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0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ C AMPUS J ACAREZINHO C ENTRO DE C IÊNCIAS H UMANAS E DA E DUCAÇÃO C OLEGIADO DE C IÊNCIAS B IOLÓGICAS LUCAS VILAS BOAS SIMIRIO DIABETES MELLITUS TIPO II: ANÁLISE DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL E DA OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES LIPÍDICAS EM PACIENTES DE SÃO PEDRO DO TURVO - SP JACAREZINHO – PR 2013

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO

PARANÁ CAMPUS JACAREZINHO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO

COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LUCAS VILAS BOAS SIMIRIO

DIABETES MELLITUS TIPO II: ANÁLISE DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL E DA OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES LIPÍDICAS EM PACIENTES DE SÃO PEDRO DO

TURVO - SP

JACAREZINHO – PR

2013

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1

LUCAS VILAS BOAS SIMIRIO

DIABETES MELLITUS TIPO II: ANÁLISE DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL E DA OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES LIPÍDICAS EM PACIENTES DE SÃO PEDRO DO

TURVO - SP

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Licenciatura Plena em

Biologia, da Universidade Estadual do Norte do

Paraná, Centro de Ciências Humanas e da

Educação, como requisito parcial para obtenção

do título de licenciada em Biologia Plena.

Orientador: Profº Especialista Juarez Assis

Soares

JACAREZINHO – PR

2013

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2

LUCAS VILAS BOAS SIMIRIO

DIABETES MELLITUS TIPO II: ANÁLISE DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL E DA OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES LIPÍDICAS EM PACIENTES DE SÃO PEDRO DO

TURVO - SP

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Licenciatura Plena em

Biologia, da Universidade Estadual do Norte do

Paraná, Centro de Ciências Humanas e da

Educação, como requisito parcial para obtenção

do título de licenciada em Biologia Plena.

_____________________________________

Professor Esp. Juarez Assis Soares Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

_____________________________________

Professor Ddo.Alexandre Fernandes de Oliveira Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

Jacarezinho, 03 de novembro de 2013.

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3

À Deus, meu melhor Amigo, por guiar-me sempre às melhores escolhas, por conceder-me a sabedoria necessária e por dar sublime consolo nos momentos de angústia Aos meus pais, Narciso e Deolice, e irmã Luana, que sempre estiveram ao meu lado sustentando-me e ministrando todo amor e apoio necessários. Sem vocês eu não seria capaz. Aos meus tios e primos que sempre presentes nos melhores e piores momentos de minha vida.

Aos meus queridos e significativos amigos Ana Eliza, Letícia, Luiz Fernando, Maiara e Thaís pela circunstancial lição, representatividade, apoio e sublime participação em todo meu trajeto acadêmico, não fosse suas respectivas presenças e os momentos que tive a grande oportunidade de compartilhar com vós, estes quatro anos não teriam sido quão especiais e singulares.

A todos os mestres que tive, desde a pré-escola até a universidade, que dedicaram seu tempo aos ensinamentos, não apenas técnicos, mas de vida. Ao orientadordo presente trabalho, Professor Juarez Assis Soares, pelos preceitos e confiança a mim dedicados, essenciais para este feito.

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4

“Que seu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja seu alimento.”

(Hipócrates)

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5

A aprovação deste trabalho de conclusão de curso não significará o endosso do Professor Orientador, da Banca Examinadora e da Universidade Estadual do Norte do Paraná à ideologia que o fundamenta ou que nele é exposta.

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6

SIMIRIO, Lucas Vilas Boas. Diabetes mellitus tipo II: Análise da nutrição funcional e da ocorrência de alterações lipídicas em pacientes de São Pedro do Turvo – SP. 2013. 102 páginas. Trabalho de conclusão do curso de graduação em Biologia. Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP, Jacarezinho, 2013.

RESUMO

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SIMIRIO, Lucas Vilas Boas. Diabetes mellitus type II: Analysis of functional nutrition and the presence of lipid abnormalities in patients of São Pedro ofTurvo– SP. In 2013.102 pages.Workcompletionof the degree course inBiology. Universityof North ParanáState – UENP, Jacarezinho, 2013.

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8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - estrutura ................................................................................................ 42

Figura 2 - lipoproteína ........................................................................................... 43

Figura 3 – Metabolismo das lipoproteínas ............................................................ 44

Figura 4 – Patogenese da aterosclerose .............................................................. 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – os valores de referencia para diagnóstico de dislipidemias em adultos

> 20 anos .............................................................................................................. 42

Tabela 2 – classificação fenótipica das hiperlipidemias ........................................ 43

Tabela 3 – dislipidemias secundarias e doenças .................................................. 44

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10

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01- Frequência do total do gênero participante da pesquisa .................... 79

Gráfico 02- Frequência total dos participantes da pesquisa em relação a idade . 80

Gráfico 03- Porcentagem total dos participantes em relação à escolaridade ....... 80

Gráffico 04- Frequência de presença ou ausência de hipertrigliceridemia em

pacientes com diabetes mellitus tipo 2 ............................................................. 81

Gráfico 05- Frequência de triglicérides normais e elevados em homens e

mulheres com diabetes mellitus tipo 2 .................................................................. 82

Gráfico 06- Frequência de participantes em relação ao nível de instrução acerca

dos alimentos funcionais ....................................................................................... 83

Gráfico 07- Frequência total de respostas dos pacientes sobre as características

dos alimentos funcionais ....................................................................................... 84

Gráfico 8- Frequência de respostas dos pacientes sobre os alimentos funcionais

com propriedades no diabetes mellitus ................................................................. 84

Gráfico 9- Porcentagem total de respostas dos pacientes sobre os alimentos

funcionais com propriedades nas alterações lipídicas .......................................... 85

Gráfico 10- Valor total dos pacientes que não ingerem os alimentos funcionais

analisados ............................................................................................................. 86

Gráfico 11- Porcentagem total dos pacientes que ingerem os alimentos funcionais

analisados mais de uma vez ou mais na semana ................................................. 86

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LISTA DE SIGLAS

HDL– Lipoproteína de Alta Densidade

LDL – Lipoproteína de Baixa Densidade

VLDL– Lipoproteína de Muito Baixa Densidade

IDL– Lipoproteína de Densidade Intermediária

DM2 –Diabetes Mellitus tipo 2

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 184

1 OBJETIVOS......................................................................................................... 18

1.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 18

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 18

2 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 19

3 CRÔNICO-DEGENERATIVA: DIABETES MELLITUS ............................................. 22

3.1 DIABETES MELLITUS: HISTÓRICO, CONCEITO E EPIDEMIOLOGIA ................................. 22

3.1.2 CATEGORIZAÇÃO DO DIABETES MELLITUS ............................................................. 25

3.2 DIABETES MELLITUS TIPO II ........................................................................... 28

3.2.1 FISIOPATOLOGIA DO DIABETES TIPO II .................................................................. 30

3.2.2 RESISTÊNCIA À INSULINA NA FISIOPATOLOGIA DO DIABETES MELLITUS TIPO II .............. 32

3.2.3 DEFEITO DAS CÉLULAS BETA-PANCREÁTICA NA FISIOPATOGÊNESE DO DIABETES

MELLITUS TIPO II ....................................................................................................... 34

3.3 COMPLICAÇÕES DECORRENTES DO DIABETES MELLITUS TIPO II ................. 36

3.3.1 COMPLICAÇÕES METABÓLICAS E MACROVASCULARES ............................................. 38

4 COMPLICAÇÃO METABÓLICA DO DIABETES MELLITUS: DISLIPIDEMIA ........... 41

4.1 DISLIPIDEMIA ...................................................................................................... 44

4.2 DISLIPIDEMIA E DOENÇA CARDIOVASCULAR ............................................................. 49

N´ASK (2011) .......................................................................................................... 52

4.2.1 DISLIPIDEMIA NO DIABETES MELLITUS ................................................................... 53

4.2.2 HIPERTRIGLICERIDEMIA E DIABETES MELLITUS TIPO II .............................................. 57

4.2.3 FISIOPATOLOGIA DA HIPERTRIGLICERIDEMIA NO DIABETES MELLITUS TIPO II ................ 59

5 NUTRIÇÃO FUNCIONAL NO CONTEXTO PATOLÓGICO ...................................... 63

5.1 ALIMENTOS FUNCIONAIS ....................................................................................... 63

5.2 ALIMENTOS FUNCIONAIS E DIABETES MELLITUS ....................................................... 67

5.3 ALIMENTO FUNCIONAL E DISLIPIDEMIA .................................................................... 70

5.4 PROPRIEDADES FUNCIONAIS NO DIABETES MELLITUS TIPO II E N DISLIPIDEMIA DE

ALIMENTOS .............................................................................................................. 72

5.4.1 SOJA E SUAS CARACTERÍSTICAS BIOATIVAS NO DIABETES TIPO II E NAS ALTERAÇÕES

LIPÍDICAS ................................................................................................................. 72

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5.4.2 LINHAÇA E SUAS IMPLICAÇÕES NO DIABETES TIPO II E DISLIPIDEMIAS ......................... 74

5.4.3 ALHO E CARACTERÍSTICAS BIOATIVAS NOS DISTÚRBIOS LIPÍDICOS E DIABETES ............. 76

6 RESULTADOS ..................................................................................................... 79

6.1 DADOS DO QUESTIONÁRIO .................................................................................... 82

7 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 87

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 95

REFERÊNCIAS....................................................................................................... 97

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14

INTRODUÇÃO

Instituído desde períodos remotos da antiguidade grega, o Diabetes

mellitus compreende uma patologia de acentuada significação em face da nova

perspectiva epidemiológica, pois exprimi um conjunto de distúrbios

plurimetabólicos que culmina em hiperglicemiacrônicaoriunda da insuficiência

geral ou parcial dasecreção de insulina, problemas na sinalização ou

sensibilidade deste hormônio ou da participação de ambos os eventos

concomitantemente.

Implica em uma disfunção representativa de caráter epidêmico e um

importante fator de comprometimento biopsicossocial cuja etiopatogenia dispõe

de fundo gênico e ambiental e termina por distinguir as formas denominadas de:

diabetes mellitus tipo 1 (DM1) , diabetes mellitus tipo 2 (DM2), diabetes

gestacional e formas monogênicas da moléstia. Acomete na atualidade cerca de

370 milhões de pessoas, número passível de duplicação até 2030, de maneira

que só no Brasil afeta 6,5% da população com destaque a forma do tipo II que

abrange 6% das ocorrências em geral.

Sobre esta perspectiva, verifica-se que o (DM2) é a forma mais corriqueira

com predomínio em 90% dos adultos e é frequentemente assinalada por dois

defeitos fisiopatológicos, a resistência à ação da insulina, em aliança a

insuficiência relativa à secreção deste hormônio, doença que se potencializa pelo

aumento populacional, avanço da expectativa de vida, incorporação de estilos de

vida modernos, o que contribui por gerar encargos na saúde pública, economia,

sociedade e aos pacientes a nível físico e psicológico.

Uma vez a doença atuante, em principal o DM2 correlaciona-se e age

como promotor de potenciais disfunções, haja vista que, a hiperglicemia mantida

corrobora em significativas complicações a nível microvascular da retina, nervos e

rins caracterizando as microangiopatias, definidas respectivamente como

retinopatia, neuropatia e nefropatia, estimulainfecções, além de agir em sinergia

com outras moléstias.

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15

Por outro lado e de modo bastante agravante, os problemas

macrovasculares do diabetes residem na aterosclerose, que é uma desordem

endotelial inflamatória multicausal, desencadeadora de placa ateromatosa e

responde por 75% das condições de mortes cardiovasculares e por agravamento

encefálico, vascular periférico e principalmente coronariano, de maneira que as

alterações lipídicas ou hiperlipidemia é o fator que mais instiga esta disfunção no

DM2.

Sobre esta temática, uma das complicações metabólicas do DM2 refere-se

às dislipidemias, que consiste nas alterações quantitativas e qualitativas das

lipoproteínas plasmáticas, cuja etiologia pode ser consequente ou secundária a

diversas patologias em que o DM atua de forma significativa. Condição que se

atribui em grande parte a elevação glicêmica e a ação resistente do hormônio

insulina, porém, também interferente pela síndrome plurimetabólica, evento que

permite que DM2 e hiperlipidemia sejam elementos conjuntos por compartilhar da

condição de menor atividade insulínica.

Portanto, são correntes no DM anormalidades lipídicas expressas pelo

aumento de triglicérides, reduções de HDL-c e mudanças na qualidade das LDL-

c, as quais favorecem a aterogênese, de modo que no geral este processo é

denominado de dislipidemia diabética. A despeito deste entendimento, verifica-se

que a insulina é determinante nas reações metabólicas dos lípides corpóreos e

uma vez restrita ou sua baixa ação na vigência de DM, tem-se uma elevação de

TG pelo aumento da síntese das VLDL-c na região hepática e regressões da

atividade lipolítica destes lipídeos pela reduzida atividade das lipases lipoproteicas

(LPL) que clivam quilomícrons e VLDL; assim os TGs são menos armazenados

nos adipócitos pela privação de glicose; também são menos degradados com

consequente deposição hepática, o que influi por determinar a hipertrigliceridemia

ou concentração plasmática de triglicérides superior a um valor de 200 mg/dl.

Esta disfunção em sinergia com decréscimo de HDL-c e atuação de síndrome

metabólica acentua as doenças cardiovasculares no DM2, fazendo necessário

assim, à compreensão do perfil lipídico do paciente diabético.

Dentro desta perspectiva, a gestão e terapêutica da dislipidemia e do DM2

requer intervenções farmacológicas e dietéticas e neste âmbito a condição

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nutricional é imprescindível, pois não se consegue um metabolismo regularizado

sem uma necessária adequação alimentar. Assim, há uma classe alimentícia

definida como funcional, que assegura benefícios ao organismo além dos

nutritivos, pois também fornecem componentes biologicamente ativos de origem

animal e vegetal como: fibras dietéticas, fitoquímicos, probióticos, prebióticos e

ácidos graxos poliinsaturados, capazes de potencializar e modular processos

fisiológicos e metabólicos caso seja participante de uma dieta convencional, além

de conter riscos de patologias crônicas não transmissíveis epromover a saúde.

Possuem importantes atribuições no manejo e precaução de DM2, pois

agem na ação e secreção da insulina, na sensibilidade tecidual aumentada a

sinalização deste hormônio e na promissora absorção atenuada da glicose.

Também são significativos nas disfunções das gorduras plasmáticas com atenção

aos seus componentes flavonoides, ômega 3 e fibras insolúveis e solúveis,

importantes na minoração dos níveis de LDL-c, e por disporem de ação

antitrombogênica; antiaterogênica, hipopressórica e anticoagulatória.

Diante do DM2, dislipidemia correlata e DCVs, faz-se necessário e

viabiliza-se a execução da nutrição funcional, pela ingesta de alguns alimentos

específicos como: alho,por dispor de fitoquímicos interferentes no diabetes com

compostos hipoglicemiantes, melhoria da atividade secretória do hormônio

insulina e diminuição da resistência insulínica, além de bioflavonóides que agem

comoantioxidantes com benefícios ao coração e ao sistema vascular, pelo fato de

atuarem como hipolipemiante e antiaterogênico.

Outro alimento dotado de bioativos na patologia diabética e alteração

lipídica é a linhaça, por dispor de ômega 3, fitoesteróis, antioxidantes flavonóides,

as lignanas que auxiliam na inibição de agregação plaquetária, minimizam

ocorrências cardiovasculares, com benefícios na normalização glicêmica. A soja

também é um importante alimento funcional pois possui carboidratos de baixo

índice glicêmico, fibras solúveis e insolúveis que geram melhorias da dinâmica da

glicose e insulina; além de ser hipolipemiantes na diminuição de triglicérides com

predominância de acidos graxos poliinsaturados, capaz de normalizar os lipídeos

séricos e conferir sua finalidade nutritiva em sinergia com a promoção da saúde.

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Com base nestes dispostos, este trabalho propõe a verificar a ocorrência

de alterações lipídicas pela elevação de triglicérides em pacientes acometidos por

Diabetes mellitus tipo II, haja vista que,existe uma elucidada relação da

resistência insulínica característica da patologia com a promoção de desordens

séricas dos lipídeos, em principal as hipertrigliceridemias; assim como, intenta

avaliar o nível de instrução em relação aos alimentos com propriedades

funcionais e ingesta de três representantes típicos desta categoria com ênfase no

alho, linhaça e soja, uma vez que esta tipologia alimentar é determinante na

modulação fisiológica e metabólica, além de ser favorável à nutrição e saúde, com

reduções de riscos e agravantes patogênicos, em essência pelos pronunciados

benefícios e interferências no DM2 e nas alterações lipídicas, em principal as

hiperlipidemias, de maneira que a informação, aceitação e uso, fomentam a

garantia de seus benefícios à qualidade de vida do homem.

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1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Investigar a existência de anormalidades lipídicas e avaliar a concepção e

participação da nutrição funcional em pacientes com diabetes mellitus tipo II no

município de São Pedro do Turvo- SP como instrumento de verificação da

qualidade de vida.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Identificar as alterações lipídicas relacionadas ao aumento de triglicérides

(hipertrigliceridemia) a partir de valores acima de 200 mg/dl;

• Obter em relação ao gênero dos componentes de estudo, valores de

triglicérides normais e elevados;

• Examinar a compreensão e/ou existência de entendimento e conhecimento

sobre a categoria dos alimentos definidos como funcionais dos pacientes

diabéticos totais integrantes da pesquisa;

• Conceber a presença e/ou frequência de ingesta de três alimentos

funcionais com bioativos de importância na redução de riscos e minimização de

agravos do diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemia pelos participantes da pesquisa.

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

Como mecanismo de resposta das questões de pesquisa definidas, o

trabalho se instrumentou com base em um estudo exploratório descritivo por meio

de análise quantitativa e qualitativa, mediante revisão de literatura pertinente ao

diabetes mellitus tipo 2 (DM2), dislipidemias e alimentos funcionais;coleta de

dados referente ao (DM2) e dislipidemias; bem como, obtenção de informações

por meio de execução de questionário versando sobre o conhecimento e

consumo de alimentos funcionais.

Para sua efetivação, o estudo se processou entre os meses de Março a

Outubro de 2013 e seu início, se deu por meio do envio de Declaração

formalizada pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) à Secretaria

de Saúde de São Pedro do Turvo – SP município de desenvolvimento da

pesquisa, mediante a solicitação local para a disponibilização de dados sobre a

incidência de diabetes mellitus tipo II e análise de prontuários médicos para

verificação exames sobre frações de colesterol, terminando com a devida

confirmação.

Assim foram designados os critérios de inclusão, enquadrando no

trabalho apenas pacientes diabéticos do tipo II, não insulino-dependentes, com

idades entre 30 a 60 anos, não analfabetos e com realização de exames de

frações de colesterol num período igual ou inferior a três meses.

Em seguida,foi obtido pelo sistema HIPERDIA local 250 pacientes

diagnosticados com diabetes mellitus tipo 2, que mediante a adequação dos

critérios definidos obteve-se um total de 30 indivíduos. Estes ao serem

esclarecidos e informados sobre a questão de pesquisa permitiram a obtenção de

seus dados cadastrais e aceitaram posteriormente responder um questionário

sobre os alimentos funcionais.

Houve, portanto, após este processo uma busca minuciosa aos respectivos

prontuários médicos dos indivíduos selecionados e por sua vez cadastrados na

Secretaria de Saúde do município, cuja intenção concentrou-se na avaliação de

presença ou ocorrência de anormalidades lipídicas pelo exclusivo aumento de

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triglicérides (TG) plasmáticos, por intermédio de verificação de exames de frações

de colesterol total cuja realização se processou em um período igual ou inferior a

três meses da coleta dos dados.

Para tanto, o valor definido para se definir a ocorrência ou não de

alterações de elevação de triglicérides ou hipertrigliceridemia foi o critério

estabelecido pela Sociedade Brasileira de Dislipidemia que adota a proporção

anormal de TG o valor superior a 200mg/dl.

O terceiro momento e processo do estudo foi compreendido, pela aplicação

de um questionário aos pacientes verificados, os quais foram convocados em dois

dias específicos para a resolução do mesmo nas dependências da Secretaria de

Saúde de São Pedro do Turvo, de modo que em cada dia participaram 15

integrantes. O conteúdo das perguntas foi concernente à concepção e

conhecimento dos pacientes verificados sobre os alimentos funcionais e

participação de três componentes desta categoria na refeição diária dos

indivíduos, com referência ao alho, linhaça e soja pela peculiaridade e importância

na gestão e precaução da patogenia do diabetes e suas implicações nas

dislipidemias.

Desta forma, o questionário se ocupou em definir questões condizentes as

características pessoais dos entrevistados, o que para tanto distinguiu três

variáveis, destacando o gênero, a idade e escolaridade. Mas também, se

atentouem buscar a compreensão aceitabilidade da categoria alimentícia definida

como funcional; entendimento das características desta classe; a frequência do

uso ou não de três tipos destes alimentos e as suas respectivas propriedades no

diabetes e nas alterações lipídicas segundo a visão do entrevistado.

Por fim, os dados e informações encontradas foram compilados em

gráficos reportando-se ao gênero; idade; sexo; ausência e presença de alterações

lipídicas no paciente com (DM2); distinção do gênero dos pacientes com

alterações lipídicas e dos indivíduos sem estas anormalidades; porcentagem de

instrução dos pacientes acerca dos alimentos funcionais; percentual total de

pacientes de acordo com as características dos alimentos funcionais; alimentos

funcionais com propriedades no diabetes segundo os entrevistados; alimentos

funcionais com propriedades nas dislipidemias segundo os entrevistados; valor

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total dos pacientes que não ingerem cada alimento funcional analisado e valor

total de pacientes que ingerem os alimentos funcionais definidos uma ou mais

vezes na semana.

