revista flames

50
E AINDA... Mangas VS Animes... Interacção com leitores, autores e bloggers... Palavras cruzadas e muito mais... Pu blic WWW.FLAMESMR.BLOGSPOT.PT Revista A tua revista Online do Blogue FLAMES FLAMES nº 1 — Julho 2014 REVISTA ONLINE GRÁTIS VISTO À LUPA Conhece melhor um dos grandes mestres do mundo do cinema... O panorama literário português segundo quatro autores portugueses - Ana Luiz, Carla M. Soares, Nuno Nepomuceno e Pedro Guilherme- Moreira PASSATEMPO DESCOBRE COMO GANHAR ESTE LIVRO NO INTERIOR!

Upload: mariana-roberta

Post on 01-Apr-2016

232 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Já se passaram mais de 4 anos desde a criação do FLAMES, mas o sonho de aliar ao blogue uma revista digital esteve sempre cá. Depois de meses e meses de discussão, chegámos àquele momento em que decidimos dar o passo seguinte e, assim, fazer nascer a Revista FLAMES. Aqui está o exemplar número 1!

TRANSCRIPT

Page 1: Revista flames

1

E AINDA... Mangas VS Animes... Interacção com leitores, autores e bloggers... Palavras cruzadas e muito mais...

Pu

blic

WWW.FLAMESMR.BLOGSPOT.PT

Revista

A tua revista Online do Blogue FLAMES

FLAMES nº 1 — Julho 2014 REVISTA ONLINE GRÁTIS

VISTO À

LUPA

Conhece

melhor um dos

grandes

mestres do

mundo do

cinema...

O panorama literário português segundo quatro autores portugueses - Ana Luiz, Carla M. Soares, Nuno Nepomuceno e Pedro Guilherme-Moreira

PASSATEMPO

DESCOBRE

COMO

GANHAR

ESTE

LIVRO NO

INTERIOR!

Page 2: Revista flames

2

Seguir-nos nas nossas várias redes sociais é

vantajoso, especialmente nas inscrições para os

nossos passatempos.

Visitem-nos em:

BLOGUE - www.flamesmr.blogspot.com

FACEBOOK - https://www.facebook.com/FLAMESmr

INSTAGRAM - http://instagram.com/flames_mr

GOODREADS - https://www.goodreads.com/user/show/19759752-

flames-mariana-oliveira-roberta-frontini

SPOTIFY - http://open.spotify.com/user/11134298554

YOUTUBE- https://www.youtube.com/user/FLAMESmr/

“Não somos muitas vezes mais magoados por aqueles que amamos e respeitamos do que por aqueles que odiamos e tememos?” (in O Psicanalista , John Katzenbach)

Page 3: Revista flames

3

Mariana Oliveira & Roberta Frontini

conheceram-se durante a licenciatura em

Psicologia na Faculdade de Psicologia e de

Ciências da Educação da Universidade de

Coimbra (FPCE-UC).

Quando a escolha do Mestrado as ―separou‖

criaram o Blogue FLAMES para manterem o

contacto... Actualmente, a Mariana trabalha no

negócio da sua família enquanto a Roberta é

doutoranda na FPCE-UC e bolseira pela FCT.

O blogue FLAMES foi criado em Janeiro de 2010 com um objectivo ambicioso: apresentar,

num mesmo espaço, opiniões relativas a diferentes temas relacionados com a Cultura -

Filmes, Livros, Animes, Mangas, Entretenimento, Eventos, Espectáculos e Séries de televisão.

Aquilo que começou por ser um espaço de opinião entre duas amigas acabou por seguir um

rumo inesperado à medida que a interacção com os seus leitores trouxe um novo fôlego e

uma determinação renovada às administradoras do FLAMES. Assim, rapidamente se

avançou para um novo patamar: o estabelecimento de parcerias com diversas entidades. Esse

passo levou, inevitavelmente, à realização de dezenas de passatempos em conjunto com

editoras e com os próprios autores, a maioria portugueses, que viram no FLAMES mais uma

janela para darem a conhecer o seu trabalho.

Ora, o contacto com os diversos autores conduziu o Blogue para um novo e desafiante

caminho: realizar entrevistas aos mais diversos artistas e fazer a cobertura de eventos

relevantes para o panorama cultural português.

Têm sido anos de muito trabalho, de uma dedicação sem limites e de desafios constantes,

mas os resultados animadores servem de combustível para o FLAMES que assumiu como

sua a tarefa de ajudar a levar a todos aqueles que o visitam um pedacinho da interessante

actividade cultural que se produz por esse mundo fora.

Já se passaram mais de 4 anos desde a criação do FLAMES, mas o sonho de aliar ao blogue

uma revista digital esteve sempre cá. Depois de meses e meses de discussão, chegámos àquele

momento em que decidimos dar o passo seguinte e, assim, fazer nascer a Revista FLAMES.

Aqui está o exemplar número 1!

“Não somos muitas vezes mais magoados por aqueles que amamos e respeitamos do que por aqueles que odiamos e tememos?” (in O Psicanalista , John Katzenbach)

A Número 1

Page 4: Revista flames

4

Rúbricas

Para mais informações contacta-nos para [email protected] REVISTA FLAMES 1—Propriedade: Mariana Oliveira e Roberta

Frontini (administradoras do blogue FLAMES—www.flamesmr.blogspot.pt). Colaboradores forçados a participar a custo zero:

Administradora do blogue Panóplia do Nada, Alípio Vieira Firmino, Ana Luíz, Ana Pinho, Cândido Almeida, Carla M. Soares, Cátia

Almeida, Filipa Fernandes Caçador, Hélder Peleja, Helena Osório, Joana S. Almeida, João Amorim, Jaqueline Miguel, Marvin Oliveira,

Nuno Nepomuceno, Paulo Freixinho, Pedro Guilherme-Moreira, Raquel Lains e Sílvia Mota Lopes. Os artigos desta edição seguem ou não

as regras do novo Acordo Ortográfico consoante a vontade dos respectivos autores. A sua aplicação não está uniformizada. Este é o nosso

primeiro ensaio… Pedimos desculpa por alguma coisa que esteja menos bem! Esperamos melhorar para o próximo número!

“Ser saudável já é ser perfeito.” (in Irmã, Rosamund Lupton)

OS PONTOS NOS

I’S

Nesta rúbrica, um tema

específico é ―dissecado‖.

É A MINHA VEZ

Leitores do blogue FLAMES dão a sua opinião

acerca de um dos temas abordados no mesmo.

Queres participar no próximo número?

Envia um e-mail para

[email protected] e diz-nos sobre o

que gostarias de falar. Junta-te a nós!

A BLOGOSFERA

NA 1ª PESSOA

Damos a voz a um Blogger

convidado.

VISTO À LUPA

Uma rúbrica onde damos a conhecer uma

personalidade que se destaca na sua actividade

profissional.

PONTOS DE VISTA

Diferentes profissionais dão a sua visão

sobre um mesmo tema.

DIREITOS DE

AUTOR

Autores convidados

respondem a uma mesma

pergunta.

NOVIDADES

As mais recentes novidades do mundo da literatura e da música.

Page 5: Revista flames

5

Índice Os Pontos nos I’s …………………………………………………………………………………………….. 6

Crónica: da tela para o colchão ……………………………………………………………………….. 8

É a Minha Vez ………………………………………………………………………………………………… 11

Filme ………………………………………………………………………………………………….. 12

Livro …………………………………………………………………………………………………... 14

Anime ………………………………………………………………………………………………… 16

Manga ………………………………………………………………………………………………… 18

Evento ………………………………………………………………………………………………... 20

Série …………………………………………………………………………………………………... 22

Direitos de Autor……………………………………………………………………………………………. 24

Visto à Lupa …………………………………………………………………………………………………… 30

Pontos de Vista ……………………………………………………………………………………………… 32

A Blogosfera na 1ª Pessoa ……………………………………………………………………………… 36

Palavras Cruzadas e Cuririosidades ………………………………………………………………. 39

Passatempo …………………………………………………………………………………………………… 42

Novidades ……………………………………………………………………………………………………… 44

“Às vezes é preciso um certo desequilíbrio para estarmos equilibrados. ” ( in Ponto Zero, Rita Inzaghi)

Page 6: Revista flames

6

Os Pontos nos I’s - Manga ou Anime?!

