spirit of judo #03

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Spirit of JUDO, a revista do Boletim OSOTOGARI.

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Page 1: Spirit of JUDO #03
Page 2: Spirit of JUDO #03
Page 3: Spirit of JUDO #03

03

EDITORIALNesta edição celebramos o judô infanti l . O motivo

é simples: Judô infanti l é o principal motor da

modalidade. Saber que com o judô podemos ajudar na

educação, na formação das crianças é gratificante. E

então resolvemos dar um destaque especial para as

crianças, apesar de sempre estarem em evidência

aqui na Spirit.

Eu e meu sócio Alberto Nunes Jr, tivemos a

oportunidade de acompanhar bem de perto o

Campeonato Mundial no Rio de Janeiro. Realizamos a

cobertura fotográfica da competição, trabalhando na

divulgação e nos contendo na torcida da equipe

brazuca! Uma matéria sobre o mundial, com destaque

aos dois judocas representantes de São Paulo, Maria

Suelen Altheman e Rafael Silva que conquistaram

medalhas de prata nessa importante competição.

Com exclusividade, o Alberto também teve a honra

de participar da cerimônia que homenageou os

melhores judocas de todos os tempos: O Hall da

Fama da FIJ, onde, entre os vinte e um judocas

homenageados, estava o nosso campeão olímpico

Aurélio Miguel!

Teremos também a estréia de mais um

colaborador da revista, o judoca e artista Leonardo

Mazzer. Muito criativo, nos brindou com uma crônica

em forma de mangá.

Campeonatos paulistas e os torneios e festivais

dentro de São Paulo também tem e sempre terão o

seu espaço na nossa revista.

Estamos em um longo caminho de aprendizado e

tentando melhorar aos poucos a revista. Esperamos

que apreciem a edição número 03 da Spirit of JUDO, a

revista do boletim OSOTOGARI.

Boa leitura a todos!

Everton Monteiro

ÍNDICE1 8ª Taça cidade de Guaratinguetá1 7º Torneio de Junqueirópolis1 7º Torneio do Floresta A. C. Amparo27º Torneio São João T.C. AtibaiaCampeonato Paulista Sub 1 5 e Sub 23Falando de JudôCampeonato Paulista Masters e de KataCampeonato Paulista Sub 11 e Sub 1 3Treinamento EsportivoHall da FamaDesafio Inter Estadual Top Team RioMundial Rio 201 3Judocas Paulistas no Kodokan JapãoMangá - Golpe de OuroFestival do Mesc - São BernardoMatéria de CapaPerfi l - José Jantál iaEntrevista Uchikomi - Hatiro Ogawa

040506081 01 61 82026283033363738404446

EXPEDIENTEEdição:

Everton Monteiro

Comercial:Alberto Nunes Junior

Fotografia:Everton Monteiro

Alberto Nunes Junior

Gabriel Galvão Monteiro

Assinaturas:[email protected]

Publicidade e Anúncios:publ [email protected]

Pessoas que fazem a Spirit acontecer:Gerardo Sici l iano, Celso de Almeida Leite, Antonio Mesquita, MárioManzatti , Hatiro Ogawa, Carlos Bortole, Fernando Ikeda e MarcosLopes.

G4 GRÁFICA E EDITORACNPJ 11 670 564 / 0001 ­ 58

Page 4: Spirit of JUDO #03

18º TAÇA CIDADE DE GUARATINGUETÁ DE JUDÔTexto: Everton Monteiro Fotos: 2ª Delegacia Regional

Torneio reuniu judocas da 2ª Delegacia Regional da FPJ

Guaratinguetá recebeu, no dia 1 6 de junho, judocas

das agremiações da 2ª Delegacia Regional do Vale do

Paraíba, para as disputas da 1 8ª Taça Cidade de

Guaratinguetá.

O evento ocorreu no ginásio de esportes do Itaguará

Country Clube.

Na solenidade de abertura, o Delegado Regional

Claudio Calasans Camargo fez uso da palavra,

enaltecendo a presença e participação dos atletas,

técnicos e árbitros e também agradecendo a presença dos

convidados da mesa de honra. No final da competição, as

cinco melhores equipes classificadas foram premiadas.

Judocas durante a cerimônia de abertura da competição

Professor Claudio Calasans durante seu discurso na

abertura do evento.

04

Page 5: Spirit of JUDO #03

Em 09 de junho, na cidade de Junqueirópolis, à 623

Km de São Paulo, foi real izado no Ginásio Municipal de

Esportes “Cícero Gomes” o 1 7º Torneio de Judô de

Junqueirópolis.

O evento foi organizado pela Associação

Junqueiropolense de Judô, contou com o apoio da

Prefeitura Municipal e supervisão da 4ª Delegacia Regional

da Alta Paulista da FPJ, através de seu delegado regional

Raul de Mello Senra Bisneto.

Quinhentos e trinta atletas representaram as vinte

agremiações participantes na competição, nas classes

mirim à sênior. Com excelente organização e muito

entusiasmo dos participantes, o Torneio transcorreu de

forma tranquila e amistosa, que começou com um festival

com cento e trinta e nove crianças iniciantes e na

sequência ocorreram as disputas das demais categorias.

Ao final do evento a equipe de Pompéia foi a campeã

geral, ficando o SESI com o vice-campeonato e a ACERT

de Tupã em terceiro lugar.

17º TORNEIO DE JUDÔ DE JUNQUEIRÓPOLISTorneio reuniu 500 judocas da 4ª Delegacia Regional da FPJ e outras regiões do estado

Texto: Everton Monteiro Fotos: Nelson Morimoto

17º TORNEIO DE JUDÔ DE JUNQUEIRÓPOLIS

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Page 6: Spirit of JUDO #03

Realizado no dia 1 6 de junho, domingo, a XVI I edição

do tradicional Torneio do Floresta Atlético Clube, na

Estância Turística de Amparo, no Circuito das Águas

Paulista, contou com um grande número de participantes

vindos da região da 1 5ª Delegacia Regional da Grande

Campinas e também de cidades de outras regiões do

Estado e da capital paul ista.

Na abertura do evento, a presença do Delegado

regional da 1 5ª Delegacia da Grande Campinas, Celso de

Almeida Leite, do coordenador técnico da FPJ, Joj i Kimura,

do tesoureiro da 1 5ª Delegacia e conselheiro do Floresta

Atlético Clube, Admir Nora, do Presidente do Floresta

Atlético Clube, José Fernandes da Silva, do técnico e

professor de judô do Floresta A.C. , Fábio Nora e demais

autoridades. O mestre de cerimônias foi o professor Mauro

Cazetto.