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3 CRÔNICO-DEGENERATIVA: DIABETES MELLITUS

Com o advento de modificações na esfera econômica, política, cultural e

social, novas formas de organização e comportamentos de vida foram

concebidas, de maneira que o mundo perpassa por modificações no âmbito

nutricional, demográfico e principalmente epidemiológico uma vez que, o padrão

de diversas moléstias transitou da condição infectocontagiosa para o patamar das

doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), dentre as quais se destaca o

diabetes mellitus, doença atuante por conferir uma nova perspectiva do padrão de

mortalidade, morbidade e agravos à saúde em países emergentes e de primeiro

mundo acresce Brasil (2006) e Menezes (2001).

3.1 Diabetes Mellitus: Histórico, Conceito e Epidemiologia

Instaurada como moléstia de grande comprometimento e de atuante

desapropriação e impactação à vida e aos parâmetros biopsicossociais, o

diabetes mellitus (DM), constitui na contemporaneidade, uma patologia de

relevância mundial e culmina em uma epidemia que sensibiliza atenções e

desafios para a promoção, controle e desenvolvimento da qualidade de vida,

acresce Brasil (2006).

No tocante a perspectiva histórica, o percurso de entendimento e

concepção patológica do diabetes suportou significativos equívocos, contradições

e conquistas, denotando assim, sua ocorrência em períodos remotos da

antiguidade a mais de 3500 anos em povos gregos e orientais, por meio de

observações quanto à presença de sede em excesso, abundância de excretas

urinárias e hálito ácido. Porém a terminologia diabetes mellitus foi elucidada no

século II a. C pelo médico Arateu da Capadócia ao conceber a doença como

interferente nas grandes eliminações de fluidos corpóreos que permitiu uma

analogia a um sifão "maravilhosamente doce", além de ter sido considerada de

condição gradativa e corrente para grandes desfechos de mortes argumenta Cruz

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(2013).

Por sua vez, a doença continuou a suscitar inquietações e compreensões

rudimentares na Idade Média e Idade Moderna, e somente obteve proposições

fisiopatológicas mais aclaradas e novos aparatos médicos, clínicos e terapêuticos

na Idade Contemporânea, sobretudo pela descoberta do peptídeo hormonal

insulina em 1921 por Best e Bent e apropriados métodos diagnósticos

(SETCHELL et.al., 2002; UCHA, 2007).

Em termos conceituais a situação patogênica atribuída como diabetes

mellitus abrange uma coletividade de distúrbios metabólicos cuja condição

comum reside na hiperglicemia, a qual é oriunda da insuficiência geral ou gradual

da secreção insulínica, problemas de ação deste hormônio ou até mesmo de

defeitos concomitantes da sua produção e atividade. É resultante de etiologias de

cunho ambiental e genético, capazes de propiciar disfunções no metabolismo das

macromoléculas orgânicas e inúmeros comprometimentos ao estado de saúde

corpóreo (GUYTON e HALL, 1996; WHO, 1999; OLIVEIRA, 2006; SBD, 2009;

ROBBINS, 2010; COSTA E ROSA, 2010).

Consiste em uma doença de caráter epidêmico em nível mundial o que

pressupõe gastos e problemas para os sistemas de saúde global e tem como

potencialização o aumento da expectativa de vida; crescimento demográfico; o

advento da modernização que induz maior crescimento urbano e suas

consequências no estilo de vida expressas pelo sedentarismo, incremento de

maior obesidade, dietas não saudáveis; e principalmente uma maior vivência aos

portadores da patologia. Condições que isoladas ou conjuntas contribuem para a

elevação da incidência e prevalência da doença no Brasil e no mundo (WHO,

2002 e BRASIL, 2006).

Sobre esta perspectiva, conceituadas publicações de FILHO et. al., 2013 e

Diabetes Atlas (IDF) 2012, conferem conclusões significativas de que o número

de pessoas diabéticas no mundo hoje é expressivo, pois, extrapola uma margem

de 371 milhões, valores com crescimento considerável no planeta, e passível de

ser duplicado até 2030. Requer importância já que grande parte dos afetados não

supõe dispor da patologia e ainda por ceifar um total de aproximadamente 4,8

milhões de pessoas anualmente e exigir até então, um investimento global de

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S$U 471 bilhões para ser gerida, de modo nações empregam cerca de 10% de

seus gastos com a patologia em especial para condições decorrentes do seu

agravamento.

O Brasil por sua vez segundo Rodrigues (2003), desponta com um total

aproximado de 13,4 milhões de diabéticos, o que faz com que o país ocupe a

quarta posição da prevalência da doença com uma dimensão de 6,5% de

pessoas com idade entre 20 a 79 anos. De maneira que análises quantitativas

atuais estimam que a ocorrência de indivíduos acometidos pelo diabetes mellitus

tipo 2 no Brasil, compõe um valor de 12.054.827, o que perfaz um total de a 6%

dos habitantes da nação (DAMACENO, 2012).

A atenção delegada à doença é imprescindível, pois o peso principalmente

da tipologia II e suas consequentes complicações incorporam desafios para os

sistemas de saúde, assim como gastos, que não se concentram apenas na esfera

econômica já que o DM2 é uma doença crônica e assim, exige investimentos no

seu controle, alto índice de hospitalizações e atenções médicas contínuas. O

custo social e psicológico também é notório, uma vez que os pacientes e seus

familiares perpassam por dificuldades no monitoramento e vivência da doença e

suas complicações, além de muita das vezes serem privados em tenra idade de

continuar a exercer suas atividades na sociedade quando são ativos

economicamente devido à manifestação da doença (Day, 2013 e SBD, 2009).

A prevalência da doença sugere uma extensão e custo aos sistemas de

saúde mundiais e a sociedade, além de presumir a carga que os problemas

decorrentes da doença constituem, já que ocasiona custos em diversas ordens e

em especial para o sistema de saúde em função do alto índice de mortalidade que

promove e as morbidades correlacionadas, elevados índices de problemas de

saúde por suas complicações, atenções médicas constantes por diminuir a vida

útil dos pacientes entre cinco a dez anos e suas complicações compõem entre a

quarta ou quinta posição de causas de óbitos mundiais (FRANCO, 2006).

Portando estudos salientam que o diabetes mellitus tipo II não possui cura

assim como as demais categorias da doença, sendo que a redução de sua

propensão se intensifica principalmente pela perda de peso, alteração na

dinâmica de vida, realização de atividade física, reduções do tabagismo e

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alcoolismo, dieta adequada, mas também implica alterações socioeconômicas e

psíquicas (FERNANDES et. al. 2005; MANSON et. al. 2001).

3.1.2 Categorização do Diabetes Mellitus

Face às múltiplas manifestações metabólicas que concebem a patogenia

do diabetes, a hiperglicemia ocupa maior acentuação e é o fator mais

característico derivado e partilhado pelas diferentes expressões da moléstia

coloca a Sociedade Brasileira de Diabetes (2009).

No entanto, apesar da doença compartilhar a elevação glicêmica mantida,

as causas deste aumento distinguem suas tipologias e categorias (ROBBINS,

2010), pois o critério classificatório não segue os estágios glicêmicos, por serem

inviáveis na determinação consistente, já que são passíveis de variações e

podem subestimar a patogenia. Portanto o padrão utilizado para discernir as

formas de DM é o etiológico (WHO, 1999).

Verifica-se que etiologia é uma nomenclatura utilizada para designar os

motivos dos problemas de saúde (Ferreira, 2001) e por meio de sua adoção e

interferência, a síndrome diabética passou a ser analisada com mais propriedade

em relação ao seu contexto imunológico, predeterminação gênica, em aliança a

influência exercida pelo hábito de vida e também do meio ambiente (OLIVEIRA,

2002).

Assim, do ponto de vista clínico, o diabetes mellitus se divide em quatro

categorias etiológicas, de modo que são concebidas as formas: diabetes mellitus

tipo I (DM1) que se subclassifica no tipo autoimune e idiopático; diabetes mellitus

tipo II (DM2); diabetes mellitus gestacional (DMG) e outros tipos específicos de

diabetes que constitui uma série de causalidades monogênicas e secundárias do

problema (ADA, 2007, SBD, 2009 e ROBBINS, 2010).

Ainda nessa classificação, participam duas situações configuradas como

pré-diabetes, definidas como glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose

diminuída, o que não consiste na enfermidade, mas sim na transição para seu

desenvolvimento, além de serem poderosos predisponentes às doenças

cardiovasculares DCVs (SBD, 2009).

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26

Descrito previamente como juvenil, o diabetes mellitus tipo I compreende

10% da totalidade de casos existentes da doença e sua presença decorre da

destruição das células beta pancreática por mecanismos geralmente autoimunes,

as quais são implicadas quanto à redução de tamanho e no processo de

produção insulínica que comumente leva a deficiência absoluta da secreção do

hormônio e influi na necessidade do paciente acometido fazer uso de insulina

exógena em razão dos constantes níveis de hiperglicemia. Culmina em grande

excreta urinária, sede elevada, fome excessiva, eventos que respectivamente são

definidos por poliúria, polidipsia e polifagia; desencadeia também, desordens

metabólicas das macromoléculas orgânicas com tendência a cetoacidose pela

grande produção de corpos cetônicos (HANSEL, 2010; BRASIL, 2006; ROBBINS,

2010 e GROSS, 2002).

No entanto, a imunidade celular no incremento do DM1 não é regra posto

que, anticorpos e agentes imunológicos em principal o linfócito T CD8+

responsivos pela morte das células pancreáticas podem ser apenas adjuntos na

dinâmica de origem desta patologia, a qual também pode se processar sem

interferências imunogênicas com frequentes quadros de cetoacidose e variáveis

produções de insulina denominada de forma idiopática (COURI, 2013, ADA,

2010). Todavia, a nutrição, rápido crescimento infantil; idade de vida da mãe em

relação à gestação; aspectos socioeconômicos; peso corpóreo infantil; estilo de

vida; acometimento por problemas e infecções por vírus, também podem

contribuir para o desencadeamento da patologia (ALVAREZ, 2012).

Exibe um crescimento na população infantil e incidência crescente em

adolescentes, embora também possa ocorrer a forma autoimune no indivíduo

adulto, contudo os diagnósticos referenciais de DM1 concentram-se na população

jovem, sendo geralmente sintomática sem ainda uma precaução aplicável

(DAMIANI, 2012; OLIVEIRA, 2002; SBD, 2009).

Outra tipologia consta do diabetes mellitus gestacional ou (GDM), cuja

significação se traduz por qualquer intensidade de intolerância à glicose, com

princípio ou identificação clínica na gravidez, capaz de subsistir ou inexistir após o

parto. Decorrem de alterações metabólicas no percurso da gestação por conta de

modificações hormonais face o desenvolvimento do feto, que pode desencadear

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27

importantes mudanças na produção dos níveis de insulina pelo pâncreas

endócrino e sua atuação reduzida, comprometendo a normalização glicêmica, já

que a gravidez desestabiliza diversos hormonas com atenção aos

hiperglicemiantes, dos quais se destaca o lactogênico placentário promotor de

resistência insulínica, o que resulta em aumento da glicemia pela

descompensação do hormônio beta pancreático. A fisiopatologia do DMG também

esta correlacionada aos aumentos de contrarreguladores da insulina, estresse

fisiológico gerado pela gravidez bem como, predeterminantes gênicos e/ou

ambientais (OPPERMANN et. al. 2011; ZADJENVERG, 2013; LINDSAY, 2009;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, 2003).

A patologia em gestantes responsabiliza-se pela maior prevalência de

morbidade no período gravídico, além de possuir incidência ascendente. Isso

implica uma vez a enfermidade em curso, no aumento de complicações a nível

materno, fetal e perinatal (BUCHANAN et. al. 2007; GOMES et. al. 2012), pois a

criança gerada tem probabilidade aumentada para problemas na sua formação,

disfunções nos rins, coração, sistema nervoso e cérebro; pode vir a sofrer

macrossomia ou aumento fetal; icterícia; hipocalemia; problemas respiratórios;

possível desenvolvimento futuro de diabetes tipo II possibilidade que também se

estende para a mãe, além de ser mais propensa a obesidade (LINDSAY, 2009;

GOMES et. al. 2012; OPPERMANN et. al. 2011).

O diagnóstico desta patologia ocorre ao longo da gravidez, sendo que sua

prevalência é de 7,6% de mulheres acima de 20 anos fertilizadas, das quais 94%

expressam tolerância diminuída à glicose e 6% agregam o diabetes por meio de

hiperglicemia após o parto. Distingue do diabetes pré-gestacional que

compreende as formas de DM1 e DM2 detectada anterior ao desenvolvimento

fetal (BRASIL, 2010).

Assim o tratamento insulínico, modificações nutricionais, intervenção

medicamentosa, além de rigorosa supervisão da mãe e do feto em aliança ao

acompanhamento multidisciplinar assegura a minimização dos riscos para a

gestante diabética e sua prole, com posterior atenção e novas análises e

detecções clínicas da situação metabólica característica pós-parto como objeto

preventivo e de remediação (SALAZAR et. al. 2011; ZAJDENVERG, 2013).

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28

Por sua vez, formas mais específicas e particularizadas do diabetes com

favorável reconhecimento sobre os possíveis distúrbios e dinâmica causal

compõe outra categoria da doença, na qual se integram múltiplas expressões da

enfermidade, com detecções clínicas distintas, resultantes de esforço e

compreensões sobre o desenvolvimento e esclarecimento da patogenia (GROSS

et. al. 2002; SBD, 2010).

Neste contexto inserem-se os outros tipos específicos de diabetes

caracterizados por defeitos monogênicos na expressão do fenótipo característico

da patologia e, portanto desencadeiam defeitos nas células beta ou na sinalização

do hormônio insulina compreendendo as endocrinopatias, problemas gênicos na

atividade e secreção insulínica, patogenias exócrinas do pâncreas, processos

infecciosos ou administração de drogas afirma Lyra et. al., (2013).

3.2 DIABETES MELLITUS TIPO II

Envolve o padrão mais característico da doença e a forma de maior

prevalência, pois predomina com 90% dos casos que assolam o ser humano.

Assume assim, um caráter epidêmico com alto crescimento nos países de um

modo geral, mas com atenção as nações em desenvolvimento coloca Franco

(2006).

A literatura é unânime ao considerar que em termos etiopatogênicos, o

DM2 apresenta mecanismos promotores decorrentes de entidades heterogêneas.

Consiste na forma da doença anteriormente concebida como diabetes-insulino-

independente ou diabetes de adulto, resultante de associações de influências

ambientais e estilo de vida por meio do sedentarismo e condições dietéticas, além

de predisposição genética e familiar em função dos vínculos de genes

diabetogênicos (RAHILLY, 1997; ROBBINS, 2010; OLIVEIRA, 2002; RAHILLY,

1997; WHO, 1999; GROSS et. al., 2002; ADA, 2010 e SBD, 2009).

Trata-se de uma patologia frequentemente detectada em pacientes com

mais de 40 anos, embora esteja presente em diferentes idades, caracteriza-se por

ser gradativa e comumente sem sintomas abruptos. A administração de insulina

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29

exógena é realizada apenas para fins de controle do metabolismo corporal de um

modo geral, dado a secreção mesmo deficiente desse hormônio nesta categoria

da enfermidade e casos de cetoacidose são raros (HANSEL, 2010; OLIVEIRA,

2002).

Os defeitos do metabolismo que assinalam a existência do DM2 residem

na ocorrência de eventos progressivos de diminuição da ação insulínica, por meio

da redução de respostas e sensibilidade dos tecidos periféricos a atividade do

hormônio que caracteriza o aumento de resistência à insulina bem como, ou em

aliança, a defeitos ou insuficiência por parte das células beta pancreática que

passam a sofrer variações, diminuições ou mesmo inadequações na secreção de

insulina frente o estímulo da hiperglicemia (ZIMMET et. al. 1992; GROSS et. al.

2002; ADA, 2007; ROBBINS, 2010; ARAÚJO et. al. 2000; OLIVEIRA, 2002 e

ADA, 2010).

Em geral o evento corriqueiro na elevação glicêmica do diabetes é

representado pela disfunção simultânea das duas vias, ou por meio da expressão

mais significativa de problemas de produção insulínica ou na sinalização do

hormônio (WHO, 1999 e SBD, 2009). Estudos por sua vez, refutam que o

procedimento mais peculiar na elevação da glicose se apoia na resistência ao

hormônio insulina como primeira ação, sucedido por alterações resultantes da

insuficiência das células produtoras de insulina, assume Robbins (2010).

Contudo, uma diversidade de condições e processos sugere a eclosão da

patologia diabética do tipo II, das quais se enfatizam a promoção da obesidade;

existência de hipertensão; alterações lipídicas; queda da atividade física cujas

presenças, acentuam a resistência à insulina e induzem as DCVs. Aspectos

étnicos; envelhecimento; diminuição do tecido pancreático e o legado genético

que determina uma possibilidade de 60% de detenção da doença por indivíduos

cujos pais são acometidos, além da possibilidade de afetar ambos os irmãos

monozigóticos com uma propensão de 90%, terminam por completar este quadro

de causas do DM2 (HANSEL, 2010; ROBBINS, 2010).

Como efeito, verifica-se que o paciente acometido pela forma da doença do

tipo II passa a expressar sede excessiva e aumento do volume de urina que

respectivamente representam a polidipsia e poliúria, além de quadros mais graves

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de desidratação, processo definido como, coma hiperosmolar não-cetótico

(HANSEL, 2010; ROBBINS, 2010).

3.2.1 Fisiopatologia do Diabetes tipo II

A satisfação energética do homem depende principalmente do

metabolismo de glicose explica Junior (2008). Neste contexto, a secreção de

insulina e sua sensibilidade constituem fatores circunstanciais de estabilidade

para que os níveis de carboidratos possam ser rigorosa e finamente regulados

(ARSLANIAN et. al. 2009).

Com atuante finalidade no equilíbrio de açúcar, o hormônio insulina

desempenha ações significativas no organismo humano, pois age em sinergia

com mecanismos celulares que controlam o metabolismo bem como, monitoram o

crescimento, dispondo de rica dinâmica molecular por meio de enzimas, proteínas

e receptores (HABER, 2001), e graças a sua existência, ocorrem acentuações e

favorecimentos na remoção da glicose sanguínea (RAW, 1948).

O incremento das reações metabólicas desenvolvidas no pâncreas por

meio de suas células beta é de relevante papel para a dinâmica fisiológica das

concentrações de glicose (MATSCHINKY, 1996). Portanto, desordens na

produção ou atividade insulínica, comprometem o equilíbrio da homeostase desse

monossacarídeo. Estes distúrbios podem advir de modulação promovida pelo

meio ambiente em contraste com a vulnerabilidade genética e, portanto,

contribuem para o tenro desenvolvimento do diabetes mellitus tipo II (ARSLANIAN

et. al. 2009; FERRANNINI et. al. 1992).

Caracterizar as dinâmicas causais do DM2 sob condições funcionais é um

mecanismo complexo e ainda não completamente elucidado ressalva Marcondes

(2003). No entanto, salienta-se que a fisiopatologia da moléstia é amplamente

interferida por parciais defeitos de secreção e resistência à ação de insulina

(KHAN, 2003), cujas disfunções em conjunto terminam por favorecer a

hiperglicemia (STEWART, 2009).

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31

Fundamentos clínicos e epidemiológicos sugerem que a resistência à

insulina constitui a base das condições que desencadeiam o diabetes tipo II

(FERRANNIN et. al. 1992), no entanto, verifica-se que com a vigência da

hiperglicemia ambos os problemas estão presentes não impedindo, portanto, que

um representante se destaque frente o outro (SBD, 2009).

Como efeito compreende-se que a patologia do DM2 esta implicada na

sinalização da insulina, a qual consiste no hormônio proteico sintetizado no

pâncreas por meio dos constituintes celulares das ilhotas de Langerhans,

modulado pela disponibilidade das macromoléculas orgânicas em especial as

glicídicas e com importante efeito no anabolismo explica Prada et. al. (2013).

Executa sua atividade principalmente nos adipócitos, miócitos e

hepatócitos, ao se juntar aos seus receptores específicos de subunidade alfa

nestes tecidos periféricos. Por ação do hormônio a porção intrínseca do receptor

denominada subunidade beta passa a apresentar uma alteração na sua

conformação ao estimular uma enzima chamada de tirosina quinase presente no

local responsável assim por disponibilizar energia e moléculas de sinalização no

interior celular como os substratos de insulina, cujos resíduos de tirosina são

fosforilados pelas quinases o que, portanto contribuem para sucessivas ações da

insulina (NETO et. al. 2013; PRADA et. al. 2013).

Os substratos uma vez fosforilados contribuem para que a insulina possa

desencadear seus efeitos metabólicos corpóreos, principalmente na remoção de

glicose sanguínea. Uma vez sofrido fosforilação os substratos se agregam a

enzima fosfatidilinositol3quinase (PI3K) caracterizada pela excelência na

transferência de glicose no interior celular e subsequentemente estimula a enzima

PDK promotora da translocação da proteína transportadora de glicose da região

muscular e hepática denominada de GLUT4 que retém a glicose. Atua também na

formação de reservas de gordura nos adipócitos e de glicose no fígado (LIMA,

2013 apud CARVALHEIRA et. al., 2005; CROSS et. al., 2005; GREENSPAN et.

al., 2004; LIETZEK et. al., 2000; CZECH et. al., 1999).

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32

3.2.2 Resistência à insulina na fisiopatologia do Diabetes mellitus tipo II

A resistência à insulina corresponde à minoração das ações

desempenhadas pelo hormônio no que condiz a sua atividade de captação,

estocagem e metabolismo do monossacarídeo glicose e implica em diminuição de

respostas dos tecidos biológicos à sua determinada concentração (ADA, 2010;

SBD, 2009 e ROBBINS, 2010).

Trata-se de um mecanismo fisiopatogênico característico do DM2

(MARCONDES, 2003) e assim, compõe um processo complexo e de múltiplos

fatores predisponentes, com bases genéticas e/ou ambientais, fruto de defeitos

hereditários conciliados a fatores desenvolvidos como obesidade e infecções para

expressar desta maneira o seu fenótipo (PESSIN et. al. 2000 e Robbins, 2010).

