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evento de no Brasil O MAIOR empreendedorismo A REVISTA DA PEQUENA EMPRESA NO PARANÁ A REVISTA DA PEQUENA EMPRESA NO PARANÁ Com uma nova estratégia, o Sebrae pretende dobrar o número de atendimento até 2010. Da escola para a empresa: os programas do Sebrae no Paraná para jovens empreendedores. NO ‘MAPA’ DA MODA: os preparativos do II Paraná Business Collection. Pela quarta vez, o Paraná é palco da Feira do Empreendedor, um evento realizado pelo Sebrae, que trará ciclos de palestras, rodadas de negócios, oficinas, clínicas e áreas de exposição para empresários e futuros empresários. E mais: oportunidades de negócios.

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Revista criada pela Editora Ecocidade para o Sebrae Paraná em 2008.

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Page 1: Soluções02 Sebrae

evento de

no Brasil

O maiOr empreendedorismo

A r e v i s t A d A P e q u e n A e m P r e s A n o P A r A n áA r e v i s t A d A P e q u e n A e m P r e s A n o P A r A n á

A r e v i s t A d A P e q u e n A e m P r e s A n o P A r A n á

Com uma nova estratégia, o Sebrae pretende dobrar o número de atendimento até 2010.

Da escola para a empresa: os programas do Sebrae no Paraná para jovens empreendedores.

No ‘maPa’ Da moDa: os preparativos do II Paraná Business Collection.

Pela quarta vez, o Paraná é palco da Feira do Empreendedor, um evento realizado pelo Sebrae, que trará ciclos de palestras, rodadas de negócios, oficinas, clínicas e áreas de exposição para empresários e futuros empresários. E mais: oportunidades de negócios.

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Editorial

edição, por exemplo, a matéria de capa aborda o direcionamento da Feira do Em-preendedor a partir de um edital para a escolha de expositores que efetivamente tragam oportunidades de negócios. No ou-tro lado do mundo, no Japão, outra matéria mostra a ação do Sebrae do Paraná junto aos dekasseguis que todos os anos enviam cerca de US$ 600 milhões para o nosso Estado. Um estudo revelou que perto de 50% deles - e são quase 70 mil originários principalmente do norte paranaense - de-sejam abrir um negócio próprio quando do retorno ao Brasil.

A ação do Sebrae paranaense, por si-nal, está extrapolando fronteiras: é só ver o trabalho que está sendo realizado dentro do projeto Ñandeva, com os artesãos na Tríplice Fronteira. E desenvolver o em-preenderismo não significa somente levar as soluções existentes, mas sempre estar atento ao que de novo surge em favor das micro e pequenas e empresas em todo o mundo.

É por isso que em junho começa a fun-cionar na sede do Sebrae Paraná o escritó-rio da Emilia-Romagna, assunto da entre-vista desta edição, com a representante da província italiana, Alessia Benizzi. Esta região da Itália possui um dos produtos internos brutos mais elevados da Europa, sustentado por uma rede formada por mi-cro e pequenas empresas. Essa é a meta: levar e trazer soluções.

Boa leitura.

O Editor

Revista SoluçõeS sebRae 4

Darci Piana Presidente do Conselho Deliberativo

Allan Marcelo de Campos Costa Diretor Superintendente

Julio Cezar Agostini Diretor Técnico

Vitor Roberto Tioqueta Diretor de Administração e Finanças

Coordenação Geral Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae no Paraná

Gerente de Marketing e Comunicação Renata Borges Todescato

Colaboradores Leandro DonattiCristiane AlmeidaGiselle LouresMonica Cubis

[email protected]://asn.sebraepr.com.br

Editora EcocidadeRua 13 de Maio, 92 - cj 25Centro - Curitiba/PR CEP - 80020-941Tel (41) 3082-8877

Jornalismo, Arte e PublicidadeEditora EcocidadeJornalista Responsável | DRT 05397Bernardo Staviski [email protected]

Impressão Gráfica Capital

Tiragem 10.000 exemplares

Periodicidade Trimestral

Muitos são os caminhos que levam ao desenvolvimento da cultura do empreendedorismo. E o Sebrae no Paraná vai trilhar por todos eles. Nesta

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Revista SoluçõeS sebRae 5Revista SoluçõeS sebRae 5

Índice

Uma Feira de OportunidadesPela quarta vez, o Paraná é palco da maior feira de empreendedorismo do Brasil. O evento trará informações para empresários e futuros empresários. E mais: oportunidades de negócios.

pg. 08

EntrevistaAlessia Benizzi fala sobre o posto avançado da Emilia-Romagna, região italiana mundialmente conhecida pela alta concentração de micro e pequenas empresas e forte desenvolvimento regional. pg. 06

Ñandeva

Um dos maiores projetos de integração de artesãos está sendo realizado na região da Tríplice Fronteira pelo Sebrae no Paraná e Itaipu. pg. 30

Ñandeva

Com perspectivas de crescimento no número de negócios, a 2ª edição do Paraná Business Collection pretende dar representatividade ainda maior no cenário nacional e internacional para a moda produzida no Estado.

pg. 25 e 42

Artigos

Agentes Locais de Inovação pg. 16Projeto-piloto que vai levar inovação para aproximadamente 1.500 micro e pequenas empresas é lançado no Paraná.

Dekassegui Empreendedor pg. 34A saga de brasileiros, descendentes de japoneses que vão trabalhar no Japão e montam um pequeno negócio no retorno ao Brasil.

Lei Geral pg. 41O Paraná é o estado brasileiro com o maior número de municípios que já implantaram a nova legislação.

Jovens Empreendedores pg. 18Programas do Sebrae criam uma cultura empreendedora junto a estudantes do ensino fundamental, médio e universitário.

Empretec pg. 38Programa em parceria com a ONU vem atraindo não só empresários e profissionais liberais, mas também empreendedores de fora do País.

Business Intelligence pg. 37Até dezembro o Sebrae no Paraná quer ter 70% dos municípios do Estado mapeados, para dar início ao estudo de um novo portfolio de soluções para pequenas empresas.

Cheques: diminua seus riscos pg. 12Saiba como evitar dores de cabeça na hora de receber cheques e aprenda como fazer o melhor controle.

Paraná Business Collection pg. 22

Leia nessa edição os artigos “A Aventura Empreendedora”, de Allan Marcelo de Campos Costa (à esq.), do Sebrae Paraná, e “A obtenção do ‘Grau de Investimento pelo Brasil’: qual foi a contribuição das micro, pequenas e médias empresas e as conseqüências dessas mudanças?”, de José Cezar Castanhar, da FGV.

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O Sebrae Paraná será sede de um posto avançado da Emi-lia-Romagna, região italiana mundialmente conhecida

pela alta concentração de micro e peque-nas empresas e forte desenvolvimento regional, sob o comando da representan-te da Emilia-Romagna para Assuntos de Cooperação Internacional, Alessia Beni-zzi. O posto é fruto de um acordo de coo-peração entre o Paraná e Emilia-Romag-na e vai servir como ponto de apoio para o desenvolvimento de projetos entre as duas regiões.

A Emilia-Romagna é uma das pri-meiras regiões da Itália em renda per ca-pita e tem sido classificada nos últimos anos como uma das 15 regiões mais ricas da Europa. Estima-se que existam mais de 400 mil micro e pequenas empresas na região, um território formado por nove províncias, com cerca de 4 milhões de habitantes. O nome Emilia-Romagna vem de uma antiga estrada que cruza todo o território e liga Roma ao centro da Europa há mais de vinte séculos. Para entender como será a atuação do escritó-rio, Soluções Sebrae ouviu Alessia Beni-zzi, ainda na Itália. A seguir, a entrevista feita por e-mail:

Revista Soluções Sebrae: Como estão seus planos e expectativas para o iní-cio de funcionamento do escritório de cooperação Paraná/Emilia-Romag-na?Alessia Benizzi: Esse ano de colabora-ção da Região Emilia-Romagna com o Sebrae Paraná vai representar uma ótima oportunidade, seja para o nosso territó-rio regional seja para o Paraná. Estamos visando uma perspectiva real de coope-ração descentralizada, aonde vão ser os mesmos territórios envolvidos na coope-ração, com os diferentes atores do mun-do produtivo-econômico, mas também social, cultural e em colaboração com as instituições que, graças às analogias e diferenças das próprias realidades, vão estudar soluções e oportunidades viáveis

para um desenvolvimento sustentável.

Revista Soluções: Que aspectos da experiência da Emilia-Romagna ser-virão de base para projetos de desen-volvimento do Paraná? Alessia: Com a Lei Regional 12/2002, sobre a cooperação internacional e des-centralizada, a região Emilia-Romagna quis formalizar uma metodologia de in-tervenção que a gente chama de “Tavoli paese”, ou seja, momentos específicos de discussão com os atores da coopera-ção descentralizada do nosso território (Prefeituras, Províncias, ONG’s, As-sociações de Volunta-riados, Universidades, Cooperativas, etc. ) para elaborar conjuntamente estratégias de interven-ção nas várias áreas que sejam importantes para interesses estratégicos, econômicos, políticos, sociais, com os quais a Emilia-Romagna está colaborando.

No caso recente da colaboração com o Pa-raná, acho que um dos indicadores de sucesso das ações que iremos re-alizar daqui para a frente vai ser, no médio e longo prazo, fazer uma refle-xão, nos dois lados da cooperação (Emilia-Romagna e Paraná) de quantos atores, e nomeadamente re-presentantes de vários interesses, a gen-te conseguiu envolver ativamente nessa colaboração.

Revista Soluções: Onde esses projetos, por afinidades, poderão ser mais bem-sucedidos?Alessia: Acho que esses projetos pode-rão ser mais bem sucedidos onde res-pondem a interesses reais e a soluções conseguintes que se baseiam nas capa-cidades dos dois territórios. A coopera-

ção começou no âmbito agroalimentar, e penso que esse seja um ótimo âmbito para começar, dado o interesse também da Região Emilia-Romagna para a agri-cultura na América Latina. Mas acho que poderemos aprofundar outros setores como a colaboração no âmbito social e ambiental, só para citar alguns exemplos.

Revista Soluções: É possível trazer para o Paraná esse conceito de em-preendedorismo como “para cada 10 habitantes há uma microempresa” e as redes de pequenas fábricas e a co-operação empresarial?

Alessia: Acho que a média e pequena empresa, foi um pouco o “segredo” da grande acelera-ção econômica e social da nos-sa Região e também da Itália toda, e ela está também muito ligada com o cooperativismo, que foi se desenvolver muito no Centro e Norte da Itália a partir dos anos 60. O Paraná tem uma realidade econômica muito dinâmica, em que já se vê a presença de grandes coo-perativas que se tornam atores de nível mundial. Acho que o Estado poderá sim se desenvol-ver com uma atenção particular para a pequena empresa, e isso significa:

● Relação e proximidade entre as unidades produtivas

● Clima de maior confiança mútua das pessoas que trabalham juntas, num clima mais familiar.

Isso acaba por transformar-se num ambiente de trabalho mais consciente das exigências dos trabalhadores, que podem se tornar atores mais ativos no processo produtivo, com o que se me-lhora a produtividade e as possibilidades de inovação na produção e de soluções mais avançadas.

Revista Soluções: Um dos pontos fun-damentais na estratégia de desenvol-

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Emilia-Romagna: “uma empresa para cada 10 pessoas”

A cooperação entre a Regione Emilia-Romagna e Estado do Paraná começou no âmbito agroalimentar, e penso que esse seja um ótimo âmbito para começar, dado o interesse também da Região Emilia Romagna para o mundo da agricultura na América Latina.

Entrevista|Alessia Benizzi

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vimento dos pequenos negócios no Pa-raná é agregar valor a produção, algo que a experiência italiana tem de me-lhor. Como trazer isso para o estado?Alessia: Essa ação que estamos reali-zando no Paraná visa estudar o modelo organizativo de consórcios (do tipo do Consórcio do Parmiggiano Reggiano) para ver como uma produção pode va-lorizar a identidade territorial de um produto. Em minha opinião, é mesmo no termo “território” que é preciso indagar o signi-ficado complexo desse tipo de ação. Porque um território significa uma complexidade emocio-nal, que vai lidar com sentimentos individuais muito profundos. Então um produto ligado a um território pode veicular uma idéia, um marco de qualidade, e também se esse território tem, por exemplo, uma conota-ção de desenvolvimento sustentável, um marco cultural (eu posso comer uma pizza em qualquer lado do mundo, mas se numa tarde de maio, no sol de Margellina, em Napoli, vou co-mer uma pizza, o sabor que ela tem e as sensações que irá despertar em mim será algo único, que não tem preço...) Então identificar um território e os mar-cos emocionais é o primeiro passo para uma ação que visa agregar valor à pro-dução. E mais: como hoje o consumidor está cada dia mais atento à qualidade real do produto, é necessário também garantir a real qualidade do produto, graças a certificações que constituem um “passaporte” completo da qualida-

de e rastreabilidade do mesmo produto.Revista Soluções: Além dos quatro projetos em execução – hortifrutigran-jeiros, comercialização de produtos alimentares, formação de dirigentes do cooperativismo e comercialização de milho e soja orgânicos, aonde a Emilia-Romagna pode ajudar em pro-jetos paranaenses?Alessia: A região Emilia-Romagna é uma das regiões mais desenvolvidas e

dinâmicas da Itália, e uma das primeiras na Europa como PIB – Produto Interno Bruto. Acho que ela está muito na vanguarda no desenvolvimento de políticas sociais e sociosanitárias, assim como nas políticas de promo-ção cultural e também turísticas. O importante, como já falei, é que qualquer tipo de ação pode nascer de um conhecimento re-cíproco dos atores responsáveis pelo desenvolvimento no âmbi-to temático escolhido, e a partir daí pode se realizar oportunas transferências de conhecimen-tos.

Revista Soluções: O modelo da Emilia-Romagna não se baseia apenas num sistema

produtivo de pequenas e médias em-presas, mas também numa combina-ção entre um governo progressista, in-tegração social e de êxito empresarial. Como trazer isso para o Paraná?Alessia: Acho que essa coisa não é pos-sível exportar, porque cada momento histórico, numa realidade específica, tem a sua peculiaridade. Mas acho que há algo de universal, que sem-pre pode ser trabalhado. Ou seja, trabalhar com as pessoas, para ver qual a resposta às novas modalida-

des produtivas, mas que sempre tem que nascer delas mesmas, com as suas espe-cificidades sociais, culturais, etc., mas que também podem ser vistas como ino-vações positivas para o trabalho mesmo.

