revista eles & elas

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ELES & ELAS 267 l Julho/Agosto 2011 With English Text 2.50 (Cont.) & Living and LifeStyLe Look back ! Aniversário

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Agosto 2011

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2.50 (Cont.)

&Living and LifeStyLe

Look back!Aniversário

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3Eles & Elas

EL

ES

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67 l

Julh

o/A

go

sto 2

01

1

With English Text

2.50 (Cont.)

&Living and LifeStyLe

Look back!Aniversário

A CAPA

Eles & Elas — Desde 1982

DIRECTOR

Maria da Luz de Bragança

PRODuçãO

César Soares

EDITOR PROPRIETÁRIO

Gabinete 1

Imprensa, Promoção,

Relações Públicas, Lda

Editor nº 211 326

DIRECçãO, REDACçãO, ADmInIsTRAçãO,

PRODuçãO

Rua Ramalho Ortigão, 43 A

1070-228 Lisboa

Tel.: 21 322 46 60 a 76 Fax: 21 322 46 79

PublICIDADE

E-mail:[email protected]

Tel.: 21 322 46 60

GRAfIsmO, PRODuçãO,

fOTOCOmPOsIçãO

sElECçãO DE COR E mOnTAGEm

Gabinete 1

E-mail:[email protected]

www.gabinete1.pt

ImPREssãO

Madeira & Madeira, Artes Gráficas, S.A.

DIsTRIbuIçãO

Logista

Alcochete

Telefone: 21 926 78 00

Fax: 21 926 78 45

TIRAGEm mÉDIA

60.000 exemplares

ISSN 0870-8932

Depósito Legal Nº 11035/86 - Publicação

registada na Direcção Geral da Comunicação

Social com o nº 109 161

Associação de Imprensade Inspiração Cristã

Nº267

2011

A Eles & Elas cumpriu 30 anos e a festa no Restaurante Lounge Aura foi de arrasar. Gente bonita, das mais variadas áreas da sociedade nacional, prestigiou a “sua revista” nesta data icónica e aproveitou para também dar os parabéns à sua fundadora e directora, Maria da Luz de Bragança.

&

32maria da luz

de bragança

58William

e Kate

3. sumário.

4. festa Eles & Elas. Numa noite

amena, e depois do cocktail e jantar,

foi entregue a Estátua da Verdade à

empresária Helena Daget.

32. Entrevista com maria da luz de

bragança. A criadora da revista Eles

& Elas relata alguns dos episódios

mais marcantes da sua vida e dos

últimos trinta anos

40. Isabel II de Inglaterra. A rainha do

Reino Unido acaba de completar 85

anos de idade.

46. flashback. Trinta anos da revista

Eles & Elas.

52. Entrevista a Carlos medeiros e

fabrice marescaux. Os dois sócios

responsáveis pelo Aura.

56. Hotel sana. Exímio em termos de

qualidade e na capacidade de bem

servir

58. William e Kate middleton, agora

Duques de Cambridge, depois do

enlace continuam à espera de umas

férias de mel.

60. André Jordan. Honrado com a atri-

buição de um grau Honoris Causa.

62. universidade lusíada. Atribuição

das graduações aos estudantes.

68. Estoril Open. O mais importante

evento do ténis nacional.

70. Colégio Didálvi. A Festa das Famí-

lias do Colégio Didálvi.

74. marta Aragão Pinto. Uma crónica

dedicada a Angélico Vieira.

78. storytelling. Mais uma edição desta

proposta da Grant´s.

80. Cinema. Pina, de Wim Wenders.

82. Espaço seis ao Quadrado. Arte e Design.

84. O Prazer de ler.

86. Vicente Themudo de Castro. Uma

entrevista com o jovem especialista

em gastronomia e enologia

89. Paula bobone. Mais um capítulo dos

fascículos de etiqueta.

92. sedas e Chitas.

94. Traduções.

98. Horóscopo.

40Isabel II

52Aura

82Espaço seis

ao Quadrado

70Colégio

Didálvi

62universidade

lusiada

80Cinema

4festa

Eles & Elas

86Vicente Themu-

do de Castro

Page 4: Revista Eles & Elas

4

30ºaniversário

Foi no AURA Lounge Café, um local de requinte

indiscutível, que Maria da Luz de Bragança ce-

lebrou uma data muito especial na vida da sua

revista ELES & ELAS – o seu 30º aniversário.

Muito trabalho, um entusiasmo renovado, uma

dedicação justificada pela, cada vez maior,

implantação da revista no mercado, a data tinha

de ser, obrigatoriamente celebrada, com pompa

e circunstância. Aquela qualidade a que Maria

da Luz de Bragança já habituou os seus amigos.

A equipa de Carlos Medeiro esmerou-se, não

só na decoração do espaço, do seu Aura Loun-

ge, onde dominavam os tons dourados e bege,

como no catering. ➤

Grande Gala

Noite das Pérolas no Aura Lounge Café

Page 5: Revista Eles & Elas

5ELES & ELAS

&

Page 6: Revista Eles & Elas

6

Noite das Pérolas

➤ Maravilhosas entradas, a que não fal-

tou a Casca de Mexilhão Gratinado em

Broa de Milho tostada e Lima Carameli-

zada e o Crocante de Queijo com Me-

laço e Pecans. Um cocktail, em que se

distinguiu um Risotto de Bacalhau, sem

falar no buffett e o Misto de Saladas e a

Empada de Pato. Doces eram imensos,

deliciosos, e, claro, não faltou o bolo de

aniversário, tudo regado com os melho-

res vinhos e champanhe, que a ocasião

assim merecia.

Maria da Luz de Bragança fez questão

de assinalar, num breve discurso de

recepção aos convidados que estes 30

anos significam um facto assinalável

“pois atingir este patamar num mercado

cada vez mais competitivo das revistas

femininas, se deve não a uma pessoa

só, mas a uma pequena mas muito

dedicada equipa, que constatam com

alegria que a revista continua viva e

pujante”. Maria da Luz de Bragança não

escondeu que o caminho percorrido foi

(e é) eivado de dificuldades, mas que as

distinções recebidas pela ELES & ELAS

“nos fazem sentir no bom caminho”. “O

homem sonha e a obra nasce. Um sonho

que tornou a revista um clássico no meio

social e cultural português.

Como acontece desde o primeiro número

da ELES & ELAS, este ano o Prémio Es-

tátua da Verdade voltou a ser atribuído

a uma figura que, tal como muitas outras

(Durão Barroso, Gentil Martins, Sarama-

go e tantas mais das mais variadas áre-

as) se notabilizou na “exigente indústria

de petróleos, estando à frente da empre-

sa que é a segunda líder mundial no seu

ramo – a Techdrill – Maria Helena Daget.

“Uma lutadora e um exemplo para todas

as mulheres portuguesas”, nas palavras

da directora da ELES & ELAS. Maria da

Luz de Bragança agradeceu a Helena

Daget, que não escondeu a sua emoção

e alegria ao receber o troféu, “por nos

fazer acreditar num futuro melhor para a ➤

Pia e Patrick Ziegler

Isabel Nogueira e Dom Henrique de Bragança

Page 7: Revista Eles & Elas

7ELES & ELAS

Embaixadores da França Lina Belo dos Santos, Teresa de Chatillon, Maria da Luz de Bragança,

Isabel Meirelles e Ana Calheiros

À entrada do Aura Lounge

Page 8: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

8

➤ economia e para o progresso da Hu-

manidade”.

Foi uma noite maravilhosa, parecendo

mesmo de encomenda, com uma música

fantástica, da responsabilidade do DJ

Pedro Fajardo, que levou os convidados

a encher o espaço reservado para a pis-

ta de dança.

Os cavalheiros, impecáveis nos seus

smokings, acompanharam ao local da

festa as senhoras, elegantes e rivalizan-

do no requinte e bom gosto, percorrendo

a passadeira vermelha que os aguardava.

Maria da Luz de Bragança, com um lindo

vestido de Augustus, estava radiante.

Aliás, sem sombra de exagero, pode

dizer-se que foi um verdadeiro festival

de bom gosto, no que toca à escolha das

toilettes femininas.

Sem desprimor para nenhuma das outras

convidadas, lembro o longo de Piedade

Polignac de Barros (em tons encarnados

com pinceladas, cremes e douradas),

destaque para Amália Philip e Paula

Lobo Antunes, de lilás que fica sempre

bem a uma loura, Leila Nyrop (que bem

o beringela lhe ficava). Lindo também o

vestido de Isabel Nogueira, como sem-

pre acompanhada por Dom Henrique

de Bragança. Helena Daget vestia Elie

Saab. Teresa de Chatillon estava tam-

bém muito bem, tal como Dulce Varela

que optou por um discreto smoking e um

top azul-turquesa, Teresa de Arriaga,

lindíssima e Filomena Soares também

muito elegante. Maria do Carmo Castelo

Branco marcou a noite com as suas fan-

tásticas jóias. Alix Maisiere estava linda

e super-animada. Uma palavra para a

elegância e porte das embaixatrizes.

Nos smokings, nota alta para o Nuno

Sclumberger e Nuno Vaz de Moura. E

ficaríamos aqui, sabe-se lá quanto tem-

po, a descrever uma noite, mais uma,

e sempre fantástica do aniversário da

ELES & ELAS. Maria da Luz de Bragan-

ça voltou a estar de parabéns. ➤

Maria da Luz de Bragança e Christine Gilliers

Paulina Figueiredo e Maria José Galvão de Sousa

Page 9: Revista Eles & Elas

9ELES & ELAS

Nuno Duarte, Marta Pinto de Miranda e Bernardo Carvalho Filomena e António Alves

Paula Rocha Maria Augusta Osório de Castro e Manuel Carlos Lemos

Page 10: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

10

A nossa directora ladeada por Marta Castro Amado e sua filha Ana Fonseca, Patrick Daget e Maria João Lemos

Rui Rocha, Humberto Leal, Maria José Galvão de Sousa e Carlos Coutinho Paula Lobo Antunes e Jorge Corrula

AFe_Eles&Elas_210x297_TL.pdf 1 11/06/16 15:56

Page 11: Revista Eles & Elas

AFe_Eles&Elas_210x297_TL.pdf 1 11/06/16 15:56

Page 12: Revista Eles & Elas
Page 13: Revista Eles & Elas

13ELES & ELAS

Fátima Lopes e Marisa Perez Embaixatriz do Luxemburgo ladeada pelos Embaixadores de França

Margarida Ruas Pedro Sobral e Filomena Morin Ana Paula Taborda

Noite das Pérolas

Page 14: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

14

O que eles e elas disseram...

Várias figuras presentes na festa de

aniversário da Eles & Elas quise-

ram prestar-nos o seu testemunho

sobre o contributo que a revista tem

dado ao longo das últimas três dé-

cadas na sociedade portuguesa, nas

suas múltiplas facetas. Eís as suas

palavras:

Dom Henrique de Bragança

Príncipe de Portugal e Duque de Coimbra

É fantástico estarmos aqui, visto que passá-

mos e partilhámos toda uma vida com a nossa

amiga Maria da Luz de Bragança! São 30 anos

de muitos desafios enfrentados e vencidos,

com a graça de Deus! Agora é só esperar pelos

próximos trinta anos!

Dr. António Gentil Martins

Médico Cirurgião

Há muitos anos que fiquei ligado à Eles &

Elas. Por norma, não tenho muito tempo para

ler revista e tenho de estabelecer prioridades.

Todavia, é evidente que uma revista, para ter

sucesso, tem de ser boa, caso contrário acaba

por morrer. Como tal, o facto de estar a co-

memorar 30 anos surge como um atestado de

vitalidade e de excelente saúde, o que só prova

que não precisa de um médico e muito menos

de um cirurgião!

Carlos Veríssimo

Decorador

Acompanho desde o início a revista Eles &

Elas. Trinta anos é uma idade que gostava de

revisitar, não que seja saudosista, mas não

me importava de voltar a assistir ao surgimen-

to da revista e a poder fazer de novo tudo o

que fiz! Por certo faria também o que a Eles

& Elas vai fazer: ser ainda melhor, fruto da

sua vasta experiência, apresentando grandes

artigos de excepcional interesse e qualidade,

muito bem feitos, entrevistas fantásticas e úni-

cas, e sempre a mostrar coisas muitos bonitas

porque é assim a Eles & Elas - uma revista

muito agradável de ler! ➤

Professor Gentil Martins com sua neta, Rita Sampaio e Melo

Helena Daget, Piedade Polignac de Barros e Filipa Belas

Page 15: Revista Eles & Elas

15ELES & ELASHelena Daget, Piedade Polignac de Barros e Filipa Belas

Humberto Leal, Maria José Galvão de Sousa, Paula e Rui Rocha Leila Nyrop Pereira, chiquíssima

Lina e Luís Belo dos Santos Marina Carvalho e Pedro Ramos e Ramos

Pia Ziegler e Maria da Luz de Bragança

Page 16: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

16

Fernando Pereira, o homem-espectáculo!

Durante o baile

Paulina Figueiredo, Piedade Polignac de Barros, Ana Costa

Alves

Foi grande a animação

Barão Slot Tot Everloe, António Figueiredo e Miguel Polignac de Barros A anfitriã com o casal Ziegler Paula e Vasco Bobone

Page 17: Revista Eles & Elas

17ELES & ELASPaula e Vasco Bobone

Parte da decoração e as maravilhosas flores de Maria Clementina Flores

Teresa Arriaga, Lourenço d’Almada e Piedade Polignac de Barros

Vasco e Paula Bobone, Ana Calheiros e Maria do Carmo Castello Branco

Um brinde à ELES & ELAS

Maria da Luz de Bragança com Manoella de Mattos Calado e Silva e Pedro Barroso

Música durante o jantar

Noite das Pérolas

Page 18: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

18

É com particular prazer que entregamos hoje a Estátua da Verdade

a Maria Helena Daget. É um prazer redobrado! Ao homenagearmos

a empresária de sucesso, celebramos também uma mulher de cora-

gem que, num universo particularmente dominado pelo masculino,

conseguiu tornar-se num nome respeitado na exigente indústria de

petróleos, capitaneando a empresa que é a segunda líder mundial

no seu ramo, a Techdrill.

Maria Helena é uma lutadora e é um exemplo para todas mulheres

portuguesas. Exemplo de coragem, exemplo de excelência profissio-

nal e exemplo de sensibilidade social e humana.

Numa época em que parecem ser os números a constituir ascenden-

te sobre as relações humanas, Lena Daget é peremptória em afir-

mar: “a economia não é só números, tem pessoas dentro”… Ou seja,

para esta mulher o factor humano é central no desenvolvimento e,

contra a corrente, conseguiu afirmar-se nos negócios tendo por base

essa cultura de humanidade e de esperança.

Que diferente o Mundo poderia ser hoje se os agentes económicos

tomassem por base este ensinamento, esta perspectiva ganhadora

que fez da Techdrill uma empresa de sucesso e de Maria Helena

Daget uma referência de excelência na gestão empresarial.

