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SEM0544 SEM0544 - Aula 8 Aula 8 Confiabilidade Confiabilidade Confiabilidade Confiabilidade Prof. Dr. Marcelo Becker Prof. Dr. Marcelo Becker Prof. Dr. Rodrigo Nicoletti Prof. Dr. Rodrigo Nicoletti SEM - EESC - USP

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SEM0544 SEM0544 -- Aula 8Aula 8

Confiabilidade Confiabilidade Confiabilidade Confiabilidade

Prof. Dr. Marcelo BeckerProf. Dr. Marcelo BeckerProf. Dr. Rodrigo NicolettiProf. Dr. Rodrigo Nicoletti

SEM - EESC - USP

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• NENHUM SISTEMA É 100% SEGURO:– Erros na especificação, desenho e

realização– “time-to-market” cada vez mais importante

Introdução à Confiabilidade

2

– “time-to-market” cada vez mais importante (e curto !)

– Imprevisibilidades internas e externas ao sistema

– Nas empresas:• dependência de sistemas de informação críticos• sistemas são factor de concorrência• falhas nos sistemas podem parar o negócio (na

aviação podem resultar em perda de vidas humanas !)

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• O que é importante nos sistemas:– o reconhecimento de que podem falhar– a compreensão das causas de falha– diminuição do impacto de falhas (interno e

externo)– a comprovação do seu bom funcionamento

Introdução à Confiabilidade

3

– a comprovação do seu bom funcionamento

• Abordagem sistemática destes problemas é urgente!!

• Necessidade de acordo na terminologia a utilizar

• Base comum para estudo e discussão

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Definição de Confiabilidade:

• Segundo a NBR 5462, confiabilidade é a capacidade deum item desempenhar uma função requerida sobcondições especificadas, durante um dado intervalo detempo.

Introdução à Confiabilidade

“Confiabilidade é a qualidade tempo.

• Confiabilidade é a melhor medida quantitativa daintegridade de um projeto, de uma peça, componente,produto ou sistema. Confiabilidade é a probabilidade quepeças, componentes, produtos, ou sistemas irão executarsuas funções de projeto sem falhas em um ambienteespecificado, por um período projetado, com umdeterminado nível de confiança

“Confiabilidade é a qualidade ao longo do tempo”

EESC-USP © M. Becker 2011 4

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Definição de Confiabilidade:

Introdução à Confiabilidade

Pode-se verificar que a completa especificação deconfiabilidade envolve basicamente sete aspectos:

1) O estatístico que é a probabilidade da ocorrência de1) O estatístico que é a probabilidade da ocorrência deuma falha;

2) O nível de confiança que a probabilidade é expressa;3) O relacionado ao intervalo de tempo, para o qual a

probabilidade é estabelecida, também chamada detempo da missão;

4) A idade ou tempo de vida do produto, pois aprobabilidade de falha se altera com a vida;

EESC-USP © M. Becker 2011 5

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Definição de Confiabilidade:

Introdução à Confiabilidade

5) A caracterização do que é considerado como falha,quais os limites de desempenho admitidos;

6) O ambiente de operação, quais as solicitações6) O ambiente de operação, quais as solicitaçõesambientais que o produto estará sujeito;

7) As condições de uso do produto, qual o ciclo deoperação, a carga, a solicitação operacional,ambiental e elétrica que o produto estará sujeito.

EESC-USP © M. Becker 2011 6

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• Von Braun e Eric Pieruschka (II Guerra)

Introdução à ConfiabilidadeHistórico

7

V1 - Buzz-Bomb

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Aumento da complexidade dos produtos

Houve um grande aumento do número depeças nos novos produtos:

� Um Boeing 747 é feito com

Introdução à Confiabilidade

8

� Um Boeing 747 é feito comaproximadamente 4,5 milhões de peças;

� Um trator de 1935 continha 1200 peçascríticas, em 1990 o número aumentou para2900 peças críticas.

� A nave espacial Mariner / Mars dependeu dobom funcionamento de 138.000 componentes,pelo mínimo de nove meses no espaço.