Revista Soluções: Outro ponto básico de desenvolvimento dos pequenos ne-gócios é o acesso à informação e tec-nologia. Como isso poderá chegar ao empresário paranaense?Alessia: O encontro entre as empresas é fundamental para realizar novas solu-ções tecnológicas. No mês de outubro do ano passado uma delegação do Se-brae Paraná, onde participou também o presidente Darci Piana, representantes da Ocepar, Senar, etc., visitou algumas das melhores experiências no setor agro-alimentar da nossa Região. Acho que na oportunidade foram vistas na prática algumas soluções tecnológicas muito importantes para melhorar a produção. Estratégico nesse âmbito é também o papel da Universidade, e é por isso que o projeto tem uma ação especificamente ligada à ação da Universidade (Universi-dade de Bologna, sede de Buenos Aires) que, organizando a parte de capacitação e transferências de competências, vai po-der, quando for necessário, acompanhar também as transferências no âmbito tec-nológico ■

Quem é:Alessia Benizzi trabalha para a Região da Emilia-Romagna des-

de 2001, no setor da cooperação descentralizada. Já foi responsável por projetos nos Balcãs (Bósnia Erzegovina) e hoje é a responsável pelas relações e os projetos internacionais com o Brasil e Argentina. Ela é formada em Ciências Políticas e concluiu mestrado sobre a gestão dos financiamentos europeus e políticas comunitárias.

A formação foi feita na Universidade de Bologna, mas por dois anos ela estudou na universidade de Lisboa (ISCTE -Instituto Supe-rior de Ciências do Trabalho e Imprensa).

Foi neste período que começou a interessar-se pelos problemas das comunidades de imigrantes. Ela trabalhou com várias associa-ções de bairro de imigrantes e acabou escrevendo sua tese de licen-ciatura com o título “O impacto da imigração cabo verdiana sobre a sociedade civil portuguesa dos anos 70 a hoje”.

O encontro entre as empresas é fundamental para realizar novas soluções tecnológicas... ...Estratégico nesse âmbito é também o papel da Universidade, e é por isso que o projeto tem uma ação especificamente ligada à ação da Universidade.

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O clima é de muita expectativa para a Feira do Empreendedor 2008. E não é para menos, o Estado, que não participava do circuito nacional há quatro anos, traz, pela quarta vez,

Uma Feira de OportunidadesPela quarta vez, o Paraná é palco da maior feira de empreendedorismo do Brasil que trará informação para empresários e futuros empresários. E mais: oportunidades de negócios.

Em um único local, empresários e

futuros empresários, encontrarão

informações sobre abertura de empresas,

gestão empresarial, alternativas de negócios, novos empreendimentos,

inovações tecnológicas, acesso a mercados e ao

crédito.

este que é o maior evento de empreen-dedorismo do País. De 14 a 17 de agos-to, Londrina vai ser o cenário do que há de melhor em abertura de empre-sas, gestão empresarial, alternativas

Capa|Feira do Empreendedor 2008

de negócios, novos empreendimentos, acesso a mercados e ao crédito, ino-vação e treinamentos para estimular a cultura empreendedora.

Estão previstos ciclos de palestras, rodadas de negócios, oficinas, clínicas tecnológicas e exposições. “A Feira do Empreendedor tem sempre o ob-jetivo de fomentar o desenvolvimento e para isso é preciso estimular novas idéias, novos empreendimentos e criar oportunidades de negócios”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae no Paraná, Allan Marcelo de Campos Costa.

Mas o grande destaque desta edi-ção não vai ficar somente na enorme geração de conhecimento para em-presários de micro e pequenas empre-sas. A organização do evento não vai poupar esforços na potencialização

A Feira

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Circ

uito Nacional - Feira d

o E

mp

reendedor 2008Uma Feira de Oportunidades

O diretor-superintendente do Sebrae no Paraná, Allan Marcelo de Campos Costa, no lançamento da Feira do Empreendedor 2008 em Londrina.

da geração de oportunidades de ne-gócios. “Criamos um edital em que vamos selecionar 80 expositores que realmente possam gerar novas oportu-nidades. Um dos critérios, por exem-plo, é a clareza com que a oportuni-dade é apresentada. De nada adianta o expositor colocar uma má-quina de sorvete no estande, e quem estiver na Feira não entender se aquela máquina está à venda ou se é para ele simplesmente comprar um sorvete”, aponta o consultor do Sebrae e coordenador da comissão de organização da Feira, André Basso. “Que-remos que o empresário, ou futuro empresário, ao andar pelos estandes pare e pense: ‘é isso que eu quero fazer’”, completa André.

O edital fica aberto até dia 30 de maio para empresas de todo o Brasil que poderão participar como expositores na Feira gratuita-mente. Vale destacar que o nível de inovação também contará pontos a favor da escolha, além de propostas que sejam adequadas aos empresários de micro e pequenas empresas. So-bre a dimensão do público esperado, André Basso explica que “por ser uma grande oportunidade de expandir mercado, será muito vantajoso se tor-nar expositor. Os participantes terão grandes chances de negócios como a captação de novos sócios, revendedo-

res ou novos fornecedores. Serão 200 caravanas que virão de todo o Estado, além de termos enviado cerca de 400 mil convites com base no cadastro do

Sebrae”.Outro diferencial da

Feira serão os investi-mentos na moderniza-ção do layout e no uso de novas tecnologias. “Teremos uma rádio in-terna para facilitar a comunicação e quem estiver na Feira vai ser convi-dado a ha-bilitar seu

A Feira do Empreendedor tem o objetivo de fomentar o

desenvolvimento e para isso é preciso

estimular novas idéias, novos

empreendimentos e criar

oportunidades de negócios.

Eventos Paralelos

Paralelamente à Feira, estão previstos aproximadamente 200 eventos temáticos, que começam no dia 11 de agosto. Os eventos, como oficinas e palestras mag-nas (para cerca de 800 pessoas), tratarão de temas diversos como e-commerce, inovação e tecnolo-gia, qualidade e meio ambiente, marketing, crédito e capital de ris-co, finanças, agronegócio, tendên-cias e oportunidades, dekasseguis e empreendedorismo, também acontecem no CEEL.

Campo Grande – MS3 a 6 de julho

Belém - PA9 a 13 de julho

Fortaleza - CE23 a 26 de julho

Londrina - PR14 a 17 de agosto

Florianópolis - SC21 a 24 de agosto

O circuito da Feira do Empreendedor já tem calendário definido para 2008. O evento que

leva capacitação e oportunidades de negócios será realizado em 12 cidades

das cinco regiões do País. São elas:

Aracaju - SE 28 a 31 de agosto

Belo Horizonte - MG02 a 05 de setembro Palmas - TO18 a 21 de setembro Caruaru - PE23 a 26 de outubro Teresina - PI5 a 9 de novembro

Mossoró - RN 19 a 22 de novembro Porto Alegre - RS20 a 23 de novembro

A Feira

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Capa|Feira do Empreendedor 2008

bluetooth para receber informações atualizadas a cada momento. Também teremos tótens ele-trônicos fazendo a sinalização, além de redes wi-fi”, comple-ta André.

O consultor do Sebrae também ex-plica que a escolha de Londrina, como cidade-sede da Feira do Empreendedor, se deve a uma estraté-gia do Sebrae Nacio-nal em estimular a ida do evento para o interior, de uma arti-culação de entidades parceiras como o Londrina Convention & Visitors Bureau, e também do de-sejo da Diretoria Executiva do Sebrae no Paraná. A cidade é pólo de uma ma-crorregião que abrange 4,5 milhões de

Local Centro de Eventos de Londrina – CEEL

Eventos paralelos início 11 de agosto

Abertura oficial 14 de agosto (quinta-feira) 19 horas

Horários de Funcionamentodias 14, 15 e 16/agosto (quinta-feira a sábado), das 14h às 22hdia 17/agosto (domingo), das 14 às 20 horas

www.sebraepr.com.br/feira2008

Os participantes terão grandes chances de negócios como a captação de novos sócios, revendedores ou novos fornecedores. Serão 200 caravanas que virão de todo o estado.

pessoas e é a 34ª cidade em potencial de consumo no Brasil, responsável por 7% de todo o poder de compra no Para-ná. É conhecida, ainda, como um centro de referência no País nas áreas médica e odontológica, centro de pesquisa e tecnologia em agronegócio e pólo uni-

versitário da Região Sul, com 15 instituições de ensino superior.

Desde 1994, o Sebrae Nacio-nal realiza anualmente a Feira do Empreendedor nos diferentes es-tados e regiões por meio de um circuito nacional. Já aconteceram mais de 80 edições com mais de 1,5 milhão de visitantes e 400 mil empreendedores capacitados. O público que participa dos even-tos realizados em todo o Brasil é formado na sua maioria por pessoas interessadas em abrir um novo negócio (49%). Outros 20% em média procuram a Fei-

ra para aprimorar suas atividades e outros 31% são apenas visitantes. A Feira tem tido grande sucesso nos di-ferentes estados e regiões do País. Para Londrina, o público estimado é de 12 mil visitantes ■

Na foto, a entrada principal do Centro de Eventos de Londrina (CEEL), onde será realizada a Feira do

Empreendedor 2008.

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Capa|Feira do Empreendedor 2008

● Pólo de macrorregião que abrange 4,5 milhões de pessoas; ● 34ª cidade em potencial de consumo no Brasil e responsável por 7% de todo o poder de compra de Estado do Paraná; ● Pólo Universitário importante na Região Sul, pois conta com 15 instituições de ensino superior, sendo que dentre elas destacam-se a Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná; ● Centro de referência no País nas áreas médica e odontológica; ● Pólo de pesquisa e tecnologia no agronegócio.

LondrinaLondrina é uma cidade

jovem que cresce a cada dia, com uma população formada por 40 etnias dife-

rentes, provenientes de todas as partes do mundo. A isso se

deve a riqueza cultural desta ci-dade cosmopolita que está sem-

pre aberta a todos que a visitam.Colonizada pelos ingleses, Lon-

drina se desenvolveu graças ao café e à dedicação de vários povos. A cidade é re-

conhecia pela sua excelência em telecomu-nicações, pelo arrojo cultural e científico, pela

presença na cidade de respeitadas universidades, centros de pesquisa e empresas e pela alta qualidade de serviços prestados nas áreas médicas, científicas e tecnológicas.

Localizada no norte do Estado do Paraná, Londri-na é considerada a cidade da cultura, dos festivais, da agropecuária e dos grandes eventos.

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (150 KM)

Escritórios do Sebrae no Paraná

Feira do Empreendedor 2008

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Cheques: diminua seus riscos Muito importante para o comércio, o recebimento de cheques ainda dá motivos para muitas dores de cabeça. Saiba como evitá-las.

Os primeiros registros sobre o uso de cheques, recebidos por senhores que depositavam seu ouro nas chamadas oficinas de ourives, são da Idade Média (1762, na Inglaterra). Com os problemas inerentes à

falta de fundos, não tardou muito e uma legislação sobre o tema surgiu na França, em 1865. Daquele tempo até os dias de hoje, o cheque é uma ordem de pagamento, con-feccionada em papel, sobre fundos deposi-tados pelo emitente em sua conta bancá-ria e um dos meios de pagamentos que mais dão dor de cabeça aos empresários.

A modernização dos bancos e do co-mércio pela infor-matização vem gra-

dativamente reduzindo o seu uso, pela maior facilidade de manuseio e segurança do chamado dinheiro de

plástico, como são conheci-dos os cartões de crédito e débito. No entanto, calcula-se que uma taxa que varia entre 20% a 30% das vendas ainda é realizada pela via do pagamento em cheques. Pela importância que ainda possuem, portanto, prin-cipalmente por facilitar as vendas a crédito evitando a emissão de carnês, o Ina-demp – Instituto Nacional de Defesa dos Empresários, com sede em Brasília, elabo-

Embora os cartões hoje já dominem a maioria das transações, os cheques ainda são bastante utilizados porque as taxas cobradas pelas administradoras chegam a 4% do valor.

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Com duas lojas em Curitiba, uma no Shopping Crystal e outra num prédio no calçadão da Rua XV de Novembro, o comerciante Camilo Turmina está no ramo de jóias há mais de 30 anos e, para evitar perdas e a inadimplência com cheques devolvidos, adotou uma medida radical: suas joalhe-rias há algum tempo não aceitam receber pagamentos em cheque superiores a R$ 200,00. “Com certeza reduzi meu risco de per-das ao mínimo com essa medida simples”, diz ele, acrescentando que toma todas as precauções possíveis nesse tipo de venda. “O problema maior é que juridica-mente um cheque tem poucas ga-rantias efetivas de recuperação,

é muito vulnerá-vel. Há alguma pressão dos ban-cos em cima do correntista, mas é pequena”, diz

Camilo Joalheiros

Recebimentos:À Vista – 0,32%15 dias – 0,52%30 dias – 1,23%60 dias – 1,59%90 dias – 3,57%120 dias – 5,83%150 dias – 6,92 %180 dias – 8,50%

rou e está divulgando uma série de dicas para reduzir os riscos do “ca-lote”, e as maneiras do comerciante evitar os prejuízos, recebendo as dí-vidas originárias de cheques devol-vidos por falta de fundos pelas vias legais.

O diretor-executivo do Inademp, José Carlos Lino Costa, explica, por exemplo, que “quando o empresário cobrar de seus clientes os valores envolvidos em cheques devolvidos, a medida cabível con-tra o inadimplente será uma ação de execução ou uma ação monitó-ria, mas nunca um pro-cedimento criminal”. Segundo ele, embora os cartões hoje já do-minem a maioria das transações entre lojas e consumidores, “os cheques ainda são bas-tante utilizados por-que as taxas cobradas pelas administradoras

O problema maior é que juridicamente um cheque tem poucas garantias efetivas de recuperação, é muito vulnerável. Há alguma pressão dos bancos em cima do correntista, mas ela é pequena.

chegam a 4% do valor da compra, descontados do lojista. Então mui-tos preferem receber cheques pré-datados”.

De fato, os números da Serasa comprovam isso, mas embutem uma boa notícia. No primeiro trimestre de 2008, o volume de cheques de-volvidos por insuficiência de fundos a cada mil compensados diminuiu 2,9% em relação aos três primeiros meses de 2007. Houve 19,8 cheques

devolvidos por mil com-pensados no acumulado de janeiro a março de 2008, ante 20,4 no mesmo pe-ríodo de 2007. No total, foram 359,61 milhões de cheques compensados em todo o País, no acumulado dos três primeiros meses de 2008, com 7,11 mi-lhões. No primeiro trimes-tre de 2007, foram com-pensados 395,11 milhões de cheques, dos quais 8,06 milhões devolvidos por in-

O empresário do ramo de jóias Camilo Turmina: “reduzi meu risco de perdas ao mínimo”.

ele. “Depois, entrar na Justiça para receber valores pequenos acaba saindo muito mais caro”, acrescenta.

Camilo recorda que, há al-guns anos, de cada dez cheques que recebia um voltava e que hoje a sua inadimplência é qua-se zero porque 50% das suas vendas nas duas joalherias são feitas com cartão de crédito, com índice zero de inadimplên-cia; 30% com cheques; 10% com carnês; e 10% são vendas à vista. “O movimento de ven-das com o uso de cheques tem apresentado queda de 20% ao ano e acho que irá cair mais ainda porque uma das últimas classes a ser atingida pelo uso do cartão – a dos aposentados – agora não precisa mais usar cheques pré-datados nas suas compras. É só uma questão de tempo para o movimento com cheques ficar irrisório”, conclui.

