revista sindipi nº 17
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Revista Sindipi Nº 17 - Referente aos meses Setembro e Outubro de 2006.TRANSCRIPT
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REVISTA SINDIPIA REVISTA SINDIPI é uma publicação do SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA PESCA DE ITAJAÍ E REGIÃO
Diretoria do SINDIPI: Antônio Carlos Momm (presidente), Dario Vitali (vice-presidente), João Manoel da Silva (tesoureiro) – Departamento Jurídico:Marcus Vinícius Mendes Mugnaini (OAB/SC 15.939) – Sede: Rua Pedro Ferreira, 102, Centro, Itajaí, Santa Catarina – 88301-030;[email protected] – Fone: (47) 3348-1083 – Envie suas cartas para: [email protected] – Coordenação editorial: Antônio Carlos Momm
GRUPO ALPHA SUL COMUNICAÇÃO: Rua Argentina, 30, s/202, Balneário Camboriú, Santa Catarina – 88338-055 – Fone: (47) 3263-0590REVISTA SINDIPI – Jornalista responsável: Daniela Maia (SC.01259-JP); Projeto gráfico: Gerson Reis; Diagramação: Diana Elisa;Reportagens: Rogério Pinheiro; Secretaria de Redação: Briane Dal Cero; Revisão: Peu Japiassu;Departamento Comercial: Arlete Piccolo – [email protected] – Envie suas cartas para: [email protected];Impressão: Gráfica Pallotti – Porto Alegre, RS – www.pallotti.com.br – Tiragem desta edição: 5.000 exemplares – Circulação: setor pesqueiro nacional
Índice
CAPA: Praia dos Ingleses, Bombinhas, SC
FOTO: MARCELLO SOKAL / DESIGN: DIANA ELISA E PEU JAPIASSU
EDITORIAL 44444
ENTREVISTA: Maria Teresinha 66666
ANIVERSÁRIO DO SINDIPI: 26 Anos de História 99999
ARTIGO: Jairo Romeu Ferracioli 1010101010
PALAVRA DO PRESIDENTE: Conferência da Pesca 1212121212
EMPRESA QUE FAZ: Motormac 1616161616
VISITA DE LULA A ITAJAÍ : Batismo do Paulo Cantídio 1818181818
MOLUSCOS: Proposta de comercialização 2121212121
TURISMO: Os atrativos de Bombinhas 2222222222
A ARTE DE JOSÉ ESTEVÃO 2626262626
MEMÓRIAS DA PESCA: Os vencedores do concurso 2828282828
DIA DO TRABALHADOR: Fatos Históricos 2929292929
LINHA AZUL: Programa de incentivo à importação e expotação 3030303030
MEIO AMBIENTE: Arraias Manta 3232323232
RESPONSABILIDADE SOCIAL: Jogos paradesportivos 3434343434
REIVINDICAÇÃO: Paralisação da frota camaroeira 3535353535
INSPEÇÃO INDUSTRIAL: Indústrias de pesca na mira de auditores 3636363636
CRÉDITO PESQUEIRO: Dúvidas sobre financiamento 3838383838
INDÚSTRIA NAVAL: Feira e ponto de encontro entre empresas 3939393939
CULINÁRIA: Badejo flambado com purê de banana-da-terra 4040404040
AGENDE-SE: Feiras e Eventos 4141414141
MENSAGEM: “Sábias Repostas...” de Madre Tereza de Calcutá 4242424242
FOTO DIEGO GONZAGA
FOTO DIVULGAÇÃO
FOTO MARCELLO SOKAL
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4 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006
Editorial
A cada edição uma
surpresa. Estreamos um papel
com mais qualidade. A
publicação deste mês traz um
*Parabéns Para Você* bem
especial. O SINDIPI completa
no dia 28 de abril 26 anos.
Ficamos pensando... – “Qual
seria o melhor presente para a
entidade?” Uma homenagem
especial de capa... Não, é
muito mais que isso. O maior presente conquistado pela
entidade nesses 26 anos são vocês, armadores,
empresários da pesca, trabalhadores, familiares, amigos que
compartilham do mesmo ideal, o leitor que acompanha os
fatos da pesca e colabora com suas opiniões.
A nossa mensagem neste mês é mostrar que os
presentes mais valiosos estão na alma, no coração e são
refletidos através de gestos, palavras ou textos. Na edição
17, a cada página um presente valioso. Grupo de
mergulhadores expressa as riquezas das profundezas do
mar; conheça as fotos premiadas do “Memórias da
Pesca”. Acompanhe o lançamento da embarcação Paulo
Cantídio com a presença do Presidente Lula e a enquete
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Daniela Maia, editora
com empresários da pesca. No Turismo, uma viagem por
Bombinhas. Setor produtivo busca regulamentar o uso
de moluscos bivalves nas indústrias pesqueiras. As
novidades da Seafood; Aquafair e Navalshore 2006. A
arte de construir instrumentos, com o “Rei da Viola”. A
palavra do Presidente Antônio Carlos Momm. O
Programa Linha Azul, que facilita as exportações e
importações.
A editoria Responsabilidade Social mostra a
habilidade esportiva de deficientes físicos.
Acompanhamos a ação dos fiscais do Ministério da
Agricultura nas empresas de pesca. A empresa Cummins
lança para o mercado novos motores. Em homenagem
às mulheres, uma entrevista com Terezinha de Souza, do
estaleiro Abilio. Temos a participação nesta edição da
chef internacional, Cacilda que preparou uma receita de
badejo com ingredientes brasileiros.
Uma ótima leitura e parabéns a todos que buscam
o crescimento e a união do setor.
Sugestões, críticas, artigos podem ser encaminhados para:
TROCAR
FOTO
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6 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006
Teresinha, um exemplode eterno amor
Daniela Maia
Dando continuidade ao sonho conquistado porAbilio Pedro de Souza, Maria Teresinha e os filhosdemonstram que a união em família é o principalalicerce dos negócios do Estaleiro Abilio Souza,fundado em 1967
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Uma demonstração de fé,
simplicidade e amor à família são
atributos facilmente observados na
matriarca da família Souza. Mais
conhecida como Teresinha, a viúva do
Abilio de Souza conta aos 66 anos de
idade sobre sua experiência a frente
dos negócios após a morte de seu
marido. Durante a entrevista, sempre
quando mencionava sobre Abilio, seus
olhos enchiam de lágrimas, mas feliz
em deixar mais um registro das obras
do seu eterno amor. Compartilhe a
história de vida da armadora e
empresária Maria Teresinha, com
opiniões sobre pesca, empresariado,
família e ideais.
Entrevista: Maria Teresinha
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SINDIPI – A senhora sempre
participou das atividades da
pesca?
Teresinha – Desde 1965, quando
foi fundado o estaleiro Abilio Sou-
za, participava junto da família de
todas as ações. Mesmo estando em
casa, eu dava meus palpites. Meu
marido era um homem de muito
diálogo. Eu sempre estava nos bas-
tidores e também compartilhava das
dificuldades. Na época meu marido
estava trabalhando e lutando para
tirar muitas pedras ali da beira do
rio. Algumas pessoas alertavam meu
marido: “Oh Abilio não tem nada
aqui, não adianta lutar”. Mas ele foi
muito persistente e acreditava no
que estava fazendo. Fizemos muitas
embarcações, mais de 15. E no dia
três de abril 1971 foi lançado o nos-
so primeiro barco pesqueiro no mar,
o Pedro Celso.
SINDIPI – Porque além de
proprietários de estaleiros,
decidiram ser armadores?
Teresinha – Esse era o sonho de
Abilio. Ele vem de uma família de
pescadores, desde menino trabalha-
va em estaleiro e foi pescador. Ele
conquistou seus objetivos: o amor
pelo mar e pela arte de trabalhar em
um estaleiro. Abilio era técnico na-
val, licenciado pelo Crea, ele mes-
mo fazia os projetos, um grande
construtor. Tanto que em 1977 lan-
çamos uma outra traineira, o Dona
Apolônia. Após sete anos meu ma-
rido faleceu.
SINDIPI – E após o falecimento de
seu marido, quem assumiu os
negócios?
Teresinha – O nosso filho Roberto
trabalhava com Abilio desde os 14
anos de idade, ele já tinha experiên-
cia e junto com os outros filhos:
Rogério, Rubens, Romeu e Robson.
Nós somos uma família grande. Eu
e Abilio tivemos oito filhos, mas
dois já faleceram. Todos nós tra-
balhamos juntos.
SINDIPI – A senhora também
participou desta mudança...
Teresinha – Estou sempre presen-
te no estaleiro, geralmente fico todo
o período comercial. Estou aqui
para estar mais perto da família,
sempre com a meta de unir e no mo-
mento certo dar uma palavra conci-
liatória. Todas as nossas ações são
conversadas e discutimos, não fa-
zemos nada sem pedir conselho
uns aos outros. Gosto daqui. Após
a morte do meu marido este tra-
balho ajudou muito a superar a
tristeza. Hoje converso com diver-
sas pessoas aqui no Estaleiro e
principalmente, estou dando con-
tinuidade ao sonho do Abilio.
SINDIPI – Educar oito filhos não é
tarefa fácil...
Teresinha – Antigamente a educa-
ção era bem melhor, diferente. Os
pais pediam e os filhos escutavam e
obedeciam. Na época os filhos es-
tudavam mais. Não achei nada difí-
cil criar oito filhos. E nada mais
prazeroso que ver a família aumen-
tando. Hoje tenho oito netas, dois
netos, um bisneto de um ano e 10
meses, o Roberto Abilio de Souza
Neto e em agosto chega ao mundo
uma bisneta, Lais. Uma empresa fa-
miliar e bem unida tem mais chance
de crescer.
SINDIPI – Tem algum fato na pesca
que te emocionou?
Teresinha – A construção de uma
traineira de aço em 1986, dedicada
ao Abilio. Foi muita emoção com
meus filhos ao redor.
SINDIPI – Falando em negócios...
Como está o estaleiro hoje?
Teresinha – Nós especializamos em
reformas e manutenção de embar-
cações de grande porte. Um dos bar-
cos que estamos reformando é uma
troiler da Espanha (embarcação de
lazer). Temos 20 funcionários traba-
lhando com metal mecânica e car-
pintaria naval. Para nós sempre tem
serviço, nunca estamos parados. Até
construção podemos fazer, mas a
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época não é apropriada e a concor-
rência é grande.
SINDIPI – Qual a sua opinião sobre
a pesca em Itajaí?
Teresinha – Itajaí tem um potenci-
al pesqueiro, é o maior pólo pes-
queiro, temos não só a melhor fro-
ta, mas a melhor estrutura pesquei-
ra do país e um peixe de qualidade.
SINDIPI – Sua opinião sobre apoio
ou incentivo do governo para
incentivar esse potencial da pesca.
Teresinha – O que acontece são os
problemas econômicos. Muitas em-
presas que estão aqui sobrevivem de
capital próprio. Nós sempre estamos
na luta, só que neste país é difícil
crescer. Naquela época era muito
mais fácil expandir, em 65 foi fun-
dado o estaleiro com sacrifício, mas
em 71 Abilio colocou um barco na
água Pedro Celso e em 77 colocou
outro, dona Apolônia. No Brasil não
é fácil produzir, o país está em
recessão mas a arrecadação está ba-
tendo recorde. Mas, como isso? Gra-
ças há quem? Aos empresários do
país. Deveríamos ter uma política
mais séria.
