revista folha

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JUSTIÇA AFASTA ‘O MENTIROSO’ O presidente afastado da AGERSA, Luiz Carlos Oliveira, cometia atos de corrupção, segundo a promotoria, desviando grandes quantidades de combustíveis para uso particular e de terceiros. Na matéria especial, entrevista exclusiva com o promotor Rodrigo Monteiro, expliando cada ponto de acusação por corrupção R$1,50 folhadoes.com 14 de Março de 2014 - nº56 FARRA DA GASOLINA

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Nº 56

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Page 1: REVISTA FOLHA

justiça afasta ‘o mentiroso’

O presidente afastado da AGERSA, Luiz Carlos Oliveira, cometia atos de corrupção, segundo a promotoria, desviando grandes quantidades de combustíveis para uso

particular e de terceiros. Na matéria especial, entrevista exclusiva com o promotor Rodrigo Monteiro, expliando cada ponto de acusação por corrupção

R$1,50folhadoes.com

14 de março de 2014 - nº56

fARRA dA GASOLiNA

Page 2: REVISTA FOLHA

FOLHA, 14 de Março de 201402 >

Page 3: REVISTA FOLHA

> 03 14 de Março de 2014 FOLHA

editorial

Diretor ExecutivoMarcos Paulo Tristão

([email protected])

Conselho ExecutivoMarcos Tristão

ColunistasPedro Valls Feu RosaJulio Carlos Amorim

Francisca ParisWilson Márcio Depes

Design GráficoTamyres Santos

PeriodicidadeSemanal

Litoral SulFernando Guimarães

Tiragem6.000

[email protected]@folhadoes.com

[email protected](28) 3521-8044

www.folhadoes.com

colunistasPedro Valls feu rosa

Acompanha a FOLHA nas redes sociais | twitter.com/folhadoes | fb.com/folhaes.com.br

romario Vargasjackson rangel

fernando guimarães

cleben garciaWilson márcio dePes

marcos tristão

34 30 17celebridade litoral Garota Folha

ator Paulo Goulart morre em são Paulo

stJ rejeita novo pedido de retorno de Jander Vidal

conheça a nova garota folha desta semana

O Partido dos Trabalha-dores, do nacional ao local, dá demonstração evidente de não aceitar a democracia com pluralidade de opiniões.

O PT se sente intocável. Não aceita criticas. Contes-ta-as com contra ataques vi-rulentos e alimenta a preten-são obsessiva de censurar a Imprensa e os Jornalistas a exemplo da antiga discussão do controle governamental das redes sociais: Marco Civil da Internet.

É descortinado e com máxima transparência a linha editorial da Revista Folha como denunciante de todos os atos de corrupção praticados pelos homens públicos e governos, não importando a sua cor ide-ológica, principalmente o Partido dos Trabalhadores onde está sediado este meio de comunicação e também o governo do PT.

As denuncias não são

casuísticas, senão, de ca-ráter público e interesse coletivo. Para infelicidade da sociedade, o índice de corrupção está além de outros municípios do estado e da federação. Escândalos na Câmara. Escândalos na Prefeitura Municipal. O mais recente denominado “Farra da Gasolina” pelo presi-dente afastado da Agersa, Luiz Carlos Oliveira, capa da última edição.

As fundamentações são

baseadas em provas docu-mentais e testemunhais, nem se valendo da chamada “Teoria do domínio do fato”.

Com tudo isso, a incon-gruência reside no cinismo dos representantes do parti-do que atacam em ameaças diretas e jurídicas contra jornalista que se baseia nas declarações e documentos processuais e oficiais do Ministério Público e do Poder Judiciário. Ou seja, como não podem ou temem processar o MP e a Justiça, são os eirós e vezeiros em tentativas de intimidar e censurar os pro-fissionais da informação.

Este periódico, por sua vez, comunica aos seus lei-tores a não desistência de continuar sendo arauto dos impossibilitados de falar, dos descamisados, dos desafortu-nados, e do povo trabalhador, mesmo sob este império de poder corruptor, brigando para garantir o estado de direito.

As fundamentações são baseadas em

provas documentais e testemunhais”

Page 4: REVISTA FOLHA

FOLHA, 14 de Março de 201404 >

3 - ator preso por engano vai processar estado Comentários: Andre Silva: Isto é o nosso brasil a pátria amada e idolatrada onde a justiça é feita com todo o rigor para os menos favorecidos seja eles pobres ou negros pena que a mesma justiça não trabalha da mesma forma para com os mais abastados ainda bem que este cidadão brasileiro tem muitos amigos que acreditarão na sua inocência e o ajudaram.Larissa Contarini :Filipe Melo... sabia que ele ia fazer isso..!Filipe Melo: Tem que processar mesmo ué. Fizeramerrado

5 -promotoria e justiça afastam o presidente da agersa, Luiz carLos de oLiveira Comentários:Antonio Silveira Filho: Só dis-tribuía gasolina!! KkkkkkMarahMenegucci: Pelo me-nos uma noticia boa..Escolta Armada: Ufa.... A justi-ça trabalha. Plinio Sanio Marçal Lopes: Parabéns pela postura .por-que são poucos q tem cora-gem d agir a favor do povo. Gideon De Brito Silva: que vergonha esses vermes tem que ser punido confiscando todos os bens dele e passar um bom tempo nas grades eles que tira o dinheiro da educação ,saúde e seguran-ça de nosso município. Magda Moraes : Pau ne-les....até q em fim uma no-tícia boa no jornal. Sai Fora pouca vergonha... Pra fora essa cambada td !!!

#opiniãoAssuntos mais comentados

*Foz do Brasil pratica tarifa mais cara do ES

*Cachoeiro vive em situação de falência

*Atendimentos no verão praticamente [email protected]

2 - caminhão cai em ribanceira em cachoeiro – es Comentários : Herbert Mendes Viana: Por pouco não deixou pessoas feridas! Empresa onde minha noiva trabalha.Juliane Giori: Ou melhor, pelo local , ele foi ver se via algo mas interessante e despencou kkkkJuliane Giori: Desse jeito ele não só caiu, ele barbeiro mesmo.

1 -adoLescente atropeLa vaca e morre em cachoeiro - es Comentários :Maria Paula Zanon Debora : Vai em paz amiga Mateus Nascimento :Senhor cuide da família dessa moça.Luana Careta Manhone :Cristo Deus!!!Iscarlatti Barbosa :Quem diria que fosse partir desse jeito minutos de pois de termos nos vistos. vai com Deus

4 -suspeito de matar esposa estranguLada e esconder corpo confessa crime Comentários : Andre Silva: Tudo conversa fiada, agora tem desculpa, quer saber cadeia nele e olha não tem que ser tratado como menor não sabe muito bem o que fez, ninguém é possuído pela droga ao ponto de não saber o que esta fazendo, pois mesmo em intenso estado de estase, loucura, doideira, onda ou como quiser chamar a consciência o intelecto permanece.

Page 5: REVISTA FOLHA

> 05 14 de Março de 2014 FOLHA

Helder [email protected]

hipocrisia inata, reserva apenas o soslaio às curvas

Teatro de Desavergonhados

Há um demônio rondando o sacrossanto universo políti-co brasileiro. No início da tarde de um dia (in)útil, deitado no velho sofá de molas da sala sem reboco, um desdentado macunaímico fecha a enciclo-pédia messiânica e liga a TV LCD de 32 polegadas compra-da em 60 prestações — das quais só pagou as duas pri-meiras, deixando as demais à esculhambação do SPC e Serasa e crente na prescrição pós cinco anos —, onde preten-de assistir a 856ª reprise do clássico “A Lagoa Azul”. Ape-sar de seu quase meio século, ainda adora a jovem Brooke Shields seminua, passeando pela praia. Hipocrisia inata, reserva apenas o soslaio às curvas e cachos dourados de Christopher Atkins.