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Trator ano

Número de peças

críticas

Confiabilidade assumindo 99,99% de conf. das peças

Número de tratores que

falham por 1000

Aumento da complexidade dos produtos

Introdução à Confiabilidade

9

críticas de conf. das peças falham por 1000

1935 1200 88,7 % 113

1960 2250 79,9 % 201

1970 2400 78,7 % 213

1980 2600 77,1 % 229

1990 2900 74,8 % 252

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Número de peças críticas

Confiabilidade das peças

99,999% 99,99% 99,9% 99,0%

Confiabilidade do sistema

Aumento da complexidade dos produtos

Introdução à Confiabilidade

10

10 99,99 % 99,90 % 99,00 % 90,44 %

100 99,90 % 99,01 % 90,48 % 36,60 %

250 99,75 % 97,53 % 77,87 % 8,11 %

500 99,50 % 95,12 % 60,64 % 0,66 %

1.000 99,01 % 90,48 % 36,77 % < 0,1 %

10.000 90,48 % 36,79 % < 0,1 % < 0,1 %

100.000 36,79 % < 0,1 % < 0,1 % < 0,1 %

Assumindo que as peças estejam todas dispostas em série

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A confiabilidade como um dos parâmetros da qualidade

Iniciando pela qualidade, Garvin em 1987 determinou oitodimensões para a qualidade:

1)1) DesempenhoDesempenho, significando como o produto irá

Introdução à Confiabilidade

11

1)1) DesempenhoDesempenho, significando como o produto iráexecutar o trabalho pretendido;

2)2) ConfiabilidadeConfiabilidade, significando com que freqüência oproduto falha;

3)3) DurabilidadeDurabilidade, significando por quanto tempo oproduto irá durar;

4)4) MantenabilidadeMantenabilidade, significando o quão fácil é reparar oproduto;

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5)5) EstéticaEstética, significando o apelo visual do produto;6)6) CaracterísticasCaracterísticas, significando o que o produto faz;7)7) QualidadeQualidade percebidapercebida, significando qual a reputação

A confiabilidade como um dos parâmetros da qualidade

Introdução à Confiabilidade

12

7)7) QualidadeQualidade percebidapercebida, significando qual a reputaçãoda empresa e do seu produto;

8)8) ConformidadeConformidade com o projeto, significando aadequação do produto à intenção do projetista. Oprocesso de manufatura não deve distorcer a intençãodo projetista, de forma a desqualificar o produto.

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Riscos do desenvolvimento de produtos

Ênfase nogerenciamentoGarantia e custos

dos serviços

CompetiçãoPressões do

mercado

Introdução à Confiabilidade

Percepção dos

13

Riscos do gerenciamento

Requisitos doconsumidor

LegaisResponsabilidade

pública

Segurança

Eng. de ConfiabilidadeEng. de Confiabilidade

Percepção dos

Riscos

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• Conjunto de atitudes destinadas a aumentar a confiabilidade do produto

• Rastreamento e análise de falhas e suas causas• Realimentação para Projeto, Processos e

Políticas de Qualidade

• Realimentação para Projeto, Processos e Materiais

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Definição de Falha:• O término da capacidade de um sistema

ou componente de realizar sua função especificada.

Introdução à Confiabilidade

especificada.• Tipos:

– Parcial – Catastrófica– Completa – Marginal– Gradual – Degradação– Súbita

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Tipos de FalhasFalha Parcial:• Desvios de características, além de limites

estabelecidos, mas que não causam perda completa da função requerida.

Introdução à Confiabilidade

completa da função requerida.Falha Completa:• Desvios além de limites estabelecidos,

causando perda total da função requerida.

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Desenvolvimento das FalhasFalha Gradual:• Ocorrência pode ser prevista através de

inspeção e/ou acompanhamento

Introdução à Confiabilidade

inspeção e/ou acompanhamentoFalha Súbita:• Ocorrência imprevisível• Falha aleatória

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Falha Catastrófica:• Falha Súbita e Completa

Falha Marginal:

Introdução à Confiabilidade

Falha Marginal:• Súbita e Parcial

Degradação:• Falha Gradual e Parcial.

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Falha Gradual Monotônicay(t)

ymax

Falha

Introdução à Confiabilidade

Tempo

ymin

FalhaAjustes

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Vida Útil de um Componente

• Ex.: Uma lâmpada em particular

Introdução à Confiabilidade

Tempo (h)

Con

fiabi

lidad

e

1.0

0.0350

EESC-USP © M. Becker 2011 20

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Vida Útil de um Componente

• Outra lâmpada similar

Introdução à Confiabilidade

1.0

0.0350 400 Tempo (h)

Con

fiabi

lidad

e

EESC-USP © M. Becker 2011 21

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1.0

Vida Útil de Vários Componentes em Cj.

