tecnologia da informação verde para o segmento corporativo
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Trabalho de Conclusão de Curso - Fernando Barbosa Romano - FATEC São Caetano do Sul / SP - 2010TRANSCRIPT
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DE SÃO CAETANO DO SUL
FERNANDO BARBOSA ROMANO
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE PARA O SEGMENTO CORPORATIVO
São Caetano do Sul / SP
2010
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DE SÃO CAETANO DO SUL
FERNANDO BARBOSA ROMANO
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE PARA O SEGMENTO CORPORATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Tecnologia de
São Caetano do Sul, sob a orientação do
Professor Dr. Rodrigo Amorim Motta
Carvalho, como requisito parcial para a
obtenção do diploma de Graduação no
Curso de Tecnologia em Segurança da
Informação.
São Caetano do Sul / SP
2010
Nome: ROMANO, Fernando Barbosa.
Título: Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São
Caetano do Sul para obtenção do diploma de Graduação. Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________
Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________
Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________
Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________
Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________
Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________
A Deus, a minha família, Valdir, Matilde, Luciana e Mel
e a todas as pessoas que acreditaram no meu sucesso.
Mais um obstáculo foi superado!
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me fazer capaz de executar mais uma tarefa.
A minha família por serem a minha base para o sucesso.
Aos meus amigos que sempre estão ao meu lado não importando a situação.
Ao meu orientador Rodrigo Amorim, pela dedicação, paciência e disposição quando
precisei.
A todos os professores que ao longo deste período sempre me ajudaram no meu
crescimento pessoal e profissional.
A todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma na elaboração deste
trabalho.
"Quando agredida, a natureza não se defende.
Apenas se vinga."
Albert Einstein
ROMANO, F. B. Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo.
43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia de São
Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2010.
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a Tecnologia da Informação Verde
(T.I. Verde) no ramo corporativo. Será abordado a parte conceitual da Tecnologia da
Informação, os problemas que atualmente enfrenta-se no mundo devido a omissão
das empresas nos processos de fabricação, utilização e descarte dos seus produtos
de uma forma correta e não prejudicial ao meio ambiente, as tecnologias que estão
reduzindo gastos financeiros e os meios corretos para o descarte de
eletroeletrônicos, tornando cada vez mais a T.I. uma área sustentável. Na parte
governamental, será comentada a legislação do Brasil e do exterior, ação do
Greenpeace cobrando medidas sustentáveis das maiores empresas de T.I. e sobre
a certificação para empresas da área ambiental (ISO 14001).
Palavras-chave: T.I. Verde; Sustentabilidade; Tecnologia da Informação;
ROMANO, F. B. Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo.
43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia de São
Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2010.
ABSTRACT
This paper introduces a case study about Green Information Technology (Green I.T.)
in the corporate trade. It will approach the concept of Information Technology, the
problems the world is facing due to the negligence of companies in the processes of
manufacturing, usage and disposal of their products in a way that does not cause
environmental harm, the technologies that are reducing financials expenditures, and
the proper means for electronic equipment disposal, making Information Technology
(I.T.) a more sustainable area. In the governmental part, there will be comments
about legislation in Brazil and abroad, the Greenpeace action by demanding
sustainable measures from the largest I.T. companies, and the certification for
companies on the environmental area (ISO 14001).
Key-words: Green I.T.; Sustainability; Information Technology.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Composição física de um computador ........................................................4
Tabela 2. Os vilões dos eletroeletrônicos....................................................................5
Tabela 3. Consumo de energia de um datacenter ......................................................6
Tabela 4. Notas e observações feitas pelo Greenpeace das empresas avaliadas ...22
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Gráfico da distribuição estimada do uso de energia na T.I ..........................7
Figura 2. Exemplo de consolidação de servidores ......................................................9
Figura 3. Exemplo do funcionamento de um thin client.............................................14
Figura 4. Imagem do sistema e-lixo maps após uma consulta de locais de
recolhimento de baterias de celular...........................................................................20
Figura 5. Imagem do ranking feito pelo Greenpeace com as dezoito empresas
avaliadas em janeiro de 2010....................................................................................22
LISTA DE SIGLAS
ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
RoHS – Restriction of Hazardous Substances
ERWA – Electronic Waste Recycling Act
LISTA DE ABREVIATURAS
CPD – Centro de Processamento de Dados
T.I. – Tecnologia da Informação
GPL – General Public License
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................1
1 CONCEITO .............................................................................................................2
1.1 O QUE É T.I.?...................................................................................................2
1.2 O QUE É T.I. VERDE? .....................................................................................3
2 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA T.I. ..............................................................3
2.1 PROBLEMAS CAUSADOS NA FABRICAÇÃO ................................................3
2.2 PROBLEMAS CAUSADOS NA UTILIZAÇÃO ..................................................5
2.3 PROBLEMAS CAUSADOS NO DESCARTE....................................................7
3 MUDANÇAS NA T.I. VISANDO A SUSTENTABILIDADE.......................................9
3.1 CONSOLIDAÇÃO DE SERVIDORES...............................................................9
3.2 VIRTUALIZAÇÃO ...........................................................................................10
3.3 THIN CLIENTS ...............................................................................................13
3.4 CONSUMO DE ENERGIA EM DATACENTERS............................................14
3.5 PRODUTOS ECOLÓGICAMENTE CORRETOS ...........................................16
3.6 DESCARTE CORRETO .................................................................................19
4 LEGISLAÇÃO........................................................................................................20
5 CERTIFICAÇÃO....................................................................................................24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................25
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................26
1
INTRODUÇÃO
Vive-se em uma sociedade que em primeiro instante o caráter é medido pelo o
que se possui (bens materiais, dinheiro, status) e não pelo que representam-se
como pessoas.