SINDIPI – Como vocês fazem para
driblar esta situação?
Teresinha – Trabalhando muito e
a vontade de crescer.
Armador:
Maria de Fátima, admiro muito
esta mulher, pessoa valente.
Empresário:
Evaldo Kowalsky, grande empre-
endedor, ele continua na luta,
não esmorece.
Estaleiro:
Isa do estaleiro Brandino, uma lu-
tadora apesar das dificuldades.
Família:
Tudo, o alicerce.
com as dificuldades do país, te-
nho fé que amanhã possa ser um
novo dia. A única coisa que
não se paga imposto é sonhar.
Lamenta:
Que o governo esqueceu princi-
palmente as empresas pequenas.
Filhos de pescador:
Hoje o filho do pescador não
quer mais ser pescador, ele ge-
ralmente estuda, se forma e se-
gue outro ramo. Antes era de
pai para filho, o mestre da em-
barcação já trazia o filho
jovenzinho no barco para ensi-
nar, outros aprenderam na cara
e na coragem. Acho que esse
quadro é uma realidade negati-
va para pesca.
Mestre de barco:
Temos o seu Valdir, um bom mes-
tre de barco que também incen-
tiva o filho. E o seu Lindomar
Martins, hoje aposentado.
Fé:
Sempre coloco Deus em primei-
ro lugar, sou católica praticante.
Na pesca, temos a nossa senho-
ra protetora dos mares, mãe de
Jesus e de todos nós.
Abilio:
Foram 27 anos de casada. Ele era
tudo para mim, em quem me apoi-
ava. Quando ele se foi, “fiquei sem
a cabeça”, como dizem. Hoje ele
estaria com 75 anos e realizado
muitas coisas para a pesca.
Planos de investimentos:
Tenho vontade de crescer. Mesmo
Entrevista: Maria Teresinha
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No dia 28 de abril a
entidade comemora mais um
aniversário. São 26 anos de
história, momentos difíceis,
momentos de alegria,
momentos de conquistas,
vitórias, mas sempre uma
eterna luta pelo
desenvolvimento do setor
pesqueiro.
Parabéns a todos os
armadores, industriais,
colaboradores, anunciantes,
parceiros, pescadores e
empresários que atendem o
setor.
Que a cada ano o espírito
de união represente a força
do setor, esses são os votos
da Diretoria do SINDIPI.
Aniversário do SINDIPIF
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João Manoel
da Silva Dario Luiz Vitali
Antônio Carlos
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Artigo
Em março de 1976 foi
realizado um concurso na Embratel
para trabalhar em unidades da
empresa que estavam sendo
implantadas ao longo do litoral
brasileiro. Até aí, pouco se sabia do
que se tratava. Em maio saiu o
resultado do concurso. Eu e mais
oito companheiros fomos para o
Jairo Romeu Ferracioli (*)
Relato de minhaexperiênciaenquantoRadioperador
Rio de Janeiro, sede da Embratel.
Lá passamos a freqüentar aulas
diárias no período matutino e
noturno de eletrônica,
radiocomunicação, comunicação,
postação de voz, entre outras,
como Geografia, etc. O curso
durou 40 dias, incluindo uma
visita a Estação Costeira de Santos.
Depois de algumas provas e
testes, incluído no Departamento
Nacional de Telecomunicações,
para receber o Certificado de
Operador de Radiotelefonia,
seguimos rumo a Blumenau para
assinatura do Contrato de Trabalho
e em seguida seguir em grupos
para a Estação Costeira de Rio
Grande, conhecida como Junção
Rádio.
Em setembro de 1996,
finalmente, estávamos inaugurando
a Estação Costeira de Itajaí, Itajaí
Rádio, que apesar do nome ficava
localizada em Navegantes-SC.
O primeiro contato foi com um
navio da Aliança Navegação, com
o nome de Flamengo, naquela
oportunidade carregava a
bandeira brasileira.
Os meses iam se passando e
aos poucos o número de contatos
em VHF e SSB aumentava, até
passarmos a atender um setor
que muito me orgulhava: as
embarcações pesqueiras.
Primeiramente de uma forma
bastante precária visto que os
equipamentos de bordo ofereciam
pouca compatibilidade com as
freqüências da Estação Costeira.
Mas, aos poucos, os barcos foram
se equipando com melhores
equipamentos e os contatos
passaram a ser mais freqüentes.
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Logo, Itajaí destacava-se em
âmbito nacional pelo atendimento
de uma classe até então
desatendida e sem nenhuma
segurança. Os serviços de
conexão com a rede telefônica,
serviços de mensagens, socorro e
segurança passaram a fazer parte
do dia-a-dia destas embarcações
com a Estação Costeira.
Em setembro de 1996,finalmente,estávamos
inaugurando aEstação Costeira deItajaí, Itajaí Rádio,
localizada emNavegantes-SC
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* Jairo Romeu Ferracioli
Mestre em Relações EconômicasInternacionaisProfessor de Economia do Curso deComércio Exteriore Logística na UNIVALI
Artigos para a Revista SINDIPI no:
Criamos muitasamizades, verdadeiras
amizades, muitasdelas até hoje, mesmocom o fim da Estação
em 1998
Empresários, como o Sr. Davi
Gregório, Sr. Akira Onishi (ainda
em Santos) a Sul Atlântico, a
Kowalsky (onde hoje é a Seara) e
muitos outros empresários de
Santos, Rio de Janeiro,
Florianópolis, Laguna e Rio
Grande faziam parte da carteira de
atendimento da estação, pois em
dia de boa propagação, o sinal
alcançava a Região Leste, Sul do
Brasil e outros países e continentes.
Todas as categorias de pesca
(Espinhel de Caíque), Traineiras,
Parelhas, Barcos de Camarão,
Atuneiros e outras embarcações
faziam parte do universo de
atendimento.
Criamos muitas amizades,
verdadeiras amizades, muitas delas
até hoje, mesmo com o fim da
Estação em 1998.
Recordando alguns momentos
dramáticos, podemos citar
problemas de motores, abertura de
água, muitas delas colocando as
embarcações em perigo. Foram
muitos os atendimentos a
embarcações que necessitavam de
ajuda. Como o alcance da estação
era bastante amplo, servíamos de
ponte entre embarcações e muitas
vezes, o contato com terra (Corpo
de Bombeiros, Marinha) era a
saída para enviar socorro.
Mesmo assim, a melhor assistência
às embarcações com problemas
vinha da própria categoria.
Recordo casos como o Ciapesca
II que encalhou na praia Brava e
abriu água, graças a nossa
intervenção imediata, foi possível
mandarem um recado no ar, com
a intenção de avisar a
embarcação que o socorro já
estava a caminho, pois já
havíamos entrado em contato com
a empresa e com outra
embarcação.
Teve o caso de um barco da
Empresa A. Weiss (Verde Vale) que
abriu água e ia indo ao fundo, em
poucos minutos conseguimos
entrar em contato com várias
embarcações na área, que salvaram
o barco. Quando a embarcação
aportou em Navegantes toda a
tripulação esteve na estação
costeira para agradecer a
intervenção.
Teríamos inúmeros casos para
recordar e contar, infelizmente a
pasta que continha estes relatos de
muitas e muitas aventuras,
salvamentos, e episódios tristes
perdeu-se com a privatização e o
fechamento da Estação.
enviar socorro e em poucas horas o
barco estava salvo, sem danos a
embarcação e a pescaria. Caso este
que mereceu uma carta de
agradecimento bastante
enobrecedora.
Por que não falar do Yamahia II
que ficou a deriva e sem escuta em
seu rádio de comunicação. A
atenção de um colega que
percebeu em uma das transmissões
da embarcação em que pedia
socorro alguém ouvindo a Rádio
Globo. Entramos em contato com a
Rádio Globo, pedimos para eles
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Palavra do Presidente
Conferência da pesca,
A ConferênciaEstadual de Aqüiculturae Pesca em SantaCatarina foi realizadanos dias 02 e 03 demarço de 2006, noanfiteatro da Univali emItajaí. No geral foram700 pessoas inscritas,sendo 401 da PescaArtesanal, 68 da PescaIndustrial, 116 daMaricultura, 103 daAqüicultura Continental/Piscicultura de Água
Doce e 13 de outrossegmentos interessadosna temática, sendo que destes
inscritos, 150 instituições representaram
os setores da Pesca e Aqüicultura.
O mesmo evento aconteceu nos
27 estados brasileiros com a
participação de Ong's, órgãos públicos,
associações, sindicatos, pescadores, etc.
A 2ª Conferência Nacional foi
realizada entre os dias 14 a 16 de
março em Brasília, com o tema:
Consolidação da Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável da
Aqüicultura e Pesca.
Agora vamos aos fatos e mãos na
calculadora: uma média de 500
participantes por Conferência. Ao total
foram realizados 27 eventos estaduais,
logo uma participação de
aproximadamente 14 mil pessoas.
Quem participou da Conferência
Estadual em Santa Catarina e em
Brasília observou que dos 100% dos
participantes, cerca de 90% eram
pescadores artesanais. Para incentivar
a participação dos pescadores, a SEAP/
PR, Secretaria de Aqüicultura e Pesca
da Presidência da República,
disponibilizou ajuda de custo com
alimentação, passagem, hospedagem
somente aos pescadores artesanais.
Ou seja, estimamos que foram gastos
só para trazer os pescadores nas
Conferências mais de três milhões
de reais, fora outras despesas extras
para a realização dos eventos. O
setor questiona o quanto poderia ser
feito com esse dinheiro.
UM CIRCO!
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Fora os milhões, não podemos
deixar de lado o “Grande Evento da
Pesca”, ou seja, as Conferências. A
iniciativa da SEAP/PR foi de extrema
inteligência. Hoje para qualquer ação
ter um resultado satisfatório o ideal é
discutir com todo o setor, buscar
opiniões e planejar. Em cada evento,
foram formados grupos de trabalho
divididos em aqüicultura, maricultura,
artesanais e industriais. Em cada setor,
participantes avaliavam diversos
pontos apresentados pela Secretaria,
que fazem parte do plano de
desenvolvimento da pesca desde
2003, quando foi realizada a
primeira Conferência.
Em cada grupo, os
participantes
respondiam se
determinada ação da
SEAP/PR é importante,
pouco importante ou
muito importante, se
está sendo realizada de
forma satisfatória,
insatisfatória ou se não
está sendo realizada e
quais as demandas
indicadas.
No grupo da pesca
industrial de SC, não
para surpresa de todos, mais de 90%
das questões avaliadas tiveram como
resultado: insatisfatória ou não
realizada. Com certeza foi uma chance
para o setor desabafar, mas e daí por
diante, o que será feito para melhor a
pesca não só em Santa Catarina, mas
também no Brasil?