Serviço|Diminua seus riscos com cheques

Índice do risco de devolução de cheques

Fonte Serasa

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suficiência de fundos.Para a Serasa, a inadimplência com

o uso de cheques caiu devido às me-lhores condições do consumidor, em termos de emprego e renda e porque a maior oferta de crédito a

prazos cada vez mais longos tem facilitado a organização financeira de parte dos consumidores. Além disso, o crescimento de outras mo-dalidades de financiamento está absorvendo a inadimplência antes verificada no cheque. O recorde histórico de devoluções ocorreu em março de 2006, quando foram alcan-çados, para cada mil compensados, 24,3 cheques devolvidos.

Os franceses dizem que a palavra cheque é originária da expressão in-glesa to check – verificar, conferir e os ingleses dizem que é do fran-

cês ichiquier, tabuleiro de xadrez, correspondendo ao formato das me-sas usadas pelos banqueiros. Seja como for, ainda vai demorar para perder sua importância nas relações comerciais. Em março passado, os cheques sem fun-dos tiveram o maior peso na inadimplên-cia dos consumidores segundo a Serasa. O segundo maior índice na representatividade da inadimplência de pessoa física ficou com as dívidas com cartões de cré-dito e em terceiro com as financei-ras.

Por isso a importância das dicas

que o Inademp elaborou. Abaixo, as mais importantes:

● O cheque é um meio de paga-mento à vista, disciplinado pela Lei n° 7.357/85.

● A aceitação do che-que não é obrigatória pelo comerciante, mas uma vez que aceite este meio de pa-gamento deverá fazê-lo a todos os clientes, não po-dendo fazer discriminação de qualquer espécie ao con-sumidor, como exigir tempo mínimo de conta corrente, ou só aceitar as modalidades de cheque “especiais”.

● Para receber o cheque é lícito ao comerciante exigir um cadastro prévio do consumidor, exigir os do-cumentos pessoais do cliente, fazer

Como receber cheques com segurança

Foram 359,1 milhões de cheques compensados em todo o Brasil, no cumulado dos três primeiros meses de 2008.

● Confira se o cheque foi corretamente preenchido.

● Solicite ao cliente a apresentação do cartão do banco e do documento de identidade - original ou cópia autenticada.

● Confira os números do RG e do CPF e a assinatura que estão no cheque com os que constam em outros documentos e no cartão do banco.

● Verifique se a foto no documento é do emitente ou se tem sinal de adulteração.

● Consulte uma das centrais de proteção aos cheques - Serasa, SPC ou outra de sua preferência. Elas possuem informações sobre emitentes de cheques sem fundos cadastrados no Banco Central (CCF), de cheques sustados e cancelados por roubo ou outras irregularidades, a exemplo de CPFs que tenham sido cancelados pela Receita Federal. Em caso de desconfiança, solicite ao emitente que assine também no verso do cheque e compare as assinaturas.

● Anote no verso do cheque os números de telefone e do RG do emitente. Se necessário, ligue no ato para confirmar a validade do telefone informado. Persistindo a dúvida, condicione a venda à prévia compensação do cheque.

● Tenha muito cuidado ao receber cheques previamente preenchidos e assinados.

● Não aceite cheques rasurados. Eles podem ser devolvidos pelos bancos.

● Se o cheque estiver amarelado, envelhecido ou desgastado, desconfie, pois pode ser de conta inativa ou encerrada.

● Tome essas precauções mesmo com cheques de pequeno valor. Redobre a cautela no caso de cheques pré-datados. Lembre-se que cheque pré-datado é concessão de crédito, exigindo, portanto, maiores informações sobre o emitente.

● Explique sempre que os procedimentos adotados têm por objetivo proteger pessoas honestas como ele, evitando a circulação de cheques roubados e falsificados.

Serviço|Diminua seus riscos com cheques

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Revista SoluçõeS sebRae 15Revista SoluçõeS sebRae 15

A irresponsabilidade de algu-mas instituições financeiras na hora de cumprir metas de abertu-ras de novas contas com direito à farta e desatenta distribuição de ta-lonários de cheques trouxe, há al-guns anos, tantos problemas para os comerciantes de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, ao ponto da Câmara de Dirigentes Lojistas local ter de intervir e solicitar à instituição que avaliasse melhor para quem estava fornecendo os talonários. “De cada dez cheques que recebíamos, cinco estavam voltando e com poucas chances de não resultar em prejuízos”, conta Denise Schmae-decke, que junto com o irmão Alexandre dirige

o empreendimento fundado pelos

pais há 36 anos na cidade – a ADS Cal-çados e Confecções. “Tivemos de redo-

brar os cuidados porque, para nós, o cheque ainda é importante fator de venda a prazo. Em cidades pe-quenas há ainda muita gente que tem receio do cartão de crédito”, acrescenta.

Atualmente, a empresa registra uma média de um cheque devol-

vido para cada 30 operações realiza-das e Denise conta que um dos pontos fundamentais da redução da inadim-plência por essa via foi a participação deles no progra-ma VarejoMAIS – Mais Vendas, Mais Competitividade, executado pelo Sebrae em parce-ria com o Sistema Fecomércio. “Foi fundamental por-

que aprendemos a lidar melhor com a área financeira em termos de vendas. Foi muito importante aprender a fazer uma melhor análi-se do crédito e do perfil do cliente. Conseguimos muito mais profun-didade nas informações e nisso o VarejoMAIS colaborou bastante”, conta ela. Hoje 20% das vendas da ADS Calçados e Confecções são realizadas via cheque, 30% via cartão de crédito, 40% via carnês e 10% são vendas à vista.

A empresária Denise Schmaedecke: “De cada dez cheques que recebíamos, cinco estavam

voltando”.

ADS Calçados e Confecções

Tivemos de redobrar os

cuidados porque, para nós, o

cheque ainda é importante

fator de venda a prazo. Em cidades

pequenas há ainda muita

gente que tem receio do cartão

de crédito.

consulta dos dados do cliente e do cheque junto ao SPC, SERASA, CADIN, etc, e só vender a quem não tenha restrição.

● Os cheques podem ser preen-chidos com caneta de qualquer cor, porém na microfilmagem só azul ou preto aparecem, e se ficar ilegível o banco pode recusar o pagamento. Na dúvida não use outras cores.

● Um cheque pré-datado rece-bido pelo comerciante, caracteriza um contrato tácito com o cliente de que ele só poderá ser depositado na data descrita no cheque. Seu depó-sito antecipado constituirá quebra de contrato e sujeitará o lojista a responder por danos materiais e morais.

● O prazo para apresentação do cheque ao banco é de 30 dias se emitido na mesma cidade e 60 dias se emitido em cidade diferente. Em 6 meses o cheque prescreve para execução judicial, porém o lojista ainda terá 10 (dez) anos para rece-ber o cheque através de uma ação normal de cobrança, onde deverá

juntar além do cheque o motivo da dívida (nota fiscal, por exemplo).

● O protesto do cheque não é obri-gatório para posterior ação judicial, porém se o comerciante desejar fazê-lo deverá respeitar os prazos de 30 (trinta) dias se o cheque for da mesma cidade e 60 (sessenta) dias se o cheque for de outra cidade.

Como receber cheques com segurança

● O comerciante deve estar aten-to com cheques de conta conjunta, pois os Tribunais já decidiram que só quem emitiu o cheque responde por ele ou pode ser negativado junto ao CCF, SPC, SERASA etc. Se o co-titular for cobrado por um cheque que não emitiu, poderá processar o comerciante por danos morais ■

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Agentes do crescimento econômicoO Sebrae no Paraná deu início, no dia 5 de maio, ao projeto-piloto ‘Agentes Locais de Inovação’. A estratégia é informar micro e pequenas empresas sobre a importância da inovação na gestão empresarial, para alcançar novos patamares de desenvolvimento e competitividade. O que é, afinal de contas, inovação? Diferente do que pensamos em um primeiro momento, inovação não se refere apenas àquelas invenções

Inovação|Agentes Locais de Inovação

Foi feita uma seleção entre 1.250 profissionais inscritos, dentre os quais chegamos aos 40 que aqui estão hoje e começam a se preparar para atuar nas empresas. Queremos atender, assim, em torno de 1.500 empresas paranaenses que terão mais acesso à inovação.

revolucionárias que promoveram mu-danças históricas de paradigmas. A ino-vação pode se dar pela simples melhoria de um processo, de uma forma de pensar e agir, e que pode gradualmente agregar valor a produtos já existentes e a com-petitividade. A Índia, por exemplo, aca-bou de se converter no maior exportador de medicamentos genéricos e o segun-do de software, criando mais de 1 mi-lhão de empregos diretos de alto valor. Tudo graças a uma mudança estratégica focada na inovação. Não é à toa que a economia da Índia, uma das novas lo-comotivas do mundo globalizado, vem mantendo uma média de crescimento do PIB de 9% anuais - o Brasil cresceu em média 3,6% nos últimos anos.

Um exemplo mais nítido do que faz

esse país asiático é que, há cerca de seis anos, começou a criar uma série de me-canismos para atingir a inovação e, entre eles, um que teve destaque foi o emprego de agentes que levariam conhecimento a determinados setores, possibilitando uma maior produtividade. Para isso o território indiano foi dividido em cinco mil pedaços e para cada localidade fo-ram selecionados e capacitados agentes locais de inovação.

Esse tipo de estratégia foi impor-tante porque na Índia, assim como no Brasil, os centros tecnológicos, as uni-versidades e uma série de outras insti-tuições que têm o co-nhecimento não estão distribuídas por todo o território de maneira homogênea. Elas estão predominantemente nas capitais ou em cen-tros mais avançados. Por isso, o papel do agente de levar o mun-do do conhecimento às empresas foi tão signi-ficativo.

Com o mesmo en-tusiasmo do país lá do outro lado do mundo, o Sebrae no Paraná deu início, no dia 5 de maio, ao projeto-piloto

‘Agentes Locais de Inovação’. Contan-do com a parceria do Sebrae Nacional e da Fundação Araucária, e com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná, a estratégia é informar micro e pequenas

empresas sobre a importância de inserir a inovação na gestão empresarial e, com isso, permitir que as empresas alcancem novos patamares de desenvolvimento e competitividade.

O lançamento marcou o iní-cio da capacitação dos agentes locais de inovação, profissionais graduados em administração e engenharias, formados por um período máximo de até três anos, para sensibilizar empresários de micro e pequenas empresas sobre a cultura da inovação e a necessidade de investir soluções inovadoras ligadas à gestão, de-senvolvimento de produtos, pro-cessos e serviços. “Foi feita uma seleção entre 1.250 profissionais

Capacitação dos agentes locais de inovação: profissionais graduados em administração e engenharias, formados por um período máximo de até três anos.

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O engenheiro agrônomo Pedro Henrique Ferroni é um dos participantes que está sendo capacitado para se tornar Agente Local de Inovação em Jacarezinho:“Para mim, profissionalmente, é uma escola. Você precisa dessa aprendizagem de empreendedorismo e inovação para o futuro na carreira” .

Aprendizagem

Atuação do Projeto-Piloto

inscritos, dentre os quais chegamos aos 40 que aqui estão hoje e começam a se preparar para atuar nas empresas. Que-remos atender, assim, em torno de 1.500 empresas paranaenses que terão mais acesso à inovação”, diz o diretor-técnico do Sebrae no Paraná, Julio Cezar Agos-tini, no início da capacitação.

Já o diretor-técnico do Sebrae Na-cional, Luiz Carlos Barboza, que tam-bém estava presente no lançamento, salientou a importância desses agentes como um canal de co-municação entre os empresários e o meio acadêmico. “Vocês serão os interlocutores entre es-ses dois mundos, o da micro e pequena empresa e o mundo do conhecimento. O desafio para o desenvolvimento é como trans-formar o conhecimento em de-cisões apropriadas para que as empresas sejam bem-sucedidas no mercado.”

Agora que a indústria brasi-leira dá sinais de reaquecimento, temos uma oportunidade e um desafio pela frente: sustentabili-dade. Só a inovação tecnológica incessante, incorporada à rotina

O projeto será primeiramente im-plantado no Paraná e Distrito Federal e está incluído na prioridade do Sebrae em aumentar o número de micro e pequenas empresas inovadoras no País. No Distrito Federal, o atendimento do Programa será focado em empresas da área de constru-ção civil, vestuário e confecção, açou-gues, mercearias e verdurões. No Paraná, o atendimento será na área de construção civil, vestuário e alimentos. “Escolhemos esses três setores porque são considera-dos estruturantes dentro da economia do Estado, pois possuem uma alta densidade econômica e social. Além de existir uma boa distribuição espacial desses três seto-res”, diz o coordenador estadual do Pro-grama e consultor do Sebrae no Paraná, Olávio Schoenau. “O que queremos é que o empresário passe a tratar a questão da inovação como algo rotineiro, assim como ele faz a gestão de recursos humanos e da produção”, completa o coordenador.

Cerca de 20 municípios paranaenses serão atendidos pelos agentes locais de inovação que irão a campo após a capaci-tação. Entre as atividades, está a elabora-ção de um diagnóstico, que vai identificar qual é o estágio de inovação da empresa e o desenvolvimento de um plano de ação, estruturado com o empresário, para im-plantar soluções inovadoras no ambiente empresarial, e ainda, auxiliar na aproxi-mação dos empresários junto a entidades

de fomento em tecnologia. Todo o trabalho dos agentes locais de inovação será monitorado por técnicos do Sebrae.

A execução das atividades do projeto-piloto ‘Agentes Locais

de Inovação’ está prevista para acontecer em um ano, perí-

odo no qual cada agente local de inovação fi-

cará responsável por atender 50 empre-sas. Após esse pe-ríodo, os resultados do projeto-piloto serão avaliados e esse levantamen-to servirá de base para analisar a viabilidade de am-pliação do projeto-

piloto em outros es-tados brasileiros.

das empresas e do sistema de edu-cação, pode tornar sustentável esse processo. Estamos falando de uma nova mentalidade, de uma mudança que não é puramente econômica nem política - é cultural também. O Bra-sil precisa se transformar no Brasil da Inovação Tecnológica, sob pena de perdermos novamente a opor-tunidade de assegurar competiti-vidade à nossa economia ■

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deve ser estimulado desde cedo, ainda nos meados da vida aca-dêmica e não apenas quando se inicia no mercado de trabalho. Com esse norteador, o Sebrae no Paraná vem desenvolvendo al-guns programas como a Agência Juvenil de Empreendedorismo, o Desafio Sebrae e o Programa Jo-vem Empreendedor, realizados em vários municípios do Estado. “Atualmente são mais de 10 mil jovens participando desses três

Da escola para a empresaSeja no ensino fundamental, no ensino médio ou na universidade, o Sebrae está presente na criação de uma cultura empreendedora, mostrando aos jovens que eles podem inventar o seu próprio trabalho e potencializar suas características empreendedoras.Como insistem os franceses, a primeira tarefa para se estimular uma cultura empreendedora - condição essencial para a dinamização da economia - é desenvolver um esprit d’enterprise. E

programas e temos a certeza que aqueles que passaram ou estão envolvidos são jovens diferencia-dos, exatamente porque tiveram a oportunidade de aprender a pensar e aprender a agir como empreen-dedor. Isso faz a diferença”, conta Agnaldo Castanharo, gerente da Unidade de Apoio a Projetos do Sebrae no Paraná. “Sabemos que hoje, as empresas têm muita difi-culdade em criar novas vagas de emprego. Esses programas bus-cam mostrar aos jovens que eles podem criar o seu próprio traba-lho e potencializar as característi-cas empreendedoras que possuem. Assim eles podem planejar e criar o seu próprio futu-ro”, completa.