Para alcançar um status de destaque perante a sociedade, as pessoas adquirem
equipamentos recém lançados no mercado apenas para serrem os primeiros a
possuir a nova tecnologia.
Atualmente compra-se novos equipamentos hoje, mas amanhã eles já estão
ultrapassados porque nesse tempo outras empresas lançaram aparelhos celulares
com TV digital, câmeras com melhor resolução e/ou novas funções, processadores
menores e mais rápidos, discos rígidos com maiores capacidades, televisores
maiores, mais finos e de alta definição, iPods, iPads, notebooks menores, mais leves
e coloridos e isso se repete todo dia com qualquer equipamento eletrônico.
“Um dos fatores perversos que contribui para o aumento crescente do e-lixo é a
velocidade da troca de versões dos computadores (inclui celulares) e dos
programas” (AFFONSO, 2008).
Quando se adquire algo novo é comum querer se desfazer rapidamente do
antigo. Entretanto, com aparelhos eletroeletrônicos não é simplesmente descartá-lo
no lixo comum e achar que a partir deste ponto as pessoas que fazem a separação
do lixo nos aterros irão tomar as devidas providências para reciclagem.
“Cerca de três quilos de lixo eletrônico são gerados a partir da fabricação de cada quilo
de computador. Além disso, o processo de fabricação desses equipamentos envolve grande
quantidade de elementos químicos e gases tóxicos.” (JORNAL DA MÍDIA, 2008).
Segundo estudo feito pela a Organização das Nações Unidas (ONU, 2010), a
geração de lixo eletrônico cresce cerca de 40 milhões de toneladas por ano e até
2020 o lixo eletrônico proveniente de computadores crescerá cerca de 400% na
China e África do Sul comparado com a medição de 2007.
Neste relatório divulgado pela ONU destaca-se que países como China, Brasil,
México, índia e outros poderão enfrentar danos ambientais e problemas de saúde
2
caso não tomem medidas de reciclagem eficientes e eficazes para esses
equipamentos (STEINER, 2010).
Este trabalho tem como foco a análise da T.I. Verde para a visão corporativa,
mostrando o que a negligência das empresas ocasionou no mundo, o que pode ser
feito para corrigir esses problemas, e as medidas que os governos tomaram.
Para a sua realização foi necessário o levantamento de estudos e pesquisas de
corporações e especialistas no assunto, trabalhos acadêmicos e livros que abordam
o tema. Ele está dividido da seguinte forma:
1. Conceituar T.I. e T.I. Verde
2. Descrever os problemas que os eletroeletrônicos causam junto com os
fabricantes omissos
3. Demonstrar algumas medidas que podem ser seguidas pelas empresas
visando a sustentabilidade
4. Apresentar leis adotadas pelos governos e ações de organizações
5. Apresentar certificação da área T.I. Verde
1 CONCEITO
1.1 O QUE É T.I.?
Atualmente não temos uma definição muito clara sobre T.I., ocorrendo que cada
pessoa que atua no ramo ou não defina a abrangência desta sigla.
De acordo com o consultor de Tecnologia de Informação da Schlumberger, Claude
Baudoin (s.d.):
A Tecnologia da Informação (TI) consiste em todas as “coisas” baseadas em computadores e que nos permite registrar, comunicar e obter resultados a partir de uma informação. A TI compreende:
- computadores (incluindo seus componentes, como por exemplo discos e telas)
- softwares rodados em computadores - a rede pela qual esses computadores "conversam" entre si
3
- a segurança que (às vezes) previne que esses computadores sejam invadidos por vírus e que controla o acesso somente de pessoas autorizadas à informação pertencente a eles
1.2 O QUE É T.I. VERDE?
A cada dia ouve-se mais sobre T.I. Verde, sustentabilidade, algumas empresas
fazendo campanhas de recebimento de pilhas, celulares e baterias. A sociedade não
tem uma ampla visão desta sigla, achando que T.I. Verde é somente doar os
eletroeletrônicos para estas empresas efetuarem o descarte correto.
T.I. Verde é um conjunto de boas práticas que deve ser adotada pela sociedade
desde a produção de um eletroeletrônico, utilização e descarte, tornando o tempo de
vida deste equipamento cada vez prejudicial ao meio ambiente.
De acordo com Pablo Hess (2009), T.I. Verde e suas práticas significam:
TI verde é um conjunto de práticas para tornar mais sustentável e menos prejudicial o nosso uso da computação. [...] As práticas da TI verde buscam reduzir o desperdício e aumentar a eficiência de todos os processos e fenômenos relacionados à operação desses computadores "no meio do caminho".