A resistência à insulina se atribui ao estímulo do hormônio que termina por

gerar em termos moleculares, em substratos de insulina fosforilado erroneamente,

pois ao invés do processo ocorrer no aminoácido treonina ocorre na serina.

Portanto o receptor insulínico privado de fosforilação em treonina passa a inibir a

sinalização do hormônio e conduz a menor atividade da ação hormonal nos

tecidos, impelindo assim que a metabolização de açúcar e gordura na célula seja

comprometida (LIMA et. al., 2013 apud HOTAMISLIGIL et. al., 2006; PRADA et.

al. 2013). A reduzida atuação do hormônio também esta expressa na menor

atividade catalítica das enzimas que aceleram as reações de treonina as

fosfatases, atuante no receptor insulínico pela indução fosforilativa, salienta Prada

et. al. (2013).

Este processo também é desencadeado por várias condições metabólicas,

como os defeitos genéticos do receptor insulínico e da via sinalizadora de

insulina, embora seja menos frequente. Também se correlaciona com a

obesidade, pois, grandes quantidades de ácidos graxos livres (AGLs) interferem

na modulação do hormônio e promove uma resistência ao efeito da insulina, já

que uma maior deposição na musculatura ou disfunções dentro do meio celular

por estes lipídeos pode-se ativar a serina / treonina quinase capazes de fosforilar

esta via catalítica sobre os substratos do receptor insulínico e com isso diminuir o

poder do segmento que recepciona a insulina na estimulação da enzima PI 3-

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33

quinase, e com isso diminuir de maneira determinante o processo de condução da

glicose e processos dependentes da sinalização dos receptores insulínicos

(SHULMAN, 2000).

Ainda, níveis de triglicérides em pacientes obesos, precisamente no fígado

e músculos, resultantes da deposição dos ácidos graxos, favorecem o

impedimento da sinalização do hormônio insulina e culmina em uma

lipotoxicidade principalmente nas proteínas-chaves que processam o hormônio

(PESSIN et. al. 2000; ROBBINS, 2010; SHULMAN, 2000). A resistência à

insulina, também se fundamenta por meio dos produtos endócrinos específicos

das células do tecido adiposo, os quais se denominam de adipocitocinas com

destaque para a adiponectina, resistina e lepitina, cujos níveis exprimem a

sensibilidade à insulina, sendo a primeira reduzida na obesidade e oposta a

resistência periférica do hormônio (ROBBINS, 2010).

A redução da atividade do hormônio insulina incretina(GLP-1) também

parece estimular a gênese do problema insulínico em reação à glicose e outro

agravante fisiopatológico recai sobre a elevação na secreção do glucagon pós-

alimentação. (STEWART, 2009; NAUCK et. al. 1986), pois este hormônio também

participa da regulação glicêmica por meio da produção e deslocamento de glicose

pelo fígado que encerra a hipoglicemia e aumenta o nível de carboidratos no

sangue (NADAL et. al. 2008). Assim, com a inibição insulínica a via de secreção

de glucagon que liga as células β e α desfazem-se, e passa a contrariar a ação da

insulina, terminando por elevar o açúcar sanguíneo (UNGER, 1985; NADAL et. al.

2008).

A incorreta atividade da insulina também promove o aumento da síntese

deste carboidrato no tecido hepático no estado de jejum, fenômeno descrito como

resistência ao centro de insulina. Sendo assim, é reforçado que a minimização da

ação insulínica, confere o estado de hiperglicemia, em função da diminuição da

ação do hormônio nos tecidos do fígado, adiposo e no músculo esquelético, os

quais apresentam uma diminuição na absorção de glicose, eventos que terminam

por desencadear a patogênese do DM2 (STEWART, 2009).

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3.2.3 Defeito das células beta-pancreática na fisiopatogênese do Diabetes

mellitus tipo II

Outro mecanismo fisiopatológico de grande relevância no diabetes mellitus

tipo II consiste na diminuição da secreção de insulina ou secreção relativa do

hormônio, decorrente de defeitos nas células beta do pâncreas (HICKEY, 2010).

As causalidades dos defeitos da célula beta em geral apontam para

problemas na secreção insulínica em relação ao sua dinâmica pulsátil e

oscilatória; alterações nas conversões de pró-insulina para insulina e

principalmente disfunção quantitativa na secreção insulínica (LEITE et. al., 2013).

É sabido que defeitos nas células beta do pâncreas são significativos na

promoção do DM2, onde ocorrem eventos gradativos de disfunções e

desaparecimentos das finalidades dessas células por mecanismos, que

determinam alterações nas secreções insulínica em primeira instância e perda da

eficácia secretória ideal do hormônio posteriormente (SCHEEN, 2002), sugerindo

que existem fases para o desencadeamento do diabetes, compreendidos por

alterações das estruturas das células betas, sua expressão gênica e

funcionamento (WEIR et. al. 2004).

Deste modo, desordens destas células caracterizam-se por expressar

suas incompetências de responderem ao requerimento de grandes períodos de

resistência insulínica bem como, secreções aumentadas do hormônio. Portanto,

condições de diminuição da ação insulínica geram em princípio, secreções

elevadas diante do estímulo da glicose e caracteriza o estado hiperinsulinêmico

que visa à manutenção da normoglicemia por meio da correção da resistência

periférica (ROBBINS, 2010).

Contudo, num grande intervalo de tempo, as células do tecido pancreático

não são capacitadas a manter secreções aumentadas de insulina para sanar a

resistência ao hormônio e gera assim, um dado esgotamento do pâncreas, capaz

de gerar intolerância a glicose, até culminar em diabetes manifesto

(FERRANNINI, et. al. 1992).

Entende-se que a justificativa mais significativa e promotora do DM2 se

atribui aos problemas de menor quantidade de secreção da insulina por parte das

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células beta, as quais passam a não serem mais funcionais e/ou diminuem sua

massa, cujos fatores predisponentes a este processo, concentram-se no efeito

tóxico da elevação da glicose, toxicidade ao excesso de lipídeos, estresse

oxidativo, acúmulo de amiloide, distorções no pareamento receptor e substrato,

problemas gênicos e envelhecimento conclui Leite et. al. (2013).

Prada et. al. (2013) explica que, a massa celular pancreática produtora de

insulina de circunstancial importância na patogênese de DM2 possui um equilíbrio

por meio de novas sínteses, neogênese, duplicação, tamanho e apoptose, este

último fator é instigado pela elevação lipídica, glicêmica e oxidação as quais

podem estimular serina/quinase e promover uma fosforilação no substrato

receptor de insulina 2 ou IRS-2 por serina e não treonina, aspecto este que em

junção as adipocitocinas e menor expressão dos IRS-2 culmina com a morte das

células beta.

As causalidades dos defeitos da célula beta ainda são incertas, porém

sugere-se que o problema esteja associado ao efeito tóxico da glicose diante da

hiperglicemia, fenômeno concebido como glicotoxicidade com bases genéticas,

bem como, ação venenosa da elevada concentração de lipídeos na circulação ou

ácidos graxos livres, processo reconhecido como lipotoxicidade(FERRANNINI, et.

al. 1992 e HICKEY et. al. 2010).

Os processos da ação tóxica da glicose implica no stress oxidativo crônico

e faz com que a hiperglicemia crônica seja inviável a atividade secretória de

insulina e prejudica o equilíbrio gradativo desse monossacarídeo ao longo do

tempo, evoluindo para insuficiência das células beta que caracteriza o DM2. A

hiperlipidemia, em grande parte vinculada ao processo de esterificação dos

ácidos graxos também é nociva às células beta do pâncreas (ROBERTSON,

2002).

Ainda em relação à questão quantitativa, os defeitos das células betas

também estão atribuídos à diminuição da composição celular, deturpação das

ilhotas e acumulação de amiloides. De maneira qualitativa, portanto, as

irregularidades celulares do tecido do pâncreas incorrem em problemas de

pulsação ou oscilação correta da atividade secretória, já que a insulina exibe uma

elevação rápida no primeiro momento e secreções prolongadas e reduzidas em

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compensação do hormônio diante da elevação da glicose, com posterior

comprometimento aos outros níveis de secreção (LIMA, 2013 et. al., 2013 apud

WARD et. al. 1984; ROBBINS, 2010), por isso que de início ocorre

hiperinsulinemia como remediação da resistência periférica, mas com as

disfunções celulares, tem-se a redução de secreção insulínica ante a

compensação hiperglicêmica, terminando no aumento de glicose tanto pré como

pós-prandial (HICKEY et. al. 2010).

Por fim verifica-se que a atividade secretória deficiente da insulina,

incapacita a compensação das necessidades metabólica e é um potente fator

fisiopatogênico que para o pleno desenvolvimento do DM2, e auxilia caso mantido

a resistência à insulina, na gênese de uma tríade de enfermidades, das quais

atuam a hipertensão (HAS), e doenças cardiovasculares (PRADA et. al., 2013;

REAVEN, 1988).

3.3 COMPLICAÇÕES DECORRENTES DO DIABETES MELLITUS TIPO II

A patologia diabética contribui por gerar modificações do metabolismo

culminando com a persistência da hiperglicemia de forma crônica que pode gerar

consequentes complicações face ao distúrbio glicêmico (ROBBINS, 2010).

Neste cenário diferentes segmentos fisiopatológicos tais como, a

estimulação da proteína C quinase (PKC), glicolisação de proteínas e via da

aldoseredutase, terminam por ocasionar problemas resultantes do diabetes

exprime Hanselet. al. (2010).

Existe uma multiplicidade de fatores para o princípio das complicações,

suas repercussões e locais de acometimento. No entanto, as alterações vigentes

da doença distinguem-se em agudas e crônicas (ARAGÃO et. al. 2013).

As complicações agudas englobam os quadros de cetoacidose diabética,

elevação glicêmica chamada de hiperosmolar não-cetótica; a condição de acidose

lática que compõe quadros patológicos no DM capazes de gerar infartos e

infecções graves pela grande concentração bacteriana no sangue, redução de

oxigênio e diminuição do metabolismo do ácido lático; além da hipoglicemia que

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constitui problemas decorrentes da terapêutica patológica por meio de

substâncias hipoglicemiantes que estimulam a elevação da secreção insulínica

(PINTO e OLIVEIRA, 2006).

As formas persistentes dos problemas decorrem em princípio, de

alterações nas regiões microvasculares por meio de modificações morfológicas

nas membranas basais de pequenos vasos da retina, nervos e rins caracterizando

as microangiopatias, mas também afetam os grandes vasos especialmente as

artérias compondo as macroangiopatias (ROBBINS 2010 e ARAGÃO et. al.

2013).

Um dos defeitos microvasculares característico do diabetes é a retinopatia

diabética que expressa às alterações microangiopáticas nos olhos em razão de

danos nos capilares da retina, expressos pela perda celular que envolve o

endotélio, por aumento e engrossamento da camada interna dos vasos

sanguíneos e repercute em pequenos aneurismas e hemorragias; distúrbios intra-

retinianos e mudanças na vascularização retiniana que capazes de gerar

desordens no humor vítreo e retina (WEIS et. al. 2011). Consiste assim, no motivo

mais representativo de cegueira em adultos diabéticos, ocupando o terceiro lugar

dentre os determinantes da problemática, acometendo aproximadamente 60%

dos enfermos posterior a um período de cerca de 20 anos da obtenção da

moléstia, com vigência de 90% nos pacientes com DM1 e até 80% dos indivíduos

com DM2, além de configurar em ambos os casos, condições predisponentes a

morbimortalidade cardiovascular (WEIS et. al. 2011; ARAGÃO et. al. 2013 e

DANTAS, 2006).

De acordo com Gouvêa (2006), outra microangiopatia relevante refere-se à

nefropatia diabética, capaz de perturbar tanto o DM1 quanto o DM2. Congrega em

um dos problemas da hiperglicemia que desencadeia lesões glomerulares em

função do aumento da pressão dos glomérulos e elevação de suas funções

capazes de promover glomeruloesclerose, insuficiência renal e acúmulos

proteicos nas regiões renais. Desta forma, a doença perpassa por estágios que se

caracteriza pela elevação da filtração, seguida de excretas urinárias aumentadas

de albumina até nefropatia manifesta por meio da eliminação de proteinuria,

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terminando com o quadro de nefropatia terminal, caso não haja intervenção para

o controle glicêmico, explica Salgado et. al. (2004) e Hensel (2010).

A neuropatia diabética por sua vez, representa uma problemática do

diabetes que prejudica o sistema nervoso periférico (NASCIMENTO, 2006). Sem

diagnóstico claro, consiste em defeitos do DM2, sendo as repercussões da

hiperglicemia crônica um caráter comum na sua gênese que apesar de ser

múltipla com destaque para os processos hormonais e neurológicos, autoimunes

e problemas no metabolismo, torna-se relevante pelo comprometimento vascular

e dos nervos do sistema autônomo e periférico. É uma patologia classificada em

Polineuropatia Sensitivo-Motora; Neuropatia Autonômica; Mononeuropatia Focal;

Neuropatia Multifocal Radicular; Neuropatia Multifocal Multiplexos e Plexopatia ou

Amiotrofia, sendo a primeira mais representativa pela prevalência estabelecida

(RONSONI et. al. 2011 e GAGLIARDI, 2003).

As infecções no diabetes é um fenômeno corriqueiro e grave em relação

aos não detentores da patologia. As doenças microvasculares e distúrbios da

função de neutrófilos e macrófagos favorecem a ocorrência da infecção devido ao

fato dos problemas circulatórios quanto ao estreitamento vascular gerado pela

elevação glicêmica na vigência do DM, influir condições anaeróbias que facilitam

o desenvolvimento bacteriano e fúngico em detrimento da queda da atividade das

células de defesa, além de associar-se a outros fatores e contribuir para a

problemática do pé diabético e gerar inúmeras complicações (JUNIOR, 2011 e

SCHECHTER et. al. 2006).

3.3.1 Complicações metabólicas e macrovasculares

Os problemas macrovasculares do diabetes residem na aterosclerose,

interferindo em vasos de médio e grande calibre (ROBBINS, 2010). Pois

modificações no padrão de mortalidade do DM contribuíram para maior expressão

da aterosclerose com agravamento á nível coronariano, encefálico e dos vasos

periféricos (BOZZA et. al. 2006).

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39

Mediante as proposições de Wajchenberg (2002), a aterosclerose

concerne à causa fundamental de morbimortalidade nos pacientes com DM, por

meio de problemas no endotélio vascular que exibe no DM1 consequências da

manutenção da elevação glicêmica que atua nos problemas microvasculares e no

DM2 promove defeitos macroangiopáticos desde o início da moléstia e tem

relação com a resistência à insulina.

Em termos fisiopatológicos a aterosclerose no diabetes pode ser

pronunciada em decorrência das disfunções do endotélio, das membranas basais

de pequenos vasos no diabetes, das lipoproteínas plasmáticas, da resistência à

insulina, do estresse oxidativo, da glicosilação não enzimática, de mudanças do

equilíbrio sanguíneo, bem como, pela ocorrência de relações com demais

situações de risco (BOZZA et. al. 2006).

Posicionamentos da Sociedade Brasileira do Diabetes (2006) afirmam que

a vigência de riscos de doenças cardiovasculares (DCV) em enfermos com DM2 é

aumentada em até quatro vezes, de maneira que a manifestação da aterosclerose

intensifica o padrão de óbitos em uma relação de 75% dos indivíduos acometidos

pela doença, expresso pelo acidente vascular encefálico, doença vascular

periférica e doença arterial coronariana, a qual configura um panorama de 50% da

mortalidade por (DCV) nesta tipologia do diabetes.

A aterosclerose no DM2, por sua vez é instigada por inúmeros fatores com

atenção as alterações lipídicas ou hiperlipidemia afirma Robbins (2010). Com

isso, verifica-se que uma das complicações metabólicas do DM2 refere-se às

dislipidemias, frequentemente decorrente da doença endócrina esclarece Lima

(1999), pois pode tratar-se de um agravamento da patogenia em face de elevação

glicêmica e a ação resistente do hormônio insulina, além de ser um processo

integrante da síndrome plurimetabólica que permite que DM2 e hiperlipidemia

sejam elementos conjuntos dado a menor atividade insulínica. A dislipidemia no

DM2, portanto, caracteriza mais uma das complicações diabéticas, mas destaca-

se pela pronunciada propensão no indivíduo acometido para desfechos

macrovasculares por propiciar o aumento nas quantidades de moléculas

lipoproteicas no plasma sanguíneo ou/e modificações de sua qualidade, além de

ser um agravante ao indivíduo portador de DM2 pela sujeição a eventos

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40

oxidativos e na glicação, portanto de elevada aterogenicidade (OLIVEIRA et. al.,

2006 apud HAFFNER, 1998; KANNEL et. al. 1979, LIMA, 1999; BERTOLAMI,

2004)

Com relação a estas questões, fazem-se necessárias ações combinadas

de alterações comportamentais e uso medicamentoso para precaução e correção

da patologia do DM2, tendo em vista a sua complexidade, interferência

metabólica e comprometimentos a vida humana a nível global, esclarece Lyra et.

al.(2006).

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41

4 COMPLICAÇÃO METABÓLICA DO DIABETES MELLITUS: DISLIPIDEMIA

As biomoléculas atribuídas como lipídeos, consistem nos compostos

insolúveis em meios aquoso e miscíveis em solventes não polares em virtude de

suas propriedades químicas, as quais se caracterizam por extensas cadeias de

hidrocarbonetos que em conjunto são suficientes para conferir a condição

hidrofóbica (LENINGER, 1984 e ROBERTIS e ROBERTIS, 1993).

Representam uma classe macromolecular de grande relevância biológica,

pois é significativa na ação energética e de armazenamento, além de ser atuante

no contexto estrutural e funcional das membranas quanto a sua sinalização

celular e manutenção da dinâmica anfipática e compartimentalizadora. Face estas

importâncias, existem diversos tipos de lipídeos, dentre os quais ocorrem os

triacilglicerídeos, fosfoglicerídeos, ceras, esfingolipídios, esteroides e ésteres de

ácidos graxos (ADAMI et. al. 2006; GERMAN et. al. 2007 e LENINGER, 1984).

Sob a perspectiva de Sposito (2007), os lipídeos mais significativos do

ponto de vista fisiológico bem como biológico consistem nos lipídeos-esteróides

ou colesterol, fosfolipídios, os ácidos graxos e triacilgliceróis.

Diante desta temática, os ácidos graxos são compostos dotados de apenas

um grupo carboxílico e grandes segmentos hidrocarbonados apolares de cadeia

aberta e não ramificada com números de carbono geralmente aos pares (MOTTA,

2013). Possuem uma divisão pautada no tamanho da cadeia carbônica, bem

como, pelas quantidades e disposições de duplas ligações entre os átomos

(SANTOS et. al. 2013) e expõem as formas moinsaturadas, polinsaturadas e

saturas (SPOSITO, 2007 e MOTTA, 2013).

Existem lipídeos de natureza estrutural constituinte das membranas

biológicas como os fosfolipídios, que são compostos por uma molécula de glicerol

ligada a ácidos graxos com a formação de um éster de ácido fosfórico no terceiro

grupamento hidroxila do álcool. Por sua vez, de conotação lipídica, o colesterol

consiste em um álcool monoídrico insaturado dentro da família dos esteroides

(GUIMARÃES, 1999), de incumbência centrada na estrutura e função das

membranas plasmáticas e dos compartimentos celulares biológicos; produção de

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ácidos biliares; formação de vitamina E, esteroides, bem como, precaução de

desidratação, afirma Ludeke

Por sua vez, os triacilgliceróis por sua vez, representam a esterificação de

um composto glicerol associado a três moléculas de ácidos graxos (AG) de

natureza apolar, o que os impede de serem hidrofílicos. São componentes

membranosos e desempenham papel pr

excedente glicídico não acumulado em glicogênio; o que faz das células adiposas,

o principal local de armazenamento (GUYTON E HALL, 1996 e LENINGER,

1984).

Os lipídios oriundos da alimentação ou decorrentes da síntese e

demandam mecanismos de transporte para o cumprimento das funções de

reserva, ações energéticas, gerações de compostos esteroides, ácidos biliares e

outros metabólitos, uma vez que suas naturezas apolares não condizem com a

composição aquosa plasmát

garantem o deslocamento dos lípides que são hidrofóbicos no plasma, a partir de

regiões entéricas e hepáticas e são denominadas de lipoproteínas (NORA

2006).

Lipoproteínas definem as partículas component

resultantes da combinação de lipídeos e proteínas específicas chamadas de

apoproteínas (apos). Consiste em um grupo heterogêneo de compostos que

possibilitam em regiões hidrofílicas, a solubilidade e locomoção dos lipídeos, cuja

ácidos biliares; formação de vitamina E, esteroides, bem como, precaução de

desidratação, afirma Ludeke et. al. (2009).