O Programa Jo-vens Empreende-dores visa desen-volver habilidades e m p r e e n d e d o r a s ainda no período escolar. Durante o programa, os alu-nos têm a oportuni-dade de vivenciar a rotina de uma

pequena empresa, produzindo, definindo estratégias, rea-lizando negócios e admi-nistrando. “Em parceria com as prefeituras munici-pais e escolas, capacitamos professores para que esses repassem aos seus alunos as características do com-portamento empreendedor. Cerca de 100 municípios já participaram desse Progra-ma e hoje está sendo rees-truturado para chegarmos

Jovens Empreendedores|Da escola para a empresa

Atualmente são mais de 10 mil jovens participando desses três programas e temos a certeza que aqueles que passaram ou estão envolvidos são jovens diferenciados.

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Desafio universitário - Acadêmicos têm a

oportunidade de aprender com jogo virtual

a 120 cidades”, diz Castanharo. Outra ação do Sebrae no Para-

ná nesse sentido é a Agência Ju-venil, um programa em parceria com Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC) e que conta com o apoio do Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID), em que jovens são qualificados para que possam gerenciar relações e com-petências individuais e coletivas, necessárias no mercado de traba-lho e também promover o capital

social em suas comunidades, nas quais eles posteriormente poderão atuar repassando conceitos apren-didos a outros jovens. “Os jovens deslumbram novas oportunidades, têm acesso a informações, criando uma nova visão que será funda-mental no ingresso ao mercado de trabalho, tanto como donos de um negócio como repassadores dos conceitos de empreendedorismo”, ressalta o consultor na Regional Noroeste do Sebrae, Joversi Re-zende.

O Desafio Sebrae leva aos universitários a

oportunidade de conhecerem na prática a vivência do

dia-a-dia empresarial. Os alunos enfrentam condições corriqueiras na vida de um empresário, como a tomada de decisões, os investimentos em matéria-prima e infra-estrutura, a contratação de

mão-de-obra, etc.

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E quem não co-nhece o Desafio Sebrae, o maior jogo virtual de em-preendedorismo do mundo? Esse talvez seja o Programa que mais mobiliza jovens empreendedores no Brasil. Agora, no fi-nal de abril, o Esta-do ficou em segun-do lugar com maior número de inscritos (12.165 candidatos), bem acima das ex-pectativas, já que em 2007 foram qua-se 8 mil inscrições. Fábio Rodri-gues Carlos, um dos ganhadores da etapa estadual de 2003, lembra

O Programa Dom Empreen-dedor, uma parceria do Sebrae no Paraná com a instituição de ensino Dom Bosco, oferece aos alunos uma formação completa e diferenciada, onde empreender é tão importante quanto apren-der. O objetivo do projeto é dis-seminar a cultura empreendedo-ra entre os estudantes do ensino fundamental, a fim de despertar nesses alunos a iniciativa na busca de possibilidades de inser-ção no mercado de trabalho, por meio da criação de seus próprios negócios. Utilizando metodolo-gia desenvolvida pelo Sebrae,

Alunos do Primeiro Grau do Colégio Dom Bosco: empreendedorismo desde criança.

Feira do Empreendedor Dom Bosco Parceria do Sebrae no Paraná com Dom Bosco oferece aos alunos formação diferenciada, disseminando a cultura empreendedora.

que contempla a vivência do alu-no em cada fase do curso, o pro-grama de empreendedorismo foi implantado pela primeira vez em uma escola do Paraná, no início de 2005, nas sedes do Colégio Dom Bosco, em Curitiba, e hoje já chega ao Brasil inteiro.

Na Feira do Empreendedor Dom Bosco, que faz parte do Programa Dom Empreendedor, foram realizadas atividades es-pecíficas para cada uma das séries do ensino fundamental. Na 1ª série (Doce Mundo das Balas), as crianças conheceram o empreendedorismo e as eta-

como a participação foi sig-nificativa para sua carreira profissional. “Desde os 16 anos eu sempre trabalhei com vendas, e com muito sucesso na minha atividade. Mas foi com o jogo que eu percebi que poderia abrir muito mais meus horizon-tes. Poderia buscar novas habilidades de atuação, me aperfeiçoar. No começo foi uma brincadeira, mas a par-tir das primeiras decisões, começamos a nos engajar e a própria experiência viven-ciada fez com que a gente pensasse diferente”. Hoje

Fábio é coordenador de vendas em uma loja de ferragens e dá aula de administração no Senai, além de

fazer um MBA em Gestão Empre-sarial. “O Desafio Sebrae leva aos universitários a oportunidade de conhecerem na prática a vivência do dia a dia empresarial. Os alunos enfrentam condições corriqueiras na vida de um empresário, como a tomada de decisões, os investi-mentos em matéria-prima e infra-estrutura, a contratação de mão de obra especializada, a formulação dos preços de custo e venda dos produtos, além das variantes que o mercado oferece no dia a dia em-presarial. E os obstáculos estão aí para serem superados. Quem enxer-ga essas barreiras e busca ir além está mais apto a vencer”, destaca a consultora do Sebrae, Maria Ozélia de Souza, coordenadora estadual do Desafio Sebrae no Paraná ■

Foi com o jogo que percebi que poderia abrir muito mais meus horizontes... ...No começo foi uma brincadeira, mas a partir das primeiras decisões, começamos a nos engajar e a própria experiência vivenciada fez com que a gente pensasse diferente.

Jovens Empreendedores|Da escola para a empresa

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Feira do Empreendedor Dom Bosco

pas de um Plano de Negócios, vivendo o processo de montagem de uma loja de balas. O tema trabalhou com compras, vendas e manipulação de dinheiro, que despertam interes-se nessa faixa etária. Na 2ª série (Mundo do Faz de Conta), as crianças conheceram o empreendedorismo e as etapas de um plano de negócios, vivendo o processo e a mon-tagem de uma Ofici-na de Divertimentos onde os brinquedos, elaborados com mate-rial reciclável, foram comercializados na úl-tima Feira. Na 3ª série (Praticando a Nature-za), os alunos monta-ram uma feira de pro-dutos naturais, frutas, legumes, hortaliças e sucos na escola onde aprenderam sobre clientes, concorrentes e produtos. Na 4ª série (Locadora de Gibis), sensibilizou-se as crianças sobre o empreendedoris-mo, por meio da montagem de uma loca-

dora de gibis. As crianças tiveram oportunidade de vivenciar o processo de planejamento e funcio-

namento da em-presa. Na 5ª série (Quem Sabe Faz a Hora), o objeto do negócio foi a montagem de um produto artesanal (relógio), com o objetivo de de-senvolver o em-preendedorismo e a criatividade dos alunos. Na 6ª série (Oficina de Estamparia), foram trabalhados, com mais detalhes, todos os itens do plano de negócio e seus aspec-tos comportamentais (motivação, iniciativa e tomada de decisão) e os alunos confeccionaram ca-misetas. Na 7ª série (Showroom

do Papel), foram trabalhadas questões relativas ao meio ambiente, relacionan-do este assunto com os tipos de negó-cios sobre reciclagem de papel. Neste processo, os alunos aprenderam a criar

Fábio Rodrigues Carlos, um dos ganhadores da

etapa estadual: “a própria experiência vivenciada fez com

que a gente pensasse diferente”.

O objetivo do projeto é

disseminar a cultura

empreendedora entre os jovens de

1ª a 8ª séries, a fim de despertar

nos alunos a iniciativa na busca

de possibilidades de inserção no

mercado de trabalho, por meio da criação de seus próprios negócios.

papeis de carta, porta-retratos e cader-netas de papel reciclado. E na 8ª série (Desenvolvendo empreendedores), o foco, neste último módulo, foi o de-senvolvimento da iniciativa do aluno. Diferentemente das outras etapas, o próprio grupo decidiu sobre o ramo de atuação do negócio. A partir de uma idéia individual ou coletiva, os alunos trabalharam todas as fases, até a con-clusão do plano de negócios.

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última semana de julho, no entanto, deverá conferir também ao Estado o título de pólo produtor de moda. A

No ‘mapa’ da moda e dos bons negóciosCom perspectivas de crescimento no número de negócios, o II Paraná Business Collection, de 28 de julho a 1º de agosto, pretende dar representatividade ainda maior à moda paranaense no cenário nacional e internacional.

As 150 milhões de peças produzidas por ano já transformam o Paraná num dos maiores pólos nacionais de produção da indústria da confecção – só perde para São Paulo. Já a

expectativa sobre a data é do Sebrae no Paraná, do Conselho Setorial de Moda do Paraná e da Federação das Indús-trias do Estado do Pa-raná (FIEP), respon-sáveis pelo II Paraná Business Collection, que acontece de 28 de julho a 1º de agos-to em Curitiba, no Centro de Conven-ções Horácio Sabino Coimbra (CIETEP). O evento, que con-grega marcas de todo o Paraná, pretende superar os números do ano passado,

quando foram fechados R$ 2,5 mi-lhões em negócios, e cerca de 15 mil

pessoas circularam no even-to. “Este ano a idéia é mul-tiplicar exponencialmente esses números, já que es-tamos fazendo um trabalho ainda maior de seleção dos compradores. Queremos ter certeza de que aqueles que forem escolhidos serão os mais qualificados para o perfil de expositores. Acre-ditamos assim que a gera-ção de negócios vai ser uma grande surpresa”, avalia o coordenador estadual do

Vestuário do Sebrae no Paraná e co-ordenador da Comissão de Business do evento, Edvaldo Corrêa.

A partir dessa seleção, serão tra-zidos 140 compradores, dentre os quais 40 serão VIPs – o ano passa-do foram 23 VIPs – além de alguns jornalistas e compradores interna-cionais, selecionados em parceria com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). “O Paraná Business Collection é uma ação integrada entre as várias regiões que compõem o ‘mapa’ da moda paranaense e dará sustenta-ção às conquistas já alcançadas pelo setor do vestuário, além de ampliar

O Paraná Business Collection é uma ação integrada entre as várias regiões que compõem o ‘mapa’ da moda paranaense e dará sustentação às conquistas já alcançadas pelo setor do vestuário.

Moda&Negócios|Paraná Business Collection

O diretor de Administração e Finanças do Sebrae no Paraná, Vitor Roberto Tioqueta: “O evento é uma ação integrada entre as várias regiões que compõem o ‘mapa’ da Moda Paranaense”.

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No ‘mapa’ da moda e dos bons negócios

V Prêmio João Turin de moda

O V Prêmio João Turin de Incentivo aos Novos Designers de Moda, que vai ser realizado paralelamente ao II Para-ná Business Collection, é um concurso direcionado aos estudantes dos cursos de Moda - Superior e Profissionalizante - de todo o Paraná. O tema desta edição é A MODA É A NOSSA BANDEIRA e a inspiração é a bandeira do Estado do Paraná. A final do concurso será com desfile temático. Os trabalhos dos doze finalistas serão apresentados na passarela do II Paraná Business Collection. A idealização e coordenação do Prêmio é de Nereide Michel e Paulo Martins.

Na foto, o show-room da edição do ano passado: empresas importantes do setor terão suas produções apresentadas no espaço de negócios do II Paraná Business Collection, incluindo os segmentos de moda feminina, masculina, infantil, bebê, lingerie, fitness, malharia, moda praia, kids, entre outros.

Negócios

suas perspectivas de crescimento, dando uma representatividade ainda maior no cenário nacional e interna-cional”, ressalta o diretor de Admi-nistração e Finanças do Sebrae no Paraná, Vitor Roberto Tioqueta.

Além dos desfiles de grifes pa-ranaenses, empresas importantes do setor terão sua produção apre-sentada no show-room de negócios do II Paraná Business Collection, incluindo os segmentos de moda feminina, masculina, infantil, bebê, lingerie, fitness, malharia, moda praia, kids, entre outros. “O evento vem com o propósito de tratar única e exclusivamente da moda do Para-ná. E como é possível isso? Porque temos no pólo do Estado produção em todos os segmentos. É um even-to tipicamente paranaense”, explica Paulo Martins, um dos coordenado-res gerais do evento. “Dentro desse formato, poderemos mostrar para o varejista paranaense que é mais vantajoso comprar de marcas do seu estado, pela qualidade, diversida-de e competitividade, além de não precisar viajar para outro estado”, completa.

Outra novidade do II Paraná Bu-siness Collection vai ser a parceria com o maior evento de negócios de moda do País. “O apoio do Sebrae no Rio de Janeiro, que organiza o Fashion Business, que é sem dúvida o principal evento de negócios no País dentro do modelo que nós pre-tendemos, vai ser significativo para

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Curitiba é conhecida in-ternacionalmente pelos seus atrativos que incluem pon-tos de interesse na área da cultura, arte, design e tam-bém como cidade-referência em qualidade de vida e es-tilo. A capital paranaense, por si só, já é um chamariz para compradores, além de responder, junto com Re-gião Metropolitana, por um mercado significativo para o varejo. “Quando houve todo esse empenho de fazer um grande evento de moda paranaense a escolha recaiu sobre Curitiba. É uma cida-de muito forte, que agrega muito a moda, que dialoga com Cultura e Design”, diz Nereide Michel.

Moda&Negócios|Paraná Business Collection

Além disso, a capital do Estado é ponto de conver-gência natural de empresá-rios da área da confecção de todo o Paraná e o centro de tomada de decisões por parte de administradores e gerenciadores. Conta ainda com infra-estrutura privile-giada e com ampla rede ho-teleira para atender visitan-tes e convidados de acordo com suas necessidades.

A escolha do local

o Paraná Business Collection, agre-gando muito em termos de know-how”, diz Edvaldo Corrêa.

Mas não é só com o glamour das passarelas e com o clima de business que o II Paraná Bu-siness Collection vai trabalhar. O foco será também a geração de conhecimento com os eventos paralelos. O Paraná conta com mais de dez faculdades e escolas profissionali-zantes com cursos di-recionados à formação de designers e de mão de obra especializada para o setor do vestu-ário e que formam to-dos os anos profissio-nais para o mercado da confecção. Por isso a

necessidade de aproveitar a ocasião para estimular a pesquisa de temas da nossa cultura. “Teremos o ciclo de palestras e de atualização em

moda, em que vamos tra-zer profissionais da área de comunicação, marketing e varejo”, conta Nereide Mi-chel, também coordenado-ra geral do II Paraná Bu-siness Collection. “Vamos ter também uma oficina de criação para os participan-tes formados em moda, para dar a oportunidade de um aperfeiçoamento maior, além da 5ª edição do Prêmio João Turin, que vai mobilizar toda a área acadêmica de moda que é justamente onde estão sendo gera-dos os novos talentos”, completa Nereide ■

Vamos ter também uma oficina de criação para os participantes formados em moda, para dar a oportunidade de um aperfeiçoamento maior, além da 5ª edição do Prêmio João Turin, que vai mobilizar toda a área acadêmica de moda que é justamente onde está sendo gerado os novos talentos.