“Green IT pretende estar presente em todas as etapas, da produção da tecnologia à
maneira como essa tecnologia é usada.” (LUCAS, s.d.)
2 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA T.I.
2.1 PROBLEMAS CAUSADOS NA FABRICAÇÃO
Na tecnologia da informação gasta-se energia na fabricação de equipamentos
eletroeletrônicos, em sua utilização e no seu descarte. (FERREIRA, 2009).
4
Segundo a Universidade das Nações Unidas: “Na fabricação de um desktop com
monitor de 17 polegadas são utilizados cerca de 1800 quilos de componentes,
sendo 240 quilos de combustíveis fósseis (petróleo, gás, etc.), 22 quilos de produtos
químicos e 1500 quilos de água potável.” (FERREIRA e FERREIRA, 2008).
Grande parte dos materiais utilizados na produção de eletroeletrônicos são
químicos e/ou tóxicos, conforme tabela 1.
Tabela 1. Composição física de um computador
Material % em relação ao
peso total
Localização
Alumínio 14,172 Circuito integrado, solda, bateria
Chumbo 6,298 Semicondutor
Ferro 20,471 Estrutura, encaixes
Estanho 1,007 Circuito integrado
Cobre 6,928 Condutivo
Bário 0,031 Válvula eletrônica
Níquel 0,850 Estrutura, encaixes
Zinco 2,204 Bateria
Berílio 0,015 Condutivo térmico, conectores
Ouro 0,016 Conexão, condutivo
Manganês 0,031 Estrutura, encaixes
Prata 0,018 Condutivo
Cromo 0,006 Decoração, proteção contra corrosão
Cádmio 0,009 Bateria, chip, semicondutor, estabilizadores
Mercúrio 0,002 Baterias, ligamentos, termostatos, sensores
Sílica 24,880 Vidro
Fonte: Microelectronics and Computer Technology Corporation, 2000 apud Ferreira
e Ferreira
5
Quando as substâncias utilizadas para a fabricação de eletroeletrônicos são
descartadas de forma incorreta podem causar diversos danos a saúde, conforme a
tabela 2.
Tabela 2. Os vilões dos eletroeletrônicos
Mercúrio Computador, monitor e TV de
tela plana
Danos no cérebro e fígado
Cádmio Computador, monitores de tubo
e baterias de laptops
Envenenamento, problemas nos
ossos, rins e pulmões
Arsênio Celulares Pode causar câncer no pulmão,
doenças de pelo e prejudicar o
sistema nervoso
Berílio Computadores e celulares Causa câncer no pulmão
Retardantes de
chamas (BRT)
Usado para prevenir incêndios
em diversos eletrônicos
Problemas hormonais, no
sistema nervoso e reprodutivo
Chumbo Computador, celular e televisão Causa danos ao sistema nervoso
e sanguíneo
Bário Lâmpadas fluorescentes e
tubos
Edema cerebral, fraqueza
muscular, danos ao coração,
fígado e baço
PVC Usado em fios para isolar
corrente
Se inalado, pode causar
problemas respiratórios
Fonte: (BAIO, 2008)
2.2 PROBLEMAS CAUSADOS NA UTILIZAÇÃO
Um dos principais consumidores de energia na área de tecnologia da informação
são os datacenters, antigamente chamados de CPD. Nesses centros de dados
encontram-se servidores de organizações que necessitam de uma disponibilidade
6
de 24 horas por dia em todos os dias do ano por possuírem informações ou serviços
vitais para a organização. Além dos equipamentos, em datacenters existem outros
grandes consumidores de energia como o ar-condicionado para a refrigeração dos
equipamentos, no-breaks e geradores de energia caso seja necessário, iluminação e
outros.
“Segundo relatório produzido para a Agência Nacional de Energia dos Estados
Unidos, o consumo de energia elétrica por centrais de datacenters dobraram nos
últimos sete anos.” (ZMOGINSKI, 2007).
Segundo dados da Gartner (empresa de consultoria fundada em 1979 no
Estados Unidos), um rack que há três anos consumia entre 2 mil e 3 mil watts de
energia, hoje pode chegar a 30 mil watts, dependendo da quantidade de
equipamentos empilhados. Satudi apud Ferreira (2009).
Atualmente o consumo de energia dos datacenters aumentou
consideravelmente. Os principais consumidores de energia nos datacenters são:
Tabela 3. Consumo de energia de um datacenter
33% Refrigeração
30% Equipamentos computacionais
18% Suprimento de energia ininterrupta, bateria
19% Outro, como iluminação, equipamento de rede
Fonte: APC (American Power Conversion) apud Ferreira(2009)
Ainda segundo a Gatner, os datacenters consomem cerca de 23% de energia na
área de tecnologia da informação.