A última esperança era Brasília, a
Conferência Nacional, realizada do
dia 14 a 16 de março. Os
representantes de Santa Catarina, Rio
de Janeiro e São Paulo nos contaram
que o evento parecia mais um circo.
Os palhaços, claro, seríamos nós, a
bilheteria representada todos os
contribuintes do Brasil, o show
especial, a presença do Secretário da
Pesca com status de Ministro e fora
outros personagens. Quando o chefe
do IBAMA , em Brasília, José Dias pediu
para se pronunciar sobre as ações do
órgão, só se ouvia uma entonação de
vaias, nem deixaram Dias se
expressar. Não estou defendendo
nenhum órgão, mas a liberdade de
expressão e o respeito. Na platéia, em
torno de 90% eram pescadores
artesanais, todos organizados em
colônias e motivados, parecia mais
um palanque eleitoral. Quando iniciou
a votação sobre diversos pontos da
pesca, era aquela festa, ou seja, a
maioria votava em seu benefício,
sempre defendendo os interesses da
pesca artesanal. Como os
participantes da pesca industrial eram
poucos, não precisava nem de
calculadora para mostrar que mesmo
o setor produtivo gritando temas
importantes e defendendo bandeiras
para o desenvolvimento pesqueiro,
não eram escutados.
Devemos traduzir o sentimento
do setor, buscar o Ministério da
Pesca, acabar com as intrigas de
governo, sem as amarras que
existem. Temos um setor dividido
entre Meio Ambiente e SEAP.
Precisamos de muitas ações em pró
do setor, enumero algumas abaixo já
avaliadas e discutidas no grupo de
Antônio Carlos Momm,
Presidente do SINDIPI
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Palavra do presidente
Mais de 500 participantes no evento, 90% pescadores artesanais.
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trabalho da pesca industrial:
Pesquisa para estudar a nossa rica
biomassa; linha de crédito de custeio e
investimento para produção e
comercialização, o mesmo consignado
à agricultura; linha de crédito para
captura de espécies sem mercado
definido ou mercado incipiente;
formação de programas de incentivo à
comercialização, e projetos
demonstrativos de pesca, campanhas
regionalizadas de consumo ao
pescado e incentivo nacional para o
consumo do pescado; realização do
censo da frota pesqueira industrial;
cursos técnicos de capacitação em
caráter de urgência e licenças
provisórias para avaliação da
capacidade de trabalho no mar; um
cientista (e não um observador de
bordo) para cada modalidade de
pesca; pesquisa para fomento da
pesca prospectiva e exploratória,
desenvolvimento de novas tecnologias
para embalagem, conservação e
processamento de pescado, além de
pesquisas direcionadas à produção de
iscas; uma fiscalização rígida da pesca
estrangeira ilegal nas águas
jurisdicionais brasileiras. Citamos
também o desenvolvimento da pesca
de recursos subexplotados ou
inexplotados. Ex: sardinha-laje
(Nacional), e caranguejo-real/polvo
(Norte/Nordeste), redirecionando as
frotas tradicionais para pescarias
alternativas, permitindo assim a
ampliação da produção nacional
marinha industrial, de forma atrelada
a política de crédito – Programa
ProFrota. O desenvolvimento da
pesca a mais de 500 metros de
profundidade. Há outros itens como,
transferir para a SEAP a atribuição de
realização dos cursos para pescadores,
hoje a cargo da marinha; aumentar a
participação do setor produtivo no
comitê científico; apresentar resultados
do impacto sofrido pelo meio
ambiente junto aos recifes já
instalados; o pescador quer ser ouvido
na decisão; as modificações no
ordenamento devem ser publicadas
com 2 anos de antecedência
(comunicação ao setor produtivo);
pagamento do subsídio ao óleo diesel
de acordo com a lei (prazo de 45
dias); definição da redação das linhas
de crédito, consultando o setor
pesqueiro industrial e que a pesca
costeira passe seu ordenamento para
a SEAP/PR.
Na maricultura, por exemplo, cito
itens como apoiar, ampliar e modernizar
estruturas de pesquisa existentes em
SC para espécies com potencial de
cultivo de peixes marinhos; o
cadastramento geo-referência das
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áreas para liberação das autorizações
de uso das águas de domínio da
União para fins de Aqüicultura,sem
custo ao produtor; desburocratizar e
isentar custos de inscrição e
manutenção do registro de produtor;
adequar a legislação ambiental
vigente de forma regional; melhor a
distribuição das ações da SEAP no
âmbito nacional para a piscicultura,
uma vez que notadamente os
investimentos têm sido feitos no norte/
nordeste do País.
Na aqüicultura marinha incentivar
o cultivo de peixes no mar com a
criação de tanques-rede.
Há diversos pontos para
enumerar, mas preencheria toda a
edição da Revista.
Deixo aqui, além dos
comentários e reflexo do “Grande
Evento da Pesca”, a esperança
que os pontos discutidos nos
grupos de trabalho industrial não
sejam em vão. Infelizmente a
avaliação não só do setor industrial,
mas da pesca artesanal, maricultura e
aqüicultura mostraram que a SEAP/PR
não vem atendendo o setor da forma
que todos nós da pesca esperávamos.
No âmbito da avaliação das
políticas/ações da SEAP para com a
Pesca Artesanal, em SC, foram
analisados 32 itens, onde 100% foram
considerados de grande importância;
quanto à realização destes, no
contexto geral, tem-se que apenas
9,37% foram realizados de forma
satisfatória, 50% de forma
insatisfatória e 40,62% não realizado
e/ou não percebido. Logo, novas
demandas foram propostas e depois
de avaliadas pelo grupo de trabalho,
aprovou-se 90 proposições que foram
encaminhadas para a plenária final.
No âmbito da avaliação das
políticas/ações da SEAP para com a
Maricultura foram analisados 35 itens,
onde 97,14% foram considerados de
grande importância e apenas 2,86%
menos relevantes; quanto à realização
destes no contexto geral, tem-se que
nenhum dos itens avaliado foi realizado
de forma satisfatória, 31,50% de forma
insatisfatória e 68,50% não realizado
e/ou não percebido. Logo, novas
demandas foram propostas e avaliadas
pelo grupo de trabalho.
Na Carcinicultura e Piscicultura
Marinha foram também analisados 35
itens, onde 91,43% foram considerados
de grande importância e 8,57%
menos relevantes; quanto a realização
destes no contexto geral, tem-se que
28,50% foram realizados de forma
satisfatória, 20% de forma insatisfatória
e 51,50% não realizado e/ou não
percebido. Novas demandas foram
propostas e avaliadas pelo grupo.
Na avaliação das políticas/ações
da SEAP para com a Pesca Industrial
foram analisados 65 itens, onde 100%
foram considerados de grande
importância; quanto à realização
destes, no contexto geral, tem-se que
apenas 7% foram realizados de forma
satisfatória, 43% de forma insatisfatória
e 49% não realizado e/ou não
percebido. Logo, novas demandas
foram propostas e depois de avaliadas
pelo grupo de trabalho, aprovou-se 45
proposições as quais foram
encaminhadas para a plenária final.
Desejo que este quadro mude.
Espero que a pesca seja olhada com
olhos do progresso, com iniciativas
sérias, sem ações politiqueiras. Ainda
temos esperança que a SEAP/PR não
seja só um endereço, mas um Ministério
da Pesca, digno do setor.
Antônio Carlos Momm
Representantes do SINDIPI e do
SITRAPESCA na Conferência em Itajaí
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16 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006
MOTORMACa força da
CUMMINSno Vale do Itajaí
Empresa que faz
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embarcações estão
cada vez maiores,
necessitando de
motores também
maiores e mais
potentes, como os
modelos KTA19 e
KTA 38, que
apresentam maior cilindrada e melhor
torque, com potêncis que variam entre
500 a 2200 hp. Como novidade no
setor marítimo, até o final do ano
A MOTORMAC é
representante CUMMINS na região sul
do Brasil desde 1974. De lá para cá a
empresa vem apresentando um
grande crescimento, sempre
acompanhando as tendências dos
mercados onde atua e investindo
fortemente em tecnologia e
treinamento, principalmente na
área de serviços.
Distribuidora de motores e
grupos geradores, peças
genuínas CUMMINS e assistência
técnica, a MOTORMAC tem forte
atuação no setor marítimo, em
especial no Vale do Itajaí. A
empresa é referencial no setor e
vem ampliando o leque de
fornecimento de motores marítimos
na região, atendendo a uma
necessidade desse mercado, onde as
A empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais de
30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que
lança no mercado novo modelolança no mercado novo modelolança no mercado novo modelolança no mercado novo modelolança no mercado novo modelo
de motor marítimode motor marítimode motor marítimode motor marítimode motor marítimo
deverá ser lançando no mercado dois
novos motores das séries B e C, todos
na faixa entre 190 e 250 hp, voltados
para embarcações de menor porte.
A empresa também atua com
destaque na área de serviços, com
atendimento técnico permanente,
tanto mecânico como elétrico e se
preocupa em oferecer uma estrutura
que proporcione melhor atendimento
aos clientes. Esse é o principal motivo
que há um ano a MOTORMAC
transferiu sua filial de Itajaí para São
José, em um prédio próprio,
amplamente estruturado para
trabalhar com melhor qualidade. Com
esta mudança, a empresa teve
especial preocupação em viabilizar
aos clientes da região de Itajaí um
pronto atendimento em peças e
serviços, mantendo permanentemente
na região dois técnicos mecânicos e
um vendedor externo, com suporte
direto da filial em São José.
Para conhecer mais a empresa acesse osite www.motormac.com.br
Serviço: Motormac: (48) 3271-0100 ou(47) [email protected].
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18 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006
A cerimônia
contou com a
presença de
diversos
armadores e
empresários da
pesca no píer de
Itajaí. Outras
visitas fizeram
parte da agenda
do Presidente que
permaneceu três
horas na cidade
A segunda visita do
Presidente da República Luiz Inácio
Lula da Silva a Itajaí no último dia 17
de março, contou com a presença de
diversas autoridades, políticos, porém
com pouca participação da
comunidade. Antes de participar do
batismo da embarcação pesqueira
Paulo Cantídio, da empresa Rio Pesca,
a primeira parada foi no molhe de
Itajaí. Na ocasião, o Presidente do
SINDIPI, Antônio Carlos Momm
entregou em mãos ao Presidente Lula
o troféu da entidade que simboliza um
peixe e uma carta de reivindicações
em nome dos trabalhadores da Pesca.
Debaixo de um sol escaldante, o
Presidente conversou pouco com a
imprensa.
Por volta das 14h30, Lula
acompanhou a cerimônia de batismo
da embarcação Paulo Cantídio. O
objetivo era comemorar o lançamento
da primeira embarcação pesqueira
financiada pelo Programa de
Renovação da Frota Pesqueira
Nacional (Profrota). Para quem
acompanhava a cerimônia, a dúvida:
“Como apresentar o primeiro barco
do Programa de crédito lançado pela
SEAP/PR, se o dinheiro ainda não
tinha sido liberado para a construção
da embarcação?” A construção do
atuneiro, até o momento do batismo,
foi financiada com recursos próprios
da proprietária e madrinha da
embarcação, a armadora Maria de
Fátima. Entre as barreiras estão a
Visita do Presidente a Itajaí
PresidenteLula no
batismo doPaulo CantídioPaulo Cantídio
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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 19
burocratização e as condições para
financiamento que atendam as
exigências do BNDES, Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social, gestor do Fundo da Marinha
Mercante.