Sendo um dos principais cartões de apresentação da cultura japonesa para o resto do mundo, os Mangas e Animes são frequentemente confundidos como sendo a mesma coisa. Se é verdade que, com grande frequência, ambas estas formas de arte estão intrinsecamente relacionadas, não é menos verdade que são completamente distintas.

Os Mangas consistem em livros de histórias de banda desenhada de origem japonesa cuja invenção remonta há alguns séculos atrás. Ao contrário dos livros de banda desenhada que se produzem um pouco por todo o mundo, os Mangas têm a particularidade de serem lidos de forma inversa à habitual: começa-se do fim para o início (a típica contracapa no mundo ocidental) e as páginas são lidas da direita para a esquerda. Outra das suas inconfundíveis caraterísticas assenta no facto de os Mangas serem impressos a preto e branco, apresentando cores apenas na capa e na contracapa e em algumas páginas isoladas (geralmente no início ou no final do livro).

Dentro do universo dos Mangas, há vários géneros de histórias adaptadas às mais diversas idades desde, crianças, adolescentes e adultos. Sendo que há mangas direccionados especificamente para cada género, masculino ou feminino. A grande aceitação dos Mangas, tanto pelo público japonês como pelo ocidental, levou a que esta se tenha tornado numa indústria de milhões de euros, sendo uma das imagens de marca do país nipónico. Esse grande sucesso acabou estabelecer uma ligação dos Mangas com os Animes.

Instruções para a leitura de

um Manga.

Capa do 1º volume do Manga

―As Navegantes da Lua‖.

“Uma inteligência limitada é de uma estupidez infinita.” (in Jesus Cristo Bebia Cerveja – A. Cruz)

Page 7: Revista flames

7

Os Animes, do ponto de vista ocidental, são desenhos animados de origem japonesa. Podem apresentar-se sob a forma de série, com vários episódios ao longo de várias temporadas, ou consistirem num único filme.

Muitos Animes são criados tendo por base um Manga de sucesso, daí a relação entre estas duas formas de arte. Mangas como ―Naruto‖, ―Dragon Ball‖ ou ―Os Cavaleiros do Zodíaco‖ alcançaram um sucesso tal que viram as suas histórias serem transportadas para a televisão sob a forma de Anime. O inverso também pode acontecer embora seja um fenómeno mais raro, ou seja, por vezes um Anime tem uma aceitação tão grande por parte do público que a sua história acaba por ser transportada para as páginas de um Manga. Um conhecido exemplo disto mesmo é o Anime ―Pokemón‖ que acabou por originar um Manga com o mesmo nome (embora, facto desconhecido da maioria, tenha sido um jogo de computador a dar origem ao Anime!).

O sucesso dos animes alcançou tamanhas proporções um pouco por todo o mundo que existem legiões de fãs dispostas a comprar todo o merchandise relacionado com o seu Anime favorito ou a participar em Cosplays (encontros entre pessoas que se mascaram das suas personagens preferidas). Contudo, não só o comum fã se rendeu à qualidade da animação japonesa, já que a própria sétima arte se deixou conquistar por alguns dos Animes mais conceituados dos últimos tempos. Tome-se como exemplo ―A Viagem de Chihiro‖, Anime premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2002 e que venceu o Óscar de melhor animação em 2003.

Anime Samurai X, um dos Animes

de maior sucesso em Portugal.

Merchandise de diferentes Animes.

“Não podes pôr grades no meu pensamento.” (in A Papisa Joana – Donna Woolfolk Cross)

Page 8: Revista flames

8

Crónica: Da tela para o colchão...

(…) em casa

podemos ver um

filme com um par

de cuecas na

cabeça, comer

lombo de porco

sentados na cama

(…)

Nos dias que correm, ir ao cinema, é um ritual de grande elegância e expectativa, que se transforma numa amálgama de bufos de desespero, sobrolhos franzidos e vontade de esbofetear crianças até saberem álgebra a nível académico.

“(…) as mulheres foram feitas para serem amadas, não para serem compreendidas.” (in conto A

Esfinge sem Segredo, Oscar Wilde)

Page 9: Revista flames

9

A primeira vez que passamos as portas de um cinema é um momento mágico que nos inicia numa vida de imaginação fervorosa e que esperamos manter durante toda uma vida. Passámos de um tempo em que havia poucos cinemas e reduzida selecção de filmes, para uma época recheada de filmes mas que temos que vender o nosso carro e o baço do nosso filho primogénito para ter dinheiro para comprar um bilhete duplo, sem pipocas incluídas.

Os aficionados por cinema vêem-se na obrigação de ver todas as grandes estreias, nem que seja no seu minúsculo computador que sobreaquece o colchão onde se apoia (filmes comprados num espaço comercial e não no senhor que vende flores na sexta à noite no Bairro Alto e com devida factura, não o histórico de internet. Pirataria é para pessoas com pernas de pau e palas). É triste abdicar do suspense que só o ecrã gigante proporciona e da desculpa plausível que é comer um quilo de pipocas sem pestanejar. Não obstante, em casa podemos ver um filme com um par de cuecas na cabeça, comer lombo de porco sentados na cama, em casos de incontinência parar o filme vinte vezes e ainda ter o poder de projectar o portátil janela fora caso o desfecho não seja do nosso agrado.

Nos dias que correm, ir ao cinema, é um ritual de grande elegância e expectativa, que se transforma numa amálgama de bufos de desespero, sobrolhos franzidos e vontade de esbofetear crianças até saberem álgebra a nível académico. Quando invisto o tempo e dinheiro para me deslocar a um cinema crio a ilusão que estarei com pessoas sóbrias e tão embrenhadas no filme como eu. Quando de súbdito, tenho alguém a cegar-me

com o foco de luz proveniente do ecrã do seu telemóvel, a voz da peixeira que decide atender o telefone e sussurrar em Si maior que está a ver um filme e ainda não percebeu o enredo, o individuo que parece precisar de sorver as pipocas e o típico casal que não percebe o conceito de quarto. Estes factores externos aliados ao poder de em casa poder mudar de filme vezes sem conta numa noite em busca de um com lamechice q.b. aliada a desmembramentos a alta velocidade, encima de um pastor alemão geneticamente transformado, faz-me reflectir sempre em como podia ter poupado esse dinheiro.

O meu cérebro doentio esquece-se destes pormenores com facilidade recorrente fazendo-me ansiar o dia que vou ao cinema e vislumbro aquele ecrã que me conquistou ao primeiro olhar. Quem nasce com o bichinho da sétima arte irá sempre querer ver todos os filmes, nem que seja para ter a liberdade de falar negativamente dos mesmos. A sétima arte aumenta as nossas expectativas do romance ao assassinato perfeito, mas mais importante, torna-nos sonhadores. Nem que seja pela fresta de uma porta, um bom filme será sempre um bom filme e um sonhador nunca deixa de o ser.

Começámos a seguir o trabalho

desta blogger quando criámos

o FLAMES. Prefere manter o

anonimato apesar de já termos

estado as 3 juntas numa noite

animada!

Neste momento escreve para:

http://panopliadenada.blogspot.pt/

e foi com muito gosto que

vimos que aceitou o nosso

convite para esta crónica!

Page 10: Revista flames

10

Page 11: Revista flames

11

É A MINHA VEZ

Nesta rúbrica, Leitores do

blogue FLAMES dão a sua

opinião acerca de um dos

temas abordados no mesmo.

Queres participar no próximo

número?

Envia um e-mail para

[email protected]

e diz-nos sobre o que gostarias de falar.

Junta-te a nós!

“Mas aqueles que nos mandaram tanta morte calcularam mal. Subestimaram a nossa fome de vida.” (in O cerco de Leninegrado, Michael Jones).