7
Figura 1. Gráfico da distribuição estimada do uso de energia na T.I
Fonte: Gartner Group apud Ferreira (2009)
2.3 PROBLEMAS CAUSADOS NO DESCARTE
De acordo com o site Portal Aprendiz (2006):
Mais duráveis e econômicas do que as tradicionais, as lâmpadas fluorescentes caíram em cheio no gosto dos brasileiros, sobretudo a partir da imposta redução no consumo de energia em 2001, por conta da crise energética que assolou o país.
8
“No Brasil são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por
ano. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de
tratamento, contaminando o solo e a água com metais pesados.” (ROMERO, 2006).
Quando uma única lâmpada fluorescente se quebra e o mercúrio existente nela
(aproximadamente 20mg) é liberado no solo, temos um impacto desprezível no
ambiente, porém quando multiplicamos pelo consumo do Brasil em 2004 (cerca de
50 milhões de lâmpadas) os resíduos dessas lâmpadas causam um grande impacto,
contaminando o solo e as águas, atingindo as cadeias alimentares. (NAIME;
GARCIA, 2004).
Outro grande culpado pela contaminação do solo é o descarte incorreto de pilhas
e baterias.
Dados da ABINEE informam que são 800 milhões de pilhas e 17 milhões de
baterias são produzidas no país, sem contar as comercializadas clandestinamente e
aproximadamente 96% dos resíduos produzidos vão para o meio ambiente sem
nenhum cuidado. (PEREIRA, 2009).
Segundo Ana Paula Rezende Lima, quando as pilhas e baterias são
abandonadas em lixões, com isso elas enferrujam e vazam. Se essas substâncias
liberadas contaminarem o solo e a água, as pessoas que tiverem contato com a
água, seja bebendo, tomando banho ou ingerindo alimentos que foram regados por
esta água estarão contaminados. Os animais também estão sujeitos a
contaminação. Se no caso vacas ingiram pasto contaminado elas terão sua carne e
leite afetados.
Segundo Roberto Naime e Ana Cristina Garcia (2004):
A principal via de intoxicação dos seres humanos, quando a contaminação atinge a cadeia alimentar, ocorre através do consumo de peixes contaminados. O fenômeno ficou evidente após os estudos desenvolvidos desde 1955, quando foi registrado o acidente ecológico de Minamata no Japão. Neste, alguns milhares de pessoas ingeriram peixes contaminados com Mercúrio e desenvolveram doenças neurológicas graves, com seqüelas por várias gerações, como danos irreversíveis no organismo e doenças teratogênicas. (p. 3)
9
3 MUDANÇAS NA T.I. VISANDO A SUSTENTABILIDADE
3.1 CONSOLIDAÇÃO DE SERVIDORES
Uma medida utilizada visando economia de espaço físico, diminuição no
consumo de energia e a melhor utilização do hardware que os servidores possuem
atualmente, deixando-os cada vez menos ociosos.
“Tipicamente, as cargas de trabalho de servidor utilizam menos de dez por cento
da capacidade total do servidor físico, desperdiçando hardware, espaço e
eletricidade.” (MICROSOFT, s.d.)
Na consolidação de servidores, servidores físicos (1)
são convertidos em arquivos de Máquina Virtual (VM),
que podem ser armazenados e gerenciados
centralmente (2) e implantados dinamicamente com base
em carga e recursos disponíveis (3). Isso reduz o
número de máquinas físicas necessárias, ao mesmo
tempo que melhora sensivelmente a utilização do
servidor e a agilidade comercial.
Figura 2. Exemplo de consolidação de servidores
Fonte: Microsoft (s.d.)
10
Segundo o Diogo Mattos (s.d.), para saber se consolidar dois servidores ou mais
será vantajoso deve-se efetuar a seguinte expressão: n . x < 100%
n – quantidade de servidores que se pretende consolidar
x – somatória da taxa de utilização dos servidores que se pretende consolidar
Caso a multiplicação de n . x seja menor que 100%, pode-se fazer a
consolidação dos servidores, mas se for maior, a consolidação será um fracasso
porque os servidores consolidados necessitarão de mais processamento do que a
máquina pode suportar, ocorrendo gargalo no processamento dos dados.
3.2 VIRTUALIZAÇÃO
Técnica que surgiu na década de 60 para os mainframes da IBM, porém seu uso
foi difundido na década de 80 para e resolução de problemas a um custo
relativamente baixo. (MACAGNANI, 2009).
Virtualização é um processo onde se emula um ou mais sistemas operacionais
independentes sobre um sistema operacional ativo, utilizando o mesmo hardware
que o sistema operacional principal utiliza o processamento e armazenamento dos
dados.
“O uso da virtualização representa a ilusão de várias máquinas virtuais (VMs)
independentes, cada uma rodando uma instância de um sistema operacional
virtualizado.” (SMITH, 2005).
Quanto mais servidores são virtualizados, menor será o número de servidores
reais, ocasionando em economia de energia, diminuição de espaço em datacenters,
gerenciamento centralizado, migração do servidor virtualizado para outro servidor
real caso a necessidade de processamento da máquina virtual aumente, execução
de backups, entre outros.