Curitiba: “Uma cidade muito forte, que agrega muito a moda e que dialoga com Cultura e Design”.

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A moda paranaense vai brilhar nas passarelas do II Paraná Business Collection.

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Essa classificação é, no fundo, uma es-pécie de aval ou “certificação” sobre a qualidade da economia brasileira, espe-cialmente no que toca à sua capacidade de cumprir compromissos externos. Foi ressaltado no noticiário que a nova classi-ficação deverá ter como principal conse-qüência positiva a possibilidade de atrair mais capital estrangeiro para aplicar no Brasil e mais interesse dos investidores estrangeiros em comprar títulos do País (emitidos pelo próprio governo ou por empresas privadas) nos mercados inter-nacionais.

As análises sobre a notícia associam a obtenção da classificação às melhorias nos chamados indicadores macroeconô-micos que possibilitaram ao País receber a nova classificação. Entre esses indica-dores destacam-se: o elevado volume das reservas internacionais, a manutenção da inflação em níveis controlados, a dívida

A obtenção do “Grau de Investimento” pelo Brasil: qual foi a contribuição das micro, pequenas e médias empresas e quais as conseqüências dessas mudanças?

A notícia econômica mais festejada e discutida nas últimas semanas foi a atribuição do “Grau de Investimento” ao Brasil pela agência de avaliação de riscos Standard & Poor.

pública numa trajetória positiva e a reto-mada de um crescimento mais robusto, especialmente a partir de 2007. O que as análises sobre a notícia não mencionam é que essas melhorias macroeconômicas resultam de contribuições contínuas do sistema empresarial brasileiro, no qual as micro, pequenas e médias empresas têm um papel importante e estratégico.

Em primeiro lugar, cabe lembrar que as micro, pequenas e médias empresas dão uma contri-buição importante para o comércio exterior brasileiro, seja diretamente, em seto-res em que essas empresas predominam (como móveis, calçados, vestuário, agrone-gócio), seja indiretamente, participando das cadeias produtivas de setores em que predominam grandes empresas (como a indústria automobilística e metal-me-cânico). Em segundo lugar, as micro, pequenas e médias empresas contribuem para o controle da inflação porque tornam o am-biente econômico mais competitivo, di-ficultando repasses de custos aos preços e forçando a busca contínua do aumento da produtividade. Em terceiro lugar, pelo fato de atuarem predominantemente em mercados destinados às classes de menor renda e por serem intensivas de mão de obra, as micro, pequenas e médias em-presas deram uma contribuição essencial para a geração de emprego e aceleração recente do crescimento econômico. Além disso, por terem estruturas produtivas

José Cezar Castanhar é engenheiro civil, Doutor

em Gestão e professor da Escola Brasileira de

Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no

Rio de Janeiro.

Artigo

mais simples e flexíveis, essas empresas têm, em geral, maior capacidade para en-frentar crises conjunturais, funcionando como uma espécie de “rede de proteção” em momentos de desaceleração do cres-cimento. Constata-se, assim, que as mi-cro, pequenas e médias empresas tiveram uma importante participação na melhoria de todos os itens que permitiram ao Brasil receber o tão aguardado “Grau de Inves-

timento”.Espera-se que as micro,

pequenas e médias empre-sas possam se beneficiar desse novo status do Brasil nos mercados internacio-nais. Esse benefício pode resultar de uma redução do custo de capital para essas empresas, do aumento da disponibilidade de recur-sos para as mesmas e de investimentos públicos ou privados em infra-estrutura que possam melhorar a sua competitividade para parti-cipar tanto do mercado in-

terno como dos mercados internacionais. De fato, a melhoria da competitividade das micro, pequenas e médias empresas brasileiras deve ser um tema prioritário para debate nos próximos meses. Isso porque o “Grau de Investimento” deverá trazer, pelo menos no médio prazo, uma conseqüência indesejável que é a valori-zação do real em relação ao dólar, o que tornará os produtos das empresas estran-geiras mais baratos no mercado brasileiro e os produtos brasileiros mais caros nos mercados internacionais.

Essas melhorias macroeconômicas

resultam de contribuições contínuas do

sistema empresarial brasileiro, no

qual as micro, pequenas e médias

empresas têm um papel importante e

estratégico.

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Revista SoluçõeS sebRae 26

Giro pelo Estado

O grande número de universi-tários do Paraná inscritos no De-safio Sebrae 2008 foi motivo de comemoração para o Sebrae. O Estado conseguiu, mais uma vez, um recorde no número de inscri-ções, ficando novamente em se-gundo lugar no ranking nacional de inscritos. Ao todo, são 12.165 universitários paranaenses que vão participar do maior jogo virtual de empreendedorismo do mundo. Em todo o País, as inscrições ultrapas-saram o número de 93 mil.

Outro motivo de comemora-ção foi o alto índice de mobi-lização do Sebrae no Paraná junto aos universitários. Comparando o número de inscritos e o univer-so de estudantes, o Es-tado obteve o melhor índice de participação do Brasil. O Paraná fi-cou na frente de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Os 12.165 paranaenses inscritos representam 3,9% de um universo de 312 mil universitários no Estado. Os 14 mil inscritos, registrados por São Pau-lo, representam apenas 1,27% dos 1,1 milhão de universitários naque-le estado.

A representatividade das ins-tituições paranaenses de ensino, que foram parceiras no Sebrae ao estimular a participação de uni-versitários no Desafio, também foi

Desafio Sebrae é sucesso no ParanáAo todo, são 12.165 universitários paranaenses que vão participar do maior jogo virtual de empreendedorismo do mundo.

Fonte: Levantamento do Sebrae no Paraná com base em números do IBGE.

ESTADO POPULAçãO (milhões) INSCRIçõES % UNIVERSITÁRIOS %

PR 10,1 12165 0,12 312000 3,90

SP 40,4 14000 0,03 1100000 1,27

MG 19,2 6621 0,03 466000 1,42

RJ 15,3 5064 0,03 473000 1,07

RS 10,8 7582 0,07 338000 2,24

mais um motivo para comemorar. Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade Estadual de Marin-gá (UEM), no noroeste do Paraná, ficou em primeiro lugar em núme-ro de inscritos do País, com 1.240 inscrições. O Centro Universitário de Maringá (Cesumar), também no noroeste, ficou com a terceira posi-

ção no ranking nacional.A posição alcançada pelo Para-

ná com o número de inscrições vai possibilitar que duas equipes par-ticipem da semifinal. O número de inscritos foi muito além do espera-do e mobilizou todas as Regionais

do Sebrae. O total de inscrições alcançado em 2008 representa um aumento de 56% se comparado a 2007, quando o Paraná contabili-zou 7.776 inscrições, o que mostra uma disseminação do jogo, impor-tante tanto para a formação acadê-mica quanto profissional dos uni-versitários participantes.

Para conseguir esse resultado no Estado, diversas ações foram feitas: cafés da manhã com representantes de universidades e instituições de ensino superior, apresentações do

jogo para professores, uma festa para universitários participantes e blitze em faculdades e universida-des para divulgar o De-safio.

O Desafio Sebrae, que este ano tem como tema a

administração de uma empresa de calçados femininos, começa no final de maio. As finais estaduais acontecem no mês de outubro e a final nacional em novembro. Em julho, a competição terá uma pa-rada em função do calendário de férias das instituições de ensino. Durante este período, os partici-pantes do Desafio poderão partici-par de cursos do Sebrae de educa-ção à distância, a exemplo do que ocorreu em 2007. Por meio do site do Desafio (http://www.desafio.sebrae.com.br), os competidores podem acompanhar todas as etapas do jogo.

Page 27: Soluções02 Sebrae

Giro pelo Estado

A missão que visitou o Chile e a Argentina, coor-denada pela Associação dos Municípios do Oeste do Pa-raná (Amop) e executada pelo Sebrae no Paraná, de 24 a 29 de fevereiro passado, foi um sucesso. Foram realizadas vi-sitas técnicas a empresas e a cooperativas em Santiago e ci-dades vizinhas, no Chile, e em Mendoza, no oeste da Argenti-na. “O objetivo dessa missão, composta por prefeitos e em-presários do oeste do Paraná, foi trazer para a região expe-riências e conhecimento da re-alidade sul-americana. Temos muito em comum, soluções criativas e inovadoras que po-dem ser aplicadas em nossas cidades. Além disso, a missão acabou por fortalecer laços co-

Missão Amop-Sebrae

Empresários e profissionais da área da cons-trução civil tiveram a oportunidade de conhecer a filosofia da ‘Construção Enxuta’ no workshop ‘Lean Construction: Fundamentos, Cenários e Oportunidades’, realizado no dia 19 de março na Regional Centro-Sul do Sebrae, em Curitiba.

Essa foi uma ação do Projeto Construindo o Futuro, uma parceria entre o Sebrae no Pa-raná, Sinduscon e Sistema Fiep que leva infor-mações detalhadas sobre redução de custos na obra, melhorias na organização e na performan-ce dos empreendimentos do setor. “Realizamos o workshop para que os empresários de micro e pequenas empresas possam implantar alguns processos para minimizar os desperdícios e di-minuir os custos da obra, trabalhando adequada-mente elementos como o excesso de produção, transporte, estoque, espera, defeitos, além de

atividades desnecessárias”, diz o consul-tor do Sebrae no Paraná, Pedro Cé-sar Rychuv. “E não é só o empresário que sai ganhando com essa aprendi-zagem: com menos sobras de resí-duos e diminuição da má utilização de materiais, estamos também bene-ficiando o meio ambiente”, completa o consultor.

O evento contou com a presença do engenheiro Alexander Hofacker, da Universidade de Karlsruhe, da Alemanha, e do professor Ricardo Mendes Jr., da Universidade Federal do Paraná (UFPR), além da apresen-tação de dois casos, um de Fortaleza e outro de Porto Alegre, cidades onde teve início a implantação da filosofia da ‘Construção Enxuta’.

‘ConstruçãoEnxuta’

Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) e Sebrae no Paraná levam empresários para visitas técnicas a empresas e cooperativas no Chile e Argentina. Empresários e profissionais

da área da construção civil conheceram novos conceitos, durante workshop realizado pelo Sebrae, em Curitiba.

merciais e de intercâmbio que já existem, principalmente em áreas ligadas à exportação via Mendoza e Chile, corredores utilizados para o comércio com países do outro lado do Oceano Pacífico e América do Norte”, avalia o consultor da Regional Oeste do Sebrae, em Cascavel, Luiz Antonio Rolim de Moura. “Mais do que uma viagem, a Amop e o Sebrae montaram um programa de capacitação onde foi possível observar adminis-tração das cidades, seus mode-los urbanos, aspectos de como o turismo é explorado, a integra-ção entre produção e turismo, gestão de cidades por geopro-cessamento e formas inovado-ras de apoio e desenvolvimento da micro e pequena empresa”, completa o consultor.

Participantes da missão para Argentina e Chile:

experiências de sucesso em outras realidades.

Fonte: Levantamento do Sebrae no Paraná com base em números do IBGE.

Page 28: Soluções02 Sebrae

Giro pelo Estado

O Programa Bairro Empre-endedor já levou conhecimento e orientação a diversos bairros de municípios da região noroeste do Paraná. Agora está sendo a vez de Maringá. Desde o dia 26 de feve-reiro a iniciativa foi colocada em ação no município, em parceria com a Prefeitura. O objetivo é es-timular a formação de novos negó-cios e tirar da informalidade em-preendedores que ficam no entorno de quatro grandes avenidas (Man-dacaru, Das Palmeiras, Kakogawa, São Judas Tadeu e Alexandre Ras-gulaeff). “Estamos atendendo 225 empresas formais e informais que assinaram um termo de adesão na palestra de lançamento. Para cada cliente foi feito um diagnóstico e um plano de ação para a neces-sidade específica de cada um. Já as ações coletivas são oferecidas no próprio bairro onde o cliente possui seu estabelecimento. Para isso temos parcerias com escolas, associações, etc, onde realizamos as ações e as consultorias especia-lizadas”, diz a consultora do Se-brae no Paraná e coordenadora do Projeto, Érica Sanches. Segundo a

Bairro EmpreendedorLançado dia 26 de fevereiro em Maringá, o Programa Bairro Empreendedor já atendeu 225 empresas formais e informais que ficam no entorno de quatro grandes avenidas.

consultora, essas localidades fo-ram escolhidas, pois concentram um grande fluxo de micro e peque-nas nos ramos da indústria, comér-cio e serviços. “Muitas empresas e empreendedores que estão na informalidade não procuram aju-da no Sebrae. Queremos bater na porta dessas pessoas e levar a elas soluções que possam contribuir no desenvolvimento desses bairros”, analisa Érica.

Outra ação do Programa é o “Barracão Industrial”, que aconte-ce nos bairros Copacabana e Re-quião, onde estão sendo ofertados espaços, sem custo algum, para que algumas empresas possam re-ceber a consultoria do Sebrae. “A Prefeitura lançou um edital no ano passado e os interessados passaram por uma consultoria de viabilidade do negócio. Nos casos positivos o candidato ingressou no barracão e agora está recebendo orientação e capacitação para que seu negócio ganhe sustentabilidade e para que, em até dois anos, possa deixar o barracão e dar oportunidade para outras empresas se instalarem”, conclui ela.

Palestra de capacitação do projeto Bairro

Empreendedor: até agora são 225 empresas

formais e informais atendidas.

Revista SoluçõeS sebRae 28

Muitos dos produtores de orgânicos que participaram da rodada de negócios promovida pelo Sebrae no terceiro dia da Feira Orgânica 2008 (de 30 a 1º de abril) já se preparam para começar a fornecer para redes de supermercado.

A rodada, que aconteceu no ExpoTrade Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, fez parte da programação da Feira, inserida na Mercosuper - Feira e Convenção Para-naense de Supermercados -, e criou um ce-nário ideal para que os pequens produtores fizessem o primeiro contato com os super-mercadistas.

Além de negociações, a rodada também serviu de acesso às informações sobre o que o mercado espera dos produtos orgânicos, como deve ser a embalagem, o preço, e se é vantajoso investir nessa comercialização em varejo. “Conhecer esses fatores leva o produtor a estar mais preparado para entrar nesse mercado”, diz o consultor do Sebrae no Paraná, Rafael Tortato.

No Paraná existem cerca de 5 mil pro-dutores que se dedicam à atividade, o que resulta na produção de 45% de orgânicos no País, que hoje é de 94 mil toneladas ao ano. Para garantir crescimento nesse mer-cado, é preciso que o produtor atenda a uma série de requisitos de legislação, o que irá permitir o desenvolvimento de um novo modelo de agronegócio baseado na econo-

mia solidária com comér-cio justo e distribuição de renda.

Feira Orgânica 2008

Na foto, as rodadas de negócios promovidas pelo Sebrae na Feira

Orgânica 2008.

Produtores de orgânicos que participaram da rodada de negócios promovida pelo Sebrae na Feira Orgânica 2008 já se preparam para começar a fornecer para redes de supermercado.

