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“A Sala de Situação é um espaço de convergência de estratégias e ações para defender os direitos das mulheres em sua integralidade, garantir uma melhor compreensão da epidemia do zika vírus, suas consequências e impactos na vida das mulheres, na construção de sua autonomia”.
NO�O ACORDO
A Sala de Situação, Ação e Articulação sobre Direitos das Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos em Tempos de Zika, criada por ONU Mulheres, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em resposta à emergência sanitária gerada pela disseminação do vírus zika, consolidou-se como um canal aberto para as organizações feministas e de mulheres, para a análise de pesquisas e informações sobre saúde e para ações de parceria entre a sociedade civil e as Nações Unidas. A sala de situação tem sido, também, um ambiente para a defesa de melhorias no saneamento básico brasileiro junto aos poderes locais, e ainda um espaço de diálogo sobre como garantir estes direitos, aprimorar os serviços de saúde sexual e reprodutiva.
SALA DE SITUAÇÃO, AÇÃO E ARTICULAÇÃO SOBRE DIREITOS DAS MULHERES, DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS EM TEMPOS DE ZIKAUm espaço de discussão e construção entre sociedade civil, agências das Nações Unidas e poder público
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A Sala de Situação avançou na definição de propostas concretas dirigidas ao poder público como:
preparar os serviços que compõem a rede SUS (Sistema Único de Saúde) e SUAS (Sistema Único de Assistência Social) para acolher e assistir as mulheres e as jovens cujas famílias foram afetadas pela epidemia de zika, reforçando e garantindo seus direitos;
incluir o combate ao racismo em todas as estratégias e ações de promoção e defesa dos direitos das mulheres e jovens e, na área de saúde, garantir o cumprimento das diretrizes da política nacional de saúde integral da população negra;
defender melhorias no saneamento básico;
pautar o acesso a benefícios e direitos em audiências públicas;
conduzir uma escuta qualificada das demandas das mulheres nas comunidades e propor indicativos de planos de ação ao poder público local.
qualificar a oferta de serviços e insumos em saúde sexual e reprodutiva para garantir que as mulheres tenham garantido o direito de decidir voluntariamente sobre a sua vida reprodutiva.
“A Sala de Situação é um espaço de conhecimento e troca, tendo como eixo central os direitos humanos das mulheres e, mais especificamente, seus direitos reprodutivos”. Jacqueline Pitanguy, da CEPIA
"Estamos passando por um processo de ter que tomar a dianteira diante de várias frentes de luta em relação a saúde, mas não somente, pois precisamos pensar, antes disso, onde as mulheres negras estão inseridas na sociedade". Emanuelle Góes, do Odara Instituto da Mulher Negra
“A diversidade de organizações e de participantes que aportam diferentes olhares para o problema e a sua solução traz vantagens para todas as envolvidas”. Margarita Díaz, da Reprolatina
“As agências internacionais estão unidas procurando encontrar caminhos, com o apoio na sociedade civil organizada. Essa retroalimentação é importantíssima pois conseguimos obter informações de órgãos públicos como Ministério da Saúde e FIOCRUZ, o que provavelmente seria bem mais difícil sem a parceria da ONU Mulheres, OPAS e UNFPA”. Rubia Abs da Cruz, do CLADEM
“É a cultura patriarcal que coloca nos ombros das mulheres a responsabilidade pelo cuidado, que causa a invisibilidade das consequências sobre suas vidas e de suas famílias, dificulta a articulação com organizações locais e invisibiliza a epidemia”. Liliane Brum Ribeiro, da Rede de Desenvolvimento Humano – REDEH
“As discussões e informações compartilhadas na Sala de Situação têm dado insumos para palestras, seminários, produção de documentos, atividades capazes de sensibilizar e informar a população sobre as questões da saúde da mulher e as conexões com a epidemia de zika”. Clair Castilhos, da Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
ALGUMAS CONQUISTAS
Escutar as demandas da Sala de Situação significa valorizar as prioridades das mulheres na defesa de seus direitos, incluindo seus direitos sexuais e reprodutivos.
Os próximos passos do grupo poderão ser:
Manter encontros regulares para debater e monitorar o impacto da epidemia do zika sobre as mulheres e as jovens mesmo após o fim da emergência.
Mapear e sincronizar as informações, pesquisas e dados qualitativos sobre a epidemia.
Ampliar a escuta qualificada das mulheres e jovens e alcançar, efetivamente, os equipamentos locais.
Provocar e manter vivo o diálogo sobre direitos entre as instituições responsáveis pela garantia da saúde integral com equidade.
PRÓXIMOS PA�OS
A PALAVRA DAS PARTICIPANTES