“A eliminação de um servidor significa cerca de 200 a 400 watts, dependendo da
tecnologia de virtualização.” (SOUZA; KRETTLE, 2008)
As ferramentas mais conhecidas atualmente para virtualização são o Virtual PC,
VirtualBOX, VMware e Xen.
11
Abaixo algumas informações e características sobre as ferramentas.
Virtual PC
• Ferramenta desenvolvida pela Microsoft lançada em 2 de dezembro de 2003
• Funciona em sistemas operacionais Windows e MAC
• Licença gratuita para uso
• Pré-configurado para versões domésticas do Windows 98, Windows NT
Workstation, Windows 2000, Windows XP, Windows Vista, IBM OS/2 e para
servidores do Windows NT Server, Windows 2000 Server e Windows Server
2003
• Atualmente na versão 2007
VirtualBOX
12
• Ferramenta desenvolvida pela Sun Microsystems
• Funciona em sistemas operacionais Windows, Linux, Solaris, Mac OS e
outros
• Licença GPL (GNU – General Public License)
• Pré-configurado para todas as versões do Windows, versões mais populares
do Linux como Ubuntu, Debian, Mandriva, Red Hat e outras distribuições,
Solaris e OpenSolaris, BSD, IBM OS/2 e outras versões, DOS, Netware e
também tem a opção que o usuário configura a máquina de acordo com o
sistema que ira utilizar, caso o sistema não esteja na lista
• Atualmente na versão 3.1.6
VMware
• Ferramenta desenvolvida pela VMware Inc.
• Funciona em sistemas operacionais Windows, Linux, Mac OS/X (Produto
VMware Fusion) e outros
• Licença proprietária e algumas aplicações gratuitas
• Possui versões para desktop, datacenter, cloud computing, aplicações e
outros
Xen
13
• Ferramenta desenvolvida pela XenSource, Inc. e em 2007 foi adquirida pela
Citrix System Inc.
• Teve sua primeira versão lançada em 2003
• Funciona em sistemas operacionais com Linux, Unix, BSD, OpenSolaris e
Windows
• Licença GPL v2 (GNU - General Public License) e algumas aplicações
proprietárias
• Xen hypervisor encontra-se na versão 4.0.0 lançada em 7 de abril de 2010
Analisando estas ferramentas, percebe-se que existem ferramentas para
diversas configurações de servidores ou para micros comuns, que podem ser
utilizadas no ramo corporativo ou caseiro, que necessitam de licenças ou são
gratuitos e funcionam em diversos sistemas operacionais.
3.3 THIN CLIENTS
Também conhecidos como terminais diskless (computadores sem disco rígido) é
uma espécie de terminais burros que utilizam a arquitetura cliente/servidor, ou seja,
todo o processamento que é requisitado pelo aparelho o servidor que irá processar e
depois enviar para o aparelho novamente pela rede.
As suas principais vantagens é o baixo consumo de energia comparado com um
desktop, baixo custo de manutenção dos aparelhos, gerenciamento centralizado e
caso seja necessário executar aplicações que exigem mais processamento, basta
aumentar a capacidade do servidor já que todo processamento ocorre nele e o thin
client apenas apresenta a interface gráfica do sistema.
“A economia gerada por um equipamento thin client gira em torno de 95% a
menos da energia gasta por um computador comum.” (PROPUS, 2009).
14
“Estimamos uma vida útil de pelo menos 10 anos para cada terminal. Isso reduz
drasticamente o custo de renovação das máquinas, sem falar na questão do lixo
eletrônico” (DUTRA, 2009).
1. O cliente solicita um IP via DHCP
2. O cliente recebe um IP e carrega o kernel enviado pelo servidor
3. Dispositivos de hardware são detectados e as unidades de disco são montadas
4. A interface gráfica é carregada, podendo carregar uma tela de login, um terminal remoto (Remote Desktop), ou uma aplicação customizada.
Figura 3. Exemplo do funcionamento de um thin client
Fonte: (GETECH, s.d.)
3.4 CONSUMO DE ENERGIA EM DATACENTERS
Atualmente um dos principais consumidores de energia na área de T.I. são os
datacenters devido a grande quantidade de equipamentos e estes estarem sempre
em funcionamento, porém, a refrigeração e iluminação são responsáveis por grande
parte desta energia utilizada.
“Por vezes, se gasta mais energia elétrica com a refrigeração do que com os
equipamentos tecnológicos em si.” (LUCAS, s.d.)
Segundo Valdir Antonelli (2008), cerca de 35% a 50% da energia consumida em
um datacenter convencional é com refrigeração. Por esses motivos a Gartner
identificou as onze melhores práticas para redução do consumo de energia.