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Revista SoluçõeS sebRae 29

Giro pelo Estado

Aproximar a academia das empresas e as empresas da academia, tornando o conhecimento produzido nas faculda-des, universidades e instituições de pes-quisa aplicável à realidade empresarial. Esse foi o Integra 2008 – Congresso Paranaense de Integração Universida-de, Centro de Pesquisa e Empresa que aconteceu entre os dias 11 e 13 de mar-ço em Londrina. Durante o evento fo-ram apresentadas cinco palestras, quatro mesas redondas e houve a participação de 17 debatedores, além de um workshop apre-sentando instrumentos de apoio à inovação tecnoló-gica e uma oficina. Outro destaque do Congresso foi uma rodada inédita no Es-

Integra 2008

Empresários da construção civil da região sudoeste do Paraná agora podem ampliar a competitividade, melhorar produtos e processos e ainda ampliar

sua capacidade de inovação de forma mais fácil. Foi lançado dia 22 de março, na Regional Sudoeste, em Pato Branco, o Programa de Competitividade da Cadeia da Construção Civil no Sudoeste. Na ocasião es-tiveram presentes mais de 80 pessoas, dentre empresários, profissionais da área e repre-sentantes de entidades.

O Programa vai promover a competitividade das empre-

Mais força e competitividade para a construção no sudoeste do Paraná

sas e a cooperação entre os elos da ca-deia, trabalhando ações para ampliar a capacidade de inovação das empresas, a inteligência de mercado, o desen-volvimento de fornecedores e a gestão ambiental e sustentável. A estimativa é que, neste primeiro momento, 15 cons-trutoras da região sejam atendidas. “O Programa será uma oportunidade para desenvolver o setor da construção civil e torná-lo mais competitivo no Sudoes-te, aumentando o volume de negócios gerados. Também sensibilizará as em-presas sobre a importância da cultura de cooperação”, diz o consultor do Sebrae na Regional Sudoeste, em Pato Branco, Gerson Miotto.

tado, coordenada pelo Sebrae, que con-sistiu em encontros individuais entre representantes de instituições acadêmi-cas – que haviam inscrito algum ativo tecnológico, idéia ou produto passível de comercialização – e empresários in-teressados em suas ofertas. “Já foram fechados negócios e outros estão em an-damento. O empresário e o futuro em-presário que comprarem esses projetos podem estar melhorando seus processos ou até mesmo montar novas empresas”,

destaca o gerente da Regional Norte do Sebrae no Paraná, Heverson Feliciano.

O Integra 2008 é fruto de um es-forço conjunto do Sebrae no Paraná, o Sistema Fiep, a Universidade Estadual de Londrina, a Universidade Norte do Paraná e a Associação Comercial e In-dustrial de Londrina, com o apoio de parceiros e poder público no sentido de levar oportunidades de inovação e de tecnologia para as empresas paranaen-ses, de forma concreta.

Rodada de Negócios coordenada pelo

Sebrae no Paraná no Integra 2008.

Aconteceu entre os dias 11 e 13 de março em Londrina o Congresso Paranaense de Integração Universidade, Centro de Pesquisa e Empresa - Integra 2008. O destaque fica para uma rodada de negócios inédita no Estado, coordenada pelo Sebrae no Paraná.

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Sebrae extrapola fronteirasUm dos maiores projetos de integração de artesãos está sendo realizado na região da Tríplice Fronteira pelo Sebrae no Paraná e Itaipu: quem ganha é o turismo e a comercialização transfronteiriça de produtos.

O cantor Milton Nascimento, numa de suas mais belas canções, diz que “todo artista deve ir onde o povo está”. Essa também é uma linha de ação do Sebrae no Paraná: sempre se

Além do Ñandeva, o Sebrae no Paraná tem forte atuação no Profronteira, projeto de cooperação transfronteiriça, experiência inédita na América Latina.

dirigir onde o empreendedor parana-ense está para ajudá-lo a desenvolver-se, criar seu próprio negócio e decolar rumo ao sucesso seja em qualquer lu-gar onde isso seja necessário, mesmo que extrapole suas fronteiras. Esse tra-

balho é executado numa via de mão dupla: ao

coordenar pro-

gramas como o acordo de cooperação com a Emilia-Romagna, que em junho vai ter seu escritório funcionando na sede do Sebrae Paraná, a instituição quer trazer e incorporar nos paranaen-ses os fatores que levaram essa região da Itália a ter um dos maiores surtos de desenvolvimento das últimas déca-das na Europa e baseada única e exclusivamente na operação de redes de micro e pequenas em-presas.

Na outra direção, o Sebrae quer levar o co-nhecimento e suas solu-ções em outros progra-mas que transcendem fronteiras. Esses são os casos do Nãndeva, que reúne mais de 300 arte-sãos do Brasil, Argenti-na e Paraguai, com foco em artesanato e design, nas cidades da fronteira e do Profronteira, que trata da comerciali-zação transfronteiriça de produtos. “O Sebrae Paraná também trabalha dentro do espírito do Mercosul e a preocupa-ção é a de levar aos empreendedores essa situação de cooperação entre

pessoas e empresários de nações vi-zinhas onde todos podem ganhar”, afirma o diretor-técnico do Sebrae Paraná, Julio Cezar Agostini.

Um dos programas criados pelo

Sebrae e parceiros, o Ñandeva, que significa “todos nós” em ava-guarani, língua comum a índios da área fron-teiriça do Brasil, Paraguai e Argenti-na, está incentivando a descoberta de valores culturais da Tríplice Fronteira. A iniciativa surgiu em 2007 e envolve cinco municípios pelo lado brasilei-

ro: Foz do Iguaçu, Guaíra, Medianeira, Santa Helena e Itaipulândia. Junto com o Sebrae Paraná, partici-pam dele a Fundação Par-que Tecnológico de Itaipu, Ministério do Desenvolvi-mento Indústria e Comércio (Mdic), Conselho dos Mu-nicípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, governos da Ar-gentina e Paraguai, univer-sidades, prefeituras, coope-

rativas e associações comerciais e de artesãos dos três países envolvidos.

Ainda em 2007 o Sebrae no Paraná e a Itaipu Binacional lançaram o livro ‘Elementos da Iconografia das Três Fronteiras’ que reúne 450 elementos gráficos pesquisados pela equipe do projeto formada por historiadores e antropólogos com base em elementos como flora, fauna e arquitetura da re-gião, servindo de referência para os 300 artesãos que participam do Ñan-deva em suas produções.

A consultora de Projetos de Turis-

Internacionalização|Artesanato na Tríplice Fronteira

Page 31: Soluções02 Sebrae

Sebrae extrapola fronteiras

José Antônio França, artesão do projeto

Ñandeva: incentivando a descoberta de valores

culturais da Tríplice Fronteira.

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Revista SoluçõeS sebRae 32

Artesanato da região: capivara

esculpida em madeira.

Área de abrangência do

projeto Ñandeva.

mo e Artesanato da Regional Oeste do Sebrae no Paraná, Ana Lúcia de Sousa, explica que o Ñandeva enfoca quatro elementos no trabalho dos artesãos: produção, comercialização, capacita-ção e identidade cultural. “Uma das nossas ações é a de ajudar os artistas a identificar novos fornecedores”, ex-plica. Segundo ela, o projeto apresenta cri-térios quanto à origem da matéria-prima para os produtos, ao mesmo tempo em que promo-ve uma conscientiza-ção dos artesãos. “Os artigos com selo Ñan-deva não podem estar ligados à desagregação social, como o trabalho escravo, nem ao des-matamento e a outros problemas ambientais. Damos preferência a matérias-primas renováveis”, exem-

plifica.Ana Lúcia informa

que o Nãndeva está numa etapa em que

procura solucionar uma das maiores angústias dos artesãos: “estamos pro-curando chegar ao preço justo que se deve pagar pelo artesanato”. “Há uma idéia na cabeça do turista de que arte-sanato deve ser barato, mas uma peça que levou um mês ou mais para ser feita não pode ser barata”, conta ela.

Dos 300 artesãos inclu-ídos no Ñandeva, 130 são brasileiros, 50 são do Para-guai e 120 são argentinos. Do total de participantes dos três países, 80 já têm seus produ-tos na Coleção Ñandeva. Os demais passam por processos de capacitação para poderem vender suas peças no projeto. Desde o início da parceria en-tre Sebrae no Paraná, Itaipu, artesãos e demais entidades, houve 50 oficinas de capa-citação, mais de 400 atendi-mentos e 55 visitas técnicas.

Os eventos acontecem nos três lados da fronteira e beneficiam brasileiros, argentinos e paraguaios. Ainda este ano, deve ser inaugurado em Foz do Iguaçu, na Rodovia das Cataratas, o

Centro de Artesanato e Turis-mo, projeto da Prefeitura Mu-nicipal. Nesse espaço, haverá uma loja para vender exclusi-vamente produtos Ñandeva dos artesãos das três na-cionalidades. Ana Lúcia de Sousa acredita que o Ñandeva contribuirá para a internacionaliza-ção dos produtos artesa-nais da região, inclusive com a perspectiva de que em algum tempo esses materiais possam ser ex-portados. “Vivemos em uma cidade onde há mais de 70 et-nias e que constitui o segundo lugar que mais atrai estrangei-ros ao Brasil. Recuperar nos-sa identidade cultural ajudará a agregar valor aos produtos e ao destino turístico”, diz a consultora.Profronteira

No seu estágio inicial, o Profronteira - Projeto de De-senvolvimento do Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, na Região da Faixa

Vivemos em uma cidade onde há mais de 70 etnias e que constitui o segundo lugar que mais atrai estrangeiros ao Brasil. Recuperar nossa identidade cultural ajudará a agregar valor aos produtos e ao destino turístico.

de Fronteira com a Argentina quer estimular a cooperação na área de fronteira. A cooperação transfron-teiriça, essência do projeto, é uma situação comum na Europa onde existem exemplos como os da Ga-lícia, na Espanha, com o Norte de Portugal; e outro entre França, Suíça e Alemanha. O projeto de integração do sudoeste do Paraná, oeste

Cesto produzido pelos artesãos do

projeto Ñandeva.

Internacionalização|Artesanato na Tríplice Fronteira

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Revista SoluçõeS sebRae 33

ciedade civil, para trabalharem em torno de uma visão comum para o futuro dos municípios, surgiu a idéia de identificar algo que promovesse o desenvolvimento coletivo desses municípios”, relata.

Foi assim que nasceu a parce-ria que, além do Sebrae no Paraná e prefeituras da região, conta com o Sistema Fiep, Associação dos Muni-cípios do Sudoeste do Paraná (Am-

sop), Governo do Paraná, Fórum da Mesorregião, Agência de

Desenvolvimento Regio-nal do Sudoeste, Asso-

ciação das Câmaras Municipais do Su-

doeste (Acamsop 13), Coordena-

O diretor-técnico do Sebrae Paraná, Julio Cezar Agostini: “O Sebrae Paraná também trabalha

dentro do espírito do Mercosul e a preocupação é a de levar aos

empreendedores essa situação de cooperação entre pessoas e

empresários de nações vizinhas onde todos podem ganhar”.

ção das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar), e Ministério da Integra-ção Nacional. “Com estudos técni-cos e pesquisas, já identificamos as potencialidades, os eixos estruturan-tes a serem trabalhados: educação e cultura, turismo e logística”, explica Nézio.

O Profronteira prevê ações de cooperação entre os municípios pa-ranaenses e catarinenses que fazem divisa com o lado argentino e en-tornos. Dentre os quais, Pranchita, Barracão, Capanema, Planalto, Bom Jesus do Sul, Santo Antônio do Su-doeste, Pérola D´Oeste, Ampére, Re-aleza e Bela Vista da Caroba, todos no Paraná; Dionísio Cerqueira e São Miguel D’Oeste, em Santa Catarina; e San Antonio, Andresito, Bernardo de Yrigoyen, Wanda, Puerto Liber-tad, Puerto Esperanza e San Pedro, no lado argentino. Segundo o con-sultor do Sebrae, a definição dos eixos e o trabalho em grupo ajudam na implantação do Projeto, facilitan-do assim o processo de formação de um sistema integrado que contem-ple acordos bilaterais, convênios de cooperação, exportações de produ-tos e serviços, aduanas conjugadas, sinalização de estradas, roteiros turísticos, parcerias entre universi-

dades, dentre outros temas ■

de Santa Catari-na e municípios ar-

gentinos que fazem fron-teira é, no entanto, a primeira

tentativa de realizar algo no gênero na América do Sul. Para o consultor do Sebrae em Pato Branco, Nézio da Silva, “o Profronteira é amplo”. “É uma proposta que cria condições de crescimento econômico na faixa de fronteira e busca a inserção dos municípios do sudoeste paranaen-se e oeste catarinense no Mercosul (Mercado Comum do Sul)”, diz o consultor do Sebrae. Segundo Nézio da Silva, “o sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina possuem uma identidade comum e, historica-mente, sempre tiveram facilidade em atuar através do empreendedorismo coletivo. Em julho de 2005, no âm-bito dos fóruns de desenvolvimento locais, onde se integravam líderes empresariais, prefeitos, vereadores, secretários e representantes das en-tidades da so-

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Revista SoluçõeS sebRae 34

com a poupança acumulada por anos de trabalho no Oriente. Atualmente, há cerca de 322 mil brasileiros traba-

lhando em 13 províncias do Japão e a falta de informações atualizadas sobre o nosso País e qual a me-lhor forma de investir o dinhei-

ro poupado ainda continuam a ser os principais desafios enfrentados pelos que retor-

nam. O grupo remete para o Brasil

Empreendedorismo no outro lado do mundoA ampliação do Programa Dekassegui Empreendedor quer promover a criação de 500 novas empresas em 2008 só no Paraná.

A saga dos dekasseguis, brasileiros descendentes de japoneses que vão trabalhar no Japão, começou há 20 anos e rendeu desdobramentos como o envio de bilhões de dólares para o Brasil e a criação de muitos empreendimentos

cerca de US$ 2,5 bilhões anuais e, quando voltam, cada trabalhador traz, em média, cerca de US$ 70 mil que serão investidos, na maioria das vezes, em algum tipo de negócio. “O Paraná tem perto de 80 mil dekasseguis trabalhando no Japão e as remessas giram em torno de US$ 600 mi-lhões ao ano”, informa Julio Cezar Agostini, diretor-técnico do Se-brae do Paraná.

Há três anos foi criado o Dekassegui Empreendedor, pro-grama desenvolvido em parceria entre Se-brae, Banco Interame-ricano de Desenvolvi-

mento (BID), Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) e Associação Brasileira dos Dekasseguis (ABD),

voltado ao desenvolvimento da capacidade empreende-dora dos dekasseguis brasi-leiros, além de proporcionar apoio educacional, técnico e gerencial na implantação de negócios. Até aqui, o Progra-ma já atendeu perto de 50 mil dekasseguis.

Segundo o coordenador do Programa no Paraná, Marcos Aurélio Gonçalves, esta ação já resultou na cria-ção de aproximadamente 170 empreendimentos no Estado, mas as metas para 2008, por coincidência o ano das comemorações dos 100 anos do início da imi-gração japonesa ao Brasil,

são bem mais ambiciosas: “em todo o País a previsão é a de criação de 1.000 novas empresas e nós deseja-mos que pelo menos 500 delas sejam paranaenses”, explica Julio Cezar Agostini. “Vamos capacitar dentro dessa mentalidade empreendedora cerca de 10 mil dekasseguis tanto no Brasil como no Japão”, acrescenta o diretor-técnico do Sebrae paranaen-se.