Page 12: Revista flames

12

Filme

1. Tira plástica revestida com uma emulsão sensível à luz, e na qual se registam as imagens em fotografia e em cinematografia. = PELÍCULA

2. Documento ou obra cinematográfica. = FITA, PELÍCULA

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 13: Revista flames

13

Dorme bem e bons sonhos... Mais uma vez, Leonardo DiCaprio apresenta-se num dos seus brilhantes papéis, no filme de ficção-científica de Christopher Nolan ―A Origem – Inception‖. Neste filme, vemos DiCaprio numa aventura ficcional que decorre à volta do globo e directamente para o mundo dos sonhos. A sua personagem é Dom Cobb, um ladrão personalizado em obter informações do inconsciente das suas vítimas, durante o estado mais vulnerável da mente: o sonho. Contudo, esta sua ―profissão‖ fez de Cobb um fugitivo da lei e isso custou-lhe tudo o que era mais importante para si: os filhos e a sua própria mulher. Agora, Cobb recebe uma proposta irrecusável: terá a sua segunda oportunidade para, assim, poder regressar a casa com o seu cadastro limpo e estar com os seus filhos. Para tal, terá de realizar o seu último trabalho que se trata, nada mais nada menos, do que ir à origem e implantar uma ideia, em vez de a roubar! Esta película de 2010, foi nomeada para oito Óscares, incluindo Melhor Filme. Foi galardoado em quatro categorias: melhor fotografia, melhores efeitos visuais, melhor edição de som e melhor mixagem de som. Pena não termos assistido (uma vez mais) ao prémio de melhor actor para o Leonardo DiCaprio que tão bem interpretou o seu papel . Este filme de suspense e mistério, prende-nos ao ecrã do início ao fim.

Trata-se de um filme com um início enigmático, pelo que convém que estejam todos atentos especialmente nos primeiros minutos. Para nós, a ideia de roubar sonhos já é algo impensável, quanto mais ser possível ir mais além, ou seja, ser capaz de implantar uma ideia na mente de outra pessoa. A trama desenvolve-se em volta da preparação de uma operação comparada a um jogo com vários níveis, pelo que Cobb e a sua equipa criam um cenário de sonhos

dentro do próprio sonho. No entanto, tudo é possível, basta acreditar que somos capazes, mas ao mesmo tempo o passado mal resolvido pode continuar a perseguir-nos e pode também atrapalhar os nossos planos. Será que o passado de Cobb irá dificultar a sua missão e impedi-lo de reencontrar os seus filhos para sempre? Misterioso no início e mais ainda enigmático no final, quando tentamos perceber se afinal Cobb foi bem sucedido e conseguiu cumprir a sua missão, daí que este filme tenha um final em aberto e que possa ter um final com uma dupla interpretação.

Ana Pinho é enfermeira mas se pudesse ia todos os dias ao cinema, excepto na noite de passagem de ano pois diz-se por aí que costumam fechar.

Este filme de suspen-

se e mistério pren-

de-nos ao ecrã do i-

nício ao fim.

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 14: Revista flames

14

Livro

1. Conjunto de folhas de papel, em branco, escritas ou impressas, soltas ou cosidas, em brochura ou encadernadas.

2. Obra organizada em páginas, manuscrita, impressa ou digital (ex.: livro escolar, livro infantil, livro técnico).

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 15: Revista flames

15

Quando um marcador me fez ler um livro!

Cruzei-me com este livro diversas vezes, rejeitando-o sem saber muito bem porquê. Curiosamente foi um marcador que me deu vontade de pegar nele, e ainda bem, pois tornou-se num dos meus livros preferidos. O marcador dizia assim: "O amor é forte como a morte, duro como o inferno." Na história, o belo e atormentado narrador conduz-nos numa estrada sinuosa quando é ofuscado pelo que parecia ser uma saraivada de setas. Despenha-se numa ravina e acorda numa unidade de queimados, sofrendo as torturas dos condenados. É agora um monstro. A sua vida acabou. O início deste livro é bastante intenso, um bocado aterrador até. Os acontecimentos estão descritos tão lealmente que é difícil repelir os arrepios que nos suscitam. Mas vale a pena. É na estadia da personagem principal (da qual nunca nos é revelado o seu nome) na unidade de queimados do Hospital, que vamos ter acesso aos pormenores que constroem a sua personalidade. O que me fascinou foi realmente a forma sarcástica que a personagem tem de ver a vida. Para ele, é como se tudo fosse "um meio para atingir um fim". Não consegui e nem sequer tentei identificar-me com esta personagem no início, talvez tivesse um pouco de compaixão por ela, nada mais. Por outro lado, temos Marianne Engel que aparece um dia, no quarto do nosso n a r r a d o r , c o n f u n d i n d o - o c o m afirmações que não teriam qualquer sentido a esta altura. Marianne é completamente o oposto da personagem principal: é misteriosa, as suas alegações são sempre enigmáticas, tanto para o leitor como para o narrador, mas vai-nos conquistando com as histórias

que nos conta que não fazem parte da acção pr inc ipal . Gos te i de s ta personagem pela sua excentricidade, a forma medieval com que se apresenta, os seus gostos e hobbies diferentes, como esculpir gárgulas. Marianne surge todos os dias e o pouco que nos conta, fâ-lo com a intenção de construir a história que os une. Sendo este livro um pouco fantasia, fiquei contente pelo facto do autor não nos "ter atirado" com um romance cor-de-rosa para cima. A ligação entre estas

duas personagens é muito bem construída e usa por base alguns acontecimentos históricos que eu gostei de pesquisar depois e que o autor também teve a preocupação de elucidar o leitor no epílogo. Numa referência bastante inteligente, a

personagem principal fala-nos muitas

v e z e s d e e s t a r a v i v e r " O

Inferno" (aludindo à obra de Dante),

como o herói que o elemento "fogo"

acaba por salvar!

O que me fascinou

foi realmente a

forma sarcástica que

a personagem tem de

ver a vida.

Joana Almeida é

aquilo que se pode

designar por uma

devoradora de livros.

Nasceu em 1988 e é

louca por gatos.

Coleciona marcadores

e postais.

Page 16: Revista flames

16

Anime

1. Género de desenhos animados de origem japonesa.

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 17: Revista flames

17

A luta entre o Bem e o Mal nunca foi tão interessante...

As administradoras deste blogue têm tanta influência sobre mim que (arrisco-me a dizer) metade dos meus passatempos se devem às suas opiniões. E ―Death Note” não foi exceção! Portanto, depois de uma resistência inicial ―porque animes não são bem o meu género‖ – afinal de contas consegui passar a minha infância sem ver ―Dragon Ball‖ e ―Pokemon‖ – lá me resolvi a ver este anime. E ainda bem que o fiz. Tudo começa quando Light Yagami, o rapaz prodígio do Japão, encontra um caderno bastante banal, à exceção da capa que diz Death Note. Light depressa confirma as regras de utilização: sempre que escreve o nome de alguém e visualiza mentalmente o seu rosto, essa pessoa morre de ataque cardíaco. Sendo detentor de tamanho poder, Yagami resolve exterminar o mal deste planeta e recomeçar uma nova era, matando aqueles que não se e n q u a d r a m n o s e u p l a n o , nomeadamente os criminosos - o sentido moral desta personagem é um tanto ou quanto paradoxal – o que conduz a uma agitação geral e a que o assassino em série seja apelidado de Kira. Até que surge L, o melhor e mais brilhante detetive do mundo, cuja identidade é desconhecida, dando início a um jogo genial do gato e do rato, em que vamos seguindo os pensamentos de um e de outro e as suas deduções totalmente lógicas, mas impensáveis para os comuns mortais. Ao longo dos 37 episódios que

constituem este anime vamos assistindo a uma evolução muito interessante das personagens e das relações que estabelecem entre si, bem como ao aparecimento de novas personagens que contribuem de formas inesperadas para o desenrolar da história e, como não podia deixar de ser, a reviravoltas imprevisíveis (acreditem!). Um outro motivo pelo qual recomendo este anime é o facto de as várias

p e r s o n a g e n s t e r e m o p i n i õ e s completamente antagónicas e daí posturas completamente opostas sobre a situação: há quem dedique a sua vida a tentar descobrir a identidade de Kira mas também há quem o venere incondicionalmente, o que nos obriga a tomar uma posição. Fazendo minhas as palavras do FL AMES: ―é imposs íve l f i car indiferente a esta grande história.‖

Cátia Almeida estuda Criminologia, mas só a semana passada é que ganhou coragem para ver Hannibal. Desde

então, as mentes retorcidas dos argumentistas da série têm-lhe provocado pesadelos.

(…) depois de uma

resistência inicial… lá

me resolvi a ver este

anime. E ainda bem

que o fiz.

Page 18: Revista flames

18

mANGA

1. Género de banda desenhada de origem japonesa.

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 19: Revista flames

19

Ikigami... um manga a devorar!