Entre o desejo por uma e a pecadora excitação pelo outro, mergulha em sua mais glorio-sa digressão na última déca-da: como comprar o Playsta-tion para o filho, agora com 15 anos e da geração “Nem--Nem-Nem” — nem trabalha, nem estuda, nem joga futebol —, e alimentar seus dois ne-tos, concebidos após o baile da garotada? Talvez fosse ne-cessário fundar um sindicato de beneficiários ao lado da-quela senhora que virou hit na internet após protestar contra a miséria do Bolsa Família que não lhe permite ultrapassar a fronteira das desigualdades sociais e comprar uma calça de R$ 300 pra filha.

“É mais de trezentos reais… é mais de trezentos reais… ‘Tô’ com mais de oito ‘anu’ que eu recebo Bolsa ‘Famía’, não tá ‘danu’ pra ‘comprá’ nem

Nenhum fio de cabelo cai da cabeça do justo sem o con-sentimento de Deus///A farra da gasolina no posto Ipiranga de Cachoeiro é apenas a ponta do iceberg///Promotor Rodrigo Monteiro disse a esta revista de sua convicção sobre crimes co-metidos pelo presidente afastado Luiz Carlos Oliveira Silva///Verea-dor Rizzo, teve a cara de pau de nomear a sua própria compa-nheira...///Mesmo amasiado, ou seja, sob o mesmo teto é nepotis-mo ainda da pior qualidade///O operador financeiro do PT caiu como Al Capone///Não foi pelos crimes maiores, mas, pelo fato menor///Quer saber como par-ticipar da “Farra da Gasolina”? Pergunte no Posto Ipiranga///O prefeito Carlos Casteglione (PT) nunca pediu, em declarações oficiais, punição para os que co-metem crime no seu governo, também, é o suspeito maior///Perguntar não ofende: os índi-ces de delitos criminosos vão diminuir ou aumentar com Fa-bricio do Zumbi como Secretário de Segurança?///PMDB e PT na nacional e na estadual vivendo entre tapas e beijos///Se Deus é contigo, quem será contra?///Os intocáveis começam a ser toca-dos///Governador Renato Casa-grande até hoje não possui uma digital de governo///Se Magno Malta conseguir legenda para ser candidato a presidência da repu-blica, o Brasil vai ver um Enéias potencializado///Canta Lau-riette!///Ex-deputado José Tasso mergulhado///Os políticos da bancada capixaba com grande dificuldade de representar o ES///Espera-se nessas eleições movi-mento nas urnas para renovação no mínimo de 80%///O portal da FOLHA batendo todos os recor-des em acesso a cada dia//Mais informações em tempo real em www.folhadoes.com

uma calça pra minha ‘fia’. Por-que uma calça pra uma jovem de 16 anos é mais de trezentos reais… é mais de trezentos re-ais… uma calça pra uma jovem 16 anos é mais de trezentos reais… meu dinheiro nunca… nunca… nunca ‘aumentô’.

Quando se aproximava de casa, avistou um jovem unifor-mizado e com uma tabuleta nas mãos, aguardando-o ao portão.“Pesquisa de opinião. Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria?”, perguntou o ra-paz. “Na Dilma, claro! Ou no Lula. Qualquer um dos dois!” Voltou a deitar-se no velho sofá e foi curtir o último bloco de “A Lagoa Azul”. Sobre a improvisada estante de tijolos jazia, impoluto, seu cartão verde-e-amarelo do Bolsa Macu-naíma. “Ai, que preguiça!”, boce-jou enquanto Richard, Emmeli-ne e o pequeno Paddy comiam sementinhas de Prozac. Viva a #BananeiraJeitinho!

“Entre o desejo por uma e a pecadora excitação pelo

outro, mergulha em sua mais gloriosa digressão na

última década...”

Page 6: REVISTA FOLHA

FOLHA, 14 de Março de 201406 >

sinopsepOLiticA

Clima esquentouO clima de campanha politica já começou na As-sembléia Legislativa do Espirito Santo. Apesar de ainda faltarem quatro meses, deputados tentam aumentar seus redutos eleitorais e entram em conflito no Sul do Estado.O principal alvo é o de-putado Glauber Coelho (PSB) que é acusado pe-los demais deputados de obter informações pri-vilegiadas e invadir o reduto eleitoral dos demais.

pOLiticA

Morre o deputado Sérgio Guerra

O deputado federal pernambucano Sérgio Guerra, ex-presidente nacional do PSDB,

morreu aos 66 anos em São Paulo, na manhã de quinta-feira (6), informou a asses-soria do partido. Ele estava internado havia cerca de 15 dias no hospital Sírio-Libanês.

Guerra tinha câncer de pulmão, e uma pneumonia agravou seu estado de saúde.

1ºAs agremiações carnava-lescas Unidos do Zumbi e Explosão do Novo Parque

são as campeãs do desfile de Carnaval de Cachoeiro

de Itapemirim. Em seguida, ficou a Independentes do Aquidabã. Elas empolga-

ram o público no desfile de sábado (1º), quando seis

blocos se apresentaram na Linha Vermelha. ““Eu não Estou propondo rEdução pura E simplEs da

maioridadE. somEntE Em casos ExcEpcionais, quando o adolEscEntE comEta crimE hEdiondo, o juiz da infância E da adolEscência podE aplicar a lEi pEnal”, Senador Aloysio Nunes, sobre a proposta de redução da maioridade penal

pOLiticA

DepuTADo quer poliCiA 24h NoS hoSpiTAiSCom o objetivo de aumentar a segurança em instituições públicas de saúde do Esta-do, o deputado estadual Doutor Hércules (PMDB) apresentou a Indicação 59/2014. Por meio dela, solicita ao governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), a pre-sença da Polícia Militar (PMES) durante 24 horas nessas instituições.

“Eu não Estou propondo rEdução pura E simplEs da maioridadE. somEntE Em casos ExcEpcionais, quando o adolEscEntE comEta crimE hEdiondo”Senador Aloysio Nunes, sobre a proposta de redução da maioridade penal

Page 7: REVISTA FOLHA

> 07 14 de Março de 2014 FOLHA

RomáRio de Souza FaRia – deputAdo federAl (pSB)

entrevistaSe resta uma analogia entre

o deputado federal e o jogador de futebol é a que Romário fala como jogava. Mexe-se pouco na cadeira. Olha para baixo, para os lados, parece não estar pres-tando atenção na pergunta do interlocutor. Mas cada resposta é um chute certeiro. As boladas atingem parlamentares, o pró-prio partido, a Fifa, a CBF e até a Presidência da República.

Ele jura não saber escalar nem mesmo os 11 titulares da Se-leção de Luiz Felipe Scolari, mas não se priva de opinar sobre o líder do Brasileirão, a mobiliza-ção dos jogadores por calendário mais justo e, claro, sobre os gas-tos bilionários na Copa do Mundo.