Figura 01

Por sua vez, os triacilgliceróis por sua vez, representam a esterificação de

um composto glicerol associado a três moléculas de ácidos graxos (AG) de

natureza apolar, o que os impede de serem hidrofílicos. São componentes

membranosos e desempenham papel primordial na reserva energética do

excedente glicídico não acumulado em glicogênio; o que faz das células adiposas,

o principal local de armazenamento (GUYTON E HALL, 1996 e LENINGER,

Os lipídios oriundos da alimentação ou decorrentes da síntese e

demandam mecanismos de transporte para o cumprimento das funções de

reserva, ações energéticas, gerações de compostos esteroides, ácidos biliares e

outros metabólitos, uma vez que suas naturezas apolares não condizem com a

composição aquosa plasmática. Como efeito, existem macromoléculas que

garantem o deslocamento dos lípides que são hidrofóbicos no plasma, a partir de

regiões entéricas e hepáticas e são denominadas de lipoproteínas (NORA

Lipoproteínas definem as partículas componentes da região plasmática,

resultantes da combinação de lipídeos e proteínas específicas chamadas de

apoproteínas (apos). Consiste em um grupo heterogêneo de compostos que

possibilitam em regiões hidrofílicas, a solubilidade e locomoção dos lipídeos, cuja

42

ácidos biliares; formação de vitamina E, esteroides, bem como, precaução de

Por sua vez, os triacilgliceróis por sua vez, representam a esterificação de

um composto glicerol associado a três moléculas de ácidos graxos (AG) de

natureza apolar, o que os impede de serem hidrofílicos. São componentes

imordial na reserva energética do

excedente glicídico não acumulado em glicogênio; o que faz das células adiposas,

o principal local de armazenamento (GUYTON E HALL, 1996 e LENINGER,

Os lipídios oriundos da alimentação ou decorrentes da síntese endógena

demandam mecanismos de transporte para o cumprimento das funções de

reserva, ações energéticas, gerações de compostos esteroides, ácidos biliares e

outros metabólitos, uma vez que suas naturezas apolares não condizem com a

ica. Como efeito, existem macromoléculas que

garantem o deslocamento dos lípides que são hidrofóbicos no plasma, a partir de

regiões entéricas e hepáticas e são denominadas de lipoproteínas (NORA et. al.

es da região plasmática,

resultantes da combinação de lipídeos e proteínas específicas chamadas de

apoproteínas (apos). Consiste em um grupo heterogêneo de compostos que

possibilitam em regiões hidrofílicas, a solubilidade e locomoção dos lipídeos, cuja

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43

característica química apolar é proveniente do colesterol esterificado e

triacilgliceróis presentes na posição nuclear dessas partículas. Entretanto,

fosfolipídios, colesterol livre e apoproteínas correspondem a porção lipoproteica

hidrofílica (LENINGER, 1984; GUYTON E HALL, 1996; SPOSITO, 2007 e NORA

et al, 2006).

Figura 02

Lipoproteína

Caio (2008)

As apoproteínas conferem papel na estrutura e síntese das lipoproteínas,

auxiliam a associação destas partículas aos receptores membranosos das

células, assim como agem como cofatores das enzimas, sendo reconhecidas as

apolipoproteínas denominadas de: A, B, C, D, E, F e G(GUIMARÃES, 1999,

NORA et. al. 2006 e SPOSITO, 2007).

Com base em Diament (2006), as partículas lipoproteicas distinguem-se

pela dimensão, densidade e constituição de lipídeos e apolipoproteínas, o que é

capaz de surtir as classificações em quilomícrons (Qm), lipoproteínas de muito

baixa densidade (VLDL), lipoproteínas de densidade intermediária (IDL),

lipoproteínas de alta densidade (HDL), e lipoproteínas de baixa densidade (LDL).

De rica constituição em triglicerídeos e pequenas porções de fosfolipídeos,

formas livres e ésteres de colesterol, além de proteínas, os quilomícrons

compõem as partículas plasmáticas formadas no epitélio intestinal e representam

a via de transporte de TG entérico incorporados no organismo por meio da

alimentação ou circulação entero-hepática (GUIMARÃES et al. 1999 e

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JUNQUEIRA E CARNEIRO, 1999).

Penetram nos capilares linfáticos do intestino para atingir a corrent

sanguínea então distribuída para todo o corpo, de maneira que, nos pequenos

vasos dos adipócitos, os quilomícrons e (VLDL) sofrem ação da enzima lipase

que libera seus conteúdos para serem reutilizados e eliminados (JUNQUEIRA E

CARNEIRO, 1999).

As lipoproteínas VLDL, LDL e IDL expressam as partículas transportadoras

de lipídeos de origem hepática (SPOSITO, 2007). As VLDL

estruturas em que se deslocam os triglicérides e colesterol produzidos de maneira

endógena, ao passo que as LDL

de colesterol, possuem receptores a nível tecidual periférico e no fígado provendo

assim a utilização do colesterol esterificados nas células. Há também, as HDL

que compõe as estruturas atuantes no transporte li

vez que extrai o colesterol tecidual periférico e os dirigem as r

(CIPLA, 2005).

Fonte: Adaptado de Carrero e Herráez (2013)

4.1 Dislipidemia

Em termos históricos, é relativamente moderna a concepção médica

JUNQUEIRA E CARNEIRO, 1999).

Penetram nos capilares linfáticos do intestino para atingir a corrent

sanguínea então distribuída para todo o corpo, de maneira que, nos pequenos

vasos dos adipócitos, os quilomícrons e (VLDL) sofrem ação da enzima lipase

que libera seus conteúdos para serem reutilizados e eliminados (JUNQUEIRA E

roteínas VLDL, LDL e IDL expressam as partículas transportadoras

de lipídeos de origem hepática (SPOSITO, 2007). As VLDL

estruturas em que se deslocam os triglicérides e colesterol produzidos de maneira

endógena, ao passo que as LDL-c refere-se às principais partículas carreadoras

de colesterol, possuem receptores a nível tecidual periférico e no fígado provendo

assim a utilização do colesterol esterificados nas células. Há também, as HDL

que compõe as estruturas atuantes no transporte lipídico no sentido oposto, uma

vez que extrai o colesterol tecidual periférico e os dirigem as r

Figura 03 - Metabolismo das lipoproteínas

Adaptado de Carrero e Herráez (2013)

Em termos históricos, é relativamente moderna a concepção médica

44

Penetram nos capilares linfáticos do intestino para atingir a corrente

sanguínea então distribuída para todo o corpo, de maneira que, nos pequenos

vasos dos adipócitos, os quilomícrons e (VLDL) sofrem ação da enzima lipase

que libera seus conteúdos para serem reutilizados e eliminados (JUNQUEIRA E

roteínas VLDL, LDL e IDL expressam as partículas transportadoras

de lipídeos de origem hepática (SPOSITO, 2007). As VLDL-c corresponde as

estruturas em que se deslocam os triglicérides e colesterol produzidos de maneira

se às principais partículas carreadoras

de colesterol, possuem receptores a nível tecidual periférico e no fígado provendo

assim a utilização do colesterol esterificados nas células. Há também, as HDL-c

pídico no sentido oposto, uma

vez que extrai o colesterol tecidual periférico e os dirigem as regiões hepáticas

Em termos históricos, é relativamente moderna a concepção médica

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45

pertinente às concentrações e composições lipídicas a nível sanguíneo e suas

interferências nas complicações circulatórias, esclarece Mendes et. al. (2009).

Diante deste contexto operam as dislipidemias, as quais consistem em

anormalidades conjuntas ou específicas dos lipídeos presentes no plasma, face

desordens metabólicas quantitativas e qualitativas das lipoproteínas circulantes

responsabilizadas na condução dos lípides sanguíneos (A CIPLA INITIATIVE,

2005; BALLANTYNE e.t al. 2009; LUTHRA et. al. 2004; MANSILHA, 2009).

Decorrem do acréscimo ou insuficiência de síntese de porções

lipoproteicas e até mesmo de problemas associados as suas constituintes

proteicas e enzimáticas. São caracterizadas pelo aumento nos valores de

colesterol total, de LDL-colesterol vinculado ou não as elevações de triglicerídeos

e baixas concentrações de HDL colesterol. Tabela 01. (A CIPLA INITIATIVE,

2005; BALLANTYNE e.t al. 2009; LUTHRA et. al. 2004; MANSILHA, 2009).

Tabela 01

Adaptado de Santos (2001)

Dentro deste contexto, publicações apontam que as disfunções dos lipídios

séricos podem advir de problemas metabólicos e/ou genéticos, bem como se

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46

tornam possíveis em consequência de patologias ou circunstâncias secundárias

de vida, justifica Mansilha (2009).

Portanto para fins de organização, as alterações das concentrações de

lipídeos plasmáticos foram categorizadas sob a perspectiva bioquímica, etiológica

e em relação ao fenótipo, esclarece Chacra et. al. (2005).

Segundo o enfoque bioquímico, a qualificação das dislipidemias não se

atém ao perfil das moléculas lipoproteicas e envolvem valores de colesterol total;

colesterol das lipoproteínas de baixa densidade LDL-c, colesterol das

lipoproteínas de alta densidade HDL-c e triglicérides (SPOSITO, 2007; SANTOS,

2001).

Assim, esta classificação contempla as formas estabelecidas pelo aumento

segregado de colesterol total, principalmente os que são transferidos em LDL-c,

evento denominado de hipercolesterolemia isolada; aumento segregado de

lipoproteínas que carreiam apenas TG como as VLDL-c e quilomícras, processo

concebido como hipertrigliceridemia isolada; redução das lipoproteínas de

elevada densidade ou diminuição de HDL-c com ou sem aumento simultâneo de

TG e por fim as hiperlipidemias mistas caracterizadas por valores anormais

aumentados de triglicérides e colesterol concomitantemente (AGÊNCIA

NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2011; CHACRA et. al. 2005; LIMA,

1999; SPOSITO, 2007; SANTOS, 2001).

Há também uma classificação de alterações dos lipídeos séricos salienta

Fredrickson et. al. (1967) pautada não apenas na fisiopatogenia e etiologia, mas

sim na análise fenotípica, em que as categorizações das dislipidemias são

distinguidas pelo fenótipo I caracterizada pelo aumento de quilomícrons, pela

forma fenotípica IIa qualificada por elevação da lipoproteínas de baixa densidade;

quanto o tipo IIb compreendido pelo acréscimo de lipoproteínas de baixa

densidade e as de muito baixa densidade; salienta-se o fenótipo III que é dado

por elevação de lipoproteínas de densidade intermediária; ainda há o fenótipo IV

peculiar pelo aumento das partículas lipoproteicas de densidade muito baixa e por

fim a forma fenotípica distinta por exprimir aumento de quilomícrons e VLDL-c

(CHACRA et. al., 2005 apud Hopkins, 2003 e Stein et. al., 1995; Consenso

Brasileiro sobre Dislipidemia (1999), Tabela 02.

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Quanto ao aspecto etiológico, às causas dos problemas lipêmicos podem

ser primárias, expressas por

secundárias a acometimento patológico, intervenção medicamentosa e estilo de

vida estabelece Lachtermacher (2004) e

A classificação primária pode resultar em hiperlipidemia ou hipolipidemia e

compreende a hipercolesterolemia comum e familiar cuja manifestação pode ser

monogênica homozigótica que é mais rara e ocasionada por defeitos ou

inexistências gerais de receptores de LDL com consequente aumento expressivo

de colesterol e a heterozigótica d

que influi na diminuição ou maior expressão dos receptores de LDL ou

apolipoproteínas que captam o colesterol das LDL denominadas B

promotora de hipercolesterolemia. Existem defeitos em vários genes que

estabelecem a hipercolesterolemia familiar poligênica e avanço de triglicerídeos

por ação das VLDL culminando com a hipertrigliceridemia familiar (LIMA, 1999;

MANSILHA, 2009).

As dislipidemias primárias ainda se apresentam por modificações gênicas

externas e internas por meio do aumento conjunto de TG e CT ou hiperlipidemia

mista; menor atividade da enzima lipase lipoproteica e da ação da apolipoproteína

Tabela 02.

Adaptado de Santos (2001)

Quanto ao aspecto etiológico, às causas dos problemas lipêmicos podem

ser primárias, expressas por mecanismos genéticos, além de questões

secundárias a acometimento patológico, intervenção medicamentosa e estilo de

Lachtermacher (2004) e Santos et. al. (1999).

A classificação primária pode resultar em hiperlipidemia ou hipolipidemia e

ompreende a hipercolesterolemia comum e familiar cuja manifestação pode ser

monogênica homozigótica que é mais rara e ocasionada por defeitos ou

inexistências gerais de receptores de LDL com consequente aumento expressivo

de colesterol e a heterozigótica decorrente de distúrbio autossômico dominante

que influi na diminuição ou maior expressão dos receptores de LDL ou

apolipoproteínas que captam o colesterol das LDL denominadas B

promotora de hipercolesterolemia. Existem defeitos em vários genes que

abelecem a hipercolesterolemia familiar poligênica e avanço de triglicerídeos

por ação das VLDL culminando com a hipertrigliceridemia familiar (LIMA, 1999;

As dislipidemias primárias ainda se apresentam por modificações gênicas

internas por meio do aumento conjunto de TG e CT ou hiperlipidemia

mista; menor atividade da enzima lipase lipoproteica e da ação da apolipoproteína

47

Quanto ao aspecto etiológico, às causas dos problemas lipêmicos podem

mecanismos genéticos, além de questões

secundárias a acometimento patológico, intervenção medicamentosa e estilo de

A classificação primária pode resultar em hiperlipidemia ou hipolipidemia e

ompreende a hipercolesterolemia comum e familiar cuja manifestação pode ser

monogênica homozigótica que é mais rara e ocasionada por defeitos ou

inexistências gerais de receptores de LDL com consequente aumento expressivo

ecorrente de distúrbio autossômico dominante

que influi na diminuição ou maior expressão dos receptores de LDL ou

apolipoproteínas que captam o colesterol das LDL denominadas B-100,

promotora de hipercolesterolemia. Existem defeitos em vários genes que

abelecem a hipercolesterolemia familiar poligênica e avanço de triglicerídeos

por ação das VLDL culminando com a hipertrigliceridemia familiar (LIMA, 1999;

As dislipidemias primárias ainda se apresentam por modificações gênicas

internas por meio do aumento conjunto de TG e CT ou hiperlipidemia

mista; menor atividade da enzima lipase lipoproteica e da ação da apolipoproteína

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48

C-II, aumento de lipoproteínas de densidade intermediária, aumento de

lipoproteínas ou hiperalfalipoproteinemia e problemas nos quilomícras (LIMA,

1999 e MANSILHA, 2009).

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007) argumenta em sua diretriz

que, em relação às dislipidemias de base gênica tem-se a hipertrigliceridemia que

provém de defeitos inatos na lise de partículas que transferem triglicerídeos pela

atividade da lipase lipoproteica ou aumento de produção das lipoproteínas de

muito baixa densidade por vias hepáticas. Por sua vez, a elevação de LDL-c nas

partículas lipoproteicas no plasma ou hipercolesterolemia, decorre de problemas

nos receptores das lipoproteínas de baixa densidade ou desordens nos

receptores das apolipoproteínas B100, que pode gerar defeitos em um gene, mas

em geral predominante para defeitos poligênicos.

A razão secundária de ocorrência de lipídeos sanguíneos anormais por sua

vez, pode derivar de existência de doenças, dentre as quais se processam as de

cunho metabólico e endócrino, porém o processo também é acarretado pela

administração de fármacos ou mesmo pela vigência de gravidez, distúrbios

alimentares e síndromes sexuais, propõe Chacra et. al. (2005), Tabela 03.

Tabela 03.

Adaptado de Santos (2001)

Desta forma, os distúrbios lipoproteicos podem ser consequentes de

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49

problemáticas no metabolismo, especialmente pela ocorrência de diabetes

mellitus tipo II, disfunções na glândula tireoide, interferência de moléstias renais e

patologias no fígado. Podem também serem secundários ao consumo etílico, uso

de drogas para fins medicamentosos, com destaque para beta bloqueadores,

tiazídicos e glucocorticóides. Por fim, o processo também esta atribuído ao

sedentarismo e maior ingesta de gorduras saturadas (SOCA, 2009).

4.2 Dislipidemia e doença cardiovascular

Existe uma correlação significativa estabelecida sobre o aumento das

concentrações de lipídeos no plasma e a promoção de problemas

cardiovasculares coloca Cohen e Amstrong (2000).

Sob a perspectiva epidemiológica, a terapêutica e detecção de dislipidemia

em tenra idade implica nas reduções da mortandade por doenças

cardiovasculares (DCV) em termos mundiais (DURO, 2008; CIPLA INITIATIVE,

2005). O que é significativo, pois com base na publicação da Organização

Mundial da Saúde (2000) e Sociedade Brasileira de Cardiologia (2000), patologias

cardiovasculares são condições de elevado padrão de mortalidade de caráter

precoce na sociedade atual, vitimando cerca de 17,3 milhões de pessoas a cada

ano e com projeções de ceifar 23 milhões de vidas em 2030. Também é

responsável salienta Brasil (2006) pela maior porcentagem de óbitos da

população brasileira.

É sabido que eventos cardiovasculares são multicausais mediante

sinergismo e multiplicação de condições, no entanto, existem situações

predisponentes às suas aparições definidas como fatores de risco, com destaque

para o tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, falta de atividade

física e hábitos de vida moderna profere Papine et. al.; (1999) e Sociedade

Portuguesa de Aterosclerose (2001).

Assim as DCVs decorrem de um conjunto de manifestações clínicas, mas

sua maior expressão é atribuída aos problemas vinculados à aterosclerose, que é

um significativo predisponente de morbimortalidade por ocorrências vasculares

cardíacas e cerebrais, exprime Duro (2008) e CiplaInitiative (2005), por intermédio

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50

das doenças coronarianas, vasculares encefálicas e periféricas; renais e aórticas

que são de impactante efeito e comprometimento à qualidade de vida (BRASIL,

2006).

Ocorre, pois que, os distúrbios de lipídeos plasmáticos estão

intrinsicamente vinculado ao processo aterosclerótico, de maneira que, níveis

aumentados de colesterol total, triacilglicerol, lipoproteínas de alta densidade e

baixa proporção lipoproteica de alta densidade constituem eventos

predisponentes à morbimortalidade e problemas por aterosclerose sob a forma da

doença arterial coronariana (DAC), enfatiza o Consenso Brasileiro sobre

Dislipidemia (1999).

Sendo assim, mesmo que seja pouco elucidada a patogênese do problema

(GROYER et. al.; 2006), verifica-se que as dislipidemias congregam importantes

fatores predisponentes ao processamento e agravamento da aterosclerose

enfatiza Neto (2013).

Tal condição se aplica, pois, as alterações lipídicas constitui um dos

componentes responsivos para disfunções no tecido endotelial, evento promotor e

agravante da ação aterosclerótica, de modo que, aumentos de LDL-c e minoração

de HDL-c são fatores independentes para DAC, em aliança ao aumento de

triglicérides que associado ao diabetes e outros distúrbios metabólicos instiga a

doença coronária e predispõe a aterotrombose pela potencialização da atividade

coagulatória e agregação de plaquetas (CONSENSO BRASILEIRO SOBRE

DISLIPIDEMIA, 2009).

Ainda, verifica-se que a desordem endotelial possui relação com os

lipídeos que sofrem oxidação e que são transportados nas lipoproteínas de baixa

densidade, já que, o colesterol total e suas frações como: HDL-c, LDL-c e TG

estão intrinsicamente vinculados com a aterogênese, dado seus acúmulo

subendoteliais. Também se conclui que, hábitos ricamente energéticos pela

ingesta de gorduras saturadas e esteroides animais são condições amplamente

associadas a eventos cardiovasculares (TAVARES et. al. 2000; CONSENSO

BRASILEIRO DE DISLIPIDEMIA, 1999;SOCIEDADE PORTUGUESA DE

ATEROSCLEROSE).

Assim sendo, existe a necessidade de precaução e terapêutica da

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51

aterosclerose, em especial da doença de cunho agudo das coronárias que

constitui a forma primariamente expressa das DCVs, já que esta se trata de uma

doença crônica não transmissível de padrões de mortalidade cada vez mais

crescente em países subdesenvolvidos dentro dos quais se insere o Brasil

(NETO, 2013).

A aterosclerose é uma patogenia de base multicausal com presente

complexidade poligênica associada a inúmeros fatores ambientais (ROCHA et. al.

2005). Consiste na doença de cunho inflamatório crônico em resposta à agressão

do endotélio vascular arterial profere Robbins (2010), uma vez que sua existência

implica em comprometimentos do tecido endotelial e geração de alterações na

camada intermediária arterial (SBC, 2007).

Consiste assim, no evento patológico que tem no endotélio lesionado sua

gênese e complicação, o qual modifica sua função por ação da invasão de

partículas lipoproteicas no interior vascular e pela promoção de eventos

inflamatórios de caráter crônico pela vigência e mobilização aumentada de células

do músculo liso, linfócitos T e macrófagos (BALLANTYNE et. al. 2009).

Trata-se de um processo gradativo e de elevada dinamicidade

caracterizado pelo endotélio agredido com princípio assintomático na juventude,

podendo em qualquer fase da vida gerar desfechos agudos (LACHTERMACHER,

2004). Desta forma se verifica que, as disfunções das células da parede vascular

provêm de elevações do colesterol, condições de resistência à insulina, DM,

aumento de partículas lipoproteicas favoráveis a aterogênese como LDL, VDL,

IDL e porções de quilomícrons; uso de tabaco, aumento de homocisteína,

hipertensão arterial bem como fatores conjugados capazes de fomentar o

processo aterosclerótico considera (BAHIA et. al. 2006 e SBC, 2007).

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Estes fatores por sua vez, terminam por conceber injúrias às paredes dos

vasos sanguíneos e implicam nas distorções de suas características de constrição

e dilatação, o que predispõe ao agravamento do processo da aterosclerose

(VILLELA et. al. 2006; CONSEN

pois acaba por favorecer a síntese da placa ateromatosa, que é resultado da

lesão a camada arterial intermediária, capaz de promover na luz dos vasos a

formação de protuberâncias determinantes no processo de enfraqu

parede vascular bem como no impedimento do fluxo sanguíneo.

O distúrbio da parede arterial pode então propiciar a perfusão de

substâncias nos vasos, onde grande parte do colesterol sanguíneo veiculado em

LDL perpassa para a íntima arterial e c

placa fibrogordurosa (Rocha

permeabilidade aumentada às partículas de LDL, estas nos vasos por ocasião do

endotélio comprometido passa a apresentar maior reatividade ao oxigêni

Figura 04.