• Várias lâmpadas similares

Introdução à Confiabilidade

1.0

0.0

Tempo (h)

Con

fiabi

lidad

e

EESC-USP © M. Becker 2011 22

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Função de Confiabilidade

• Média dos testes de Vida Útil de uma população de componentes similares

Introdução à Confiabilidade

Tempo (h)

R(t)

1.0

0.0t0

R(t0)

EESC-USP © M. Becker 2011 23

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• R(t0) equivale à Confiabilidade (probabilidade de operação) no instante t0

Função de Confiabilidade

Introdução à Confiabilidade

– Também equivale à probabilidade de que a vida útil do componente ou sistema exceda o instante t0

Tempo (h)

R(t)

1.0

0.0

t0

R(t0)

EESC-USP © M. Becker 2011 24

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• Probabilidade Cumulativa de Falhas

F(t) = 1 - R(t)

Definições

• Vida Útil: Tempo de operação dentro do qual F(t) é menor que um valor especificado

EESC-USP © M. Becker 2011 25

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Probabilidade Cumulativa de Falhas

R(t)

1.0R(t0)

Definições

t0.0 t0

t

F(t) = 1-R(t)

1.0

0.0 t0 t0+ d t

d F(t)

EESC-USP © M. Becker 2011 26

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Função de Densidade de Probabilidade de Falhas

• Derivada da Probabilidade Cumulativa de falhas

Definições

dt

tdR

dt

tdFtf

)()()( −==

t

f(t)

0.0EESC-USP © M. Becker 2011 27

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Taxa de Falhas

• Probabilidade de um componente falhar no intervalo [ t , t + dt ] dado quedado que o mesmo

Definições

intervalo [ t , t + dt ] dado quedado que o mesmo componente estava operando no instante t

)(

)()(

)(

1

)(

)()()(

tR

tf

dt

tdR

tRtR

tFdttFtz =−=

−+=

EESC-USP © M. Becker 2011 28

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Taxa de Falhas

t

R(t)1.0

0.0

Definições

t

t

z(t)

0.0

t

f(t)

0.0

EESC-USP © M. Becker 2011 29

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MTTF – “Mean Time to Failure”

• Tempo médio até ocorrência de falha; obtido pela média da vida útil de uma população de

Definições

pela média da vida útil de uma população de N elementos similares (Vida Média)

t

R(t)

1.0

0.0MTTF

∫∞

=0

)( dttRMTTF

EESC-USP © M. Becker 2011 30

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A “Curva da Banheira”

MortalidadeInfantil Desgaste

Definições

Log (t)

z(t)Operação

Normal

EESC-USP © M. Becker 2011 31

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“Burn – in”

• Operação do sistema por um período equivalente à mortalidade infantil, antes da entrega para uso normal

Desgaste

Definições

Log (t)

z(t)Operação

Normal

Desgaste

Burn-inEESC-USP © M. Becker 2011 32

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Manutenção Preventiva• Substituição de componentes entrando na

fase de desgaste, mesmo que não apresentem falhas

Definições

Log (t)

z(t)

EESC-USP © M. Becker 2011 33

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Modelos de Funções de Confiabilidade Distribuição Retangular• Aplica-se a componentes em que há

esgotamento progressivo de um ingrediente essencial (ex.: combustível, emissão iônica,

Definições

essencial (ex.: combustível, emissão iônica, eletrólitos)

t

R(t)

1.0

0.0 T

TMTTF

Ttf

TttR

TttR

=

=

≥=

<≤=

)()(

0)(

01)(

δ

EESC-USP © M. Becker 2011 34

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• Ex.: Lâmpadas

Modelos de Funções de Confiabilidade

Definições

• Vida útil: ~1000 hs (incandescente); 10000 hs (fluorescente)

EESC-USP © M. Becker 2011 35

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Distribuição Exponencial• Taxa de Falhas constante; modela falhas

aleatórias, independentes do tempo

Modelos de Funções de Confiabilidade

Definições

t

R(t)

