revista obras e dicas edição 45

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1 Distribuição Gratuita Fevereiro - Março de 2015 - Ano 8 - nº 45 www.obrasedicas.com.br O D REVISTA OBRAS & DICAS BRASÍLIA PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

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Revista Obras e Dicas edição 45 - Especial Brasília

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Fevereiro - Março de 2015 - Ano 8 - nº 45w w w . o b r a s e d i c a s . c o m . b r

ODREVISTA OBRAS & DICAS

BRASÍLIABRASÍLIAPATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

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Fevereiro - Março / 2015Nº 45 - Ano 8Catedral de BrasíliaFoto: sxc.hu

Diretor-GeralDonizeti Batista

Diretora EditorialArquiteta Denise Farina

Jornalista responsávelCris Oliveira - Mtb 35.158

Projeto Gráfi co / EditoraçãoMarcelo Arede

Dep. Financeiro Bruna Lubre

Sugestõ[email protected]

Vendas:Had Captações e Propaganda Ltda-ME17 3033-3030 - 3353-2556 [email protected]@obrasedicas.com.brwww.obrasedicas.com.br

Distribuição Gratuita. Dirigida aos setores relacionados à Construção Civil - São José do Rio Preto e Região.

revista obras e dicas

EXPEDIENTE

No fi nal de 2014 as notícias sobre es-cândalos de corrupção caíram vergo-nhosamente sobre o Brasil e nossa

capital se tornou alvo de olhares mais atentos do que nunca. Não é de hoje que Brasília car-rega o fardo pesado da promiscuidade e cons-trangimento. Há anos a cidade expõe o núcleo vergonhoso de governantes que colocamos no poder e que fazem o país ser motivo de piada no resto do mundo. Mas, apesar de ser o estandarte do nosso disparate político, a ci-dade ainda é aquela da delicadeza dos traços de Lúcio Costa e Niemeyer.

Nesta edição, mostramos um pouco des-sa joia do cerrado. Linda, elegante, sinuosa, Brasília surge na paisagem do Planalto Central

Denise FarinaDiretora Editorial

[email protected]

EDITORIAL

como a lhe dizer que surgiu para abraçá-la; nunca, jamais, para brigar com seu entorno. Majestosa, paira mesmo no meio do país como uma rainha elegante, que humildemen-te tem paciência para carregar as mazelas a ela infl igidas...

Elegante e não menos genial, é a arquitetura de Lina Bo Bardi, arquiteta que, se hoje viva, teria 100 anos. Italiana e apaixonada pelo nos-so pais, Lina imprimiu força, delicadeza, téc-nica e simplicidade em seus projetos, lutando por espaços tão igualitários quanto belos. E há melhor forma de se homenagear as mulheres em seu mês? Pois não somos todas, de formas diferentes, evidentemente belas e fortes?

Boa leitura!

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BRASÍLIABRASÍLIAPATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

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“Construções com espaço calculado para as nuvens”Clarice Lispector, sobre Brasília

O TOM DA DELICADEZA

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ÍNDICE

PAPO DE OBRASPós-obra

EMPREENDIMENTOSNovidades movimentam o

setor imobiliário de Rio Preto

CAPABRASÍLIA

CASA COR RIO DE JANEIROconceito cosmopolita e multiuso

PLANEJAMENTOAcertar é humano, planejar é uma arte

PAINEL DE NEGÓCIOSAcessibilidade e elevadores garantem o direito de ir e vir

SUSTENTABILIDADESigor abrange Rio Preto a partir de 2015

ESPECIAL DIA DA MULHERO centenário da arquiteta Lina Bo Bardi

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SOCIALPor Ilda Vilela

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LUZ PARA SEUS PROJETOS.

Rua General Glicério, 4706São José do Rio Preto/São PauloTel.: 17 3233.6458www.nriluminacao.com.brwww.facebook.com/iluminacaoNR

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A construção ou reforma acabou, mas para a edifi cação fi car perfeita preci-sa de uma limpeza adequada. Sem-

pre sobra resíduo de tinta, cimento, gesso, excesso de rejunte, cola, entre outros ma-teriais, e ter uma equipe especializada em deixar o ambiente pronto para ser utilizado é uma necessidade.

É comum que a pessoa, depois de já ter feito um alto investimento no imóvel, queira economizar na hora da limpeza, mas a con-tratação de uma equipe especializada com profi ssionais treinados, que saibam usar os produtos certos e equipamentos adequa-dos, é a melhor opção. Isso porque o siste-ma é diferenciado do que acontece em uma limpeza doméstica, de manutenção diária.

PAPO DE OBRA

O pós-obra especializado retira os resídu-os e a sujeira de maneira adequada, sem o risco de danifi car o patrimônio, prejudicando um acabamento que acaba de ser feito. Tudo graças a identifi cação dos diferentes tipos de acabamento, utilizando os produtos corre-tos para a manutenção de cada um, aumen-tando sua vida útil e seu aspecto novo.

O uso de produtos inadequados pode, por exemplo, queimar a superfície dos pisos, além de causar manchas que muitas vezes não podem ser removidas, sendo necessária uma troca de pisos.