Patogênese da aterosclerose

N´Ask (2011)

Estes fatores por sua vez, terminam por conceber injúrias às paredes dos

vasos sanguíneos e implicam nas distorções de suas características de constrição

e dilatação, o que predispõe ao agravamento do processo da aterosclerose

2006; CONSENSO BRASILEIRO SOBRE DISLIPIDEMIA, 1999),

pois acaba por favorecer a síntese da placa ateromatosa, que é resultado da

lesão a camada arterial intermediária, capaz de promover na luz dos vasos a

formação de protuberâncias determinantes no processo de enfraqu

parede vascular bem como no impedimento do fluxo sanguíneo.

O distúrbio da parede arterial pode então propiciar a perfusão de

substâncias nos vasos, onde grande parte do colesterol sanguíneo veiculado em

LDL perpassa para a íntima arterial e contribui para o princípio da síntese da

placa fibrogordurosa (Rocha et. al.; 2006), e além de expressar uma

permeabilidade aumentada às partículas de LDL, estas nos vasos por ocasião do

endotélio comprometido passa a apresentar maior reatividade ao oxigêni

52

Estes fatores por sua vez, terminam por conceber injúrias às paredes dos

vasos sanguíneos e implicam nas distorções de suas características de constrição

e dilatação, o que predispõe ao agravamento do processo da aterosclerose

SO BRASILEIRO SOBRE DISLIPIDEMIA, 1999),

pois acaba por favorecer a síntese da placa ateromatosa, que é resultado da

lesão a camada arterial intermediária, capaz de promover na luz dos vasos a

formação de protuberâncias determinantes no processo de enfraquecimento da

parede vascular bem como no impedimento do fluxo sanguíneo.

O distúrbio da parede arterial pode então propiciar a perfusão de

substâncias nos vasos, onde grande parte do colesterol sanguíneo veiculado em

ontribui para o princípio da síntese da

2006), e além de expressar uma

permeabilidade aumentada às partículas de LDL, estas nos vasos por ocasião do

endotélio comprometido passa a apresentar maior reatividade ao oxigênio e assim

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53

oxidam por interferência de macrófagos e receptores depuradores de LDL

(ROBBINS, 2010 e SBC, 2007).

As LDL oxidadas também trabalham de modo à suprasinalizar macrófagos

e células do endotélio a emitirem fatores de crescimento como as quimiocinas e

citocinas que mobilizam monócitos para o local lesado, bem como atuam como

genitoras da disfunção endotelial por serem tóxicas as células da parede dos

vasos (ROBBINS, 2010 e XAVIER et. al.; 2004).

Também, o endotélio machucado e perdido começa a expressar moléculas

de adesão aos vasos sanguíneos chamados (VCAM-1) e (ICAM) que reconhecem

linfócitos T e monócitos, de maneira que tais estruturas adentram na parede

íntima dos vasos. Os monócitos se modificam em macrófagos, envolvem

partículas de LDL oxidada e outras lipoproteínas e em aliança as estruturas

plaquetárias lançam elementos de crescimento responsáveis pela mobilização e

aumentos das células musculares lisas, as quais se unem aos macrófagos e

culminam com a placa ateromatosa, também sintetizam matriz extracelular (MEC)

e assim expandem a parede vascular intermediária como reflexo do processo

inflamatório (BALLANTYNE et. al. 2009, ROBBINS, 2010).

Rupturas na placa do ateroma não estável liberam substâncias lipídicas e

constituintes endoteliais de natureza trombogênica que podem precipitar-se nos

vasos e obstruir o fluxo hemodinâmico arterial e assim culminar com processos

oclusivos gerais ou em partes das artérias cuja condição é, portanto

fisiopatologicamente determinante para infarto agudo do miocárdio e acidente

vascular cerebral. A aterosclerose pode no seu contexto clinico também surtir

aneurismas, ateroembolismo, disfunção sexual e doença crônica dos rins

(TURCHIELLO et. al.; 2005 e SILVA, 2007).

4.2.1 Dislipidemia no diabetes mellitus

Em termos etiológicos as dislipidemias podem ser consequentes a diversas

patologias, de maneira que, o diabetes mellitus se destaca como uma das

doenças promotoras de eventos secundários nos distúrbios de lipídios

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54

plasmáticos salienta Chacra et. al. (2005).

Segundo a proposição conceitual, o diabetes não constitui uma entidade

patológica, mas sim, um conjunto de desordens plurimetabólicas cuja

característica partilhada reside na hiperglicemia, decorrente de distúrbios na ação

ou atividade secretória da insulina, ou até mesmo, de ambos os processos

simultaneamente (SBD, 2009).

Publicações atentam que O DM é uma patogenia multifatorial de

relações inatas e adquiridas grandemente relacionada à síndrome metabólica

(SM), evento associado à ação resistente do hormônio insulina e acúmulo de

gordura corpórea (PENALVA, 2008).

Partindo desta proposição, Mirnameet. al. (2004) afirma que, a dislipidemia

compõe a manifestação mais expressiva contida na SM, expressa pelo acréscimo

de triacilgliceróis, elevação de ácidos gordos não esterificados na circulação,

decréscimo das lipoproteínas de alta densidade assim como, valores aumentados

de apolipoproteínas do tipo B e LDL-c mais aterogênica.

Como efeito, afirma Bertolami (2004), a SM, DM e dislipidemia são

eventos caracterizados por distúrbios lipoproteicos e lipídicos e que, portanto, as

disfunções dos lipídios séricos na patologia diabética também representa uma

correlação de problemas no complexo conjunto do metabolismo, tendo em vista

que ambos os processos têm a resistência insulínica como base genitora.

Frente a este contexto explica Oliveira e Donangelo (2006), pacientes

acometidos por diabetes apresentam índices aumentados de distúrbios das

características bem como das quantidades de lipoproteínas plasmáticas, as quais

se apresentam modificadas tanto pela composição quanto pela ação oxidativa,

propelindo os indivíduos afetados a desenvolver aterosclerose.

Assim, a patologia do diabetes é comumente assinalada por anormalidades

lipídicas expressas por meio de acréscimos nas concentrações de triglicérides,

redução dos valores de colesterol das lipoproteínas de alta densidade ou HDL e

formação de estruturas menores e mais densas do colesterol das lipoproteínas de

baixa densidade LDL-c, portanto mais aterogênicas processo este denominado de

dislipidemia diabética elucida Gerchman et. al. (2011).

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55

Entretanto, as partículas de LDL-c em pacientes diabéticos são peculiares,

pois em termos numéricos não se diferenciam de indivíduos nomoglicêmicos,

porém em relação à qualidade, as lipoproteínas de baixa densidade são

encontradas de maneira mais reduzida e com menor volume, fazendo à

aterogênese ser um processo bastante suscetível (SBD, 2006).

Isso é determinante, pois de acordo com Brasil (2006), mais importante que

a detecção de diabetes, dislipidemias são analisar os riscos globais em nível

vascular encefálico, cardíaco e dos rins decorrentes de tais distúrbios. Já que

Gianinni (1999) considera que, o DM consiste em uma patogenia de risco direto

às DCVs em que na presença de distúrbios lipoproteicos, o processo se torna

mais representativo.

Para uma análise fisiopatogênica sobre esta questão, a WHO (1999),

explica que o DM é uma enfermidade capaz de interferir nas atividades e

produções do hormônio insulina, comprometendo assim a metabolização das

macromoléculas glicídicas, proteicas e lipídicas.

Genouch (1988) argumenta que, o hormônio insulina influi poderosamente

sobre as reações metabólicas dos lípides provenientes de fontes alimentares ou

sintetizados internamente no organismo, e para tanto, atua de modo a propiciar

reservas, inibição de degradação com diminuições na circulação bem como,

pronunciada importância no processo oxidativo dos ácidos gordos, diminuições de

TG, além de minimização nas concentrações de cetoacidose.

O DM então vem comprometer o metabolismo lipídico coloca a

CiplaInitiative (2005), seja no tipo I da doença com a ação anormal das gorduras

por uma limitação total a insulina e elevação de glicose e a tipo II característica

por desordens lipídicas provenientes da ação resistente do hormônio produzido

nas células beta pancreática.

A doença, sobretudo, interfere nas lipoproteínas de baixa densidade, por

meio de elevações de TG, passa a alterar partículas de LDL-c, as quais passam a

atuar no reconhecimento imunológico, se tornam mais propelidas ao processo

oxidativo e sofrem uma redução de suas vias de comunicação química ou

redução dos receptores de LDL em razão de déficit insulínico. Ainda neste

paradigma na deficiência de insulina, o colesterol no sangue passa a se elevar em

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56

razão de disfunções enzimáticas específicas na metabolização destes lipídios

(GUYTON E HALL, 2009 e GIANINNI, 1999).

Nos adipócitos com a interferência do diabetes tem-se uma baixa

disponibilidade de insulina, culminando com a síntese de reserva de triglicérides

deficiente e a não ou pouca conversão de carboidratos em gordura pela

inviabilidade de glicose nas células adiposas (GUYTON E HALL, 2009).

Desta maneira, a insulina no homem uma vez restrita repercute em

aumentadas concentrações de ácidos graxos não esterificados, TG, esteroides

lipídicos e ácidos cetônicos, onde as gorduras dos adipócitos são pouco

armazenadas e grandemente retiradas por deficiência de glicose com

circunstancial utilidade energética e rica deposição hepática, assegura Genouch

(1988) e Guyton e Hall (2009).

Assim verifica-se que a estabilização da glicemia age por um considerável

equilíbrio das disfunções lipídicas no diabetes, diminuindo TG e elevando

lipoproteínas de alta densidade. Portanto é requerido que pacientes acometidos

por estes distúrbios atinjam valores ideais de concentrações dos lipídios, com

proporções de TG abaixo de 150mg/dl, LDL menor que 70 ou 100 mg/dl e HDL

superior a 40 mg/dl, dado a existência de riscos de eventos cardiovasculares

explica Gerchmanet al. (2011).

Tudo por que, o diabetes mellitus é um agravante isolado enquanto preditor

da aterogênese com maiores chances de ocorrências de doença vascular

encefálica, periférica e principalmente doença coronariana, sendo a

suscetibilidade para aterosclerose aumentada de duas a três vezes na vigência

da patogenia endócrina. As dislipidemias no DM agem de modo a intensificar as

lesões aos vasos sanguíneos o que as colocam como fatores de risco significativo

para ocorrências aterotrombogênicas com destaque para o DM2 (SBD, 2006;

GIANINNI, 1999).

Tal condição levou Ryden enunciar que DM é uma condição similar de

doença coronariana, Lima (1999) e Gianinni, (1999) também evidenciaram que

alterações lipídicas também são preditores para DAC. Portanto é de extrema

pertinência diversas vias preventivas e terapêuticas das alterações de lípides

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57

plasmáticos e DM ou suas correlações, como veículo de precaução da

aterosclerose, de modo assim, a reduzir a morbimortalidade cardiovascular.

4.2.2 Hipertrigliceridemia e diabetes mellitus tipo II

Há no organismo, lipídeos de implicação e poupança energética, que são

dotados de um composto glicerol associado a três moléculas de ácidos gordos,

denominados de triacilglicerol salienta Leninger (1988). Provém da alimentação,

de maneira que na região intestinal são transportados por quilomícrons

plasmáticos ou são veiculados em VLDL-c séricas quando sua origem é de base

endógena por meio da produção hepática, cujas partículas elevam-se no período

pós-prandial (IZAR, 2009).

Ocorre, pois que, níveis elevados dos lípides definidos como triacilglicerol

na porção plasmática, se superior a um valor de 200 mg/dl, configura o que se

denomina de aumento de triglicérides ou hipertrigliceridemia, conceitua o

Consenso Brasileiro sobre Dislipidemia (1999).

Sobre esta questão explica Fung et. al. (2002), diversas são as causas de

aumento de triglicérides no plasma, dentre as quais é possível destacar os fatores

primários ou genéticos, bem como, circunstâncias secundárias às enfermidades,

estilos de vida e utilização de medicamentos, condições que terminam por

exacerbar ou dificultar a depuração dos níveis destes lipídeos séricos.

Desta maneira, disfunções lipídicas com acentuado acréscimo de

triacilgliceróis no plasma, resultam de elevada produtividade das VLDL pelas vias

hepáticas, deficiência na degradação ou redução da lipólise de VLDL e

crescentes níveis séricos dos quilomícras por advento de desordens na ação e

síntese da lipase lipoproteica (LPL) assegura Giannini (1998).

Segundo argumentos de Pejicet. al. (2006), a manifestação de aumento de

gorduras plasmáticas com atenção aos TGs vincula-se grandemente às

disfunções em processos bioquímicos envolvendo vários outros lipídeos, como

também esta associada a diversas conturbações no metabolismo. Este

pressuposto, portanto (GIANINNI, 2004) justifica o fato das alterações

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58

quantitativas e qualitativas das lipoproteínas plasmáticas estarem envolvidas na

patologia do diabetes de maneira cada vez mais típica e comprometedora, já que

metade da população diabética possuem alterações lipídicas expressas pelo

aumento de TG; bem como vem salientar que, as chances para disfunções dos

lipídios plasmáticos ante indivíduos saudáveis estão triplicadas em pacientes com

diabetes tipo II.

Neste panorama verifica-se que o aumento sérico dos triglicérides, as

reduções de HDL-c e distinções qualitativas de LDL-c é um achado característico

na enfermidade do diabetes mellitus tipo II (OLIVEIRA E DONANGELO, 2006). E

faz com que a dislipidemia seja entendida como processo típico na detecção

clínica da doença, uma vez que é participante da síndrome metabólica, processo

marcado pela ação resistente do hormônio insulina (ZANELLA, 2007).

Como efeito, indivíduos com DM2 por disporem de desordens lipídicas

elevadas, possuem também maior predisposição às doenças cardiovasculares

(CAVALCANTI et. al.; 2013), posto que, nesta tipologia diabética maior é o

comprometimento e número de vidas ceifadas por ocasião de riscos circulatórios

e cardíacos, tendo em vista que, partículas lipoproteicas de alta densidade estão

minoradas e partículas de reduzida densidade, dado a baixa sensibilidade dos

tecidos à insulina, apresentam-se alteradas e com caráter aterogênico resgata

Vijayaraghavan (2010).

Os triglicerídeos aumentados ou hipertrigliceridemia no diabetes também

confere condição de ocorrências patológicas cardiovasculares (IZAR, 2009).

Sobretudo a adição de TG acarreta em aliança as modificações de LDL-c e

redução dos níveis de HDL-c maior propensão principalmente para doença

arterial coronariana, que pode ser potencializada na vigência de diabetes e

dislipidemias primárias. A elevação deste lípide ainda concebe ocorrências de

trombose pela atividade de agregação de plaquetas, estimula processos

coagulatórios e instiga por meio da lipólise das lipoproteínas que o transfere a

gênese de aterosclerose nos vasos sanguíneos (CONSENSO BRASILEIRO

SOBRE DISLIPIDEMIA, 1999).

Portanto, a contenção e terapêutica da dislipidemia diabética, em principal

a atuante no tipo II da doença, se atenta no acréscimo de HDL, redução e

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melhora de partículas de LDL-C, e significativamente objetiva atingir níveis ideais

de triglicerídeos e uma concomitante glicemia regularizada para também

promotora da normalização dos TGs, para que assim haja uma pluralidade de

efeitos benéficos por abranger regularização das dislipidemias, precaução de

mortes por DM2, e expressivas atenuações de mortes e problemas em nível do

coração e dos grandes vasos sanguíneos (PIMENTA. 2008; O´KEEFEet. al.

2011).

4.2.3 Fisiopatologia da hipertrigliceridemia no diabetes mellitus tipo II

O estoque energético de gordura no organismo ocorre essencialmente no

tecido adiposo, por meio de triacilgliceróis, porém também pode ocorrer no fígado,

o qual participa da metabolização lipídica, através da produção de TG em

detrimento de conversões de glicídios; na formação de lípídeo-esteróide e

fosfolípides assim como, na utilização de ácidos gordos como combustível celular

(GUYTON E HALL, 1996).

Os triglicerídeos consistem nos lípides de presença mais significativa

armazenados nas células adiposas, oriundos tanto de fonte dietética, sendo

transferidos aos adipócitos por meio de quilomícrons, quanto sintetizados no

fígado e mobilizados às células gordurosas por adventos de lipoproteínas de

muito baixa densidade. Contudo sua formação também se dá no próprio tecido

adiposo por ocasião da insulina que permite a penetração de carboidratos nestes

tipos celulares (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 1999).

No tecido gorduroso a insulina faz com que a molécula de glicerol ligada a

três ácidos graxos seja fragmentada por incentivo das lipases lipoproteicas,

favorecendo os monômeros de ácidos gordos entrarem na região intracelular

gordurosa e se esterificarem por intermédio do produto glicolítico da glicose

denominado alfa-glicerofosfato. O hormônio pancreático produzido nas células

beta também propicia a transformação de carboidratos em ácidos gordos, já que

opera na via da piruvatodesidrogenase com a obtenção de acetil-Coa; além de

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60

inibir a lipase hormônio sensível na degradação de triglicerídeos e na menor

expressão de ácidos graxos não esterificados exprime Genuth (1988).

Diante deste contexto verifica-se que, na ocasião do diabetes mellitus,

ocorre maior mobilização de triglicerídeos dos adipócitos, os quais são

conduzidos via sanguínea sob a forma de ácidos gordos não esterificados,

terminando por desencadear maior deposição de TG na região hepática. Isso

ocorre, pois a limitação de glicose atua de modo a potencializar a degradação dos

lipídios do tecido que armazenam gorduras, assim como, culmina em secreção

insulínica deficiente e suprasinalização de glucagon, cujo fim confere maior

disponibilidade de ácidos graxos ao fígado e as células da porção tecidual

periférica, proferem (GUYTON E HALL, 2011).

Todavia a promoção de disfunções nos lipídeos na patogenia do diabetes

tipo II é uma condição decorrente da baixa sensibilidade tecidual a ação do

hormônio insulina salienta Betteridge (2000).

Portanto, no DM2 a atuação das dislipidemias se atribui em essência, a

baixa atividade das lipases lipoproteicas (LPL) na clivagem de quilomícrons e

VLDL de importância na transferência de TG, já que são insulinoresponsivas, bem

como, advém da menor atuação do processo de captação de gordura pelas

lipoproteínas de alta densidade de importância na contenção de problemas

cardíacos e nos vasos sanguíneos ressalva Fonseca et. al. (2013).

As disfunções lipídicas no DM ainda possui como base causal, a maior

síntese das partículas lipoproteicas de densidade muito baixa na região hepática.

Já que neste âmbito, a resistência à insulina e a elevação glicêmica agem de

modo a propiciar elevação de VLDL no fígado, o que contribui por carrear e

aumentar as proporções de triglicérides após o processo absortivo, ressalva

Fonseca et. al. (2013) e Parhofer (2011).

Como efeito Gianinni (1999), considera que a quase totalidade dos

indivíduos portadores de DM2 possui uma condição resistente à ação do hormona

insulina, processo associado com implicação na elevação da quantidade de VLDL

e menor proporção de HDL sérica formada no fígado, além de uma maior

secreção insulínica na fase de inicial do processo para contenção da resistência

ao hormônio.

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No entanto defende Matos et. al. (2013), a baixa reposta dos tecidos

periféricos à sinalização de insulina é um evento desencadeador da elevação e

maior deposição de ácidos gordos plasmáticos, no músculo e fígado, de maneira

que no pâncreas maiores concentrações destes monômeros lipídicos promove

uma lipotoxicidade e termina por acarretar secreção deficiente da insulina

pancreática.

Portanto concebe Alvarez, o perfil de desordens lipídicas ou dislipidemia

corrente em pacientes diabéticos do tipo II tem como característica, o aumento

dos triacilgliceróis denominado de hipertrigliceridemia, diferenças na qualidade

das LDL-c que se encontram modificadas e dotadas de um maior potencial

aterogênico e diminuições nas concentrações de HDL-c.

De fato o aumento sérico de triglicérides é um evento característico da

população diabética explica Pimenta (2008), pois os acúmulos lipídicos nos

compartimentos plasmáticos e as disfunções lipoproteicas estão intimamente

correlacionados com a condição de resposta tecidual abaixo do normal frente à

ação da insulina e a patologia diabética do tipo II (KRAUSS, 2004), condições

estas que justificam a elevação de ácidos gordos não esterificados e carboidratos

no plasma e as regressões da atividade lipolítica de VLDL-c (SANTOS 2001).

Sobre este assunto Mirnameet. al. (2005) assegura que de fato, o aumento

sérico de VLDL é um evento clássico no DM2, decorrente da dinâmica ou defeitos

na ação insulínica.Contudo, níveis aumentados das lipoproteínas de muito baixa

densidade VLDL na patologia do DM2 dispõem como fisiopatogênese não apenas

do processo deficiente da atividade insulínica, mas também a minimização da

catálise das lipases lipoproteicas que terminam por expressar valores elevados de

triglicérides, bem como, concentrações crescentes de ácidos gordos não

esterificados no fígado (WAJCHENBERG et. al.; 2007).

Para tanto, verifica-se que a insulina no fígado de acordo com BERNE e

LEVY (1988) favorecem a remoção e inibição de colesterol por acionar a enzima

hidroximetilglutaril-CoA redutase, age também de maneira a reduzir a oxidação

lipídica, minimizar a catabólise de TG, na síntese de colesterol não esterificado e

instiga o armazenamento. O hormônio também estimula a produção de ácidos

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gordos via glicose por ocasião de ativação enzimática da piruvatodesidrogenase

que produz por meio do piruvato a Acetil-coenzima A.

Assim, a privação insulínica característica no DM gera deficiência na

síntese de reservas de triglicerídeos tendo em vista que na presença de grandes

concentrações de glicídios maior é a oferta de acetil-CoA proveniente da glicose

(GUYTON E HALL, 2001).

A patologia diabética também viabiliza a utilização de ácidos graxos como

principal fonte energética, dado a falta de alfa-glicerofosfato pela baixa ou

nenhuma disponibilidade de glicose celular, já que este substrato é um produto

glicolítico do metabolismo da glicose que por ação da insulina direciona ácidos

gordos ou glicerol não esterificados e TG para uma condição de menor oxidação

(BERNE, LEVY, 1988; GUYTON E HALL, 2001).