1.0

0.0 T λ

λ

λ λ

λ

1

)(

)(

)(

=

=

=

=−

MTTF

tz

etf

etR

t

t

EESC-USP © M. Becker 2011 36

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Distribuição Log-Normal• Modelagem de processos físicos de fadiga

mecânica (propagação de fissuras, falhas estruturais, etc.); desgastes em geral

Modelos de Funções de Confiabilidade

Definições

estruturais, etc.); desgastes em geral

( )

−−=

−−

= ∫∞

2

2

2

log

2

1exp

2

1)(

log21

exp2

1)(

σ

µ

σπ

σ

µ

σπ

µ

tttf

du

u

tRt

t

f(t)

0.0

EESC-USP © M. Becker 2011 37

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Medida de Taxa de Falhas• 1 FIT (Failure In Time): 1 falha por dispositivo

em 1 bilhão de horas

5 - 500Resistores

λλλλ (FIT)Componente

Definições

50 - 100Conectores (por pino)

30 - 1000Relês

5 - 50Circuitos Integrados CMOS LSI

50Diodos de sinal

200 - 2000Capacitores Eletrolíticos

5 - 500Resistores

EESC-USP © M. Becker 2011 38

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Sistemas com Manutenção (Reparo)

Reparo

Tempo

R(t)

1.0

0.0

FalhasEESC-USP © M. Becker 2011 39

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Disponibilidade de um Sistema Sujeito a Reparo

• MTTR (“Mean Time to Repair”) = Tempo médio para reparo

• MTBF (“Mean Time Between Failures”) = Tempo

Sistemas com Manutenção

• MTBF (“Mean Time Between Failures”) = Tempo médio entre falhas (MTBF = MTTF + MTTR)

• Disponibilidade (“Availability”):

MTTRMTTF

MTTFD

+=

EESC-USP © M. Becker 2011 40

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Confiabilidade de um Sistema

Configuração Série:• O sistema opera se todos os blocos

(partes) estiverem operando.

B1 B3B2

R1 R3R2

RS = R1 × R2 × R3 (se estatisticamente independentes)

EESC-USP © M. Becker 2011 41

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duuztRcomo

RtR

t

ii

n

i

iS

−=

=

∏=

)(exp)(

)(

0

1

Confiabilidade de um Sistema

Lei de Lusser

ntRterdevemostRtRe

tRsejaoutRSe

duuztRtemos

niji

SS

tn

i

iS

εε

ε

−≈−==

−=→

−= ∫ ∑

=

11)(,)()(

,)1()(,1)(

)(exp)(0

1

EESC-USP © M. Becker 2011 42

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Sistema Série com Falhas Aleatórias

exp)(então

)(,constanteé)(se

−=

=

n

iii

ttR

tztz

λ

λ

Confiabilidade de um Sistema

série)sistema tes,independen amenteestatistic (falhas

1portanto

exp)(então

1

1

=

=

=

−=

n

i

i

S

i

iS

MTTF

ttR

λ

λ

EESC-USP © M. Becker 2011 43

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Redundância a Nível de Componente

• Ex.: 2 Diodos em Série

Confiabilidade de um Sistema

• Se os diodos falharem em aberto, o sistema é uma configuração série.

• Se falharem em curto, a configuração é paralela.

EESC-USP © M. Becker 2011 44

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Configuração em Paralelo:• O sistema opera se pelo menos um bloco

estiver operando.

B

Confiabilidade de um Sistema

B1

B2

R1

R2

RP = 1- (1- R1) × (1- R2 ) (se estatisticamente independentes)

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Redundância a Nível de Componente

• 2 Diodos em Paralelo

Confiabilidade de um Sistema

• Se os diodos falharem em curto, o sistema é uma configuração série.

• Se falharem em aberto, a configuração é paralela.

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• 4 Diodos em Série / Paralelo

Redundância a Nível de Componente

Confiabilidade de um Sistema

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Probabilidade de Falha – 4 Diodos

NN

CANCANCAN

CCCAAANNN N = NormalA = AbertoC = Curto

D1 D2

D3

D4

Confiabilidade de um Sistema

CC

AC

NC

CA

AA

NA

CN

AN

Falha

D1 D2

D3 D4

EESC-USP © M. Becker 2011 48

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10-1

100

PF4PC=2x PA

Probabilidade de Falha – 4 Diodos

Confiabilidade de um Sistema

10-2

10-1

100

10-4

10-3

10-2

10

PFD

PC= PA

PA=2x PC

EESC-USP © M. Becker 2011 49

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• Considerando a manutenção, a taxa de falhas será 4 vezes maior que a de um diodo.

