sistema de gestÃo ambiental: a influÊncia da iso … · mba perícia auditoria e governança...
TRANSCRIPT
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO
14001 NAS EMPRESAS
Mara Rúbia Rocha - [email protected]
Mba Perícia Auditoria e Governança Ambiental
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Goiânia, GO, 05 de Abril de 2013
Resumo
A preocupação das empresas com o meio ambiente ocorreu principalmente devido às
pressões da sociedade que, por volta das décadas de 1960 e 1970, já manifestava a
percepção de que a natureza é o meio em que se vive e que proporciona a sobrevivência; esse
meio natural forma uma cadeia de dependência, que uma vez afetada determinada área,
provoca um distúrbio natural que pode se tornar irreversível. Partindo desse ponto, este
estudo tem como objetivo analisar os aspectos organizacionais administrativos da Norma
NBR ISO 14001 na empresa Evoluti Tecnologia e Serviços Ltda, a partir de uma pesquisa de
campo. Ao final do estudo, foi possível compreender que a implantação da NBR ISO 14001
oferece métodos estruturados e sistemáticos para alcançar novos padrões de gestão
ambiental que atuam como ferramentas para estabelecer práticas e procedimentos
apropriados em direção à meta do desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável – Sistema de Gestão ambiental –
NBR ISO 14001.
1. Introdução
Nessa Nova Era as organizações estão compreendendo a necessidade de
existir uma consciência ambiental nas empresas. Desse modo, o Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) é uma forma das organizações gerenciarem e controlarem suas atividades que podem
causar algum impacto ambiental, proporcionando novas concepções para os líderes
empresariais.
A elaboração da norma ISO 14001 foi fundamentada no princípio da
melhoria contínua, na “Motivação Ambiental”, em função da crescente preocupação com a
questão ambiental, o foco no desenvolvimento sustentável e outros aspectos, como a evolução
das legislações ambientais. A ISO 14001 enfatiza a integração entre o sistema de gestão
ambiental e o sistema de gestão global da empresa com o objetivo de conciliar questões
ambientais, estratégicas e competitivas.
Para muitos clientes, é importante saber que as empresas com as quais estão
se relacionando são parceiras do meio ambiente, e, por isso, se sentem mais seguras.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Atualmente os consumidores, governos, ONG’s, associações e instituições
privadas, estão cada vez mais atentas e exigentes com os produtos e serviços disponíveis no
mercado, e, também dos impactos ambientais causados por eles. Essas pressões fizeram com
que as empresas percebessem a sua ligação com o meio externo. Sua imagem e credibilidade
perante a sociedade são fundamentais para assegurar a competitividade e sua sobrevivência no
mercado.
Nesse sentido, muitas organizações já perceberam que o compromisso com
o meio ambiente passa a ter significado de confiança para os empreendimentos, levando as
mesmas a implantarem Sistemas de Gestão Ambiental. Diante dessas considerações, foi
realizado um estudo de caso na EVOLUTI Tecnologia e Serviços Ltda., uma empresa que
atua no ramo de serviços urbanos, engenharia, redes de computadores e comunicação de
dados, oferecendo assessoria, consultoria, projetos de internet e sistema de cabeamento
estruturado para clientes corporativos.
Nesse contexto, a intenção deste trabalho é mostrar de que forma o Sistema
de Gestão Ambiental é vantajoso para a empresa e a sociedade como um todo, na medida em
que, para a sociedade essa política garante a preservação ambiental, a melhoria da qualidade
de vida, redução dos efeitos das mudanças climáticas globais, e, para as empresas acaba por
gerar novas oportunidades de negócios, um marketing social bastante favorável, e ganhos de
competitividade através da certificação ambiental que a diferenciará positivamente de sua
concorrente, tudo isso gerando um maior lucro.
Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar os aspectos
organizacionais administrativos da Norma ISO 14001 na EVOLUTI, a fim de mostrar de que
forma o Sistema de Gestão Ambiental é vantajoso para a empresa e a sociedade como um
todo. Para tanto, o trabalho foi estruturado em quatro capítulos. No capítulo 1 foram
desenvolvidos os objetivos da pesquisa a partir de elementos como problematização,
hipóteses, justificativa e objetivos visando demonstrar a importância do estudo para a empresa
EVOLUTI. O segundo capítulo apresenta os referenciais teóricos utilizados para fundamentar
a pesquisa, tendo por base diversos autores que tratam do tema Gestão Ambiental, na
normativa da ISO 14001, dentre eles Seiffert (2008, 2009), Barbiere (2004, 2006, 2007),
Donaire (1995, 1999), Tachizawa (2001) e outros.
O terceiro capítulo descreve a metodologia utilizada para construir o estudo
a partir de uma abordagem exploratória e descritiva, por meio de pesquisa bibliográfica,
documental e estudo de caso. Por fim, no quarto é demonstrada a pesquisa realizada na
empresa através dos resultados obtidos durante a entrevista, checklist, aplicação de
questionários junto aos colaboradores e observação in loco, o que permitiu obter as
informações necessárias para analisar os aspectos organizacionais e a influência da norma
ISO 14001 na EVOLUTI.
CAPÍTULO 1 – DESENVOLVIMENTO DOS OBJETIVOS
1.1 Problematização
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
A questão ambiental é um tema que se inseriu definitivamente nas
organizações. Deixou de ser uma preocupação de ambientalistas e passou a ser de interesse
global, o fato é que, os empresários estão percebendo que ter consciência ambiental é
vantajoso, e, consolida uma imagem institucional favorável.
A implantação de um SGA, além de ser uma tendência mercadológica é
uma necessidade, pois, além das empresas estarem atendendo a legislação, normas e leis de
sua localidade, elas poderão desfrutar de várias vantagens que o SGA proporciona.
Nesse novo cenário, os clientes adotaram uma postura rigorosa, preferindo
manter relações com empresas que sejam éticas e que exercem uma postura ecologicamente
responsável. Nesse contexto, as empresas procuram por estratégias competitivas e a ISO
14001 é um diferencial para a consolidação da empresa no mercado competitivo.
As organizações estão reconhecendo a importância de exercer um papel
social perante a sociedade, e, percebendo que é necessário manter uma relação harmônica
entre economia e meio ambiente.
Diante do exposto, a base para a realização desta pesquisa abordou o
seguinte problema: As empresas estão utilizando a normativa ISO 14001 como estratégia
mercadológica ou como um compromisso com o meio ambiente? Assim, o presente trabalho
se propõe a desenvolver um estudo de caráter descritivo, exploratório, qualitativo e
quantitativo em uma empresa goiana do ramo de prestação de serviços no município de
Aparecida de Goiânia – GO.
1.2 Hipóteses
Existe a hipótese de que as organizações que têm a certificação ambiental e
possuem uma postura de responsabilidade sócio-ambiental podem comunicar esse fato de
maneira estratégica e alcançar resultados positivos, no que diz respeito à imagem e a
valorização da empresa com os públicos que ela interage ou pretende interagir.