Ainda neste vasto universo fisiopatológico, estudos elucidam ainda que as

dislipidemias no DM2 esta conciliada à obesidade, explicada, portanto, pela alta

concentração de ácidos gordos depositados na região hepática provenientes da

mobilização lipolítica dos adipócitos, processo que instaura resistência insulínica e

falência das células pancreáticas, haja vista que os ácidos gordos atuam na

modulação da insulina no organismo, além de haver citocinasadipocitárias

inflamatórias que terminam por agravar o processo (VIGGIANO).

As hipertrigliceridemias, portanto, segundo Sposito (2007), são condições

que em aliança as concentrações de LDL-c são circunstanciais para ocorrências

de doenças coronarianas. Sendo assim, Pereira (2011) chama a atenção para a

relação de dislipidemias e DM2 como veículo potencial para riscos de desfechos

fatais ou de morbidade cardiovascular com destaque para as doenças

aterotrombogênicas (SBD, 2006).

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63

5 NUTRIÇÃO FUNCIONAL NO CONTEXTO PATOLÓGICO

5.1 Alimentos Funcionais

Com o advento do avanço científico e tecnológico, a dinâmica de vida

passou por alterações significativas no tocante a expressão de maior longevidade,

elevação dos custos com saúde e alterações na alimentação, tornando crescente

a busca por melhorias na qualidade de vida por meio de nutrição adequada, tida

como base promissora na saúde e, sobretudo, como um dos principais meios

para subestimar patologias crônicas não transmissíveis exprime a

InternationalFoodsInformation (IFI, 2011) e WHO (2004).

A alimentação como suporte e conservação do estado de saúde corpóreo é

uma questão indissociável e esta reportada desde períodos da história antiga

posiciona Machado et al; (2004) e Chiarello (2002). Assim, ha padrões

alimentícios que vem assegurar benefícios ao organismo não apenas pela

incorporação nutritiva, haja vista que também fornecem componentes

biologicamente ativos, capazes de atenuar a propensão de várias moléstias como

as cardiovasculares e neoplásicas, de modo que os integrantes desta dieta são

destacadamente concebidos como alimentos funcionais (AMARAL, 2006).

Em termos conceituais, a categoria atribuída como alimento funcional

qualifica os alimentos que além de assegurar suas propriedades e finalidades

nutritivas e energéticas, são capacitados para conferir efetivos benefícios à saúde

em detrimento da potencialização, otimização e modulação de processos

fisiológicos, metabólicos bem como bioquímicos no organismo, oriundos de

componentes, substâncias e/ou ingredientes ativos biologicamente também

caracterizados como bioativos de caráter protetivo, funcional, estabilizante e

suplementar, com possível minimização, prorrogação e contenção de riscos

condutores às doenças crônicas, caso seja consumido habitualmente e participe

de uma dieta convencional (AMARAL, 2006; SGARBIERI et al.,1999; CANADÁ,

2002; CÂNDIDO, 2002; MACHADO et al,. 2004; RODRÍGUEZ., 2003; AMERICAN

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64

DIETETIC ASSOCIATION 2010; FAGUNTES e COSTA, 2003; ANJO, 2004;

CHIARELLO, 2002; YIM, 2002; HASLER, 2002 e ARAÍ, 1996).

Trata assim, de uma classe alimentar, cuja terminologia fora estabelecida

pelo Japão em 1980, ante a preocupação e percepção na esfera acadêmica,

política e social do país quanto à prevenção de doenças sob a ótica dietética

devido ao envelhecimento populacional progressivo testemunhado naquele

período da nação, o que motivou projetos e estudos que culminaram em

fundamentações científicas em relação à finalidade de redução de riscos e

proteção atribuída aos alimentos argumenta Araí (1996).

Em face da condição histórica, os esforços instituídos diante dos estudos

e pesquisas japonesas, resultaram no conhecimento sobre os alimentos com uso

específico para saúde, também designados com o termo FOSHU (Foods for

Specifed Health Use), e somente na década de 90, efetivamente se conceituou

através de um relatório regulamentar a nomenclatura alimento funcional

(CÂNDIDO, 2004; HASLER, 2002 e ARAÍ, 1996), termo cunhado à classe

alimentar cujo proveito esta aquém da nutrição, pois também opera no fomento a

saúde pela minoração e redução de riscos contra a instalação de patologias

coloca a InternationalFoodsInformation (2011).

Ocorre, pois, uma enorme oscilação conceitual dos alimentos funcionais

em relação aos diferentes países ou blocos econômicos, em função das

regulamentações e alegações defendidas para aprovação dos mesmos. No Brasil

por sua vez, não se admite a declaração de alimentos funcionais e sim alimentos

com natureza funcionalmente ativa, atributo esse, que é passível de fiscalizações

e registros para suas efetivas aceitações evidencia a American

DieteticAssociation (ADA, 2009), Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA, 1999) e ANVISA (2005).

Contudo, é corrente a literatura exprimir sob a perspectiva legal, a

conceituação de alimentos funcionais como similar aos alimentos definidos como

nutracêuticos, neste aspecto as definições são divergentes e pressupõe a

problemática regulamentária destas categorias alimentares ressalva Moraes et.

al., (2006). Predomina, portanto, a conceituação de nutracêutico quanto aos

alimentos dotados de componente funcionais totais ou parciais comercializados

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não sob a forma convencional, mas sim farmacêutica e suplementar (AFA, 2002 e

MORAES et. al., 2006).

Cândido, (2002) preconiza que os nutracêuticos representam uma classe

de alimentos, cuja nomenclatura foi instaurada pelo norte americanos em 1989

para se referir aos componentes e propriedades dos alimentos motivados na

precaução, efetiva terapêutica de patologias e de sobre maneira contribuição à

saúde.

Em termos de legislação brasileira, para que não haja a finalidade

puramente mercadológica da produção alimentícia, atuam as resoluções 18/1999

e 19/1999, de modo a regulamentar a designação de alimentos com propriedades

funcionais, cuja alegação atende aos alimentos de pronunciada atribuição no

metabolismo e fisiologia corpórea dada à presença ou ausência de componentes

nutritivos que assegure multiplicação celular, além de promoção e conservação

da homeostase. O disposto também estabelece propriedades relativas à saúde,

em que consiste na correlata aliança do próprio alimento e/ou seus constituintes

no incremento da saúde ou existência de quadros patológicos (ANVISA, 2013).

Com base em Yim (2002), os alimentos com propriedades funcionais em

complemento ao papel nutritivo detêm componentes e bioativos que contribuem

por sanar necessidades do organismo. Estes constituintes alimentares de ativa

ação funcional, podem ser oriundos de fontes animais com ênfase nos ácidos

graxos alfa-linoleico da família ômega 3 presente principalmente em determinados

peixes explana Hasler (2002) e Taylor et al. (2000). No entanto também é de

origem vegetal que se conhece diversos ativos fisiológicos denominados de

fitoquímicos com finalidade protetiva da saúde e de doenças crônico

degenerativas afirma FoodandDrugAdministration (1997), Hasler (2002) e

Vizzottoet. al. (2010).

Todos, por sua vez, se encontram em uma dieta usual e se enquadram

como componentes biologicamente ativos atuando de maneira significativa na

coordenação dos processos metabólicos, precavendo a prematura aparição de

doenças degenerativas e destacam-se por efetivar ações fisiológicas específicas,

o que transfere a estas substâncias a capacidade de oportunizar a saúde física e

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mental (VIZZOTTO et. al. 2010; Agricultureand Agri-Food Canada (AAFC), 2002 e

ANVISA, 2010 e InstituteofFoodTechnologists (IFT, 1998)).

Os componentes que integram os alimentos funcionais sempre dispuseram

de presença nestes representantes alimentícios, porém sua concepção frente à

saúde-doença fora elucidada modernamente, de tal forma que, participam e

envolvem as fibras alimentares; fitoquímicos abrangendo esterol de plantas ou

fitoesterol, substâncias reguladoras como vitaminas e minerais; componentes que

combatem processos oxidativos ou antioxidantes, constituintes

macromoleculares, álcoois, fenóis; ácidos graxos com instauração;

microorganismos probióticos e substâncias benéficas como oligossacarídeos e

frutoligossacarídeo não degradados pelo trato digestório também definidos como

prebióticos enfatiza Arabbi (1999) e Faguntes e Costa, (2003).

De relevante presença nos vegetais e frutas, os fitoquímicos ou

precisamente fitonutrientes são termos compreendidos como sinonímicos

oriundos em essência, das plantas como resultado destas às respostas

ambientais recai sobre os componentes com função fenol, com atenção ao grupo

dos flavonoides, aos vários grupos fenólicos ou constituintes polifenóis e ácidos

fenólicos; os terpenos, que abrangem os pigmentos carotenoides, o esterol

vegetal ou fitoesterol, as saponinas e constituintes dotados de riqueza em

nitrogênio ou glucosinalatos informa Anjo (2004).

É sabido, portanto, que as finalidades dirigidas aos ativos funcionais são

múltiplas, salientando as atenções dos fitonutrientes carotenoides expressos pelo

betacaroteno, luteína, zeaxantina e licopeno de importante atribuição no combate

aos radicais livres como defesa das desordens celulares, haja vista serem

potenciais antioxidantes; verifica-se as pertinentes ações dos os compostos

fenólicos flavonoides por intermédio das antocianinas, catequinas, flavanonas,

quercetinas e isoflavonas, no reforço de inibição de danos oxidativos pelo também

significativo reparo dos radicais livres e precaução de eventos cardiovasculares e

carcinogênicos além dos ácidos fenólicos pela neutralização

oxidativa(FAGUNTES e COSTA, 2003; e INTERNATIONAL FOODS

INFORMATION, 2011).

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Ainda existem integrantes dos alimentos funcionais definidos como

fitoesteróis, os quais são relevantes constituintes fitoquímicos dos terpenóis, cuja

estrutura química é similar ao esteroide-lipídico ou colesterol do homem, o que

favorece sua competição no intestino pelo processo absortivo de lipídeos e

culmina com a menor expressão do colesterol veiculado em lipoproteínas de

baixa densidade, sendo um bioativo favorável a regressão de colesterol total, bem

como, acidos gordos ômega 3 e 6, fibras, probiótico e prebióticos (ANJO, 2004 e

ARABBI, 1999).

5.2 Alimentos funcionais e Diabetes Mellitus

A patologia do diabetes (DM) com ênfase no tipo II consiste na condição de

redução da sensibilidade tecidual periférica a ação da insulina bem como,

problemas na atividade secretória do hormônio pelo pâncreas endócrino

considera a Sociedade Brasileira de Diabetes (2009) e Prada et. al. (2010).

Predomina assim, uma relevância destacada ao DM, por ser uma doença

quantitativamente alarme e comprometedora que assume proporções epidêmicas

na atualidade. Contudo por ser uma patogenia significativa dispõe de mecanismos

de estilo de vida passíveis de precaução e agravamento caso já esteja existente,

sendo a alimentação um dos fatores determinantes explica Filho et. al. (2010).

Publicações científicas corroboram a ideia de correlação da alimentação

ante condições fisiológicas e patológicas de modo que potencialmente neste

âmbito, destacam-se as evidências de estudos de uma classe de alimentos

definidos como funcionais (PASSCLAIM et. al.; 2004), que corresponde à

categoria alimentícia que não se restringe apenas ao provimento da nutrição, pois

tem o benefício de ação sobre a saúde na detenção de riscos de ocorrências ou

agravamentos de doenças crônico degenerativas com destaque as

cardiovasculares e diabetes (ROSA et. al., 2010).

Em relação aos constituintes desta categoria alimentar destacam-se os

bioativos diversos com relevância as fibras dietéticas, aos elementos com função

álcool, substâncias com função fenol, componentes proteicos e peptídicos,

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elementos de cunho regulador como as vitaminas e minerais, compostopoliol,

ácidos gordos com várias instaurações (CÂNDIDO, 2002), assim como,

microorganismos benéficos pela promoção da saúde denominados de probióticos,

além de componentes não degradados e fisiologicamente responsivos ao corpo

concebidos como prebióticos destaca a Organização Mundial de Gastrenterologia

(OMG, 2008).

Por este aspecto, dados científicos suportam a atribuição dos alimentos

funcionais como instrumento de manejo e providência do DM2 (CAMOLAS, 2008).

As implicações deste perfil de alimento sobre a minimização de possibilidades de

ocorrência de DM2 concentram-se sobre, nutrientes e bioativos que agem sobre

moléculas e receptores específicos engajados na ação e secreção da insulina, na

sensibilidade tecidual aumentada a sinalização deste hormônio e a promissora

absorção atenuada da glicose explicita Melbyet. al., (2010).

Estudos suportam que, o risco de provimento de DM2 é aumentado diante

de umanutrição pautada em alimentos que detém a propriedade de elevar a

glicose sanguínea ou necessariamente de alto índice glicêmico e deficiente em

fibras, atitude que acentua também o aumento da secreção de insulina no período

pós refeição, além de instigar a lise dos lipídeos, degradação do glicogênio e

síntese de glicose por ativação hormonal contrarreguladora (SALMERÓN et al.;

1997 e VIGGIANO, 2007). Sobre esta temática os alimentos funcionalmente

ativos no DM2, também se pronunciam no sentido de conter a elevação glicêmica,

além de figurar na menor expressão entérica absortiva de carboidratos, haja vista

que, o traço característico da patologia são níveis de glicose aumentada e

mantida (MELBY et al., 2010).

Isso pode se processar pela presença nestes alimentos de fibras dietéticas

ou polissacarídeos vegetais solúveis que, propiciam fluidos viscosos no intestino

que diminui a absorção de nutrientes e, portanto favorecem a lida com o diabetes

e o favorecimento da normoglicemia (ARABBI, 2001), além de ser um bioativo

que pode aumentar a sensibilidade tecidual à insulina, agir como sinalizador de

inflamações e terminar em menores desfechos patológicos à nível dos vasos

sanguíneos acrescenta Alves et al., (2008).

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Ainda sobre esta perspectiva nutricional e patológica Viggiano (2007)

elucida que, os lipídios dietéticos influem não somente na promoção da nutrição,

mas também sobre o metabolismo, de maneira que a ingesta de ácidos graxos

saturados de diversos comprimentos estruturais esta truncada a estimulação

secretória de insulina, uma vez que agem na modulação da sinalização do

hormônio à nível das membranas biológicas. Frente esta discussão, verifica-se

que entre os componentes dos alimentos funcionais figuram os ácidos graxos

moinsaturados e poliinsatudos onde estes são expressos pelos linoleicos

integrantes da classe ômega 6 e alfa-linolêicos participantes da família ômega 3

estabelece Trucom (2007); Cândido (2002) e Sgarbieriet. al. (1999).

Assim, pesquisas salientam que, a suplementação de ácidos graxos

poliinsaturados ômega 3 de grande cadeia, participa positivamente na redução da

ocorrência da patogenia do diabetes com atenção ao tipo II, bem como, uma

melhora na tolerância da glicose, precaução de patologias cardíacas além de

coibir modestamente o DM2 em pessoas com aumento de gordura corpórea

esclarece Nettletonet al., (2005).

Resultados científicos ainda sustentam que a resistência à insulina é

dificultada na ingesta de ácidos gordos ômega 3, em razão de diferentes atuações

dos ácidos docosahexaenoico (DHA) e eicosapentaenoico (EPA) na sinalização

do hormônio no organismo, além de inviabilizarem a possibilidade de

manifestação de eventos cardiovasculares (FEDOR et al., 2009), que é uma

condição relevante pela promissora característica do ácido graxo alfa linolênico no

manejo de pacientes com diabetes e ocorrências cardiovasculares instaladas a

um intervalo de tempo mais expressivo demonstra Moreira (2012).

Sobre o diabetes e alimentos funcionais também vale frisar os malefícios

ocasionados pelo processo de oxidação alude Peluzioet. al., (2010), o qual este

embutido na gênese de diversas moléstias crônicas e tem por característica uma

descompensação dos antioxidantes frente à supressão dos radicais livres em

especial as espécies reativas ao oxigênio. Desta forma, o DM consiste na

doença que resulta em maiores danos oxidativos associada em grande parte a

deficiência de antioxidantes frente seu contexto fisiopatológico. O stress do

processo de oxidação portanto, pode vir a favorecer ocorrências de elevação

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glicêmica, redução da atividade hipoinsulinêmica, promoção de respostas

diminuídas da insulina nos tecidos periféricos, além de ser uma via de processo

infamatório, que com base es pesquisas se atribui a baixa disponibilidade de

vitaminas antioxidantes, flavonoides e carotenoides (PELUZIO et al., 2010 e

GIUGLIANO et al., 1999).

Estas implicações por fim, alude a presença de diversos fitoquímicos nos

alimentos funcionais operantes além de uma variabilidade de representantes

desta categoria alimentar com propriedade sobre o diabetes. Agem como

hipoglicemiantes, hipoinsulinêmicos, elevadores de sensibilidade insulínica, anti-

inflamatórios, antiaterogênico, hipotensores, por meio da existência de

bioflavonóide, fibras dietéticas, betaglunas, ômega 3, vitaminas antioxidantes e

pigmentos carotenóides (ALVES et al., 2008; GARCIA e GÓMEZ et al., 2000,

BONTEMPO, 2007; NETTLETON et al., 2005;. PELUZIO et al., 2010 e

TRUCOM, 2008).

5.3 Alimento funcional e dislipidemia

As dislipidemias constituem segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia

(2007), nas alterações de quantidade e qualidade das lipoproteínas circulantes,

sendo a terapêutica dietética um dos segmentos de estilo de vida concernidos

para a contenção e/ou concepção da sua incorporação no organismo.

Neste âmbito, figuram os alimentos funcionais instigados em conter riscos

de doenças crônicas ou distúrbios metabólicos uma vez que a patogenia já se

instituiu concerne Moraes (2006).

Dentre os componentes dos alimentos funcionais significativos nas

disfunções dos gorduras plasmáticas, figuram os flavonoides que é um integrante

dos compostos polifenólicos, comprometido na coibição do processo oxidativo dos

lipídeos e minoração dos níveis dos lípides das lipoproteínas de baixa densidade

LDL-c em nível das membranas contribuindo assim, para menores disfunções da

íntima vascular a qual, constitui o princípio da aterogênese, haja vista que,

estudos elucidam que os flavonoides estão inseridos com a baixa morbi-

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mortalidade de doença arterial coronariana (DAC), dado a correlação deste

composto (COOK et al., 1996; NAGEM et al., 2010)

Consiste em um potente antioxidante auxiliar na limitação da precipitação

de partículas trombogênicas, menor expressão da atividade de coagulação e

adesão plaquetária, além de confluir como poderoso protetor de inflamações e

coadjuvantes no aumento do tônus vascular e minimizador da peroxidação dos

lipídeos, atuando na contenção de riscos de doenças cardiovasculares e câncer

(LAFUENTE et. al., 2009; NAGEM et. al., 2010).

Os ácidos gordos da família ômega 3 desempenham ação contrária a

eventos trombogênicos bem como, atua na inviabilidade de inflamações, dado a

concorrência enzimática em especial com os ácidos gordos ômega 6 para síntese

de super hormônios eicosanoides (LEITE; ROSA, 2010), os quais uma vez

processados, interfere em diversos processos biológicos , inclusive em menor

acentuação dos lípides sanguíneos com destaque aos triglicérides e colesterol,

menor expressão de ocorrência coagulatórias, aterogênicas e hiperpressórica o

que, vem retardar desfechos patológicos cardiovasculares completa Trucom

(2006).

Arabbi (1999) vem enfatizar que, a categoria dos alimentos funcionalmente

ativos, também dispõe de fibras insolúveis e solúveis que estão implicadas nas

dislipidemias, pois estas contêm propriedades passíveis de redução da

hipercolesterolemia, tendo em vista que seu consumo gera deficiências na

capacidade absortiva de colesterol no intestino. As fibras solubilizadas como as

pectinas, gomas e mucilagens além de frear a elevação do colesterol repercute

benéfico efeito fermentativo além de retenção de sais biliares, de maneira que as

fibras não solúveis compreendida pela lignina e amido resistente influi

poderosamente contribuindo para a melhoria do padrão e metabolismo lipídico.,

ambas contudo são promotora das contenções de riscos de DCVs, pondera

Dokkum (2010), Trucom (2006) e Trucom (2008).

Por fim, outro bioativo importante concentra-se no esterol vegetal ou

fitoesteróis por configurarem como potencial inibidor da assimilação do colesterol

das LDL-c via intestinal (ARABBI, 1999). Há também integrantes definidos como

antioxidantes, dentre os quais se salientam, os carotenoides como licopeno,

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betacaroteno, luteínas que correspondem aos compostos antioxidantes, além de

substâncias reguladoras como a vitamina A, relacionados com a dislipidemia,

eventos cardiovasculares e atuantes na correção de desordens oxidativas,

promotores das doenças cardíacas e circulatórias e do câncer. (PELUZIO et. al.,

2010).

5.4 Propriedades funcionais no Diabetes Mellitus tipo II e n dislipidemia de

alimentos

5.4.1 Soja e suas características bioativas no Diabetes tipo II e nas

alterações lipídicas

De existência remota e remetida aos povos chineses no século IX a.C e

com aparição no Brasil no período colonial, a soja é uma planta característica da

família das leguminosas precisamente denominada de Papilionoideae. Trata-se

assim, de um importante alimento concebido como funcional dado sua finalidade

nutritiva em sinergia a promoção da saúde por meio de efeitos específicos

favoráveis ao metabolismo e fisiologia do organismo. Desta maneira o seu papel

mais representativo além do energético se atribui a condição de minimização e

terapêutica da problemática de eventos patológicos crônicos e não transmissíveis

reforça Greenpeace (2004) e Trucom (2008).