Foi através do Flames, que tive a oportunidade de conhecer este manga. Acabei por ler os 7 volumes que compunham a série (até à data que os li) num ápice. A história é intrigante: no Japão todas as crianças são injectadas e numa em cada X, no corpo entrará uma cápsula que, entre os 18 e os 24 anos, irá provocar a morte da pessoa. Ninguém sabe se foi injectado com essa cápsula. A ideia do governo japonês é que, assim, todos viverão a vida da melhor forma, porque sabem que poderão morrer por volta dos 18 anos. Aos infelizes que têm a cápsula alojada no corpo é-lhes entregue, 24h antes de morrer, um Ikigami - documento que lhe diz que irá falecer. Assim, poderá aproveitar o seu último dia na Terra. É então que conhecemos a personagem principal, cujo emprego é entregar Ikigamis. Cada manga contém também, 2 histórias, as histórias de 2 pessoas que recebem um Ikigami. Como irão reagir? Como passarão as últimas 24 horas que lhe restam? O autor conquista-nos de tal forma que só nos apetece pegar no livro s e g u i n t e e c o n h e c e r m a i s personagens... viver com eles os seus últimos momentos na Terra! A personagem principal é quem entrega os Ikigamis e é alguém com o qual sofri ao longo dos livros. Isto porque no decorrer da leitura se percebe que ele trava uma luta interior muito forte: entre as emoções e a obrigação para com o emprego e o governo japonês. Após ter lido os mangas assisti à adaptação em filme, ou seja, ao Live

Action. Também de nome Ikigami, traz-nos algumas das histórias dos mangas até ao ecrã. Achei que os mangas estavam muito bem retratados. Sem dúvida que foi das melhores adaptações que já vi, bastante superior

a algumas adaptações feitas a partir de livros. Nisso posso dizer que acho que os japoneses são brilhantes. Enfim, a meu ver, este manga não nos traz apenas histórias soltas e desconexas. Faz-nos pensar sobre valores mais importantes, como a vida, a ju s t i f i c a ç ã o d o s m ei o s p a r a determinados fins, a luta interior que por vezes podemos sentir e a forma como, de vez em quando, nos temos de comportar mesmo que isso signifique que não possamos ser leais connosco próprios. Não pensem que por ter desenhos os mangas são para os mais novos. Experimentem ler, pois tenho a certeza de que ficarão surpreendidos com a complexidade das histórias e a p r o f u n d i d a d e d a s t e m á t i c a s abordadas!

Para Alípio Vieira Firmino, a

paixão pela leitura é recente, mas

assim que começou a ler não quis

mais parar! É colaborador no

blogue Linked Books

linkedbooks.blogspot.pt criado pela

escritora Ana Luiz. Gosta de tudo o

que se relaciona com o Japão, daí o

gosto por Animes e Mangas.

O autor conquista-nos

de tal forma que só nos

apetece pegar no livro

seguinte e conhecer

mais personagens.

Page 20: Revista flames

20

Evento

1. Acontecimento; sucesso. 2. Êxito.

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 21: Revista flames

21

Dar é bem melhor do que receber! O voluntariado apareceu na minha vida aos 16 anos com os segundos jogos da lusofonia em Lisboa. Mal sabia eu que o voluntariado iria ser um dos meus passatempos de eleição. Um dos grandes eventos em que estive envolvida foi o grandioso Rock in Rio Lisboa (comecei na edição de 2012). Na expectativa levava a esperança de 5 dias de diversão e entreajuda, estava disposta a dar tudo por tudo em qualquer que fosse a minha função. Chegou o tão ansiado dia, o evento mais aguardado de muitos portugueses estava finalmente a começar. Nervosa, com borboletas na barriga, sem saber muito bem o que me esperava. Quando falamos em Rock in Rio há logo um click que nos liga à música e à diversão, mas este evento também envolve muito trabalho e muitos voluntários (cerca de 450). Todas as áreas da cidade do rock têm voluntários e quem pensa que nós não fazemos nada e apenas nos divertimos, desengane-se, temos horários a cumprir e tarefas a desempenhar sempre com o intuito de fazer cada um dos visitantes sentir-se especial e em casa. Em 2012, a minha função passava por manter todos os voluntários felizes, ou seja, fazia-lhes o check in/check out, entregava a t-shirt do dia e a lunch box. Momentos mortos também existiam, mas o espírito de entreajuda e diversão estava sempre presente e cada momento menos activo passa a algo alegre e divertido. Até o nosso lixo era reaproveitado, de latas criámos cinzeiros e de caixotes o nosso monumento ao voluntário. Este ano, mais um Rock in Rio, mais uma aventura, mais uma experiência a recordar, pessoas que ficam para lá de um evento de voluntariado e que reencontramos em outros. 2014 ficou marcado por ter tido uma

experiência mais ligada à minha área de estudos. Estive envolvida no grupo de comunicação de vo luntar iado, cobríamos todas as áreas em que os voluntários estavam presentes, mostrando um pouco do seu trabalho. Desde escrever um jornal (o jornal do voluntário) a fazer entrevistas a várias figuras públicas sobre o voluntariado, os

dias eram passados de cá para lá palmilhando todo o recinto do Rock in Rio. Terminávamos sempre com um churrasco do voluntário onde todas as áreas se juntavam e trocavam experiências.Muito trabalho, muito suor, muita diversão, muita aventura mas, mais do que tudo, uma enorme experiência para a vida.

Filipa Fernandes Caçador

tem muitos interesses,

sendo que o voluntariado

em eventos é das coisas

que mais gosta de fazer.

Nos seus tempos livres

gosta de sair com os

amigos, comer chocolate, e apanhar

banhos de sol na praia. Actualmente

reside em Leiria e estuda Comunicação

Social e educação multimédia na

mesma cidade onde mora.

(…) mais uma aventu-

ra, mais uma experi-

ência a recordar (…)

Page 22: Revista flames

22

Série

1. Obra televisiva ou cinematográfica dividida em episódios, geralmente difundidos com intervalos regulares.

(In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Page 23: Revista flames

23

Uma série carregada de vitamina C!

Orange is the new black‖ é mais do que uma simples série. É uma compilação de histórias de vidas tão diferentes mas que de algum modo acabam todas de igual: fatos laranja. Mas, assim como a cor dos fatos muda, os sentimentos que temos por todas aquelas personagens também se alteram. Aprofundam-se, revoltam-se, enternecem-se. A história é- nos contada no passo exacto que nós queremos. E quem pensa que ficará preso a uma única linha temporal aborrecida e previsível que tire o cavalinho da chuva. Sem se aperceber, o espectador fica rodeado de figuras fortes e marcantes de quem se conta mais e mais. E mais e mais nos sentimos ligados àquele espaço em Litchfield onde tudo se intensifica, tudo se aproveita e tudo se divide... Por raças! Com muito lugar para críticas e sátiras à volta do ser humano e das suas expectativas, percebemos tudo aquilo que a criadora Jenji Kohan nos quer dizer (fica já a dica – é a mesma criadora da série ―Erva – Weeds‖). Mas ficamos perplexos com tudo o resto que sabemos que está à nossa frente, que sentimos, mas que nem conseguimos expressar. Vago q.b.? Ainda bem. Está na hora de veres por ti próprio. Cria vício desde o episódio um.

Marvin Oliveira - médico; interno de patologia clínica; conheceu

Lisboa numa receita caseira que descobriu dentro de um antigo

armário no sótão de uma casa no centro do país; saiu do armário;

gostou do que viu.

Sem se aperceber, o

espectador fica rodeado de

figuras fortes e marcantes

de quem se conta mais e

mais.

Page 24: Revista flames

24

“(…) agora compreendia que a patifaria na maioria dos homens não passa de uma questão de grau”.

(in O Grande Conspirador, David Liss)

DIREITOS

DE AUTOR "Damos a voz a quem de direito: a autores que partilham

connosco a sua opinião sobre um tema proposto"

Page 25: Revista flames

25

“Os jovens não são particularmente ou naturalmente egoístas, tal como os velhos não são naturalmente

sábios.” (in Vai aonde te leva o coração, Susana Tamaro).

TEMA 1

O que é que

ainda falta

fazer pela

literatura em

Portugal?

Page 26: Revista flames

26

―A literatura portuguesa está ―saudável‖ e

recomenda-se mas há trabalho que se

poderia fazer para a melhorar. Essas

potenciais melhorias podem ser pensadas

a partir dos seus principais ―actores‖: por

um lado os escritores e por outro os

leitores, as duas faces desta ―moeda

comum‖.