“O porcelanato requer produto especial, bem como equipamentos adequados, para não ter possibilidade de risco e manchas no mesmo. Na hora de contratar esse tipo de

serviço é preciso levar em consideração se a empresa tem mão de obra plenamente ca-pacitada e responsável, e esteja apta a usar produtos técnicos adequados ao trabalho a ser realizado”, explica Jocelaine Junqueira, gestora empresarial da Climpi Serviços de Limpeza Especializada.

Empresas conceituadas do setor traba-lham com produtos biodegradáveis, que exi-gem pouco volume de água. Elas também fazem diagnóstico prévio, para um melhor planejamento. A limpeza acontece em três etapas distintas: a seco - recolhe a sujeira mais grossa; limpeza - com o auxílio dos produtos e técnicas específi cas; e o acaba-mento fi nal - dando brilho nos metais, espe-lhos e vidros.

PÓS-OBRACOM LIMPEZA PROFISSIONAL EVITA PREJUÍZOS E DANOS AO IMÓVEL

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PAINEL DE NEGÓCIOS

ACESSIBILIDADE E ELEVADORES GARANTEM O DIREITO DE IR E VIR

Em tempos de inclusão social, a acessi-bilidade torna-se primordial e a Delta Rio, atenta a este seguimento e extre-

mamente capacitada para atendê-lo oferece plataformas de acessibilidade comerciais e residenciais bem como elevadores, realizan-do também modernizações e manutenções, vendas e montagens de monta pratos e mon-ta cargas para restaurantes, hotéis e indústrias. Em 2015 completa 21 anos no mercado, e o departamento de projetos e produção dos seus equipamentos acontece em São José do Rio Preto, além de manter escritórios de ven-das nas cidades de Ribeirão Preto (SP), Cam-po Grande (MS) e Primavera do Leste (GO).

“Nosso maior prêmio é a satisfação dos nossos clientes, é saber que pessoas estão indo e vindo também graças aos nossos pro-dutos. Na nossa história já são mais de 400 equipamentos instalados e funcionando em perfeito estado. Para este ano a estimativa é superar os 25% do crescimento dos anos anteriores e a perspectiva é muito grande, pois mal o ano começou e já temos 23 equi-pamentos para instalar. Neste momento de estagnação mundial da economia, crescer neste patamar signifi ca sucesso”, explica o en-genheiro elétrico Carmino N. Sobrinho.

A Delta Rio é pioneira na região de São José do Rio Preto quando o assunto é acessibilida-de. Essa experiência profi ssional somada à ca-pacidade de inovação é seu maior diferencial. A empresa veio pelas mãos do próprio Car-mino, depois do mesmo ter trabalhado por uma década em empresas de alto nível do segmento, adquirindo assim o conhecimento e experiência necessários.

Para o engenheiro elétrico Carmino, o se-gredo para atingir o sucesso nos negócios é oferecer produtos de qualidade, através de um serviço responsável. “Quando montamos um elevador, ou um equipamento para aces-sibilidade, estamos lidando com vidas. Mon-tamos como se o mesmo estivesse sendo montado em nossa casa. Buscamos produzir e entregar o que de melhor existe no mer-cado. É isso que nos mantém há 20 anos em franca ascensão”, completa.

Fotos: Donizeti Bati sta

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“Rio Preto vive um momento de expansão imobiliária e transformação econômica, o que tem estimulado o surgimento de empreendi-mentos de alto padrão. A cidade tem rece-bido cada vez mais lojistas, empresas e con-domínios residenciais de alto padrão como o Integrato e o Madison, que além de uma tendência de conceito de moradia - com toda infraestrutura de lazer, conforto e segurança integrados -, são uma ótima opção de inves-timento. A Rodobens Negócios imobiliários atua em Rio Preto há mais de 23 anos e acre-ditamos no potencial de desenvolvimento da região”, afi rma Amilton Nery Júnior diretor de marketing e vendas da empresa.

No Madson Residense, o valor médio de cada unidade é de R$ 600 mil. Com apar-tamentos de dois e três dormitórios, conta com três torres e 252 unidades. O empreen-dimento conta ainda com 25 itens de lazer. A

EMPREENDIMENTOS

NOVIDADES MOVIMENTAM O SETOR IMOBILIÁRIO DE RIO PRETO

entrega está prevista para o segundo semes-tre de 2016.

Já as unidades do Integrato variam de R$ 585 mil a R$ 1,25 milhão. São três torres re-sidenciais com apartamentos de alto padrão, integradas ao Shopping Iguatemi. O empre-endimento terá VGV (valor geral de vendas) total superior a R$ 110 milhões, além de gerar um valor total de impostos de aproxi-madamente R$ 4,3 milhões. “O empreendi-mento trará um novo conceito de qualidade de vida para Rio Preto, aliando comodidade, lazer, fácil acesso e segurança”, comenta Amil-ton. A previsão de entrega é o início de 2017.

Também integra o completo, com shop-ping e unidades residenciais, o Iguatemi Bu-siness, uma torre comercial com 20 andares, tomada por salas comerciais de 35 a 66 m² e com preços a partir de R$ 7,8 mil o m². A inauguração está prevista para o fi nal do

primeiro semestre de 2016. O projeto é da BKO Incorporadora.