O Sebrae pre-tende usar todas as ferramentas possí-veis para isso: “há um certo tempo, seria difícil treinar tanta gente porque

Brasil-Japão|Programa Dekassegui Empreendedor

Em todo o País a previsão é a de

criação de 1.000 novas empresas e nós desejamos que pelo menos 500 delas sejam

paranaenses. Vamos capacitar

dentro desta mentalidade

empreendedora cerca de 10 mil

dekasseguis tanto no Brasil

como no Japão.

Palestra realizada em abril para dekasseguis em

Toyohashi, no Japão.

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Revista SoluçõeS sebRae 35

Empreendedorismo no outro lado do mundo

a comunicação era feita apenas por car-tas, mas hoje vamos utilizar todas as fer-ramentas disponíveis de educação à distân-cia, como videoconfe-rências e a internet”, informa Marcos Au-rélio Gonçalves. Mas o Programa pretende ir além disso: “esta-mos ampliando o foco para também ampliar os negócios entre empresas brasileiras e japonesas”, acrescenta o coordenador.

O que se pretende, na realidade, é subsidiar o dekassegui com o má-ximo de informações possíveis sobre oportunidades de investimentos no Brasil para que, quando ele retorne, já tenha em mente o negócio que irá abrir e tenha também a oportunidade de ver como esses empreendimentos fun-cionam no Japão e de lá também trazer lições e oportunidades. “Nós estamos sentido que atualmente há um nível de questionamento maior sobre negócios mais estruturados e não simplesmente aqueles que permitem ao dekassegui a sobrevivência no Brasil com o dinheiro poupado”, explica Marcos Aurélio. Ele informa ainda que o Sebrae paranaen-se quer levar para o Japão o projeto de formação de jovens empreendedores, para alunos que estudam no ensino fundamental brasileiro, nas 98 escolas

96% das empresas mais criadas pelos dekasseguis são do setor de comércio e serviços. São elas:

● Bares e lanchonetes● Lojas de vestuário● Pequenas Franquias● Auto-elétricas● Lojas de instalação de som automotivo

A Expobusiness, promovida na cidade de Nagoya no Japão,

é considerada a porta de entrada para

brasileiros que sonham importar seus produtos

para o Oriente.

O índice de mortalidade das empresas abertas por ex-dekasseguis chegou a ser su-perior a 50%. Ou seja, depois de trabalhar arduamente duran-te anos no Japão, centenas de nikkeis retornavam ao Brasil, conseguiam abrir o tão sonha-do negócio próprio e faliam, perdendo todas as economias, o que colocava os empreendedo-res diante da situação de não ter outra saída a não ser retornar ao Japão e começar tudo de novo.

Para reduzir esse índice, o Sebrae lançou em 2005 o

Dekassegui EmpreendedorPrograma Dekassegui Empre-endedor, que visa facilitar a reintegração produtiva desse trabalhador por meio da forma-ção e preparo desses novos em-preendedores. Uma pesquisa do Sebrae apontou que entre 40% e 50% dos que trabalham no Ja-pão pretendem abrir o próprio negócio quando retornarem ao Brasil. Com a atuação do Pro-grama, hoje a taxa de mortali-dade das pequenas empresas no Brasil caiu para 30% mas o ob-jetivo do Sebrae Paraná é me-lhorar ainda mais esse número.

da AEBJ – Associação das Escolas Brasileiras no Japão. “Pretendemos também colo-car fisicamente uma biblio-teca com as publicações do Sebrae em cada uma dessas escolas para que os estudan-tes filhos de brasileiros pos-sam desenvolver o empreen-dedorismo mesmo num país distante”, conclui■

Videoconferência promovida pelo SEBRAE para

aproximar ONGs de apoio a dekasseguis

no Brasil e Japão.

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Revista SoluçõeS sebRae 36

o receio de errar na hora de escolher um empreendimento e perder tudo o que economizou. Passou por uma borracharia pertencente ao seu sogro, mas viu uma oportunidade efetiva em 2005 numa confeitaria – a Hachimit-su - cujos antigos donos, igualmen-te ex-dekasseguis, queriam vender o empreendimento porque não dava lucro, apesar de ter uma proposta di-ferenciada e ser bem localizado, no centro de Londrina.

A Hachimitsu, que significa mel de abelha em japonês, era um tipo de confeitaria com receitas japonesas de doces de sabor mais suave e visual

O dekassegui vencedorcaprichado, nos moldes da pâtisserie japonesa e tinha tudo para ter suces-so, mas Nilo Katsuo Kato amargou seis meses de prejuízos constantes até entender que o que não funcionava eram as diferenças culturais. “Os an-tigos donos proprie-tários implantaram um sistema de aten-dimento semelhante ao japonês, bastante atencioso e cordial, mas totalmente im-pessoal. Aqui a cul-tura é diferente, os brasileiros não estão acostumados com essa forma de trata-mento muito frio”, conta. Ele orientou os atendentes a con-versar mais com os clientes, dando ex-plicações sobre os doces mesmo sem serem perguntados.

Depois Nilo per-cebeu que as pessoas não conheciam a Hachimitsu e resolveu divulgar seu empreendimento. Gastou R$ 20 mil em quatro meses só com propaganda e o resultado foi imediato. “Foi pre-ciso contratar mais dois funcionários.

Os clientes faziam fila na porta da loja”, conta. Logo a loja de 25 me-tros quadrados ficou pequena e as pessoas começaram a reclamar. A proposta dos primeiros donos era de que os clientes levassem as iguarias para casa, como no Japão. No Brasil, boa parte dos clientes da Hachimitsu queria sentar-se e sabo-rear o doce ali mesmo. Em agosto de 2006, Nilo alugou uma sala ao lado e começou uma reforma con-cluída em novembro. Com isso, as vendas simplesmente dobraram. E a empresa, que no começo era to-cada por Nilo, a mulher, a cunhada, e um funcionário, contava com dez funcionários.

Adaptar os padrões japoneses da loja às preferências locais tornou-se

um hábito para o empresário. Ele adotou o “just in time”, de pronta-entrega e sem estoque, o que foi essencial para que a Hachimitsu conseguisse um alto nível de produtividade com pouco espaço físico e o sistema de “kanban” (fichas)

utilizado no Japão. Nilo também procurou a ajuda do Sebrae para fazer um plano de negócios que o ajudou a identificar demandas e pensar em planejamento, além de em diversas ocasiões sanar dúvidas

pontuais, como quando pre-cisou determinar o quanto cobrar por seus produtos.

Em abril de 2008, a Ha-chimitsu comercializava cerca de 500 doces por dia, e entre 200 e 300 salgados (sem contar as bebidas), dentro de uma variedade de 30 itens diferentes. Na épo-ca, a empresa contava com 15 colaboradores, e tinha um faturamento médio superior a R$10 mil mensais. O casal foi ao Japão em janeiro de 2008, onde passou 20 dias pesquisando novos produ-tos e em março sua mulher passou dez dias na França, verificando novas tendên-cias na área de confeitaria.

Nos planos do empresário, estão estruturar-se bem em Londrina e expandir os negócios. “Tem muita gente pedindo para abrir franquias, mas ainda estou amadurecendo a idéia”, conclui ■

Nilo Katsuo Kato, de Londrina, norte paranaense, trabalhou durante 15 anos no Japão e, como todos os dekasseguis que retornam ao Brasil, trouxe sua poupança, mas também

Os antigos proprietários implantaram

um sistema de atendimento

semelhante ao japonês, bastante

atencioso e cordial, mas totalmente

impessoal. Aqui a cultura é diferente,

os brasileiros não estão acostumados com essa forma de

tratamento muito frio.

Os ex-dekasseguis Nilo Katsuo Kato e a

mulher: confeitaria de sucesso em Londrina.

Brasil-Japão|Programa Dekassegui Empreendedor

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A gerente de Tecnologia e Gestão da Informação, Jaqueline Aparecida de Almeida: “O Business Intelligence do Sebrae já está em funcionamento”.

além de dar acesso aos usuários para que analisem bases de dados para descobrir informações importantes, ajudando a or-ganização a tomar decisões bem funda-mentadas. O nível mais interessante na implantação de um sistema de Business Intelligence é quando se consegue cons-truir modelos úteis com uma técnica que varre os dados da empresa em busca de padrões ou tendências de modo inteli-gente, de tal forma que possi-bilidades nunca antes pensa-das possam ser cogitadas. O processo consiste basicamente em três etapas: exploração, construção de um modelo e va-lidação.

Com seu sistema de Busi-ness Intelligence implantado há um ano, depois de uma experiência de 12 meses com um projeto-piloto do Sebrae Nacional, o Sebrae no Paraná está entrando na fase mais importante da execução do seu Programa: “até de-zembro teremos 70% dos municípios paranaenses mapeados e também será iniciado o estudo do novo portfolio de soluções que o Sebrae vai oferecer”, ex-plica a gerente de Tecnologia e Gestão

Inovar a gestão com Business IntelligenceAté dezembro, o Sebrae no Paraná quer ter 70% dos municípios do Estado mapeados, para dar início ao estudo de um novo portfolio de soluções.

Nova Tecnologia |Business Intelligence

O Business Intelligence é uma tecnologia que permite às instituições transformar dados guardados nos seus sistemas em informações valiosas,

da Informação do Sebrae no Paraná, Ja-queline Aparecida de Almeida.

O planejamento estratégico do Se-brae exige mais dinamismo do que os sistemas de gestão normalmente con-seguem prover. O Business Intelligence quebra paradigmas, saindo das atuais visões bidimensionais para um novo conceito que vem revolucionando a ges-tão das instituições há alguns anos- as visões multidimensionais. “Nós estamos saindo de um ponto onde enxergávamos somente as árvores para agora enxergar a floresta. Vamos ter uma visão do Se-brae como um todo com essa ferramen-ta”, acrescenta a gerente.

A capacidade de análise da empresa cresce exponencialmente com esse novo tipo de solução porque traz embutido um novo conceito: agregar informações e não mais simplesmente agrupá-las. Quando implantado com sistemas de

informação adequados, o Business Intelligence passa a ser um auxílio inestimável no processo de tomada de decisão das organizações. Torna-se fácil de entender por-que palavras como com-petitividade, agilidade, globalização e qualidade fazem parte do dia-a-dia de empresas que usam esses ti-

pos de sistemas.“Nós teremos agilida-

de suficiente para oferecer as soluções do Sebrae pelo perfil do cliente, dentro do seu município e dentro do seu setor”, explica Ja-queline. Com a Internet, aumentou a importância e o valor da tecnologia

de Business Intelligence ao fornecer a base para a troca de informação não só dentro da empresa como para além dela. Outra vantagem do Business Intelligen-ce, segundo a gerente, é que permite a produção de relatórios rápidos “como, por exemplo, a apresentação de resulta-dos para o Conselho de Administração”. De fato, o sistema faz a extração, aná-lise, formatação e a transformação de informações corporativas em consultas e relatórios gerenciais, permitindo uma visão mais ampla de toda a organização, o que permite identificar pontos dentro dos processos que possam ser utilizados como vantagem competitiva. “Para o cliente, nós poderemos, num outro exemplo, readaptar o ensino à distância ao descobrir-mos porque ele não faz determinados acessos. O processo permite pegar as respostas dos clien-tes, fazer o cruzamento dessas respostas e aí até mesmo recriar o por-tfolio de soluções do Sebrae”, conclui a gerente ■

Teremos agilidade suficiente para oferecer as soluções do Sebrae pelo perfil do cliente, dentro do seu município e dentro do seu setor.

Revista SoluçõeS sebRae 37

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Muito longe: o empresário brasileiro Marcelo Gomes, que tem negócios nos EUA, esteve no Brasil especialmente para fazer o Empretec.

Uma atitude de empreendedorO Empretec, um dos programas de maior sucesso do Sebrae, vem atraindo não só empresários, mas também profissionais liberais e gente de bem longe.

“A primeira vez que fiquei sabendo do Empretec foi durante uma conversa sobre negócios que tive com o primo da minha esposa. Ele estava falando sobre sua empresa e eu sobre meus empreen-dimentos nos Estados Unidos. Foi aí que surgiu a pergunta: ‘Por que você não faz o Empretec?’. Me falou também de algumas carac-terísticas boas e ruins que eu tinha e que certas com-binações de características poderiam ser perigosas para meus negócios, mas que eu poderia aprender a aprovei-tar o lado bom desses com-portamentos. ‘Você tem o perfil para o Empretec’, ele me disse em certa ocasião”.

O autor dessas frases é Marcelo Gomes, empre-

sário brasileiro de 41 anos que possui negócios em Los Angeles,

nos Estados Unidos, e que desembarcou em

Cascavel, no oeste do Estado, especialmente para fazer o Empre-tec, promovido por um período de

nove dias que se seguiram após 5 de abril. “Eu não queria perder mais tempo. Acho que o Empretec trou-xe tudo que estava procurando”, diz Marcelo, interrompendo a entrevista para voltar para os momentos finais do treinamento, no seu último dia.

O Empretec é um programa in-ternacional desenvolvido pela Orga-nização das Nações Unidas (ONU) e oferecido no Brasil pelo Sebrae, com carga horária de 80 horas/aula. É re-conhecido em todo o mundo como um dos melhores programas de ca-pacitação em empreendedorismo e tem por objetivo estimular a atitude empreendedora, focado na otimiza-ção dos resultados empresariais, a partir da mudança comportamental.

A postura empre-sarial de quem está à frente de um negócio é um dos fatores que faz a diferença no sucesso do empreendimento. A atitude diante das oportunidades e difi-culdades é o que dis-tingue os empresários que trabalham com o mesmo potencial de gestão e sob as mes-mas condições de mercado, mas com re-sultados distintos. “O Empretec é uma una-nimidade entre os par-

ticipantes. É um divisor de águas na vida dos empreendedores. O Progra-ma potencializa os comportamentos empreendedores e desenvolve habili-dades para que a pessoa possa melho-

O Empretec é uma unanimidade entre os participantes. Potencializa os comportamentos empreendedores e desenvolve habilidades para que a pessoa possa melhorar ainda mais o seu negócio e suas perspectivas de crescimento.

Empretec|Empreendedorismo com atitude

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rar ainda mais o seu negócio e suas pers-pectivas de

crescimento. A diferença é que é tra-balhada a pessoa em vez de técnicas de gestão empresarial. São traba-lhadas as características do com-portamento empreendedor”, avalia Beatriz Bertoglio, gerente da Re-

gional Oeste do Sebrae no Paraná. No Programa, a alteração da con-

duta empresarial tem como base dez características comportamentais, ti-das como fundamentais para o em-presário: a iniciativa e busca de opor-tunidade, capacidade de correr riscos calculados, persistência, comprome-timento, estabelecimento de metas, capacidade de planejar e monitorar

ações, capacidade para buscar e utilizar informações, persua-são e rede de conta-tos, independência e autoconfiança e exi-gência de qualidade e eficiência. Essas ca-racterísticas revelam pontos fundamentais

na personalidade do empreendedor.Os interessados no Programa

passam por uma entrevista para ava-liar qual é o momento vivido pela empresa e identificar os comporta-mentos empreendedores, baseados nessas dez características, que for-mam 30 comportamentos estipulados pela ONU. Identificados os perfis, busca-se formar um grupo homo-gêneo. Em média são realizadas 40 entrevistas dentre as quais cerca de 25 a 30 empresários são escolhidos e vão compor um grupo de Empretec.