• Há vantagem se o componente defeituoso puder ser substituído sem desativar o sistema completo,

Redundância a Nível de Componente

Confiabilidade de um Sistema

substituído sem desativar o sistema completo, reduzindo assim o MTTR (modularidade).

EESC-USP © M. Becker 2011 50

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• Há a necessidade de monitoração para detectar falhas não catastróficas do conjunto (sensores de corrente e tensão).

Redundância a Nível de Componente

Confiabilidade de um Sistema

• Circuitos de monitoração acrescentam componentes que podem falhar, criando alarmes falsos.

EESC-USP © M. Becker 2011 51

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• Ex.: Transponder de Satélite

Ativo

Redundância a Nível de Subsistema

Confiabilidade de um Sistema

Filtro

Osc

F.I.X X

Osc

F.I. Filtro

P.A.LNA

Filtro

Osc

F.I.X X

Osc

F.I. Filtro

P.A.LNA

“Stand-by”

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ExemploA-10 Thunderbolt

• A estrutura do A-10 é simples, sendo 95% de alumínio• Suas redundâncias são

53

• Suas redundâncias são fundamentais para aumentar sua confiabilidade e resistência a danos.

EESC-USP © M. Becker 201153

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ExemploA-10 Thunderbolt

54EESC-USP © M. Becker 201154

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• Utilizar o menor número possível de componentes

• Dimensionar os componentes com

Projetar a Confiabilidade

• Dimensionar os componentes com margem de segurança adequada

• Distribuir a confiabilidade por todos os componentes (evitar pontos fracos!!)

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• Reações químicas (contaminação, umidade, corrosão)• Difusão de materiais diferentes entre si• Eletromigração (densidades de corrente elevadas)• Propagação de fissuras (vibração, fadiga mecânica,

ciclos térmicos em materiais com coeficientes de

Mecanismos de Falhas

ciclos térmicos em materiais com coeficientes de dilatação diferentes)

• Ruptura secundária (afunilamento de corrente devido a coeficiente térmico negativo)

• Ruptura dielétrica por ionização

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� λλλλM = λλλλ ×××× fT ×××× fE ×××× fR

• fT = Fator de Temperatura• f = Fator Ambiental

Fatores Multiplicativos

• fE = Fator Ambiental• fR = Fator de Dimensionamento• Outros fatores (ciclo térmico, radiação, etc.)

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Fator de Temperatura

• Modelo de Arrhenius para velocidade de reações químicas

−=E

f11

exp

Fatores Multiplicativos

• E = Energia de Ativação (~ 0,7 eV p/ semicondutores)

• k = Constante de Boltzmann (8,62 ××××10-5 eV/K• T0 = Temperatura de referência (K)• TA = Temperatura de operação (K)

−=A

TTTk

f exp0

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104

105

106

E (eV)

Fator de TemperaturaFatores Multiplicativos

0 50 100 150 20010

0

101

102

103 1,0

0,7

0,3

OC

EESC-USP © M. Becker 2011 59

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0,3Defeitos no Substrato (Silício)

0,3Defeitos no Óxido

E (eV)Tipo de Defeito

Energias de AtivaçãoFatores Multiplicativos

1,4Contaminação

1,3Micro-fissuras

0,5~1,0Carga Superficial

0,9Contatos Metálicos

0,6Eletromigração

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1,0Estacionário, normal

0,5Estacionário, ar condicionado

fETipo de Ambiente

Fator AmbientalFatores Multiplicativos

2,0Marítimo

4,0Aviação militar

1,5Aviação civil

2,0Móvel, automotivo

1,5Equipamento portátil

1,0Estacionário, normal

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1,5Resistores, 100% da potência máxima

1,0Resistores, 10% da potência máxima

fRSobre / sub-dimensionamento

Fator de DimensionamentoFatores Multiplicativos

2,0Semicondutores, 200% da pot. nominal

1,5Semicondutores, 100% da pot. nominal

1,0Semicondutores, 10% da pot. nominal

6,0Capacitores, 200% da tensão máxima

3,0Capacitores, 100% da tensão máxima

1,0Capacitores, 10% da tensão máxima

2,0Resistores, 200% da potência máxima

EESC-USP © M. Becker 2011 62

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• Fator de Maturidade TecnológicafL = 1.0 (tecnologia estabelecida)

