taxa selic para não economistas

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Taxa Selic - Texto didático para leigos em economia

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Page 1: Taxa Selic para não economistas

Taxa Selic - Para não Economistas

Banco Central reduz a taxa Selic de 14,25% para 13,75% (Folha de São Paulo - 19 outubro de 2006)

Banco Central reduz a taxa Selic de 9,25% para 8,75% (Folha de São Paulo - 23 julho de 2009) Selic - O que é isso?

Selic é a sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É um sistema eletrônico do Banco Central, que tem funções que se aproximam do sistema de compensação de cheques de um banco, só que em vez de cheques, são compensados papéis da dívida pública. A taxa Selic define os juros que o governo pagará aos bancos que adquirem títulos(papéis) do governo ou em outras palavras, lhe emprestam dinheiro. A taxa Selic é também chamada de taxa de juro básico da economia, pois toda a economia do país tem como referência esta taxa.

Selic - Taxa de Referência da Economia

Isto quer dizer que todas as operações financeiras que envolvam juros estarão orientadas pela Selic, como, empréstimos, cheque especial, cartão de crédito, afetando diretamente o dia-a-dia de todo cidadão.

Expectativa do Mercado

Há sempre uma expectativa do mercado quando o Copom - Conselho de Política Monetária do Ban-co Central - se reúne para tomar decisões sobre a Selic, pois essa decisão, seja pelo aumento ou redução da taxa, levará bancos, lojas, financeiras, administradoras de cartões de crédito a repassa-rem seus efeitos para o consumidor.

Títulos Públicos

Quando a Selic baixa, a rentabilidade dos títulos públicos também fica menor. Este evento altera o perfil do mercado financeiro, aplicações em renda fixa na modalidade pós-fixada perdem em rentabilidade, visto que seus rendimentos tem como referência os títulos públicos.

A Selic e o Sistema Bancário

O sistema bancário destina parte de seus recursos para aplicação em títulos públicos , ou seja quanto maior a taxa Selic, mais os bancos ganham, por outro lado a redução da taxa Selic, tam-bém reduz a rentabilidade dos bancos, essa redução de rentabilidade não interessa aos bancos, que se vêem obrigados a relocar recursos para o crédito direto ao consumidor, evento este que tende a aumentar a concorrência entre os bancos , e concorrência é sempre saudável para o consumidor, pois pode significar juros menores ainda.

Taxa Selic Para Não Economistas

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GEOGRAFIA ECONÔMICA

Texto adaptado com finalidades pedagógicas para aplicação em minhas aulas de Geografia - Escola Estadual Prof. Renê Rodrigues de Moraes - Guarujá - SP.— Revisado em 12 de agosto de 2009

Professor Silvio Araujo de Sousa

Page 2: Taxa Selic para não economistas

A Selic e o Governo

A taxa Selic também é a taxa de referência para parte (46%) da dívida do governo, Sua redução significa juros menores que o governo pagará , estima-se que uma redução de 0,5 ponto percentu-al a economia do governo será de R$ 1,3 bilhão.

A Selic e o Superávit primário

O superávit primário significa parte da arrecadação anual que o governo separa para pagamento do juro da dívida, que em 2005 foi R$ 93,51 bilhões. Com a redução dos juros também reduz a rela-ção dívida/PIB, e o mercado financeiro usa este parâmetro , pois considera que quanto mais a dívi-da avança em relação ao PIB, maior é o risco do governo não ter como honrar a dívida , este risco leva o mercado a cobrar juros e superávit primário elevado. A redução da Selic , pode reduzir o su-perávit primário, logo mais recursos para investimento público, mais crescimento econômico.

A Selic e a Inflação

Esta é a grande dúvida, se os juros podem reduzir mais sem resultar na volta da inflação. No pas-sado o Brasil fez tentativas de baixar os juros, e todas foram frustradas, em 2001 no governo Fer-nando Henrique Cardoso e em setembro de 2004 no governo Lula, nestas duas ocasiões a inflação voltou a aparecer, resultado, a taxa Selic voltou a subiu.

A Selic e o Crescimento Econômico

Para Paulo Skaf presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), "o alto pa-tamar da Selic é um dos principais responsáveis pelo baixo crescimento brasileiro previsto para

este ano".

Juros menores ajudam a impulsionar o crescimento econômico. Diminuem os custos de produção, aumentam os investimentos das indústria e fábricas (seja para ampliar a produção ou construir no-vas unidades), as empresas brasileiras ganham competitividade no exterior (os produtos brasileiros tendem a ficar mais baratos) e caem os índices de inadimplência (calote), tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Tudo isso gera crescimento, novos empregos, melhora os salários e ajuda o go-verno a arrecadar mais impostos.

A Taxa Selic e os Juros Reais Os chamados juros reais - descontada a inflação agora, oscila em torno dos 6%, dependendo da metodologia do cálculo. Continua sendo a mais alta do mundo, bem à frente dos demais países, o segundo colocado nesse ranking, a Turquia, tem juros reais de 6,2%. Em termos nominais, a Selic atual é a mais baixa da história. Fontes: http://www.vidaeconomica.com.br/tampa.htm http://www.bcb.gov.br/?SELIC Folha de São Paulo - 19,20 e 21 de outubro de 2006

http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS acesso em 14 de agosto de 2009

Texto original produzido em 21/10/2006

Taxa Selic Para Não Economistas

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GEOGRAFIA ECONÔMICA

Texto adaptado com finalidades pedagógicas para aplicação em minhas aulas de Geografia - Escola Estadual Prof. Renê Rodrigues de Moraes - Guarujá - SP.— Revisado em 12 de agosto de 2009

Professor Silvio Araujo de Sousa