PlazaO Plaza Avenida Shopping está passan-

do por uma expansão, e a previsão é que a primeira fase seja concluída no primeiro se-mestre de 2015. Foram colocados à locação espaços para lojas âncoras, mega lojas, lojas satélites, restaurantes e fast foods. O comple-xo também contará com uma torre comer-cial de 21 andares, com 320 salas que serão comercializadas em breve. O local terá ainda um hotel da rede internacional Ramada, com nove andares e 214 quartos.

O público alvo são investidores locais, re-gionais e nacionais que buscam trazer seus negócios e franquias para a região. “São José do Rio Preto é uma das cidades que mais atra-em investimentos hoje no estado de São Pau-

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Foto: Donizetti Batista

lo. Atraídas por menores custos de operação, infraestrutura logística, oferta de mão de obra qualifi cada, muitas empresas têm procurado o interior para se instalar, e a cidade reúne tudo isso e outros requisitos”, pontua Carlos Madureira, gerente geral do Plaza Avenida Shopping, ao falar da importância do inves-timento.

GeorginaCom investimento aproximado de R$ 500

milhões, a HDauff Empreendimentos Imobili-ários é a responsável pelo Georgina Business Park. Na primeira etapa serão entregues 308 unidades comerciais, distribuídas por três tor-res. Os escritórios variam de 44 a 588m² e permitem a junção de acordo com as caracte-rísticas do negócio. As obras já foram iniciadas e têm previsão de entrega em novembro de 2016.

O complexo todo é formado por 12 tor-res comerciais, 74 apartamentos residenciais (com área útil de 57 a 112 m²) e um hotel com 134 apartamentos da bandeira Hilton Garden Inn. Todo o empreendimento ocupa-rá 130 mil m², com mais de 2.600 vagas para estacionamento.

Uma Praça Central (Central Square) inte-grará lojas, apartamentos, academia, hotel e centro de convenções, trazendo facilidade para quem mora, trabalha ou frequenta o local. Um diferencial do centro de negócios será o heliponto.

Quinta do Golfe O Quinta do Golfe é um loteamento que

abriu suas portas em Rio Preto em 2008. A velocidade de comercialização foi um recor-de, e hoje, mais de 100 famílias já moram no local. O espaço prima pelo respeito à nature-za, tem dois milhões de m² de área preserva-da e não para de crescer.

Certa do potencial, a HDauff Empreendi-mentos Imobiliários lançou, no fi nal de 2013 três novos espaços de loteamento: Jardins, com 518 lotes de 450 a 1.270 m²; Reserva, com 44 lotes de 500 a 800 m², e o Horizon-tes, com 22 lotes de 1,5 mil a 3 mil m².

Como o próprio nome sugere, o espaço tem um amplo campo de golfe, que já abri-gou vários torneiros e é aberto ao público. A previsão de entrega dos três condomínios é 2015. Os empresários já investiram mais de R$ 400 milhões.

EMPREENDIMENTOS

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SUSTENTABILIDADE

São José do Rio Preto terá a partir de 2015 o Sigor – Sistema de Gerencia-mento Online de Resíduos. Ele tem por

objetivo auxiliar o gerenciamento de resídu-os no Estado de São Paulo. O sistema é uma ferramenta que auxilia no monitoramento da gestão dos resíduos sólidos desde sua geração até sua destinação fi nal, incluindo o transporte e destinações intermediárias e permite o gerenciamento das informações referentes aos fl uxos de resíduos sólidos.

Sua correta utilização assegura que os resíduos gerados sejam transportados por empresas legalizadas e destinados a locais devidamente licenciados, permitindo, assim,

SIGOR ABRANGE RIO PRETO A PARTIR DE 2015

que os resíduos tenham destinos ambien-talmente adequados. O projeto é resultado do convênio fi rmado entre o Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Meio Am-biente, SindusCon-SP (Sindicato da Cons-trução Civil do Estado de São Paulo) e Ce-tesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Com a promessa de diminuir a burocra-tização a plataforma eletrônica do Sigor, hospedada do site da Cetesb (www.cetesb.sp.gov.br/sigor), permite a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos por parte dos geradores e a emissão de CTRs (Controles de Transporte de Resíduos), do-

cumento que acompanha as cargas transpor-tadas. Caberá aos transportadores aceitar as CTRs e transportar os resíduos às áreas de destinação indicadas. Estas áreas poderão ser de transbordo e triagem, de reciclagem, aterros de resíduos classe A e aterros de re-jeitos. As áreas de destino que receberem os resíduos deverão aceitar os CTRs.

O sistema permitirá a emissão de relató-rios, entre eles o Sistema Declaratório Anu-al, uma das exigências da Política Nacional e da Política Estadual de Resíduos, além de agilizar o fl uxo de informações e facilitar o gerenciamento e a fi scalização por parte dos municípios e do Estado.

SAIBA MAIS O Sigor foi instituído no dia 05 de junho de 2014, através do Decreto Estadual 60.520/2014. Seu primeiro módulo, referente a resíduos de

construção civil, foi estabelecido pela Resolução SMA nº 81, de 06 de outubro de 2014, ano em que esteve em fase de teste no município de Santos.