Obrigado, Lena, por nos fazer acreditar num futuro melhor para a

economia e para o progresso da Humanidade! ➤

Palavras da nossa Directoraquando da entrega do troféu "Estátua da Verdade"

Page 19: Revista Eles & Elas

19ELES & ELASMaria da Luz de Bragança, vestida por Augustus

Page 20: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

20

Helena Daget, vestida por Elie Saab

Page 21: Revista Eles & Elas

21ELES & ELAS

Num improviso Helena Daget agradeceu:

É com a maior das emoções que aceito esta honra que a

Drª Maria da Luz de Bragança me concedeu ao atribuir-

me a Estátua da Verdade! Não é fácil para uma mulher

portuguesa singrar no universo dos negócios, e ser bem

sucedida a nível internacional implica ainda maiores difi-

culdades. Ser homenageada no meu país, de onde parti

há já tantos anos, torna este momento particularmente

especial – até porque esta é realmente a primeira vez

que sou homenageada no meu país, onde venho sempre

com tanta ansiedade para encontrar a luz de Lisboa que

me é tão querida! Desta vez cheguei para uma missão

muito particular e especial e por isso é imperativo agra-

decer à revista Eles & Elas, na pessoa da sua directora,

a Drª Maria da Luz de Bragança, mas também muito ao

meu marido, Patrick, aos meus filhos e familiares, aos

meus amigos, à equipa da Eles & Elas e a todos vós a

quem não posso deixar de dirigir o meu muito obrigada! ■

Maria da Luz de Bragança escutando o discurso de agradecimento de Helena Daget

Page 22: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

22

Fátima Lopes

Estilista

A Eles & Elas é uma revista que sempre respei-

tei e que sempre me respeitou muito, por isso

só tenho a dizer dela o melhor possível. Inclusi-

ve a sua directora, Maria da Luz de Bragança,

teve a simpatia de me dedicar um prémio, no

mesmo ano em que também o recebeu o meu

grande amigo Horácio Roque - um gesto muito

especial que sempre recordarei com muito

carinho. Além disso é uma revista de extrema

qualidade e que tem o mérito de contra ventos

e marés já se encontrar no mercado há trinta

anos. Como tal, os meus votos sinceros vão

no sentido de se manter sempre na vanguarda

durante, pelo menos, os próximos trinta!

Fernando Pereira

Entertainer

É curioso, porque eu comecei a minha carreira

quase na altura do nascimento da Eles & Elas

– faço precisamente trinta anos de carreira em

2012! Quanto às três décadas da revista são sinal

de muita perseverança e muita persistência, pois

um projecto como este que a Maria da Luz de Bra-

gança tem há tantos anos, mesmo com todas as

vicissitudes que o mercado editorial enfrentou ao

longos dos anos, e atendendo aos problemas da

economia actual, é de facto notável poder celebrar

30 anos! Um grande abraço de sentidos parabéns

a esta mulher que é de facto uma grande lutadora!

Isabel Meirelles

Professora Universitária

A revista Eles & Elas faz parte de uma história

que acompanhou grande parte da nossa vida. É

um sucesso, uma longevidade que hoje em dia

face à fast corporate, a fast food, e quando tudo

é muito rápido alcançar os 30 anos é de facto

algo que e é obrigatório comemorar. Quando

esta mulher fantástica que é a Maria da Luz, por

quem eu tenho muita admiração, e que tinha um

companheiro fantástico que era o José Manuel

Teixeira, um grande jornalista, conseguir estar

aqui a comemorar três décadas de existência

como se fosse o primeiro ano, é fantástico! De

facto o sucesso é trabalho, trabalho e trabalho,

os três “tês”, e como tal, temos de afirmar que

estamos perante uma verdadeira lição de vida. ➤

O que eles e elas disseram...

Manuela e João Lameiras de Figueiredo

Alix de Maiziere e Lourenço d’Almada

Bebé e José Mesquita

Page 23: Revista Eles & Elas
Page 24: Revista Eles & Elas
Page 25: Revista Eles & Elas

25ELES & ELAS

Fátima Lopes, Ruy de Carvalho, Henrique e Paula Carvalho e Paulo Coelho

Bebé Mesquita, Miguel Polignac de Barros, José Mesquita e Humberto Leal

Lenia Lopes e Pier Sjöström O representante da Embaixada da Venezuela

Inês de Mena e Mendonça com François Lerat

Piedade Polignac de Barros

Noite das Pérolas

Page 26: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

26

Lénia Lopes

Advogada

Uma revista que se mantém durante trinta anos

num mercado complicado, é, de facto, motivo de

alegria, de felicitações, de muita esperança. É pre-

ciso continuar durante muitos mais anos por forma

a que venham a celebrar os quarenta, os cinquenta

anos, os cem e por aí fora. Esta é a oportunidade

de desejar a todos aqueles que estão envolvidos

neste projecto, e em particular à Maria da Luz de

Bragança, que o êxito continue sempre e seja cada

vez maior. Que consigam levar sempre a bom

termo este empreendimento que começou há trinta

anos, sem abandonarem o espírito de luta que é

indispensável ao sucesso.

Margarida Ruas

Assessora de Conselho de Administração

da EPAL

Esta fantástica revista já me agraciou. Recebi o

prémio Eles & Elas já há muitos anos e tive honras

de muitas páginas desta revista – por essas ra-

zões e também porque sou apreciadora da mesma

posso dizer que se trata de um amor antigo. O que

isto significa é que para esta revista ser feita, é

necessário uma extraordinária determinação por

parte da sua directora, Maria da Luz de Bragança.

Ter uma revista com 30 anos, e a Eles & Elas foi

pioneira, é de uma coragem que nos dias de hoje

implica que para se resistir e conseguir manter-se

com a imagem e a vitalidade que tem não seria

possível sem a Maria da Luz de Bragança. Es-

tar hoje aqui a celebrar com ela é um verdadeiro

prazer, uma honra para mim e é uma homenagem

que lhe presto.

Manuel Ferreira Enes

Relações Públicas

Os últimos trinta anos que passei em companhia

da Maria da Luz de Bragança foram excelentes!

Conheço-a há muitos anos, acho até que do tempo

em que era solteira, e devido à minha profissão

na aviação e depois na hotelaria tentei ajudá-la

um bocadinho sempre que possível, ela sempre

muito amorosa, e assim foram passando os anos.

Continuo a gostar muito dela e acho que merece

tudo de bom! O que ela tem lutado durante estes

30 anos pela revista, só ela! È uma mulher muito

forte! ➤

O que eles e elas disseram...

Embaixadores do Luxemburgo

Amália Philip e Manuel Ferreira Enes

Page 27: Revista Eles & Elas

27ELES & ELAS

Helena Ribeiro e Jorge Santos Silva Jorge Pereira de Sampaio, Luís Belo dos Santos e Lourenço d’Almada

Nuno Vaz de Moura e Pia Ziegler

Conversando....

Carlos Medeiros e Fabrice Marescaux Isabel Nogueira

Page 28: Revista Eles & Elas

Noite das Pérolas

28

Nuno Schlumberger

Decorador

Antes de mais é primordial dar os parabéns

à revista Eles & Elas e em particular à sua

directora, Maria da Luz de Bragança, mas

também a toda a equipa que com ela colabora.

De facto, não é fácil, nos tempos que correm,

manter uma revista – ainda mais se falarmos

de uma revista que já se mantém ao longo de

trinta anos! No entanto, se continuar a existir

uma vontade inexorável de fazer o melhor,

associada ao trabalho de uma equipa coesa e

que nunca desiste, o sucesso continuará asse-

gurado durante muitos e muitos anos. Muitos

parabéns, Eles & Elas!

Paula Lobo Antunes

Actriz

Na verdade quando a Eles & Elas nasceu tinha 5

anos e não estava sequer a viver em Portugal. Toda-

via, lembro-me bem dela durante a minha juventude e

recordo-me de ir a um casamento da família Orléans

e de ter aparecido, pela primeira vez, na Eles & Elas.

Sempre se comprou lá em casa e considero que

é uma revista com muita classe, e que não sendo

elitista, passa por uma questão de “ou se ter ou não

se ter”. Considero que a Eles & Elas cultiva muito isso

e faz muito bem. Ao fim de 30 anos, e apesar da con-

corrência feroz, continua a ser exclusiva, a ter muita

classe, muito charme e é um grande prazer para mim

poder estar presente nesta festa tão especial.

Pedro Barroso

Professor Universitário e Cantor

A minha relação com a Eles & Elas tem sido inter-

rompida, mas mantendo sempre algum contacto e

uma grande amizade pela Maria da Luz de Bra-

gança. Em tempos fui mais assíduo, mas a vida

no campo acaba por me tornar um pouco eremita.

Ainda assim, e não sendo dado a festas de social,

não pude deixar de atender à efeméride especial

que se comemora. Trinta anos de vida de uma

revista é algo de muito especial, possui uma carga

de data histórica e percebo como a Maria da Luz

de Bragança, que é uma grande amiga, sinta hoje

que pode soltar um suspiro de missão cumprida.

Por isso dos trinta convites que recebemos lá em

casa, recusámos vinte e nove e este foi ➤

O que eles e elas disseram...

Inês Mendonça e Jacques de Bretagnol

Leila Nyrop e Guy Deffense

Page 29: Revista Eles & Elas

29ELES & ELAS

José Moutinho e Paulo Sassetti

Teresa de Macedo e José Robalo

António e Paulina Figueiredo Jorge Silva e Antónia Maria Baptista

Minerva Lara Batista e Paulo Neves José e Filipe Leite Paula e Ruy de Carvalho

Page 30: Revista Eles & Elas

30

Noite das Pérolas

➤ irrecusável. Era incontornável não vir dar um

abraço a uma amiga num dia tão especial e face a

uma data tão importante! Parabéns à Eles & Elas

e ainda mais à Maria da Luz de Bragança.

Ruy de Carvalho

Actor

Eu já não sei há quantos anos recebi a Estátua

da Verdade da Eles & Elas, mas sei que a recebi

no mesmo ano que o Saramago, numa festa na

Póvoa do Varzim. Entre outros também estava

o Carlos Paião. Criei nessa altura um laço muito

especial com a revista que mantenho até hoje.

A Eles & Elas é uma bela revista, com excelente

grafismo e grandes artigos. Desejo as maiores

felicidades à Eles & Elas e daqui a trinta anos

mais que não seja estou aqui a dar os parabéns

em pensamento! ■

Fo

tos:

Ab

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ias e

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Page 31: Revista Eles & Elas

e m o t i o n s & l i f e s t y l e

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Page 32: Revista Eles & Elas

32

Maria da Luz de Bragança“A Força tem nome de Mulher” por Dulce Varela, fotos Orlando de Sousa

Trinta anos passaram já desde a fundação da revista

ELES & ELAS, sempre com Maria da Luz de Bragança

a dirigir, com a força, a energia, o espírito renovador e

lutador que fez dela a mulher que é. ➤

Entrevista

Page 33: Revista Eles & Elas

33ELES & ELAS

Filha de um reputado empresário, tanto no

sector público como privado, Maria da Luz de

Bragança, ainda que educada num regime

austero, nem por isso deixou de mostrar, ao

longo destes anos, que está muito longe de ser

conservadora. É um espírito aberto e empreen-

dedor, isso sim.

30 anos passaram, talvez, num instante para si.

O que ficaram destes 30 anos? As boas recorda-

ções ou os momentos menos felizes? E pergun-

to tanto pessoal como profissionalmente…

Há 18 anos, conheci bem, a nível pessoal, um

homem cheio de qualidades e, segundo fiquei

a saber, também muito amado e respeitado por

muita gente – o José Manuel Teixeira – que

“partiu” vai para dois anos, mas as recordações

deste homem extraordinário acompanham-me

diariamente. Quanto à revista, tenho tido muitas

alegrias e, como devem calcular, algumas desi-

lusões, mas no cômputo geral, o que me vem à

cabeça são boas recordações, que espero conti-

nuar a acumular.

A Maria da Luz é o que se pode classificar de

uma Mulher com muito mundo. Ainda que tenha

estudado em Lisboa, primeiro nas Escravas,

depois nas Oblatas, acabaria por fazer o liceu

no Charles Lepierre, onde o clima era totalmente

diferente. Esta mudança influenciou-a de algu-

ma maneira, abriu-lhe novos horizontes?

Não, continuei a ser igual a mim própria. O que real-

mente me mudou os horizontes foi a minha estada

em Inglaterra.

Estudou em Inglaterra, como diz, onde contac-

tou com novas culturas, novas gentes, foi ama-

durecendo, regressou a Portugal, onde ajudou

muitos após o 25 de Abril, altura em que dirigia

uma galeria de arte, a Diprove. Mas os mo-

mentos que se viveram, então, no nosso País,

desagradaram-lhe a tal ponto que, praticamente,

se auto-exilou no Brasil. Começava então uma

nova fase da sua vida…

Na verdade, o que me fez ir para o Brasil, em

primeiro lugar, foi ver muitos amigos partirem para

aquele país e achei que era a minha oportunidade

de conhecer o Brasil. Depois, apaixonei-me por

esse maravilhoso país e fiquei. Mas o que me mar-

cou mesmo e me fez partir foi uma poesia de Mário

Castrim, que iniciava um dos livros da primeira clas-

se do meu filho e que seria, mais ou menos, assim: ➤

Page 34: Revista Eles & Elas

34

➤ “O meu pai é cadeirão

Minha mãe é cadeirinha

O que eu quero ser é banco de cozinha

Adeus ó pai cadeirão

Adeus ó mãe cadeirinha”

Isto fez-me pensar na instituição família, que tanto

prezo e respeito, e no amor dos meus filhos, que

enviei, de imediato, para Paris, para casa de uns

amigos, colocando-os numa escola Valdorf, o que,

certamente, contribuiu muito para a sua educação e

a posição que eles hoje ocupam.

E porquê?

Porque na escola Valdorf, as crianças, mesmo as

mais pequenas, só vão às aulas que querem, o que

faz com que os professores lutem, para serem ama-

dos e preferidos pelos alunos, tornando as suas au-

las o mais interessante possível. Esse ano e tal dos

meus filhos em Paris devo agradecer ao castrim.

O seu trabalho no Brasil levou-a a aproximar-se,

tanto quanto sei, do meio jornalístico. Acha que

esse foi um factor determinante para, no seu re-

gresso a Lisboa, fundar a revista ELES & ELAS?

Não, não foi. Eu gostei muito do Brasil e até do tra-

balho que desenvolvia e que me fez lidar com gran-

des jornalistas brasileiros. No entanto, nunca pensei

enveredar por este caminho. Após um tempo de ter

fundado o Gabinete 1, uma empresa de Comunica-

ção e Imagem, vi quase que como uma necessida-

de editar uma revista, que transmitisse alguma felici-

dade às pessoas vendo o lado positivo da vida que

todos necessitam de ter e do qual estavam afasta-

dos há alguns anos, de revoluções, ódios, lutas e

privatizações. Os empresários estavam a começar a

voltar a trabalhar, mostrando que teriam cabimento

numa sociedade social, que se estava a construir,

e na qual eram e serão sempre imprescindíveis.

Quanto a mim, foi o grande momento da ELES &

ELAS, em que conversava directamente com os

pequenos, médios e grandes empresários, que me

apoiavam com publicidade, para dar a conhecer

as suas marcas. Hoje, não é nada assim. Vieram

depois as multinacionais e montes de meninas de

agências e comunicação que, na sua maioria, nun-

ca foram empresárias, muitas delas, não parecendo

interessar-se pelas empresas portuguesas, como

acontecia há anos atrás.

Tem de concordar comigo que fundar uma re-

vista, a única revista social nessa altura, foi um

acto de grande coragem, de inovação, uma vez

que, nessa altura, as pessoas tinham medo de

se mostrar…

Hoje, parece-me que têm mais medo. Ao fim de

uns 11/12 anos de editarmos a revista ELES &

ELAS, começaram a aparecer montes de revistas

“marron”, que colocam as pessoas de respeito lado

a lado a centenas de fofocas, em grande parte

mentiras, sobre a vida pessoal de estrelas e pseudo

estrelato.

Recorde-nos, então, como nasceu mesmo a

ELES & ELAS, num Portugal em que a alegria

não era muita. Como conseguiu convencer as

pessoas a “dar a cara” pelo seu projecto, tanto a

nível pessoal como empresarial…

Comecei a ler os jornais e escolhi, de acordo com

que eles escreviam, alguns jornalistas que consi-

derei muito bons. Ao Diário de Lisboa fui buscar

o Manuel Anta, o Zé Pedro Barreto, o Ilídio Alves,

o Mário Dias Ramos (A Capital), o Afonso Praça

(ao Jornal), entre outros, tudo jornais que já não

existem. Pensámos fazer uma cooperativa, porque

todos queriam escrever livremente, pois os seus

jornais eram todos de certo modo partidários. Mas

acabaram por querer ganhar dinheiro e começaram

a faltar aos seus trabalhos, pois queriam um lucro

mais imediato. Foi aí que eu tomei as rédeas da

ELES & ELAS, para continuarmos a pagar à Grá-

fica, etc., e a uma pequena equipa de jovens com

que contei durante uns tempos.