Várias empresas passam a adotar práticas ambientais como marketing,
visando melhorar a imagem e suprir uma exigência de um mercado globalizado. Segundo
Luigi (1999, p. 19) “gestão ambiental tornou-se moeda forte, tanto para o mercado interno,
como, principalmente, para a inserção no mercado internacional e atendimento às exigências
para financiamentos”.
A implementação da normativa ISO 14001 é além de um instrumento de
promoção da imagem da empresa, uma oportunidade de revisão de todo os processos
produtivos, identificação de desperdícios e aproveitamento de resíduos, é também uma
oportunidade de garantir o desenvolvimento, preservando os recursos naturais e o meio
ambiente.
1.3 Justificativa
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Devido a sua grande importância, a questão ambiental é um tema que ao
longo das décadas vem dominando e deverá dominar muitos debates de âmbito mundial. E,
neste novo cenário em que se encontram as organizações, é primordial para sua sobrevivência
a busca por novos mercados consumidores. Neste sentido, é importante que o administrador
busque novas estratégias, e, a NBR ISO 14001 é um trunfo para a melhoria da imagem da
empresa e sua permanência no mercado.
Em vista disso, o presente estudo contribui para mostrar de que forma o
Sistema de Gestão Ambiental baseado na NBR ISO 14001/2004 é vantajoso tanto para as
empresas, quanto para a sociedade como um todo. Como projeto científico, este estudo visa
adquirir conhecimentos que auxilie a compreensão desse tema, que se inseriu definitivamente
no mercado global.
1.4 Objetivo geral
Analisar os aspectos organizacionais administrativos e a influência da
Norma ISO 14001 na empresa EVOLUTI Tecnologia e Serviços Ltda.
1.5 Objetivos específicos
Levantar referencial teórico pertinente ao tema;
Analisar a importância da NBR ISO 14001 na organização;
Descrever a utilização da NBR ISO 14001 na EVOLUTI;
Identificar as mudanças comportamentais da organização após a certificação, levantando
dados teóricos.
CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Histórico da Gestão Socioambiental
Ainda nos anos 1960, nos Estados Unidos, uma profunda mudança na
atitude do povo americano com relação à necessidade de normas ambientais federais,
suscitada em parte por Silent Spring (Primavera Silenciosa), de Rachel Carson, resultou em
pressão para que os políticos agissem. A partir daí começaram a surgir diversas normas para
regular as ações do homem sobre o meio ambiente.
Com o surgimento de normas nacionais e de outras semelhantes
em âmbito estatal, tornaram-se comuns as avaliações
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
quantitativas de impacto na atmosfera e na água, de níveis de
toxidade e de normas de saúde. Esses desdobramentos
combinados levaram ao que denominamos hoje de auditoria
ambiental (Callenbachetl., 1993, p. 41).
Cita Donaire (1995) que um dos motivos dessa mudança no modo de pensar
foi o crescimento da consciência ecológica, na sociedade, no governo e nas próprias
empresas, que passaram a incorporar essa orientação em suas estratégias. Foi a partir da
década de 1960 que as pessoas começaram a ter consciência sobrea escassez dos recursos
naturais, que são fundamentais para a sobrevivência da população e do sistema ecológico,
como a água, petróleo, madeira e outros, preocupação esta com o crescimento desordenado da
população, pois alguns autores (como Primavera Silenciosa Rachel Carson) previam o uso de
Dicloro Difenil Tricloroetano(DDT) que era usado nas lavouras para combater as pragas, e
também durante a segunda guerra mundial foi usado para combater o mosquito da malária,
esse defensivo agrícola, além de matar inúmeras espécies de insetos, também interferia nas
células humanas e dos animais, causando inúmeras doenças.
A partir da década de 1970, com a conferência de Estocolmo realizada pela
Organização das Nações Unidas (ONU), que enfatizou a questão ambiental como prioridade,
alguns dirigentes de países começaram a se preocupar na forma em como poderiam produzir
evitando a exaustão dos recursos naturais. A Conferência do Estocolmo foi marcada por
divergência entre dois blocos: o dos países desenvolvidos, que se preocupavam com a
poluição e esgotamento dos recursos estratégicos; e dos demais países, que defendiam o
direito de utilizar os recursos para o crescimento em busca de um padrão de bem estar ao
nível dos países ricos.
Segundo Barbieri (2007, p. 43), “essa conferência teve avanços positivos,
contribuindo para gerar um novo entendimento sobre os problemas ambientais”. Sua
principal contribuição foi a de colocar em pauta a relação entre o meio ambiente e formas de
desenvolvimento, não sendo possível falar em um, sem considerar o outro. Após essa relação
entre o meio ambiente e desenvolvimento, surgiu a necessidade de definir um conceito para
desenvolvimento, que passou a ser considerado como desenvolvimento sustentável.
Na década de 1980 começa a surgir uma espécie de "ambientalismo de livre
mercado", que trocou a ênfase das regulações dos insumos e das atividades para os resultados.
“Os novos instrumentos de política ambiental mudaram as possibilidades de utilização das
ações ambientais como instrumentos de marketing e estratégia competitiva pelas empresas”
(Menon e Menon, 1997, p. 76).
Quando se fala em gestão socioambiental para Hoffman (2000, p. 28),“os
governos e ativistas sociais têm sido historicamente os mais proeminentes elementos a
dirigirem as práticas ambientais corporativas”. Durante as décadas de1970 e 1980, estas duas
forças foram às condutoras predominantes das práticas ambientais corporativas.
Na década de 1970, o governo foi incisivo no desempenho ambiental das
empresas. Os administradores viam a relação entre meio ambiente e empresa como uma ação
regulatória imposta pelo governo. Já na década de 1980, os grupos ambientalistas passaram a
assumir um papel mais direto no direcionamento das estratégias ambientais corporativas.
Estes grupos cresceram em poder e influência em função do crescimento no número de seus
membros e de seus orçamentos, e da especialização e profissionalização de suas atividades.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Como havia muitas pressões sociais destes grupos, os administradores
desenvolveram práticas ambientais como parte das responsabilidades sociais das empresas,
com vistas a atender a sanções legais, penalidades civis e criminais quanto sociais redução na
reputação e na imagem institucional.
Na década de 1990 houve um grande impulso com relação à consciência
ambiental na maioria dos países, aceitando-se pagar um preço pela qualidade de vida e
mantendo-se limpo o ambiente. As empresas passaram a se preocupar com a racionalização
do uso de energia e de matérias primas, além de maior empenho e estímulos à reciclagem e
reutilização, evitando desperdícios. Assim a expressão qualidade ambiental passou a fazer
parte do cotidiano das pessoas.