Em 2015 chega também às cidades de: Campinas, Sorocaba, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Bauru e Santo André. A partir de 2016 será disponibilizado gradualmente para todo o Estado.

Fotos: Divulgação

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CAPA

Palácio do Itamaraty

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BRASÍLIA

Foto: OS2Warp - Obra do próprio. Licenciado sob Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0, via Wikimedia Commons

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL,A CIDADE TEM A MAIOR ÁREA TOMBADA DO MUNDO

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CAPA

Brasília, a capital do País. Uma cidade que foi criada do zero e inaugurada em abril de 1960. Tida como um marco na histó-

ria do planejamento urbano, foi desenvolvida pelo urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Os-car Niemeyer.

Devido ao seu conjunto arquitetônico e ur-banístico a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultu-ra) passou a considerar, desde 1987, o Plano Piloto de Brasília como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Assim, tornou-se a única cidade do mundo, construída no século 20, que recebeu a honraria. Sendo também a detentora da maior área tombada do mundo, com 112,25 km².

Monumentos, edifícios e sítios que tenham valor histórico, estético, arqueológico, cientí-

fi co, etnológico ou antropológico, compõem o Patrimônio Cultural de Brasília. Com isso, se torna evidente a necessidade de assegurar a proteção de tal patrimônio. Para tanto, as recomendações feitas pela Unesco visam as-segurar as características originais do projeto urbanístico e proibir construções em áreas verdes.

Ao falar sobre a criação dos elementos cen-trais da cidade, o urbanista Lúcio Costa expli-cou que, “nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”.

A Convenção do Patrimônio Mundial foi criada para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados signifi cativos para a humanidade. O Brasil possui 19 bens

inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, sen-do 12 Patrimônios Culturais e sete Naturais.

PLANO PILOTO O Plano Piloto chama a atenção por suas

particularidades. Coisa que, provavelmen-te, só foi possível pela maneira diferenciada como a cidade foi projetada. Um exemplo da aplicação do urbanismo moderno é o traçado original, organizado em quatro escalas: mo-numental, residencial, gregária e bucólica.

Uma das peculiaridades de Brasília está no fato das construções serem distribuídas por setor de atividade: comercial, bancário, hote-leiro, diversão, entre outros.

Tudo está projetado em dois eixos que se abraçam pelo lago Paranoá, que também faz parte da concepção, não sendo algo que a

Museu Nacional do Complexo Cultural da Republica

Fotos: Divulgação

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Pálacio do Planalto e Monumento Candangos

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natureza colocou ali, e sim as mãos humanas. Como o clima na região é bastante seco, o lago tem por objetivo deixar o ambiente mais agradável.

Um dos eixos é o Monumental, onde estão as principais construções da cidade: Praça dos Três Poderes (onde estão as sedes dos pode-res Executivo - Palácio do Planalto; Legislativo - Congresso Nacional; e Judiciário - Supremo Tribunal Federal); Esplanada dos Ministérios, Catedral Metropolitana e a sede do Governo do Distrito Federal (na Praça do Buriti).

O outro eixo é o Rodoviário. Nele estão as Asas Sul e Norte, com superquadras residen-ciais entremeadas por áreas comerciais. No cruzamento destes dois eixos está a rodoviá-ria do Plano Piloto.

Além das construções já citadas, também merecem destaque: Teatro Nacional Cláudio Santoro (projetado por Oscar Niemeyer com trabalho do artista plástico Athos Bulcão, que desenhou os blocos que cobrem as fachadas laterais); Complexo Cultural da República (com museu e biblioteca projetados por Os-car Niemeyer); Torre de Televisão; Palácio do Itamaraty (sede do Ministério das Relações Exteriores); e Palácio da Alvorada (residência presidencial que traz as colunas que se torna-ram o símbolo da cidade).

CAPA

Esculturas no interior da Catedral de BrasíliaSenado Federal

Fotos: Divulgação

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Difícil para mim, arquiteto e urbanista, apaixonado por arquitetura Moder-nista e os discípulos de Le Corbusier,

falar das minhas impressões sobre a capital do País, Brasília!

Brasília está entre as maiores referências ar-quitetônicas do mundo. Disputou em 2007, através da Unesco, o concurso que defi niu as “Sete Maravilhas do Mundo Moderno”. Bom, mas isso não vem ao caso, preciso expressar minhas impressões sobre a cidade!

Em primeiro lugar, Brasília é a maior refe-rência em urbanismo do Brasil. Cidade que saiu do zero, onde a única referência no meio do serrado brasileiro era o rio Paranoá. O projeto urbano de Lúcio Costa colocou nosso país como a maior referência de pla-nejamento urbano do mundo na sua época. Naquele momento, não havia questiona-mento do certo ou errado, mas do belo e do novo!

Em segundo lugar, coloco o ponto geográ-fi co. Brasília é o centro do país. Isso favore-ceu o encontro de várias culturas de todas as regiões: norte, sul, leste e oeste. Este povo foi responsável por transformar os traços fu-turistas de Oscar Niemeyer em realidade.

CAPA

MINHAS IMPRESSÕES SOBRE BRASÍLIA -DFEm terceiro lugar, denomino o “espaço”.