O quE O SEnhOR COnSidE-RA SuA PRinCiPAL COnquiStA?

a maior foi uma conquista pes-soal. Foi ter credibilidade como parla-mentar. no começo, as pessoas duvi-davam. Perguntavam-se o que eu vim fazer aqui. achavam que eu seria mais uma dessas personalidadezinhas que vêm aqui para fazer número,cumprir o mandato e ir embora. Quando eu tomei essa decisão de concorrer a Deputado Federal,eu sabia que ia ter algumas dificuldades. aí eu me ele-jo como o mais votado do partido no Rio e entro em um mundo 100% novo. Mas eu sempre superei dificul-dades na vida e tinha consciência de que, na política, não seria diferente.

Já é POSSívEL PERCEBER MudAnçA?sim, é o mais legal disso. Per-

ceber que, de uns três anos para cá, as pessoas estão levando os seus irmãos, seus primos com de-ficiência para a rua. É uma mudan-ça de mentalidade. ao longo dos anos, fui acumulando outras ban-deiras: a das pessoas com doenças raras, o combate a essa praga que

tomou conta do país que é o crack e essa minha postura bastante combativa contra os gastos exorbitantes em gran-des eventos: copa do Mun-do, copa das confederações, olimpíada e Paraolimpíada.

O SEnhOR EnSAiOu uMA SAídA dO PSB E vOL-tOu. O quE ACOntECEu?

a minha situação no PsB do Rio era muito complexa. nós estávamos engessados por um acordo do partido até 2020. Eu teria de concorrer, para sempre, a deputado federal. E a minha comunicação com a presidên-cia nacional do partido era... na verdade não era nada. nunca existiu. Eu não sabia o por quê. o líder do partido, lá do teu Es-tado, o Beto albuquerque, foi um cara importante para a mi-nha volta. Por meio do Beto e de outros deputados eu acabei conversando com o Eduardo campos (governador de Per-nambuco) aqui em Brasília. Ele tirou o presidente do partido lá do Rio e, no dia seguinte, me

convidou a assumir.

SERiA POSSívEL REALizAR uMA COPA nO BRASiL GAStAn-dO MEnOS?

tenho certeza que sim. com me-nos da metade do que se gasta hoje se-ria possível fazer uma excelente copa e deixar o brasileiro feliz com um evento dessa magnitude. E esse 60% de so-brepreçoaí ?que infelizmente a gente sabe que aí entra o roubo do dinheiro público ? poderia melhorar hospitais, escolas, a acessibilidade. os problemas serão até maiores depois dos eventos, porque, para gastar bilhões, você tem de deixar legado. na minha concepção, são 12 arenas novas e pouquíssimas melhorias em aeroportos.

COMO O SEnhOR AvALiOu A ALiAnçA EduARdO CAMPOS E MARinA SiLvA?

Eu achei bastante positiva. ape-sar de serem pessoas bem diferentes até na forma de fazer política, o que eles têm em comum de bom: são dois políticos do bem. Duas pessoas que querem fazer uma política nova e não esse roubo que tem aconteci-do no governo atual.

O SEnhOR nãO SE PREOCuPA EM PASSAR iMAGEM nEGAtiviStA, dE quEM tORCE COntRA A COPA?

não, pelo contrário. ninguém mais do que eu desejou essa copa e ninguém mais do que eu deseja que seja um sucesso. Estou na mesma torcida de todos. Mas se alguém dis-ser que o que está acontecendo em relação à copa no Brasil é positivo para o país, eu vou chamar de menti-roso. ou pode ser ignorância. Eu vivo todo dia a copa. Meu gabinete aqui está sempre em cima de tcu, cGu, tcE, Polícia Federal, Ministério Públi-co... a gente quer saber! outros, por não ter essa bandeira, não acompa-nham. agora, se alguém me vê como corneteiro, eu só lamento.

Page 8: REVISTA FOLHA

FOLHA, 14 de Março de 201408 >

artigoPedro Valls Feu Rosa

rabo abanando o cachorro

José foi assaltado. Levaram o car-ro dele. Ao chegar em casa de táxi, ele imediatamente assumiu a culpa pelo roubo: “eu dei bobeira, não de-veria ter parado naquele semáforo”.

Maria foi estuprada, e quase morreu. Ao pres-tar depoimento, ela deixou bem clara sua res-ponsabilidade pelo episódio: “eu vacilei, não deveria ter ido comprar pão sozinha”.

Um ladrão arrancou o telefone celular das mãos de João enquanto ele atendia uma liga-ção. Ele – o João, e não o ladrão – assumiu total culpa pelo crime: “eu não sei onde estava com a cabeça quando fui atender uma ligação no meio da rua”. Maria foi morta durante um assalto. Ela gritou e acabou levando um tiro. Por ocasião de seu enterro, Maria foi condena-da por todos os presentes: “que estupidez dela ter gritado, todo mundo sabe que durante um assalto o melhor é ficar em silêncio”.

Mário, um dedicado Policial Militar, foi mor-to a tiros por traficantes do morro no qual mo-rava. Seus familiares, entrevistados por um jornalista, o recriminaram duramente: “ele sempre foi cabeça-dura, nunca quis esconder a farda quando voltava para casa”. No mesmo morro Paulo, um líder comunitário, foi esfaque-ado até a morte pelos mesmos traficantes. Seus amigos o criticaram ferozmente: “que fal-ta de juízo, procurar a Polícia para denunciar que o crime estava dominando o morro”.

Marcos teve sua loja assaltada, e qua-se levou um tiro. Seus empregados recla-maram dele: “que estupidez, deixar aquele monte de mercadoria exposta na vitrina”. Marcos passou a deixar tudo trancado em um cofre. Mas a loja foi assaltada de novo, e um de seus funcionários, após quase le-var um tiro por ter demorado a abrir o cofre,

agrediu-o violentamente: “seu miserável, fica trancando tudo, mais preocupado com as mercadorias do que com a gente, e qua-se levamos um tiro por sua causa”.

Carlos estava jantando com sua namora-da em um movimentado restaurante quan-do uma quadrilha armada saqueou todos os clientes. Seu futuro sogro não gostou: “este rapaz é um irresponsável, ele sabe muito bem que não estamos em época de ficar bestando por aí, jantando fora, e acabou passando por um assalto e traumatizando minha filha”.

Joel entrou em um subúrbio com o ca-minhão da empresa para entregar pacotes de biscoito nos bares de lá. Após ter tido os produtos e o caminhão roubados, e quase ter sido morto, foi despedido por seu che-fe: “que sujeito burro, ir com o caminhão lá naquele bairro sem pedir licença para o líder do tráfico local”.

Patrícia viajou a negócios. Desembarcou no aeroporto com seu “notebook” e tomou um táxi. Não conseguiu andar dois quartei-rões – foi assaltada em um semáforo. Na empresa, foi imediatamente repreendida: “você não poderia ter desembarcado sem antes esconder o “notebook”, deste jeito você pediu para ser assaltada”.

E é assim, de exemplo em exemplo, todos já parte do nosso cotidiano, que vamos che-gando a uma verdadeira “rotina do absurdo”. Aqui no Brasil é tão normal um cidadão ter medo de andar pelas ruas, é tão comum um policial ter que esconder sua profissão para não morrer, é tão usual pessoas terem que pedir permissão a traficantes para subir em morros e é tão rotineiro abrir-se mão da cida-dania mais básica que já não causa surpresa as vítimas estarem se transformando em cul-padas pelos crimes.

Diante desta tenebrosa realidade, patroci-nada pela fraqueza e falta de firmeza das nos-sas instituições, talvez já não nos cause sur-presa ver um rabo abanando um cachorro...