Conforme Seiffert (2009):
Em 1991 foi elaborada a norma internacional de proteção
ambiental ISSO 14001, somente proposta como referência para
o processo de gestão ambiental organizacional durante a ECO
92. A ISO criou o grupo Estratégico Consultivo sobre o meio
ambiente (Seiffert, 2009, p. 16).
Esse grupo tinha como objetivo promover uma abordagem comum à gestão
da qualidade, aperfeiçoando a capacidade das organizações para alcançarem e medir
melhorias no desempenho ambiental, bem como facilitar o comercio entre as nações.
A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CNUMAD), oficialmente denominada “Cúpula da Terra”, Eco 92ou Rio
92, realizou-se no Rio de Janeiro em 1992, reuniu 103 chefes de estado, deum total de 182
países, aprovando cinco oficiais internacionais:
a) Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;
b) Agenda 21 e os meios para sua implementação;
c) Convenção – Quadro sobre Mudanças Biológicas;
d) Convenção sobre Diversidade Biológica;
e) Declaração de Florestas.
Essa conferência teve como objetivo discutir temas ambientais globais e
sugerir soluções potenciais. Dois dos resultados que são valiosíssimos para a gestão ambiental
foram a Agenda 21 que permite uma atuação em nível macro, através do estabelecimento de
diretrizes gerais, para processos de gestão em nível federal, estadual e municipal, e as normas
da ISO 14000 que apresentam importante função dentro de um contexto micro, em nível
organizacional. A ISO 14001estabelece uma base comum para a gestão ambiental eficaz no
mundo inteiro, sendo aplicável a organizações com os mais variados perfis.
Segundo Seiffert (2009, p. 17), “em 1995, realiza-se em Berlim a Primeira
Conferência das partes a convenção sobre Mudanças Climáticas, em que se conclui que a
abordagem escolhida, a de tornar a adesão voluntária, fracassa”. A conferência resulta no
mandato de Berlim, que convoca as nações industrializadas para estabelecer objetivos mais
específicos para a redução das suas emissões.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Em junho de 1997, o G8 – líderes dos oito países mais ricos do globo –
reúne-se na cidade de Denver (Colorado) para formular um acordo. Com a decisão dos
Estados Unidos de não oferecer objetivos numéricos para a redução de emissões,
representantes da União Europeia e ambientalistas declaram-se decepcionados com a decisão.
Realizado no Japão em 1997, após discussões que se estendiam desde 1990
o Protocolo de Kyoto foi assinado na 6ª Conferência das Partes da Convenção das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP6). Para discutir sobre providencias em relação ao
aquecimento global, a conferência reuniu 166países. Para Seiffert (2009):
O Protocolo funciona como uma espécie de adendo à
Convenção do clima que estabeleceu como meta para 38 países
industrializados reduzir as emissões de gases que contribuem
para o efeito em 5,2%, no período de2008 até 2012, em relação
aos níveis existentes em 1990 (Seiffert, 2009, p.17).
De acordo com Seiffert (2009, p. 18), “as questões ambientais estão sendo
intensamente debatidas nesse início do século XXI”. Em 2000, houve a escolha da Comissão
sobre o Desenvolvimento Sustentável (CDS), como o órgão responsável pela organização da
Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (CMDS), mais conhecida como Rio +
10, que ocorreu em agosto de2002, em Johanesburgo, África do Sul. Essa conferência teve
como principal objetivo averiguar sobre os progressos obtidos desde a CNUMAD.
Seiffert (2009) destaca que um grande marco para as questões ambientais
foi à assinatura do protocolo de Kyoto.
Após quase dez anos da assinatura do Protocolo de Kyoto, o
então presidente da Rússia Vladimir Putin, assinou em 2005, a
ratificação do protocolo. O protocolo de Kyoto visa à redução
das emissões de gases que provocam o efeito estufa, os países
que aderiram a esse acordo, e, que o descumprirem, estarão
sujeitos a penalidades. Para a vigoração do protocolo, ele
precisaria da ratificação de pelo menos 55% dos países
responsáveis por essas emissões (Seiffert, 2009, p. 18).
Em fevereiro de 2007 começaram a desenvolver as medidas adotadas pelo
Painel Intergovernamental Panelof23 Climatic Changes – IPCC). “Os estudos dos Grupos de
Trabalho do IPCC mostram a necessidade de implantação de um órgão mais presente e com
normas mais rigorosas do que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA)”, como menciona Seiffert (2009, p. 19).
2.1.1 Questão internacional
Após a Conferência de 1972, foi criado o PNUMA e a Comissão Mundial
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento que em 1987 publicou o relatório “Nosso Futuro
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Comum” o qual consagrou a expressão desenvolvimento sustentável, além de estabelecer com
bastante clareza o papel das empresas na gestão ambiental.
Segundo Seifert (2008, p. 15) um dos fatos que foi evidenciado com a
“evolução dos acordos da Rodada Uruguaia do Acordo Geral de Tarifas e Comércio(GATT)
no período de 1986 a 1993, neste tratado foi descartado o uso oportunista e manipulatório da
questão ambiental”. A organização mundial do comércio previa que ocorreria um grande
crescimento do comercio internacional e da independência comercial e financeiras dos países.
Existe dessa forma a possibilidade de que a questão ambiental seja utilizada por grupos como
um agente para o protecionismo econômico dos países, sendo utilizada principalmente para
influenciar a opinião pública e outros.
Segundo Lopes (2002, p. 85) “a Agenda 21 FGJ um documento elaborado
em 1992 na cidade do Rio de Janeiro que ficou conhecida como ECO-92representantes de
170 países estiveram presentes”. A Agenda 21 defende a necessidade de investimento em
programas de desenvolvimento sustentável. Nesse modelo de desenvolvimento considera-se
que o avanço econômico e a conservação do meio ambiente são compatíveis e devem estar
intimamente relacionadas. Os recursos naturais são suficientes para atender às necessidades
de todos, desde que manejados ou de forma sustentável. Para isso, devem ser elaborados
planos de manejos que não considerem apenas as características do meio ambiente, mas
também a cultura, história e situação social da comunidade que depende de determinados
recursos naturais.
Outro fato importante é mencionado por Lopes (2008):
Em 1997 houve uma reunião na ONU a Rio + 5 (que significa 5
anos após aECO-92) na qual ficou apontado algumas falhas em
pontos que foram definidos na Agenda 21 que dificultava sua
implantação. No mesmo ano aconteceu o encontro mundial na
cidade de Kyoto no Japão onde foi elaborado um dos mais
ambiciosos projetos de combate ao aquecimento global o
Protocolo de Kyoto. O Brasil foi um dos primeiros países a
assinar este protocolo (Lopes, 2008, p. 85-86).