Para a empresária o batismo
da embarcação com a presença
do Presidente é inédito na pesca.
“Nunca tivemos a presença de um
Presidente e a coragem do
empresário em investir no setor”.
Mesmo sem o dinheiro liberado, a
armadora acredita que o Profrota
é uma realidade. “Não vamos
sentar e esperar que eles venham
resolver o problema, temos que
fazer acontecer”, opina.
Mesmo que os contemplados
no primeiro edital do Programa
Profrota, em Santa Catarina,
ainda não tenham recebido o
dinheiro para a construção das
embarcações, não há como negar a
satisfação dos armadores em apreciar
uma embarcação moderna, com alta
tecnologia. O barco pesqueiro Paulo
Cantídio, avaliado em seis milhões e
setecentos mil reais, foi fabricado pelo
estaleiro TWB, de Navegantes.
Uma embarcação de pesca
oceânica, com cerca de 35 metros de
comprimento, feita em aço e
desenvolvida para a captura de atum,
com os melhores equipamentos de
comunicação viáveis para navegação
como sonar, rádio SSB, rádio VHF,
com sonda, radares e outros
equipamentos modernos. A capacidade
efetiva de pesca é de 180 toneladas e
congelamento de 40 toneladas/dia. O
período de permanência em alto mar
é de aproximadamente 30 dias. A
embarcação é provida de 12 tinas,
com média de 14 toneladas cada. O
atuneiro faz toda a parte de
congelamento do atum, ou seja, o
peixe é capturado e congelado no
porão, acondicionado em tinas,
através de um sistema de salmoura,
sistema de frio complexo, com 2
compressores de 75 hp. O projeto do
barco foi realizado por engenheiros
navais brasileiros.
“Buscamos uma embarcação com
potência maior no motor e de
deslocamento, mais ágil e econômica,
contribuindo para um custo menor de
produção”, comemora Maria de Fátima.
Com essa embarcação, a empresa
Rio Pesca soma três atuneiros na frota,
além de um barco que captura
sardinha.
Presidente Lula com o prefeito
de Itajaí Volnei Morastoni
BastidoresDurante o evento, nossa
equipe de reportagem indagou ao
setor qual pedido faria ao
Presidente Lula.
Confira as respostas.
Armadora Maria de Fátima:
Hoje temos um endereço, a SEAP. Pelo
menos é um caminho para buscar
apoio, o setor tem que se unir, saber
que existe essa casa e exigir da
Secretaria. Hoje pesquisas mostram
que nós temos uma capacidade de
100 mil toneladas/ano de exploração
na pesca de atum, porém capturamos
cerca de 25 mil toneladas. Temos
muito espaço para explorar e só
podemos explorar com embarcações
como esta. Se não ocuparmos esta
zona exclusiva que temos, alguém vai
ocupar por nós, ou seja, temos que ter
mais embarcações como o Paulo
Cantídio, para ocupar a nossa área e
com a nossa bandeira.
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20 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006
Visita do Presidente a Itajaí
Empresário Attilio Leardini:Peço que a SEAP seja transformada
em Ministério e que nós tenhamos umMinistro da SEAP que seja da pesca ede Itajaí. Além disso, reverter o preçodo óleo diesel marítimo nos padrõesdo preço internacional e com isençãode impostos nos eletrônicos, nas redese equipamentos para as indústrias depesca. E tudo o que fosse paraimportar, tivesse isenção de imposto,como no Uruguai e na Argentina. Sóqueremos igualdade.
Evaldo Kowalsky:Reduzir imediatamente o preço do
óleo diesel marítimo.
Empresário Manoel Calvo:O Brasil deveria ter menos
burocracia para descarregar opescado. Na Europa o processo ébem mais rápido, menos papéis paraa liberação de um contêiner. Opotencial do Brasil é imenso,principalmente na pesca. A Espanhanão tem a riqueza do Brasil naquantidade de peixes, porém asembarcações são bem maiores,atingindo distâncias grandes paracaptura. Como exemplo, o tamanhomédio de um atuneiro na Espanha éde 96 metros de comprimento, comcapacidade de captura deaproximadamente duas mil toneladasde atum por viagem. Estamos numpaís cheio de possibilidades ecrescimento, mas faltam pesquisas.As pesquisas têm que fazer parte dodia-a-dia dos Ministérios. Apenas20% das espécies que moram nomar estão descobertas, 80% aindaestão por descobrir, ainda nãoconhecemos toda a riqueza do mar.
Armador Jorge Seif:Pediria para rever esta política
pesqueira porque hoje estamos numadúvida muito grande, não sabemos háquem obedecer: ao IBAMA ou a SEAP.Eu, como armador de pesca me sinto
muito inseguro, precisaria de umapolítica mais detalhada e definidapara que possamos seguir e darcontinuidade ao setor pesqueiro querealmente precisa.
Armador Antônio Faustino:Para a pesca do atum se
desenvolver no Brasil a passoslargos a União Européia precisaolhar pelo Brasil com olhos especiaise não cobrar 24% para importaratum brasileiro manufaturado.
Empresário José Carlos Ferreirada FEMEPE:
Pediria mais poder de decisão paraa Secretária da pesca, que ela fossetransformada em Ministério.
Empresário Edson Beltrão:Uma fiscalização eficiente, nada
mais do que isso.
Encarregado de barco CaduVillaça:
Que eles tomem decisões técnicase não políticas. Acho que a SEAP estámuito politizada.
Armador Wanderlei Antônio:Financiamentos de longo prazo e jurosbem acessíveis para construção decâmaras frigoríficas, barcos eequipamentos gerais de pesca.
Armador Rodolfo Weiss:Subsidiar insumos, redes, todo
equipamento de pesca que hoje ocusto é altíssimo. Precisamos terequipamentos para ter uma boaprodução. O Presidente teria queolhar com mais carinho o valor docombustível e dos impostos.
Armador Idalicio Alves Filho:Que o Presidente pudesse usar o
coração dele e implementassefinanciamento para pequenosarmadores. Porque fazer empréstimode três milhões para ter que entregar
20 de patrimônio, é impossível quepequenos armadores sejambeneficiados com o Profrota.
Armador Geraldo Felipe da Silva:Que o Presidente continuasse olhandocom bons olhos o setor pesqueiro. Ogoverno criou a SEAP, Profrota, mas osetor tem que crescer muito, a nossacosta é muito grande e a gente explorapouquíssimo. Sou um dos beneficiadosdo Profrota. Temos uma zona pesqueiraacima de 200 milhas para explorar,mas há muitos barcos de fora quevêm pescar aqui, ou seja, um recursoque é nosso e a gente não explora,portanto o governo tinha queincentivar melhor a nossaembarcação, com informatização,mais tecnologia, embarcações maiorese mais modernas. A embarcação quevou fazer é uma embarcaçãomoderníssima, um motor importado,toda informatizada, vai contar com 28tripulantes, mais um observador debordo, de acordo com que oregulamento do Profrota requer. Ofuturo é esse: mais embarcaçõesmodernas para explorar uma costaque é nossa.
Estamos apostando, mesmo sem odinheiro do Profrota. Em minhaopinião o processo de liberação dedinheiro é normal para que sejarealizada uma transição segura.
Armador Giovanni Perciavalle:Sou um dos contemplados noprimeiro edital do Profrota. Peço quelibere o dinheiro mais rápido doProfrota.
Empresário e Vice – presidentedo SINDIPI, Dario Luiz Vitali:
Incluir o peixe na cesta básica.
Empresário Mauro Ballestero –Pepsico:
Abaixar os impostos em geral.Devido à alta carga tributária, muitasvezes perdemos a competitividade.
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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 21
A proposta é comercializarmoluscos bivalves nasempresas de pesca
Durante a visita dos fiscaisagropecuários do Ministério daAgricultura em Itajaí, profissionais dasaúde levantaram um tema polêmicono setor: a regularização do moluscobivalve. Sem normatização,representantes do setor produtivoalegam que empresas clandestinasatuam no setor sem responsabilidadede controle sanitário, prejudicandoquem trabalha com qualidade. Diantedesta situação, profissionais quetrabalham na área da inspeçãosanitária nas indústrias pesqueirasabriram a discussão comrepresentantes do Ministério daAgricultura.
É notável o potencial damaricultura em Santa Catarina. É
uma atividadeque se tornoucomercial a partir
de 1990, quando as primeirasfazendas marinhas começaram a serimplantadas.
Em Santa Catarina o cultivo demexilhões e ostras representa cerca de93% da produção nacional e algo emtorno de 7 milhões gerados pelaatividade, que gera lucros a partir dosegundo ano da atividade.
A primeira reunião foi realizadaem caráter de emergência, no últimodia 21 de março na sede do SINDIPI,Sindicato das Indústrias de Pesca deItajaí e Região. Segundo o fiscalfederal agropecuário Célio Faulhaber,como diretrizes está sendo analisada adocumentação do FDA e as ações depaíses como Chile para compor aregulamentação. “A DIPES não
aprovará processos de rotulagem quenão atendam os pré-requisitosmínimos (segurança de origem;monitoramento e rastreabilidade doproduto)”, assegurou. SegundoFaulhaber, nos processos de rotulagemnão basta apenas o envio de Croquide rótulo e descrição do processo derotulagem, mas devem ser enviadostambém documentos complementaresque mostrem quem é responsável pelocontrole das áreas de cultivo, contratoentre as empresas, além de outrosdocumentos complementares.
Para buscar uma solução imediatasobre o assunto foi constituído oGrupo de Trabalho Bivalve paranormatização e regulamentação domolusco. De acordo com a comissãodo Grupo, as propostas discutidasserão encaminhadas para análise doGoverno federal.
Moluscos
normas paraMoluscos
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Profissionais da saúde debatem
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22 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006
As 22 praias do município de Bombinhas, SC,são o maior atrativo da cidade. Os surfistas são
freqüentadores assíduos de Mariscal e Quatro Ilhas. JáZimbros e Canto Grande, por exemplo, lembram quadros da
natureza com suas baías pontilhadas de embarcações
A princesa da CostaEsmeralda
Turismo
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Para quem conhece Santa Catarina não énenhuma novidade se surpreender com as belezas naturaisque o litoral catarinense oferece aos seus visitantes. Noentanto, a cada visita, até o mais observador dos turistasnão consegue esconder a admiração com uma novadescoberta. Assim é o município de Bombinhas, umasurpresa atrás da outra.
A paisagem é formada por uma rica diversidadebiológica, composta pela Floresta Atlântica, rios, mangues,dunas, restingas, baía, enseada, rochedos, ilhas e recifes.Bombinhas é hoje um dos principais pontos turísticos deSanta Catarina. Atrai anualmente, na temporada de verão,cerca de 130 mil visitantes, de diversas partes do Brasil etambém de alguns países da América do Sul.
