terapia ocupacional e o estresse

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Esse trabalho busca compreender a atuação do Terapeuta Ocupacional com pacientes que apresentem estresse

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Page 1: Terapia ocupacional e o Estresse
Page 2: Terapia ocupacional e o Estresse

ESTRESSE

A palavra estresse quer dizer "pressão",

"tensão" ou "insistência", portanto estar

estressado quer dizer "estar sob

pressão" ou "estar sob a ação de

estímulo insistente”.

O indivíduo se sente em estresse

quando considera que não tem aptidões

e recursos (pessoais ou sociais) para

superar o grau de exigência que dada

circunstância lhe estabelece e que é

considerada importante para si. Devido

a este fato desenvolve a percepção de

não ter controle sobre essa

circunstância.

Page 3: Terapia ocupacional e o Estresse

TIPOS DE ESTRESSE

– Estresse positivo: é o estresse em sua fase inicial, a do alerta. O organismo

produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa a produzir mais

e ser mais criativa. É a fase da produtividade, como se a pessoa estivesse o tempo

todo em alerta. Porém ninguém consegue ficar nesse estágio por muito tempo.

– Estresse negativo: aquele em excesso. Isso acontece quando a pessoa ultrapassa

seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O organismo fica destruído de

nutrientes e a energia mental fica reduzida. A produtividade e a capacidade de

trabalho ficam muito prejudicadas. A qualidade de vida sofre danos. Posteriormente

a pessoa pode vir a adoecer.

-Estresse ideal: acontece quando a pessoa consegue aprender o manejo do estresse

e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre está em alerta e sair

do alerta.

Page 4: Terapia ocupacional e o Estresse

O indivíduo pode se deparar com o Stress ao longo de toda a

sua vida cotidiana.

Exemplos:

Chegar atrasado ao trabalho

Ter que executar tarefas na qual não está preparado

Ser vítima de roubo

Chegar em casa e se deparar com toda comida da geladeira

estragada

Percebemos que ninguém está livre do stress!!

Page 5: Terapia ocupacional e o Estresse

O stress nem sempre é prejudicial, o que pode fazer

mal é que, se localizado demais em um dos dois extremos.

Em situações intermediárias o stress torna o

individuo propulsivo faz com que ele tome decisões e

resolva problemas, nesse sentido o stress fará o individuo

atingir seus objetivos.

Mas não se pode esquecer que de maneira aditiva o

stress é prejudicial, tornando o individuo mais sensível a

acontecimentos desagradáveis, que passa a agir de maneira

mais intensa aos mesmos.

Page 6: Terapia ocupacional e o Estresse

Pode determinar a diminuição do rendimento pessoal do indivíduo , ou

manifestar comportamentos e atividades sem lógicas

Quanto mais intenso é o stress, maior serão as disfunções intelectuais.

Percepção do meio.

Intelectualmente se sente incapaz de manter-se produtivo.

A tolerância a frustração diminui.

Irrita-se e fica impaciente com facilidade.

O indivíduo tem dificuldade de enfrentar situações desagradáveis

que acompanham o stress , por vezes aumentam o consumo de bebida

alcoólica, tabaco e drogas ilícitas, podendo assim desenvolver doenças

psicopatológicas.

Além disso o stress pode afetar a família, vida- social e aspectos econômicos.

Na saúde física pode ser um fator precipitante de doenças cardiovasculares ,

hipertensão,infarto e arritmias cardíacas, doenças respiratórias e do aparelho

digestivo.

Page 7: Terapia ocupacional e o Estresse

As fontes do stress podem ter origens diversas. Algumas

vezes correspondem a acontecimentos traumáticos graves,

que podem ter repercussões sérias e alterar o comportamento

do indivíduo por longos anos. Outras vezes podem ser por

acontecimentos significativos da vida da pessoa, que

simbolizam uma “martelada” na vida do sujeito. De forma

menos perceptível podem ocorrer situações crônicas de

stress, e é considerada bastante prejudicial.

Page 8: Terapia ocupacional e o Estresse

Micro indutores do stress: Surge dos pequenos

acontecimentos do dia – a – dia.

Macro indutores do stress: Surgem das condições

que o sistema socioeconômico impõe.

Circunstâncias desejadas que não se concretizam.

Traumatismos ocorridos na infância.

Page 9: Terapia ocupacional e o Estresse

Existem 3 fatores para serem levados em consideração:

1- Acontecimentos antecedentes ao transtorno;

Exemplo: meses e até um ano, nascimento de filho, novo

emprego.

2- Circunstâncias do cotidiano de pessoa;

Exemplo: cuidar dos filhos, casa ou emprego intenso.

3- Aspectos individuais específicos:

Exemplo: traumas de infância, histórico familiar de doenças,

Determinado tipo de personalidade.

( DOHRENWEND et al, 1995, apud SERRA, 2000)

Page 10: Terapia ocupacional e o Estresse

O estresse pode ter predisposição genética e

determinados estados de doença. (LESTER et al 1994,

apud SERRA, 2000)

Pode estar associado à: depressão, ansiedade, drogas

ilícitas e consumo de bebidas alcoólicas.

Pode manifestar sintomas psiquiátricos: alucinação,

ilusão, alteração de comportamento, depressão ou

ansiedade.

Quanto maior o acontecimento na vida do sujeito,

geralmente maior é o TRANSTORNO.