Pela primeira vez na região, foi uti l izado o sistema de

video replay nas seis áreas da competição, com apenas

um árbitro atuando na área. Um recurso tecnológico que

vem agregar garantias de decisões corretas e imediatas

durante os combates, auxil iando em caso de dúvidas a

garantindo o acerto nas decisões dos árbitros, o que

beneficia todos os participantes.

Celso de Almeida Leite, agradeceu a todos os

envolvidos no projeto, árbitros, professores, técnicos e

equipe de infra estrutura, pelo apoio incondicional para que

o sistema pudesse ser uti l izado nesta competição e disse

que está à disposição para receber sugestões e idéias que

possam trazer mais melhorias para o sistema.

Na contagem geral de pontos o São João Tênis Clube /

APAJA, de Atibaia foi o campeão, seguido da Associação

Amigos do Judô de Itapira, Circulo Mil itar de São Paulo,

Clube Concórdia/Ômega Academia. Associação Marcos

Mercadante e Floresta Atlético Clube, fechando as seis

primeiras colocações.

XVII TORNEIO DE JUDÔ DO FLORESTA A.C.Texto: Everton Monteiro Fotos: Gabriel Galvão Monteiro

Um dos mais tradicionais Torneios da 1 5ª Delegacia estreou o sistema de video replay

Judocas de todas as idades participaram do torneio

Em sua 1 7ª edição, o torneio é um dos mais tradicionais da

Professor Admir Nora, tesoureiro da 1 5ª Delegacia e

1 5ª Delegacia Regional

evento, junto com seu fi lho, professor Fábio Noraconselheiro do Floresta Atlético Clube, foi o anfitrião do

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Page 7: Spirit of JUDO #03

07

Page 8: Spirit of JUDO #03

O XXVII Torneio de Judô do São João Tênis Clube de

Atibaia, em parceria com a prefeitura da Estância Turística

de Atibaia, Associação Paulo Alvim de Judô e 1 5ª

Delegacia Regional de Campinas, foi real izado no dia 07

de julho, domingo, no ginásio de esportes do clube.

Seiscentos atletas da região da 1 5ª Delegacia e demais

regiões do Estado de São Paulo prestigiaram o evento,

que primou pela organização e também pela excelente

premiação, já uma marca registrada deste torneio.

Presentes na cerimônia de abertura o Presidente do

SJTC, Jair César Michels, o Secretário de Esportes e

Lazer da PEA, Carlos Marcelo Pistoresi, o Presdente da

APAJA, André Menezes Bio, o Deputado Estadual, José

Roberto Tricol i , o Presidente da Câmara Municipal, Emil

Ono, o Delegado Regional da FPJ, Celso Almeida Leite, o

Vice-presidente Financeiro do SJTC, Demilso Soranz, o

Diretor de Esportes SJTC, Muri lo Bassi, e o Diretor Social

SJTC, Hamilton Marcondes Machado.

Foi uti l izada nesta competição o novo sistema de vídeo

replay da FPJ, com apenas um árbitro central e os

auxil iares fazendo uso de um radio e do sistema de

câmeras e vídeo replay, dando suporte ao árbitro central,

caso fosse necessário, resolvendo qualquer dúvida no

momento, evitando prejudicar algum atleta com uma

pontuação incorreta.

Houve também disputas da categoria absoluto,

masculino e feminino, com premiação em dinheiro e

troféus para os três primeiros colocados.

No final da competição, na contagem geral de pontos,

as dez primeiras classificadas receberam um troféu. A

equipe do São João Tênis Clube ficou com a primeira

colocação na contagem geral, porém, por ser a anfitriã,

cedeu sua colocação.

Texto e fotos: Everton Monteiro

No destaque, professor Paulo Alvim (Pi) e mestre Isato Yamamoto

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Page 9: Spirit of JUDO #03

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Page 10: Spirit of JUDO #03

Foi real izado no ginásio principal do Sport Club

Corinthians Paulista, na capital, o Campeonato Paulista

Sub 1 5 e Sub 23. Cerca de seiscentos atletas participaram

da competição, para buscarem o título estadual da

respectiva classe e categoria de 201 3. A abertura do

evento foi marcado pelos discursos do presidente da

Federação Paulista de Judô, Alessandro Puglia, do vice-

presidente da Confederação Brasileira de Judô, Francisco

de Carvalho Filho, do diretor de esportes terrestres do S.C.

Corinthians, Sr. Fausto Bittar, e pelo coordenador do

conselho de ética da Federação Paulista de Judô, Mateus

Sugizaki. O mestre de cerimônias, o vice-presidente da

FPJ, José Jantál ia, mais uma vez comandou com

galhardia a cerimônia de abertura.

A participação dos judocas da classe sub 23 foi recorde

e segundo o diretor técnico da FPJ, Joj i Kimura, esse

grande número de participantes se deve ao fato da

competição ter sido realizada na capital paul ista, pois o

acesso à cidade é facil itada pelo grande número de

opções existentes, de transporte e de estradas, o que

motivou os atletas a participarem desta competição.

O campeonato seguiu por todo o dia, iniciando-se com

a classe sub 1 5 e posteriormente a classe sub 23. As finais

foram realizadas no final de todas as eliminatórias, e foi o

ponto alto da competição, onde a torcida e a emoção são

sempre maiores.

Texto e fotos: Everton Monteiro

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FALANDO DE JUDÔO uso do judô noCOTIDIANOSegunda Parte

Texto: Fernando Ikeda

FALANDO DE JUDÔO uso do judô noCOTIDIANOSegunda Parte

Texto: Fernando Ikeda

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devemos agir de forma incisiva, de forma decidida,

sem hesitação ou segundas intenções. O quarto

princípio nos adverte que uma vez atingida a meta é o

momento de parar de executar a técnica. No ultimo

princípio reside a essência do Judô como define o

Mestre Jigoro Kano:

“Caminhe em um único caminho, não torne-se

convencido com a vitória nem submisso com a

derrota, sem se esquecer de cautela quando tudo está

calmo ou assustar-se em situações de perigo.

Implícito aqui é a advertência que se nos deixarmos

ser levado pelo sucesso, a derrota será inevitável logo

em seguida.”