No que respeita aos escritores, existe uma

excelente produção literária nacional, de

autores já reconhecidos (e bem) do

grande público. Existe igualmente uma

produção de qualidade, por parte de

escritores pouco conhecidos, e que passa

ao lado das massas, ou por não

encontram voz nas grandes editoras, ou

por se dedicam a géneros não

―mainstream‖. Para melhorar este

aspecto, seria importante o papel do

intermediário fundamental entre

escritores e leitores: as editoras.

Algumas já tomaram medidas essenciais

para isso, criando chancelas próprias

para e-books, direccionadas para estes

autores, com a possibilidade de mais

tarde poderem passar ao formato ―papel‖.

Mais iniciativas desse género seriam bem

vindas. Poderiam, tal como trabalham

com os blogues literários na promoção

dos seus livros, apoiar também as

webzines literárias. Fomentariam assim a

qualidade de produção escrita dessas

revistas e a

visibilidade junto do público.

Quanto aos leitores, Portugal conta com

leitores interessados, selectivos e

conhecedores, mas infelizmente em

número insuficiente. Parece evidente que

a quem tenha sido fomentado o gosto

pela literatura em jovem, e mesmo mais

tarde, não a abandonará ao longo da vida.

São os pais que terão que ter esse papel.

Por muito que se fomente na escola, se

em casa não houver livros ou interesse

pelos mesmos, os livros nunca deixarão

de ser uma tarefa ―pesada‖ para os nossos

jovens. Gostaria de deixar de ouvir frases

como uma que ouvi recentemente de um

colega, sobre o filho:

―Coitado do miúdo. A professora mandou

um livro para ler nas férias, vê lá tu…Não

basta durante o tempo de escola, e ainda

tem que ler nas férias. E ainda se fosse só

ler…Mas tem que ler e ainda fazer um

resumo sobre o que leu…!!!‖

Ana Luiz nasceu no

Alentejo, é fundadora e

administradora do

blogue Linked Books

(www.linkedbooks.blog

spot.com e escreveu o

livro ―O Quebra

Montras‖. Participa em

várias antologias de

contos e poesia.

Page 27: Revista flames

27

―Esta é capaz de ser uma pergunta impossível de responder, e será sem dúvida uma daquelas em que só posso apresentar uma perspectiva limitada,que com certeza não reflectirá em nada a realidade. Mas vamos tentar. O que é que ainda falta fazer, ttalvez não tanto pela literatura apenas, mas pela literatura portuguesa em Portugal? Aos escritores não falta fazer nada senão continuar a escrever, ponto final. Creio que hoje talvez estejam mais próximos dos seus leitores, sejam mais acessíveis, e talvez se trabalhe mais fora da ―caixa‖ da erudição, para diferentes leitores. Isso é bom, porque reconhece a diversidade de gostos e o direito a eles. Há sem dúvida escritores excelentes, alguns dos quais começam a obter o justo reconhecimento, outros que já o têm. Há alguma dificuldade dos autores novos em penetrar o mercado e ganhar a confiança dos seus leitores e até editoras, mas talvez se deva ao excesso de oferta, sobretudo estrangeira. Entre os leitores, ainda há uma tendência para favorecer o que vem de fora (um hábito português que Eça tanto ironizou), mas tenho a impressão de que ―o que é nacional é bom‖ também começa a funcionar na literatura… Estarei enganada? Creio que há mais leitores a ler o que é português, talvez graças ao passa-palavra, aos blogues, à acessibilidade dos autores, ou por a escrita estar mais arejada. Ainda é pouco, porém, porque os hábitos de leitura dos portugueses em geral são reduzidos, é preciso pôr mais gente a ler, talvez ajustando o preço dos livros, promovendo campanhas de leitura e a leitura de textos mais diversificados durante a escolaridade, para destruir a conotação do acto de ler com a ideia de bafio e aborrecimento que muitos guardam dos dias de escola… Será que se conseguia alternando os textos mais tradicionais e formadores do gosto com outros mais próximos dos jovens adolescentes, com a intenção de dar simplesmente a descobrir o prazer da leitura? Porque isto da leitura é como abrir uma porta e subir uma escada…‖

Carla M. Soares nasceu em 1971, em Moçâmedes, no

Namibe. De lá, trouxe escassas memórias e a viagem no

corpo. Formou-se em Línguas e Literatura em Lisboa,

tornou-se professora, mestrou em Literatura Gótica e Film

Studies e estudou História da Arte num doutoramento

incompleto. Estreou-se no mundo dos livros com ―Alma

Rebelde‖, e no mundo dos e-books com ―A chama ao vento‖.

Page 28: Revista flames

28

―Criar uma lei que proteja os autores portugueses dos demais. Se existe legislação que define percentagens mínimas para a quantidade de música nacional que passa nas rádios, incluindo a mais recente, porque não pensar em algo semelhante para a literatura em Portugal? Tal permitirá profissionalizar ainda mais o mercado, o que a meu ver só trará benefícios. Estabelecer-se-á uma relação de oferta-procura entre os escritores portugueses e as editoras, já que as últimas irão necessitar dos primeiros para continuarem competitivas e relevantes, o que não acontece atualmente, pois recorrem maioritariamente a obras estrangeiras para o fazerem. Novos autores irão ter acesso a oportunidades que ainda hoje lhes continuam vedadas. O público, que segundo as palavras das próprias editoras manifesta um interesse crescente pela literatura nacional, verá correspondidas as suas necessidades. E até mais emprego poderá ser criado, com um mercado amplo e dinâmico o suficiente para que possam existir mais agentes ou agências literárias. Claro que uma lei por si só não mudará muito, e o mais importante será mesmo formar novas mentalidades, mas este poderá ser um primeiro passo.‖

Nuno Nepomuceno nasceu em 1978 nas Caldas da Rainha. Licenciado em Matemática pela Universidade do Algarve, estreou-se como escritor com a obra ―O Espião Português‖, vencedora do 1º Prémio Literário Book.it

Page 29: Revista flames

29

―Falta fazer quase tudo, porque estamos pequenos. Falta mudar a estrutura hierárquica da cadeia alimentar dos livros e passar os livreiros, os autores e os editores outra vez para primeiro lugar. Falta que o próprio meio seja menos autista e não se ache tão importante e duvide e questione e acarinhe e aceite e aprofunde e pergunte e deseje o bem e quebre o lago gelado narcísico e deixe as selfies do umbigo. Falta ganhar um corpo crítico em Portugal, onde temos - as execepções confirmam a regra - apenas um corpo recensor medíocre (muitos deles são grandes - não necessariamente bons—leitores, com vasta cultura, mas são engajados num sistema de palmadinha nas costas, quase sempre a si próprios). Falta rasgo aos próprios escritores e a alguns dos seus editores, porque creio estarmos a cair num marasmo sem identidade: não é porque a qualidade geral é aceitável que a nossa geração literária vai ser lembrada. Não é um problema apenas português (toda a Europa e parte da América e da Rússia se queixam do mesmo, com a facilidade de comunicação é fácil construir e publicar narrativas, mas falta quem aprofunde, quem saiba esperar e abdique de ser mais um para trazer propostas novas, quem contemporize, quem se cale para falar mais tarde com simplicidade e pureza. Deixem-me terminar com uma citação, mania que tenho pouco mas às vezes apetece muito, porque escreveu assim Montaigne há quase cinco séculos: "(...) Espantam-me essas posturas transcendentes, como os lugares altos e inacessíveis; e nada me parece tão difícil de digerir na vida de Sócrates como os seus êxtases (...)".

Pedro Guilherme-Moreira nasceu em 1969 na

maravilhosa cidade do Porto. É advogado e escritor,

tendo sido dos primeiros advogados a ganhar o

Prémio João Lopes Cardoso. Ex-estudante da

Universidade de Coimbra, publicou o seu primeiro

romance em 2011, “A manhã do Mundo” (Dom

Quixote), e venceu o Prémio M.A. Pina de poesia em

2012. O seu mais recente romance “Livro sem

Ninguém” foi finalista do Prémio Leya.

Page 30: Revista flames

30

Visto à Lup

Quer se ame ou odeie, a verdade é que são poucos aqueles que ficam indiferentes a

um filme de Quentin Tarantino. Um verdadeiro génio do cinema, Tarantino mostra,

a cada nova película criada, que não tem medo de enveredar por caminhos que

poucos se atrevem a percorrer e que não raras vezes escandalizam um espectador

menos habituado às excentricidades de um realizador que não se coíbe de usar

litros e litros de sangue artificial e de desmembrar personagens para puro gáudio

dos seus fãs.