Brasília é a cidade onde cada edifício arquite-tônico tem vida própria, ou seja, tem espaço de sobra ao seu redor, para se apreciar cada elemento que acaba por transformar qual-quer prédio em uma obra de arte. Desejo implícito de qualquer arquiteto, ver sua obra como um marco ou referência arquitetônica. Como sabemos, as obras arquitetônicas fa-lam por si só. Cada detalhe de concreto exala a veia artística dos brasileiros.

Brasília, com seus mais de 50 anos, se mostra uma cidade jovem e moderna. Sua população aprendeu a explorar cada ele-mento urbanístico presente no plano piloto, como praças, parques, lago, entre outros. Aliás, temuma frota de barcos tão grande quanto a presente no Rio de Janeiro. Olhar as pontes que cruzam o lago Paranoá é apai-xonante. O mesmo digo, das praticas espor-tivas como iatismo, windsurf, vela, caiaque, canoagem, entre tantos outros. Sensação de estar no litoral!

Esta sincronicidade de concreto, que já foi a maior referência de progresso e desenvol-vimento no mundo, idealizada por Juscelino Kubstichek, também tem seus pontos negati-

vos: Brasília é uma cidade muito árida, pouco arborizada e não pensada para pedestres. Trânsito caótico coloca em cheque a cidade “planejada”, apesar de a mobilidade urbana ser o cerne dos problemas das grandes me-trópoles do mundo atual.

Cidade nascida do semiárido brasileiro, região de pouca chuva e altas temperaturas. Cidade que contrasta com seu entorno pre-dominantemente agropecuário, ou seja, qui-lômetros de estradas desérticas com agricul-turas de subsistência, onde afl ora um “Oasis” de arranha céus, concreto e poder!

Mas Brasília é uma cidade apaixonante, convidativa, de população sorridente, vários sotaques e culturas. Cidade da arte, da eco-nomia e da política. Seus edifícios de concre-to ou envidraçados, brancos ou coloridos, leves ou pesados, modernos ou contempo-râneos, reforçam a energia mística que existe neste lugar contagiante. Riqueza e pobreza, lado a lado... Retrato fi el do Brasil.

Kedson Barbero, Arquiteto e UrbanistaProprietário da empresa Kedson Barbero – soluções em arquitetura.Gerente Regional do CAU/SP

Palácio da Alvorada

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Fotos: Kedson Barbero

Palácio do Itamaraty

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ESPECIAL MULHER Fotos: Denise Farina

Lina Bo BardiO centenário da arquiteta

Vão livre do MASP

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Fotos: Divulgação

Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples. Não é preciso muito para ser muito.

Lina Bo Bardi

Achillina Bo, ou Lina Bo Bardi, nasceu na Itália em 1914. Formada na Faculda-de de Arquitetura da Universidade de

Roma em 1940, ela também é reconhecida como designer, cenógrafa, editora e ilustrado-ra. Chegou ao Brasil em 1946, já casada com o crítico de arte Pietro Maria Bardi. Deixou a Itália depois de alguns traumas sofridos duran-te a Segunda Guerra Mundial. Naquele país foi do Partido Comunista e chegou a ter seu escritório bombardeado em 1943.

Lina naturalizou-se brasileira em 1951, e sobre a nova pátria disse: “quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi este lugar para viver. Por isso o Brasil é meu país duas vezes, é mi-nha ‘Pátria de Escolha’, e eu me sinto cidadã de todas as cidades, desde o Cariri, ao Triân-gulo Mineiro, às cidades do interior e às da fronteira.”

No Brasil, Lina desenvolve uma imensa ad-miração pela cultura popular, sendo esta uma das principais influências de seu trabalho. Ela mostrava uma verdadeira aversão à futilida-

de. Certa vez declarou: “eu tenho projetado algumas casas, mas só para pessoas que eu conheço. Tenho horror em projetar casas para madames, onde entra aquela conversa insípida em torno da discussão de como vai ser a piscina, as cortinas. Gostaria muito de fazer casas populares.”

Entre suas obras, talvez a mais conhecida, especialmente do grande público, seja mes-mo o Masp - Museu de Arte de São Paulo (1958). Outras que merecem destaque são: Instituto Pietro Maria Bardi, São Paulo, 1951 - originalmente a residência do casal, o edifício é conhecido como a Casa de Vidro; Casa da Cultura de Pernambuco, Recife, 1963; Igreja do Espírito Santo do Cerrado, Uberlândia - Minas Gerais, 1976; Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; Teatro Oficina, São Pau-lo, 1990; Sesc Pompéia - Fábrica , São Paulo, 1990; Reforma do Palácio das Indústrias, São Paulo, 1992; Reforma do Teatro Politeama, Jundiaí, 1986. Em Salvador, também fez o projeto de recuperação do Solar do Unhão, um conjunto arquitetônico do século XVI

tombado na década de 1940 pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan).

Como era seu desejo, Lina morreu (1992) em plena atividade, deixando inacabado o projeto de reforma da Prefeitura de São Paulo.

* Os especialistas apontam o Masp como um dos projetos museográficos mais inova-dores da história. Originalmente, a Pinacoteca contava com pinturas instaladas em cavaletes de vidro espalhados pelo vasto piso aberto do museu. Assim o público encontrava as obras de maneira mais livre. Com sua morte e o afastamento de seu marido Pietro Maria Bardi do Masp, em 1996, os cavaletes foram substi-tuídos por painéis convencionais.