Rogério Pinheiro
Bombinhas está situada na Costa Esmeralda, regiãoque vai de Itapema a Governador Celso Ramos, naGrande Florianópolis. Seus principais balneários ficamnuma península recortada, com baías protegidas dos ventos eáguas claras que seduzem mergulhadores e velejadores detodas as partes. Nas águas cristalinas da Reserva Marinhado Arvoredo, os mergulhadores observam corais, cardumesde peixes multicoloridos, cetáceos, moluscos e outrasespécies da fauna e flora marinhas. Os locais de mergulhomais famosos estão próximos das ilhas do Arvoredo, Galés,Deserta e Calhau de São Pedro.
As 22 praias do município são o maior atrativo dacidade. Os surfistas são freqüentadores assíduos deMariscal e Quatro Ilhas. Já Zimbros e Canto Grande, porexemplo, lembram quadros da natureza com suas baíaspontilhadas de embarcações. Bombas e Bombinhas, praiascentrais, além da beleza, oferecem a comodidade de umcentro comercial e gastronômico amplo e ativo. Todas elascom águas cristalinas.
A Praia da Sepultura, rodeada de muito verde, é umapraia deserta e considerada apropriada para o mergulhoamador. O mergulho, já está consolidado como uma dasatividades mais atraentes do município.
Outras menos freqüentadas, mas que não perdemnada em beleza são: a Prainha, de onde partem os barcospara a prática do mergulho e as praias do Embrulho,
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ACIMA, Praia do Canto Grande e Mariscal;AO LADO, Morro do Macaco;NA PÁGINA AO LADO, vista aérea de Bombinhas;
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TURISMO
Lagoinha e Biguá, boas paramergulho superficial, apenas commáscara, snorkel e pé-de-pato. ORetiro dos Padres, ou Praia dosIngleses, é ideal para quem gosta deestar em contato direto com anatureza. O local oferece infra-estrutura de camping, restaurantes ecabanas. Para quem prefere curtirbanhos tranqüilos em um mar quevaria do azul ao verde, o ideal é apequena Praia do Ribeiro, ou a Praiade Morrinhos, também conhecida pelatranqüilidade de suas águas.
Se a idéia é conhecer recantosbucólicos, ainda preservados dainfluência humana, a escolha tem queser por Cardoso, Praia da Lagoa, PraiaTriste ou Vermelha. Para conhecê-losé preciso enfrentar uma trilha sinuosano meio da Mata Atlântica.
O mar exuberante não presenteiao município somente com belaspaisagens. Ele traz também a matéria-prima dos principais pratos daculinária local. Uma das principaisatividades da população é a pescaartesanal de camarões, peixes e outrosfrutos do mar, além do cultivo deostras e moluscos, relevante atividade
para a economia do município. Entreos pratos mais apreciados estão acaldeirada e a moqueca de peixe,além de outros como anchova,camarão, lagosta, siri, lula e polvo.
Como outras cidades brasileiras, acultura de Bombinhas apresentacaráter multidimensional pelasinfluências e legados das populaçõespré-coloniais, negras e luso-açorianas,além daquelas trazidas pelos novoshabitantes, com suas característicasétnicas e culturais.
Os descendentes dos açorianosque vivem no município mantêmvivas as tradições que preservam aalma da sua cultura. A religiosidade éexpressa nas festas do SagradoCoração de Jesus, de Nossa Senhorados Navegantes, do terno-de-reis e doboi-de-mamão. E não é só isso. Ascomidas, as farinhadas, as infusõescurativas, as simpatias, as benzedeirascontra o mau-olhado e as histórias depescadores ainda ecoam costumespassados. Os segredos do artesanatodas rendeiras e dos oleiros foramtransmitidos por meio das gerações. Osotaque ilhéu do Arquipélago dosAçores e Ilha da Madeira se mantém
vivo no jeito cantado de falar e nasexpressões típicas dos nativos.
Os paranaenses descobriramaquele refúgio logo em seguida,começaram a freqüentá-lo no verão ealguns por lá se estabeleceram. Masfoi a partir da década de 70 que sedeu o início do aumento populacionalque acabou transformando a vida dobalneário e levando ao sonho daindependência. A emancipação veioem 15 de março de 1992 e, quatroanos depois, a população do novomunicípio já contabilizava 5.845habitantes e, em 2000, 8.700habitantes. Esse aumento colocavaBombinhas na quarta posição, entreas cidades que mais cresceramnaquele período em Santa Catarina.Hoje, a população flutuante, durantea alta temporada de verão, chega a130 mil pessoas, de acordo com aSecretaria Municipal de Turismo.
Esse aumento de turistas porconta de uma maior visibilidade comodestino turístico, em âmbito nacional,atraiu investidores interessados emincrementar seus meios dehospedagem. Hoje, Bombinhasdispõe, além de casas para aluguel e
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ACIMA, trapiche da praia de Bombinhas;AO LADO, Canto Grande, vista dapenínsula;NA PÁGINA AO LADO, praia de Bombinhas;
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pousadas rústicas, diversas pousadassofisticadas e hotéis confortáveis àbeira-mar, inspirados na arquiteturamediterrânea.
Trilhas ecológicasconduzem ao marO mar de águas transparentes e
de rica diversidade biológica écercado de densas áreas verdes. Issoporque boa parte do município estálocalizada na Mata Atlântica, comáreas ainda preservadas e intocadas,com trilhas para caminhar e usufruiras paisagens. Aos mais aventureiros, asugestão é percorrer a trilha Costeirade Zimbros, com início na Praia do
Cantinho, seguindo em direção àspraias Deserta, Cardoso, Vermelha eTriste e também à Cachoeira da PraiaTriste. É bom saber que a caminhadanão é das mais fáceis, mas o passeiovale a pena pela beleza do lugar.
Outra dica é a trilha do ParqueMunicipal do Morro do Macaco, quefica em Canto Grande, cerca de 250metros de altitude. Do seu cume tem-se uma visão de 360 graus de toda apenínsula de Bombinhas. Passeio quesó pode ser feito a pé. Há ainda trilhasecológicas no pequeno morro daPraia de Quatro Ilhas, próxima à Praiade Bombinhas, que proporcionamvista ampla da Praia de Mariscal e atrilha da Galheta, que corta extensaárea de Mata Atlântica.
HistóriaO Município de Bombinhas foi
criado em 30 de Março de 1992,quando foi desmembrado doMunicípio de Porto Belo, sendoconstituído pela área territorial doentão Distrito de Bombinhas.
A história da sua colonizaçãoindica que os açorianos fundaram, em1817, a Vila de Nova Ericeira, hojeMunicípio de Porto Belo.
A origem do nome deve-se aobarulho das ondas que, batendo naareia, lembram o estampido de umabombinha.
Primeiros turistasDurante a década de 1960
algumas pessoas começaram a seencantar com as belezas naturais doMunicípio de Bombinhas.
O primeiro turista foi LeopoldoZarling, que ia para Bombinhas embusca de paz e pela pescaria. Maistarde, em 1966, ele construiu aprimeira casa de veraneio (Praia daSepultura), sendo seguido pelosPadres Salesianos, que em 1967construíram a Casa de Retiros (Praiados Ingleses).
O primeiro loteamento foi feitopor Leopoldo Zarling, na localidadeentão denominada Praia Grande, hojePraia de Bombas.
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A ARTE DE JOSÉ ESTEVÃO
Muitas vezes nós nem imaginamos que por
trás de um grande músico, sempre tem um grande
instrumento musical. A arte de fazer um produto
que emite som requer muita paciência,
sensibilidade e um dom natural. O artesão José
Estevão, 76 anos, é reconhecido
internacionalmente pela sua maestria em produzir
um violão, ou uma viola. O talento em construir
instrumentos musicais começou por acaso. O mato-
grossense Estevão era fotógrafo e logo que se
aposentou, em 92, resolveu investir em uma loja de
instrumentos musicais em São José do Rio Preto.
Até que um dia o seu filho quebrou um violão e ele
resolveu fazer um instrumento novo, que demorou
mais de três meses para ser confeccionado. Estevão
conta que o violão ficou tão perfeito que um primo,
músico, se encantou com o instrumento. A partir
desse momento, a notícia sobre o talento de
Estevão se espalhou e vieram as encomendas de
violões e violas.
O artesão mora em de Navegantes, mas as suas
obras de arte percorrem o mundo. Exímio
fabricante de instrumentos de cordas, José Estevão
hoje é considerado o “Rei da Viola no Brasil”,
desde que fabricou violas especialmente para a
novela Rei do Gado, da Rede Globo. O profissional
já teve instrumentos musicais encomendados por
músicos como Sérgio Reis, César e Paulinho, Almir
Sater, entre outros. Suas obras de arte atravessaram
O Rei da Viola
FOTOS MARCELLO SOKAL
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�* Para conhecer a arte dos instrumentos
de José Estevão, entre em contato pelo
telefone: (47) 3319-4971
O talento em construirinstrumentos musicaiscomeçou por acaso
fronteiras, com encomendas para Europa e Estados
Unidos.
“Em média eu fabrico três violões por mês, mas
com as últimas encomendas, acabei ficando sem
estoque. Se os americanos retornarem com mais
pedidos, vou ter que trabalhar em dobro” comemora
o luthier.
Estevão conta com alegria as cartas recebidas de
todo o Brasil elogiando seus instrumentos. “A
última que recebi foi de um professor de música de
Joaçaba”, relata. Ao todo, em 13 anos de carreira, o
“Rei da Viola” já fez mais de 470 instrumentos
musicais, entre violas, violões, rabecas, bandolins e
cavaquinhos.
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Um fato, uma paisagem,cenas que retratam a pesca em Itajaí efazem reviver na memória momentosimportantes no cenário pesqueiro, jásão um grande presente para ahistória da cidade. A SEPESCA,Secretaria de Aqüicultura e Pesca deItajaí com o apoio do SINDIPI,Sindicato das Indústrias de Pesca deItajaí e Região proporcionaram com oprojeto “Memórias da Pesca” umresgate histórico. Foram mais de cincomil fotografias recebidas e selecionadas70 imagens para exposiçãofotográfica. No último dia 10 demarço sete imagens foram premiadas.O concurso foi dividido em setecategorias e os vencedores foram:
Na categoria “Personagens”, oprêmio foi para a empresária earmadora Maria Terezinha de Souza.A melhor fotografia de “Catástrofe”,com o armador Rodolfo Weiss. Aempresária Ilza Maria da Silva é aresponsável pela melhor imagem de“Estaleiro”. O armador Wilson Cabralvenceu a categoria “Embarcações”. Acategoria “Paisagem” teve comoganhador o pescador Fernando Xavierde Maria. O mestre de barco Osvaldodos Santos levou o prêmio com amelhor imagem retratando “Atividades”e na categoria Indústria o vencedor foio empresário Dario Luiz Vitali.
O vencedor de cada uma das setecategorias recebeu como prêmio umabicicleta. O armador Rodolfo Weiss
doou a bicicleta para a RedeFeminina de Combate aoCâncer.