O mais curioso é que a ELES & ELAS nasce

quase em pleno período da chamada “luta de

classes… Agora, a luta continua, mas é uma luta

diferente – é a sua luta, luta para sobreviver num

mundo em que o objectivo é manter o nível da

revista, a linha editorial, digamos assim, lutar

para sobreviver a nível da publicidade, etc.

Nunca acreditei na chamada “luta de classes”.

Quando uma pessoa tem classe, tem classe em

qualquer meio social, seja mais pobre, seja mais

rica. Uma das coisas que me aborrece é, após me

ter embrenhado em conseguir apoios publicitá-

rios para a revista, depois de uma revolução, cujo

objectivo era acabar com as classes sociais, per-

guntarem-me se a revista era de classe A,B, C, C2

ou D… Ainda hoje me choca um bocadinho dizerem

que não põem uma publicidade de um carro mais

barato, porque estamos no “Target” A/B e C1. Como

se as pessoas com algum dinheiro não comprem

carros ou produtos mais baratos… nem que seja ➤

Maria da Luz de Bragança

Page 35: Revista Eles & Elas

35ELES & ELAS

Page 36: Revista Eles & Elas

36

➤ para os filhos ou para lhes sobrar algum dinheiro

para poderem contribuir para outros sectores.

Quais foram os acontecimentos que mais a mar-

caram ao longo destes 30 anos e se reflectiram,

de algum modo, na sua revista?

Os acontecimentos que mais me marcaram, dizem

respeito aos meus filhos e netos e não se reflectem

na revista, que tem servido para reflectir outras

pessoas e facilitar-lhes o caminho para o sucesso e

dar-lhes alguma felicidade.

Embora eu não acredite nisto, alguma vez lhe

passou pela cabeça desistir?

Sempre pensei em desistir, mas alguma coisa

me diz para continuar e o principal são as neces-

sidades dos meus colaboradores, alguns que já

casaram aqui e têm filhos, e outros, simplesmente,

porque gostam muito disto.

Não contente com a implantação da ➤

Maria da Luz de Bragança no seu gabinete

Maria da Luz de Bragança

Page 37: Revista Eles & Elas

37ELES & ELAS

➤ ELES & ELAS (cujos 30 anos de existência

celebrou há dias com uma requintada festa no

AURA), a Maria da Luz ainda apostou noutro

projecto, uma outra revista – Diplomática – cujo

sucesso e projecção estão a reforçar-se. Onde

vai buscar força para alargar esta sua luta, o

seu campo de acção?

A Diplomática, agora, é o meu encanto, talvez

porque tenha estudado em Inglaterra, juntamente

com meninas de todo o mundo, hoje, com a Di-

plomática, tenho tido oportunidade de continuar o

meu trajecto a caminho do mundo. Como há muito

sempre disse, que não era só portuguesa. Era uma

pessoa do mundo.

Reconheceu, no seu discurso do 30º aniver-

sário do ELES & ELAS, que o seu caminho

profissional tem estado, naturalmente, eivado

de dificuldades. Como é que tem conseguido

ultrapassá-las?

Todas as pessoas que conseguem caminhar, ten-

tando subir um degrau todos os dias, têm sempre

sérias dificuldades, porque, muitas vezes, num

pequeno empurrão, descem a escada toda. Para

todos, desde os grandes empresários aos mais

pequeninos, manter-se em cima é quase tão difícil,

ou mais, do que subir a escada.

Sempre a pensar nos amigos e leitores, con-

tando com o apoio de muitos amigos, decidiu,

desde logo (e até nisso foi inovadora), criar o

prémio Estátua da Verdade e, a cada ano que

passa, tem vindo a entregar o galardão a figu-

ras das mais diversas áreas. Um galardão que é

aceite (já tivemos ocasião de o constatar) com

orgulho pelo premiado. É, para si, também um

orgulho entregar esse prémio?

É, porque o Prémio, quando as pessoas correspon-

dem às nossas expectativas, é um prémio que dá

realmente sorte. Quando o têm, quase todos que

o têm, chegam muito longe. Por exemplo, Durão

Barroso, Saramago e tantos mais.

O Grupo de Comunicação Gabinete 1, que edita

a ELES & ELAS, foi o seu primeiro projecto de-

pois de regressar do Brasil? Creio que chegou

a trabalhar antes disso com a Fernanda Pires

da Silva...

Sim, mal cheguei, comecei a trabalhar com a

Fernanda Pires da Silva no Grupo Grão-Pará. Aí

também conheci pessoas interessantes (José Mi-

guel Júdice, por exemplo) e tentámos acabar com

as lutas na empresa. Abri o autódromo, o Atlantis

e, após o Atlantis, é que resolvi fazer a ELES &

ELAS.

Sei que foi no primeiro aniversário da revista

que se vestiu smoking, pela primeira vez

pós-25 de Abril, o que constituiu um sucesso e,

de alguma maneira, afastou fantasmas e tris-

tezas. Não teve receio de tomar esta decisão?

Considera uma espécie de compensação ➤

Page 38: Revista Eles & Elas

38

➤ em relação à luta que encetou em 1982, com a

criação da 1ª grande revista social de qualidade

em Portugal?

Lancei a revista no Páteo Alfacinha, onde foram

muitos jornalistas e os jornais da altura escreveram

coisas muito bonitas sobre a revista. A minha segu-

rança talvez fosse um pouco inconsciente, ao ponto

de pensar aceitar candidatar-me à Presidência da

República. Porque achava (e ainda hoje acho) que

uma mulher-mãe poderia tomar conta deste peque-

níssimo país.

Quer citar-me alguns nomes sonantes (sem que-

rer ferir a sensibilidade de ninguém) que passa-

ram pelas suas festas de aniversário? É justo

que se diga que nunca falhou nenhum ano…

Todas as pessoas que convidei, foi porque as

queria ter connosco, por isso não distingo nenhuma,

porque para mim ninguém é importante. Aprendi

com o meu pai que cada um só tem a importância

que nós próprios lhe damos.

A atravessar uma grave crise mundial, o nosso

país entrou, há dias, numa nova fase da vida

nacional, muito mais difícil. Politicamente, ainda

que não queira saber da sua ideologia pessoal,

de modo nenhum, acho que vamos vencer a

crise (com dificuldades imensas, é certo)?

Politicamente, o meu partido seria o “Das Causas

Justas” e erradicar a injustiça. A vida é muito curta

e os governos deviam existir para dar o essencial

a todos, contribuindo para a sua felicidade e

bem-estar. Quanto à crise, há muitos anos, desde

que voltei, só num dos Governos é que não se falou

em crise. Parece que ela nos tem acompanhado.

Hoje, parece-me mais perigosa, porque está a

roubar a alegria a milhares de pessoas. Se vencer

a crise é a felicidade de um povo, parece-me que,

com estas políticas de desrespeito por quem traba-

lha e pela pessoa humana, dando “algum peixinho”

sem ensinar a pescar, vai demorar muito tempo a

Portugal a encontrar-se consigo mesmo. É preciso

que o Governo não continue a “matar a galinha dos

ovos de ouro”, que são as micro e PME’s e, isso

sim, facilitar-lhes a vida, para que não continue

a desgraça a que se está a assistir – empresas

fechadas não pagam impostos e os desempregados

também não.

Num mundo em que os empresários são (ain-

da) maioritariamente homens, não sente um

orgulho muito especial por ser considerada

uma sobrevivente?

Sempre achei um disparate essa distinção entre

empresárias e empresários. Acho que somos todos

empresários, nem que seja de nós próprios, e a

mulher não tem de estar nem à frente nem atrás do

homem. Lado a lado, iremos chegar lá, se o Gover-

no nos deixar.

Ao nível cultural, gostava de saber o que pensa

do mecenato. Acha que tem cumprido o papel

que lhe é devido? Neste tempo de crise aguda,

poderia ser mais útil ou limita-se a olhar pelos

seus próprios interesses?

Nunca tive Mecenato, de modo que não sei bem

como eles têm actuado. Hoje, em momentos de

crise, os mecenas são os que não se mostram, que

vão deixar o pouco que têm nos bancos alimenta-

res, de forma anónima e acolhem os vizinhos em

dificuldades. Esse, para mim, é o grande Mecenato.

As grandes obras, essas deveriam ser obrigações

do Governo, que possui muitos baldios por cultivar e

empresas lucrativas.

A força de uma Mulher como a Maria da Luz resi-

de onde? Onde vai buscar essa força? Em quem

se apoia nos momentos mais difíceis, emocio-

nalmente falando?

No medo e na coragem!

Olhamos para si e vemos uma mulher bonita

(ainda há dias deu uma entrevista fantástica na

televisão), que sabe o que quer que põe os pon-

tos nos iis, que não se coíbe de censurar o que

entende estar mal, que defende os mais fracos,

os mais idosos, os seus trabalhadores. Como se

vê a si própria?

Aquela menina cheia de esperança no futuro, mãe

de filhos, com amigos e família numerosa.

Para assegurar a qualidade em qualquer área

que seja, o que é, para si, fundamental?

A sorte e alguma competência para o desempenho

do lugar que ocupa.

Tem afirmado que não é nacionalista. Mas gosta

de ser portuguesa? Sente orgulho de ter nasci-

do em Portugal?

Não. Desde há muitos anos que digo que sou uma

cidadã do mundo. Portugal é o Mundo e o Mundo é

Portugal.

Há códigos de conduta de que não se afasta um

milímetro. Quais são eles?

A honestidade e a bondade – ver todos como

irmãos. ■

Maria da Luz de Bragança

Page 39: Revista Eles & Elas

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Page 40: Revista Eles & Elas

40

Isabel de Inglaterra85 anos de idade, 58 anos de reinado

Isabel II, rainha de Inglaterra, ainda que tenha nascido a 21 de Abril

de 1926, em Londres, como soberana indiscutível dos britânicos e

cidadãos da Commonwealth, tem vindo a celebrar (com especial

enfoque em Londres) os seus 85 anos. Sempre com a mesma força,

sempre respeitada e amada pelos seus súbditos, com uma dureza

de carácter que a si própria se impôs em determinados momentos

mais críticos do seu reinado, agora bem mais suave. ➤

Caras & Coroas

Page 41: Revista Eles & Elas

41ELES & ELAS

➤ Nasceu na Primavera de 1926, em

Londres. O seu pai, Jorge VI, e sua mãe,

a Rainha-mãe com mais carisma de toda a

história de Monarquia britânica, duques de

York, então, nunca supuseram que aquela

menina se converteria, um dia, na rainha

de Inglaterra, aliás, actualmente, a Chefe

de Estado que está no poder há mais tem-

po, na Europa. Mas o homem põe e Deus

dispõe, como diz o ditado popular. Parece

ser um ponto assente que mais do que

mulher e mãe, Isabel II foi, durante muitos

anos, uma rainha assoberbada com os

seus deveres, com pouco tempo livre para

se assumir, sobretudo, como mãe dedi-

cada. Só agora, bem mais velha, Isabel II

se tornou mais aberta, mais doce com os

netos, sobretudo, mais compreensiva com

alguns problemas que lhe têm surgido.

Isabel Alexandra Maria de Windsor nas-

ceu em Londres, na madrugada do dia

21 de Abril de 1926, em casa dos seus

avós maternos, os condes de Strahmore.

Foi a primogénita dos duques de York,

Alberto (filho de Jorge V) e de lady Isabel

Bowes-Lyon. Curiosamente, pois nada

fazia prever o seu futuro, o seu nascimen-

to mereceu apenas uma nota breve nos

jornais diários londrinos. Nesse dia, era

difícil imaginar que, onze anos depois, a

jovem Isabel se converteria na herdeira do

trono britânico.

Em 1936, quando o seu avô paterno , o

rei, morreu e o seu tio Eduardo lhe suce-

deu, Isabel tornou-se a segunda na linha

de sucessão ao trono, atrás de seu pai.

Depois da morte de Jorge V, subiu ao

trono Eduardo VII, que, como é do domí-

nio público, renunciaria à coroa, depois de

lhe ter sido negada autorização para casar

com Wallis Simpson, uma americana

divorciada.

Em Maio de 1937, sobe ao trono o pai de

Isabel, com o nome de Jorge VI e foi aí

que a vida da princesa mudou radicalmen-

te. A família teve que abandonar o castelo

de Windsor, para se instalar em Buckin-

gham, local onde viriam a sofrer todas as

agruras provocadas pela guerra. Foi então

que a família real teve um gesto que os

ingleses jamais esqueceriam, ao recusar

radicar-se no Canadá, preferindo partilhar

o destino do seu povo. A partir de Setem-

bro de 1939, com o decorrer da Segunda

Guerra Mundial, Isabel e a sua irmã mais

nova, Margarida, ficaram no castelo de

Balmoral, na Escócia até ao Natal 1939,

quando se mudaram para Sandrigham

House.

Foi em 1939 que Isabel terá visto, pela

primeira vez, o homem que viria a ser seu

marido: Felipe da Grécia, um cadete loiro,

alto, então com 18 anos. Com uma infân-

cia difícil, provocada pela separação dos

pais, Felipe acabaria por ser “adoptado”

por um tio, lord Mountbatten, um homem

severo, rígido, talvez responsável pela

difícil maneira de ser do duque de Edim-

burgo. Mas foi apenas cinco anos depois

(em 1945, a futura rainha dos ingleses

ingressava no Serviço Territorial Auxiliar

das Mulheres, tendo sido promovida cinco

meses depois), em 1946, que Felipe viria

a pedir a mão de Isabel, “empurrado” pelo

tio.

O casamento não se realizou sem contro-

vérsias. Filipe não tinha nenhum suporte

financeiro, era estrangeiro e a sua irmã

tinha casado com um nobre alemão, com

ligações aos nazis. Relatam algumas

biografias que a mãe de Isabel terá sido,

inicialmente, contra a união, chamando

Filipe de “alemão destruidor”. No entan-

to, no fim da vida, a rainha-mãe disse ao

seu biógrafo que Filipe foi “um cavaleiro

britânico”. O casamento viria a realizar-se,

um ano depois, na Abadia de Westmins-

ter. E ainda que a situação provocada pelo

pós-guerra fosse muito dura, milhares de

pessoas deram os seus cartões de racio-

namento para comprar a seda, as pérolas

e as contas de cristal com que foi feito o

vestido de noiva da futura rainha. Depois

do casamento, os noivos instalaram-se em

Clarence House. Talvez, esse tivesse sido

a melhor fase da vida de Isabel II. Um ano

depois do casamento, nascia o príncipe

Carlos. Um nascimento que não ➤

Page 42: Revista Eles & Elas

42

➤ afectou particularmente Felipe que,

aborrecido, pediu transferência para Malta,

tendo viajado acompanhado apenas por

Isabel. O pequeno príncipe ficou com os

avós (assim se explica a sua profunda e

carinhosa ligação à rainha-mãe e um certo

distanciamento dos pais) e as professoras.

Isabel ia a Londres ocasionalmente e em

1950 nascia a princesa Ana.