Em resumo, o ideal do Mestre Jigoro Kano em

expandir o Judô para um “caminho da vida” nos levam

a acreditar que o verdadeiro Judoca é aquele que age

de forma racional após avaliar todas as condições que

a situação lhe oferece e tomar a decisão mais

coerente para o momento, acredita que sentimentos

negativos não irão trazer benefício para si próprio ou

para outras pessoas ao seu redor tratando isso como

um desperdício de energia. Todas essas definições

são englobadas no princípio fundamental do Judô o da

MÁXIMA EFICIÊNCIA.

Ao questionar um praticante de Judô sobre o que

significa o termo “Judô” prontamente uma surge uma

resposta simples e direta: “Caminho Suave”. No

entanto em uma breve análise histórica percebemos

que “por trás” desse termo, reside um imenso

significado fi losófico que representa o ideal do Mestre

Jigoro Kano ao fomentar o Judô.

Como é sabido, o Judô é oriundo de duas Escolas

de Jujutsu (KitoRyu e TenshinshinyoRyu) seria natural

que o Mestre Jigoro Kano adotasse o nome Jujutsu ao

invés de Judô, porém como o fundador justifica:

“As palavras jujútsu e judô são ambas escritas

com dois ideogramas chineses. OJu em ambos é o

mesmo e significa “suavidade” ou “dar passagem”. O

significado de Jutsu é “arte, prática” e do significa

“princípio” ou “caminho”, sendo o próprio conceito de

modo de vida. Jujutsu pode se traduzido como “a arte

suave,” Judo como “caminho suave” (. . . ) Judo é mais

que uma Arte de ataque e defesa. É um esti lo de

vida.”

Essas palavras dão sentido ao desejo do

Fundador em criar um sistema além dos empregados

pelas Artes Marciais que antecederam ao Judô

integrando a discipl ina tanto física com mental, sendo

possível praticar esses princípios em nossa vida

cotidiana.

O Mestre Jigoro Kano ressalta cinco princípios

básicos que os Judocas devem ter em mente podendo

aplicar no trabalho, na escola, ou seja em diversas

áreas da sociedade.

O primeiro princípio consiste em observar e

analisar tudo ao seu redor, a sua interação com o

ambiente e outras pessoas. O segundo ponto resume

em assumir a l iderança, esse princípio é comumente

aplicado por jogadores de xadrez, que por sua vez

executam um determinado movimento que resultará

na reação do oponente em uma movimentação já

predita. O terceiro princípio em linhas gerais, diz que

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Page 18: Spirit of JUDO #03

A Federação Paulista de Judô realizou no dia 1 5

de junho, na Estância Turística de Amparo, o

Campeonato Paulista de Kata e o Campeonato

Paulista Grand Masters. O prestígio dado pelos

participantes das duas modalidades competitivas fez

bater o recorde da edição anterior, com 370 atletas da

classe Grand Masters e noventa e três duplas para as

apresentações de Kata.

Satisfeito com o novo recorde e com a

organização do evento, Puglia prevê que nos

próximos anos continuaremos tendo esse aumento de

participação de judocas Grand Masters e também de

duplas de kata.

O vice-presidente da Confederação Brasileira de

Judô, Francisco de Carvalho Filho, também prestigiou

o evento, juntamente com o professor Mateus

Sugizaki, coordenador geral da Comissão de Ética da

Federação Paulista de Judô.

E o que se viu nesta competição foi um show de

técnicas tanto no kata como também no shiai e, como

é de costume nessa competição, o fair play é o que

move a competição.

Texto e fotos: Alberto Nunes Junior

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O Campeonato Paulista Sub 11 e Sub 1 3 foi

real izado em 29 de junho, no Ginásio Municipal

Florêncio Pereira (Sarkisão), na cidade de Mairiporã –

SP. Com a participação de seiscentos judocas, o

evento definiu os campeões paulistas 201 3 nas

respectivas categorias das duas classes. A abertura

da competição, que teve as arquibancadas totalmente

lotadas, contou com a presença do prefeito da cidade

de Mairiporã, Doutor Márcio Pampuri, do presidente

da Federação Paulista de Judô, Alessandro Panitz

Puglia, do vice-presidente da Confederação Brasileira

de Judô, Francisco de Carvalho Filho, além de demais

autoridades e dos professores kodanshas de São

Paulo. O mestre de cerimônias foi o vice-presidente da

FPJ, José Jantál ia. A competição foi coordenada pelo

diretor técnico da FPJ, Joj i Kimura.

As disputas ocorreram nas oito áreas de

competição e mais uma vez a equipe de arbitragem do

evento, coordenados pelo diretor de arbitragem da

FPJ, professor Dante Kanayama, contou com a

uti l ização dos recém-adquiridos equipamentos para

vídeo replay e comunicadores, uti l izando apenas um

árbitro central em cada área de competição. Esse

novo processo está aderente às novas regras

internacionais onde apenas um árbitro atua dentro da

área e os demais o auxil iam através de radio

comunicadores e o sistema de vídeo replay.

O sistema já se encontra em uso nos diversos

campeonatos oficiais e amistosos realizados pela FPJ

através de suas delegacias regionais.

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Page 26: Spirit of JUDO #03

TREINAMENTO ESPORTIVO

Periodização anual eA periodização anual do treinamento esportivo

requer por parte do treinador de jovens atletas

bastante atenção para a adequação de todas as

atividades que a criança e o adolescente exercem ao

longo de seus ciclos (dia, semana, mês,

bimestre, trimestre e semestre); seja na escola, ou em

outras atividades complementares (cursos de inglês,

informática, outras modalidades esportivas, etc.),com

o treinamento esportivo e o calendário de

competições, inclusive durante as férias escolares.

Assim, estabelecer as datas e os eventos mais

importantes para o Esporte, respeitando as outras

atividades do jovem atleta, e planejar os ciclos de

treinamentos exigirá do treinador uma visão sistêmica,

clara e consciente dos caminhos a serem escolhidos e

tri lhados.

Feito isso, acreditamos ser necessário examinar

os registros dos treinamentos realizados nos ciclos

anteriores para visual izar o caminho já percorrido, e,

direcionar e distribuir ao longo dos ciclos as cargas de

treinamento e competição. Vale destacar que o

estabelecimento de metas individuais, possíveis de

serem alcançadas, para a temporada e para carreira

deve ser discutido com cada jovem atleta, bem como,

levantar informações sobre os pontos fortes e fracos,

dentre os aspectos físico, técnico, tático e psicológico.