Contudo, poucos são aqueles que se podem gabar de conhecer a fundo as

particularidades deste realizador norte-americano. Por isso mesmo, Quentin

Tarantino e a sua obra vão ser, agora, analisados à lupa. Peguem nas vossas

pipocas, coloquem os vossos óculos 3D e que comece o filme!

- Quentin Tarantino é filho de uma mãe adolescente (a sua mãe tinha apenas 16

anos quando ele nasceu).

- Tarantino trabalhou num clube de

vídeo até aos 26 anos de idade (terá sido

aí que nasceu o seu bichinho pelo

mundo da realização de filmes?).

- Antes de se estrear como realizador de

cinema, Quentin Tarantino teve um

emprego muito pouco apelativo: era

assistente de produção numa equipa

que produzia vídeos de fitness e uma

das suas tarefas consistia em… apanhar

fezes de cão!

- Para além de realizador, Quentin

também já teve algumas experiências

enquanto actor. Uma das primeiras foi

no programa de TV The Golden Girls

onde fez de… imitador de Elvis Presley!

a

Page 31: Revista flames

31

- Durante muito tempo afirmou-se na imprensa que o realizador tinha um QI de

160. Contudo, foi o próprio que veio desmentir esta informação dizendo que nunca

tinha sido submetido a nenhum teste para medir o seu coeficiente de inteligência.

- Antes de ser conhecido pelo mundo inteiro, Tarantino foi preso durante 10 dias

por não ter pago as suas multas de estacionamento que perfaziam um total de mais

de 6 mil euros. Mas, por incrível que pareça, esta não foi a primeira vez em que o

realizador ficou a conhecer o interior duma prisão. A primeira ocorreu quando

tinha apenas 15 anos e decidiu roubar um livro - ―The Switch‖ de Elmore Leonard.

É caso para dizer: ainda há ladrões cultos!

- Quentin Tarantino recusou realizar o filme ―Homens de Negro‖ (será que ainda

hoje é o dia em que se arrepende dessa decisão?)

- O seu filme ―Cães Danados‖ (1992) tinha um orçamento tão limitado que os

actores tiveram que usar, na maioria das suas cenas, as suas próprias roupas.

- No seu conjunto, foram utilizados mais de 1700

litros de sangue artificial nos filmes Kill Bill e Kill

Bill 2.

- O conceituado filme ―Inglorious Basterds‖ esteve

quase a chamar-se ―Once Upon a Time in Nazi-

Occupied France‖.

Por fim, um aviso: da próxima vez que virem um

filme de Quentin Tarentino estejam muito atentos

pois ele gosta de aparecer, nem que seja por breves

segundos, nas suas próprias produções. Não

acreditam? Voltem a ver ―Cães Danados‖, ―Pulp

Fiction‖ e ―À Prova de Morte‖ e comprovem vocês

mesmos!

Page 32: Revista flames

32

Pontos de Vista

Hélder Peleja nasceu em 1978, na cidade alentejana de Beja.

Professor de Educação Visual e Tecnológica no ensino básico,

desde cedo evidenciou o gosto pelo desenho. No últimos

tempos, para aperfeiçoar os seus conhecimentos, frequentou

o curso de Ilustração e Banda Desenhada da Ar.co (Centro de

Arte e Comunicação Visual). As suas variantes preferidas são

o cartoon, a caricatura, a ilustração editorial e infantil. Esta

ilustração foi especialmente concedida para este número.

Page 33: Revista flames

33

―Portugal sim, os portugueses talvez não. É obvio que as condições económicas

são uma barreira mas não passam nem podem passar disso, de uma "barreira",

algo que nós ( no meu caso ator) temos que derrubar. É algo que traz sentido/

rigor ao nosso trabalho, não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade.

Aproveitar tudo como se fosse o último trabalho que fôssemos fazer. Temos uma

grande herança de artistas em condições socio-económicas equivalentes,

portanto, temos hoje em dia de o conseguir igualmente. Portugal já nos deu

muito, falta agora sermos nós a dar a Portugal.‖

João Amorim tem 21 anos e estuda teatro na Escola Superior

de Educação de Coimbra, é ator no grupo de teatro

―Bússula Nómada‖ e encenador do grupo ―A Cartola‖.

―Numa visão realístico-pessimista podemos observar que Portugal não é um bom país para arriscar qualquer carreira, muito menos na área da cultura, com uma excepção apenas: a aquacultura. Porém, e após a inalação prolongada de vapor de essência de Cannabis sativa

enquanto visualizava mais uma temporada de Floribela, pude concluir que, na

realidade, Portugal tem excelentes condições para qualquer cidadão que pretenda

criar algo, seja em que área for, nomeadamente na música, perseguir e atingir

uma carreira estável e de sucesso no universo musical nacional e, quiçá, na

Madeira.‖

Cândido Almeida tem 31 anos e trabalha como operador de Call

Center. É um apaixonado por fotografia e é membro da

banda ―Song tailors‖, onde toca baixo.

Portugal é um bom país para se arriscar uma carreira relacionada com a Cultura

Page 34: Revista flames

34

―Existe muita criatividade e muito talento em Portugal, mas investe-se muito

pouco na Cultura. A Cultura enriquece-nos tanto materialmente como

espiritualmente. A cultura une as pessoas. Transmite valores e conhecimento.

Gera emprego. Engrandece uma nação. O sonho de muitos é a realidade de

poucos, infelizmente. Arriscar uma carreira relacionada com a cultura em

Portugal? Penso que vale sempre a pena tentar. E como diz o adágio popular:

―Quem não arrisca não petisca!‖ Mesmo sabendo que a realidade é nua e crua.‖

"Portugal é um país sem futuro para apostar seja em que carreira for, muito

menos cultural (e contra mim escrevo). Os media confirmam-no. Em pouco mais

de cinco anos, saíram de Portugal mais de 700 mil pessoas, sendo a maioria

jovens. À espera de uma luz ao fundo do túnel estão 900 mil desempregados, a

maioria dos quais será obrigada a procurar emprego noutros países. Quando há

fome, a cultura é um bem menor.‖

Helena Osório (n. 1967), jornalistafcultural desde 1989, é

autora de literatura infantojuvenil desde 2008, tendo publicado o

primeiro romance em 2013. Licenciada em Estudos Europeus, pós

-graduada e mestre em Artes Decorativas, aguarda defesa de

doutoramento em Estudos sobre a História da Arte e da Música.

Em 2002 saiu da Impresa após 13 anos de trabalho nos quadros

da editora, por extinção de posto de trabalho, e desde aí procura

um lugar ao sol.

Sílvia Mota Lopes nasceu em Braga a 22 de Abril de 1970. Educadora de Infância. Mãe de três filhos, Mariana Lino, Lino André e Alícia Lino. Desde muito cedo manifestou gosto por todas as expressões artísticas como pintura,

desenho, música e poesia. Ilustraflivros, e é

autora de dois infantojuvenis da Coleção "Novelos de contos Meadas de Palavras‖: "Alícia no Bosque " e "Ser dia e Noite Ser".