E foi, precisamente, a 6 de Fevereiro de

1952, quando a princesa Isabel se encon-

trava de viagem no Quénia, que se tornou

rainha de um império, que se tem vindo a

desgastar ao longo dos anos. Foi, aliás,

o príncipe Felipe que lhe deu a notícia da

morte do rei Jorge VI, quando passeavam ➤

Isabel de Inglaterra

Page 43: Revista Eles & Elas

43ELES & ELAS

Page 44: Revista Eles & Elas

44

➤ junto ao hotel onde se hospedavam. É

verdade que a Grâ-Bretanha mudou muito

durante este meio século. É bom que se

recorde que Isabel II subiu ao trono numa

época extremamente difícil, no pós-guerra,

tempo de austeridade e sacrifício. A Índia

e o Paquistão já tinham conquistado a sua

independência e o retrato étnico da nação

ia-se modificando. Nos primeiros dez anos

do seu reinado, Isabel II dedicou-se total-

mente à sua missão soberana, deixando

ainda mais de lado os seus deveres fami-

liares. Apesar disso, dois meses depois de

subir ao trono, Isabel II assinou um decre-

to, segundo o qual os seus filhos usariam

apenas o seu apelido - Windsor. ➤

Isabel de Inglaterra

Page 45: Revista Eles & Elas

45ELES & ELAS

➤ Uma decisão que viria a afectar ne-

gativamente o seu casamento. Isabel II

acabaria por se tornar naquilo que muitos

designavam como “uma profissional da

monarquia”, algo que a viria a converter

numa das mais prestigiadas soberanas,

internacionalmente falando, mas com uma

vida privada, que todos conhecemos, fértil

em dissabores, desgostos e escândalos.

Na Grã-Bretanha diz-se mesmo, com

alguma crueldade, que Isabel II quer mais

aos seus cães e cavalos do que aos filhos

e aos netos. Mas, contrariando esta tese,

vimos recentemente Isabel II desolada

com a morte da única irmã, a princesa

Margarida, com quem mantinha uma rela-

ção muito estreita.

Isabel II foi coroada a 2 de Junho de

1953, com apenas 26 anos, e o luxo

asiático que caracterizou a cerimónia da

coroação era o oposto do que se dizia

quanto ao declinar do império britânico.

Três anos depois, o casamento de Isabel

e Felipe sofria o primeiro baque, tendo

estado mesmo à beira da ruptura. Era

voz corrente que Felipe aceitava com

dificuldade o seu papel subalterno na

hierarquia monárquica. Assustada, Isabel

II aproximou-se um pouco mais do marido

e, logo de seguida, nasceram os príncipes

André e Eduardo. Mas, de lá para cá, as

más línguas nunca deixaram de se referir

aos devaneios de Felipe e ao crescente

isolamento da rainha. Nestas circuns-

tâncias, não é de estranhar que os prín-

cipes, a começar por Carlos, se tenham

tornado jovens e adultos carentes, com

vidas pessoais turbulentas, em que os

escândalos, os divórcios e a infelicidade

eram as palavras de ordem. Os prínci-

pes cresceram sem o carinho dos pais

e submetidos a uma rígida disciplina, de

que era partidário acérrimo o duque de

Edimburgo. Amores contrariados, casa-

mentos impostos, divórcios polémicos

(o de Carlos e o de André) de tudo a

Grã-Bretanha foi testemunha nos últimos

anos. Depois da trágica morte de Diana,

algumas alterações se registaram entre

os Windsor. A própria rainha, confrontada

com a crescente falta de popularidade

da monarquia, veio aproximar-se gradu-

almente do seu povo, enquanto Carlos

ganhava novo alento, transformando-se

no pai atento e carinhoso que nunca fora

(ainda está na memória de todos nós, a

figura de Carlos ao lado dos filhos e de

Filipe de Edimburgo e Charles Spencer,

percorrendo as ruas de Londres, pejadas

de povo, que queria despedir-se da sua

princesa), adoptando uma postura de ver-

dadeiro herdeiro da coroa, pese embora o

ter assumido publicamente a sua relação

com aquela que foi a sua paixão de toda a

vida - Camilla Parker-Bowles.

Como o tempo vai desvanecendo as

polémicas, finalmente Isabel II aceitou

Camilla e o seu casamento com Carlos,

cujos filhos, William e Harry, acabaram por

aceitar a madrasta, particularmente Harry

, tendo estado ao lado do pai no dia do

seu casamento com a actual duquesa da

Cornualha, dando ao mundo a imagem de

uma família feliz.

Com tudo isto, a rainha esteve à beira

de perder o trabalho de uma vida, que a

tantas renúncias obrigou. Politicamente

conservadora, considerada como uma das

mulheres mais ricas do mundo, Isabel II

já deixou claro que não tem intenções de

abdicar a favor do filho mais velho e, a

julgar pela longevidade familiar, vamos ter

Isabel II por muito tempo. Apesar disso, foi

agradável de ver, durante o recente casa-

mento de William e Kate, o fantástico en-

tendimento entre a rainha e o príncipe de

Gales. Hoje em dia, Isabel II é uma mulher

mais terna, que sorri com mais abertura,

mostrando a sua face mais humana.

Tal como no Jubileu da rainha, em 2003,

este 85º aniversário da rainha foi cele-

brado com jantar de gala, fogo de artifício

e as salvas de canhões dispararam em

vários pontos do país, em honra de Isabel

II, que já agradeceu, através da Internet, o

apoio e o carinho dos ingleses.

God Save the Queen! nTexto: Maria Dulce Varela

Page 46: Revista Eles & Elas

46

Neste “Flashback”, sentimos que é também altura para

lembrar nomes que connosco colaboraram, grandes

nomes da imprensa, como José Pedro Barreto, Ma-

nuel Anta, José Antunes, Miguel Teixeira, Ilídio Alves,

Dora Pires, Helena Pais Costa, Luís Stau Monteiro,

Suzette Ferreira do Amaral, Maria Virgínia de Aguiar

e tantos outros, sem esquecer tantas figuras públicas,

entre elas, três Presidentes da República, a presença

frequente de Helena Roseta, Joaquim Letria, Milai

Lucas Pires, Rui Machete, Helena Sacadura Cabral ou

Agostinho da Silva.

Bem recheada (espaço para eventos sociais, no início,

poucos havia e foram crescendo com a passagem dos

anos), a ELES & ELAS oferecia espaço de debate,

notícia ou mensagem, entrevistando com o critério da

oportunidade ou do interesse da personagem escolhi-

da, sem qualquer preocupação de “credos” políticos ou

sociais. Para trás ficou o barulho familiar do bater das

teclas das máquinas de escrever, substituído pelo qua-

se inaudível ruído dos computadores (que nos facilitam

a composição de eventuais cortes ou transformações

dos textos), as fotografias, sejam de eventos, sejam

de entrevistas, chegam-nos agora quase em cima da

hora, graças às novas tecnologias. Enfim, tudo mudou!

Tudo menos as recordações, que vamos agora parti-

lhar convosco, desde o nosso primeiro aniversário.

Foi no então magnífico restaurante panorâmico do

Monsanto que foi celebrada a 1ª Grande Gala de

Aniversário da ELES & ELAS, Júlio Isidro e Alice Cruz

apresentaram o espectáculo, de que recordamos mo-

mentos de um excerto do musical “Cats”, também as

actuações de José Cid, Lenita Gil, Maria da Fé, entre ➤

Flashback 30 anos

30 Anos e tantas histórias para contar, tanto avanço na tecnologia, tantas alegrias

e tristezas, tantas surpresas, amigos que já não estão entre nós, que sempre

acreditaram em nós e que, sem o seu patrocínio, nunca teríamos chegado até aqui.

Neste ano em que celebramos os 30 anos da ELES & ELAS, uma data tão especial,

achámos que é altura de recordar o percurso da revista até aos nossos dias, os

nomes dos premiados com a “Estátua da Verdade”, uma obra em bronze criada pelo

escultor Francisco Simões, entregue desde o 1º aniversário da ELES & ELAS até hoje.

1. Gentil Martins recebe a Estátua da Verdade 2. Júlia Pinheiro em 1996 3. Jorge Rocha de Matos agradece à Directora 4.

Filipe La Féria e José Saramago 5. Carlos do Carmo, homenageado no 3º aniversário 6. Joaquim Bastinhas no 5º aniversá-

rio 7. Maria José de Morais no 2º aniversário 8. No 3º aniversário, Alexandra cantava e encantava 9. Herman José e Júlio

Isidro no 1º aniversário 10. O treinador Carlos Queiróz no 6º aniversário 11. Edite Estrela nos nossos 18 anos 12. A Estátua

da Verdade para José Saramago 13. Troca de Troféus – Ruy de Carvalho e Rita Ribeiro 14. No 15º aniversário, um dos

homenageados foi Jorge Nuno Pinto da Costa 15. Teresa de Sousa Holstein – A Ela do 1º Ano

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11

12 13 14 15

Page 47: Revista Eles & Elas

47ELES & ELAS

➤ outros. A “Estátua da Verdade”, galardão do primeiro

órgão de comunicação social a distinguir, publica-

mente, notáveis de diversos campos de actividade, foi

entregue no nosso 1º aniversário, ao poeta Eugénio

de Andrade, ao pintor Bual, ao escultor Martins Cor-

reia, ao médico Gentil Martins, ao empresário Rocha

de Matos, à Companhia Nacional de Bailado, à dupla

Herman José/Nicolau Breyner, a José Cid, às actrizes

Carmen Dolores e Eunice Muñoz, ao encenador João

Lourenço, aos Forcados de Santarém e a José Maria

Pedroto.

E mais um ano passou e chegou o 2º aniversário,

desta vez celebrado no Casino da Póvoa do Varzim,

com a gala apresentada por Rita Ribeiro e Álvaro

Nazaré. Uma gala marcada por excelentes actua-

ções, desde O Bailado Teatro Contemporâneo do

Porto a Teresa Tarouca e Carlos Paião, entre muitos

outros nomes cimeiros da música portuguesa. E a

“Estátua da Verdade” revelou-se uma verdadeira

homenagem à cultura e à arte nacionais. Nesse ano,

foram premiados a pianista Maria José Morais, os

pintores Henrique Medina e José Guimarães; José

Saramago, Ruy de Carvalho, Filipe la Féria, Paulo

Caetano (no toureio), Teresa Tarouca, Pedro Barroso

e Neves de Sousa (no desporto e não só!). Valente

de Oliveira e o empresário Rui de Lacerda foram os

“Ele do Ano”.

E chegámos ao 3º aniversário da ELES & ELAS, cele-

brado com um jantar-espectáculo na FIL, apresentado

por Joel Branco, Vítor de Sousa e Célia David. Subi-

ram ao palco e encantaram os, cada vez mais nume-

rosos, convidados, Alexandra, Marco Paulo e Jorge

Fernando, entre outros.

Para receber o troféu, subiram ao palco Pedro Bur-

mester, Carlos do Carmo, Paulo de Carvalho e Hen-

rique Santana que, aliás, animou as hostes com a

adaptação do prólogo de uma peça da sua autoria. O

“Ele do Ano” coube a Ramalho Eanes e a “Ela do Ano”

foi Helena Roseta.

No nosso 4º aniversário abrimos as portas aos lisbo-

etas, festejando a efeméride nas Ruínas do Carmo.

Isabel Wolmar, “vestida de Lisboa”, apresentou um

espectáculo com a direcção do maestro Shegundo

Galarza. Vibraram poemas com Elsa Saque, Maria

Clara e Eugénia Lima, acompanhadas pela orquestra

ligeira da RDP.

O Casino Estoril recebeu a 5ª Gala da ELES & ELAS,

com shows fabulosos, de que destacamos os ➤

16. Durão Barroso recebe a Estátua da Verdade no 5º aniversário 17. Nicolau Breyner, outro dos homenageados do

1º aniversário 18. Maria João Brito e Cunha, uma das mais elegantes de 1991 19. Em 1990, Agostinho da Silva com a

Estátua da Verdade 20. Maria Barroso recebe Prémio de Prestígio em nome do casal Soares 21. Rui Veloso em 1996 22.

Shegundo Galarza com a Estátua da Verdde 23. Mestre Henrique Santana no nosso 3º aniversário 24. Pedro Santana

Lopes em 1994 25. Lindas, as nossas debutantes em 1997 26. Miguel Sousa Tavares no 15º aniversário 27. Na 16ª Gala

homenageámos o Padre Vítor Melícias 28. O encenador João Lourenço, homenageado no 1º aniversário

16 17 18 19 20

21 22 25 26 27

23 24

28

Page 48: Revista Eles & Elas

48

➤ divertidos Afonsinhos do Condado e da então

banda-sensação do momento, Os Delfins. Os prémios

para o desporto foram, nesse 5º aniversário, para

Jorge Nuno Pinto da Costa e Joaquim Agostinho e

na tauromaquia para Joaquim Bastinhas. O “Ele” e a

“Ela do ano” foram atribuídos, na altura, a Marques

Mendes e a Manuela Morgado. Chegamos então ao 6º

aniversário, romântico, tendo como palco o lindíssimo

Palácio de Seteais, em Sintra. Os homenageados pela

ELES & ELAS nesse ano foram os maestros Álvaro

Cassuto e António Vitorino de Almeida, Américo Amo-

rim, Ilídio Pinho, Clara Almeida Rodrigues e o treinador

Carlos Queirós.

Foi com uma tourada em Cascais que a ELES & ELAS

festejou o 7º aniversário, homenageando os 45 anos

de forcado de Salvação Barreto, e um jantar no Paço

do Lumiar, onde entregámos a “Estátua da Verda-

de” a Shegundo Galarza. O “Ele do Ano” foi mestre

Agostinho da Silva e a “Ela do Ano” Maria Teresa de

Noronha.

Em 1991, no 8º aniversário, a revista atribuiu a “Está-

tua da Verdade” a Durão Barroso e a Isabel Mota e à

artista plástica Clara Menezes, durante um jantar na

Casa de São Domingos, em Lisboa.

Junto ao belo rio Douro, em Avintes, a Casa de Fiães

recebeu todas as personalidades “in” de Norte a Sul do

País na 9ª Gala ELES e ELAS, cujo tema foi a elegân-

cia, premiando na forma de agir e estar. Os escolhidos

foram Eles - Miguel Veiga, João Marques Pinto e

Adolfo Pinto Leite. Elas – Cinha Jardim Leitão, Gugas

Jervell e Maria João Brito e Cunha. Todos receberam

Medalhas e Prémios.

Em 1993 e 1994, as nossas festas de aniversário (a

10ª e a 11ª) foram no T-Club, decorado primorosamen-

te pelo arquitecto Pimenta da Gama (“Faz Festa”), com

toldos sobre o Tejo, e animaram Lisboa, premiando

com Medalhas e Troféus ELES & ELAS os que se

distinguiram nos vários sectores da nossa revista: D.

Vicente da Câmara e o filho, José (fado), pela Feira

das Artes, Maluda e mestre Pedro Leitão; na Moda,

Sofia Aparício; “O Nosso Parabéns” para as irmãs

Jardim; no golfe, Silvinha Saldanha. Só entregámos

uma “Estátua da Verdade”, que foi para Pedro Santa-

na Lopes.

Em 1995, a festa foi na Cidade Invicta, com a entrega

da Estátua da Verdade” foi entregue a Paulo Valada e

João Minnemman.

Fogo de artifício e fogo preso numa noite inesquecível

no T- Club, em Lisboa, em 1996. Festejávamos o 15º

aniversário. A Tuna Camoniana “In Vino Veritas” da

UAL recebia os convidados com grande animação e

euforia. Peças de arte em craclé, da autoria de Ana ➤

29. Isabel Wolmar, nas Ruínas do Carmo, no 4º aniversário 30. A actriz Ana Bustorf em 1996 31. Lídia Franco homenageada em 2002

32. As elegantes debutantes do 21º aniversário 33. Em 2001, Álvaro Clemente recebia a Estátua da Verdade 34. O embaixador Dário

Castro Alves no 21º aniversário 35. Mariza, a revelação do ano 2000 36. Sofia Sá da Bandeira e Gérman pelo Jet-Set 37. Maria de

Belém Roseira 38. Maestro António Vitorino de Almeida no 6º aniversário 39. A Directora com D. Miguel e D. Henrique de Bragança

29 30 31 32

33 34

35

36 37 38

39

Flashback

Page 49: Revista Eles & Elas

➤ Maria Botelho e Troféus premiaram novamente

todos os que se distinguiram nas várias áreas, do

Desporto às Relações Públicas, dos Casais à medici-

na. O Prémio Jornalismo foi entregue a Miguel Sousa

Tavares e Júlia Pinheiro. Na Música, Rui Veloso e o

maestro Ivo Cruz foram os premiados. Nas Relações

Públicas, Manuel Ferreira Enes e Maria Nunes da

Ponte; no Ténis, João Cunha e Sofia Prazeres; no

Hipismo, Manuel Malta da Costa, Jorge Matias, Júlio

Borba e Madalena Abecassis; nas Artes, Nikias Skapi-

nakis, Joaquim de Almeida e Ana Bustorf.

