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Cores – Simbologia
Em todos os momentos da humanidade, as sociedades sempre
atribuíram significados às cores, dando-lhes, muitas vezes, um caráter
mágico;
A quantidade de significados de cada cor está relacionada ao momento
sócio-cultural da sociedade que os criou (quanto maior a variedade,
possivelmente, mais “desenvolvida” esta sociedade é);
O que dá sentido a estes significados é a sua utilização – geralmente
relacionados às necessidades de representação e comunicação;
A respeito da simbologia da cor nas culturas primitivas (com relação às
experiências), pode-se dar alguns exemplos:
o vermelho – que lembra o sangue, o fogo, a morte e por
consequência o luto;
o amarelo – que lembra o ouro, o sol, o fruto maduro, o que justifica a
sua associação à riqueza, ao poder;
o branco – relacionado à luz, à pureza, à paz, à tranquilidade, à
segurança;
o preto – relacionado à escuridão, a noite, ao perigo, à insegurança,
à maldade, ao aniquilamento;
Muitos dos significados originais da cores ainda são mantidos,
juntamente com o que foi agregado a eles: tacape vermelho de sangue
representa o poder, associado ao manto de um imperador, de cor
púrpura;
Ainda que os símbolos tenham o mesmo significado, o seu conteúdo
sempre será tão diferente e equivalente a distância que os povos têm
um em relação ao outro;
O significado da cor nunca começou e terminou seu ciclo no ambiente
das idéias, por estas serem originadas por estímulos exteriores. Este
significado só se transformou em símbolo quando foi aplicado à prática;
Da utilização da cor ao gosto pela cor há um longo percurso, onde se
devem considerar inúmeros fatores. Daí a dificuldade em se definir gosto
estético;
Quando se fala em gosto pela cor, há o efeito que esta causa
fisicamente, relacionado a lembrança do seu uso, tanto individual quanto
coletivo;
Em regiões tropicais, as pessoas geralmente gostam de roupas brancas
(são mais frescas e absorvem menor quantidade de raios luminosos do
que outras cores);
Goethe abordou as cores sob o aspecto moral – as virtudes curativas
das pedras preciosas, que causam bem-estar;
O Brasil é um país de forte miscigenação – o que acaba dificultando
descobrir onde surgiu o gosto dos brasileiros por determinada cor.
Também há a mudança de significado das cores de uma religião para
outra;
A respeito de sensações, pode-se mencionar o jantar bizarro de Mitchell
Wilson (1967):
“Quando os convidados foram servidos sob luzes que faziam o
bife parecer cinzento, o aipo cor-de-rosa, as ervilhas pretas e o
café amarelo, a maioria não pôde comer e, embora os alimentos
fossem ótimos, os que tentaram comer ficaram doentes”.
(PEDROSA, 2010, p.113)
Referência
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. São Paulo: SENAC
2010.