15
• Fechar brechas e vãos em ambientes com pisos elevados para evitar a saída
de ar frio. Só com este cuidado, as empresas economizam cerca de 10% de
energia;
• Utilizar painéis de isolamento para aperfeiçoar o sistema de arrefecimento de
racks;
• Coordenar o funcionamento dos condicionadores de ar com novos
equipamentos nas salas de computadores para que, ao mesmo tempo,
refrigerem e desumidifiquem o ambiente. A função de desumidificação não
pode ser atribuída unicamente aos condicionadores de ar;
• Melhorar o fluxo de retirada de ar quente e a entrada de ar fresco nos locais
embaixo dos pisos elevados dos datacenters, mantendo organizado este
espaço que, geralmente, é composto por um emaranhado de cabos que
prejudicam o funcionamento do sistema de refrigeração;
• Utilizar racks que dispõem de corredores independentes de ar quente e frio e
que possuem entradas de ar em diferentes direções, para melhor controle do
fluxo de ar
• Instalar sensores de temperatura em áreas em que há suspeita de problemas
com refrigeração;
• Implantar sistemas de contenção nos corredores de ar quente e frio para
aperfeiçoar a refrigeração dos servidores;
• Elevar e manter a temperatura no datacenter entre 24ºC e 25ºC;
• Instalar ventiladores com velocidades variáveis. Estes sistemas permitem o
funcionamento de ventiladores, motores, compressores e bombas a uma
velocidade adequada às necessidades. A simples redução de 10% da
velocidade resulta em uma economia de 27% do consumo de energia destes
equipamentos.
• Usar a técnica Free Cooling, que consiste na utilização do ar fresco de
ambientes exteriores para efetuar o arrefecimento;
• Desenvolver novos datacenters usando refrigeração modular. Trata-se de um
sistema de refrigeração mais eficiente.
16
Ainda segundo Valdir Antonelli, implementando essas práticas nos datacenters, o
consumo com refrigeração pode ser reduzido para 15% de toda energia que é
utilizada em um datacenter, representando a economia de milhões de kWh
anualmente.
Outros pontos importantes para a diminuição no consumo de energia segundo
Anselmo Lucas (s.d.) que não foram citados são:
• Os cabos não precisam ser refrigerados;
• Usar a combinação de diferentes métodos de refrigeração (sistemas de
expansão com gás e sistemas de água gelada com fan coils e evaporadores,
por exemplo) e refrigeração individual de equipamentos;
• Lay-outs planejados por especialistas;
• Não é necessário manter as luzes acesas o tempo todo – lights off.
3.5 PRODUTOS ECOLÓGICAMENTE CORRETOS
Atualmente empresas de eletroeletrônicos estão cada vez mais preocupadas
com a sustentabilidade dos seus produtos.
A cada dia aparecem novos produtos que consomem menos energia que os
atuais, novos matérias utilizados na produção dos aparelhos ou até mesmo
aparelhos com soluções inovadoras, porém todos visam a diminuição de
substancias prejudiciais ao meio ambiente.
Alguns eletroeletrônicos se destacaram pela sua sustentabilidade e que podem
ser utilizados no meio corporativo, são eles:
17
Dell – Studio Hybrid Desktop
Produzido pela empresa Dell Inc., o gabinete do Stdio
Hybrid é produzido com cerca de 95% de materiais
recicláveis e seu consumo é 70% menor comparado
com um desktop comum.
Samsung – E200 Eco
Produzido pela Samsung, E200 Eco tem uma
estrutura toda feita de bioplástico feito a partir de
plantas naturais, entre elas, o milho.
A Samsung irá ampliar a utilização de bioplástico na
produção de novos equipamentos visando a redução
de emissão carbono e o consumo de combustível
durante o processo. A cada tonelada utilizada de
bioplástico no E200 Eco, 2,16 toneladas de CO2
serão reduzidas, comparando com o uso do
policarbonato (plástico comum) que é produzido a
partir do petróleo.
O E200 Eco não é o primeiro aparelho produzido pela Samsung utilizando
bioplástico. O pioneiro foi o modelo W510 e na sua fabricação não foi utilizado
nenhum metal pesado como mercúrio, chumbo ou cádmio.
18
ATP – EarthDrive
Primeiro pen drive do mundo reciclável é fabricado com a
quantidade máxima possível de materiais biodegráveis.
Tem capacidade de 1GB a 8GB, a prova d’água e um
tempo de utilização por 10 anos.
Asus – Ecobook
Notebook fabricado pela ASUSTeK Computer Inc.
tem o seu revestimento coberta por tiras de bambu
laminadas.
Lenovo – ThinkVision L193p LCD
Fabricado pela Lenovo Group Limited, este modelo possui o
símbolo da Energy Star o que garante que o produto
consome 30% menos que outros modelos.
19
3.6 DESCARTE CORRETO
Nos dias de hoje, efetuar o descarte correto dos equipamentos eletroeletrônicos
é um grande problema para os consumidores. Alguns são preocupados no lugar que
irá parar os equipamentos descartados, já outros, por simples comodismo em
procurar as empresas fornecedoras ou instituições que fazem a reutilização dos
mesmos.
Com essa imensa falta de informação de como realizar o descartes dos
equipamentos, empresas conceituadas no ramo da T.I. criaram seus próprios
programas de reciclagem, que após doação dos equipamentos, as empresas ficam
com a obrigação da reciclagem ou encaminhar para alguma instituição que fará a
atividade.