A próxima etapa éescolher as imagens que farãoparte do livro sobre a históriada pesca em Itajaí, que será lançadopela Editora Maria do Cais, daFundação Genésio Miranda Lins.
De acordo com a SEPESCA, osavaliadores tiveram um trabalhoárduo para eleger as melhoresimagens. Além de participantes daSecretaria, participaram da escolha,integrantes da FGML, FundaçãoGenésio Miranda Lins, da SECOM,Secretaria de Comunicação Social, doSINDIPI, Sindicato das Indústrias da Pescade Itajaí e do SITRAPESCA, Sindicato dosTrabalhadores nas Empresas de Pescade Santa Catarina.
Resgate históricoO Concurso“Memórias da Pesca”premiou sete categorias
MEMÓRIAS DA PESCA
O mar como retrato da natureza
Foto do naviocarregador Triunfo
em 1940,1º cargueiro
construído em Itajaí
A beleza dasembarcações
no RioItajaí- Açu
40 toneladas de corvinacapturadas em um único lance
com rede de malha
Pedro Celso e Dona Apolônia aoreceberem a homenagem nasembarcações do estaleiro Abilio Souza
A indústriaVitalmar Pescados
A embarcaçãoVerde Vale queteve a popadestruída em1976
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Na maioria dos paísesindustrializados, em 1º de Maiocomemora-se o Dia do Trabalho.Desde o final do século XIX, a data éuma homenagem aos oito líderestrabalhistas norte-americanos quemorreram enforcados em Chicago(EUA), em 1886. No Brasil, a data écomemorada desde 1895 e tornou-seferiado nacional em setembro de1925, por um decreto do presidenteArtur Bernardes.
As comemorações no Brasil
No Brasil, as comemorações do1º de Maio também estãorelacionadas à luta pela redução dajornada de trabalho. A primeiracelebração dessa data de que se temregistro, ocorreu em Santos, em 1895,
Confira a história,comemorações e fatoscuriosos comemoradosno dia 1º de Maio
por iniciativa do Centro Socialista,entidade fundada em 1889 pormilitantes políticos como SilvérioFontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar.A data foi consolidada como o Dia
dos Trabalhadores em 1925,quando o presidente Artur Bernardesbaixou um decreto instituindo o 1º deMaio como feriado nacional.
Com Getúlio Vargas – quegovernou o Brasil como cheferevolucionário e ditador por 15 anos,e como presidente eleito por maisquatro – o 1º de Maio ganhou status
de “dia oficial” do trabalho. Vargascriou o Ministério do Trabalho,promoveu uma política deatrelamento dos sindicatos ao Estado,regulamentou o trabalho da mulher edo menor, promulgou a Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT), garantindoo direito às férias e aposentadoria.
Fonte:
www.ofelia.com.br e www.nea.fe.usp.br
Uma imagem que mostra a força
dos trabalhadores do mar
Coincidências do1º de maio
� Há 2.000 anos, os romanosrealizavam no dia 1º de Maio rituaispara as deusas Flora e Maia, seresfemininos relacionados às flores e aoscereais. As cerimônias anunciavam achegada da primavera na Europa.Nem mesmo os escravos trabalhavamnesse dia.
� No século XIX, os Estadosnorte-americanos de Nova York ePensilvânia celebravam o Moving Day
em 1º de Maio. Era o dia em que secomemorava os contratos de trabalhoentre patrões e empregados.
A origem
trabalhista
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Dia do trabalhador
da data
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Programa da Receita Federal possibilita aos exportadores eimportadores reduzirem custos com logística e estoques
Menos burocraciaLinha azul
na Linha Azul se comprometem aregularizar seus débitos fiscais, similarese manter os controles adequados emseus processos, e a Receita Federal secompromete a agilizar e melhorar otrâmite de importação e exportaçãona Aduana para quem está cadastradona Linha Azul.
O programa existe há mais de
cinco anos, mas foi recentemente
reformulado como resultado de
um grupo de trabalho formado em
2004 pela COANA – Coordenação
Geral de Administração Aduaneira.
De acordo com a legislação, a SRF,Secretaria da Receita Federal é aresponsável pelo controle aduaneiro,para fins de cumprimento dalegislação tributária, administrativa ecambial; bem como para garantir aatuação das autoridades de controlesanitário, ambiental e de segurançapública e, ainda, o adequadotransporte e armazenagem demercadorias no comércio exterior.
De acordo com o delegado daReceita Federal de Itajaí,
Jackson Corbari, a Linha Azul, ouDespacho Aduaneiro Expresso, foiidealizada para os exportadores e/ouimportadores que demonstrematender a requisitos mínimos deoperação no comércio exterior, deorganização e de confiabilidade parao controle aduaneiro. “O controleaduaneiro é acima de tudo umarelação de confiança, se você confiano operador, pode dar certasliberdades. No caso da Linha Azul asempresas precisam ter determinadascondições especiais e estão sujeitas auma auditoria periódica”.
A agilização nos procedimentosaduaneiros possibilita que osexportadores e importadores reduzamseus custos com logística e estoques e,conseqüentemente, se tornem maiscompetitivos no mercado global. Ouseja, as empresas que atendem osrequisitos necessários e se habilitamvoluntariamente a operar na LinhaAzul têm as suas operações deimportação, exportação e trânsitoaduaneiro direcionadas.
“Se a empresa cumpredeterminadas funções, ela passa a terum tratamento preferencial, indo aocanal verde, ou seja, a mercadorianão é conferida”, relata.
Os outros procedimentosadotados pela Receita são: o sinalamarelo, onde se confere apenas amercadoria e não a documentação e ocanal vermelho, no qual são checadosos documentos e a mercadoria. “Nocaso da Linha Azul, a empresa
Quantasempresas esbarram naburocracia da exportaçãoou importação deprodutos brasileiros.Tempo paraempreendedores significadinheiro. As indústriaspesqueiras estão aospoucos vislumbrando omercado internacional.As grandes enlatadorasfecharam um acordo recentementecom armadores comprometendo-se aimportar sem prejudicar a produçãonacional.
Cerca de 20 indústrias pesqueirasda região do Vale do Itajaí queexportam para União Européiarecebem, a cada dia, mais pedidos depescados para exportação. Com agripe aviária, as encomendasaumentaram cerca de 20% em relaçãoao ano passado. Um mercadopromissor que, com a atual situaçãodo câmbio, as empresas dependem deinvestimentos no setor e decriatividade para agregar valor aopescado, e acima de tudo, paciênciapara enfrentar todas as etapas exigidasnas operações de exportação ouimportação.
A Receita Federal lançou umprograma para minimizar a burocraciadas empresas que operam nomercado internacional. É a Linha
Azul, uma espécie de acordo de bonsmodos entre as partes envolvidas,onde as empresas que se cadastram
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preferencialmente pega o canal verde,os despachos têm prioridade sob osdemais e dificilmente a empresa irápara o canal vermelho, só em caso dedenúncia ou uma fraude”, explica.
Um exemplo prático. De acordocom o delegado, com a queda dodólar, têm aumentado as importaçõesde congelados. “Se uma indústria
pesqueira for fazer uma
exportação de côngrio, e fizer
parte da Linha Azul, não será
realizada a verificação física da
mercadoria” exemplifica. Caso pegarum canal vermelho da exportação,primeiro precisa registrar a declaraçãode exportação, posicionar o contêinere abrí-lo para conferência. A Receitageralmente agenda a conferência comdois dias de antecedência, o grandeproblema é o posicionamento docontêiner porque nem sempre oterminal tem espaço e disponibilidadepara conferência. “A conferência érápida, mas há situações quedemoram cerca de oito dias só paraposicionar o contêiner. Sem esseprocedimento, evita que o produtoperca o embarque e que diminuasensivelmente o custo quando amercadoria entra no Porto, como aarmazenagem e movimentação.
A atuação da SRF no controleaduaneiro visa garantir a segurançada economia e da sociedadebrasileira, assim como um comércio
internacional seguro, legítimo econfiável. Tudo isso, de maneiraracional, transparente e eficiente,conciliando a segurança do comérciointernacional com a facilitaçãocomercial. A SRF reconhece que osexportadores e/ou importadoresatuam com volumes e valoresdistintos, com diferentes padrões detecnologia da informação e sistemasde segurança. Tais diferenças resultampor influenciar no cumprimento dalegislação tributária aduaneira.
Segundo o delegado federal,
entre as exigências estabelecidas
em lei para participar do
Programa estão: o volume de
exportações e importações que
precisam ser acima de 10 milhões
de dólares.
O regime segue a orientaçãointernacional de OperadoresEconômicos Autorizados (OEA), ouseja, de credenciamento deoperadores legítimos e confiáveis paraoperar no comércio exterior commenores entraves nas suas transaçõesde comércio exterior.
O primeiro passo para se habilitarao regime é estar dentro dos requisitosda legislação, como na InstruçãoNormativa SRF nº 476/04 e avaliar se aLinha Azul se aplica à empresa e as suasoperações comerciais. É importantetambém a leitura atenta do AtoDeclatório Executivo COANA nº 06/05.
A empresa habilitada à Linha Azulserá submetida a monitoramentoregular do cumprimento de suasobrigações tributárias e aduaneiras.Ela deverá manter, permanentemente,as condições de habilitação ao regimee, entre outros, garantir o acessodireto e irrestrito da fiscalização aosseus sistemas informatizados decontrole. E a cada dois anos, aempresa deverá providenciar novaauditoria que demonstre amanutenção da qualidade de seuscontroles internos.
Segundo o delegado, o ProgramaLinha Azul desde que foi implantadopassou por diversas alterações. “Antesas normas do Linha Azul eram muitomais restritas, os recintos tinham queter determinadas condições de porte,equipamentos, hoje em dia aresponsabilidade é da empresa”, cita.
Segundo informações da ReceitaFederal de Itajaí, ainda não háempresas na região que aderiram aLinha Azul. “Aos poucos as empresasvão aderindo ao sistema e a Receitaavaliando as normas e adaptando-as.Acredito que a primeira grandemudança na legislação é enquadrar asempresas que optaram pelo lucropresumido, ao contrário do atualmenteestabelecido, que é o lucro real”, opina.
“A Linha Azul garante um fluxomais contínuo, sem barreiras”,argumenta Corbari.
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Meio ambiente
O que seria uma operação de mergulhocorriqueira tornou-se um “momento
adrenalina” para a turma demergulhadores da mineira Mar a Mar
simples testemunho contemplativo davida em seus mais diversificados ebelos momentos.
O mergulho já proporcionououtros grandes momentos em águasdos mais diversos lugares no Brasil.Encontros entre o ser humano e oexótico mundo subaquático,registrados por quem os presenciou deperto. Grupos de arraias mantapresentes em Laje de Santos (SP);tubarões Baleia em Arraial do Cabo(RJ) – sendo inclusive considerado umreconhecido ponto de passagemperiodicamente desses incríveis seres;meros em Santa Catarina; e até baleiasorca também nas águas de Arraial.
Por tudo isso quando for agendarseu próximo mergulho, lembre-se:você poderá ser o próximo atestemunhar um desses inusitadosencontros.