*O autor é presidente do Tribunal de Justiça do ES

Page 9: REVISTA FOLHA

> 09 14 de Março de 2014 FOLHA

lei? Mais do que a Constituição?Não cabe ao TSE, nessa matéria ou em

qualquer outra, substituir o Parlamento.Vale ressaltar que, ao rejeitar a PEC 37,

meses atrás, o Congresso já havia deixado bastante claro que o Ministério Público tem a função institucional de investigar irregularida-des qualquer que seja a área de investigação. Isso inclui, evidentemente, questões eleitorais.

Além de ser uma afronta à competência legislativa do Parlamento e à Constituição, a resolução 23.396/2013 representa um retro-cesso democrático sem tamanho.

Um retrocesso que o Congresso por certo haverá de evitar, aprovando projeto de decreto

legislativo por mim apre-sentado para suspender a resolução do TSE.

As eleições são o ins-trumento mais importan-te da democracia brasi-leira. Por isso mesmo, a fiscalização do processo eleitoral deve ser feita da maneira mais indepen-dente possível.

Nunca é demais lembrar que o Ministério Público atua justamente como fiscal da aplicação da lei e precisa de liber-dade para poder agir.

Como legítimos re-presentantes do povo brasileiro, deputados e

senadores não podem se curvar a decisões ar-bitrárias de outros Poderes.

Montesquieu, com seu sistema de pesos e contrapesos do século XVIII, continua mais atual do que nunca.

artigoRicardo FerraçoAfronta ao parlamento e à Constituição

Independência e harmonia. Essa é a relação básica entre os três pode-res da República, consagrada por Montesquieu em O Espírito das Leis e reafirmada como princípio funda-

mental da República Federativa do Brasil no segundo artigo da Constituição.

O equilíbrio entre intervenção e autono-mia é garantido pelo sistema de freios e con-trapesos, de forma a evitar possíveis abusos ou autoritarismo por parte de qualquer um dos três poderes.

A teoria política dá razões de sobra para frear, na prática, o abuso cometido pelo Tri-bunal Superior Eleitoral ao editar a resolução 23.396/2013, no final do ano passado.

A resolução, que retira do Ministério Pú-blico e da Polícia Fede-ral a possibilidade de requerer, sem autori-zação da Justiça Eleito-ral, a instauração de in-quérito para apuração de crimes eleitorais, é flagrantemente ilegal e inconstitucional. Ul-trapassa, em muito, as atribuições normativas do tribunal.

Qual é a justificati-va para, justo agora, às vésperas das eleições, alterar resoluções an-teriores e limitar os poderes de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público em matéria eleitoral?

Mais que isso: como podem os ministros do TSE se julgar no direito de limitar os pode-res da Polícia Federal e do Ministério Público, a despeito da Constituição e do Congresso Nacional? Uma resolução vale mais do que a

*Ricardo Ferraço é senador pelo PMDB/ES e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

isso inclui, evidentemente, questões eleitorais

Page 10: REVISTA FOLHA

FOLHA, 14 de Março de 201410 >

*A autor é advogado

artigoWilson Márcio Depes

Cachoeiro, um ponto de interrogação?

Quem acompanha de per-to – e faz uma compa-ração – entre Cachoeiro da década de 70 e de hoje – sabe quanto seria

importante um Governador que pudes-se olhar de perto e com compreensão técnica e histórica nosso município. Tenho lido declarações do prefeito Casteglione sobre o estágio que che-gou nossas finanças e, sobretudo, a nossa participação no bolo tributário. É de estarrecer. Não é admissível, em hipótese alguma, que em condições normais a Prefeitura feche suas portas uma parte do dia com apenas um ex-pediente. Passo ali pelo “Palácio da Cidade” e vejo a que ponto chegou a situação. Todas as portas e janelas fe-chadas na parte da tarde, enquanto os contribuintes trabalhando de sol a sol.

Não quero aqui escrever uma crô-nica aprofundada. Pelo contrário. Estou transitando apenas na superficialida-de dos fatos. Mas, mesmo assim, não posso fugir de uma lógica irrefutável: a candidatura do senador Ricardo Ferra-ço seria muito importante para nosso município. Independente de qualquer conjectura política, Ricardo, com atua-ção brilhante no Senado, há de ter uma visão mais profunda – e mesmo com-parativa – dos problemas de Cachoeiro. Aliás, um município com uma economia bem sólida que se deixou abater por fal-ta de um planejamento estratégico de médio e longo prazo.

Não sei – porque não tenho acom-

panhado de perto as injunções políticas - mas acredito que o cachoeirense teria que cerrar fileiras, como diria o professor Deusdedit Baptista, em torno de eventual candidatura de Ricardo ou, sei lá, outro candidato, não sei. O fato é que não pode-mos ficar esperando oscilantes “ajudas” financeiras dos poderes maiores. Há que se apresentar um projeto com caminhos definidos, sem improvisação. Os tempos já não permitem soluções sem respaldo técnico. O trânsito, por exemplo, alguém se contentará apenas com algumas mu-danças ocasionais? Elas duraram apenas alguns meses, mas logo estaremos en-frentando o caos. Mas qual é o foro desse debate? Eu não sei. E você, leitor, sabe?

Entendo, e falo isso como cachoei-rense que já atuou na administração pú-blica, que a candidatura de Ricardo deve ser defendida por nós, a não ser que o caro leitor, democraticamente, vislumbre uma alternativa melhor. O momento é propício para uma reflexão. As coisas acontecem e a espera é perda de tempo, pois não representa paciência, mas sim o irreversível passar do tempo.

O tema, superficialmente tratado, exige que seja absorvido não só como um momento político precioso, mas, sobretu-do, como a necessidade de traçar cami-nhos futuros para um município que vive sob a tutela de um ponto de interrogação.

“o fato é que não podemos ficar esperando oscilantes “ajudas”

Page 11: REVISTA FOLHA

> 11 14 de Março de 2014 FOLHA

*O autor é Jurista

artigoluiz Flávio Gomes

Magistratura oprimida

Primeiro foi o presidente do STF, Joaquim Barbosa, que disse que os juízes são ten-dencialmente adeptos da impunidade (o que, eviden-

temente, não é verdade – daí a reação das associações de juízes). Em palestra proferida no curso Iniciação Funcional de Magistrados, o delegado Josélio Azevedo de Souza, do Serviço de Repressão a Des-vios Públicos do Departamento da Polícia Federal (PF), pediu uma atuação “mais fir-me” da magistratura para diminuir a impu-nidade nos casos de corrupção no Brasil.

Esses discursos políticos opressivos contra os juízes (a pena é um ato político, dizia Tobias Barreto) estão se tornando unanimidade no nosso país (mas toda una-nidade é burra, dizia Nelson Rodrigues).

Uma das mais nefastas consequên-cias do populismo penal consiste na pres-são que se faz contra a magistratura para que haja maior rigor penal, sob a crença mágica de que isso resolve o problema da criminalidade (veja nosso livro Populismo penal midiático, Gomes e Souza, Saraiva, 2013). Nada mais incorreto. Desde 1940 o legislador brasileiro tornou-se adepto do rigorismo penal (Luís W. Gazoto). A crimi-nalidade, até hoje, com essa equivocada política criminal, só aumentou. A política puramente repressiva é enganosa. Aliás, é um engodo do regime democrático.