Page 35: Revista flames

35

―Portugal é o meu país, a minha casa, e só por isso já me parece razão suficiente para ser o melhor país onde se deve arriscar ter uma carreira relacionada com a cultura. Mas não é um país onde é fácil viver para quem trabalha e luta pela cultura, que aposte na cultura, que beneficie ou valorize quem trabalha na área cultural, que incentive a produção cultural. Relacionando à realidade cultural que melhor conheço, a música, actualmente, o mercado discográfico encontra-se numa fase difícil. Neste ambiente de mercado, muitas bandas nacionais optam por editar em nome próprio, ou seja, a grande dificuldade neste momento não é editar um disco mas sim tornar viável e consistente todo o percurso do disco de forma a haver um retorno financeiro para a banda. E é aqui que eu acho que há uma grande mudança na indústria e que é entusiasmante. As bandas não desistem e não cruzam os braços. Aliás, eu acho mesmo que existe um grande número de bandas que surgiu devido a esta tendência que, provavelmente, nunca se daria a conhecer se o mercado da música não vivesse esta crise. Para além disso, a qualidade da música que tem sido editada é de nos deixar a todos entusiasmados. Temos grandes nomes a nível nacional com uma qualidade incrível e essa qualidade, na minha opinião, tem vindo a crescer! Em relação ao público português, parece-me cada vez mais disponível para as bandas nacionais. Sinto que, há uns anos atrás, os portugueses eram mais fechados e não havia grande abertura para o conhecimento de novas bandas portuguesas e sinto que é algo que foi mudando nos últimos tempos. Com todas estas dificuldades do mercado, é muito difícil para um músico viver em Portugal somente da música. A maior parte dos nossos músicos têm um emprego que lhes dá a segurança financeira para poderem tocar e não terem de depender financeiramente da música. É um esforço enorme e o retorno financeiro fica, na maior parte dos casos, muito aquém do trabalho que fazem mas, ainda assim, é uma escolha consciente e que acaba por ser equilibrada por uma realização pessoal muito maior do que se trabalhassem numa outra área da qual não retirassem tanto prazer.‖ (Foto por Vera Marmelo)

Raquel Lains nasceu em Coimbra em 1978 e vive em Lisboa. É licenciada em Comunicação Cultural pela Universidade Católica Portuguesa e tirou uma especialização em Produção e Marketing Discográfico na ETIC. De 2002 a 2004, trabalhou na Sabotage Records e Zounds (editora e promotora de espectáculos). Entre 2004 e 2006, foi colaboradora na Universal Music enquanto promotora discográfica responsável pelo sector das rádios. Foi,

ainda, em 2004 que fundou e iniciou actividade na Let’s Start A Fire, o seu projecto pessoal, cuja linha musical é decidida por si selecionando as bandas nas quais acredita realmente e com as quais se identifica. Na Let’s Start A Fire

promove e agencia bandas. A nível da

promoção, é responsável pela divulgação de diversas bandas a nível nacional como: Noiserv, The Legendary Tigerman e Dead Combo.

Page 36: Revista flames

36

A Blogosfera

Na 1ª pessoa!

Page 37: Revista flames

37

Blogues = Tendência?

O meu nome é Jaqueline e sou a

administradora do blogue Histórias

Fantásticas. Vou falar-vos de blogues,

da minha própria experiência como

frequentadora e administradora e de

como eles marcam a cultura e a

literatura. Será que os blogues são

condicionados? Serão pensados para

uma idade específica? Será

que todos os frequentam?

Os blogues de hoje marcam

a tendência de amanhã?

Responderei a tudo isto o

melhor que puder.

Em primeiro lugar devo explicar a

minha situação. Nunca frequentei

blogues antes de eu própria ter criado

um. O que isso diz de mim!? Não tinha

interesse por blogues? Não gostava

deles? Nada disso. Eu não os

frequentava porque não tinha muitos

conhecimentos sobre eles e os que

conhecia não tinham nada que me

fascinasse. Além disso, preferia passar o

meu tempo a ler livros (sim, sou uma

livrólica e com orgulho) e a escrever

histórias. Um dia cheguei a uma fase da

minha vida em que me apetecia expor,

de alguma forma, as histórias que

escrevo, sem ter necessariamente de as

publicar, para poder melhorar, de

alguma forma, a minha escrita. Assim

surgiu o meu blogue, inicialmente um

blogue de escrita criativa. Através dele,

conheci diversos outros blogues

(literários e culturais) e fiquei fascinada

pelo mundo que me revelaram. Assim, o

Histórias Fantásticas passou a ser um

blogue mais abrangente e a minha área

de conhecimentos

de outros blogues

aumentou. Tenho

pena de não me ter

embrenhado neles

mais cedo.

Portanto, como

frequentadora, penso que faz sentido

dizer que só frequento os blogues que

falem de temáticas que gosto. Gosto de

ler, frequento blogues literários; não

gosto de futebol, não frequento blogues

de futebol. Dá para perceber a ideia.

Respondendo a algumas das minhas

perguntas iniciais, penso que os blogues

apenas são condicionados

tematicamente e que todos nós

(administradores) nos esforçamos para

agradar ao maior número de leitores

possível, sem discriminar idades, sexos

ou culturas.

Os blogues de hoje

marcam a tendência de

amanhã?

Page 38: Revista flames

38

No entanto, obviamente, só frequenta

um blogue quem gosta da sua temática

e, penso eu, da sua apresentação.

Afinal, um blogue com uma má

apresentação dificilmente capta a

atenção de um leitor que está de

passagem e que pode ser um potencial

seguidor.

A minha última pergunta é o cerne da

questão de que vos quero falar. Para

quem não frequenta blogues, as suas

opiniões e recomendações não têm

qualquer importância direta,

obviamente, mas e de forma indireta?

Falo por mim quando digo que eu

partilho aquilo que leio nos outros

blogues com as pessoas à minha volta.

Assim, pouco a pouco, penso que acabo

por influenciar os outros a ouvir certa

música, a ler certo livro, a ver certo

filme, etc. E eu, que experiencio

diretamente os blogues, sou

influenciada a ler um livro ou a ver um

filme conforme os gostos das pessoas

que partilham as suas opiniões e que

demonstram semelhanças com os meus

gostos. Por isso, penso que, apesar de

hoje em dia os blogues não terem

importância direta para muitas pessoas

em Portugal, a cultura é muito

influenciada por um passar de palavra

que começa, precisamente, naqueles

que, como eu, frequentam blogues.

Concluo com um agradecimento às

meninas do FLAMES, Mariana e

Roberta, por se terem lembrado de mim

para escrever este pequeno texto.

Obrigada meninas e espero que tenham

gostado! Assim como vocês, leitores.

Jaqueline Miguel

nasceu em 1994 e é

uma apaixonada pela

leitura e pela escrita.

Começou a encarar a

escrita de forma mais

séria, com 10 anos de

idade e, desde aí, já participou em vários

concursos de escrita. Atualmente, escreve

para o blogue Histórias Fantásticas.

A Cultura é muito

influenciada por um

passar de palavra que

começa, precisamente,

naqueles que, como eu,

frequentam blogues.

http://historiasfantasticas-paraquemquer.blogspot.pt/

Page 39: Revista flames

39

http://historiasfantasticas-paraquemquer.blogspot.pt/

Palavras Cruzadas FLAMES (Soluções na página 42)

Por: Paulo Freixinho

HORIZONTAIS:

1- O blogue (Filmes, Livros, Animes, Mangas, Eventos, Séries).

6- O blogue está cheiinho delas (muitos autores são aqui divulgados).

8- Manga de Motoro Mase (o que farias se um dia batessem à tua porta para te avisar que te restavam 24h de vida?).

10- ‘Jesus Cristo bebia (…)’, livro de Afonso Cruz.

11- Personagem interpretada por Roberto Benigni (realizador) no filme ‘A vida é Bela’ (1997).

VERTICAIS:

2- Uma das administradoras deste blogue.

3- O blogue está cheiinho deles (muitos livros são oferecidos).

4- Série de Jeffrey Lieber, J. J. Abrams e Damon Lindelof onde acompanhamos os sobreviventes do voo 815 da

Oceanic que se despenhou numa ilha deserta (pelo menos, assim eles pensam...).

5- Uma das administradoras deste blogue.

7- Feira do (…), o evento favorito das administradoras deste blogue.

9- ‘(…) Note’, anime de Tsugumi Ohba com desenhos de Takeshi Obata.

Paulo Freixinho nasceu em Lisboa em 1968 e foi aos 14 anos que se apaixonou pelas

Palavras Cruzadas. Editou a sua primeira revista, a ―Jogos Cruzados‖, em 1990 e

actualmente elabora Palavras Cruzadas para publicações como o ―Público‖, o ―Jornal

de Notícias‖ e a revista ―Caras‖. É autor do livro ―Palavras Cruzadas com Literatura‖ e

toca baixo na banda ―Bon Sauvage‖.

Page 40: Revista flames

40

Filmes, Livros, Animes, Mangas...

Séries...

Curiosidades Eventos, Entretenimento, Espectáculos

Todos os relógios que aparecem

na loja de penhores do clássico

do cinema “Pulp Fiction”, de

Quantin Tarantino, marcam as

04:20.

No Reino Unido, já se fazem prescrições de livros em vez de fármacos no tratamento

de quadros depressivos. Menos efeitos secundários nocivos

sem dúvida!

Um único episódio de

Anime custa, em média,

100 mil dólares. E

parece tão simples não

é?