Verdadeiramente deslumbrante foi a 16ª Gala ELES

& ELAS, no Convento do Beato, em Lisboa. A música

clássica e o rock misturaram-se na noite, dedicada aos

jovens e aos menos jovens. A “Estátua da Verdade”

distinguiu Maria de Belém, o Padre Vítor Melícias e o

então Procurador-Geral da República, José Narciso

Cunha Rodrigues.

Em Agosto de 1998, uma tourada na Praça de Touros

das Caldas da Rainha e uma festa em São Martinho

do Porto, animaram os nossos leitores, que vieram de

Norte a Sul.

A maioridade da ELES & ELAS foi comemorada no

T-Club, em Lisboa, o clube que viu a nossa Revista

crescer. Milhares de convidados passaram uma noite

divertidíssima com a Companhia de Dança Espanhola

e os D’Arrasar, que receberam o Prémio Revelação. A

“Estátua da Verdade” coube a Edite Estrela e a José

Raúl dos Santos.

A Liga dosBombeiros, pela sua acção humanitária, e

Margarida Ruas, pela sua intervenção na Cultura Por-

tuguesa, foram receber o Troféu e a magnífica voz do

fado de Mariza entoou pelas paredes do Musicais, na

Gala do 19º aniversário da nossa Revista. Mariza re-

cebeu o “Prémio Revelação”. Também os D’Arrasar,

os Milénio, Inês Santos e Claudia e os Hexa actuaram

e receberam os aplausos dos milhares de convida-

dos, que não resistiram a um pezinho de dança.

O Coliseu dos Recreios foi o palco da 20ª Gala de

Aniversário ELES & ELAS. A academia de Dança An-

tiga de Lisboa e Luís Peças levaram-nos ao passado.

Com os Fly Dancers chegamos aos anos 60. Já em

2001, Wanda Stuart, Cláudia e os Hexa Plus foram um

espectáculo! A “Estátua da Verdade” coube à artista

Wanda Stuart e aos representantes dos nossos emi-

grantes na África do Sul e na Venezuela, Joe Quintal

e Álvaro Clemente. O Baile das jovens debutantes foi

realmente um sucesso!

Na Gala do 21º aniversário, o Palácio Foz abriu as

suas portas. A Embaixada do Brasil ofereceu um

recital de piano de Ney Salgado e o Baile de Debute

deslumbrou os convidados. A “Estátua da Verdade” foi

atribuída ao Embaixador Dario Castro Alves e à actriz

Lídia Franco.

Chegámos ao 22º aniversário da ELES & ELAS, que

foi celebrado com a beleza e a graciosidade das flores.

O Espaço 02Lx recebeu os nossos convidados, bem

dispostos e vestidos a rigor (de acordo com o dress

code), brilhando numa decoração requintada. Rita

Mendes apresentou a gala, em que actuou uma das

vedetas então mais em voga – Rui Bandeira, seguido

dos Milénio. A “Estátua da Verdade” foi entregue a

Maria do Céu Guerra, Artur Agostinho e Alexandra

Lencastre.

Com um cenário de excepção e uma temperatura

óptima, a primeira noite de Julho de 2004 marcou a

data da comemoração do 23º aniversário da nossa

Revista. O magnífico restaurante BBC – Belém Bar

Café – em Lisboa acolheu a festa, a que compare-

ceram cerca de duzentos convidados para o jantar

sentado, trajados a rigor. António Pinto Basto e

Mariana Oliveira apresentaram o espectáculo. Fi-

nalmente, era chegado o momento alto da noite – a

atribuição da “Estátua da Verdade”, nesse ano

atribuída a duas figuras de vulto no panora-

ma empresarial português – Maria João

Bustorff (Cultura) e Miguel Horta e Costa

(Gestão).

O 24º aniversário da ELES & ELAS

(uma revista que, sempre afirmámos,

se dedicava, há quase um quarto de

século, a informar, distrair e cultivar) foi,

mais uma vez, no BBC. Sortearam-se

seis magníficos relógios Eletta, com a

ajuda de Isabel Nogueira, Lili Caneças,

Teresa Pinto Coelho Stürken e Fernando

Pereira, o nosso homem-espectáculo.

Aguardado por todos, o momento da

revelação das individualidades que

iriam receber a “Estátua da Verda-

de” chegou. Teresa Regojo, Rui

Nabeiro, Horácio Roque e a estilista

Fátima Lopes foram os escolhidos.

Luxo, glamour e espectáculo marca-

ram as Bodas de Prata da Revista.

Era o 25º aniversário, no Largo do

Teatro S. Carlos, que se engalanou

para a festa, transformando-se num

jardim palaciano. Os Violinhos tocavam

alegres e românticas áreas clássicas.

No ecrã gigante passavam imagens

de algumas das mais bonitas e

elegantes festas da revista.

Como era o ano de Mozart, Lúcia ➤

49ELES & ELAS

Page 50: Revista Eles & Elas

50

➤ Lemos cantou uma linda ária de “Cosi Fan Tutte”. E

a “Estátua da Verdade” foi entregue a Vítor de Sousa,

que levou antes ao palco o pequeno Diogo Rebelo,

actor-revelação de “Floribela”, que recebeu, o Prémio

Futuro.

Chegamos ao 26º aniversário da revista, de novo no

BBC. Faltavam poucos minutos para a meia-noite

quando o fogo-de-artifício rebentou nos céus. O nome

ELES & ELAS faiscava e na sala todos aplaudiam.

Celebrava-se a “Noite de Ouro”, animada com a

performance de Fernando Pereira, Zoe Jones, e três

artistas do Chapitô. E quanto a prémios, a “Estátua da

Verdade” foi entregue a Fátima Lopes e Mário Assis

Ferreira. Pedro Alves recebeu o Prémio Design, os

Story Tailores receberam o Prémio Revelação Moda e

Nicha Cabral o Troféu Motor de Ouro.

Mais um ano, mais um aniversário – o 27º, que teve

lugar no belíssimo Palácio da Cruz Vermelha, com

um décor que surpreendeu tudo e todos – o contraste

entre a louca Dolce Vita e a romântica cidade de Paris,

recriado por Fernando Portugal, do Morgadio Real. De-

pois de um magnífico jantar e perante o olhar atento de

todos os convidados, criando um momento de autênti-

co suspense, foi revelado o nome escolhido para atri-

buir a “Estátua da Verdade”: Manuela Moura Guedes,

pelo rigor, coragem, profissionalismo e frontalidade. A

premiada foi ainda presenteada com uma belíssima

jóia, assinada por Ana Calheiros.

O 28º aniversário da Revista ELES & ELAS teve como

palco o Club Bela Cruz, no Porto, que reuniu ilustres

convidados, sob o tema “Candy Party”, amigos de

longa data e algumas caras bem conhecidas do social

portuense. Bem ao estilo “candy”, as manequins da

Space Millan Models animavam os convidados à

entrada do clube, na Foz da cidade do Porto. Judite de

Sousa, a convidada de honra, que recebeu a “Está-

tua da Verdade”, por ser uma das mais prestigiadas

jornalistas do nosso País, era ansiosamente aguar-

dada e foi recebida entre cumprimentos e sorrisos

dos convidados para um brunch inesquecível, após o

que recebeu o seu merecido prémio que, desde logo,

afirmou estar muito feliz por ter sido distinguida.

E, finalmente, chegámos à festa do 29º aniversário da

ELES & ELAS, no Terrace Lounge-Sete Colinas, no

Corinthia Hotel. A feérica decoração, a cargo de Cristi-

na Pimenta da Gama e do Morgadio Real, fazia jus ao

nome da festa “White and Blue”. Elas, em belíssimas

toilettes, Eles em elegantes smokings, serviram de ce-

nário à habitual atribuição do Prémio ELES & ELAS: a

“Estátua da Verdade”, que foi entregue a uma notável

figura do Porto: Clara Gomes, presidente da Liga dos

Amigos das Crianças do Hospital Maria Pia. Nobre

causa para uma Mulher de coragem e solidariedade.

E os 30 anos... n

19ELES & ELAS

� Diogo Rebelo, o pequeno

actor revelação da telenovela

"Floribela", da SIC, surge de

súbito à frente do palco

segurando uma bola colorida. A

pedido de Vítor de Sousa sobe

ao palco, agradecendo os

aplausos com a sua

desenvoltura natural. Maria da

Luz de Bragança, Directora da

revista, entrega ao pequeno

Diogo Rebelo o Prémio Futuro,

como uma homenagem aos

jovens de hoje, que serão os

futuros empresários, desportis-

tas e artistas.

E era chegado o momento da

entrega da Estátua da Verdade.

"2006! Bodas de Prata da

revista Eles & Elas! Uma noite

quente de Verão, uma bela e

renovada praça de Lisboa, este

cenário magnífico da fachada

do nosso Teatro Nacional de S.

Carlos, de tantas noites de Arte

e Beleza, é o cenário para

festejarmos estes 25 anos e

atribuir mais uma vez a Estátua

da Verdade.

O Júri, constituído por todos os

colaboradores e cronistas da

revista Eles & Elas e por

algumas individualidades já

distinguidas, decidiu, por �

25anos

55

56

57

55. Maria da Luz de Bragança

dirigindo-se aos convidados,

junto a Vítor de Sousa e

Diogo Rebelo

56. Vítor de Sousa recebendo a

Estátua da Verdade

57. Diogo Rebelo exibindo o

seu Prémio Futuro

Vítor de Sousarecebe a Estátua da Verdade

Estreando-se como actor de

teatro num espectáculo de Gil

Vicente, em 1965, Vítor de

Sousa é hoje um actor

consagrado nas mais variadas

vertentes da interpretação.

As suas actuações em televisão

trouxeram-lhe o reconhecimento

público, onde interpretou papéis

cómicos em programas como "A

Mulher do Senhor Ministro" ou

"Hermanias", mas também

representações mais sérias em

telenovelas, como "Vila Faia" ou

"A Grande Aposta".

A poesia é outras das suas

grandes paixões, participando

em espectáculos e gravando

CDs de declamação de poemas.

40 anos de vida artística.

40 41 42 43 44

45 46 50 51

47 48 49

40. Maria do Céu Guerra 41. Miguel Horta e Costa recebe a Estátua da Verdade 42. Artur Agostinho 43. Judite de Sousa e

a sua Estátua da Verdade 44. Manuela Moura Guedes, emocionada, com a Estátua da Verdade 45. Rui Nabeiro 46. Maria

João Bustorff recebe a Estátua da Verdde 47. Horácio Roque agradece o troféu 48. Mário Assis Ferreira e o seu troféu

49. Vítor de Sousa 50. A estilista Fátima Lopes também foi galardoada com a Estátua da Verdade 51. Alexandra Lencastre

Flashback

Page 51: Revista Eles & Elas

AF C5EHDI 210X297 ELES ELAS.indd 1 5/10/11 7:21 PM

Page 52: Revista Eles & Elas

52

Carlos Medeiros e Fabrice Marescaux São os rostos de um dos mais belos e emblemáticos espaços de restauração da capital lisboeta – o restaurante Aura

“É uma honra e um prazer poder trabalhar numa das praças

mais bonitas do mundo!” ➤

Best of

Page 53: Revista Eles & Elas

53ELES & ELAS

➤ Com a muito bem-vinda reformulação

da Praça do Comércio e o renascer do

Páteo da Galé a actividades culturais

e lúdicas, era imprescindível trazer ao

convívio tanto dos portugueses quanto

daqueles que nos visitam o esplendor

e capacidades desta que é a “nossa”

praça de São Marcos – embora consi-

derada por muitos mais ainda mais bela

que a original veneziana. Foi precisa-

mente no âmbito de fazer reviver esta

bela praça da capital, que tantas poten-

cialidades tem, e também tanto neces-

sitava de renovação, por forma a poder

ser mais vivida tanto por portugueses

como por estrangeiros, que foi apresen-

tado um concurso para abertura de um

espaço de restauração em o Páteo da

Galé. “Quando surgiu esta possibilida-

de de ter um restaurante neste espaço

tão especial nunca me convenci que a

nossa proposta fosse a escolhida, face

ao grande número de outras excelentes

propostas a concurso. Estranhamen-

te, um dos meus sócios disse desde o

primeiro momento que a nossa era uma

proposta vencedora. Felizmente para

todos o palpite dele tornou-se real”, con-

fessa Carlos Medeiros.

Para este especialista em restauração e

catering, tudo começou há muitos anos

atrás com uma viagem a Inglaterrra

em que por mero acaso se viu ligado

à restauração e começou aí uma pai-

xão que dura até aos nossos dias. O

seu primeiro êxito foi a Cateri, uma das

mais conhecidas empresas no âmbito

do catering, que se encarrega da de-

coração de pequenas festas a mega-

casamentos, passando por todo o outro

género de solicitações que possam

surgir. Carlos Medeiros sabe bem que

toda a experiência que foi adquirindo ao

longo dos seus 48 anos de idade, “é es-

sencial para o bom sucesso de qualquer

empresa, e também muito do Aura, que

em menos de seis meses de existência

já conquistou um espaço especial no

coração dos clientes”! Aliás, como afir-

ma, “tudo foi pensado ao pormenor. Do

nome do espaço, que transmite positivi-

dade à decoração, à escolha do menu e

claro está do chef.” Quanto à decoração,

“é fruto de uma mistura de peças úni-

cas e escolhidas a dedo tanto por mim

quanto pelo Fabrice e que vieram tanto

de lojas portuguesas, quanto de feiras

internacionais. O mais engraçado é que

não havia um plano definido, a única

coisa que sabíamos é que havia regras

relativas ao facto de se tratar de um

espaço protegido e que não podia sofrer

determinadas alterações – não pude-

mos, por exemplo colocar o lustre que

o Fabrice tanto desejava. Todavia, aos

poucos foi ganhando forma e ao manter

a possibilidade, que desde o início tínha-

mos decidido que tinha de ter, de ser um

espaço que pudesse ser alterado, para

tanto contemplar um jantar de 200 pes-

soas ou diversos de grupos mais peque-

nos com a simples mudança do espaço,

transformar-se em pista de dança, etc.,

soubemos que estava perfeito!”

Depois o segredo tanto do restaurante,

lounge e café quanto da muito procura-

da esplanada é um menu de base bem

portuguesa, “porque nós portugueses

gostamos muito de fazer experiências

gastronómicas, mas acabamos sempre

voltar à boa e rica comida nacional”, diz

Carlos Medeiros, e como tal “procurá-

mos um novo chef português encon-

trámos o Duarte Matias, "O resultado é

uma ementa portuguesa contemporânea

que é bem do agrado geral, acompanha-

da de uma garrafeira exclusiva e muito

interessante”, conclui. A versatilidade do

espaço permite assim que este funcio-

ne durante todo o dia para as refeições

habituais mas também na área lounge

para o serviço de cocktails e snacks

gourmet.

Por último procurámos saber como é que

Carlos Medeiros consegue coordenar

o trabalho da sua empresa de catering

com o restaurante Aura: “é fácil - tra-

balhando muito, fazendo férias curtas,

como aliás gosto, pois três ou quatro

dias vividos com intensidade são melho-

res que um mês sem nada para fazer, e

fazendo questão de que todos os dias

estejamos aqui ou eu ou o Fabrice para

receber os nossos convidados, que hoje ➤

Page 54: Revista Eles & Elas

54

➤ já quase todos são amigos! Por último

há que confessar que é uma honra e um

prazer poder trabalhar numa das praças

mais bonitas do mundo!” conclui.