Direcionar e distribuir as cargas de treino significa

decidir qual o ênfase ou importância será dada para o

desenvolvimento de cada capacidade física

condicionante (força, velocidade e resistência) e

coordenativa; e, qual volume e intensidade devem

prevalecer em cada momento da temporada para a

aplicação dos diferentes meios e métodos de

treinamento. As capacidades físicas coordenativas,

fundamental para o desenvolvimento técnico e tático,

devem ser trabalhadas ao longo de toda a temporada,

seja de forma geral ou específica dependendo do

momento. Aliás, o Judô possui meios e métodos

específicos para esse aprimoramento, e distribui-los

ao longo do ano respeitando a necessidade do

desenvolvimento multi lateral através de meios e

métodos de treinamento gerais para, inclusive, evitar

especial izações técnicas precocemente, é o principal

desafio.

Em suma, cada modalidade esportiva possui suas

particularidades, soluciona suas tarefas no sistema de

treino uti l izando-se de meios (exercícios físicos)

gerais, complementares, especial izados e de

competição, e de métodos (verbais, visuais e práticos)

para o desenvolvimento das capacidades físicas

(coordenativas e condicionantes) e psíquicas,

necessárias para o melhor desempenho

esportivo.Devemos, portanto, conhece-los

profundamente e aperfeiçoá-los continuamente.

Distribuição das Cargasde treino e competição

Marcos Lopes é Bacharel em Esporte pela

Escola de Educação Física e Esporte da

Universidade de São Paulo (USP)

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Page 27: Spirit of JUDO #03

PROPAGANDA DILEPÉ

Page 28: Spirit of JUDO #03

Aurélio Miguel éimortalizado no

Na noite do domingo, 25 de agosto, um jantar

realizado no Rio de Janeiro imortal izou 21 atletas,

fazendo-os a primeira classe do Hall da Fama da

Federação Internacional de Judô. Entre os

eternizados, um brasileiro: Aurél io Miguel. A honraria

foi entregue ao campeão olímpico em Seul 88 pelas

mãos do presidente da Confederação Brasileira de

Judô, Paulo Wanderley Teixeira.

“Aurél io foi um campeão do judô, mas hoje é um

campeão da vida”, disse o presidente.

O ex-atleta, que além de um ouro tem também um

bronze olímpico, em Atlanta 96, aceitou a honra e

agradeceu a homenagem.

“Agradeço primeiramente ao meu pai, por me

introduzir ao judô. Agradeço ao presidente do COB, o

Sr. Carlos Arthur Nuzman, por trazer as Olimpíadas ao

Rio, e ao presidente Paulo Wanderley Teixeira por

todo seu trabalho e apoio. Agradeço, também, ao

presidente Marius Vizer, da FIJ, e todo o seu time por

levarem o judô ao seu nível atual”, falou o imortal.

“Nós já tínhamos anunciado que Jigoro Kano,

Anton Geesink e Charles Palmer fariam parte do Hall

da Fama. Hoje, continuamos a tradição de celebrar

nossos heróis”, disse o presidente Marius Vizer.

Nomes como Ryoko Tani, Patrick Hickey, David

Douil let e Jean-Luc Rouget, também foram

homenageados.

Membros do Hall of Fame da IFJ:Jigoro Kano - Japão

Anton Geesink - Holanda

Charles Palmer - Grã-Bretanha

Patrick Hickey - Irlanda

Ingrid Berghmans - Bélgica

George Kerr - Escócia

Jea- Luc Rougé - França

Wil lem Ruska - Holanda

Franco Capelletti - I tál ia

David Douil let - França

Aurélio Fernandez Miguel - Brasil

Mohamad Ali Rashwan - Egito

Vladimir Nevzorov - Rússia

Ryoko Tani - Japão

Robert van de Walle - Bélgica

Ezio Gamba - I tál ia

Peter Seisenbacher - Austria

Héctor Rodríguez Torres - Cuba

Thierry Rey - França

Kosei Inoue - Japão

Neil Adams - Grã-Bretanha

Com informações da Assessoria de Imprensa da CBJFoto: Alberto Nunes Junior

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Page 29: Spirit of JUDO #03
Page 30: Spirit of JUDO #03

Desafio InterestadualTOP TEAM Rio 2013Em 09 de julho, terça-feira, a Confederação

Brasileira de Judô realizou o Desafio Interestadual Top

Team Judô Rio 201 3, que tomou lugar no Centro de

Treinamento da Vila Mil itar, Zona Oeste do Rio de

Janeiro, e contou com a participação de atletas dos

estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. O

Desafio fez parte dos eventos-testes para o

Campeonato Mundial de Judô que a CBJ organizou,

sendo este o primeiro testando o sistema de

competição individual.

“Eventos-teste são sempre de suma importância

para qualquer organização de campeonato de grande

porte. São nestes eventos que nós ajustamos a

equipe, aparamos as arestas e entramos em sintonia.

São necessários para que cheguemos ao resultado

esperado no objetivo final, que é o Mundial ”, disse o

diretor de Relações Institucionais da CBJ, Marcos

Pastori.

O evento preparatório teve o objetivo de testar as

áreas funcionais, institucionais e equipes de trabalho

que atuariam no Mundial. E o teste aconteceu sob os

olhos atentos de convidados ilustres, tais como o

secretário de esportes do município de Queimados,

no Rio de Janeiro, Luiz Carlos Monteiro; o presidente

da Federação Paulista de Judô, Alessandro Puglia; e o

presidente da Federação de Judô do Estado do Rio de

Janeiro, Francisco Grosso.

“O evento teve como objetivo principal testar as

equipes de trabalho. Logística, RH, transportes,

integração entre os componentes e, no fim, eu vi como

tendo sido altamente positivo. O trabalho continua

sendo conduzido intel igentemente e de forma correta.

Essa série de eventos-testes, desembocando no

Mundial, trará ainda mais visibi l idade ao judô não só

aqui no Rio, mas em todo o país. Quanto mais

pessoas perceberem o esporte, suas conquistas e

organização, mais próximos estaremos de nosso

objetivo”, analisou o presidente da FJERJ, Francisco

Grosso.