Os primeiros estudos feitos sobre o efeito estufa, causador das mudanças
climáticas foram feitos 1827 por um filósofo francês chamado Fourier. Em 1896,
Svanterrenhuis foi um dos primeiros a criar um modelo para estudar a influência do gás
carbônico residente na atmosfera sobre a temperatura da terra. “O climatologista David
Keeling foi o responsável pelo primeiro estudo que revelava a curva de crescimento de
dióxido a partir da Revolução Industrial através da análise de bolhas de gelo polar que
puderam comprovar sua tese” (Marcovitch, 2006, p. 27).
Em 1987, foi aprovada por unanimidade pelas Nações Unidas a Comissão
Brundtland, obteve o mais amplo consenso até aquele momento entre cientistas e políticos de
todas as regiões do planeta essa comissão se converteu em um ponto de referência para todos
os debates posteriores sobre problemas globais relativos ao desenvolvimento e ao meio
ambiente. O Relatório Brundtland possui um novo estilo de desenvolvimento
(desenvolvimento sustentável) que inclua uma reorientação nas próprias nações
industrializadas e o consequente reordenamento das relações Norte-Sul em seu conjunto. “Ao
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
contrário da política ecológica tradicional o relatório Brundtland ao fazer um diagnóstico
impressionante da situação do planeta destaca a necessidade de atuar em uma escala global”
(Mármora, 1992, p. 25).
2.1.2 Sistema de Gestão Ambiental
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é um instrumento organizacional que
permite que uma empresa controle e avalie suas ações que possam ser prejudiciais ao meio
ambiente, para a NBR ISO 14001:2004, o SGA é “... parte de um sistema de gestão de uma
organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar
seus aspectos ambientais” (NBR ISO 14001, 2004, p. 2).
Para a implantação de um SGA, as organizações devem primeiramente,
elaborar a política ambiental, para Almeida (2001, p. 257), “ao elaborarem sua política
ambiental, as empresas devem estabelecer métodos que serão utilizados para a redução dos
impactos ambientais causados por suas atividades”.
Para Donaire (1995, p. 47), “o equacionamento da questão ambiental na
empresa é responsabilidade de todos os seus empregados, do presidente ao mais humilde
trabalhador”. Nesse mesmo sentido, Seiffert (2008, p. 22), ressalta:
A importância do envolvimento da alta administração não só em
termos de recursos, mas de comprometimento na implantação do
SGA, deve ser demonstrado, com estímulo a realização de
seminários e reuniões com o objetivo de esclarecer e incentivar
os indivíduos da organização a participarem da implantação do
Sistema de Gestão Ambiental.
Segundo Seiffert (2008), os fatores que motivam as empresas a investirem
em questões ambientais, são:
1) Atender o consumidor que prefere produtos ambientalmente
corretos.
2) Melhorar a imagem da empresa perante a sociedade.
3) Adquirir novos mercados consumidores.
4) Minimizar riscos com multas e acidentes.
5) Melhoria e controle nas atividades organizacionais,
informações confiáveis, delegação de atividades e rapidez na
solução de problemas.
6) Ciclo de vida do produto mais longo.
7) Possibilidade de conseguir financiamentos à taxas menores.
8) Maneira de demonstrar consciência ambiental ao mercado
(Seiffert,2008, p. 48).
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Quando a gestão ambiental é integrada como uma parte da organização,
percebe-se a sua importância, até mesmo, como uma forma de estratégia, Tachizawa (2004, p.
39), “a gestão ambiental, enfim, torna-se um importante instrumento gerencial para
capacitação e criação de condições de competitividade para as organizações, qualquer que
seja o seu segmento econômico”.
A forma com que as empresas lidam com as questões ambientais, é um fator
determinante na corrida por clientes e mercados consumidores, conforme salienta Seiffert
(2008):
O comportamento do público consumidor/clientes representa o
elemento central na determinação da estratégia a ser utilizada na
organização, principalmente tendo-se em vista ser o cliente que,
em última instância, sustenta pelas suas preferências a
organização em seus recursos financeiros (Seiffert, 2008, p. 36).
Para Donaire (1995, p. 108), o SGA possibilita as empresas ter uma “visão
global e não de forma isolada dos departamentos existentes, consequentemente devem andar
de forma harmoniosa com suas responsabilidades econômicas, social e ambiental”. Sendo
assim, o principal objetivo da gestão ambiental é a incessante procura pela qualidade
ambiental do ambiente de trabalho, produtos e serviços, essa busca incessante é que
proporciona o aprimoramento contínuo do Sistema de Gestão Ambiental nas organizações.
2.2 NBR ISO 14001
As normas da séria ISO 14000 é resultado das diversas conferências
realizadas desde a década de 1960 sobre as questões do meio ambiente e o desenvolvimento
econômico, as quais buscam consolidar uma “gestão ambiental efetiva dentro das
organizações” (Seiffert, 2008, p. 23).
Valle (1995) lembra que:
Com o intuito de uniformizar as ações que deveriam se encaixar
em uma nova ótica de proteção ao meio ambiente, a
Organização Internacional para Normalização – International
Organization for Standartization(ISO) –decidiu criar um sistema
de normas que convencionou designar pelo código ISO 14000.
Esta série de normas trata basicamente da gestão ambiental e
não deve ser confundida com um conjunto de normas técnicas
(Valle, 1995,p. 54).
A visão de Seiffert (2008, p. 23), é que a questão crucial para o surgimento
dessas normas foi o aparecimento de um consumidor mais preocupado com as questões
ambientais, “essa mudança de hábitos foi o que levou a um despertar de uma consciência
ambiental por parte das organizações”.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
2.2.1 Enfoques das normas ISO de gestão ambiental
De acordo com Seiffert (2008, p. 29), as normas da série ISO 14000 se
dividem em duas vertentes “organização e produto processo”. As normas cujo foco é a
organização são:
1) ISO 14001 e ISO 14004 (Sistema de Gestão Ambiental): “a norma ISO
14001 estabelece exigências mínimas para uma empresa implantar um SGA” (Dias, 2006, p.
196). Seiffert (2008, p. 29-30) salienta que, “essa norma é a única da série 14000 que pode
ser certificada”. Já a ISO 14004 é uma norma com objetivo de orientar a implantação da ISO
14001, que “apresenta um caráter não certificável”.
2) ISO 19011 (Auditoria de SGA): segundo Seiffert (2008, p. 30) “essa
norma estabelece diretrizes para auditorias e auditores de um SGA”.
3) ISO 14031 (Avaliação de Desempenho Ambiental): Seiffert (2008, p. 30)
diz que, essa norma direciona as empresas a avaliarem o seu “desempenho ambiental dos
processos”, desde a entrada de matérias-primas até o descarte após o uso.
As normas focadas no produto e sua produção são:
1) ISO 14020, ISO 14021 e ISO 14024 (Rotulagem Ambiental):
Segundo Seiffert (2008, p. 30), “essas normas estabelecem requisitos para a
implantação de selos ambientais (textos, símbolos e gráficos) nos produtos”.