Fabrice Marescaux é um dos franceses

mais portugueses do nosso país, e é a

ele que cabe ser o anfitrião mais pre-

sente e multifacetado da nossa Lisboa

e em particular do restaurante Aura. Há

mais de 25 anos em Portugal, Fabrice

continua a considerar que “lhe parecem

25 anos de férias”, pese embora o facto

de que desde a sua chegada se tenha

tornado um elemento muito presente no

universo da restauração no nosso país.

Depois de sair de França o seu desti-

no inicial não foi Lisboa, antes viajou e

praticou a sua arte um pouco por todo

o mundo com especial referência para

várias colocações na cadeia Sofitel.

Uma vez chegado a terras lusas, rapida-

mente se apaixonou por Cascais. Como

grande comunicador que é, publicou

vários livros, sobre a sua arte culinária

ao mesmo tempo que dava a conhecer

ao paladar português a versatilidade das

quiches, na sua loja denominada Casa

das Quiches. Conhecedor requintado de ➤

Carlos Medeiros e Fabrice Marescaux

Page 55: Revista Eles & Elas

55ELES & ELAS

➤ todas as vertentes que estão envolvi-

das neste tipo de negócio, é perito em

dar atenção aos mais ínfimos pormeno-

res, o que se revela uma considerável

mais-valia para este tipo de espaço – em

caso de dúvida, basta passar um agradá-

vel final de tarde na esplanada do Aura

e aproveitar ao máximo os requintados

petiscos ao som do piano de meia cauda

tocado por Fabrice Marescaux. Fazendo

suas as palavras de Carlos Medeiros,

no que toca ao privilégio que é trabalhar

num espaço tão especial, Fabrice acres-

centa que “cada dia é um desafio e um

prazer, surgindo sempre a necessidade

de ultrapassar algumas dificuldades, de

conseguir vencer novos desafios!” Para

muito breve, e a par desta sua tarefa de

prestigiar da melhor forma todos aqueles

que visitam o Aura, espera-se a simpá-

tica presença de Fabrice Marescaux no

âmbito da comunicação, num projecto

que dará a conhecer a um público bem

mais vasto alguns dos mais bem guarda-

dos segredos da sua profissão. Até lá é

aproveitar para conhecer esta fantástica

dupla no seu adorado e tão versátil Aura

restaurante-lounge-café. ■

Page 56: Revista Eles & Elas

56

SANA Excellence Os pormenores fazem a diferença

A SANA Hotels prepara-se para inaugurar em Junho o primeiro hotel de quatro

estrelas das Caldas da Rainha - o SANA Silver Coast Hotel. Uma unidade Excel-

lence que promete ser uma referência em conforto, bem-estar e gastronomia.

SANA Silver CoastA 100 quilómetros de Lisboa, o SANA Silver

Coast é o primeiro hotel de quatro estrelas das

Caldas da Rainha. Em pleno centro da cidade,

este Hotel, repleto de charme e glamour revi-

valista, tem tudo para seduzir viajantes, em-

presários e famílias da região. O antigo Hotel

Lisbonense manteve a fachada original e as

influências neoclássicas. Outrora frequentado

por membros da família real de D. Carlos I, abre

agora as suas portas a todos aqueles que dese-

jam retemperar energias, fazer uma escapadela

romântica, organizar eventos empresariais,

saborear a gastronomia local ou simplesmente

celebrar a vida.

Outros Hotéis SANA Excellence:

SANA Lisboa HotelEm pleno centro de Lisboa, o SANA Lisboa é

um hotel moderno que oferece quartos amplos,

com decoração contemporânea e equipados

com todas as conveniências, para estadias

de negócios ou de lazer. O hotel beneficia de

uma localização excelente, na Avenida Fontes

Pereira de Melo, junto ao Marquês de Pombal

e a uma curta distância do centro histórico da

cidade. Com 11 salas de reunião, é frequente-

mente escolhido para encontros empresariais

e eventos sociais. De segunda a sexta-feira, o

Restaurante Contemporâneo serve um almoço

em regime de buffet por um preço fixo de 20

euros, sem bebidas. Ao jantar, num ambiente

mais intimista, poderá saborear pratos mais

requintados.

SANA Malhoa HotelCom uma decoração contemporâneo e um

ambiente convidativo, o SANA Malhoa Hotel

proporciona todas as condições para usufruir de

uma agradável estadia. A poucos minutos a pé

da Praça de Espanha, do shopping do El Corte

Inglês e de várias vias de acessos e transportes

públicos, dispõe de parque de estacionamento

privado. Amplos e confortáveis, todos os quar-

tos proporcionam o descanso necessário para

melhor aproveitar o dia em Lisboa. No último

andar, com uma vista panorâmica, existem

quatro suites que oferecem o dobro do espaço

e do conforto.

SANA Metropolitan HotelJunto à Praça de Espanha, ao Jardim Zoológico

e ao Hipódromo de Lisboa, o SANA Metropo-

litan Hotel apresenta uma localização privile-

giada, a dez minutos do centro da cidade e do

aeroporto. Conforto, amplitude de espaços, um

serviço atento favorecem uma estadia memorá-

vel.

Seja para uma bebida ao final do dia no Wall

Street Bar ou para um jantar no Restaurante

Astrolábio, o paladar está sempre no centro das

atenções. De segunda a sexta-feira, é servido

um almoço buffet por um preço fixo de 18 euros,

sem bebidas. Ao jantar, a ementa à la Carte

é a solução ideal para quem aprecia pratos

gourmet, cuidadosamente confeccionados pelo

Chef.

SANA SesimbraA 40 minutos de Lisboa, na primeira linha da

praia e rodeado pela Serra da Arrábida, o SANA

Sesimbra Hotel é o refúgio perfeito para quem

aprecia sol, mar, cultura e gastronomia. Com

piscina e jacuzzi panorâmicos no topo do edifí-

cio, dispõe de 100 quartos totalmente remodela-

dos que privilegiam o conforto e a tranquilidade.

O hotel dispõe de um restaurante com esplana-

da, onde o peixe e o marisco estão sempre em

destaque, e um bar com uma vista fabulosa da

baía de Sesimbra. n ➤

O conceito ExcellenceSe gosta de combinar no mesmo hotel um serviço

requintado, uma localização privilegiada e uma

decoração acolhedora e elegante, os três hotéis de

4 estrelas SANA são os seus preferidos por exce-

lência. Porque mais do que um nome, Excellence

é uma filosofia associada à arte de bem receber.

A diferença está nos pormenores, no atendimento

personalizado, no ambiente intimista, nos sabores

únicos. Tudo feito a pensar num único tipo de públi-

co: o mais exigente. n

L' Hotel

Page 57: Revista Eles & Elas

57ELES & ELAS

1. Piscina do SANA Sesimbra Hotel

2. Quarto do SANA Lisboa Hotel

3. Bar do SANA Metropolitan Hotel

4. Fachada do SANA Silver Coast Hotel

1

2

3

4

Page 58: Revista Eles & Elas

58

Mas antes da lua-de-mel, à partida em local secreto,

falemos um pouco do casamento, que foi o grande

acontecimento dos últimos tempos. Lindíssima, no

seu vestido branco( criado por Sarah Burton da Casa

Alexander McQueen), aparentemente tranquila, a

lembrar o estilo de Grace Kelly, Kate que, durante

os últimos meses, recebeu todas as exigentes lições

de protocolo, etiqueta e história devidas à mulher

do futuro herdeiro do trono inglês, esteve à altura do

acontecimento. Pelo braço do pai, como manda a

tradição, acompanhada pela irmã, sua única dama

de honor e que, pode dizer-se, foi uma das estrelas

do enlace, quase ofuscando a noiva, e pelos pagens

(todos ligados à família dos noivos e trajados a rigor).

As meninas levavam uns pequenos ramos de flores,

iguais ao da noiva, enquanto os pagens levavam nas

fardas a insígnia da Guarda Irlandesa, cujo coronel

é o príncipe William, que fez questão de usar a sua

farda no dia do seu casamento.

Igual a si próprio, o príncipe Harry foi a alegria da

festa. Descontraído, brincou com o irmão (cujo

nervosismo era vísível), com as convidadas e com a

irmã da noiva, perante o olhar benevolente de Isabel

II e do duque de Edimburgo.

Como sempre acontece nestes casamentos reais,

muitas eram as futuras cabeças coroadas que

todas, em excepção, apostaram, mais do que nas

toilettes, nos chapéus que usaram. Philip Treacy foi

um dos criadores mais escolhidos (pelo menos entre

a aistocracia inglesa), a começar pela duquesa da

Cornualha. Alguns mais extravagantes que outros

(como foi o caso da filha mais nova do duque de

York), outros elegantíssimos, como foi o caso de

Zara Philips, filha da princesa Ana.

William, de alguma maneira, fez questão, nos últimos

tempos, de homenagear a mãe de diversas manei-

ras. Primeiro, oferecendo-lhe, como anel de noivado,

o anel que foi de Diana, acabando passeando-se

pelas ruas de Londres no mesmo Aston Martin de

Carlos, depois do banquete do casamento, carro de-

vidamente ornamentado com balões e laços, “obra”

de Harry, claro está. Enquanto William guiava, Kate

acenava à multidão. Era neste mesmo carro que

Carlos gostava de passear com Diana nos primeiros

tempos do seu casamento.

Curiosamente, a duquesa de Cambridge será a

primeira rainha inglesa plebleia e a primeira a ter um

curso universitário. Para já, sem agenda oficial nem

papel mais activo, Kate limitar-se-á a acompanhar

o marido a alguns compromissos oficiais. Foi a

própria Kate a afirmar que, para já, quer ser “apenas

a mulher de um militar da Força Aérea Real”. O seu

passado imaculado faz de Kate a mulher certa para

o lugar certo.

Mas voltando à lua de mel, que ainda não tem data

marcada, diversas foram as explicações dadas para

este adiamento: os deveres profissionais do príncipe,

questões de segurança, enfim, seja o que fôr, fica

para já no segredo dos deuses, como acontece com

os temas reais. Sendo certo que nem Kate sabe o

futuro destino da lua de mel.

No dia a seguir ao casamento, e depois da festa par-

tilhada, mais na intimidade com familiares, os duques

de Cambrigde, ela com um simples vestido azul da

Zara e William, passearam pelos jardins do palácio

de Buckingham, dando oportunidade aos fotógrafos

de registarem este breve passeio, cumprimentaram

alguns dos colaboradores, ter-se-ão, por certo, des-

pedido da família e partiram de helicóptero para um

fim de semana que terá sido, certamente, romântico,

numa das propriedades de Isabel II, na Escócia. Este

secretismo tem, curiosamente, sido respeitado pelos

súbditos ingleses. Aliás, na ilha de Anglesey, no

norte de Geles, onde o casal irá viver, os habitantes

já afirmaram que tudo farão para ajudar a preservar

a privacidade dos duques de Cambridge.

Nesta breve lua-de-mel (apenas uma semana),

William e Kate, antes de embarcarem no Britannia, o

casal ainda terá passado unas dias em Broadlands,

a residência dos Moutbatten.

Vê-los de novo, em termos oficiais, em Julho, numa

visita ao Canadá e à Califórnia. And happy, we are

sure! n ➤

Duques de CambridgeUma lua de mel adiada

Trinta anos decorridos após o casamento de Carlos e Diana, o seu primogénito e também

ele futuro rei de Inglaterra, William uniu o seu destino a Kate e posaram, com os pagens,

no trono do Palácio de Buckingham, tal como o fizeram os príncipes de Gales.

Depois de uma cerimónia de sonho, (a capela de Westminster parecia um verdadeiro jar-

dim), William e Kate, a quem a rainha concedeu o título de duques de Cambridge, provo-

caram o espanto entre os ingleses ao decidir adiar, “sine die”, a lua de mel, limitando-se

a um fim de semana prolongado em local ignorado (pelo menos para o grande público).

Helen Doyle

Lovers

Page 59: Revista Eles & Elas

59ELES & ELAS

Helen Doyle

Page 60: Revista Eles & Elas

60

André Jordan tem sido um verdadeiro mecenas

e um nome que estará, para sempre, ligado ao

Turismo em Portugal. A ele se devem os empre-

endimentos da Quinta do Lago no Algarve, a Lu-

sotur, empresa que ergueu a maior comunidade

turística de Portugal e da Europa e o diversificado

empreendimento de Vilamoura. André Jordan foi

ainda consul honorário do Brasil no Algarve, onde

apostou também nos primeiros grandes Open de

Portugal (num total de 7) e noutros torneios, no-

meadamente o prestigiado torneio de golfe, The

Duke of Edinburgh Cup, de carácter solidário, que

integra o circuito de provas da International Golf

for Youth, instituição de apoio à juventude, ligada

ao The Duke of Edinburgh’s Award. De resto, é

ele o responsável pela construção de campos de

golfe de grande qualidade, com design de arqui-

tectos internacionais de renome (Quinta do Lago

e o Millenium, no Algarve, a renovação do Old

Course e o Victoria Clube de Golfe, este último

palco do World Cup e do Portugal Masters, em

Vilamoura, terminando no fabuloso campo de

golfe do Belas Clube de Campo.

É indiscutível que Jordan marcou o sector do Tu-

rismo (quer no Algarve quer Belas, uma iniciativa

seguida por um dos filhos, Gilberto Jordan) pela

inovação e pelos elevados patamares de qualida-

de dos seus empreendimentos, tendo sido ➤

André JordanDoutorado Honoris Causa pelo ISCTE

André Jordan, um dos principais rostos do turismo e do empreendedorismo

em Portugal, foi galardoado com a distinção “Doutoramento Honoris Causa”

pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. A cerimónia, em que foi

também distinguido José Veiga Simão, contou com a presença de diversas

figuras conhecidas da sociedade portuguesa.

Doutores

Page 61: Revista Eles & Elas

61ELES & ELAS

➤ mesmo Vice-Charmain do World Travel and

Tourism Council, sendo actual membro do

conselho do Museu de Arte Moderna do Rio de

Janeiro, do Conselho de Honra da Orquestra da

União Europeia. Membro do Conselho de Admi-

nistração da Fundação de Serralves, foi fundador

do Festival de Música do Algarve, entre outras

iniciativas culturais.

Tudo isto chegaria para justificar esta homena-

gem do ISCTE. Mas André Jordan é muito mais

do que isto. Há poucos anos atrás, numa en-

trevista, afirmava: “A minha vida é uma só, não

tenho várias vidas, está tudo amalgamado na

minha cabeça. Sou um produto de muitas expe-

riências e de muitas culturas”. Um pouco mais

tarde, dizia “As convulsões da história marcam,

mas passam” Poderia citá-lo até ao infinito,

tantas são as perspectivas da sua vida, do seu

trabalho, falar sobre a sua personalidade, objec-

tivos e valores.

Sem dúvida um dos empresários mais empreen-

dedores do nosso País, a sua história de vida é

fascinante e o seu charme é inegável. Amigo fiel,

exigente consigo próprio e com os outros na exe-

cução dos seus projectos, André Jordan nasceu

na Polónia (de onde foi obrigado a fugir, devido à

Segunda Guerra Mundial, tendo a família perdido

quase tudo), mas tem cidadania portuguesa, e

nunca mais parou. Entre a França, os Estados

Unidos, a Argentina e o Brasil, André Jordan

sempre conseguiu criar relações com os diferen-

tes lugares onde viveu e, o que é mais surpreen-

dente, orgulha-se de ter amigos em toda a parte.

Segundo ele, “sempre quis viver acompanhado

de quem gosto, talvez por isso nunca existiu uma

separação entre a família e os projectos profis-

sionais”.