Page 11: Terapia ocupacional e o Estresse

O estresse compromete as atividades do cotidiano desse sujeito e

representa um bloqueio para a realização dos desejos e dos

objetivos;

O que induz o estresse provoca consequências negativas diferente

nos sujeitos;

Os traumas de infância tendem A LONGO PRAZO, favorecer

mais a depressão do que a ansiedade;

Os acontecimentos incomodativos geralmente provocam

ansiedade, bem mais do que depressão, o impacto é mais físico do

que mental.

Page 12: Terapia ocupacional e o Estresse

O ser humano para atingir seus

objetivos pode constituir um incentivo de

realização pessoal e profissional, mesmo assim,

sabendo que o estresse é necessário e até

mesmo um resultado que garante as nossas

ações, quando ele se torna intenso e

prolongado, pode ser altamente prejudicial,

afetando várias áreas da vida dos seres

humanos, diminuindo o potencial de ação e a

capacidade do mesmo de resolver problemas e

criar soluções em seu cotidiano.

O individuo sente-se em estresse

quando considera que não tem aptidões e

recursos( pessoais ou sociais) para superar o

grau de exigência que dada circunstância lhe

estabelece e que é considerada importante para

si.

Page 13: Terapia ocupacional e o Estresse

•EFEITO ADITIVO: Quando passamos por sucessivas situações, que para nós são

indutores de estresse, temos um efeito aditivo, tornando-nos mais sensíveis aos

acontecimentos desagradáveis e assim passamos a reagir com mais facilidade e de forma

intensa perante os mesmos.

Os motivos e circunstâncias que induzem o estresse podem ser de natureza psicológica,

física e social, porém em nosso caso, seres humanos, o estresse de natureza psicológica é o

mais importante especialmente quando envolve aspectos inter-pessoais.

Podemos ressaltar aqui, em relação à causalidade dos acontecimentos indutores do estresse

esses dois tipos:

•FATALIDADE: Ocorre sem ser esperado; não temos controle imediato sobre os fatos.

•PREDISPOSIÇÕES PESSOAIS: Diz Dohrenwend (1998), os acontecimentos

determinados pelo comportamento ou personalidade do indivíduo, pelas atitudes que toma e

pela maneira de reagir dá origem a situações graves. Nesses casos, quando o estresse se dá

pelas mãos do indivíduo, é provável que seu comportamento esteja relacionado as

predisposições pessoais suscetíveis de serem influenciadas por fatores da natureza genética,

Avaliando o comprometimento do indivíduo:

De modo geral, podemos definir a magnitude objetiva de um acontecimento indutor de

estresse, indicando a quantidade hipotética de modificações prejudiciais induzidas nasatividades usuais dos sujeitos submetidos a esse acontecimento.

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Page 15: Terapia ocupacional e o Estresse

•Uma pesquisa feita pela Associação Internacional de

Administração do Estresse no Brasil - ISMA-BR (2012)

aponta que 70% da população economicamente ativa do

Brasil sofrem com os malefícios causados pelo estresse;

•Este é um dos aspectos de adoecimento advindos desse

confronto entre saúde e trabalho;

Page 16: Terapia ocupacional e o Estresse

Organização do trabalho;

Ambiente ;

Condições de trabalho;

Estresse se configura como fator de sofrimento

mental levando os transtornos relacionados à

ansiedade, depressão e o esgotamento profissional

[...].

(LACMAN, 2004).

Page 17: Terapia ocupacional e o Estresse

Segundo Dolan (2006) :

O estresse ocupacional é, então, o desequilíbrio

entre as expectativas do indivíduo e a realidade de

suas condições de trabalho, sendo assim, é a

diferença percebida entre as exigências

profissionais e a capacidade do indivíduo realizá-las.

Page 18: Terapia ocupacional e o Estresse

Entender a influência da organização do trabalho

na qualidade de vida e na saúde mental, como

desenvolvedor de sofrimento psíquico, mas

também como gerador de prazer e oportunidade

de construção de relações sociais.

(LACMAN, 2004).

Page 19: Terapia ocupacional e o Estresse

Mudanças nas condições de trabalho, a fim de não expor o

trabalhador às mesmas fontes estressoras e geradoras de

sofrimento, considerando as condições e a organização do

trabalho como elementos importantes no processo saúde-

doença.

Além de proporcionar espaços em que os trabalhadores

possam ir à reflexão sobre a sua ocupação para mudar sua

relação de trabalho, transformando a definição do fazer, do

tratamento e da reinserção no trabalho.

(LACMAN; JARDIM, 2004).

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SERRA, A. V. A vulnerabilidade ao stress. Psiquiatria Clínica, 21. (4), p. 261-

278. Disponível em:

<http://rihuc.huc.minsaude.pt/bitstream/10400.4/192/1/A%20vulnerabilidade%

20ao%20stress.pdf>. Acesso em: 7 out. 2014

SILVA, D. P. da; Trabalhador com estresse: Possibilidades de Intervenção

da Terapia Ocupacional. 2013. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (título

de Bacharel em Terapia Ocupacional)– Universidade de Brasília, Brasília,

2008.

CREMASCO, L; CONSTANTINIDIS, T. C.; SILVA, V. A. da. A Farda que é

um fardo: o estresse profissional na visão de militares do corpo de

bombeiros. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, v 16,

n.2, p. 83-90, Jul./Dez., 2008.