2) ISO 14040, ISO 14041, ISO 14042, ISO 14043 e ISO 14044(Avaliação
de Ciclo de Vida): Conforme Seiffert (2008, p. 30 e 31), essas normas são “ferramentas que
auxilia a avaliação ao longo do ciclo de vida do produto, ou seja, matérias-primas,
fabricação, embalagem, transporte, distribuição e descarte, por isso, esse ciclo é chamado de
abordagem do berço ao túmulo”.
3) ISO TR 14062 (Aspectos Ambientais em Normas e Produtos): Para
Seiffert (2008, p. 31), “essa norma tem o intuito de promover a redução dos impactos
ambientais, através da orientação dos elaboradores dos produtos e normas”.
2.2.2 A busca de certificação
A normativa ISO 14001 tende a servir como um importante fator nas
realizações de negócios para as organizações, sendo assim, um componente para qualificar a
empresas perante aos clientes e fornecedores, conforme salienta Seiffert
(2008):
É importante considerar que uma das orientações básicas para a
elaboração da norma ISO 14001 é sua aplicabilidade a todos os
tipos e porte de organizações, em variadas condições
geográficas, culturais e sociais, a qual permitirá um
aprimoramento contínuo dos processos, através do
comprometimento de todos os níveis organizacionais, como
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
forma de alcançar um equilíbrio entre proteção ambiental e
necessidades socioeconômicas (Seiffert, 2008, p. 49).
Com relação a sua forma de adoção, à medida que foram surgindo às
certificações surgiram também algumas preocupações como, por exemplo, que em virtude do
seu processo de implantação ser oneroso e seus critérios serem difíceis de serem alcançados,
essa certificação poderia tornar-se um empecilho a algumas empresas localizadas em países
desenvolvidos.
Para Seiffert (2008, p. 49) “embora a norma ISO 14001 seja flexível por
não estabelecer padrões de desempenho ambiental, as empresas precisam cumprir os
padrões mínimos locais”. Assim o nível de dificuldade para obter a certificação será
determinado pelo nível de restrições ambientais estabelecidas pela legislação da cidade,
estado, região, ou país.
2.3 Preparando a implantação
2.3.1 Norma NBR ISO 14001 e seus subsistemas
A norma ISO 14001 estabelece orientações para o desenvolvimento e a
melhoria contínua de um SGA. Essa norma apresenta sua concepção fortemente embasada no
ciclo de PDCA (Planejar, Fazer, Verificar, Atuar – Plan, Do, Check, Action). Esse ciclo visa à
melhoria contínua dos processos e assegura que, a organização aprenda com os resultados,
baseando-se no planejamento este deve ser difundido por todos os envolvidos. Este progresso
acontece quando a alta administração está sensibilizada de que nenhuma etapa do programa
deverá ser despercebida e, que o colaborador é o instrumento que vai operar e cumprir todas
as metas, que foram exigidas.
Seiffert (2008) destaca que:
A lógica deste ciclo orientado para a solução de problemas
apresenta importantes interfaces como outro método que, por
sua vez, o desdobra com um enfoque extremamente prático e
instrumental, ou seja, o Método de Análise e Solução de
Problemas (MASP). Assim, enquanto a lógica do PDCA
orientou a elaboração da ISO 14001, o MASP é uma ferramenta
fundamental para sua operacionalização (Seiffert, 2008, p 78).
O ciclo PDCA influencia a NBR ISO 14001 verificando suas ações através
de uma análise crítica voltada para a melhoria contínua.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
_________ __________ _____ _____
Figura 1 – Ciclo PDCA e suas interfaces com o Método de Análise e Solução de Problemas
(MASP) SEIFFERT (2008, p. 79). Esse ciclo tem como função coordenar de forma contínua os esforços
visando melhorar constantemente, por isso, é constituído de algumas fases que devem ser
cuidadosamente planejadas. No contexto da ISO 14001, o ciclo de PDCA se desdobra em
cinco subsistemas, que são eles: “1) Política Ambiental; 2)Planejamento; 3) Implementação;
4) Verificação e Ação Corretiva; 5) Revisão Crítica” (Seiffert, 2008, p. 82)”.
O ciclo de PDCA procura demonstrar que programas de melhoria contínua,
devem iniciar com uma fase de planejamento. Ele representa o princípio da interação na
resolução de problemas ao realizar melhorias por etapas e repetir o ciclo de melhorias por
várias vezes, “a fim de atingir níveis de desempenho cada vez mais altos” (Campos, 1996, p.
266).
2.3.2 Integração dos sistemas de gestão
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Segundo Seiffert (2008, p. 86 e 87) “um dos grandes fatores da integração
dos sistemas da ISO 14001 e ISO 9001 estão no fato de se alcançar uma redução bastante
representativa nos custo de implantação”. Isso ocorre principalmente em virtude da redução
de demanda de técnicos especializados para a elaboração de novos procedimentos, os quais
poderiam em sua maioria, estar sendo simplesmente adaptados.
As observações realizadas durante o desenvolvimento dos processos de
implantação vivenciados são bastante coerentes com a observação de outros especialistas, em
que a redução de custo é bastante evidente quando se realiza uma implantação integrada ISO
9001-14001, uma vez que isso reduz a necessidade de homens/horas gastas no
desenvolvimento de um sistema de implantação de um SGA. A norma ISO 14001 apresenta
alguns requisitos que não são comuns a norma ISO 9001: “1) Aspectos comuns a norma ISO
9001; 2) Requisitos legais e outros; 3)Objetivos e metas; 4) Planos de gestão ambiental; 5)
Comunicação; 6) Preparação e resposta a emergência” (Seiffert, 2008, p. 87).
Porém nestes casos não existe nenhuma correspondência destes subsistemas
com a norma ISO 9001, as normas de procedimento necessário para seu atendimento podem
ser elaborados e integrados a este, adotando-se o mesmo padrão, fazendo assim para que esses
subsistemas sejam únicos, e definidos mais nitidamente a busca da melhoria continua
comparada a isso 9001. Cabe-se salientar aqui que estes requisitos materializam na prática a
necessidade de prevenir a poluição que é o principal objetivo da implantação da ISO 14001.
Seiffert (2008) salienta que os maiores benefícios de uma implantação de
um sistema de gestão integrada ISO 9001 e 14001 numa a empresa são: o tempo economizado
na pesquisa e na construção do sistema, economia de custos pela combinação das auditorias,
possibilidade de multitarefa, economia de horas/homens, redução de amplitude de
gerenciamento, redução de volume de papel gerado e custos operacionais (Seiffert, 2008,
p.88).
Considerando-se todos estes benefícios, se percebe a importância da
implantação de um sistema de gestão integrada dentro de uma organização.