Para mais informações do WRSTC, acesse o site: www.wrstc.com
Arrastão de arraiasmanta em Arraial
Os profissionais da Mar a
Mar, Dive Center PDIC (Professional
Diving Instructors Corporation),presente em Arraial do Cabo, conferiuum incrível arrastão dearraias jamanta (ou manta,como também sãoconhecidas) no ponto demergulho chamado Oratório.
O grupo composto poralunos em fase de finalizaçãode cursos como Básico,Avançado e Nitroxpresenciou, impávido, apassagem de mais de 40indivíduos de uma dasespécies mais bonitas e rarasde serem contempladas: “O jeito foiajoelhar e assistir à procissão passar”,conta Paula Loque, instrutora PDICda Mar a Mar que acrescenta: “Tinhagente chorando, rindo, gente que nãoacreditou. Enfim, esta vai ficar nahistória”.
E que história. “Estávamos a 8metros de profundidade apenas, e jáéramos premiados com uma águarepleta de vida com 22ºC e 15 a 20metros de visibilidade em média,quando avistamos essa verdadeiradádiva de Deus”, conta SoníltonAlves, também proprietário e instrutorPDIC da Mar a Mar presente naoperação.
O fato só reforça a imprevisibilidadedo mergulho e a espontânea beleza
� O WRSTC (World Recreational Scuba Training Council), órgão que desen-volve os padrões internacionais mínimos do ensino de mergulho, escolheu oconselho que irá representar e discutir as normas da atividade subaquáticadurante o ano de 2006.
� A instituição atua em importante trabalho fazendo com que todas as certi-ficadoras mundiais obedeçam a um padrão mínimo de treinamento e, conse-qüentemente, tenham seus certificados reconhecidos.
� Graça a essa preocupação o mergulho é atualmente o único esporte deaventura que possui Normas ISO de qualidade, trazendo, inclusive, implica-ções como a responsabilidade civil, por exemplo.
� Tudo isso traz confiabilidade para a indústria do mergulho, homogenei-zando minimamente a maneira como se ensina mergulho no mundo todo.
Em 2006 PDIC preside oConselho Mundial do WRSTC
Em 2006 PDIC preside oConselho Mundial do WRSTC
que pode oferecer aos praticantes,
exatamente por lidar com um tema
tão atraente: a natureza em sua
continuidade mais natural e o nosso
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Responsabilidade social
A entidade pública
Associação Desportiva Para
Portadores de Deficiência Física,
conhecida como Clube Roda Solta
de Itajaí completa em 2006 seis anos
de funcionamento. A proposta do
grupo é ter voz ativa para exigir os
direitos e discutir o papel do deficiente
físico na sociedade. O esporte é
considerado o ponto forte da entidade
que promove, constantemente, a
prática desportiva entre os portadores
infra-estrutura razoável, mas vamos
melhorá-la e pretendemos trazer os
jogos novamente no ano que vem”,
afirmou.
Segundo Reinert, a realização do
evento visa despertar vários
segmentos da sociedade. “Queremos
conquistar acessos e a quebra de
barreiras que têm limitado as pessoas
com necessidades especiais de levar
uma vida normal”, explica. As
barreiras arquitetônicas são citadas
como um grande empecilho do direito
de ir e vir. “Todos são capazes de
romper paradigmas e criar novos
ideais, tornando-se um atleta de alto
índice técnico, capaz de superar suas
próprias limitações e as barreiras
impostas”, ressalta.
Serviço:Clube Roda SoltaRua Joaquim Falco Uriarte, bairro SãoJudas, Itajaí/SCTelefone: (47) [email protected].
JOGOS
A entidade Clube Roda Solta incentiva esportespara deficientes físicos
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de necessidades especiais.
Para comemorar os três
anos de fundação, a
entidade promoveu, em
Itajaí, os XI Jogos
Regionais Paradesportivos.
O evento foi realizado
entre os dias 30 de março e
02 de abril de 2006, com a
participação de 200 atletas
de Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e Paraná.
Os atletas disputaram as
modalidades de atletismo,
halterofilismo, natação, tênis de mesa,
tiro, esgrima, bocha e polibate.
De acordo com o presidente do
Clube, Jean Reinert, apesar de não ter
sido apoiada pelo Governo Federal, a
competição é uma ótima
oportunidade para os para-atletas
porque a edição é eliminatória para os
jogos mundiais. “Nos três Estados,
Itajaí é quem tem mais facilidade para
sediar os jogos, pois está no centro
geográfico da região. Nós temos uma
Paradesportivos
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Reunião no IBAMA com os armadores
Reivindicação
Ping-pong. Este é o nome
do jogo que pescadores, armadores e
indústrias participam todos os dias.
Para entender melhor a partida, a
bola é o setor produtivo e nas duas
pontas da mesa, o IBAMA e a SEAP/PR.
Quando uma nova Instrução
Normativa é publicada, o jogo
recomeça. A última partida foi a
questão do defeso do camarão rosa.
De acordo com o Presidente do
SINDIPI, Antônio Carlos Momm, a
situação ficou insustentável.
O início desta “partida” surgiu no
ano passado quando pescadores
artesanais que capturam camarão sete
barbas, reivindicaram uma nova data
pra o defeso dessa espécie. A
mudança foi realizada, fato aplaudido
pelo setor industrial.
No dia 10 de fevereiro, o IBAMA
publicou uma Instrução Normativa
proibindo a captura do camarão rosa
no período de 01 de março a 31 de
maio de 2006, para frota industrial,
fato rotineiro e conhecido do setor,
mas a portaria também proibia a
pesca de peixes diversos, pesca que a
frota vinha fazendo ao longo dos
anos. A nova regra assustou o setor, já
que armadores já tinham investido em
redes e cabos. Em reunião realizada
na sede do CEPSUL, às véspera do
Carnaval, os armadores foram
informados que a SEAP precisava
emitir licenças provisórias para as
embarcações estarem habilitadas a
pescar.
Como medida emergencial, o
SINDIPI encaminhou solicitação à
SEAP/PR. A licença chegou, mas com
restrições que impossibilitavam a frota
de sair. Apenas um dia antes da
chegada do presidente Lula, nova
portaria foi publicada.
“Essa enxurrada de leis e
interpretações afeta a economia e o
desenvolvimento da pesca no
Estado”, alerta o presidente do
SINDIPI, Antônio Carlos Momm. Na
avaliação do Presidente, diversas
questões de ordenamento pesqueiro
precisam ser revistas e discutidas
junto com o setor.Como proposta o SINDIPI
defende um estudo da classe
científica, com o setor pesqueiro,
numa ação conjunta para avaliar, com
mais exatidão, a captura máxima
sustentável para cada espécie,
possibilitando o seu manejo e a sua
conseqüente conservação, além do
controle de licenças de pesca.
Frota camaroeira é
Leis publicadas pelo Ministério do MeioAmbiente e interpretações dúbias entre SEAP/PR
e IBAMA causaram desconforto no setor
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Inspeção Industrial
Os inspetores do DIPOA –
Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal do
Ministério da Agricultura – estão
realizando desde o início de março um
trabalho de prevenção em diversas
empresas pesqueiras do Brasil. Em
Santa Catarina, a visita durou uma
semana. Segundo o representante da
DIPES – Divisão de Inspeção de
O foco será o produto de maiorrisco, indústrias que exportam maior
quantidade de pescados, empresasque já apresentaram alguma
irregularidade e o controle decultivo da matéria prima
Indústrias de pesca
União Européia
Pescado, Lucio Akio Kikuchi, além da
orientação às empresas sobre aspectos
sanitários e normas da legislação, a
ação tem por objetivo alertar as
empresas de pesca sobre a vinda dos
inspetores europeus ao Brasil. “O
objetivo da inspeção é garantir a
continuidade das exportações e
manter a credibilidade do país no
exterior”, alerta.
A missão de auditoria dos
inspetores da União Européia estará
no Brasil visitando empresas
processadoras de pescado e derivadas,
que exportam para a comunidade
européia. A ação será em junho e
Célio Faulhaber, Cícero Joaquim
dos Santos Filho, Lucio Akio
Kikuchi e Antônio Fontelles
na mira de auditores da
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devem participar seis auditores (três
portugueses, um italiano, um espanhol
e um francês), divididos em três
equipes, permanecendo durante duas
semanas no País.
Todo o grupo de auditores
europeus será acompanhado por
auditores brasileiros.
A pré-fiscalização realizada por
inspetores brasileiros pode evitar
surpresas desagradáveis. “Quando é
realizada a suspensão de uma
empresa, para colocar ela novamente
na lista de exportadora, a dificuldade
é maior. Caso alguma empresa de
pesca no Brasil não esteja cumprindo
a legislação e apresentar um padrão
ineficiente de exportação, todas as
empresas de pescado brasileiro
poderão ser afetadas, ocorrendo um
problema de confiança no Brasil”,
ressalta Lucio Akio. Segundo Akio, a
pré-fiscalização oferece uma
oportunidade para que as empresas
que apresentarem alguma
irregularidade, se adequem à legislação
num prazo que oscila entre 30 a 60 dias.
De acordo com o Ministério, os
auditores europeus certamente
visitarão as empresas de Itajaí. “Santa
Catarina tem uma representatividade
grande no mercado da pesca, é um
grande potencial no Estado”, revela o
fiscal federal agropecuário, Célio
Faulhaber.
Segundo o SINDIPI, Sindicato das
Indústrias de Pesca de Itajaí e Região,
em Santa Catarina há cerca de 20
empresas que exportam peixe para a
União Européia. Conforme as
estatísticas tabuladas do Ministério da
Indústria e Comércio Exterior, em
2005 Santa Catarina exportou cerca
de três mil toneladas de peixe para os
países da União Européia. A Espanha
é o país do grupo que mais importa
peixe de Santa Catarina, mais de 40%
do pescado.
Na região do Vale do Itajaí
concentra-se o maior número de
indústrias do Estado. Para estar na
lista de empresas exportadoras, há
uma legislação rígida que exige
diversos itens de qualidade total.
Na avaliação do coordenador da
Câmara Setorial do SINDIPI, Dario
Luiz Vitali, as empresas da região
estão apostando em novas idéias para
agregar valor ao produto exportado.
“Estamos investindo em qualidade,
produtos diferenciados, em alta
tecnologia e ações que valorizem o
profissional”, destaca. Vitali
argumenta que a visita dos auditores
do Ministério da Agricultura foi
essencial para esclarecer dúvidas e
trazer orientações. “A nossa proposta
também é lançar o selo de qualidade
do pescado catarinense e ações como
esta contribuem para o projeto”,
ressalta.
Serviço:Dúvidas no: DIPES-DIPOA/MMA pelostelefones: (61) 3218-2775 e 3218-2778.F
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O setor pesqueiro éconstituído na sua grande maioriapor armadores – pessoa física,enquadrados como “ProdutorRural” uma vez que o peixe éconsiderado para efeito delegislação, um produtoagropecuário. Como ainda nãoexiste o Ministério da Pesca, fica opeixe e o pescado em geral àmercê das normas emanadaspelo Ministério da Agricultura.Por enquanto por incrível quepareça o mar é considerado árearural. E assim, fica claro adificuldade de se obter umalinha de crédito que atenda ademanda de investimentos dapesca oceânica industrial, seja depequeno, médio ou grandeporte, uma vez que disputamosos recursos do crédito rural comos plantadores de soja, milho,algodão, cana, etc., e sem dúvidaque por ordem de prioridade osrecursos vão para quem produz
Claudionor Gonçalves (*)
e não para quem captura.Por isso só, o fato da pesca ser
uma atividade extrativista, já levadesvantagem na análise deviabilidade das propostas definanciamento.