= 10 (tecnologia nova)

Outros FatoresFatores Multiplicativos

= 10 (tecnologia nova)

• Fator de QualidadefQ = 0,5 (componente homologado)

= 1.0 (componente padrão)= 3 ~ 30 (componente comercial / origem

duvidosa)

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Dimensionamento de um Componente

• Capacidade do componente deve ser maior que o esforço a que é submetido

Resistência nominal

do componente utilizado

Esforço nominalaplicado

Esforço

Margem de Segurança

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• Propriedades dos componentes e das condições de uso possuem dispersão

Dimensionamento de um Componente

Resistênciado componente

Esforçoaplicado

Esforço

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Porque Ocorre uma Falha• Esforço aplicado (físico, elétrico, mecânico)

excede a resistência do componente

Dimensionamento de um Componente

Resistênciado componente

Esforçoaplicado

Probabilidade de falhas Esforço

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Tif⋅

Ciclo Térmico

Tif⋅

EESC-USP © M. Becker 2011 67

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Taxa de Falhas Vs. Temperatura / Tensão

Capacitores Eletrolíticos de Tântalo

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Depreciação de Corrente Nominal

Corrente de “ripple” em Capacitores Eletrolíticos

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Prob

abil

idad

e de

obs

erva

ção

de 1

ou

mai

s de

feit

os

Tamanho da amostra

Análise de Falhas por Amostragem

Porcentagem de itens defeituosos

Prob

abil

idad

e de

obs

erva

ção

de 1

ou

mai

s de

feit

os

EESC-USP © M. Becker 2011 70

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• Aumentar artificialmente o esforço (temperatura, voltagem, vibração, etc.) para obter taxas de falha mensuráveis em tempo reduzido

Sobrecarga

Testes Acelerados

Sobrecarga

Probabilidade de falhas Esforço

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Métodos de Teste Acelerado

• Temperatura elevada (ex.: 1000 hs @ 125 OC)

• Choque térmico (ex.: 1000 ciclos, –65 OC a 125 OC)

• Umidade (ex.: 150 hs @120 OC, 100% R.H., 15 psi, )

Testes Acelerados

• Umidade (ex.: 150 hs @120 C, 100% R.H., 15 psi, )

• Vibração (100 G, 100 Hz)• Sobre-alimentação (destrutivo ou não)

• Sobrecarga

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• Identificar riscos prioritários• Detectar mecanismos de falha• Determinar soluções para as causas

ObjetivosTestes Acelerados

• Determinar soluções para as causas • Tomar ações corretivas nos processos

produtivos • Realimentar para as diretrizes de projeto.

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• A análise de confiabilidade (a posteriori) de uma população de componentes pode ser usada para prever o comportamento

Questão Filosófica

ser usada para prever o comportamento futuro (a priori) de componentes similares?

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• Identificar componentes críticos• Identificar margens de projeto inadequadas• Comparar alternativas de implementação• Reduzir custos evitando “excesso de

qualidade”

Benifícios da Análise de Confiabilidade

• Reduzir custos evitando “excesso de qualidade”

• Verificar viabilidade de atingir um determinado MTTF

• Determinar tempo ideal para “Burn-in”• Determinar a influência de fatores ambientais

no MTTF

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• Modelos não podem ser extrapolados para níveis elevados de sobrecarga

• Modelos para novos produtos e processos são imprecisos

Riscos da Análise de Confiabilidade

imprecisos• Fatores multiplicativos podem assumir valores

irreais ou indeterminados• Mudanças de processos ou insumos podem

alterar taxas de falhas dos componentes

EESC-USP © M. Becker 2011 76

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• Nenhum sistema é 100% seguro !• O impossível acontece mesmo [Murphy’s Law] !• Sistemas críticos devem ser tolerantes a faltas !• Confiabilidade deve ser pensada desde o início !

Conclusões

77

• Confiabilidade deve ser pensada desde o início !• Credibilidade é importante …• … e talvez um dia o Murphy esteja errado...

EESC-USP © M. Becker 2011