No tatame, São Paulo dominou e terminou com 26

medalhas totais, sendo dez de ouro, seis de prata, e

outras dez de bronze. Na segunda colocação, o Rio

de Janeiro faturou 1 9 medalhas, das quais quatro

douradas, oito prateadas e sete de bronze. A Bahia

chegou ao final com seis medalhas conquistadas –

todas de bronze.

Com informações da Assessoria de Imprensa da CBJ - Fotos: Everton Monteiro

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Page 31: Spirit of JUDO #03

Ainda foram realizados dois eventos-testes

para o Mundial Rio 201 3: Desafios

Internacionais nos dias primeiro e três de

agosto, no município de Queimados, Região

Metropolitana do Rio de Janeiro. No dia 01 de

agosto, atletas de Hungria e Espanha vieram

ao país; enquanto que no do dia 03 de agosto

foi a vez dos judocas cubanos e venezuelanos

testarem os brasileiros. Dias antes da grande

competição, houve o Campeonato Brasileiro

Sub 23, que foi disputado na estrutura onde

transcorreu o Campeonato Mundial e

funcionou como uma espécie de ensaio-geral.

Mesmo sendo em um dia úti l , na semana,

quem não pôde comparecer ao ginásio no

Centro de Treinamento da Vila Mil itar no Rio,

pôde acompanhar os combates através da

transmissão ao vivo, via internet, real izada

pelo boletim OSOTOGARI.

Confira os resultados finais do Desafio:MASCULINO LIGEIRO (­60kg)1 º - Leonardo Barbosa da Silva (RJ)

2º - Vitor Hugo Delgado Carvalho (SP)

3º - Paulo Frenando da Cruz (BA)

3º - Mike Massahiro Chibana (SP)

MASCULINO MEIO LEVE (­66kg)1 º - Lucas Nascimento Bernardo (SP)

2º - Adriano Pereira de Araújo (RJ)

3º - Fagner Fernando G. V. Evaristo (BA)

3º - Guilherme Koji Minakawa (SP)

MASCULINO LEVE (­73kg)1 º - Vitor de Paula Ferraz (RJ)

2º - Wil l ian Roberto Pereira (SP)

3º - Ivan Luis R da Costa (BA)

3º - Eduardo Katsuhiro Barbosa (SP)

MASCULINO MEIO MÉDIO (­81kg)1 º - Anderon Primo de Souza (SP)

2º - Dennis Rodrigues Silva Barbosa (RJ)

3º - Leandro dos Santos Ferrante (SP)

3º - Kinsley Correia da Silva Oliveira (BA)

MASCULINO MÉDIO (­90kg)1 º - Lucas Lauriano Canalle (SP)

2º - Gustavo dos Santos Silva (SP)

3º - Caio Cardoso Fróes de Almeida (BA)

3º - Andre Luis Duque E. A. de Freitas (RJ)

MASCULINO MEIO PESADO (­100kg)1 º - Dario Augusto F de Alves (SP)

2º - José Ricardo Fernandes Bravin (SP)

3º - Rodrigo Andrade Garcez (RJ)

3º - Plynho Henrique de S. O. Chagas (RJ)

MASCULINO PESADO (+100kg)1 º - Daniel Placido de Sousa (SP)

2º - Marcus Vinicius de Melo Sabagh (RJ)

3º - Enricke Kanematsu Martins (SP)

3º - Guilherme Martins de Souza Silva (RJ)

FEMININO LIGEIRO (­48kg)1 º - Agueda Cristina de Arruda Silva (SP)

2º - Maria Eduarda de S. Gonçalves (RJ)

3º - Veronica M.A. Salgado (SP)

3º - Amanda de Queiroz Anacleto (RJ)

FEMININO MEIO LEVE (­52kg)1 º - Thaís Borges dos Santos (SP)

2º - Jessica Couto Lima (SP)

3º - Kamila Gomes Caixeiro (RJ)

3º - Vitoria Regina M. dos Santos (BA)

FEMININO LEVE (­57kg)1 º - Tamara dos Santos (SP)

2º - Tamires Crude Andrade da Silva (RJ)

3º - Raila Caroline David dos Santos (BA)

3º - Joice Machado Braga (SP)

FEMININO MEIO MÉDIO (­63kg)1 º - Daniel le Karla Lima de Oliveira (RJ)

2º - Gisele Fernandes Silva (RJ)

3º - Amanda Ferreira Culato (SP)

3º - Keyla Raquel dos Santos Dias (SP)

FEMININO MÉDIO (­70kg)1 º - Adriana Leite de Souza (SP)

2º - Gabriela Marques Lafaiete (RJ)

3º - Franciel le Diniz Carvalho (RJ)

3º - Taiane Batista Berl ink Santos (BA)

FEMININO MEIO PESADO (­78kg)1 º - Pamela Vitorio Ventura (SP)

2º - Renata Cristina da S. Januário (RJ)

3º - Jul ia Cristina Bueno Araujo (SP)

3º - Jul iana Velasquez T. Gomes (RJ)

FEMININO PESADO (+78kg)1 º - Rafaela Nitz (RJ)

2º - Jul iete dos Santos da Silva (SP)

3º - Agatha Martins Silva (SP)

3º - Andreia Santana de Almeida (BA)

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Page 32: Spirit of JUDO #03

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Page 33: Spirit of JUDO #03

MUNDIAL RIO 2013Foram mais de 700 atletas de 1 26 países que

participaram da competição no Maracanãzinho. Foi o

melhor desempenho da seleção brasileira em

Mundiais em toda sua história. Das seis medalhas

conquistadas, cinco foram para as mulheres, os

destaques brasileiros do campeonato. Rafaela Silva

conquistou o inédito ouro em mundiais para as

mulheres, e com um gostinho muito especial:

Conquistou a medalha em casa!

Érika Miranda e Maria Suelen Altheman

conquistaram as medalhas de prata para o feminino.

Sarah Menezes e Mayra Aguiar conquistaram o

bronze. No masculino, Rafael Silva conquistou a

medalha de prata.

Na grande final masculina da categoria pesado,

um confronto que todos no Maracanãzinho

esperavam. Rafael Silva, bronze nos Jogos Olímpicos

de Londres enfrentaria o mito Teddy Riner, medalha de

Maria Suelen Altheman e Rafael Silva foram

os representantes de São Paulo que

conquistaram medalhas de prata no

Campeonato Mundial de Judô 201 3.

Com seis medalhas conquistadas, Brasil termina naquarta colocação geralouro das Olímpiadas de 201 2. O francês usou todo

seu talento e venceu o duelo de gigantes.