Optimista por natureza, André Jordan vê, para

Portugal, seu país de adopção, uma “luz no fun-

do do túnel” mesmo neste momento de crise que

atravessamos.

Jordan, que tem a sua casa de férias na Quinta

do Lago, desfez-se, há poucos anos, da Luso-

tur, em Vilamoura, quando constatou que apa-

receu gente sem qualificação, mas com crédito

abundante. Era hora de sair, assim o entendeu

e assim o fez, com aquela visão especial que o

caracteriza.

André Jordan vive a vida com paixão, com

alegria, e tem, na família e nos amigos, o apoio

que muitos desejariam ter e não têm. Homem de

estatura e alma imensas, não pede mais à vida

do que já tem.

Não é por tudo isto de estranhar que este ho-

mem, dedicado à família, à cultura, ao jornalismo

e ao turismo, que fez de Portugal o seu local de

eleição, tenha sido agora distinguido pelo ISCTE

–IUL, com o Doutoramento Honoris Causa. Sem

dúvida, uma justa homenagem a um homem que

nos deu uma lição de vida.

Mas já foi “ameaçando”, que ainda nos vai sur-

preender... E acreditamos que sim. nMaria Dulce Varela

Sem dúvida um dos empresários

mais empreendedores do nosso País,

a sua história de vida é

fascinante e o seu charme é

inegável. Amigo fiel, exigente

consigo próprio e com os outros na

execução dos seus projectos

Page 62: Revista Eles & Elas

62

A Universidade Lusíada de

Lisboa celebrou, no dia 28

de Junho de 2011, o seu 25.º

aniversário com um conjunto

de iniciativas que juntou profes-

sores, antigos alunos, recém-

graduados e funcionários.

As festividades iniciaram-se

com uma Missa de Acção de

Graças na Igreja de Santa

Maria de Belém (Mosteiro dos

Jerónimos), presidida por Sua

Eminência Reverendíssima D.

Manuel Martins e concelebrada

pelos Capelães da Universi-

dade Lusíada de Lisboa, Pe.

Ismael Pereira Teixeira, e da

Universidade Lusíada do Porto,

Pe. Bernardo Rasquilha, e,

ainda, pelos licenciados desta

Universidade, Pe. Duarte Guer-

ra Pinto e Pe. Marco Luís.

Por volta das 18H30, o Jardim

da Universidade estava prepa-

rado para dar início à Sessão

Solene e à entrega das cartas

de curso aos recém-graduados.

Ao som do hino académico

“Gaudeamus Igitur”, interpreta-

do pelo Coro da Universidade

Lusíada, o cortejo académico

desfilou pelo mgnífico jardim,

com os Professores trajados

a rigor a abrirem alas para a

passagem do Reitor e do Chan-

celer. Estava aberta a Sessão

Solene.

Passou-se, então, de imediato,

aos discursos. O primeiro ora-

dor foi o Presidente da Associa-

ção Académica da Universidade

Lusíada de Lisboa, Pedro Gil.

Em seguida falou o Presiden-

te da Associação de Antigos

Alunos da Universidade Lusía-

da, José Augusto Fernandes. O

Arqt. Jorge Manuel Nunes Fer-

reira deu o seu testemunho ➤

Universidade Lusíada de Lisboa celebrou 25 anos

1. Cortejo Académico

1

Doutores

Page 63: Revista Eles & Elas

63ELES & ELAS

➤ como antigo aluno da Univer-

sidade. Por último, discursaram

o Magnífico Reitor da Univer-

sidade Lusíada de Lisboa, o

Chanceler das Universidades

Lusíada e o General António

Ramalho Eanes, convidado

para presidir a esta cerimónia.

Procedeu-se, de seguida, à

entrega de prémios ao melhor

graduado de todos os cursos e

aos três primeiros classificados

de cada curso. Estes prémios

têm um especial significado ao

distinguir aqueles que, pela sua

dedicação exemplar, obtiveram

resultados meritórios.

A esta iniciativa associaram-

se numerosas empresas que

quiseram, desta forma, manifes-

tar o seu apoio à Universidade

Lusíada e a sua confiança nos

graduados por ela formados,

confirmando, assim, o prestígio

que os cursos da Lusíada têm

entre o mundo empresarial. Foi,

de facto, extraordinário verifi-

car que, mesmo nesta altura

de profunda crise económica,

o tecido empresarial português

acedeu, mais uma vez, a este

pedido de apoio da Universi-

dade Lusíada, oferecendo um

conjunto de prémios que, no

seu total, ascendeu a cerca de

cem mil euros.

E… finalmente… o momento

por todos esperado: a entrega

das cartas de curso. Um Jardim

ao rubro viu graduados nos cur-

sos de Arquitectura, Ciências

do Património, Comunicação

e Multimédia, Contabilidade,

Design, Direito, Economia, En-

genharia Informática, Gestão de

Empresa, Gestão de Recursos

Humanos, História, Informática,

Marketing e Publicidade, ➤

2, 3, 4 e 6. Aspecto geral do Corpo Docente 5. Prof. Branca Martins da Cruz

2 3 4

5 6

Page 64: Revista Eles & Elas

64

Universidade Lusíada de Lisboa

7. Aspecto geral do Palco onde se destacam os membros do Conselho de Administração da Fundação Minerva, Reitores

das Universidades Lusíada e o General António Ramalho Eanes 8. Prof. António Martins da Cruz, Chanceler das Universi-

dades Lusíada 9. General António Ramalho Eanes 10. Pedro Matos Ferreira 11. Presidente da Associação Académica da

Universidade Lusíada de Lisboa, Pedro Gil 12. Prof. Diamantino Durão, Reitor da Universidade Lusíada de Lisboa

13 e 14. Prof. Mário Caldeira Dias, Director da Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa a entregar diplomas

7

8 9 10 11

12 13 14

Page 65: Revista Eles & Elas

65ELES & ELAS

15. Entrega de prémios aos recém-graduados melhor classificados 16. Os recém-graduadosmelhor classificados com o

Chanceler e o Reitor da Universidade Lusíada de Lisboa 17, 18 e 19. Entrega de prémios aos melhores classificados pelos

representantes das empresas patrocinadoras

15

16

17 18 19

Page 66: Revista Eles & Elas

66

➤ Matemáticas Aplicadas, Psico-

logia, Relações Internacionais,

Serviço Social, Solicitadoria e

Turismo desfilar e receber o tão

desejado “canudo” das mãos do

Reitor e do Director da respec-

tiva Faculdade, festejando com

grande alegria junto dos seus

colegas, amigos e familiares.

No final da Cerimónia foi servi-

do um jantar, também no jardim

da Universidade, para o qual

todos foram convidados. Pos-

teriormente, actuaram alguns

grupos musicais da Universida-

de, tais como o Grupo de Jazz,

a Lusitana - Tuna feminina e a

Luz&Tuna - Tuna masculina.

Mais uma vez foi um grande

dia para a Família Lusíada que

soube festejar com os seus

recém-graduados um marco

das suas vidas. Só quem as-

sistiu e sentiu o calor humano

de tantas pessoas a vibrarem

por uma mesma causa, conse-

gue compreender este Espirito

Lusíada.

Parabéns à Universidade Lusía-

da pelo seu 25º aniversário! n

Universidade Lusíada de Lisboa

20, 21, 22 e 23. Prof. Diamantino Durão, Reitor da Universidade Lusíada de Lisboa, com recém-licenciados premiados

24. A Tuna Feminina da Universidade Lusíada de Lisboa – “Lusitana”- com o Prof. António Martins da Cruz

25 e 26. Actuação da Luz&Tuna, a Tuna masculina da Universidade Lusíada de Lisboa

20 21 22 23

24 25

26

Page 67: Revista Eles & Elas

af imp solucaoordenado 210x297 Exame.indd 1 6/20/11 2:51 PM

Page 68: Revista Eles & Elas

68

Mais uma vez, o Jamor acolheu uma edição, a 22ª,

do Estoril Open, um torneio ATP e WTA em terra

batida. Este ano, sagrou-se campeão o argentino

Juan del Potro, deixando o segundo lugar para Fer-

nando Verdasco. Anabel Medina Garrigues venceu

o Open na categoria feminina, vencendo Kristina

Barrois.

Na categoria feminina em pares, Alissa Kleybanova

(feliz apesar de ter sido afastada dos quartos de

final de singulares) e Galina Voskoboeva foram as

vencedoras.

O argentino Juan Martin del Potro sagrou-se, este

ano, campeão no Estoril Open, tendo recebido a

taça das mãos de João Lagos, visivelmente sa-

tisfeito com o sucesso do torneio, apoiado, entre

outros, pela Leiken.

A prestação do Juan del Potro nesta 22ª edição do

Open foi arrasadora.

Ele, que é, actualmente, o 46º classificado no

ranking do ATP World Tour e ex-top 5, bateu a toda

a linha o espanhol Fernando Verdasco por 6-2, 6-2,

numa final de sentido único e resolvida ao fim de

meros 75 minutos.

“Foi o meu melhor encontro da semana”, afirmou

o campeão, que acrescentou que “tudo correu de

forma perfeita e espero regressar”.

Na verdade, esperava-se no Jamor uma final equi-

librada entre as duas maiores estrelas desta edição

– Potro e Verdasco. Mas o que se viu no court cen-

tral foi uma lição de ténis, imposta pelo jogador das

Pampas face ao espanhol Verdasco. Este último

pareceu, durante todo o jogo, bastante desconcen-

trado, face a um Del Potro dono e senhor do jogo.

Curiosamente, o único a conseguir roubar um “set” ➤

Estoril Open 2011

1 2

3

4

Desporto

Page 69: Revista Eles & Elas

69ELES & ELAS

➤ ao agora campeão do Open 2011 foi o português

Pedro Sousa, na primeira ronda do Open.

Na categoria Pares Homens, o americano Eric

Butorac e o antilhano Jean-Julian Rojer destrona-

ram os campeões do título em 2010, Marc Lopez e

David Marrero.

Como dissemos no início, a vencedora feminina

deste Estoril Open foi a espanhola Elena Medina

Garrigues, igualando Venus Williams no topo da

lista das tenistas em actividade com maior número

de títulos em terra batida. Mas as coisas não foram

fáceis para a espanhola, que teve um problema

bastante doloroso nas costas, o que a fez confes-

sar, já com a taça de campeã em seu poder, que

“esta foi a vitória mais dolorosa da minha carreira”.

A final durou 1 hora e 15 minutos, também uma fi-

nal de um só sentido e Elena Garrigues conquistou,

assim, o seu 10º título WTA em 17 finais disputa-

das, o nono sobre pó de tijolo.

Como sempre acontece, durante a realização do

Estoril Open, foram muitas as caras conhecidas

que por lá passaram e tiveram à sua disposição

(especialmente nos últimos dias a afluência foi

maior) zonas de restauração de qualidade, em que

o catering foi apoiado pela Parceria Leiken/Venzann,

nomeadamente o Sponsor Village (restaurante

VIP), o Restaurante Público (Tasca do Open) e a

Praça de Restauração Geral (Tasca das Massas e

Sweet Point).

O anfitrião, João Lagos, recebeu, no Jamor, Mar-

celo e Pedro Rebelo de Sousa, o presidente da

Câmara de Oeiras, Isaltino de Morais, Luís Mira

Amaral, Filipe de Botton, Vasco Rocha Vieira e

muitos mais. n

1. A campeã feminina do Open do Estoril 2011, Anabel Garrigues 2. Fernando Verdasco 3. Juan Martin del Potro 4. Juan

del Potro e João Lagos 5. Isaltino de Morais, João Lagos e um convidado 6. Pedro Rebelo de Sousa e um amigo, Vasco

Rocha Vieira e Luís Mira Amaral 7. Filipe de Botton e sua Mulher 8. Marcelo Rebelo de Sousa 9 e 10. Cozinhas Leiken foi

o patrocinador do Estoril Open

5 6 7

8

9

10

Fotos: João Lagos Sport e Leiken

Page 70: Revista Eles & Elas

70

Quinta D'Alvarenga

Demonstração da Escola de Arte Equestre

Os alunos demonstram a arte de bem cavalgar

A Quinta d’Alvarenga propriedade

do Director e fundador do Colégio

Didálvi proporciona aos alunos um

complemento curricular e desporti-

vo de elevada qualidade.

Educação ambiental, Escola

Equestre, Escola de Ténis, Escola

de Esgrima, Desportos Radicais,

Arborismo, Slide – Rappel – Pain-

tball, viveiro de trutas, veados,

faisões, avestruzes, plantas aro-

máticas e medicinais, autóctones

e ornamentais constituem um local

de sonho onde se conjuga e har-

moniza tradição e modernidade.

No final do ao lectivo, alunos, pais,

familiares e amigos celebram na

Quinta d’Alvarenga a Festa das

Famílias.

Um espectáculo de música, dan-

ça, desporto e juventude. ➤

A Festa das Famílias

Referências

Page 71: Revista Eles & Elas

71ELES & ELAS

Milhares de pais, familiares e amigos assistem ao espetáculo no campo de horse ball

A Fanfarra Estudantil do Colégio Didálvi na abertura da festa

Page 72: Revista Eles & Elas

72

Os finalistas no final da Sessão Solene de imposição de faixas e passagem de testemunho

Director do Colégio homenageia os finalistas O Baile, a elegância e a juventude

Colégio Didalvi

Baile de Finalistas

Fundado em 1984 pelo Dr. João

Alvarenga, o Colégio Didálvi promo-

ve a educação integral dos alunos

orientada por valores com métodos

pedagógicos e estratégias que

os fazem sentir - se realizados e

felizes. Com 1.400 alunos, do 5º ao

12º ano, desenvolve um projecto

educativo de sucesso. Das muitas

festas e actividades realizadas ao

longo do ano destaca-se a Sessão

Solene de imposição de faixas,

Baile de Finalistas e a Festa das

Famílias.

A Gala dos Finalistas é uma noite

mágica.

Os alunos do 12º ano, depois de

oito anos de estudo, despedem-se

do Colégio que os ajudou a crescer

e partem para novo capítulo na sua

caminhada de futuro. n

Page 73: Revista Eles & Elas
Page 74: Revista Eles & Elas

74

Crónica

Eles & Elas por Marta Aragão Pinto

Em 2005 conheci 2 D’Zrt’s.

Ainda não o eram. Nessa altura

eram 2 actores dos Morangos

com Açúcar.

Foi numa viagem à neve. Lem-

bro-me de estar no bar do hotel

e eles começarem a cantar,

com os restantes convidados à

sua volta, sem perceberem bem

quem eles eram e porque de

repente tinham começado a can-

tar. Lembro-me dos olhares das

pessoas umas para as outras

tipo: O que é isto?

Mas eles, indiferentes a tudo e

a todos, cantaram, tocaram e

encantaram. Com a coragem de

quem sabe o que vale, de quem ➤

"Se me amas, não chores

Se conheces o mistério imenso do Céu onde

agora vivo,

este horizonte sem fim,

esta luz que tudo reveste e penetra,

não chorarias se me amas!

Estou já absorvido no encanto de Deus,

na sua infindável beleza.

Permanece em mim o teu amor,

uma enorme ternura

que nem tu consegues imaginar.

Vivo numa alegria puríssima.

Nas angústias do tempo, pensa nesta casa

onde um dia estaremos reunidos

para além da morte, matando a sede na fonte

inesgotável da alegria e do amor infinito.

Não chores, se verdadeiramente me amas! "

- Santo Agostinho

1. O brinde ao nosso amor do Edmundo, Angélico e Vintém 2. A Vera com o Angélico, Cifrão e Vintém 3. A Vera e a Joana

com o Angélico 4. 6 anos Vera 5. O bolo de anos da Vera

Page 75: Revista Eles & Elas

75ELES & ELAS

➤ sabe o talento que tem e de

quem está ali para gerar emo-

ções, fazendo o que lhes vai na

alma.

E o que é certo é que mexeram

com as minhas emoções, mexe-

ram com as emoções de todos

os que os ouviam e que, inevita-

velmente, começaram a mexer o

corpo ao ritmo da música.