2.3.3 Plano de implantação
Segundo Seiffert (2008, p. 90), “o plano de implantação da ISO
14001quando solicitado, por empresa de médio e pequeno porte, o tempo de treinamento e
menor, devido ao pequeno numero de funcionários”. Existem três fatores que são
fundamentais para que as empresas tenham a certificação da ISO 14001:
1) A empresa já é certificada pela ISO 9001 e deseja receber a da ISO
14001;
2) A empresa deseja implantar as duas normas conjuntamente;
3) A empresa está interessada em implantar apenas a ISO 14001(Seiffert,
2008, p.91)
Segundo Seiffert (2008), as etapas para a implantação da ISO 14001são:
1) Nomeação de um comitê diretivo para supervisionar a implantação;
2) Diagnóstico da organização;
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
3) Redação da política do SGA;
4) Elaboração de um plano de ação baseado nas discussões da diretoria;
5) Atribuição de funções especificas a diretores específicos;
6) Elaboração e implantação de um conjunto de projetos com prazos
definidos;
7) Revisão ou criação do manual de procedimentos ambientais (nível II)para
refletir os requisitos da norma;
8) Seleção de uma entidade certificadora;
9) Ampliação ou redação das instruções de trabalho necessárias(nível II);
10) Organização de uma autoria interna de todo o sistema;
11) Preparação para auditoria externa, revisando todos os pontos do SGA;
12) Auditoria externa (adequação e conformidade);
13) Correção das não-conformidades identificadas nas auditorias (Seiffert,
2008, p.91) Seiffert (2008, p. 92) diz que, durante o plano de implantação, se diagnosticado
algum gerenciamento de riscos, “são usados princípios básicos das ferramentas PERT/CPM,
e os riscos são classificados como: riscos do negócio, riscos técnicos e riscos de projeto”.
Para que o processo de implantação não perca continuidade, quando
diagnosticado riscos, é necessário que um cronograma de implantação seja elaborado pela
empresa, para que a certificação seja concluída no tempo determinado.
4.1.5 Política da qualidade e ambiental
A Alta Direção garante que a Política da Qualidade e Ambiental é
apropriada aos propósitos da EVOLUTI. A Política da Qualidade e Ambiental está disponível
nas diversas localidades em local de fácil visualização e está no Manual da Qualidade e
Ambiental sendo devidamente controlada pelo RD. A Política da Qualidade e Ambiental é
avaliada durante a reunião de análise crítica pela direção e quando necessário é alterada e,
posteriormente, aprovada. A Política da Qualidade e Ambiental da EVOLUTI está disponível
para o público através do site www.evoluti.com.br. e seus principais objetivos são:
Assegurar a satisfação dos clientes fornecendo produtos e serviços
de Qualidade;
Cumprir os contratos, normas, leis e outros requisitos aplicáveis aos
produtos e serviços;
Executar os serviços com segurança, evitando acidentes de trabalho;
Praticar coleta seletiva e outras ações para reduzir a poluição e o
impacto ao meio ambiente;
Melhorar continuamente o Sistema de Gestão da Qualidade e
Ambiental.
4.3 Apresentação e análise dos resultados da pesquisa
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Com o objetivo de analisar os aspectos organizacionais administrativos da
Norma ISO 14001 na empresa EVOLUTI Tecnologia e Serviços Ltda. Foi realizada uma
pesquisa e observação na empresa por meio de entrevista, checklist e questionário direcionado
aos colaboradores, tendo como foco o sistema de gestão ambiental e a influência da ISO
14001 na empresa EVOLUTI. A seguir serão apresentados os resultados obtidos durante o
estudo de caso.
4.3.1 Entrevista
Durante a entrevista observou-se que o fator decisivo para que a empresa
certificasse seu sistema de gestão ambiental através da NBR ISO 14001foi a consciência de
que a responsabilidade ambiental é uma preocupação latente em todos os meios e, por isso, a
EVOLUTI percebeu que os métodos propostos pelo SGA viriam a contribuir tanto com a
estratégia da empresa quanto com o posicionamento que gostaria de estabelecer diante do
mercado e de seu cliente.
Nota-se que, após a implantação a empresa ainda foi surpreendida com a
repercussão em lucros, gerada pela redução do desperdício.
A implantação atendeu a todos os requisitos exigidos pela Norma NBRISO
14001. Desse modo, a implantação da NBR ISO 14001 na empresa permitiu que o SGA
auxiliasse a organizar os processos que, por sua vez contribuíram para que os colaboradores
tivessem acesso às informações de forma ordenada, o que culminou em conscientização
ambiental. Como exemplo pode-se citar a elaboração da Política Ambiental por meio de
seminários e reuniões de divulgação interna; a preocupação com os aspectos e impactos
ambientais, antes inexistentes; a operacionalização através de pequenos atos como a coleta
seletiva, reutilização de uniformes por meio de cooperativas, etc. Não se pode deixar de citar
também que a certificação é um diferencial perante o mercado competitivo.
Com a implantação da NBR ISO 14001, todos os setores envolvidos de
alguma forma se beneficiaram, seja por meio do aumento da satisfação dos clientes, pela
melhoria do clima organizacional devido à padronização dos procedimentos e, até mesmo,
pelo aumento da motivação dos profissionais em função da certificação. Isso porque a NBR
ISO 14001 é notoriamente eficaz em todos os processos de um modo geral e, em especial, nos
processos ambientais, como por exemplo, a coleta seletiva.
Para alcançar esses resultados foi necessário envolver todos os
colaboradores através da conscientização quanto à importância da gestão ambiental tanto na
rotina corporativa quanto em âmbito social. Os colaboradores são incentivados a manter o
bom funcionamento do processo através de melhoria da qualificação em função dos cursos e
treinamentos e premiações com base nas metas e objetivos. Os resultados alcançados devem
ser avaliados constantemente para verificar a necessidade de novas ações, por isso, a empresa
reavalia seus processos por meio de auditorias periódicas.
Além dos aspectos citados, cabe destacar que a NBR ISO 14001emgrande
importância na perspectiva mercadológica, uma vez que sua implantação trouxe um
diferencial competitivo em relação à concorrência e maior confiança do cliente. E, ainda,
contribuiu para a redução dos custos em função da diminuição do retrabalho, o que é essencial
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
para a EVOLUTI que tem um mix de serviços bastante extenso, pois permite manter um
padrão de qualidade através da padronização dos processos.
4.3.2 Checklist
Além da entrevista citada acima, também foi realizado um checklist para
verificar o interesse ambiental da empresa com a implantação da NBR ISO 14001, bem como
alguns pontos fortes e fracos. Com isso, observou-se que a empresa possui uma política
ambiental expressa a partir de estrutura/organograma específico para tratar assuntos
ambientais.
Para a implantação da referida norma, foram desenvolvidos alguns
programas, como de segurança no trabalho, prevenção de acidentes, treinamento e/ou
conscientização para questões ambientais; redução, reutilização, reciclagem ou coleta seletiva
de resíduos. Após todas essas medidas, a empresa celebrou o Termo de Ajustamento de
Conduta (Código de Conduta e Ética), já que sua atividade requer licenciamento ambiental.