Há um grande equívoco discursivo so-bre o papel do juiz no Estado Democráti-co de Direito. Quem conta com o poder punitivo (quem o exerce verdadeiramen-te) são os órgãos do executivo (polícia, sobretudo). O discurso jurídico-formal (nos livros e nas academias) afirma algo

irreal. Ele diz: “Os legisladores manipulam o poder punitivo (em razão doprincípio da legalidade penal), os juízes aplicam a lei penal e os policiais fazem o que os juízes ordenam” (Zaffaroni, 2012, p. 433).

Nada mais enganoso. A dinâmica do real poder punitivo é exatamente o contrá-rio, ou seja, os legisladores procuram de-marcar o poder punitivo sem ter a mínima ideia sobre quem ele irá recair (e quando), porque é a polícia que faz a seleção crimi-nalizadora. Quem exerce efetivamente o po-der punitivo é a polícia (primordialmente). Quem escolhe a clientela (pobre ou rica) da Justiça criminal é a polícia.

O juiz, que não tem o poder de seleção dos casos, fica sempre subordinado ao que lhe é posto sobre a mesa. Julga pouquíssi-mos casos criminais, porque são pouquís-simos os casos investigados (com suces-so) e denunciados (algo que não passa de 3 ou 4% de todos os crimes cometidos). A impunidade é inerente ao poder punitivo. Não existe poder punitivo no mundo que alcance 100% dos casos.

O tolerância zero é uma utopia reacio-nária (Ferrajoli) que faz parte do engodo do populismo penal. O poder punitivo só consegue alcançar (seja rico ou pobre o criminoso, mas sempre maior é a última categoria) alguns casos esparsos. São amostras. O criminoso já conta antecipa-damente com essa impunidade generali-zada. Falta no nosso país uma política de prevenção, que é a única solução correta para o problema da criminalidade.

“a impunidade é inerente ao poder punitivo.”

Page 12: REVISTA FOLHA

FOLHA, 14 de Março de 201412 >

Moda & Consultoriapor Cláudia Manhães

Nova York, Londres, Milão e, enfim, Paris! Nessa quarta-feira (05) encerrou-se a tem-porada internacional de inverno 2015. Para você que estava mais preocupada com a fan-tasia de Carnaval, nós elegemos os melhores momentos dentro e fora das passarelas.

O jeans nunca perde o posto de maior curinga do guarda-roupa. Nesta

temporada, ele surge em peças e looks despojados, mas também assume ares

formais e até glamouro-sos. Use e abuse - sempre!

Os melhores momentos das

semanas de moda internacionais

dicas preciosas

para atualizar o jeans

Page 13: REVISTA FOLHA

> 13 14 de Março de 2014 FOLHA

Se você gosta de ler sobre decora-ção ou está procurando um lugar para

morar em São Paulo, provavelmente já ficou sabendo dos novos modelos de apartamentos disponíveis por aí: os chamados estúdios, com um dor-

mitório só e cômodos bem reduzidos. Mesmo com valores nada convidati-

vos, a venda desses apês se multiplicou nos últimos anos, trazendo à tona a

realidade: os imóveis compactos são um caminho sem volta. Cada vez mais

o “m²” vai se transformar em artigo de luxo — algo para poucos. E o pior

é que o preço dos apartamentos parece subir na mesma velocidade com que a

metragem diminui, criando uma ba-lança beeem desregulada.

ApArtAmentoS compActoS e chArmoSoS

Lindsey Wixson

Semanas de moda

Bolsas de grife estão de fato bem cotadas no mercado das capitais mais fashion do mundo. Para sonhar. E tam-bém para avaliar se os ren-dimentos (em looks do dia, claro!) serão ainda maiores que o investimento inicial.

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FOLHA, 14 de Março de 201414 >

Liquidação consciente!

[email protected](28) 3036-2157/ 8113-6848/ 3522-7710

Uma ótima época para aproveitar e renovar o guarda roupa com peças que podem migrar de estação com descontos excelentes! Tudo que uma mulher deseja: comprar muito gastando pouco!Mas o risco pode estar exatamente aí! As vitrines e araras nos atraem ao ponto de levarmos para casa o que não precisamos ou, até mesmo, comprarmos aquilo que nem ao menos nos cai bem.

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> 15 14 de Março de 2014 FOLHA

Dicas para comprar consciente:Fazer uma lista do que você realmente precisa;Uma segunda lista, com alternativas de peças que você mais usa e se estiver um desconto considerável vale a pena levar; Conhecer o formato do seu corpo para saber qual peça terá um bom caimento; Saber sua cartela de cores, para priorizar as cores que irão valorizar seu subtom de pele;

Se você leu os artigos antigos da minha coluna como “Personalidade dos Sapatos”, “Cores ao Nosso Favor”, “Acessórios e Suas Mensagens”, entre outros, isso também ajudará. Dessa forma, você certamente levará para casa somente as peças que realmente servirão para acrescentar seu vestuário, evitando perder dinheiro e espaço no guarda roupa com produtos que não tem coragem de usar. Essas dicas precisam casar com seu estilo, assim você ficará seguro (a) na hora de montar um look. Seguindo esses passos, você otimiza tempo e diminui custo. Lembre se: “ Sua Imagem, Seu Recado”.

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FOLHA, 14 de Março de 201416 >

Destaques da semanapor Wesley Bandeira

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> 17 14 de Março de 2014 FOLHA

GarotaFOLHA

Mara lovatti

Da sEMana

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> 19 14 de Março de 2014 FOLHA

vacIna contRa víRus HPv PaRa os jovens

saúde

U ma campanha de vacinação, que começou na se-gunda-feira, quer prevenir um tipo

de câncer muito perigoso para as mulheres: o câncer de colo de útero. As pré-adolescentes são o alvo da campanha. Para eles, namoro ainda é coisa de ouvir falar. E tem cada história!

Meninas, de 11 a 13 anos, é o foco da campanha nacional de vacinação contra o vírus HPV, que provoca alguns tipos de cân-cer, entre eles o de colo de útero.

Mas porque vacinar garotas tão novas? “Elas têm uma res-posta em termos de produção de anticorpos melhor, mais alta, do que numa faixa etária um pouco mais pra frente”, diz Ro-sana Richtmann, representante da Soc. Bras. de Infectologia.

O câncer de colo de útero é o quarto que mais mata as brasileiras. A campanha que começou na última segunda--feira e vem com uma mensa-gem muito clara. Para proteger mesmo as nossas meninas, as nossas pré-adolescentes é pre-ciso tomar sim as três doses da vacina. A primeira agora, a segunda daqui a seis meses. E a terceira em 5 anos.

A meta do Ministério da Saúde é ousada: vacinar 80% do público-alvo. Ou seja mais de cinco milhões de meninas. Para isso a campanha de vaci-nação não vai ficar restrita aos postos de saúde. E deve chegar também às escolas públicas. Claro, com muita conversa.

“Os pais podem ficar ab-solutamente tranquilos que falar sobre sexualidade não

incentiva. Da mesma forma que quando você fala sobre violência, você não incentiva a violência. Você previne. En-tão falar sobre a sexualida-de é prevenção a situações de risco com a sexualida-de”, afirma Albertina Duarte Takiuti, coord. Prog. de Saú-

de do Adolescente.E tem que conversar mes-

mo porque eles querem sa-ber. “Se, por exemplo, eu não aprender agora, eu aprender depois, eu posso pegar doen-ças antes de eu saber isso há muito tempo”, comenta Kayla-ne da Silva Paixão, de 11 anos.