Em nossas peregrinações(SEPESCA/SINDIPI) aos agentesfinanceiros em busca de aberturade linhas de crédito para o setorpesqueiro é comum ouvirdepoimentos demonstrandodúvidas quanto a viabilidadefinanceira da atividade parasustentar uma operação de médioou longo prazo, tendo em vista atendência de escassez dosestoques pesqueiros.
Outra barreira encontrada,junto aos agentes financeiros, é oconceito negativo que ainda existeem função da inadimplência dealgumas empresas que utilizaramfinanciamentos. Embora já tenhamse passado algumas décadas,ainda se avalia negativamente osresultados da aplicaçãoinadequada do crédito sem odevido acompanhamento, e semuma análise mais criteriosa,principalmente no aspecto dacomercialização, considerando asazonalidade dos produtos depesca.
O manual de crédito rural doBanco Central é quem define asregras de financiamentos tanto naagropecuária como naagroindústria. Cabe aos agentesfinanceiros a operacionalizaçãopara a aplicação do crédito dentrodas diretrizes estabelecidas peloBanco Central. Já comentamosem artigo anterior sobre a linha decrédito de Custeio PecuárioTradicional, onde a pesca estainserida com a exigência doarmador ser associado decooperativa.
Não fosse esta exigênciaabsurda, o crédito de custeioatenderia grande parcela do setorpesqueiro com financiamento paraaquisição de materiais para capturado pescado com até dois anos deprazo e juros de 8,75% ao ano. Parainvestimento não há linha deCrédito Rural que atenda o setor dapesca industrial com exceção dosrecursos disponibilizados em Feirasou Exposições.
Fora do Crédito Rural existemlinhas de crédito que apóiam odesenvolvimento de diversos setores,entre eles a aqüicultura. É o caso doPRODEAGRO – Programa deDesenvolvimento do Agronegócioque o BNDES atende através dasinstituições financeiras credenciadas.É um programa, para produtoresrurais, com objetivo de financiarinvestimentos fixos e semi-fixos.
A pesca só não esta incluída nesteprograma do BNDES a exemplo daaqüicultura, porque são poucas asentidades representativas dos nossosarmadores que se mobilizam paracomparecer, solicitar e justificar juntoao agente financeiro a necessidade docrédito como alavanca dedesenvolvimento, através damodernização tecnológica e oconseqüente aumento daprodutividade com melhoria daqualidade.
É preciso dar maior agilidade àCEDERURAL – Câmara Setorial da Pescado Conselho Estadual deDesenvolvimento Rural, para que hajamais participação dos agentesfinanceiros no desenvolvimento dosetor pesqueiro.
* Claudionor GonçalvesEngenheiro Agrônomo Msc,Sec. de Aqüicultura e Pesca de ItajaíDiretor de Desenv. e [email protected]
Crédito pesqueiro
Agentesfinanceirosprecisam ser maisparticipativos nodesenvolvimentodo setor pesqueiro
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A III Feira e Conferência
da Indústria Naval e Offshore será
realizada de 31 de maio a 02 de junho
de 2006, nos Armazéns 05 e 06 do
Porto do Rio de Janeiro. O evento é
uma iniciativa da Revista Portos eNavios em promover a Navalshore:
“Com 48 anos de existência, a Revista
tem uma grande responsabilidade
com o setor. E com a Feira, cumpre
seu papel de contribuir para o
desenvolvimento do setor aqüaviário”,
afirma Marcos Godoy Perez, diretor
da Navalshore.
De acordo com o Diretor, a
participação do setor pesqueiro é
primordial. “A Navalshore é a Feira de
referência da indústria naval no Brasil.
Por isso, a indústria pesqueira não
pode ficar de fora. Ainda mais neste
Indústria Naval
A feira dereferência daindústria navalbrasileira
momento em que o Profrota está
começando a sair do papel. A Feira
tem total identificação com o setor
pesqueiro”, conclui Perez.
Ao longo das duas primeiras
edições, a Navalshore destacou-se
como ponto de encontro das
empresas relacionadas à atividade de
construção, reparo e manutenção de
navios e à indústria offshore. Outra
característica marcante da Navalshore
é o seu foco preciso: a Feira foi
idealizada para reunir clientes e
fornecedores da indústria naval.
Na versão de 2005, a Navalshore
ampliou o teor de sua Conferência,
inserindo nos debates o universo das
empresas de navegação – o outro elo
dessa indústria, ao lado da indústria
de exploração de petróleo no mar.
São assuntos pertinentes à
Conferência a navegação de longo
curso e cabotagem, apoios marítimo e
portuário e navegação interior.
A primeira Navalshore, realizada
no Armazém 6 do Porto do Rio de
Janeiro, reuniu 95 expositores em 113
estandes distribuídos em 1.125 metros
quadrados. A área total ocupada,
incluindo praça de alimentação e o
auditório especialmente construído,
somou 3,5 mil metros quadrados.
Durante os três dias de sua
realização, a Feira recebeu a visita de
cerca de 6,2 mil pessoas.
Para mais informações sobre aNavalshore, acesse o sitewww.navalshore.com.br
NavalshoreNavalshoreF
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Culinária
Badejo flambado com cachaça epurê de banana-da-terraUm peixe do nosso mar, nobree saboroso. Uma receita comingredientes brasileiros,elaborada especialmente paraa edição do SINDIPI pela ChefInternacional Cacilda Vogel
Ingredientes
para saborear o badejo:1 litro de água1 cebola picada grosseiramente3 dentes de alho amassados½ pimentão vermelho ou verde1 pimenta dedo-de-moça s/ sementes5 folhas de manjericão2 folhas de alfavaca5 cebolinhas verdes, c/ a parte branca5 colheres (sopa) de salsinha picada1 raminho de tomilho1 colher (sopa) de sal5 pimentas-do-reino inteiras
Para o purê de
banana-da-terra:2 unidades banana-da-terra50 ml de leite quente
Modo de pepararColoque numa panela, todos os ingredientes parasaborizar o badejo.
Deixe ferver uns 20 minutos, para acentuar o sabor.Depois de passados os 20 minutos, coloque o badejo
neste caldo e ferva por 5 minutos. Desligue o fogo edeixe o badejo descansar neste caldo por 15 minutos.
Enquanto isto, lave as bananas e corte asextremidades, mantendo a casca.
Coloque as bananas numa panela e cubra com água.
FO
TO
MA
RC
ELL
O S
OK
AL
Leve ao fogo alto por mais ou menos 20 minutos,ou até ficarem macias.Escorra as bananas e descasque-as.No liquidificador, bata as bananas ainda quentes e oleite fervido até obter um purê.Reserve.
Passados os 15 minutos, retire o badejo do caldo, com
uma escumadeira.Numa frigideira coloque a manteiga e frite levemente obadejo dos dois lados.
Acrescente a cachaça e flambe.
Na frigideira, acrescente o suco de limão e deixereduzir um pouco.
Montagem do pratoNum prato, coloque o purê de banana num aro, e do
lado coloque o badejo.Coloque por cima o molho de cachaça e limão.
Enfeite com pimentão vermelho cortado em cubinhose passados na manteiga e com folhas de manjericão.
Receita da Chef InternacionalCacilda Vera Vogel
Professora do curso de Gastronomia da [email protected]
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Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:a a a a a Seafood ExpoSeafood ExpoSeafood ExpoSeafood ExpoSeafood Expo em São P em São P em São P em São P em São Paulo e a aulo e a aulo e a aulo e a aulo e a Aquafair 2006Aquafair 2006Aquafair 2006Aquafair 2006Aquafair 2006 em SC em SC em SC em SC em SC
A Seafood Expo
A Seafood reúne profissionais dosegmento, distribuidores e fornecedores
da cadeia produtiva de pesca,aqüicultura e frutos do mar. O
Congresso Seafood trará váriasnovidades e tendências do mercado
Seafood do Brasil e do exterior. Emsessões que se realizarão durante os três
dias da feira, o congresso apresentará oV ENEPA, Encontro Nacional dos
Empresários de Pesca e da Aqüicultura,com o tema “Panorama Atual, Desafios
e Rumos da Pesca e da Aqüicultura”.O Grupo de Interesse em Pescado
apresentará em seu concorridoworkshop o tema “Inovações
Tecnológicas e Valor Agregado naTecnologia do Pescado: Pesquisas
Brasileiras” e o Simpósio da ABRACOA,
Associação Brasileira dos Criadores deOrganismos Aquáticos, abordará o tema
“Comercialização de Peixes de Cultivo”.O Congresso Seafood terá, ainda, o 2°
Seminário “Maravilhas do Mar”, focadoem restaurantes, bares, hotéis e chefs de
cozinha. Pela primeira vez no Brasil,acontecerá paralelamente à Seafood
Expo o 1º Seafood Latin AmericaAward que premiará o produto mais
inovador para o Food Service e o maisinovador para o varejo.
Mais informações:VNU Business Media do Brasil –
[email protected], ou pelo telefone:(11) 4613 2019
II AquaFair: diversidade elucro na produção! SC
A II Aquafair – Feira Internacional
de Aquicultura e Pesca, que será realizadaem Florianópolis, no Centro de
Convenções CentroSul, nos dias 25, 26e 27 de abril, promete ser um marco na
história do setor. O evento ocorre emparalelo à Avesui 2006, feira da Indústria
Latino-Americana de Aves e Suínos.A II Aquafair abrange toda a
cadeia da aqüicultura, desde redespara pesca, produção e
comercialização de alevinos, empresasde consultoria, empresas
certificadoras (ISO 14000 e licençasambientais), nutrição para peixes,
processamento de pescados e outrosorganismos aquáticos, manejo,
sistemas para tanques-rede, produtosveterinários para aqüicultura, entre
outros segmentos.Mais informações:
www.aquafair.com.br, ou pelo telefone:(11) 2118-3100
Agende-se
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Mensagem
O dia mais belo? HojeA coisa mais fácil? ErrarO maior obstáculo? O medoO maior erro? O abandonoA raiz de todos os males? O egoísmoA distração mais bela? O trabalhoA pior derrota? O desânimoA primeira necessidade? Comunicar-seO maior mistério? A morteO nosso pior defeito? O mau humorO pior sentimento? O rancorO melhor presente? O perdãoO bem mais imprescindível? O larA rota mais rápida? O caminho certoA melhor sensação? A paz interiorA maior satisfação? O dever cumpridoO que nos torna mais humanos? A dorOs melhores professores? As criançasAs pessoas mais necessárias? Os paisA força mais potente do mundo? A féA mais bela de todas as coisas? O amor
Madre Tereza de Calcutá
Sábias Respostas...Sábias Respostas...
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