Cabe destacar que a empresa consegue identificar seu posicionamento quanto à conformidade
e desempenho ambientais e a importância desse reconhecimento para sua atuação no
mercado, por isso, já conta com o comprometimento da direção para manter seu Sistema de
Gestão Ambiental e está clara para os colaboradores a importância de manter o Sistema de
Gestão Ambiental.
Em contrapartida, a empresa não possui algum projeto de consumo de
fontes alternativas/tradicionais de energia, nem mesmo algum projeto que prevê ouso
consciente de energia e água. Falta ainda, algum mecanismo de controle de consumo de
energia e água (desperdício), uma vez que esses fatores podem promover melhorias contínuas
quanto às ações ambientais.
4.3.3 Questionários
Com o objetivo de complementar a entrevista e o checklist realizados na
EVOLUTI, foi aplicado aos colaboradores um questionário visando analisar seu
conhecimento e opinião sobre a política ambiental da empresa.
GRÁFICO I
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Sexo
De acordo com o gráfico 1, 73% dos entrevistados são do sexo feminino e 27% do sexo
masculino.
GRÁFICO II
Do total de entrevistados, 50% possuem curso superior incompleto,41%
nível superior completo, 5% têm o ensino médio completo e 4% possuem ensino fundamental
incompleto, como demonstrado no gráfico 2.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Em relação ao tempo de serviço na empresa, o gráfico 3 aponta que 55%
trabalham no local há pelo menos 1 ano, 18% entre 1 ano e 1 mês a 4 anos, e 27% dos
entrevistados trabalham na empresa a mais de 4 anos.
No gráfico 4, pode-se observar que 68% dos entrevistados conhecem
apolítica ambiental da empresa, apenas 23% não conhecem essa política e, 9% não
responderam à pergunta.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
De acordo com o gráfico 5, 82% dos entrevistados acreditam que a gestão
ambiental na empresa contribui para diminuir a poluição. Somente 18% dos colaboradores
entrevistados não acreditam que isso seja possível.
Dos entrevistados, 82% acreditam que a gestão ambiental na empresa pode
contribuir para melhorar a qualidade do serviço oferecido. Apenas 18% dos colaboradores
entrevistados não acreditam nessa possibilidade.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
No gráfico 7, percebe-se que 82% dos entrevistados acreditam que a gestão
ambiental na empresa pode contribuir para a diminuição do desperdício. Um total de 14% dos
entrevistados não acredita que a implantação da gestão ambiental na empresa possa contribuir
para essa redução de desperdício. Apenas 4% dos entrevistados não responderam a esse
questionamento.
4.4 Discussão dos resultados
Durante a pesquisa na empresa EVOLUTI observou-se que a certificação
ISO 14001 foi motivada pela preocupação da empresa com os possíveis impactos ambientais
que sua atividade produtiva poderia causar ao meio ambiente e a consciência de que a
responsabilidade ambiental é uma preocupação latente em todos os segmentos sociais. Além
disso, a empresa percebeu que esse processo poderia contribuir para preservar o meio
ambiente e, ao mesmo tempo, com suas estratégias para se estabelecer diante do mercado e de
seu cliente. No entanto, cabe destacar que a empresa não possui algum projeto de consumo de
fontes alternativas/ tradicionais de energia que prevê o uso consciente de energia e água. Esse
processo é essencial, pois contribuirá para a redução do desperdício.
A partir da pesquisa com os colaboradores notou-se que eles conhecem a
política ambiental da empresa e contribuem com atitudes e sugestões para o bom
funcionamento da gestão ambiental na empresa. Isso porque acreditam que a gestão ambiental
na empresa contribui para diminuir a poluição, melhorar a qualidade do serviço oferecido e,
ainda, para a diminuição do desperdício.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
O processo de sensibilização e conscientização dos colaboradores é uma
etapa essencial da implantação de uma política ambiental, pois os influenciará de forma
positiva, promovendo uma mudança de hábitos e permitindo que eles levem toda a
experiência vivenciada na empresa para sua rotina diária.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A preocupação com o impacto do processo produtivo tem levado muitas
empresas a adotarem a gestão ambiental, que pressupõe a escolha de alternativas e criação de
condições que controlem os impactos e atendam à legislação ambiental. Atualmente, as
empresas estão deixando de lado a antiga visão de que a gestão ambiental é um custo. É
comum observar que as empresas contemporâneas implantam a gestão ambiental devido à
preocupação com o meio ambiente e sustentabilidade.
Os impactos ambientais constituem hoje uma nova preocupação que deve
estar presente nas decisões dos empresários, como observado ao levantar o referencial teórico.
Nesse contexto, observa-se que a decisão da EVOLUTI em implantar a NBR ISO 14001 é
uma das medidas mais importantes a serem tomadas para o sucesso de um sistema de gestão
ambiental, pois expressa a real preocupação da empresa em reduzir os impactos ambientais do
seu processo produtivo. A empresa deve estar atenta aos possíveis danos que seus processos
produtivos podem causar tanto ao meio ambiente quanto à sociedade, além disso, os impactos
negativos podem denegrir a imagem da empresa.
Mas para isso, é essencial investir em treinamentos e programas de
conscientização dos colaboradores. Durante o estudo observou-se que as medidas adotadas
pela empresa para diminuir os impactos ambientais negativos dos seus processos produtivos
evitam que maiores danos sejam causados ao meio ambiente e, consequentemente,
contribuem para a consolidação de uma imagem positiva, oque vai de encontro a ideia de
Seiffert (2008, p. 37) ao assinalar que, “as empresas podem implantar a gestão ambiental
para melhorar sua imagem, por exigência do governo, sociedade e clientes ou simplesmente
para inovação de seus processos”.
Notou-se que o principal motivo para que a empresa implantasse a NBR
ISO 14001 foi a iniciativa própria, cujo princípio norteador foi a preocupação com meio
ambiente e com a diminuição dos danos causados por seus processos produtivos. Assim, cabe
destacar que a conscientização, a identificação dos aspectos ambientais e a análise dos
impactos associados é fundamental para a definição do programa de gestão ambiental. Por
isso, é de extrema importância que a empresa defina quais aspectos considera importante no
meio ambiente para que se estabeleçam as medidas a serem adotadas.
As mudanças internas necessárias à implantação da gestão ambiental
exigem a integração das áreas funcionais da organização, principalmente no que tange à
comunicação, autoridade e fluxo de trabalho. Vale lembrar que a falta de uma boa gestão
ambiental poderá ocasionar graves falhas de procedimentos, que além de causar danos ao
meio ambiente, causarão uma imagem negativa da empresa perante o público externo.
Nesse sentido, notou-se que a organização estudada mantém uma visão
harmônica entre economia e meio ambiente, pois implantou a NBR ISO 14001devido à
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
preocupação com o meio ambiente e, em contrapartida, melhorou sua imagem institucional
perante seus concorrentes para obter vantagem competitiva.