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> 21 14 de Março de 2014 FOLHA

as PRIncIPaIs novIDaDes no ImPosto De RenDa

economia

1 importaçÕes do informe da fonte pa-gadora

A Instrução Normativa RFB 1416/2013 instituiu a possibilidade de as fontes pagadoras entregarem para seus empregados arqui-vos contendo informações dos comprovantes de rendimentos (Comprovante Eletrônico de Rendimentos) com as mesmas informações contidas no infor-me em papel. O contribuinte ao criar sua declaração no PGD do IRPF 2014 poderá importar esse arquivo que irá automati-camente povoar todos os cam-pos da declaração com as in-formações da fonte pagadora.

2. importaçÕes do infor-me de pLano de saÚdeA Instrução Normativa RFB 1416/2013 criou a possibili-dade de os planos de saúde fornecerem para seus clientes arquivos contendo informa-ções dos pagamentos do pla-no de saúde, dos pagamen-tos de serviços e reembolsos recebidos. O contribuinte ao criar sua declaração no PGD do IRPF 2014 poderá importar esse arquivo, que preenche-rá automaticamente todos os campos da declaração com as informações relativas ao plano de saúde.

3. comunicado da condi-ção de não residente Uma outra novidade para 2014 é que o Comunicado da Condi-ção de Não Residente poderá ser gerado, também, através do PGD 2014 para ser entregue

às suas fontes pagadoras, infor-mando a data de saída do país.

4. não É mais possÍveL a entrega da dirpf (origi-naL) nas unidades da re-ceita federaL do brasiL. Isso começa a vigorar a partir de 2014. Só não vale para o caso de declaração final de espólio que se enquadra nas regras da obrigatoriedade da utilização do certificado digital;

5. não É mais possÍveL

a entrega da dirpf nas agencia do banco do brasiL e caiXa econÔmica federaL

6. dÌvidas e Ônus reaisA partir de 2014, quem preen-cher a declaração por meio do m-IRPF, poderá declarar dívidas e ônus reais, imposto pago, ren-dimentos recebidos de pessoa física, rendimentos isentos e rendimentos com tributação exclusiva, e importar dos dados da declaração de 2013

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> 23 14 de Março de 2014 FOLHA

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FOLHA, 14 de Março de 201424 >

a PRomotoRIa e a justIça afastam o PResIDente Da ageRsa , LuIZ caRLosP or ordem judicial,

o presidente, Luiz Carlos de Oliveira, foi afastado no úl-timo dia 10/03 às

16h10da Agersa e proibido de se aproximar da sede. Oficial justiça notificou o ex-presidente no dia 11/03 pela manhã na sede da agência e logo depois de notifica-do, Luiz Carlos teve que deixar o

prédio. A pedido da Promotoria, na pessoa do promotor Rodrigo Monteiro, o juiz Robson Louzada, da Vara da Fazenda de Cacho-eiro de Itapemirim, acatou a de-núncia, denominada de “farra da gasolina para si e terceiros”.

A FOLHA já vinha denun-ciando vários escândalos envol-vendo Luiz Carlos que tornou a Agersaum balcão de negócios

para alimentar a máquina do governo do PT em Cachoeiro-ES.

A última denúncia da FO-LHA contra o ex-presidente da Agersa, foi referente a tentativa de extorsão praticada a uma empresa de transportes coletivo urbano, com recomendação do prefeito. Luiz Carlos está sendo investigado também por enri-quecimento ilícito.

Esta nota fiscal se refere ao abasteci-

mento do presidente afastado da Ager-

sa. As fraudes acontecem de 2011 à

2014 até agora apurado pela MP

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> 25 14 de Março de 2014 FOLHA

a PRomotoRIa e a justIça afastam o PResIDente Da ageRsa , LuIZ caRLos

mp-es quebra o 2° braço financeiro do caiXa 2 do pt de cachoeiro

O promotor Rodrigo Mon-teiro, derrubou o operador fi-nanceiro de caixa dois do es-quema criminoso que vigora desde a posse do Partidos dos Trabalhadores em 2010.

Mesmo envolvendo vá-rios beneficiados, entre eles a

própria esposa de Luiz Carlos, em abastecimento fraudulento pago pela própria Agência Re-guladora das concessões do Município, o mentor da corrup-ção praticada era toda orques-trada por Luiz Carlos, conside-rado o segundo homem forte do caixa dois projetado pelo PT, abaixo apenas do presidente do partido, advogado José Iri-

neu (o primeiro); e do prefeito Carlos Casteglione (PT).

históricoA decisão da promotoria

e da justiça cachoeirense foi a mais relevante da década, consi-derando o espectro de intocáveis dos protagonistas. Luiz Carlos terá sigilo bancário quebrado a pedido da promotoria por causa

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FOLHA, 14 de Março de 201426 >

de possível enriquecimento ilícito aos olhos vistos da sociedade. A decisão do Juiz Robson Louzada está bem fundamentada com pro-vas irrefutáveis de notas fiscais e até filmagens dos abastecimen-tos fraudulentos.

Além de outros crimes em investigação, estava em curso o maior golpe em valores para o cai-xa dois. Depois de uma tentativa frustrada de extorsão em cerca de R$ 1 milhão pelo chefe das fi-nanças do PT contra a Viação Fle-cha Branca, o prefeito assinou um ofício criminoso endereçada ao então presidente da Agersa, Luiz Carlos, recomendando a não reno-vação da concessão em outubro de 2013, quando na verdade, o contrato encerra-se em março de 2015. A retaliação está conectada com a campanha de 2012, quan-do da negativa da direção da em-presa em ceder à pressão. E outras investidas após as eleições.

A partir de então, o ex-presi-dente da Agersa gasta uma fortu-na com audiências públicas para criar cortina de fumaça, objetivan-do jogar a opinião pública contra a empresa. Contudo, a insatis-fação dos usuários está ligada, justamente, às determinações da própria Agersa que é responsável pelos horários e a quantidade da frota para atender as linhas.

Luiz Carlos sonegava as in-formações de suas atribuições e do contrato, determinado a aten-der o interesse do prefeito em im-plantar a qualquer custo empre-sa ligada ao PT que facilitasse o giro do dinheiro entre o erário e o recebimento ilícito na ponta, sem ter problemas de fluxo direto para o caixa da campanha eleitoral.

O ofício doloso do prefeito deu margem real e legal para a precipi-tação do crime de corrupção, além da prática de campanha eleitoral antecipada para seus candidatos nas eleições deste ano.

O afastamento pode ser con-siderado o maior golpe sofrido pelo governo municipal que tem em Luiz Carlos o operador financeiro sem escrúpulo para compra de ve-readores e de eleitores em campa-nhas. Nos bastidores, ele é conhe-cido como o “homem da mala”.

Monta-gem que circula nas redes sociais sobre o esquema de Luiz Carlos na Agersa para desvio de grande quantidade de

combustível

justiça

A esposa do Luiz Carlos foi fla-grada pela promo-toria e videos como uma das benefici-árias da ‘farra da gasolina’, pelo es-quema da Agersa

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> 27 14 de Março de 2014 FOLHA

promotor reveLa detaLhes dos atos de corrupção do presidente afastado da agersa

Entrevista exclusiva com o promotor Rodrigo Monteiro que desvendou com sua equi-pe mais um escândalo em Cachoeiro de Itapemirim-ES, envolvendo desta vez o presi-dente afastado Luiz Carlos Oli-veira, da Agersa, em esquema da “farra do combustível”. Ele foi afastado imediatamente da Agência Reguladora e proibido de entrar na sua sede.