A Itautec é uma empresa que desde 2001 está preocupada com a reciclagem de
computadores. Segundo João Carlos Redondo, gerente de sustentabilidade da
Itautec, em Jundiaí, São Paulo, os equipamentos são desmontados e segregados
em diversas partes e que 100% dos resíduos internos oriundos de equipamentos
eletroeletrônicos são reciclados, parte no Brasil por empresas especializadas e
outras partes em Cingapura, Alemanha e Bélgica.
A Dell Computadores possui um programa de reciclagem para os seus próprios
equipamentos. Nesse caso, após o preenchimento do formulário e enviado para a
empresa, a máquina é retirada na casa ou escritório do consumidor e encaminhado
para a reciclagem gratuitamente. Existe também uma parceria com a FPD
(Fundação Pensamento Digital) onde a Dell promove a doação de equipamentos
ainda em funcionamento.
Segundo o Anuário Brasileiro de serviços e infra-estrutura de T.I. cita a Lexmark,
empresa que atua no ramo de serviços de impressão e imagem também esta
fazendo a sua parte, reaproveitando 97% do material das carcaças e cartuchos de
suprimentos.
Uma parceria da Secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o
Instituto Sérgio Motta que resultou na criação do projeto chamado de e-lixo maps.
Este site associa a plataforma do Google Maps com um banco de dados dos pontos
20
de coleta do e-lixo em São Paulo onde também podem ser inseridos novos pontos
de coleta no sistema. No sistema de busca o usuário digita o seu CEP e seleciona o
produto que será descartado, podendo ser descartado baterias de celulares,
lâmpadas, geladeiras entre outros equipamentos eletroeletrônicos e ele irá trazer no
mapa diversas empresas que efetuam o recolhimento do equipamento.
Figura 4. Imagem do sistema e-lixo maps após uma consulta de locais de
recolhimento de baterias de celular
Fonte: e-lixo maps
4 LEGISLAÇÃO
Devido falta de preocupação por parte das empresas na redução de substâncias
tóxicas na produção e no descarte correto de eletroeletrônicos produzidos por elas
21
ser um processo oneroso, os governos tiveram a necessidade de criar-se leis que
obriguem as empresas a reverem os seus conceitos ecológicos.
No Japão existe uma lei de Incentivo a Utilização Eficaz de Recursos (Law for the
Promotion of Effective Utilization of Resources) que prevê que os fabricantes
informem aos consumidores os componentes químicos perigosos presentes nos
equipamentos eletrônicos.
No estado da Califórnia, no Estados Unidos, onde se concentra a maior parte de
empresas de T.I. do mundo criou-se a lei Electronic Waste Recycling Act of 2003
(EWRA). O foco principal desta lei é a obrigatoriedade dos fabricantes a respeitarem
os limites permitidos de substâncias perigosas na fabricação de monitores e
displays, incluindo LCDs. Já no estado do Texas, a preocupação com o desperdício
eletrônico levou a aprovação da lei estadual House Bill 2714. Esta lei penaliza o
fabricante pelo impacto ambiental, informando que os fabricantes são responsáveis
pela reciclagem e retorno dos seus equipamentos, e estes devem ser rotulados com
informações da empresa para o consumidor enviar quando eles estiverem obsoletos
ou forem descartados.
Restrição de Certas Substâncias Perigosas (RoHS), é uma legislação européia
que proíbe o uso de seis substancias na fabricação de produtos por serem perigosas
a saúde. Esta lei é conhecida como “a lei do sem chumbo”, mas além do chumbo,
ela restringe a utilização de mais cinco substâncias, entre elas o mercúrio, cádmio,
cromo hexavalente e dois retardantes de chamas em plásticos, o polibromato bifenil
éter difenil polibromato. O RoHS entrou em vigor em toda união européia em julho
de 2006 e é aplicada a qualquer aparelho eletrônico comercializado nesta região.
No Brasil, após 19 anos de tramitação no congresso, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva deverá sancionar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no
dia 05 de junho de 2010, dia do meio ambiente. Um ponto polêmico que foi bastante
contestado pelas empresas de eletroeletrônicos é sobre a logística reversa, que
prevê a coleta de lâmpadas fluorescentes, baterias e até eletroeletrônicos seja feita
pelos fabricantes. As empresas terão até o final de 2011 para estarem de acordo
com a PNRS.
22
Junto com as leis de cada país, o Greenpeace, organização não-governamental
fundada em 15 de setembro de 1971 que luta principalmente pela preservação do
meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, divulga um ranking desde agosto
de 2006 com as maiores fabricantes de celulares, televisores, computadores e
vídeo-games para mostrar para o mundo o que estas empresas estão fazendo para
que o impacto ambiental de seus produtos seja cada vez menor, na fabricação e no
descarte.
Figura 5. Imagem do ranking feito pelo Greenpeace com as dezoito empresas
avaliadas em janeiro de 2010
Fonte: (GREENPEACE, 2010)
Tabela 4. Notas e observações feitas pelo Greenpeace das empresas avaliadas
Posição Nota Empresa Observação do Greenpeace
1 7,3 Nokia Fica em primeiro lugar e com boa pontuação
no aspecto da redução do uso de tóxicos,
mas perde pontos por não adotar uma
metodologia para restrições de substâncias
23
perigosas.