Partindo dessas considerações, cabe destacar a relevância deste estudo para
o aprendizado acadêmico, uma vez que permitiu ampliar os conhecimentos obtidos durante o
curso de Administração. Mas é necessário ressaltar, também, que o trabalho não teve o
objetivo de concluir este assunto, pois ele é amplo e uma área que vem crescendo cada dia
mais por vários motivos como, por exemplo, o avanço tecnológico. Portanto, nos dias atuais,
seria fundamental para a conclusão desse assunto outras pesquisas e levantamentos para
aprofundar o conhecimento científico.
Diante disso, o estudo sobre gestão ambiental e a influência da ISO 14001
na empresa EVOLUTI é fundamental e, por isso, espera-se que esta monografia possa servir
como fonte de pesquisa e base para reflexão de muitos formandos, professores e alunos
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. Gestão ambiental: planejamento, avaliação, implantação,
operação e verificação. Rio de Janeiro: Thex, 2001. 259 p.
ALMINO, João. Naturezas mortas: a filosofia política do ecologismo. Brasília:
Fundação Alexandre de Gusmão, 1993.
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001 – Sistema de gestão
ambiental: especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
________. NBR ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental: especificação e
diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ASSUMPÇÃO, Luiz F. J. Sistemas de gestão ambiental: manual prático para
implementação de SGA e certificação ISO 14001. Curitiba: Juruá Editora, 2006.
BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial. São Paulo: Editora
Saraiva, 2007.
________. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 1
ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
________. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 2
ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
BERNA, Vilmar S. D. Gestão ambiental: a administração com consciência
ecológica. In: Revista do meio ambiente. Ano I nº 2, edição 002, set 2006.
CALLENBACH, Ernest, et al. Gerenciamento ecológico. São Paulo :
Cultrix/Amana, 1993.
CAMPOS, Lucila Maria de Souza. SGADA – Sistema de gestão e avaliação de
desempenho ambiental: uma proposta de implementação. Tese de doutorado.
PPGEP – UFSC: Florianópolis, 2001.
CAMPOS, Vicente F. Gerenciamento pelas diretrizes. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais,
1996.
74
CAPRA, A. Teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Tradução Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Editora Cultrix, 1993. Título
Original: the web of life: a new scientific understanding of living systems.
CLEMENTS, P. E., PAPAIOANNOU, Todd, EDWARDS, John. Aglets: Enabling the
Virtual Enterprise. Stakeholders, Engineering, Logistics and Achievement,
Loughborough University, UK, 1997.
D’AVIGNON, Alexandre. Normas ambientais ISO 14000: como podem influenciar
sua empresa. Rio de Janeiro: CNI, DAMPI, 1996.
DONAIRE, Denis. A internalização da gestão ambiental na empresa. Revista de
Administração USP, São Paulo, v.31, n.1, p. 44-51, jan./mar.1996. ________.
Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1995.
HOFFMAN, A. J. Integrating environmental and social issues into corporate practice.
In Environment Abringdon, Carfax Publishing, Jun. 2000.
JACOBI, Pedro (coord.). Pesquisa sobre problemas ambientais e qualidade de
vida na cidade de São Paulo. São Paulo: Cedec/SEI, 1994.
JÖHR, Hans. O negócio é verde. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.
LAYRARGUES, P. P. Educação para a gestão ambiental: a cidadania no
enfrentamento político dos conflitos socioambientais. In: LOUREIRO, C. F. B. (Org.).
Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em debate. São Paulo: Cortez,
2000.
LOPES, Ignez Vuatimostim Vidigal. O mecanismo de desenvolvimento limpo –
MDL; guia de orientação. Fundação Getulio Vargas. Rio de Janeiro: FGV, 2002.
LUIGI, Giovannini. Gerenciamento ambiental: a nova senha para abrir mercados.
Revista Rumos. Economia e desenvolvimento para novos tempos. nº 157, fevereiro
de 1999.
75
MADRUGA, R. P.; CHI, B. S.; SIMÕES, M. L. Administração de marketing no
mundo contemporâneo. 3. Ed. Rio de Janeiro: FGU, 2006.
MAIMON, Dalia. Passaporte verde: gestão ambiental e competitividade. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1996.
MARCOVITCH, Jacques. Para mudar o futuro, mudanças climáticas, políticas
públicas e estratégias empresariais. São Paulo: Saraiva, 2006.
MÁRMORA, Leopoldo. A ecologia como parâmetro das relações Norte-Sul: a atual
discussão Alemã em torno do “desenvolvimento sustentável”. Contexto
Internacional, Rio de Janeiro, vol. 14, n° 1, jan/jun, 1992, pp. 23-54.
MENON, Anil; MENON Ajay Enviropreneurial marketing strategy: the emergence of
corporate environmentalism as market strategy. In: Journal of marketing. New Yor,
v.61, JAN 1997.
NASSAR, Paulo; FIGUEIRO, Rubens. O que é comunicação empresarial. São
Paulo: Brasiliense, 2007.
ORSATO, Renato J. Posicionamento ambiental estratégico. identificando quando
vale a pena investir no verde. READ – Edição Especial 30, v. 8, n.6, nov-dez 2002.
OTTAMAN, Jacquelyn A. Marketing verde: desafios e oportunidades para a nova
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: A INFLUÊNCIA DA ISO 14001 NAS EMPRESAS
Julho 2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
era do marketing. São Paulo: Makron Books, 1994.
PAIVA, Paulo Roberto de. Contabilidade ambiental. São Paulo: Atlas; 2003.
POLONSKY, Michael Jay. An introduction to Green Marketing.Eletronic.Green
Journal, Vol. 1, issue 2, Nov.1994.
RESENDE, M.; CURI, N.; LANI, J.L.. In: Sociedade Brasileira de Solo. Tópicos em
ciência do solo. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2000.
SACHS, Ignach. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e
meio-ambiente. São Paulo: Nobel/Fundap, 1993.
SAUNDERS, T.; MCGOVERN, L.The bottom line of green is black. 10 thed. New
York: Harper Collins, 1997.
76
SCHMIDHEINY, Stephan. Mudando o rumo: uma perspectiva empresarial global
sobre o desenvolvimento e meio ambiente. Rio de Janeiro: FGV, 1992.
SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardine. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de
ação e educação ambiental. 1. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.
________. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental: implantação objetiva e
econômica. 3. ed. rev. e ampl. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.
TACHIZAWA, T.; Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa –
estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. 2. ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2004.
VALLE, Cyro Eyer do. Como se preparar para as normas (ISO 14000) – qualidade
ambiental. São Paulo: Editora Pioneira, 2000.
ZENG, S. X., TAM, C. M., TAM, V. W. Y., DENG, Z. M. Towards implementation of
ISO 14001 environmental management systems in selected industries In: China
Journal of Cleaner Production, v.13, p. 645-656, 2005.