O promotor, em meio a essa grande polêmica, fomen-

tada por explicações de engo-do do Luiz Carlos nos meios de comunicação, procurado pela FOLHA, esclareceu pontos da investigação irrefutáveis que deram sustentação para a sen-tença fundamentada do juiz Robson Louzada, da Fazenda Pública, a pedido do MP-ES.

a denúnciaPor meio de denúncia anô-

nima, foi descoberto esquema de desvio de combustível pago com o dinheiro público por meio da Agersa. Uma das várias pro-vas contundentes foi documen-to que mostra que no dia 30 de janeiro de 2014 houve abaste-cimento do veículo do próprio presidente da Agersa, marca Santa Fé cor preta, no total de 69,78 litros de gasolina, com requisição vinculada ao veículo Ford Fiesta pertencente à Ager-sa. Ou seja, ele utilizava outros

veículos para abastecer o seu e de terceiros, inclusive a esposa, com prova de vídeo.

esposaSobre o abastecimento

do carro da esposa, recorren-temente, não há explicação plausível, uma vez que dois veí-culos em nome da esposa, das marcas Citroen Picasso e um Gol branco, receberam vários abastecimentos. Logo qualquer ilação de licitude cai por terra.

descontoQuanto a dizer que todos os

abastecimentos eram desconta-dos na folha de pagamento pe-laAgersa por serem servidores, é outra falácia, uma vez que o contrato entre agência e o pos-to prevê abastecimento apenas nos veículos oficiais da autar-quia, listados em cadastro indi-vidualizados no total de quatro.

entrevista

Relação de veículos, que segundo

o promotor, são provas inrrefutáveis

de corrupção na “farra da gasolina”

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FOLHA, 14 de Março de 201428 >

justiça

afastamentoO afastamento de Luiz Car-

los deu-se para não atrapalhar a coleta de provas que serão buscadas dentro da Agersa e, porventura, outros segmentos ligados a ela. O juiz entendeu a força das provas apresenta-das que mostraram claramen-teo desvio de recursos públi-cos e acatou o pedido do MP para afastá-lo de modo que o mesmo não interferisse e não comprometesse a instrução processual. Como a Agersa mexe com muitos interesses é preciso redobrar a atenção em todos os atos relacionados a esta autarquia, eis que fica-ram evidentes os desvios de dinheiro do erário.

simultaneidadeFica provado nas investi-

gações que no período de dois dias um mesmo veículo recebeu quatro abastecimentos no total de 170 litros de combustível. Este mesmo veículo foi o que serviu de laranja para o abaste-cimento do veículo Santa Fé, de propriedade de Luiz Carlos, no dia 18 agosto de 2011. E essa prática está constatada nos anos de 2012, 2013 e 2014.

É preciso deixar bem claro que o carro do presidente afastado não consta no cadastramento do Posto e nem da Agersa.

agersa já temnovo presidente

O prefeito Carlos Casteglio-ne (PT) anunciou no último dia (13), durante solenidade em seu gabinete o nome do novo presi-dente da autarquia Agersa de Cachoeiro de Itapemirim após ser notificado pela justiça. Paulo César Torres, que atualmente é diretor-técnico de saneamento irá substituir Luiz Carlos que foi afastado no último dia 10/03.

“O que a justiça determinar, temos que acatar” disse o pre-feito, que ainda expressou es-tranheza de a denuncia ocorrer em um período que se discutia

a demolição do posto Noguei-ra. O prefeito ainda disse que irá demolir o posto na primeira oportunidade oficial que tiver.

conclusãoContradizendo o senso co-

mum de que “tudo acaba em pizza”,quando se trata de cola-rinho branco, é possível afian-çar que as provas já produzidas são suficientes para buscar uma condenação por ato de corrupção. A possibilidade de Luiz Carlos voltar ao cargo é re-mota. E se isso acontecer será um desserviço à população cachoeirense, mas acredito que a Justiça está sendo feita e continuará dentro da mesma ordem como guardiã do direito do cidadão contra os gestores ímprobos, principalmente.

“A decisão do Juiz Robson LouzAdA está bem fundAmentAdA

com pRovAs iRRefutáveis de notAs fiscAis e Até

fiLmAgens dos AbAstecimentos fRAuduLentos.”

A quantidade de gasolina

abastecida em dois dias

são icompativeis e para a

promotoria, fraudulenta

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FOLHA, 14 de Março de 201430 >

A Corte Superior do Superior Tri-bunal de Justi-ça (STJ) rejeitou nessa quinta-

-feira (14) um novo pedido de retorno ao cargo do prefeito de Marataízes (litoral sul do Estado), Jander Nunes Vidal (PSDB), o Doutor Jandeer, afastado judicialmente des-de junho do ano passado. O colegiado rejeitou o recur-so da defesa contra a deci-

são do presidente da corte, ministro Félix Fischer, que havia negado a suspensão liminar das decisões contrá-rias a Jander.

Com isso, o prefei-to continuará afastado de suas funções, assim como proibido de manter conta-to com servidores públicos ou até mesmo chegar per-to de prédios públicos em Marataízes. Ele responde a sete ações de improbidade

na comarca do município e uma ação penal no Tribunal de Justiça do Estado (TJES). Doutor Jander é acusado de participação no esquema de fraudes em licitações públicas.

No mês passado, o pre-sidente do STJ rechaçou a tese de defesa do tucano, que criticava o julgamento de um recurso pelo TJES. Na ocasião, a corte capixa-ba limitou a prorrogação do

stj RejeIta novo PeDIDo De janDeR

litoral

Doutor Jander, como é conhecido,

é acusado de participar de fraudes

em licitação. Ele responde ha varios

processos desde que foi afastado da prefeitura de Marataizes

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> 31 14 de Março de 2014 FOLHA

afastamento em mais 120 dias – na época, já haviam se passado 180 dias do afas-tamento inicial, em junho do ano passado. Entretanto, o ministro considerou que a decisão definitiva sobre o retorno ou não do prefeito cabe ao Judiciário estadual.

Na decisão monocráti-ca, o presidente do STJ ava-liou que as decisões que de-terminaram o afastamento do tucano “possuem funda-mentação idônea, estando amplamente lastreadas em elementos de convicção do-cumentais e orais colhidos durante a investigação mi-nisterial”. O magistrado tam-bém entendeu que a ordem judicial não está prejudican-do a execução de programas de governo, já que o municí-pio está sendo comandado pelo vice-prefeito Robertino

Batista da Silva (PT).Nos autos do proces-

so (SLS 1854), a defesa de Doutor Jander alegava ainda que o julgamento das ações contra ele estaria prejudica-do pela discussão em torno da legalidade da Emenda Constitucional nº 58/2012, que mudou o foro de ações de improbidade contra depu-tados e prefeitos capixabas. Contudo, o ministro avaliou não ser possível discutir so-bre o assunto neste tipo de recurso.

Desde o último dia 22 de janeiro, Doutor Jander está proibido de aproximar--se de repartições públicas e até mesmo de manter con-tato – inclusive, por telefo-ne – com agentes políticos e servidores do município. Em dezembro do ano passado, a 4ª Câmara Cível do TJES

havia revogado as medidas cautelares semelhantes – impostas juntamente com o afastamento do prefeito de Marataízes.