“Entrei na luta para fazer o máximo, claro que fico

triste pela derrota. É complicado perder em casa,

contra o meu maior rival, mas eu sei que foi um bom

resultado para o meu país e para a minha carreira. A

torcida foi fundamental, quando você está se sentindo

ameaçado, perdendo uma luta, a energia da

arquibancada é muito boa. Acho que para 201 6 a

torcida do Rio vai estar mais cativada pelo judô e isso

vai ajudar muito a nossa seleção”, comentou Rafael

Silva, medalha de prata no Mundial do Rio.

No último dia de competição, no domingo, 01 de

setembro, as mulheres confirmaram a ótima fase que

estavam e em uma final muito equil ibrada com a

equipe do Japão, ficaram com a medalha de prata. A

equipe masculina não conseguiu classificação na

competição por equipes.

Texto: Everton Monteiro Fotos: Alberto Nunes Junior e Everton Monteiro

Com informações da Assessoria de Imprensa da CBJ

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Page 34: Spirit of JUDO #03

Há dois anos, no Mundial de Paris, Rafaela

Silva viu a japonesa Aiko Sato no lugar mais alto

do pódio e ela ficou com a medalha de prata.

Ano passado, uma frustração maior tirou sua

chance de medalha nas Olimpíadas de Londres

por causa de um golpe proibido. Mas o destino

quis que a carioca da Cidade de Deus entrasse

para a história do judô brasileiro dentro de casa,

no Maracanãzinho, diante de uma torcida

barulhenta. Com menos de um minuto de luta

com um belo ippon na americana Marti Malloy

Rafaela Silva se tornou a primeira mulher

brasileira campeã mundial no judô.

Antes dela, apenas o gaúcho João Derly, por

duas vezes, em 2005 e 2007, o paulista Tiago

Camilo, em 2007 e o brasil iense Luciano Correa,

em 2007, haviam conquistado a medalha de ouro

em um Mundial de judô.

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Page 36: Spirit of JUDO #03

No mês de julho, sete judocas paulistas viajaram

para o Japão em busca de um objetivo comum:

Aperfeiçoamento nas aplicações das técnicas do kata.

A equipe foi composta pelos professores judocas Rioiti

Uchida, Luis Alberto dos Santos, Vinícius Erchov,

Leonardo Yamada, Marcus Michell ini , Wagner Uchida

e Caio Kanayama.

A equipe embarcou no aeroporto de Guarulhos no

dia 1 3 de julho, rumo à terra do sol nascente para

participarem de um curso de aprimoramento de kata,

no Instituto Kodokan, em Tóquio. O curso teve início

no dia 1 8, com duração de sete dias, onde os judocas

puderam refinar os critérios que realmente devem ser

considerados no momento da apresentação do kata.

Ao término do curso cada um escolheu duas

modalidades de kata para apresentarem a uma banca

examinadora, onde foram julgados.

Todos receberam certificação pela apresentação

realizada e o professor Vinícius, em dupla com o

professor Luis Alberto, recebeu do sensei Matsushita,

9º dan, a certificação de Eficiência pela sua

apresentação no Nague no Kata.

“Vou continuar ensinando judô no Projeto Budô,

aprendendo com os professores mais graduados e

tentar ir passando aos poucos o que consegui

assimilar dos professores da Kodokan. Nunca

podemos parar de estudar e devemos estar sempre

preparados para poder agarrar as oportunidades que

nos aparecem”, comentou o professor Vinícius após

receber sua certificação.

“Sei o quanto é importante a ida destes

professores para o Japão. Tive a oportunidade de ir

para lá quatro vezes, onde treinei, competi e estudei

todos os katas no Instituto Kodokan. Com o mesmo

objetivo, esse grupo foi para o outro lado do planeta

buscar conhecimento e tenho certeza que agora irão

comparti lhar esse conhecimento com toda

comunidade do judô do Estado de São Paulo.

Parabéns à todos”, comentou o presidente da

Federação Paulista de Judô, Alessandro Puglia.

aprimoramento técnico deKata no Instituto KodokanJudocas paulistas buscaram

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Realizado em, 24 de agosto, sábado, o Festival de

Judô do MESC de São Bernardo do Campo reuniu 1 50

crianças de escolas e clubes da região para uma

confraternização de judô. O evento contou com a

presença do presidente da Federação Paulista de

Judô, Alessandro Puglia, do delegado da 9ª Delegacia

Regional da FPJ, Jul io Jacopi, do tesoureiro da FPJ,

Valdir Melero, do diretor de judô do MESC, Adib Bittar

Junior, que juntos com o chefe do departamento

esportivo do MESC, Carlos Eduardo, fizeram parte da

mesa de honra na cerimônia de abertura.

O presidente Puglia, em seu discurso, ressaltou a

importância de atividades desta natureza como forma

de integrar e preparar as crianças para um futuro

vitorioso, não só no judô, mas na vida. A prática do judô

para as crianças envolve toda a fi losofia da

modalidade, benéfica para a criação do caráter da

criança.

Para as classes mais novas, além das atividades

lúdicas e exercícios, as crianças puderam "lutar" com

os pais, num momento de descontração e diversão

entre pais e fi lhos.

Todas as atividades realizadas foram monitoradas

pelos professores do MESC e escolas convidadas,

entre eles destacamos Alexandre Garcia, Jul io Jacopi

Fi lho, Marcos André Sabino, Renan Puglia, entre

outros. Neste festival, todas as crianças participantes

foram premiadas com medalhas!

Texto e fotos: Everton Monteiro

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Matricular o fi lho no judô, quer seja no clube em

que é sócio, em uma academia que ofereça aulas

para crianças na faixa etária dos 04 a 07 anos ou nos

colégios onde estudam, normalmente como aulas

extra curriculares, é muito comum. Mas ultimamente

está muito mais comum!

E qual o motivo de tanta procura para matricular

as crianças no judô? Foi divulgado há pouco tempo,

com muita repercursão na mídia, que a UNESCO,

braço das Nações Unidas para a Educação, Ciência e

Cultura, destacou o judô como um esporte que

possibi l ita o relacionamento saudável com outras

pessoas, uti l izando o jogo e a luta como um integrador

dinâmico. O Estudo da UNESCO ainda complementa

que o judô é o melhor esporte como formação inicial

para as crianças e jovens de quatro a vinte e um anos

já que promove uma educação física integral. O

esporte permite, através do conhecimento e prática

regular do mesmo, o aprimoramento de todas as

possibi l idades psicomotoras: local ização espacial,

perspectiva, ambidestria, lateral idade, jogar, puxar,

empurrar, rastejar, pular, rolar, cair, coordenação

conjunta e independente de ambas as mãos e pés,

dentre outras.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) declarou o

judô como o esporte mais completo porque promove

valores de amizade, participação, respeito mútuo e

esforço para melhorar.