* O Sesc Pompeia foi criado em uma área originalmente industrial, onde funciona uma fábrica de tambores metálicos. Lina manteve a estrutura dos galpões, com seus espaços abertos que possibilitavam a convivência do público e a realização de diferentes atividades. Elementos lúdicos como a grande lareira e o rio São Francisco estão no pavilhão multiuso.

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ESPECIAL MULHER

HOMENAGENS

Lina Bo Bardi teria completado cem anos em dezembro de 2014 e seu centenário não foi esquecido pelos admiradores da arquite-tura moderna. Para tanto, o Instituto Bardi apoiou quatro exposições, que abrangem diferentes vertentes da artista, como arquite-tura, ilustração, desenho e design.

Duas dessas exposições tiveram como palco o Sesc Pompeia: “A Arquitetura Políti-ca de Lina Bo Bardi” focou a arquitetura de Lina, através de três grandes projetos: Solar do Unhão (Salvador), Masp e o próprio Sesc Pompeia. Quem visitou o local teve acesso a desenhos originais, plantas, projetos, fo-tografi as e documentos relacionados a cada uma das três obras, além do ‘antes e depois’ das construções. Um verdadeiro deleite para quem admira os bastidores da criação.

A vertente artística de Lina também este-ve no Sesc, com “Lina Gráfi ca”. A exposição inédita reuniu aproximadamente 100 peças, incluindo desenhos feitos em bico de pena na juventude, quando cursou o Liceu Artístico de Roma. Há ainda trabalhos como ilustrado-ra de revistas italianas, e a brasileira ‘Habitat’. Também foram expostos ilustrações, dese-nhos originais, cartazes e outros tipos de de-senhos não arquitetônicos, produzidos entre 1940 e 1980, na Itália e no Brasil.

Na Casa de Vidro aconteceu “O Mobiliá-rio de Lina Bo Bardi: Tempos Pioneiros”, que teve como base o mobiliário desenvolvido pela artista. Quem passou pelo local pode ver móveis, quadros e objetos colecionados por Lina e seu marido.

O Museu da Casa Brasileira abrigou “Ma-neiras de expor: arquitetura expositiva de Lina Bo Bardi”. Fotos de exposições, cavale-tes de vidro criados pela arquiteta, vídeos e desenhos revelaram as infl uências da cultura popular brasileira na obra de Lina.

No dia 05 de dezembro o Google fez uma homenagem para Lina. Ela ganhou um Doo-dle. No Brasil, o buscador mostrou na sua página inicial uma ilustração do MASP, uma de suas principais obras.

Outras homenagens estão programadas para acontecerem até julho de 2015, com exposições internacionais nas cidades de Zu-rique (Suíça), Nova York (EUA), Roma (Itália) e Munique (Alemanha).

Fotos: Denise Farina

Grande lareira no pavilhão multiuso -SESC Pompéia

Rio São Francisco -SESC Pompéia

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Conjunto poliesportivo - SESC Pompéia Escadaria Solar do Unhão

Solar do Unhão - Salvador - BA

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CASA COR RIO DE JANEIRO Fotos: André Nazareth

CASA C O RCONCEITO COSMOPOLITA E MULTIUSO

A Casa Cor Rio 2014 realizou sua 24ª edição entre outubro e dezembro, retratando uma nova forma de morar

que podemos ver em grandes metrópoles. Em foco apartamentos menores, com espa-ços integrados que trazem mais conforto e tecnologia para facilitar a vida de quem mora sozinho ou das famílias, que hoje estão me-nores. A mostra se hospedou em uma ex-pansão do Casa Shopping, um prédio com fachada de pele de vidro e andares com cinco metros de pé direito.

Um dos ambientes mais comentados, tanto por profi ssionais do setor, como pelo público apreciador da boa arquitetura é o Grou, assinado pelo arquiteto Duda Porto. O espaço também levou o prêmio “O Globo Casa Cor”. Uma verdadeira casa migratória e sustentável feita em módulos que chegam prontos da fábrica e podem ser instalados (e transportados) em qualquer lugar.

Em sua execução foram usados quatro módulos – metálicos, revestidos em madeira –, criando uma casa de 450 m², com suíte, living, área gourmet aberta, SPA com sauna e um pátio integrando todos os ambientes. É totalmente automatizado através de energia solar e as cores predominantes são o cinza e o azul. “Imagina você, um terreno vazio recebendo uma casa já pronta, como se fos-

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GROU - Duda Porto

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se um móvel, e ainda poder ampliá-la com o tempo e de acordo com as suas necessida-des. Imaginou? É a arquitetura se adequando aos novos tempos”, diz Duda.

VerdePaola Ribeiro levou o prêmio na categoria

integração de ambiente, com a natureza pre-sente no espaço O Loft foi o que mais cha-mou a atenção. Nada como ter uma coluna verde e viva no meio da sala.

Com pé direito altíssimo e 100 m², O Loft tem salas de estar e jantar, cozinha e suíte. Todo aberto, tem apenas duas divisórias. “Mi-nha ideia foi mostrar uma forma cosmopolita de morar, um ambiente integrado, bonito, confortável e funcional. Um projeto real e possível, que fazemos no dia-a-dia do escritó-rio para os nossos clientes”, diz Paola Ribeiro.

