
indutores de estresse, temos um efeito aditivo, tornando-nos mais sensíveis aos
acontecimentos desagradáveis e assim passamos a reagir com mais facilidade e de forma
intensa perante os mesmos.
Os motivos e circunstâncias que induzem o estresse podem ser de natureza psicológica,
física e social, porém em nosso caso, seres humanos, o estresse de natureza psicológica é o
mais importante especialmente quando envolve aspectos inter-pessoais.
Podemos ressaltar aqui, em relação à causalidade dos acontecimentos indutores do estresse
esses dois tipos:
•FATALIDADE: Ocorre sem ser esperado; não temos controle imediato sobre os fatos.
•PREDISPOSIÇÕES PESSOAIS: Diz Dohrenwend (1998), os acontecimentos
determinados pelo comportamento ou personalidade do indivíduo, pelas atitudes que toma e
pela maneira de reagir dá origem a situações graves. Nesses casos, quando o estresse se dá
pelas mãos do indivíduo, é provável que seu comportamento esteja relacionado as
predisposições pessoais suscetíveis de serem influenciadas por fatores da natureza genética,
Avaliando o comprometimento do indivíduo:
De modo geral, podemos definir a magnitude objetiva de um acontecimento indutor de
estresse, indicando a quantidade hipotética de modificações prejudiciais induzidas nasatividades usuais dos sujeitos submetidos a esse acontecimento.
•Uma pesquisa feita pela Associação Internacional de
Administração do Estresse no Brasil - ISMA-BR (2012)
aponta que 70% da população economicamente ativa do
Brasil sofrem com os malefícios causados pelo estresse;
•Este é um dos aspectos de adoecimento advindos desse
confronto entre saúde e trabalho;
Organização do trabalho;
Ambiente ;
Condições de trabalho;
Estresse se configura como fator de sofrimento
mental levando os transtornos relacionados à
ansiedade, depressão e o esgotamento profissional
[...].
(LACMAN, 2004).
Segundo Dolan (2006) :
O estresse ocupacional é, então, o desequilíbrio
entre as expectativas do indivíduo e a realidade de
suas condições de trabalho, sendo assim, é a
diferença percebida entre as exigências
profissionais e a capacidade do indivíduo realizá-las.
Entender a influência da organização do trabalho
na qualidade de vida e na saúde mental, como
desenvolvedor de sofrimento psíquico, mas
também como gerador de prazer e oportunidade
de construção de relações sociais.
(LACMAN, 2004).
Mudanças nas condições de trabalho, a fim de não expor o
trabalhador às mesmas fontes estressoras e geradoras de
sofrimento, considerando as condições e a organização do
trabalho como elementos importantes no processo saúde-
doença.
Além de proporcionar espaços em que os trabalhadores
possam ir à reflexão sobre a sua ocupação para mudar sua
relação de trabalho, transformando a definição do fazer, do
tratamento e da reinserção no trabalho.
(LACMAN; JARDIM, 2004).
SERRA, A. V. A vulnerabilidade ao stress. Psiquiatria Clínica, 21. (4), p. 261-
278. Disponível em:
<http://rihuc.huc.minsaude.pt/bitstream/10400.4/192/1/A%20vulnerabilidade%
20ao%20stress.pdf>. Acesso em: 7 out. 2014
SILVA, D. P. da; Trabalhador com estresse: Possibilidades de Intervenção
da Terapia Ocupacional. 2013. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (título
de Bacharel em Terapia Ocupacional)– Universidade de Brasília, Brasília,
2008.
CREMASCO, L; CONSTANTINIDIS, T. C.; SILVA, V. A. da. A Farda que é
um fardo: o estresse profissional na visão de militares do corpo de
bombeiros. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, v 16,
n.2, p. 83-90, Jul./Dez., 2008.