Segundo publicações dos Nutracêuticos e Funcionais (2007), a soja

em termos constitutivos é dotada essencialmente de proteínas com diversos

aminoácidos essenciais, carboidratos de baixo índice glicêmico, fibras solúveis e

insolúveis, lipídeos com destaque para a predominância de acidos gordos

insaturados em maior proporção os poliinsaturados e uma menor porcentagem de

acidos graxos saturados; vitaminas, minerais e os isoflavonóides também

concernidos como fitoestrogênio comtemplado pela genistina, daidzina e glecitina.

Possui também, afirma Trucom (2008), determinantes antioxidantes como

o ácido fítico, saponinas, além de compor as lecitinas, potenciais fosfolípides bem

como fitoesteróis. Verifica-se diante deste panorama que estes três últimos

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bioativos participam efetivamente na normalização lipídica, visto que

desempenham papel hipolipemiante na diminuição de triglicérides com menor

expressão dos níveis de LDL-c e LDL aterogênico além de maior elevação das

lipoproteínas com baixo teor de colesterol, destacando também o benefício

poupador de moléstias vasculares e finalidade cardioprotetora frente à contenção

de aterosclerose, desvio de colesterol para regiões entéricas e menor atuação

dos sais biliares. Soma-se ainda, o papel representado pelos ácidos graxos de

caráter insaturado e as isoflavonas no que se refere às atribuições regenerativas

e detenção da hiperlipemia.

Dentre as leguminosas, a soja também se destaca por conter fibras

dietéticas, cuja terminologia é bastante divergente, mas usada para designar

polissacarídeos reservados nas células vegetais de origem glicídica ou não,

sendo classificadas por meio de suas cadeias estruturais que discerne as formas

insolúveis abrangendo as ligninas, celulose e hemicelulose e as solúveis

compostas pela pectina, gomas, beta-glucanas um pequeno número de

hemiceluloses. Salienta-se que as fibras dotadas de solubilidade em particular,

mobilizam-se de modo a aumentar o intervalo de tempo de assimilação de açúcar

pela célula bem como, estão inseridas na normalização dos lipídeos séricos

(DEVRIESet al;. 1999 e FOODS INGREDIENTS BRASIL, 2008).

Sob esta perspectiva, portanto, estudos atentam que os polissacarídeos

vegetais da soja de caráter solúvel agem no estabelecimento do equilíbrio de

carboidratos sanguíneos além de propiciar a contenção de gorduras plasmáticas

(MESSINA et al;. 2002). Assim, também é bastante pertinente a atuação das

fibras solúveis sobre o diabetes, o que faz da ingesta de soja uma impactação no

processo absortivo de glicídio, pois as fibras solubilizadas componentes destes

alimentos funcionais favorecem a regularização das proporções de açúcar

sanguíneo bem como aumento da sensibilidade tecidual ao hormônio insulina e

execução correta da entrada de glicose celular com a estabilização do

metabolismo, processo decisório no DM2 caracterizado pela resistência insulínica

(TRUCON, 2008).

Além da melhoria da dinâmica da glicose e insulina o uso correto de fibras

instaura um manejo do DM mais adequado, pois o polissacarídeo vegetal também

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envolve a região entérica formando uma espécie de revestimento que atua de

modo a disponibilizar gradativamente a glicose e seu melhor processamento no

período pós-absortivo, e assim vem favorece o controle e enfrentamento da

doença fomenta Messina et. al. (2002) e Mello et. al. (2009).

5.4.2 Linhaça e suas implicações no Diabetes tipo II e dislipidemias

Com base em Ribeiro (2010), linhaça é a definição atribuída às plantas

herbáceas pertencentes à espécie Linumusitatissimum, característica da família

Linaceae, datada deste a história antiga em essência pela sociedade oriental para

emprego de manufaturas, contudo incorpora hoje, marcante atuação no contexto

alimentar.

Sobre esta condição, é sabido que em termos nutricionais e de saúde, este

alimento atua como funcional pela representante carga nutritiva aliada ao atributo

potencial de reparação e contenção de riscos desencadeadores de diversas

moléstias crônicas (BARBOSA, 2009), em especial os que minimizam ocorrências

cardiovasculares, em função de suas propriedades fisiológicas específicas para

equilibrar a glicemia, normalizar colesterol sanguíneo, inibir processor oxidativos,

aumentar a sinalização de inflamações e inviabilizar a adesão de plaquetas

(CHINELATE, 2008).

É, portanto, um alimento enriquecido por diversas macromoléculas, com

atenção às proteínas que abrangem um valor entre 14,1 a 28% de sua

estrutura,proporções nutricionais de 35 a 43,3% de glicídios, bem como um valor

significativo entre 32,5 a 40% de lipídeos considera o Núcleo de Estudos e

Pesquisas em Alimentação (NEPA, 2006) e BABU et. al., (2003).

Dentro deste contexto verifica-se que em relação ao conteúdo lipídico, a

linhaça exprime ácidos graxos saturados e marcantes concentrações de ácidos

gordos insaturados figurados pelos monoinsaturados, e poliinsaturados sob as

formas ômega 6 ou (LA) e principalmente ômega 3 (ALA) já que ocupa 57% da

fração de lipídios do alimento e são consideráveis marcadores de inflamação.

Ainda existem vitaminas, minerais, fitoquímicos dentre os quais se salientam os

fitoesteróis enquanto imunoreguladores, os compostos antioxidantesflavonóides,

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as lignanas ou fibras de natureza insolúvel inibidora de agregação plaquetária

(TRUCOM, 2006 e CARDOSO et. al. (2009).

Análises de Couto et. al.(2011) inferem a linhaça como alimento funcional

de pronunciada efetividade nas regressões de proporções plasmáticas de

triglicérides além de impactante efeito na diminuição dos níveis de colesterol total

e suas frações de lipoproteínas de baixa densidade e lipoproteínas LDL-c e HDL-

c, o que aduz o entendimento de que variações quantitativas deste alimento pode

afetar padrão lipídico. Isso incorre, pois com base em Ribeiro (2010), além de ser

nutritiva a linhaça é amplamente composta por diversos elementos, dos quais se

salienta o ômega 3 (ALA), o qual em junção com as fibras dietéticas e as lignanas

comprometem a fisiologia corpórea assinala Sales et. al. (2011).

Oriundo de leguminosas como a linhaça, bem como peixes de aguas frias

o ômega 3 ou acido alfa-linoleico distingue-se do acido graxo poli-insaturados

ômega 6, podendo pode ser transformado em dois ácidos de cadeias grandes

como acido eicosapentaenoico EPA e docosaexaenoico DHA atuantes na síntese

dos eicosanoides que é um poderoso hormona atuante na diminuição de lípides

sanguíneos notadamente triglicérides e colesterol, influi em níveis pressóricos

desejáveis, impele a coagulação do sangue e portanto redime a possibilidade de

patologias cardiovasculares e vigência de aterosclerose. Já o ômega 6 ao ser

catalisado por enzimas participantes deste processo promove desequilíbrios e

forma ácido araquidônico que em geral se opõe as ações do ALA refuta

Trucom(2006).

O ácido eicosapentaenoico sintetizado pelos ácidos graxos alfa-linolêico

podem contribuir para a coibição do ácido araquidônico, os quais são

potencialmente promotores no desencadeamento de inflamações explicita Sales

et. al., (2001). Assim, como na linhaça o ALA é proporcionalmente mais elevado

(TRUCOM, 2006), que em aliança aos demais constituintes podem precaver e

baixar hiperlipidemias pela ação hipotrigliceridêmica e hipocolesterêmica,

cardioprotetora, antiaterogênica e de precaução e controle de diabetes tipo II

argumenta Cupersmid et. al. (2012).

A linhaça também pode participar favoravelmente sobre o diabetes, uma

vez que existem fibras solúveis no vegetal, qualificadas pelas mucilagens,

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pectinas e gomas, cuja finalidade fisiológica além de interferir na redução de

triacilgliceróis e colesterol sérico impacta especialmente na regularização

glicêmica, diminuição de intolerância glicídica e melhorias na desocupação do

estômago para conter picos de altas concentrações de glicose. Os ácidos graxos

poliinsaturados também instrumentam benefícios no DM, pois os ALA auxiliam a

normalização da glicêmia infere Trucom (2006).

Sobre esta questão, um importante estudo de Holnesset. al. (2004),

demonstrou que ingestas de ômega 3 podem conter o estado de hiperinsulinemia

promovido pela diminuição tecidual do hormônio insulina instaurada diante do

consumo exacerbado de ácidos graxos de cunho saturado.

Sendo assim, os bioativos ALAe fibras podem alterar e modificar a

patologia do DM2, haja vista que agem em concomitância com a indução

hipolipemiante na manutenção e melhoria dos níveis de glicose sanguínea nos

valores ideais institui Cupersmidet. al. (2012).

5.4.3 Alho e características bioativas nos distúrbios lipídicos e diabetes

Alho, cuja terminologia científica corresponde ao Alliumsativum decorrente

da família Liliaceae, é registrado desde períodos remotos, primeiramente

reportados no continente asiático. Trata-se de uma iguaria alimentar de sabor

acentuado por dispor de componentes sulforosose é sobretudo, destacado na

incorporação culinária além de possuir propriedades consistentes a saúde

(RIBEIRO, 2010 e STEFFEN, 2010).

São vegetais nutritivos de grande uso alimentício (LEONÊZ, 2008), pois

dispõe de múltiplos componentes, com atenção aos carboidratos em maior

proporção, proteínas e lipídeos, assim como vitaminas do complexo B e C e

minerais (BOMTEMPO, 2007). Frente este pressuposto, sabe-se que

determinados alimentos são definidos como funcionais dado o incremento de

implicação na saúde em demasia a condição energética, metabólica e fisiológica,

o que também faz do alho um representante desta categoria (SULZBACHY,

2012).

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No tocante aos fitoquímicos o alho apresenta como bioativos a aliina,

alicina, garlicina, diatildissulfeto, ajoenos, polissulfeto de alilo, trissulfeto de metil

alila, bioflavonóides, alinase, alitiamina bem como, compostos odoríferos

sulforosos, o que concebe sua finalidade funcional, haja vista que não atua como

alimento corretivo de doenças, mas sim, gera condições de precaução e

potencialização do organismo na minimização de riscos de eventos patológicos

(BONTEMPO, 2007 e MARCHIORI, 2008).

Em função de suas implicações, Bontempo (2007) acresce o alho como

grande interferente no diabetes, em função de deter compostos com finalidade na

redução de hiperglicemias, dentre os quais estudos evidenciaram o sulfóxido S-

alilciteína, promotor também na melhoria de atividade secretória do hormônio

insulina a nível celular pancreático; pelo fato de conterem aliina que também é

favorece a hipoglicemia e diminui níveis pressóricos além da rica constituição de

bioflavonóides que agem como significativo antioxidante no diabetes pela

proteção tecidual e complicações da patologia por radicais livres. Diante desta

perspectiva, publicações de Steffen(2010) explica que, uma vez havendo diabetes

o alho pode agir de maneira importante no processo metabólico do açúcar

sanguíneo além de operar como limitante da condição de ocorrências de

aterosclerose e problemas cardiovasculares principalmente contendo riscos de

infarto agudo do miocárdio.

Diante deste panorama, pesquisas com animais destacam que o consumo

de alho in natura diminui a resistência insulínica frente à síndrome metabólica, e

os reflexos no homem podem ser benéficos quanto à alteração nas proporções de

glicose sanguínea de modo favorável (PADIYA et. al. 2011).

Estudos ainda pontuam que a ingesta de alho esta direcionada na menor

expressão de agravamentos decorrentes da patologia diabética, precisamente na

precaução da complicação microvascular da doença denominada neuropatia e

problemas macrovasculares no paciente diabético como a aterosclerose

(THOMSON, 2007).

Além de beneficiar o manejo do diabetes o alho também esta inserido

sobre a melhoria das elevações lipídicas (ASHRAF et. al.2011) uma vez que um

dos seus componentes, a alicina figura na contenção de elevação das

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78

lipoproteínas de baixa densidade nas quais veiculam o colesterol prejudicial ao

organismo. Há também a condição atribuída a estas hortaliças no que compete a

diminuição dos triglicérides, com expansivo ação da fibrinólise e regularização

pressórica conclui LEME, 2006 e MARCHIORI, 2008).

Propriedades deste alimento funcional também estão correlacionadas com

benefícios ao coração e ao sistema vascular, pelo fato de atuar como

hipolipemiante principalmente sobre o colesterol, em razão de diminuírem

proteínas catalíticas na região hepática que produzem este esteróide-lipídico e

removerem ácidos biliares, além de estimularem condições antiaterogênicas por

ser um poderoso antioxidante, possuir componentes ricos em enxofre, dispor de

ação contrária à adesão de plaquetas expressos pelos compostos aliina, alicina e

S-alilsulfonado para assim reduzir processos coagulatórios e bem como

favorecem o melhor fluxo sanguíneo (BONTEMPO, 2007).

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6 RESULTADOS

Com base na obtenção de informações pertinente a nutrição funcional,

caracteres pessoais e coleta dos dados sobre as alterações lipídicas dos

triglicérides de 30 pacientes com diabetes mellitus tipo II, foi constatado que,

quanto ao gênero do estudo, 56,67% dos participantes foram compostos por

mulheres, de maneira que 43,3

masculino (Gráfico 01).

Gráfico 01- Frequência do total do gênero participante da pesquisa

Fonte: Secretaria de Saúde de São Pedro do Turvo

Em consideração a faixa etária encontrada, houve a

metade dos indivíduos se situa no intervalo entre 40 a 49 anos, pois o valor obtido

foi de 50%; já o intermédio de 30 a 39 anos foi o espaço de idade compreendido

por 36,67% da amostra, ao passo que entre 50 e 60 anos inseriram

pequeno número formado por 13,33% (

43,33%

Com base na obtenção de informações pertinente a nutrição funcional,

caracteres pessoais e coleta dos dados sobre as alterações lipídicas dos

triglicérides de 30 pacientes com diabetes mellitus tipo II, foi constatado que,

quanto ao gênero do estudo, 56,67% dos participantes foram compostos por

mulheres, de maneira que 43,33% foi o valor concebido para indivíduos do sexo

01).

Frequência do total do gênero participante da pesquisa

Fonte: Secretaria de Saúde de São Pedro do Turvo – SP

Em consideração a faixa etária encontrada, houve a

metade dos indivíduos se situa no intervalo entre 40 a 49 anos, pois o valor obtido

foi de 50%; já o intermédio de 30 a 39 anos foi o espaço de idade compreendido

por 36,67% da amostra, ao passo que entre 50 e 60 anos inseriram

no número formado por 13,33% (Gráfico 02).

56,67%

43,33%

79

Com base na obtenção de informações pertinente a nutrição funcional,

caracteres pessoais e coleta dos dados sobre as alterações lipídicas dos

triglicérides de 30 pacientes com diabetes mellitus tipo II, foi constatado que,

quanto ao gênero do estudo, 56,67% dos participantes foram compostos por

3% foi o valor concebido para indivíduos do sexo

Frequência do total do gênero participante da pesquisa

Em consideração a faixa etária encontrada, houve a evidência de que

metade dos indivíduos se situa no intervalo entre 40 a 49 anos, pois o valor obtido

foi de 50%; já o intermédio de 30 a 39 anos foi o espaço de idade compreendido

por 36,67% da amostra, ao passo que entre 50 e 60 anos inseriram-se um

Mulher

Homen

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Gráfico 02- Frequência total dos participantes da pesquisa em relação à idade

Fonte: Dados da pesquisa

Frente ao nível de escolaridade, foi verificado que um mesmo percentual se

atribui aos componentes

médio, uma vez que ambos apresentaram um número de 33,33%, os indivíduos

com ensino primário totalizaram 26,67% e apenas 6,67% foi à proporção obtida

para pacientes com graduação universitária (

Gráfico 03- Porcentagem total dos participantes em relação à escolaridade

Fonte: Dados da pesquisa

50%

Porcentagem geral de participantes em relação a idade

33,33%

Frequência total dos participantes da pesquisa em relação à idade

Fonte: Dados da pesquisa

Frente ao nível de escolaridade, foi verificado que um mesmo percentual se

atribui aos componentes da pesquisa que dispõem de ensino fundamental e

médio, uma vez que ambos apresentaram um número de 33,33%, os indivíduos

com ensino primário totalizaram 26,67% e apenas 6,67% foi à proporção obtida

para pacientes com graduação universitária (Gráfico 03).

Porcentagem total dos participantes em relação à escolaridade

Fonte: Dados da pesquisa

36,67%

50%

13,33%

Porcentagem geral de participantes em relação a idade

26,67%

33,33%

6,67%

ensino primario

ensino fundamental

ensino médio

ensino superior

80

Frequência total dos participantes da pesquisa em relação à idade

Frente ao nível de escolaridade, foi verificado que um mesmo percentual se

da pesquisa que dispõem de ensino fundamental e

médio, uma vez que ambos apresentaram um número de 33,33%, os indivíduos

com ensino primário totalizaram 26,67% e apenas 6,67% foi à proporção obtida

Porcentagem total dos participantes em relação à escolaridade

Porcentagem geral de participantes em relação a idade

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 60 anos

ensino primario

ensino fundamental

ensino médio

ensino superior

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81

Com relação aos dados condizentes as dislipidemias, constatou-se que no

espaço amostral estabelecido, (73% n=22) dos diabéticos apresentaram

alterações nos lipídeos plasmáticos por elevação de triglicérides (TG), ao passo

que (27% n=8), foi o valor correspondente aos indivíduos com concentrações de

triglicérides menor que 200 mg/dl, portanto classificados dentro da

normotrigliceridemia por disporem destes lipídeos séricos nos limites ideais (ver

Gráfico 04).

Gráfico 04- Frequência de presença ou ausência de hipertrigliceridemia em pacientes com

diabetes mellitus tipo 2.

Fonte: Secretaria de Saúde de São Pedro do Turvo – SP, 2013.

No que corresponde ao gênero dos indivíduos com dislipidemia, 45,45%

são homens, enquanto 54,55% desta população compõem-se de mulheres.

Contudo dentre a parcela de pacientes com proporções ideais de TG, as

mulheres predominaram com 62,50% das ocorrências, de modo que os homens

configuraram com 27,50% dos níveis normais (Gráfico 05).

27%

73%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Com hipertrigliceridemia Sem hipertrigliceridemia

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82

Gráfico 05- Frequência de triglicérides normais e elevados em homens e

mulheres com diabetes mellitus tipo 2.

Fonte: Secretaria de Saúde de São Pedro do Turvo – SP, 2013.

6.1 Dados do questionário

Questão 01

Em relação a perspectiva da nutrição funcional, ao serem questionados

sobre a existência, ciência e/ou instrução, entendimento a cerca ou a que se

refere esta categoria alimentar concluiu-se que 46,67% dos diabéticos

demostraram compreender ou conhecer a classe dos alimentos funcionalmente

ativos, no entanto, um maior número de indivíduos ou 53,33% exprimiram não

dispor de informação sobre o que estes consistem (Gráfico 06).

37,50%45,45%

62,50%54,55%

normais elevados

mulheres

homens

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Gráfico 06- Frequência de participantes

alimentos funcionais

Fonte: Dados da pesquisa

Questão 02

Com relação ao inquérito sobre a caracterização dos alimentos funcionais,

foi obtido que do total de componentes da pesquisa, 66,67% atribuem esta

alimentar como detentora de bioativos e por isso agem na contenção de riscos

patológicos e promoção à saúde, 60% julgam que corresponde a alimentos com

propriedades nutritivas e de importância energética e fisiológica, ao passo que

33,33% consideraram serem alimentos usuais salientando a necessidade do

consumo frequente e identificando que não se trata de um medicamento (

07).

53,33%

Frequência de participantes em relação ao nível de instrução acerca dos

Fonte: Dados da pesquisa

Com relação ao inquérito sobre a caracterização dos alimentos funcionais,

foi obtido que do total de componentes da pesquisa, 66,67% atribuem esta

alimentar como detentora de bioativos e por isso agem na contenção de riscos

patológicos e promoção à saúde, 60% julgam que corresponde a alimentos com

propriedades nutritivas e de importância energética e fisiológica, ao passo que

am serem alimentos usuais salientando a necessidade do

consumo frequente e identificando que não se trata de um medicamento (

46,67%

Sabem no que consiste os alimentos funcionais

Não dispõe de informação sobre alimentos funcionais

83

em relação ao nível de instrução acerca dos

Com relação ao inquérito sobre a caracterização dos alimentos funcionais,

foi obtido que do total de componentes da pesquisa, 66,67% atribuem esta classe

alimentar como detentora de bioativos e por isso agem na contenção de riscos

patológicos e promoção à saúde, 60% julgam que corresponde a alimentos com

propriedades nutritivas e de importância energética e fisiológica, ao passo que

am serem alimentos usuais salientando a necessidade do

consumo frequente e identificando que não se trata de um medicamento (Gráfico

Sabem no que consiste os alimentos funcionais

Não dispõe de informação sobre alimentos funcionais

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84

Gráfico 07- Frequência total de respostas dos pacientes sobre as características dos alimentos

funcionais

Fonte: Dados da pesquisa

Questão 03

Ao serem questionados sobre os alimentos funcionais inqueridos na pesquisa

com ação na patologia diabética, os pacientes conceberam que o alho possui

maior interferência no contexto da doença visto que foi referido por 82% dos

entrevistados, por sua vez, a soja de acordo com o conhecimento dos indivíduos

é o alimento menos significativo, pois foi citada por 9,80% e a linhaça obteve um

valor de 65% das respostas concernidas, (Gráfico 8).

Gráfico 8- Frequência de respostas dos pacientes sobre os alimentos funcionais compropriedades

no diabetes mellitus

Fonte: Dados da pesquisa

66,67%

33,33%

60%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

São alimentos que reduzem os

riscos de doenças e auxiliam a

saúde por conterem bioativos

Alimentos convencionais com

necessária frequência de

consumo mas não são

medicamentos

82%65%

9,80%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Alho Linhaça Soja

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85

Questão 04

Quando indagados sobre a vinculação dos alimentos funcionais com as

alterações lipídicas, o alho foi o alimento que predominou nas respostas dos

entrevistados com um valor de 66,67%, seguido pela linhaça com 60% e a soja

correspondeu ao menor número, com 6,67% (Gráfico 9).