A coluna toda forrada de plantas é um pro-jeto da paisagista Anna Luiza Roitier, e dá um charme a mais ao ambiente.

Espaços MultiusoProjetos que contemplem espaços mul-

tiusos fi zeram parte das tendências da Casa Cor Rio. Um dos destaques foi o Estúdio PN para Lina Bo Bardi, de Paula Neder. “Quando entrei no espaço vazio o que logo me veio à mente foi a Casa de Vidro da Lina Bo Bardi, que é uma referência modernista muito im-portante e que adoro. A partir daí, tomei a decisão de que o estúdio seria um ambiente multiuso, com áreas para trabalhar, dormir e receber os amigos, além de uma cozinha. Cada canto com sua função e personalidade próprias”, descreve a arquiteta.

LOFT DO ANTÔNIO - Mônica Penaguião

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LOFT - Paola Ribeiro

LOFT - COLUNA DE PLANTAS - Anna Luiza Hoitier

SAIBA MAISConheça outros espaços que também fo-

ram destaque durante a edição 2014 da Casa Cor no Rio de Janeiro.

* Monica Penaguião projetou o espaço dos seus sonhos, o Loft do Antonio. “Criei pensan-do em mim, um arquiteto viajante que valoriza arte e design e tem um lifestyle contemporâ-neo, descontraído e confortável”, descreve. O projeto segue o conceito dos lofts londrinos e novaiorquinos, em que o imóvel não rece-be altos investimentos em acabamento, mas apresenta uma coleção de peças assinadas por importantes designers.

* Durante pesquisa, Patrícia Fiúza descobriu que o nome do bairro do Joá se originou de um de seus primeiros moradores, um viajante francês. Então veio a inspiração para o Loft Joá: um lugar no Rio de Janeiro onde um casal bal-zaquiano, bem-sucedido e sem fi lhos, vive por temporada. “Pensei em um ambiente que re-metesse a qualquer grande cidade do mundo, trazendo um olhar urbano e moderno, com referências internacionais e contemporâneas”.

* O Estúdio do jovem executivo, de Ale-xandre Magno, é um ambiente projetado para uma pessoa prática, moderna, de hábi-tos simples e conectada com o mundo e suas tecnologias. Seguindo a tendência de open space, os espaços íntimo e social foram in-tegrados.

* Em sua Cozinha Gourmet, Alexandre Lobo e Fábio Cardoso aproveitaram o es-paço vazio e abriram sete vãos de janelas, duas espessuras de piso e dois níveis de teto, aproveitando o pé direito altíssimo. A ilha em silestone tem rangetop e bancada de apoio, com uma mesa para seis pessoas, em madei-ra maciça, da Velha Bahia.

* “Tudo aqui é voltado para o relax e a contemplação da natureza”, conta o arquite-to Dado Castello Branco sobre o Pavilhão da Piscina – um espaço de 102 m² que privilegia o lado bom da vida: uma sala de convivência para reunião com a família e os amigos, bater papo e jogar, de frente para uma vista para-disíaca.

CASA COR RIO DE JANEIRO Fotos: André Nazareth

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STUDIO PARA LINA BO BARDI - Paula Neder

Fotos: DivulgaçãoCASA COR RIO DE JANEIRO

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PAVILHÃO DA PISCINA - Dado Castelo Branco

Fotos: DivulgaçãoCASA COR

STÚDIO DO JOVEM EXECUTIVO - Alexandre Magno

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COZINHA GOURMET - Alexandre Lobo e Fabio Cardoso

CASA COR RIO DE JANEIRO Fotos: André Nazareth

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01 Denise Farina e Avilson Ferreira - 02 Donizeti Batista, Claudia Passarini, Juliano Reis, Denise Farina, Susi Campos, Daniela Abudi, Marcelo Campos, Kedson Barbero e Roberto Magalhães - 03 Jorge Abdanur, Marcos Domingues Ferreira, Geraldo Pansiera Junior, Denise Farina, Ricardo Scandiuzzi e Gilmar Luiz Martins.

09 Fabiano e Tânia Hayasaki, Eli Bazzetti e Giseli Toledo - 10 Regina Galante, Valquiria e Janaina - 11 Thais Manfrin, Giovanna Scrivante, Tatiana Bazzetti, Ligia B. Braga,Caroline Amaro, Fernando Pavanelli, Luciana Papareli, Guilherme Imamura - 13 Leandro Madi, Thélio Pedrosa e José P. Servo.

A Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de São José do Rio Preto homenageou profi ssionais que se destacaram no ano de 2014; e o Arq Music Day reuniu arquitetos e designers de interiores, no dia 15, em um encontro regado à música boa e gastronomia de primeira.