O primeiro Manga foi la

nçado por volta

de 1814 (a data certa é desconhecida) e

criado por

Katsushika Hokusai.

Chamava-se Hokusai Mangá (Man =

engraçado; gá = desenho).

Arigato

Katsushika Hokusai!

“Os medos gelados, que vêm do escuro, não se aquecem à lareira.” (in À procura de um lugar, Fátima Marinho)

Page 41: Revista flames

41

O Super Bowl é o evento desportivo mais

famoso dos Estados Unidos. Trata-se do jogo

do final da temporada de Futebol Americano

e é um dos eventos desportivos mais assistidos

em todo o mundo. Conta, normalmente, com

a participação de imensas personalidades e

celebridades.

A série com maior elenco de sempre é

“Donas de Casa Desesperadas” que

reuniu 30 actores numa só temporada.

―Ninguém sabe abandonar o seu passado como fazem as cobras com a pele.” (in A morte não ouve o pianista, Afonso Cruz)

Page 42: Revista flames

42

Para ganhares um exemplar do livro “Há Raposas no Parque”

de Clara Macedo Cabral só tens que enviar um e-mail* com o

assunto “Passatempo” para [email protected] com

os seguintes dados:

Nome completo

Morada

Nome de seguidor por onde nos segues

Inscrições até ao dia 20 de Agosto!

* Limite de uma inscrição por pessoa.

Vencedor sorteado pelo random.org

P.a.s.s.a.t.e.m.p.o.

SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS

HORIZONTAIS: 1- Flames. 6- Entrevistas. 8- Ikigami. 10- Cerveja. 11- Guido.

VERTICAIS: 2- Mariana. 3- Passatempos. 4- Lost. 5- Roberta. 7- Livro. 9- Death.

Page 43: Revista flames

43

Passatempo Passatempo Passatempo Passatempo Passatempo Passatempo

Passatempo

Passatempo

Passatempo

Passatempo

Passatempo

Passatempo

Passatempo

Passatempo Passatempo Passatempo Passatempo Passatempo Pass

atem

po

Pass

atem

po

Pass

atem

po

Pass

atem

po

Pass

atem

po

Pass

atem

po

Pass

atem

po

Pass

atem

po

Page 44: Revista flames

44

Uma história bela

e arrebatadora

sobre amores

antigos e novos, e

o poder das

ligações que nos

unem para

sempre...

Com humor e

sabedoria de vida uma

história que nos fala

da vontade sincera de

um homem

inadaptado de

construir o seu próprio

projecto de vida.

Espanha serve

de cenário para a

conturbada

viagem de

quatro amigos,

decididos a

queimar os

últimos

cartuchos de

uma juventude

que terminou.

Novidades Literárias

Page 45: Revista flames

45

Cerca de cem

anos antes de ―A

Guerra dos

Tronos‖, um

cavaleiro desafia

as leis dos Sete

Reinos…

A história da

mulher que, a

partir de Lisboa,

ajudou milhares

de judeus a fugir à

morte certa.

A história real e

comovente da

luta contra o

cancro de um cão

e de uma mulher,

e do amor que os

une.

Um livro fascinante

de intriga, fantasia,

mistério e amor com

tensão e suspense

que aumenta à

medida que avança a

história.

Uma divertida

combinação de

mitologia, poder

feminino e doce

romance, com

uma pitada de

suspense.

Frases que nos

surpreendem, fazem

parar para reflectir,

divertem, ajudam,

arrancam um sorriso

ou até mesmo uma

lágrima.

Page 46: Revista flames

46

Música para os nossos

ouvidos... NOVIDADES

E estamos no Verão, altura de férias, calor, praia...

Para tal, uma boa banda sonora é fundamental não acham?

Fiquem aqui com algumas novidades interessantes no campo da música.

ERIC CLAPTON - "The Breeze: An appreciation of J.J. Cale", editado a 28

de Julho, pretende servir de tributo a J.J. Cale, um dos guitarristas mais

influentes da história do rock, falecido no ano passado. O disco, assinado por

Eric Clapton and Friends, trará 16 canções de Cale recriadas por Clapton e um

respeitável grupo de amigos: Tom Petty, Mark Knopfler, John Mayer, Willie

Nelson, Derek Trucks e Don White pretendem honrar o legado de J.J. Cale e

transmiti-lo a novas gerações. O músico gravou álbuns entre 1972 e 2009 e

faleceu o ano passado, aos 74 anos.

COLBIE CAILLAT - Novo vídeo "Try" causa furor - e não é para menos. Nós assim

que o vimos tivemos logo de partilhá-lo! Cansada de ver a sua imagem alterada no

Photoshop, Colbie Caillat decidiu, no novo vídeo, enviar uma poderosa mensagem a

todas as mulheres sobre a sua aparência e as expectativas da sociedade sobre a beleza

das mulheres. "Try", prestes a atingir os dez milhões de visualizações no YouTube, vê

Colbie Caillat a tirar aos poucos extensões de cabelo e maquilhagem, terminando o

vídeo sem qualquer produção.

Vejam-no aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GXoZLPSw8U8

MORRISSEY - "WORLD PEACE IS NONE OF YOUR BUSINESS" JÁ

DISPONÍVEL - Crítica global defende que este regresso é o melhor disco da

sua carreira Já estava na hora: "World Peace Is None of Your Business", o

décimo disco a solo de Morrissey, já está disponível nas lojas, físicas e digitais.

Cinco anos separam este trabalho do anterior, "Years of Refusal", e a crítica

parece rendida a este regresso. Para lá da crítica política que é também marca

do cantor, uma das canções-chave deste disco chama-se "The Bullfighter Dies"

e é um polémico hino anti-tourada. A produção esteve a cargo de Joe

Chiccarelli.

Page 47: Revista flames

47

CUCA ROSETA- Cuca Roseta e David Bisbal: "Si Aún Te Quieres

Quedar" chega às plataformas digitais. A versão de estúdio de "Si

Aún Te Quieres Quedar" está disponível para compra e streaming e é o

primeiro cartão de visita do álbum "Tu Y Yo", editado em Portugal a 28 de

Julho. Aclamados pelo público e pela crítica, ambos estão em pontos altos da

sua carreira: voltam agora a encontrar-se em palco, numa prova de que a

música actual é feita de partilha e não conhece fronteiras.

ABBA - Concerto histórico em Wembley editado em CD e vinil a 29 de

Setembro. Se calhar vocês não sabem, mas cá fica um segredo: nós AMAMOS

Abba! Por isso foi com enorme alegria que acolhemos esta novidade!! "Live At

Wembley" foi gravado em Londres em 1979 e inclui um tema nunca antes

editado. "I'm Still Alive", composta por Agnetha, e não editada em nenhum

disco, foi aqui apresentada e chega agora em "Live at Wembley". O concerto

será editado num duplo CD de 25 faixas e num triplo vinil. O registo é

produzido por Ludvig Andersson.

ANA MOURA - Como já sabem, também partilhámos no Facebook,

"Desfado" foi distinguido nos Prémios Amália Rodrigues 2014, com o prémio

de ―Melhor Disco‖. Este prémio é atribuído à versão duplo CD do disco,

intitulado "Desfado/Caixa Alfama‖. Este é a segunda vez que Ana Moura

recebe um Prémio Amália Rodrigues. A primeira foi em 2008.

CHERRY - Single de estreia já tem vídeo e já está disponível nas

plataformas digitais. Chama-se "Five Knives", e é o primeiro cartão de visita

de Cherry, a apaixonante voz revelação que nasceu em... Lisboa! É verdade.

Apesar de morar em Londres! Ana Caldeira foi descoberta num dos ambientes

em que se sente mais confortável: em palco. Promete dar que falar e nós...

prometemos ouvi-la!

ZIMUN e PRIMITIVE REASON - Zimun em Portugal em concerto com

Primitive Reason.

Já souberam que os Zimun estiveram em Portugal? Vejam a nossa

reportagem em formato Vídeo aqui -

https://www.youtube.com/watch?

v=XxtczrFnNFw&list=UUug1Ido26wgWSEzbwxDCMcw&index=1

Page 48: Revista flames

48

A S N O S S A S P A R C E R I A S D O B L O G U E

WWW.FLAMESMR.BLOGSPOT.COM.

Page 49: Revista flames

49

Muito obrigada

a todos!

Page 50: Revista flames

50

WWW.FLAMESMR.BLOGSPOT.PT