Toda a estrutura do Empretec é desenhada numa metodologia de participação ativa. Os participantes são estimulados a todo instante a vi-venciar os comportamentos, além de entendê-los. São ciclos de ativida-des empresariais e dinâmicas estru-turadas em sala de aula que passam também por um momento de reflexão sobre aquele aprendizado que veio de uma ação prática. Ao final do nono dia, os participantes conseguem sair não só entendendo e vivenciando, mas também definindo o que querem fazer, o que pretendem mudar, qual o planejamento de longo prazo, as suas metas e o que precisa ser realizado na empresa em todas as suas áreas.

Na Regional Oeste, o Empretec é realizado desde 1995, chegando a ter dez edições por ano. E esse é um típico programa que se autovende. O próprio empresariado se mobiliza para trazer o treinamento para as suas cidades e aqueles que já fizeram o

Comemoração após termino do Empretec: pesquisas mostram que até 2/3 dos empresários aumentaram o faturamento e a geração de empregos.

características fundamentais para o empresário

● Iniciativa e busca de oportunidade● Capacidade de correr riscos calculados● Persistência ● Comprometimento ● Estabelecimento de metas● Capacidade de planejar e monitorar ações ● Capacidade para buscar e utilizar informações● Persuasão e rede de contatos● Independência e autoconfiança ● Exigência de qualidade e eficiência

Alunos do Empretec que aconteceu em Cascavel: potencializando comportamentos empreendedores.

Page 40: Soluções02 Sebrae

O empreendedorismo na indústria

A profissional liberal empreendedora

A cirurgiã-dentista Martha Damo Comel Boschirolli, de Ponta Grossa, é a prova de que os comportamentos empre-endedores podem ser encontrados – e ajudam muito – na vida de profissionais liberais. O aproveitamento de Martha no Empretec, em Cascavel, foi tão bom que, ao final, foi uma das vencedoras de uma competição que é realizada dentro do Programa. “Desde que eu me formei, sempre tive como foco estudar, fazer especializações, buscar sem-pre aumentar a qualidade do atendimento. Mas eu nunca enxerguei meu consultório como uma empresa. Podemos não vender um produto, mas vendemos um serviço. Então o Empretec faz você entrar em contato com as caracterís-ticas empreendedoras que ajudam a ampliar esse ponto de visão”, diz Martha.

O engenheiro Lucas André Sartori, que traba-lha em uma empresa especializada em equipa-mentos agroindustriais, já planeja algumas me-tas após o término do Programa que aconteceu em Cascavel: “É muito importante estabelecer metas do que se quer e trabalhar o planejamen-to para que isso aconteça. É preciso parar de ser ‘vagão’ e agir como ‘locomotiva’, puxando o negócio na direção almejada. E eu saio do curso já com um alinhamento definido: estar, em cinco anos, entre os cinco fabricantes nacionais”, pla-neja Lucas.

Programa acabam criando uma rede de empresários e amigos em que indi-cam uns para os outros. Pesquisa so-bre o Empretec, realizada há alguns anos pelo próprio Sebrae, para anali-sar o impacto do Programa, mostrou que praticamente 2/3 dos empre-sários participantes aumentaram o faturamento e a geração de empre-gos. Enquanto a taxa de sobrevivên-cia das micro e pequenas empresas no Paraná é de 75%, após os dois primeiros anos de funcionamento, com o Empretec pode chegar a 93%

Mas mesmo com os excelentes resultados, é preciso que haja um esforço para garantir a mudança. “Existe um estudo da psicociber-nética de que aquilo que você faz continuamente por 21 dias acaba sendo incorporado, vira um hábito. O problema é que, mesmo conse-guindo fazer algumas mudanças de comportamento, a pessoa volta para o mesmo ambiente de convivência, o mesmo dia-a-dia, o que pode pu-xar para a zona do conforto. E, como

mudar comportamento não é algo fá-cil, é proposto que 21 dias depois do seminário haja um encontro entre os participantes para se fazer uma lei-tura de quais comportamentos eles conseguiram praticar e promover mudanças”, ressalta o coordenador dos facilitadores do Empretec em Cascavel, Orestes Duarte Pacheco ■

Na foto, a cirurgiã-dentista Martha

Damo Comel Boschirolli: prêmio pelo desempenho no Empretec.

LOCALIDADE EVENTO VAGAS

AMPÉREEMPRETEC URBANO E RURAL 16/08/2008 a 24/08/2008

30

CHOPINZINHO EMPRETEC12/04/2008 a 20/04/2008

17

CURITIBAEMPRETEC URBANO E RURAL 31/05/2008 a 08/06/2008

20

FOZ DO IGUAçU

EMPRETEC URBANO E RURAL 07/06/2008 a 15/06/2008

15

JACAREZINHO EMPRETEC 24/05/2008 a 01/06/2008

26

MARINGÁEMPRETEC - URBA-NO E RURAL - 26/07/2008 a 03/08/2008

25

MEDIANEIRAEMPRETEC URBANO E RURAL 13/09/2008 a 21/09/2008

28

PATO BRANCOEMPRETEC URBANO E RURAL02/08/2008 a 10/08/2008

30

SãO JORGE DO OESTE

EMPRETEC URBANO E RURAL 12/07/2008 a 20/07/2008

30

Empretec|Empreendedorismo com atitude

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Page 41: Soluções02 Sebrae

Porte, mais conhecido como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em vigor desde dezembro de 2006, segundo di-vulgação distribuída pelo Sebrae Nacio-nal no final de abril. De janeiro de 2007 até agora, um total de 104 municípios do Estado já obtiveram a promulgação e implantação de suas Leis Gerais Muni-cipais, o equivalente a 29% dos 399 municípios paranaenses. “Ainda temos a Lei Geral em tramitação nas Câmaras Muni-cipais de algo entre 30 a 40 mu-nicípios e nossa meta até o final de julho é atingir a 300 locali-dades, ou 80% dos municípios paranaenses”, contabiliza César Rissete, consultor do Sebrae em Curitiba e coordenador do gru-po de municipalização da Lei Geral no Estado.

O índice de adoção da Lei no Paraná está muito acima da média nacional. Segundo o Se-brae Nacional, dos 5.562 muni-cípios brasileiros, apenas 400, ou 7% implantaram Leis Gerais

Lei Geral: Paraná é líder O Estado já conta com 104 municípios onde a lei foi aprovada e pretende atingir até o final do ano que vem todos os municípios paranaenses. O Paraná é o estado brasileiro que mais conta, em números absolutos, com municípios que já implantaram o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno

Lei Geral|Municipalização

Municipais. Além de ser o estado nº. 1 na implantação da Lei, o Paraná teve a primeira cidade do País – Maringá - a regulamentar a Lei Geral, antes mesmo de sua entrada em vigor. Para o analista técnico do Sebrae Nacional em Políticas Públicas, Alessandro Machado, “os ad-ministradores públicos paranaenses es-tão mostrando que têm atitude em favor dos pequenos negócios”. Micro e pe-quenas empresas representam 99% dos estabelecimentos formais hoje no País, 56% dos empregos com carteira assina-da e 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Um levantamento fei-to pelo Ministério do Planejamento estima que, se a legislação “pegar” a participação das micro e pequenas empresas aumentará dos atuais 17% para 30% das aquisições públicas da União,

estados e municípios, e será gerado por ano no País cerca de 1 milhão de novos empregos.

César Rissete destaca as vantagens da municipalização tanto para os em-presários como para a sociedade, que vai se beneficiar com mais renda cir-culando nos municípios e mais postos de trabalho com carteira assinada.

Para os municípios que ainda não regulamentaram a Lei Geral, o Sebrae no Paraná alerta que o artigo 77 fixou em um ano o prazo para a implanta-

ção de leis e atos necessários para assegurar o pronto e ime-diato tratamento jurídico dife-renciado, simplificado e favo-recido às microempresas e às empresas de pequeno porte e que este prazo expirou em de-zembro de 2007. Neste caso, os empresários que se sentirem lesados pela não municipaliza-ção da Lei Geral podem acio-nar a Justiça ■

Nós trabalhamos em parcerias com associações municipais e entidades de classe empresariais com o envolvimento de todo o Sebrae estadual.

Cidades onde a Lei Geral da Micro e

Pequena Empresa já foi implantada .

Page 42: Soluções02 Sebrae

decidiu deixar seu passado e suas referências para trás e tornar-se um andarilho. Sua histó-ria, contada no livro “Na Natureza Selvagem” e transformada em filme recentemente, tem seu ponto culminante em uma grande “aven-tura” empreendida por Cristopher no Alasca, onde ele pretendia viver em isola-mento e a partir dos recursos que a natureza lhe oferecesse. Infeliz-mente, a história termina de for-ma trágica, com a morte do jovem por congelamento e inanição den-tro de um ônibus abandonado.

Do outro lado da moeda, te-mos histórias e mais histórias de aventuras bem-sucedidas. Nomes como Amyr Klink, Waldemar Niclevicz e Fa-mília Schurmann, pra ficar apenas nos exem-plos mais conhecidos e brasileiros, habitam o imaginário popular ocupando posição de destaque no Olimpo dos grandes aventureiros.

Mas o que estas histórias têm a ver com a atividade empreendedora? Mais do que imaginamos! Com freqüência nos deparamos

A Aventura EmpreendedoraCristopher McCandless foi um jovem norte-americano, filho de um engenheiro da Nasa e criado dentro dos melhores costumes e padrões da típica família americana de classe média. Após se graduar na Universidade,

com comentários que comparam a atividade empreendedora a uma aventura. Em especial num país como o Brasil, em que a atividade empresarial é cercada por um conjunto de di-ficuldades e adversidades de toda ordem e que dificultam o desenvolvimento de uma empre-sa nascente – apesar dos avanços e importan-tes conquistas já obtidos com a Lei Geral da Micro e da Pequena Empresa -, esse tipo de afirmação repercute com incrível facilidade.

O termo “aventura” é freqüentemente associado a empreitadas que envolvem alto risco e total imprevisibilidade. E, em geral, quando alguém fala ou escreve que abrir um pequeno negócio é uma verdadeira aventura, está associando a atividade empreendedora a um evento arriscado em que existe grande dependência de fatores como sorte. Isto é ver-dade. Mas ainda mais verdadeiro é o fato de que grandes realizações não são fruto do aca-so. Elas são fruto de um exaustivo processo de preparação. São decorrência de um planeja-mento apurado, de estudos e levantamos pré-

vios, de análise das condições e das adversidades que poderão ser encontradas pelo caminho. E, este preparo e planejamento, somado ao espírito empreende-dor daqueles que empreendem, constituem o fator determinante para o sucesso.

Precisamos desesperada-mente de aventureiros no uni-

verso dos pequenos empreendimentos. Mas aventureiros que fujam do improviso e des-preparo de McCandless e que busquem ins-piração nos modelos vencedores de Klink, Niclevicz e dos Schurmann. O êxito é conse-qüência de trabalho árduo, preparo e um efi-ciente processo de gestão. E quando obtido, é sempre recompensador. Boa jornada! ■

Allan Marcelo de Campos Costa é

Diretor-Superin-tendente do Sebrae

no Paraná.

Revista SoluçõeS sebRae 42

Artigo

Precisamos desesperadamente

de aventureiros no universo

dos pequenos empreendimentos.

Allan Marcelo de Campos Costa é mestre pela Universidade de Lancaster, Inglaterra – MSc in IT, Management and Organizational Change - e mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Var-gas, tem MBA em Gestão de Negócios pela IBMEC Business School e é pós-graduado em Desenvolvimento Gerencial para Executivos pela FAE/CDE. Possui artigos publicados em jornais, revistas e conferências no Brasil e no exterior, em países como Chile, África do Sul, Reino Uni-do, Holanda, Hungria e Eslovênia.

Page 43: Soluções02 Sebrae

A Aventura Empreendedora

LondrinaAv. Santos Dumont, 1335Bairro AeroportoCEP: 86.039-090Fone: (43) 3373-8000Fax: (43) 3373-8005

REGIONAL NORTE

Escritório

ApucaranaRua Osvaldo Cruz, 510 - 13° andar Bairro Centro CEP: 86.800-720Fone: (43) 3422-4439Fax: (43) 3422-4439

IvaiporãRua Professora Diva Proença, 1190Bairro Centro CEP: 86.870-000Fone: (43) 3472-1307Fax: (43) 3472-1307

JacarezinhoRua Dr. Heráclio Gomes, 732 Bairro CentroCEP: 86.400-000Fone (43) 3527-1221Fax: (43) 3527-1221

REGIONAL OESTE

Escritório

Foz do IguaçuRua das Guianas, 151Bairro Jardim AméricaCEP: 85.864-470Fone: (45) 3522-3312Fax: (45) 3573-6510

ToledoLargo São Vicente de Paulo, 1333 - 3° andar - sala 30 e 31CEP: 85.900-210Fone: (45) 3252-0631 Fax: (45) 3252-6175

CascavelAvenida Pres. Tancredo Neves, 1262Bairro Alto AlegreCEP: 85.805-000Fone: (45) 3321-7050Fax: (45) 3226-1212

REGIONAL NOROESTE

Escritório

Campo MourãoAvenida Manoel Mendes de Camargo, 1111Bairro CentroCEP: 87.302-080Fone: (44) 3523-5386Fax: (44) 3523-5386

ParanavaíRua Mato Grosso, 1874 A Bairro Centro CEP: 87.702-030Fone: (44) 3423-2865 Fax: (44) 3423-2794

UmuaramaAvenida Brasil, 3404 Bairro Zona I CEP: 87.501-000Fone/fax: (44) 3622-7028 Fax: (44) 3622-7065

MaringáAvenida Bento Munhoz da Rocha, 1116Bairro Zona 07CEP: 87.030-010Fone: (44 ) 3220-3474 Fax: (44) 3220-3402

CuritibaRua Caeté, 150 Bairro Prado Velho CEP: 80.220-300Fone: (41) 3330-5800Fax: (41) 3330-5768 / 3332-1143

REGIONAL CENTRO-SUL

Escritório

GuarapuavaRua Vicente Machado, 1552Bairro Centro CEP: 85.010-260Fone: (42) 3623-6720 Fax: (42) 3623-6720

Ponta GrossaRua XV de Novembro, 120Bairro Centro CEP: 84.010-020Fone: (42) 3225-1229Fax: (42) 3225-1229

Pato BrancoAvenida Tupi, 333Bairro Bortot CEP: 85.504-000 Fone: (46) 3220-1250Fax: (46) 3220-1251

REGIONAL SUDOESTE

Escritório

Francisco BeltrãoRua São Paulo, 1212 - Sala 01 - Condo-mínio Alphaville CEP: 85.601-010Fone: (46) 3524-6222 Fax: (46) 3524-5779

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