Mas muito antes dessas divulgações, já era de

conhecimento dos amantes da modalidade, que não

são poucos, que o judô ultrapassa a linha do esporte e

se torna uma fi losofia de vida.

Jigoro Kano, que foi estudante de fi losofia na

Universidade de Tóquio e praticante de Ju-Jutsu,

quando fundou o Kodokan em 1 882, desenvolveu uma

técnica de luta mais suave que o Ju-Jutsu e que fosse

eficaz no desenvolvimento educacional para formação

de cidadãos e não de guerreiros.

Então seria esse o motivo dessa grande

movimentação das crianças, levadas pelos pais às

escolas de judô? Talvez não tenhamos essa resposta

ainda.

Outro fator que tem contribuído para isso possa

ser os ótimos resultados que o judô tem obtido, desde

a primeira medalha olímpica, um bronze, de Chiaki

Ishi i , nas olimpíadas de Munique, em 1 972. Ishi i abriu

as portas do judô olímpico para o Brasil . Muitas outras

vieram nas edições seguintes, vindo a primeira de

ouro com Aurélio Miguel há exatos vinte e cinco anos,

em Seul 1 988 e a de Rogério Sampaio em Barcelona

1 992. O mais recente ouro olímpico veio das

olimpíadas de Londres, com a piauiense Sarah

Menezes em 201 2.

É fato que o advento das olimpíadas,

Texto e fotos: Everton Monteiro

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Page 41: Spirit of JUDO #03

principalmente no ano que ocorre, as academias lotam

de crianças. Como a realização da próxima olimpíada

será no Rio, e o judô estando em bastante evidência,

as crianças estão marcando presença nas aulas. É

notado também um aumento de judoquinhas, das

classes biribas e mirins nos torneios amistosos. Em

média essa faixa etária responde por

aproximadamente 25% do número total de

participantes.

Segundo o Delegado Regional da 1 5ª Delegacia

da Grande Campinas, Celso de Almeida Leite, nos

últimos anos o aumento de participação de crianças

nos torneios amistosos que são realizados em sua

região é bastante visível. “Há alguns anos na classe

biriba (4 e 5 anos) nem existia. Hoje nos nossos

torneios, que realizamos em média a cada 1 5 dias, a

média de judoquinhas é de 25. Se somar os judocas

da classe mirim (7 e 8 anos) esse número tem um

aumento surpreendente”, comentou o Delegado

Regional.

A visibi l idade da mídia com a modalidade, tem

contribuído para popularizar também o judô. As

federações dos estados estão se equipando e dando

subsídios para os professores se especial izarem. A

informatização, as redes sociais, a midia impressa tem

facil itado a prol iferação das informações do judô, o

que também tem ajudado na hora da escolha dos pais

em matricular seu fi lho para praticar esportes.

Não podemos deixar de citar o trabalho realizado

pela Confederação Brasileira de Judô, que trouxe

fortes patrocínios e consequentemente uma

visibi l idade especial e importante da mídia. Todo o

trabalho de desenvolvimento dos atletas de ponta da

seleção principal e de base, os resultados por eles

conquistados, trás visibi l idade e desperta interesse

nos mais jovens em tentar um dia uma vaga na

seleção. Isso também ajuda bastante no movimento e

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Matéria de Capa

Page 42: Spirit of JUDO #03

aumento da frequência de crianças nas escolas de

judô. Os eventos nacionais e internacionais realizados

pela CBJ, tem apresentado o “Judô Show” dentro das

competições, atraindo público para os ginásios, e

desse público, crianças de escolas públicas e

particulares.

Existe também uma linha definida pelo Campeão

Olímpico Rogério Sampaio, que comentou durante um

festival de judô escolar realizado no SESC

Belenzinho, na capital paul ista, sobre a importância da

criança ter vivido uma experiência com o judô, mesmo

que somente durante a infância, porque os princípios

morais da modalidade prevalecerão e mesmo longe

dos tatames essa criança no futuro irá acompanhar o

judô, seja em um torneio televisionado, seja através

de notícias na internet, jornais e revistas. Ele sempre

irá parar para ver e acompanhar. E quando tiver fi lhos,

certamente irá matriculá-lo numa escola de judô.

Fundamental também é o incentivo da famíl ia que

as crianças recebem, porém sem as cobranças e

exigências exageradas para que sejam campeões,

pois a especial ização precoce do judô pode também

acarretar o abandono precoce da criança na

modalidade.

Então, podemos arriscar uma conclusão, de que a

somatória de todos esses fatores, e mais outros que

não citamos neste texto, contribui para o sucesso e a

força que o judô infanti l tem nos dias de hoje.

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Matéria de Capa

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Page 44: Spirit of JUDO #03

Nascido em 1 960, na cidade de São Paulo, José

Jantál ia, evangélico, é jornal ista, locutor e ator, onde

realiza alguns trabalhos no teatro, televisão e no

cinema. Na área política, desde a adolescência tem

assessorado diversos parlamentares na Câmara

Municipal de São Paulo e na Assembleia Legislativa

do Estado de São Paulo. Há mais de vinte anos é

colaborador da Federação Paulista de Judô, sendo o

vice-presidente. É também colaborador da Federação

Paulista de Jiu-Jítsu e de outras entidades esportivas.

Ativista na proteção animal, participa de várias

ações em defesa dos bichos, além de administrar o

Orfanato de Animais Clory Jantál ia, no município de

Embu-Guaçu (www.orfanatodeanimais.com.br).