2 6,9 Sony Ericsson Foi considerado fraco no aspecto da
reciclagem, mas obteve a melhor pontuação
em relação à redução do uso de tóxicos.
3 5,3 Toshiba Boa pontuação na eliminação de tóxicos, mas
ainda precisa cumprir as outras metas para
março de 2010.
4 5,3 Philips Perde pontos por falta de lobby relacionadas
ao uso de substâncias perigosas na
legislação.
5 5,1 Apple Vem melhorando seu desempenho, obteve a
melhor pontuação na eliminação de produtos
químicos, tóxicos e lixos eletrônicos.
6 5,1 LG Electronics Melhora a pontuação, mas ainda é penalizada
por não se preocupar e adiar o aspecto de
tóxicos.
7 5,1 Sony Mantém pontuação global com maior energia
total, mas precisa de um lobby mais eficaz
relacionada à legislação de substâncias
químicas.
8 5,1 Motorola Pontuação ligeiramente reduzida, devido à
falta de um lobby mais eficaz relacionada à
legislação de substâncias químicas.
9 5,1 Samsung Teve uma grande queda devido à
penalização pelo não-cumprimento de
redução de substâncias perigosas.
10 4,9 Panasonic Pontuação inalterada, o mais eficaz em
energia, mas pobre nos aspectos de
reciclagem e lixo eletrônico.
11 4,7 HP Melhor posição graças ao apoio de redução
24
global de emissões, mas necessita de um
melhor lobby relacionada à legislação de
substâncias químicas.
12 4,5 Acer Pontuação inalterada, mas está fazendo
lobby para uma maior legislação sobre
substâncias químicas.
13 4,5 Sharp Perde pontos devido a má informação sobre a
eliminação de substâncias tóxicas e não tem
uma eficaz legislação sobre substâncias
químicas.
14 3,9 Dell Pontuação reduzida pelos critérios de energia
e penalidade pelo atraso da eliminação de
tóxicos até 2011.
15 3,5 Fujitsu Melhoria da pontuação devido ao apoio para
a redução das emissões globais de carbono,
reduzindo assim, as suas próprias emissões.
16 2,5 Lenovo Pontuação inalterada, com pontos de
penalização por atraso de tempo
indeterminado relacionados a eliminação de
tóxicos.
17 2,4 Microsoft Pontuação reduzida, não obtém uma eficaz
legislação química.
18 1,4 Nintendo Pontuação inalterada, o mais eficaz em
energia, mas pobre nos aspectos de
reciclagem e lixo eletrônico.
Fonte: (GREENPEACE, 2010)
5 CERTIFICAÇÃO
Atualmente, obter certificações é muito importante para empresas quanto para as
pessoas, porque ela é uma prova física de que a empresa ou profissional que se
25
comprometeu a fazer determinada função está seguindo as melhores práticas que
foram estudadas por especialistas ou possuem conhecimento para executar aquela
função.
Na área de T.I. Verde existem certificações garantindo que as empresas estão
seguindo as melhores práticas na produção e descarte de eletroeletrônicos, como as
normas da família ISO 14000 (Internacional Standardization for Organization).
A Organização Internacional para Padronização (ISO) é uma organização não-
governamental fundada em 1947 em Genebra, na Suíça, que está presente em 161
países com o principal objetivo de criar normas internacionais.
A norma ISO 14001 pertence à série de normas ISO 14000 criada pela
organização, que estabelece requisitos para as empresas gerenciarem os seus
produtos e processos para não agredirem o meio ambiente.
Para obter-se uma certificação ISO 14001, a empresa deve cumprir alguns
requisitos como ter a ciência e controle dos resíduos que ela gera na produção e
utilização do produto, treinamento para funcionários para que eles estejam
conscientes da importância do cumprimento da norma, procedimentos de controle
da documentação, situações de emergências, não conformidade, ações corretivas e
preventivas, entre outras.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A preocupação com o meio ambiente não vem de agora, porém ainda algumas
empresas não estão preocupadas com a sociedade, mas somente com a sua
lucratividade.
O mundo em que vivemos é consumista, onde troca-se de aparelhos
eletroeletrônicos rapidamente somente porque os mais atuais possuem novas
funções, design mais arrojado e outras qualidades, e os antigos aparelhos, quando
não conseguimos comercializados, os guardamos ou descartamos no lixo comum
por falta de informações sobre o descarte correto ou até por falta de projetos de
recolhimento desses aparelhos por parte dos fabricantes.
26
O governo está tentando fazer a parte dele, criando leis que restringe o uso de
certas substâncias na fabricação, medidas que reduzem o uso de energia na
utilização e o descarte correto dos eletroeletrônicos junto com algumas organizações
como o Greenpeace que cobram e muito as empresas sobre esse descaso com o
meio ambiente.
Novas tecnologias e projetos estão surgindo com o pensamento Verde já
incorporado, porém, a sociedade também tem que se conscientizar e realizar os
procedimentos corretos para que possamos agredir cada vez menos a saúde do
meio ambiente.
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