A promotoria acusa o pre-feito afastado de comandar um complexo esquema de fraudes em licitações no município. Tanto que a juíza da Vara da Fazenda Pública de Marataí-zes, Cláudia CesanaSangali de Mello Miguel, afirmou, em deci-são recente, que o tucano seria o líder da quadrilha. “A postura despótica e ímproba assumida por Jander Nunes Vidal produ-ziu prejuízos incomensuráveis a toda coletividade. Foi gasto, nos últimos três anos, o mon-tante de R$ 8,25 milhões com contratação de shows musi-cais, tendo ocorrido em deze-nas deles a prática de ilegali-dades e o direcionamento de licitações”, observou.

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FOLHA, 14 de Março de 201432 >

Notaspor Marcos tristão

Heci

litoralMoradores do litoral e ve-ranistas elogiando o aten-dimento prestado pelo Hos-pital Santa Helena, hoje administrado pelo HECI. Pon-to positivo para o reprovado sistema de saúde capixaba.

supLente

iAte

MarataízesO antigo Iate Club em Marataí-zes hoje em ruinas poderá ser-vir de espaço para abrigar uma escola técnica. A Secretaria Es-tadual da Educação precisa ir de encontro ao anseio da po-pulação de Piúma a Kennedy

Na noite de quarta-feira (12), o Deputado Estadual Hércules Silveira (PMDB) foi homenageado pelo Conselho Regional de Farmácia com a medalha do Mérito Farmacêutico Gastão Roubach. A solenidade aconteceu no Itamaraty Hall, em Vitória.

registrOO publicitário Vanderson Liberatore durante a edição 2014 da Vitória Stone Fair.

CâmaraLeitores ligando para a coluna dizendo que o suplente de ve-reador Elias de Souza, o Elias do PT não tem condições de falar em moralidade pública ao votar pela cassação de Terere, pois está condenado pelo STF.

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ApresentaçãoA orquestra que se apresentou no último dia 20 no Mercado Municipal recebeu nada mais nada menos que R$ 28.000,00. O palhaço Beleza recebeu R$ 4.000,00 para se apresentar. E o prefeito tem coragem de dizer que a prefeitura está sem recur-so. No mínimo uma contradição!

destaqueArthur Wernersbach (C), secretário de comunicação de Anchieta, recebeu amigos e familiares para comemorar nova idade. Na foto, com o senador Ricardo Ferraço (PMDB) e Hedjaz Giurzatto.

Camilo Cola

pSB

O Deputado Federal Camilo Cola dizer que não há sucessor para o mandato não caiu bem. Utilizar do artificio que possui um avião particular para ir a Brasília e que isso facilita, foi uma péssima es-tratégia de marketing do Alberto Moreira e Alexandre Gasparini.

O presidente do PSB de Cachoeiro Luciano Cortez está perdendo os poucos cabelos que ainda tem na cabeça com o vereador Rodrigo Enfermeiro (PSB). É que o parlamentar está andando na contramão do partido na cidade e se abrigou debaixo da asa do prefeito para obter as regalias palacianas. Enquanto isso, o outro vereador, Ale-xandre Bastos, vai sobrevivendo com as migalhas que cai da mesa.

sALgAdA

AviãO

LuciAnO cOrtez

der

obrasO DER está devendo uma expli-cação sobre o andamento das obras de duplicação da estrada BNH\Coutinho pelo monumental desmonte de terra e agressão ambiental. Qual será o custo fi-nal da faraônica construção.

O lindo sorriso do pequeno Pedro Henrique.

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> 35 14 de Março de 2014 FOLHA

a tRajetóRIa Do atoR PauLo gouLaRt

celebridade

o ator Paulo Goulart mor-reu em São Paulo, nesta quinta - fe i ra

(13), aos 81 anos. Ele estava internado no hospital São José, na região central da cidade. En-tre agosto e outubro de 2012, ele ficou internado devido a um câncer na região entre os pul-mões. Segundo nota do hospi-tal, Goulart morreu às 13h15, “decorrente de um câncer re-nal avançado”. O corpo do ator será velado de 23h30 desta quinta às 13h de sexta-feira (14), no Theatro Municipal de São Paulo. O enterro será na sexta no Cemitério da Conso-lação, também em São Paulo. A família do ator se reuniu e conversou com repórteres no hospital, nesta quinta. “Foi um final dolorido, mas uma passa-

gem em paz com muito amor”, disse Nicette Bruno, viúva de Paulo. “Foi com todos os filhos e netos em volta. É eterno. Va-mos ter esse momento de se-paração. Mas vamos nos en-contrar. Tenho a certeza de que ele estará sempre conosco”, completou Nicette. Beth Gou-lart, filha do casal, agradeceu a todos os “amigos conhecidos e desconhecidos” que sentiram a perda. Todos choraram durante os depoimentos.

Ao longo de sua carreira, iniciada quando ainda era ado-lescente, Goulart destacou-se por seus trabalhos em novelas como “Plumas e paetês” (1980), “Roda de fogo” (1986) e “O dono do mundo” (1991). Ele também participou de filmes como “Rio zona norte” (1957), “O grande momento” (1958), “Gabriela, cravo e canela” (1983) e “Para

viver um grande amor” (1983). Ele nasceu em Ribeirão Preto (SP) em 9 de janeiro de 1933 – seu nome de batismo é Pau-lo Afonso Miessa; o Goulart ele tomou emprestado de um tio, o radialista Airton Goulart.

Seu primeiro emprego foi como DJ, operador e locutor em rádio fundada por seu pai, em Olímpia, no interior pau-lista. No entanto, antes de se iniciar na carreira artística, o futuro ator estudou química in-dustrial. De acordo com ele, a ideia era ter uma alternativa de emprego. “Eu queria ter algum outro ofício, porque rádio, em-bora fosse uma grande coque-luche, não era encarado como uma profissão. Estavam fazen-do teste para locutores na Rá-dio Tupi de São Paulo, e lá fui eu. Mas não passei, fiquei em segundo lugar”, disse.

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O cortador de pedras Wagner Rubi, 42, mor-reu na manhã de hoje (6), após ser atingido por chapas de granito, na localidade de Santa Luzia em Conceição do Castelo-ES. Segundo informações, o trabalhador estava sozinho quando ocorreu o acidente.

folha de ocorrência Acidente com vitima fatal

PM prende traficantes

Preso em Vargem Alta

“Racha” termina em morte

Um acidente aconteceu na tarde da última quinta-feira (6), na loca-lidade de independência, no qui-lômetro 417, ás margens do BR-101. Três pessoas foram atingidas por um caminhão e socorridas em estado grave para Santa Casa de Cachoeiro-ES. Duas pessoas não tiveram a mesma sorte, foram atropeladas e morreram no local.

O Grupo de Apoio Operacional (GAO) prendeu na madrugada de domingo (2), Elielson da Silva Matias, 25 anos, Leonar-do Lopes Ferreira, 20, conhecido como ‘Japinha’, na rua Aguilar Ferreira de Athai-de, no bairro Monte Belo, em Cachoeiro--ES. Na ação foram apreendidos drogas e dinheiro proveniente do tráfico.

A equipe de militares do Grupo de Apoio Operacional (GAO) de Vargem Alta-ES prenderammais um envolvido com o tráfico de drogas na localidade de Jaci-guá, distrito de Vargem Alta-ES. A prisão de Fabricio Costa de Almeida, 19 anos, ocorreu no final de semana do carnaval.

Um homem morador de Rio Novo morreu em acidente na tarde de quinta-feira (6), na ES-488 (próximo ao Posto Dantas) em Cachoeiro--ES. A vítima colidiu de frente com um cami-nhão que trafegava sentido Posto Dantas.

Serrador é esmagado

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