Na FPJ, Jantál ia sempre apoiou Francisco de

Carvalho Filho e destaca alguns pontos que

evidenciaram a gestão de "Chico", como o excelente

desempenho dos atletas paulistas em competições e a

forma como administrou a entidade. E evidencia a

grande preocupação de Francisco com a educação,

com a formação do atleta como pessoa e como ser

humano, integrando-o à sociedade com respeito e

postura diferenciada. Jatál ia ainda afirma que muitas

vezes rompeu a barreira intra-muros (atleta/pai) da

competição, colaborando e até orientando os pais na

educação e na formação do jovem, jamais l imitando-

se aos resultados de competições. São Paulo obtém

sempre os melhores resultados e este nunca foi um

Texto: Alberto Nunes Junior Foto: Everton Monteiro

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Page 45: Spirit of JUDO #03

l imite a ser abordado e sim consequência de todo um

conjunto de atitudes da direção de "Chico", pois nem

todos os jovens continuam no judô, mas levam

consigo na vida os temas abordados em suas

formações, que serão sempre de grande importância

em suas condutas no dia a dia. Essa característica se

fez marcante em todos estes anos, o que evidencia a

boa conduta e postura dos atletas, técnicos e até

mesmo dos pais de atletas de São Paulo, caso

contrário, existiria uma forte chance de tudo ser como

uma arena de gladiadores, conclui o dirigente.

Segundo ele, os grandes resultados nacionais e

internacionais dos judocas paulistas possuem

inegáveis influencias da FPJ, que com a capacitação

na formação de técnicos e professores, através do

credenciamento técnico e dos cursos de kata que está

sendo aprimorado pela nova administração com o

presidente Alessandro Puglia, afinal o aprendizado do

judô vem do mestre e do técnico. O fortalecimento da

base pelo professor e a estrutura que proporciona o

pagamento de viagens para grande parte dos atletas,

viabil izando as competições, o que antes não

acontecia. Jantál ia lembra que teve uma breve

passagem pelos tatames, com o sensei Katuo Miura,

já falecido, e destaca a grande dificuldade antes

enfrentada pelos atletas.

O fato de ter praticado muito pouco o judô lhe da

uma condição de avaliar com olhos de quem vê de

fora e não com olhos de competidor ou mesmo técnico

a grande evolução do judô paulista. “O olhar para a

arbitragem e o credenciamento técnico orquestrado

pelo Alessandro Puglia na capacitação dos

professores foi maravilhoso. Repare em toda

documentação fotográfica e note a grande adesão de

técnicos de todos os cantos do estado. Isto é incrível”,

comentou José Jantál ia.

Com muita eficiência, educação e lançando o seu

“Salve, salve amigos do esporte. Salve, salve amigos

do judô”, tradicionalmente realiza as aberturas dos

campeonatos oficiais da FPJ. Abusando do dom de

locutor, incorporou também algumas cenas nas

aberturas, como o juramento do atleta, onde os atletas

com empolgação repetem as palavras do maestro e o

“Mokusso”, momento de reflexão, o minuto de silêncio

e concentração.

José Jantál ia deseja ao novo corpo diretivo da FPJ

que jamais esqueçam os caminhos até então

conquistados, mantenham o grupo unido, focado e

com os mesmos objetivos.

Que o bem do judô prevaleça sempre na decisões

a serem tomadas, construindo assim um judô cada

vez mais forte. E que a nova administração apenas

seja uma continuidade de todo o trabalho já feito. O

vice-presidente ressalta essa transição foi conduzida

de uma forma muito tranquila e sem traumas, afinal o

"Chico" e o Alessandro Puglia possuem uma maneira

muito parecida de enxergar o judô. Desta forma limpa

e clara Puglia assume a presidência da FPJ, não

somente para agregar novas ideias e caminhos mas

para sobretudo dar continuidade a todas as atitudes

que sempre deram certo.

José Jantál ia possui um site pessoal:

www.jantal ia.com.br

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Page 46: Spirit of JUDO #03

Texto e foto: Alberto Nunes Junior

Neto de Ryuzo Ogawa, fi lho de Matsuo

Ogawa, herdeiro do nome Ogawa e do Budokan

no Brasil .

Aos seis anos de idade, Hatiro Ogawa iniciou

seus treinamentos de Judô na academia da

famíl ia – Hombu Budokan – sob o comando de

seu avô que, há mais de setenta anos fundou o

Budokan do Brasil .Para quem não sabe, não

foram poucas as vezes em que seleções

brasileiras foram compostas integralmente por

atletas fi l iados ao Budokan.Frutos desse mestre

ajudaram e ajudam – a construir o bom nome do

Brasil no exterior. Mas nem só de lembranças vive

Hatiro: foi integrante da seleção brasileira de Judô

por muitos anos até ser acometido de uma séria

contusão no ombro que forçou sua parada

prematura (aos 23 anos) quando já acumulava

importantes títulos internacionais como campeão

pan-americano, sul-americano, Copa latina e

Ibero-americano (todos na categoria sênior).Fora

tudo isso, Hatiro ocupa um lugar de honra na

história do Judô mundial: foi o primeiro adversário

do fenômeno Yasuhiro Yamashita quando, em

1 976 abriram o Campeonato Mundial Júnior, na

Espanha.

Spirit- Qual momento da sua trajetória no judô

o senhor gostaria de destacar e porque?

Hatiro- houveram varias etapas e em cada

uma eu tenho boas lembranças, de quando eu

era atleta meu inicio foi bastante difici l ,mas já aos

meus 1 3 anos comecei a conquistar diversos

titulos,até os 23 anos eu competi,quando me

machuquei só voltei a competir novamente aos 27

anos,como professor formei a equipe de São

Bernardo do Campo Juvenil onde conquistamos o

vice-campeonato brasileiro no ano 1 987,depois

no projeto futuro consegui junto de toda a equipe

executar um otimo trabalho (Rafael Silva e Felipe

kitadai) foram alguns dos destaques e na minha

passagem como presidente da FPJ, por 03 anos.

Spirit -O senhor acredita que os resultados de

um judoca acontecem , por quais motivos

específicos?

Hatiro- Até algum tempo atrás eu achava que

o atleta tinha que nascer com o don,mas a gente

começa a perceber que a diferença é que se o

atleta tiver talento é mais rápido os resultados, já

o menos talentoso se tiver dedicação,apoio dos

pais e muito empenho também consegue chegar

lá,hoje com o profissionalismo nos métodos de

treinamento é possível com determinação formar

campeões

Spirit- Tem alguma coisa que o senhor

gostaria ainda de ver acontecer no judô que ainda

não viu?

Hatiro - Eu já vi muita coisa,mas o que

realmente eu espero é que o judô não perca as

raízes,é que a essência não seja perdida é

preciso que todos os professores e os amantes

do judô tenham esta preocupação

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