Gráfico 9- Porcentagem total de respostas dos pacientes sobre os alimentos funcionais com

propriedades nas alterações lipídicas

Fonte: Dados da pesquisa

Questão 05

Com relação ao consumo dos alimentos funcionais estabelecidos, ao

serem requisitados sobre o hábito de ingesta foi encontrado que, a soja lidera

como alimento menos utilizado, uma vezque nas respostas participou com

93,33%, a linhaça foi citada em segundo lugar com 65% e o alho foi o alimento

mais ingerido pois 8% dos indivíduos alegaram não consumi-lo (Gráfico 10).

66,67%60%

6,67%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

Alho Linhaça Soja

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86

Gráfico 10- Valor total dos pacientes que não ingerem os alimentos funcionaisanalisados

Fonte: Dados da pesquisa

Questão 06

Em relação ao hábito, quando pedido para citar os alimentos funcionais

participantes da pesquisa que estavam presentes uma ou mais vezes na semana

nas suas refeições, o alho foi à resposta mais representativa com 93,33%,

seguido pela linhaça com 40%, a qual superou a soja que por sua vez é

consumida um dia ou mais na semana por apenas 6,67% dos indivíduos, (Gráfico

11).

Gráfico 11- Porcentagem total dos pacientes que ingerem os alimentos

funcionaisanalisados mais de uma vez ou mais na semana

Fonte: Dados da pesquisa

8%

65%

93,33%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Alho Linhaça Soja

93,33%

40%

6,67%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

Alho Linhaça Soja

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87

7 DISCUSSÃO

De conotação epidêmica, a patogenia diabética vem assolando

grandemente a população na vida contemporânea, influindo e alterando

condições biopsicossociais com implicações multicausais na sua gênese e

expressão além de conferir um aumento do padrão de morbimortalidade. Sua

concepção insidiosa e prevalente reflete a influencia de características individuais

do ser humano com notoriedade a idade, escolaridade, raça e sexo.

Com destaque para o gênero, a doença exprime distinções concebe

Franco (2013), pois segundo uma pesquisa de renome nacional efetivada em 26

estados brasileiros, constatou-se que o gênero feminino é o mais predominante,

assumindo uma proporção de 6% do total de acometidas por DM, de modo que os

homens também sofreram perceptível mudança em relação aos dados

estabelecidos em 2006, transitando para um valor de 5,2%, afirma Brasil (2012).

Este contexto epidemiológico em virtude do sexo ajusta-se aos dados conferidos

na presente pesquisa, uma vez que as mulheres lideraram a presença na amostra

obtida com 56,67% dos casos, em contrapartida os homens demonstraram uma

ocorrência de 43,33%, o que pode aludir a necessária moldagem do estilo de vida

e a considerável predisposição ao sexo feminino a maiores desfechos de mortes

e comprometimentos ao organismo.

A Sociedade Brasileira do Diabetes (2009) e Oliveira, Lyra e Cavalcanti

(2013) salientam que a patogenia do diabetes mellitus tipo II compreende um

problema crescente e recorrente na população adulta, principalmente prevalente

nos indivíduos com mais de 40 anos, cuja detecção clínica é tardia e comumente

esta associada pelos agravos à saúde. Portanto, a obtenção da faixa etária geral

participante da pesquisa mostrou-se parcialmente coerente e enquadrada a este

pressuposto das referidas publicações, onde metade ou 50% dos diabéticos

detiveram idade entre 40 a 49 anos.

Contudo, a referida instituição e os mesmos autores, estabelecem que a

idade igual ou superior a 45 anos é um fator de risco para a doença e com isso à

medida que a idade avança o ser humano tem chances aumentadas de contrai-la,

fato justificado pela característica epidêmica do diabetes na população idosa. Esta

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88

condição não foi observada na amostra, já que um menor número de participantes

ou 13,33% estão situados dentro da idade entre 50 a 60 anos. As características

da maior faixa de diabéticos com idades iguais ou superiores a 40 anos na

pesquisa por sua vez, pode estar associada a maior sobrevida do paciente na

atualidade, padrões alimentares e estilos de vida determinantes para ocorrências

de doenças na fase adulta além do aumento da expectativa de vida.

Conforme esclarece Filho, Nóbrega e Costa (2013), os riscos de aparição e

agravos do diabetes mellitus tipo II pode ser atenuado na adoção de mudanças

comportamentais frente hábitos nutricionais saudáveis, desapego do

sedentarismo e intervenções de padrões educacionais para a incorporação de

saúde ao doente e precaução ao indivíduo não acometido. Com isso, Brasil

(2012) reforça que doença prevalece em pessoas com pouco ou nenhum grau de

escolaridade. Neste cenário a percepção, instrução e compreensão da patologia,

seus riscos e modificações psicológicas e biológicas no intuito de precavê-la ou

remedia-la requer por parte do diabético, da sua família e do todo social, um

vínculo ao conhecimento, obtenção de informação, identificação das

características e apropriação de auto monitoramento sobre a doença. Assim,

quanto maior a concepção e entendimento tem-se um avanço na prevenção,

aumento de sua sobrevida, reduções de custos pelo paciente e ao sistema de

saúde e uma melhora na qualidade de vida.

Diante deste histórico, verificou-se que o nível de formação escolar e,

portanto grau de instrução no presente estudo prevaleceu uma proporção

equivalente aos pacientes com ensino médio e fundamental totalizando 66,66%, o

ensino primário apareceu de forma pouco expressiva e a formação universitária

foi quase insignificante com 6,67%, características que não estão de todo

adequadas ao perfil educacional exigido para a prevenção e controle da doença,

visto que a incorporação e discernimento das informações e o nível de

apropriação do conhecimento mais caracterizado sobre o diabetes se processa

com mais ênfase no ensino médio e na graduação, o que em questão ainda estão

abaixo de 50%, aludindo assim uma deficiência na motivação, conscientização e

modificação do panorama da patologia e os cuidados com a saúde nesta

população.

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89

Conforme concebe Krauss (2004), a patogenia do diabetes mellitus tipo II é

frequentemente assinalada pela baixa sensibilidade tecidual ao hormônio insulina,

evento correspondente a resistência insulínica, cuja consequência é determinante

e promotora de alterações e acúmulos lipídicos e lipoproteicos nos

compartimentos plasmáticos.

Como efeito atenta Sposito (2007), a desordem lipídica mais comum no

paciente diabético é reportada à elevação dos triglicérides ou hipertrigliceridemia

em sinergia com reduções de HDL-c e mudanças qualitativas nas partículas de

LDL-c, as quais são mais favoráveis à aterosclerose. Portanto, o aumento de TG

nesta condição se atribui ao decréscimo de lipólise dos triglicerídeos pela

deficiência da enzima lipase lipoproteica responsável por clivar estes lipídeos, e

uma maior produção de lipoproteínas de muito baixa densidade VLDL-c pela

elevada oferta de gordura e glicose que termina por acentuar a associação de

dislipidemia no DM2, esclarece Pereira (2011).

Esta perspectiva teórica se adequa aos resultados obtidos neste estudo

com relação à dislipidemia, pois se constatou na área amostral investigada que

(73% n=22) dos diabéticos apresentaram alterações nos lipídeos plasmáticos por

elevação de triglicérides (TG), ao passo que (27% n=8) foi o valor correspondente

aos pacientes com concentrações de triglicérides menor que 200 mg/dl, portanto

classificados dentro da normotrigliceridemia, processo que possivelmente se

associa ao aumento da resistência dos pacientes à ação da insulina em relação a

remoção de glicose, armazenamento e metabolização dos lipídios plasmáticos.

Naheedet. al. (2011) exprime que, o diabetes mellitus uma vez existente,

constitui para o paciente acometido uma importante via de propensão e

associação para distúrbios lipídicos, terminando por gerar uma maior incidência

de dislipidemia. Desta maneira, a recente publicação de Torquato (2012)

empenhada em verificar alterações lipídicas em indivíduos diabéticos, demonstrou

em seus resultados que 88, 2% dos pacientes com diabetes mellitus tipo II

apresentaram dislipidemias. Estes dados paralelizam-se aos achados da presente

pesquisa em termos numéricos haja vista que, a maior parcela (73% n=22) dos

pacientes verificados apresentaram anormalidade lipídica de TG, o que sugere

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90

nestes indivíduos maior condicionamento a riscos de desfechos cardiovasculares

em principal pela doença arterial coronariana (DAC).

A despeito desta problemática o Consenso Brasileiro sobre Dislipidemia

(1999) também revela que existe um vínculo cientificamente suportado entre

dislipidemia e promoção de aterosclerose, pelo fato da disfunção lipídica agir

como fator de risco independente. Desta forma, o aumento de triglicérides

isoladamente não interfere na DAC, no entanto a conciliação de TG superior a

200 mg/dl com diabetes, menores níveis de HDL-c e valores aumentados de LDL-

c, responsabilizam-se por agir como potente sinalizador para DAC. Estes

argumentos também estão expressos nas características da pesquisa, posto que

(73% n=22) dos pacientes mostraram concentrações séricas de triglicérides acima

de 200 mg/dl, o que por consequência aliado ao fato de serem diabéticos, faz com

que sejam mais suscetíveis a problemas cardiovasculares.

Dentro desta perspectiva, as informações provenientes da pesquisa

atendem o que menciona um dos maiores estudos sobre prevalência de

dislipidemias na população brasileira ressalva Lessa et. al. (1998), o qual ao

verificar as disfunções lipídicas em indivíduos adultos confirmou que 65% dos

integrantes obtidos aleatoriamente compunham-se de mulheres, de maneira que

indivíduos do sexo feminino também compuseram os maiores valores de

triglicérides com 30,4% dos casos avaliados, ao passo que a hipertrigliceridemia

em homens concentrou-se com um percentual de 27, 6%.

Portanto, dados deste estudo no Brasil se ajustam a porcentagem do

gênero da pesquisa em relação às dislipidemias, pois o valor de mulheres com

lipídeos alterados encontrados referiu-se a 54,54% frente à proporção de 45,45%

para os homens, condições que demonstram maior ocorrência de anormalidades

lipídicas em mulheres e maior proporção destas para alterações lipídicas séricas,

além de pressupor maior propensão para distúrbios ateroscleróticos.

Santos (2001) e colaboradores, ainda procuraram enfatizar que a

existência de aumento de triglicérides, diminuição de HDL-c e discretos aumentos

de LDL-c em mulheres é potencializado pela existência de DM, doença que por si

só consiste em um fator isolado que aumenta neste gênero em até sete vezes o

risco de doença arterial coronariana em relação aos homens. Este panorama

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91

mostra-se harmônico aos dados da pesquisa, já que as mulheres por serem

diabéticas predominaram com dislipidemias o que de certa forma também se

mostram mais vulneráveis a riscos cardiovasculares.

Sob a temática da nutrição funcional do estudo realizada por meio de

questionário, compreendeu-se que o perfil de instrução dos indivíduos diabéticos

participantes assemelha-se aos dados oriundos do trabalho de Zaparolliet. al.

(2013) que ao avaliar pacientes com DM sobre a conceituação e informações dos

alimentos funcionais obteve um baixo índice de respostas dos entrevistados

quanto a compreensão desta classe de alimentos, de maneira que apenas 35%

dispunham de conhecimento, ao passo que 65% foi a proporção definida para os

integrantes do estudo que não sabiam sobre o que consiste esta categoria

alimentar.

Esta condição pode estar atribuída a definição pouco consistente desses

alimentos pelos órgãos científicos e de saúde sobre as reais propriedades,

benefícios e aplicabilidades dos mesmos, bem como, também pode estar atrelada

as informações deficientes e equivocadas, baixa popularidade e aceitabilidade por

pessoas de um modo geral e por parte de indivíduos que sofrem de doenças que

comumente optam por alimentos tradicionais, carecendo assim de uma maior

caracterização e esclarecimentos destes alimentos para melhor promoção da

saúde e gestão de patologias crônicas.

Os valores encontrados quanto ao nível de conhecimento da pesquisa

ainda, explica Gomes et. al. (2010), pressupõe pouca informação dos alimentos

funcionais, o que repercute na sua reduzida admissão pelos pacientes, condições

estas que se forem corrigidas conferiram maior rigor da classe alimentar na

promoção de saúde.

Instaurada como base da vida, a alimentação atua também na garantia de

promoção de saúde, gestão e correção de patologias, porém em função de

alterações do mundo moderno, um novo panorama nutricional é implicado e

instiga novas percepções de consumo e utilização dos alimentos pela população,

assegura Baptista et. al. (2013). Os alimentos funcionais adentram neste âmbito,

pois são dotados de bioativos auxiliares na contenção de riscos e agravos de

patologias, além ser um complemento à nutrição e no estabelecimento da saúde,

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92

elucidando ser cada vez mais necessário a sua incorporação em programas de

saúde pública (IKEDA et. al. 2010, LAJOLO, 2002).

Considerações da renomada publicação de Lajolo (2002) aduz a

concepção de que é corrente o desconhecimento do conceito dos alimentos

funcionais em especial pelas pessoas do continente sul-americano, porém

verifica-se que pela preocupação com a saúde vigente, dado o novo paradigma

da nutrição e epidemiologia, a população passou a atribuir, mesmo não dispondo

de conhecimento abrangente, algumas características que principalmente fazem

referência a utilização desta classe alimentícia pela possível atuação na saúde e

detenção de moléstias crônicas. Estes argumentos vêm corroborar um dos dados

da pesquisa, pois grande parte dos entrevistados ou 66,67% justificaram que a

presente categoria alimentar consiste em alimentos com princípio ativo capaz de

precaver enfermidades, fato possivelmente relacionado à necessidade de

precaução e temor de obtenção das mesmas, uma vez que já são acometidos

pelo diabetes mellitus tipo II e no geral possuem alterações lipídicas, condições

estas, que os propele a múltiplos fatores de riscos para desfechos

cardiovasculares e metabólicos, além de favorecer mortalidades e complicações.

Argumentações de Bacho e Bin (2010) destacam a necessária assiduidade

na ingesta dos alimentos funcionais, destacando a sua utilização com

periodicidade para a garantia de atuação favorável sobre a saúde e coibição dos

riscos de doenças crônicas ou seus agravantes, requerendo inicialmente uma

alteração da postura comportamental. As informações adquiridas nos resultados

sobre as características dos alimentos funcionais contrariam estas ideias, pois foi

baixo o percentual de respostas versando sobre a percepção dos alimentos

funcionais como categoria usual e não farmacológica aliada à condição de

requererem certa frequência de consumo para sua efetiva atuação, atingindo um

valor de 33, 33%, fato possivelmente associado à concepção do alimento

funcional como medicamento e não como participante de uma refeição

convencional.

Grosso modo, os entrevistados que participaram da pesquisa sendo todos

acometidos pelo diabetes mellitus tipo II, se destacaram por apresentar baixos

índices de ingesta dos alimentos funcionais estabelecidos, pois com exceção do

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93

alho utilizado por 92% dos pacientes, a linhaça é ingerida somente por 35% do

indivíduos e significativamente a soja insere-se na alimentação de apenas 6,67%

dos diabéticos, situação paralela ao encontrado na análise de Zaparolliet. al.

(2013), cujos resultados de utilização de alimentos funcionais na vigência de

alterações glicêmicas apontaram para um reduzido consumo da classe alimentar

funcionalmente ativa, em que o alho também fora o mais utilizado e a linhaça teve

baixo incremento na alimentação.

A linhaça se configura como um alimento de pouca expressividade na

alimentação possivelmente pelo moderno conhecimento de suas propriedades

bioativas que ainda não foram completamente fundamentadas em relação à

contenção de anormalidades lipídicas e glicídicas, além de se mostrar como um

alimento não convencional e pouco compreendido por suas implicações

funcionais.

Dentre os argumentos defendidos pela baixa presença da soja no consumo

dos pacientes pode-se considerar a recente introdução deste alimento na esfera

nutricional, uma vez que possuía anteriormente uma perspectiva somente

econômica e por ser um grão cuja eficácia, alegação de saúde e informações de

seus fitoquímicos não terem se difundido ainda ao todo social, já que o

conhecimento de suas características funcionais restringe-se a comunidade

científica. É também um alimento cujas informações não foram suficientemente

explicadas à população para uma incorporação apropriada na busca pela saúde e

atuação na alimentação.

Estudos de Marchiori (2008) enfatizam que o alho é um poderoso alimento

na gestão de patologias e um importante condimento. Estas informações

permitem uma associação com a proporção de respostas dos entrevistados da

pesquisa quanto a porcentagem total dos pacientes que ingerem os alimentos

funcionaisanalisados mais de uma vez ou mais na semana, pois quase que a

totalidade 93,33%, apontou ingerir o alho uma ou mais vezes ao longo da

semana, característica que em grande parte pode estar atribuída ao fato deste

alimento funcional ser um significativo componente culinário e possuir sob a ótica

dos entrevistados, reconhecido conceito terapêutico na prevenção e remediação

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de diversas disfunções e patogenias humanas, com atenção aos problemas

cardiovasculares, endócrinos e metabólicos.

Um alimento mencionado com pouca relevância no consumo pelo trabalho

foi à soja, pois apenas 6,67% dos indivíduos investigados a consome uma ou

mais vezes na semana, demonstrando, portanto ser um alimento de baixa

frequência de ingesta pela população, em especial aos que sofrem de diabetes e

anormalidades lipídicas. Estes dados estão concordantes com a proposição

defendida por Amaral (2007), cuja publicação argumenta a ideia da soja ser um

alimento funcional de ingesta pouco considerável entre a população brasileira,

condição que esta em grande parte justificada pelo alto valor econômico do

alimento, o que pode responder a reduzida presença na alimentação diária, bem

como, ser um produto de pouca relevância na culinária brasileira e não atender

satisfatoriamente o paladar do consumidor, o que contribui por minimizar os

efeitos deste alimento na saúde e na precaução de riscos patológicos.

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95

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante as atribuições provenientes e obtidas no presente trabalho, torna-

se possível conceber que, o diabetes mellitus tipo II consiste de forma abrangente

e efetiva em uma patogenia de implicações relevantes na esfera biológica,

econômica, social e psíquica do ser humano. Destaca-se por ser uma doença

dotada de recursos nutritivos e farmacológicos disponíveis para sua gestão, já

que possui acentuada representatividade na promoção e interferência de

morbimortalidade pela potencial incitação à riscos ateroscleróticos ao paciente

acometido, propelindo-o desta maneira, a riscos de desfechos cardiovasculares

por desdobramento cerebrovascular, vascular periférico e principalmente

coronariano.

Sob esta temática pôde-se depreender que, a doença uma vez em curso,

impacta e altera a qualidade de vida, os padrões de saúde e a homeostase

corpórea, de maneira que, uma das expressões significativas de complicações da

doença ao organismo exprime-se pelos distúrbios metabólicos, em especial nos

lipídeos plasmáticos, condição compreendida pela dislipidemia que pode ser

secundária ao diabetes, o que é determinante pela elevação dos triglicerídeos

séricos ou hipertrigliceridemia no paciente diabético do tipo II, também associado

a reduções de HDL-c e mudanças na qualidade das LDL-c, eventos que isolados

ou concomitantemente influem na multiplicação de condições favoráveis as DCVs.

A análise das informações ressaltou importância à existência de

hipertrigliceridemia no paciente diabético e permite considerar que a resistência

insulínica é de sobremaneira um evento determinante e desencadeador das

alterações dos lipídeos, justificando à efetiva influencia do hormônio

betapancreático, cuja atividade mostra-se deficiente no DM2, culminando então,

com o aumento de triglicerídeos em face de redução de lipólise e aumento das

lipoproteínas de muito baixa densidade na região hepática pela grande

quantidade de substratos de gordura e açúcar.

O trabalho também reportou que ainda é pouco relevante o papel dietético

conferido aos alimentos funcionais na gestão e minimização de riscos do DM2 e

suas disfunções lipídicas integradas, ressalvando uma predominante falta de

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instrução sobre esta classe de alimentos, além de exprimir a baixa quantidade de

informações à sociedade e a população enferma sobre estes, os quais se

destacam por serem dotados de bioativos que conferem benefícios fisiológicos e

metabólicos aquém da função nutritiva, serem auxíliar a saúde e dispor de

propriedades na contenção de riscos de ocorrências ou agravos de doenças e

distúrbios tais como o diabetes e as dislipidemias. A prevalência de falta de

informação também terminou por evidenciar na pesquisa a baixa aceitação dos

alimentos funcionais e sua incorporação na dieta diária, de modo que, salientou

que as escolhas são pautadas nas satisfações culturais, pessoais e a ingesta é

marcadamente dissociada do estado patológico e pouco correlacionada com a

qualidade de vida e favorecimento a saúde.

O estudo, portanto remete a necessária moldagem dos paradigmas

socioeconômicos, político-cultural e psicológicos para a inserção da nutrição

funcional para garantia complementar de cuidados e precauções do diabetes e

suas manifestadas complicações, com atenção as de cunho lipídico, e maior

clareza científica e conceitual acerca destes alimentos para que assim possam

ser mais entendidos, apropriados e empregados na alimentação convencional de

forma assídua.

Por fim, também são requeridos melhores esclarecimentos diagnósticos e

causais de dislipidemias no indivíduo diabético, pois se admite que a obesidade,

síndrome metabólica e alimentação ocupam posições de importância para a

vigência de anormalidades lipídicas no DM2 e pelo fato do mecanismo da

resistência insulínica não estar de todo elucidado quanto às disfunções na sua

sinalização para serem determinantes nas dislipidemias. Extensões desta

discussão e das implicações dos alimentos funcionais promoveram melhor rigor

científico quanto ao entendimento fisiopatológico do DM2 e aprimorada visão da

alimentação como complemento a saúde e benefício à minoração de existências

e prejuízos patológicos.

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