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04 Juliano Reis Roberto Magalhães, Marcelo e Susi Campos - 05 Ligia Braga, Carol Amaro e Anne Maduro - 06 Denise Gazeta, Solange Cálio e Sandra Bergo - 07 Anne Maduro, Regina Galante, Henyla Rodrigues - 8 Roberto Magalhães, Eli Bazeetti e Kedson Barbero

Ilda Vilela

Por

Fotos: Divulgação e Foto Garcia

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13 Francisco, Andresa e Welson Borges, Tatiana, Gisele Toledo, Renata e Rodrigo Borges - 14 Carlos Moreira, Miriam Ferreira e Douglas Soler - 15 Renata Domarco, Lígia Córdova - 15 Renata Domarco, Lígia Córdova - 16 Juliana Affini e Flávia Verdi.

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PLANEJAMENTO Foto: Denise Farina

O Homem por sua natureza é um in-vestigador incansável e um realiza-dor impertinente. Sua busca: inven-

tar, criar técnicas, conseguir recursos, tornar a ciência uma prática para viver mais e melhor. Constrói e organiza a sociedade. A sua índole é transformar.

Então..., alguém pode me explicar qual a razão e os motivos para que, conversas e ini-ciativas sobre planejamento, sejam tão aves-sas a esse ser decidido a realizar?

Acredito que não encontraremos respostas tão imediatas para essa pergunta, só nos resta puxar esse assunto mais uma vez, iniciando por sua importância.

O Planejamento está diretamente relacio-nado à crença que os profi ssionais e as em-presas têm em sua capacidade de acertar. Muitas vezes não se valoriza a capacidade de análise de cenário e as circunstâncias que en-volvem o trabalho, com receio de que o que pode ser identifi cado poderá ser medido, se medido será cobrado, se cobrado se trans-formará em meta, se houver metas haverá disciplina!Neste momento todos já abando-nam a possibilidade de planejar e esquecem que esse conjunto de fatores é que trarão o acerto e, logo junto, o sucesso.

Há que se conversar para entender. O Pla-nejamento torna explícito o objetivo, o pro-cesso e a realização, não precisamos temê-lo, mas sim desafi á-lo. Desta maneira estaremos agindo como pede nossa essência criadora e transformadora.

Vamos dividir para somar: o Planejamento acontece em três instâncias da organização e do trabalho. A primeira se dirige as rotinas do dia a dia, a segunda a planos operacionais e de

curto prazo e a terceira a planos estratégicos de médio e longo prazo, e estão intrinseca-mente relacionados.

A primeira difi culdade em se planejar apa-rece quando quero pensar no futuro, porém o meu presente não me traz informações cla-ras. A segunda é querer pular etapas e desejar separar o trabalho do planejamento, como se fosse possível. Como fazer?

Acertar é humano número um: estabeleça um plano de trabalho que organize a rotina do dia a dia, administre a agenda individual e do conjunto da equipe (não administre ou te-nha pretensão de administrar o tempo, ele é o mesmo para todos – 24 horas por dia – por isso foco na agenda); identifi que os processos (eles já existem, precisam ser identifi cados, corrigidos ou melhorados); utilize reuniões de trabalho organizadas por pauta e por prio-ridades (quebre o paradigma de que reuniões não funcionam bem, quando organizadas são ferramentas de integração do trabalho e de redução de custos). Crie uma agenda com-partilhada e a vista, indicando resultados espe-rados. Estas pequenas providências já trarão benefícios e tempo para os próximos passos.

Coloque em prova a capacidade de pensar e de organizar o pensamento e ideias que ge-rem planos de médio e longo prazo. Defi na objetivos que correspondam a expectativa de resultados, baseados naquilo que seu negó-cio, que sua empresa, faz de melhor. A inspi-ração para essa etapa encontra-se na análise dos dados obtidos pela organização da rotina do dia a dia. Selecione os projetos e produtos que apresentem maior rentabilidade e menor custo de energia para a produção e utilize-os como núcleo criativo: a partir desse elemento

de força quais serão as oportunidades para os próximos 05 ou 10 anos?

Acertar é humano número dois: liste todas as ações, defi na prioridades, delegue e dirija para resultados considerando necessidades e resultados esperados para uma empresa comprometida com: fi nanças (o quanto de dinheiro aplico na operação e o quanto de lucro é necessário para a saúde do negócio); tecnologia (o quanto a minha operação está atualizada em termos de hardware, software e em conhecimento sobre o negócio); capital humano (o quanto as pessoas estão prepara-das, com competência adequada e compro-metidas com o acerto e com os resultados); marketing (o quanto existe de compreensão das tendências do mercado, da expectativa e desejo dos clientes infl uenciando os produtos e as ações para sua maior competitividade).

Acertar é humano número três: adote o planejamento como política de ação de sua empresa; estabeleça lucro, faz parte do ne-gócio; analise constantemente e sistematica-mente os resultados obtidos, bons ou ruins e aprenda sempre com eles; avalie as possibili-dades de novos produtos ou serviços a serem incorporados; avalie os resultados fi nanceiros obtidos e sua projeção; avalie o cenário glo-bal e suas tendências e mantenha-se alinhado com os resultados esperados; avalie constan-temente o mercado para aproveitar melhor e se necessário corrigir rotas.

Uma boa sugestão? Pois bem, faça!Bom trabalho e sucesso.

Luiz Fernando Garcia, Executive Coach, consultor em planejamento extratégico, orien-tador de equipes e liderança.

ACERTAR É HUMANO, PLANEJAR É UMA ARTE

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