Era contagiante e no fim lem-

bro-me que aqueles olhares das

pessoas, no inicio, deram lugar

a sorrisos e a uma grande salva

de palmas. Deram lugar a olha-

res de espanto perante o talento

daqueles jovens. Deram lugar

a pedidos de mais músicas, a

perguntas de quem eram e o

que iam fazer.

A resposta foi que iriam ser um

grupo de 4 elementos que exis-

tiriam dentro dos Morangos com

Açucar e fora.

Mais tarde todos assistimos ao

nascimento dos D’Zrt e tenho a

certeza que, tanto como eu, to-

dos os outros presentes naquela

viagem à neve vibraram com

o êxito que eles alcançaram,

vibraram pelo talento deles estar

a ser reconhecido, vibrámos

porque os vimos, ouvimos e nos

deixamos encantar por eles an-

tes de toda a legião de fãs que

depois reuniram.

Fui-me cruzando várias vezes

com eles, acabei por conhecer

os 4 elementos, porque os con-

vidava para os meus eventos e

porque me cruzava com eles em

diversas situações profissionais.

Quando comecei a namorar

com o Filipe, tive o prazer de os

conhecer a nível pessoal. Come-

cei a ouvir a forma como o Filipe

falava deles, comecei a ver o ca-

rinho que tinha por eles e pude

comprovar o que ele dizia, pude

sentir também esse carinho.

Pude perceber que eram espe-

ciais, não por causa do talento

que tinham, não por consegui-

rem arrastar multidões, não por-

que conseguiam gerar emoções,

que isso tudo eu já sabia, mas

pelas pessoas que eram. Pelos

seres humanos que eram.

Fui comprovando isso em diver-

sas situações e uma delas, falei

aqui numa das minhas crónicas,

no último concerto dos D’Zrt,

no dia 3 de Fevereiro de 2008.

Emocionei-me com a emoção

que aqueles 4 jovens estavam

a provocar na muldidão que

tinham à frente, emocionei-me

ao ver que, durante as horas

do concerto, eles conseguiram

que todas aqueles pessoas se

esquecessem de tudo o resto, e

que só pensassem em dançar,

cantar, gritar, aplaudir.

Só verdadeiros artistas, só

verdadeiras estrelas conseguem

isso. E, depois, nos bastidores

confrontar-me com 4 miudos que

depois do show que deram, con-

tinuavam a ser envergonhados,

simpáticos, inseguros. Mesmo

exaustos, continuavam com um

grande e sincero sorriso na cara,

continuavam disponíveis para os

beijinhos, abraços, autógrafos.

Disponiveis para uma palavra

amável a toda a gente que os

abordava.

O meu marido deu-me a opor-

tunidade de, em Novembro de

2009, ter ainda mais a noção da

história dos D’zrt, ao permitir-me

escrever um texto para acompa-

nhar um vídeo de apresentação

do regresso dos D’Zrt. Foi-me

impossível controlar as lágrimas

ao ver as imagens e informações

que me serviram de base para

o meu texto. Ver o percurso dos

meus 4 amigos, na altura já os

considerava como tal, um per-

curso cheio, espalhando alegria,

música, sorrisos, amor e união.

Nos 6 anos da minha filha Vera,

o seu regresso estava no auge,

e as minhas filhas não fugiam à

regra. A Vera pediu um bolo com

a fotografia deles, mas o Filipe

fez mais, pediu-lhes se eles po-

diam ir cantar lá a casa na festa

dela.

E eles foram. As minhas filhas fi-

caram sem reacção, estavam de

boca aberta. Os D’Zrt estavam

em casa delas! Contagiaram

toda a minha família, e puseram-

na de pé a cantar e a dançar.

Formámos uma roda à volta

deles e deixámo-nos ir.

Os meus avós voltaram a ser

jovens por uns momentos e

lembro-me de, no fim da festa,

dizerem: Que maravilha de

miúdos que eles são! Que talen-

tosos! Que boas pessoas! Terem

tido a disponibilidade de vir até

aqui fazer esta surpresa à Vera!

Lembro-me de terem ficado à

conversa com o meu Avô depois

de cantarem, de ouvirem as

suas histórias e eles contarem

as deles. De se juntarem a nós

enquanto família e a partir desse

dia foi isso que se tornaram. E o

meu carinho por eles tornou-se

ainda maior.

A Vera não parou de falar nisso

durante semanas e sei que nun-

ca mais se vai esquecer na vida.

Vai puder para sempre dizer que

teve a sorte de ter 4 verdadeiros

artistas em casa, a cantarem-

lhe os parabéns, de ter a sorte

de conhecer 4 seres humanos

simplesmente únicos.

Porque eles não são só actores

dos Morangos, eles não são só

elementos dos D’Zrt, eles não

são só O Angélico, o Vintém, o

Cifrão e o Edmundo, eles são

4 pessoas com o coração do

tamanho do mundo.4 jovens

trabalhadores, humildes, saudá-

veis, responsáveis e com os pés

bem assentes na terra.

No nosso casamento voltaram a

surpreender tudo e todos, ➤

Page 76: Revista Eles & Elas

76

➤ pegaram no microfone e

fizeram aquilo que sabem fazer

melhor: actuaram. Puseram toda

a gente a dançar a cantar as

suas músicas e provaram que os

seus fãs são de todas as idades,

e que, desde os mais jovens até

aos mais velhos, sabem as suas

letras de cor e saltam das cadei-

ras para as dançar.

Escrevo esta crónica com uma

tristeza muito grande. Escrevo

esta crónica, porque senti que

tinha que partilhar a minha his-

tória com estes 4 miudos, entre

eles o Angélico.

Escrevo esta crónica porque me

apeteceu dizer o que me vai na

alma, principalmente depois de

comprovar, mais uma vez, que

mesmo nestas alturas, mesmo

com o Angélico a lutar pela vida,

continuam a existir pessoas a

revelar o pior do ser humano.

Pessoas que em vez de usarem

a sua energia, para mensagens

positivas, de força e esperança,

usam essa energia para comen-

tários desagradáveis, despro-

positados e com pormenores

que não interessam para nada,

quando há um jovem entre a

vida e a morte.

Quando na maior fragilidade da

vida humana, quando, peran-

te a morte de alguém, a única

situação que não tem solução,

discutem o que não tem discus-

são.Falam do que não sabem.

Comentam o que não têm legi-

timidade para fazer.Procuram

culpados e justificações para os

“ses” e os “porquês”.

Preconceitos com os quais,

infelizmente, temos que lidar no

dia a dia, mas que nestas alturas

ainda doi mais ter que lidar.

Esta é uma altura para procurar

a paz de espírito e ajudar a dar

descanso a quem sofre.É uma

altura que se precisa, acima de

tudo, de tranquilidade para se

lidar com uma fatalidade.

O Angélico era uma pessoa boa.

O Angélico foi uma estrela na

terra e á agora uma estrela no

céu. Aconteceu uma tragédia

impensável. Porque? Não sabe-

mos.

Sabemos que os pais perderam

a razão das suas vidas.

Sabemos que a Rita perdeu o

Amor da sua vida.

Sabemos que o Vintém, o Cifrão

e o Edmundo perderam um

irmão. Perderam parte deles.

Sabemos que vai ser um anjinho

no céu e que vai olhar pelos

seus pais, família e amigos.

Sabemos que deve já estar a ac-

tuar para todos os outros anjos,

fazendo do céu uma festa.

Sabemos que continua a esban-

jar o seu charme, o seu sorriso e

a sua simpatia.

Sabemos que tivemos a sorte,

de mesmo por um tempo dema-

siado curto, termos tido no nosso

País um artista tão completo.

Sei que eu, o Filipe e as nossas

princesas tivemos a sorte de

nos termos cruzado na vida com

uma pessoa como o Angélico.

Que nos tocou e marcou.Para

sempre.

Sabemos que tinha a vida pela

frente.

Sabemos que Deus leva os que

mais ama e que devia estar

a precisar de um anjo estrela

como o Angélico.

Sei que o Filipe perdeu um gran-

de amigo, perdeu alguém que

tratava como irmão mais novo

e as vezes como filho.Perdeu

alguém por quem dava prazer

arriscar.Por quem tinha um orgu-

lho do tamanho do mundo e que

considerava um artista que podia

tudo.Um amigo a quem dava

conselhos, não só de trabalho,

mas pessoais, um amigo com

quem sei que adorava conver-

sar, que adorava sentir a força

da natureza que era, vibrar com

os seus projectos e dar força aos

seus sonhos.

Sei que já deve ter conhecido os

meus pais e a minha irmã e que

eles o devem ter recebido da

melhor maneira.Espero que já

lhes tenha cantado as músicas

do álbum novo, que não chegou

a lançar.

Vai continuar a abraçar-nos lá

de cima com as suas asas de

estrela anjo.

Nós vamos continuar a recor-

dá-lo, a ouvir as suas músicas, a

cantá-las e a dançá-las.

Vamos sorrir cada vez que nos

lembrarmos da sua alegria e for-

ça de viver.Do fenómeno chama-

do Angélico Vieira.

E vamos ter muitas saudades.

Até qualquer dia, Angélico. n

Marta Aragão Pinto

Crónica por Marta Aragão Pinto

Page 77: Revista Eles & Elas
Page 78: Revista Eles & Elas

78

Realizou-se no Museu da Água, em

Lisboa, a segunda edição do evento

de storytelling Grant’s True Tales. O

actor Miguel Guilherme, voltou a ser

o anfitrião deste serão repleto de his-

tórias únicas e contadas na primeira

pessoa, sempre com o tema base da

“Família”.

Ansiosos por assistir às peripécias de

vida dos contadores de histórias, reu-

niram-se no Museu da Água cerca de

220 pessoas, entre as quais algumas

figuras públicas do mundo do teatro e

cultura, que assistiram encantadas às

histórias de Miguel Guilherme, Carlos

Cunha, dos Commedia a la Carte,

Ana Colaço, locutora de rádio, Artur

Pegas, empresário e Csongor Juhos,

professor universitário.

Miguel Guilherme, actor e embaixa-

dor do evento revelou ter aceite “este

convite porque contar histórias fic-

cionadas faz parte do meu dia-a-dia

enquanto actor, por isso, sem dúvida

que contar histórias reais fez-me

partilhar um pouco mais do eu real, e

não ficcionado”.

Face ao extraordinário êxito ➤

Storytelling, ou a arte de contar histórias

Miguel Guilherme, o embaixador da Grant's

Plateia

Page 79: Revista Eles & Elas

79ELES & ELAS

➤ alcançado na primeira edição do

evento Grant’s True Tales, fazia

todo o sentido repetir a aventura e

preparar uma segunda edição em

maior escala. Para tal foi adoptado o

formato cabaret para criar um impac-

to ainda maior no público presente.

É curioso observar que as pessoas

valorizam a partilha de histórias

autênticas e que este é um tipo de

“ritual” que enriquece a vida, através

da troca de experiências, ao mesmo

tempo que fortalece a ligação que

temos uns com os outros”.

“Storytelling” consiste na partilha

de histórias verdadeiras contadas

na primeira pessoa, resultantes das

experiências de vida de cada um.

Desta forma, Grant’s criou o conceito

True Tales, uma série de eventos de

“storytelling” que promovem a partilha

de histórias autênticas que enrique-

cem a vida das pessoas, levando-as

a viajar e a relacionarem-se umas

com as outras. Após mais este êxito,

por certo vamos assistir a muitas

mais versões deste original e bem-

sucedido evento! n

1 2

3 4 5

1. Clara Currea e António Augustus 2. Vasco Oliveira Luís, Mituxa Jardim e Pedro Ramos e Ramos 3. Virgínia D'Almeida

Gerardo e Flávio Carmello 4. Pedro Reis e Maria Duarte 5. Anabela Teixeira

Page 80: Revista Eles & Elas

80

Até ao dia da sua morte, a 30 de Junho de 2009,

Pina Bausch dançou. Contava com 68 anos. A

sua longa carreira alterou para sempre a dança

quebrando todos os cânones do bailado tradicio-

nal: as éteras figuras do passado ganham uma

nova carnalidade, os géneros masculino e femi-

nino confundem-se, as bailarinas respiram. Era a

revolução do teatro-dança, nos anos 70, quando

passa a dirigir o famoso Wuppertal Opera Ballet,

em Vestfália.

A grande deusa da dança contemporânea não era

de todo desconhecida dos portugueses. Apaixona-

da pelo nosso país, por cá já tinha passado várias

vezes: em 1989, para os Encontros Acarte e cinco

anos depois para o Lisboa’94. Retorna aquando

da Expo’98 e cria a peça «Marsuca Fogo» com

sons de mornas e fado. Têmo-la cá, em 2002,

com o espetáculo «Água» e, em 2007, traz-nos

«For the Children of Yesterday, Today and Tomor-

row» e da sua estadia resulta o belíssimo docu-

mentário «Lissabon/ Wupperthal/ Lisboa». Um ano

antes da sua morte, ainda temos o privilégio de

a ver dançar no Festival Pina Bausch organizado

pelo Teatro Nacional São Luis onde se repete, jun-

to com mais outros dois espetáculos, a sua obra

maior, o «Café Müller».

Nesse mesmo ano começam as filmagens com

Wim Wenders e a sua produtora, a Neue Road

Movies, juntamente com o emsemble do Tan-

ztheater Wuppertal. Depois de vários meses de

trabalho e apenas dois dias antes do começo das

filmagens em 3D, o destino toma a melhor e Pina

deixa-nos. O filme esteve parado e parecia impos-

sível continuar. Mas a arte é maior que a vida e,

com o apoio dos bailarinos do Tanztheater, o filme

avança numa viagem sensual e esmagadoramente ➤

PINA de Wim WendersProdução Neue Road Movies. 2011

Cinema

Page 81: Revista Eles & Elas

81ELES & ELAS

➤ bela pela obra e imaginário da grande bailarina

alemã.

Para a criação das suas peças, Pina Bausch

juntava os seus bailarinos e, em conjunto, questio-

navam as suas experiências de vida mais inten-

sas e os seus sentimentos mais íntimos. Este foi

também o processo de criação usado por Wim

Wenders que capta, maravilhosamente, o espírito

e intensidade das quatro maiores obras de Pina:

«Café Müller», «Le Sacre du printemps», «Voll-

mond» e «Kontakthof».

O recurso ao 3D, de forma progressiva e rigorosa,

permitiu uma maior interactividade com as core-

ografias criando texturas quase mágicas. Cortes

ousados e mudanças de plano inesperadas fazem

com que os bailarinos apareçam com diferentes

idades ou que sejam substituídos, numa mesma

obra, como se todas as representações se fundis-

sem numa só.

Esta foi a primeira vez que se utilizou um recur-

so técnico - habitualmente mais usado para criar

efeitos fáceis afim de encantar as massas com

tiros e explosões - de forma séria e fora do círculo

hollywoodesco. Gian-Piero Ringel, responsável

pela criação em 3D, consegui a extraordinária fa-

çanha de permitir que, durante os 106 minutos de

duração do filme, a plasticidade deste efeito não

chamasse a atenção para si mesma mas antes

para a beleza dos gestos das bailarinas Regina

Advento, Malou Airaudo ou Ruth Amarante (entre

tantas outras) e para a arte de Pina.

Por tudo isto, o Urso de Ouro ganho para melhor

documentário no Festival de Cinema Internacional

de Berlim, foi mais do que merecido e uma ida ao

cinema para vê-lo será, mais do que apenas um

prazer, um dever religioso. n

Page 82: Revista Eles & Elas

82

José Robalo e Manuela Carreira foram os anfitriões

de um agradável fim de tarde em que o Espaço Seis

ao Quadrado apresentou aos seus inúmeros convida-

dos as mais recentes obras da pintora Gina Frazão e

da ceramista Bela Silva.

Gina Frazão nasceu no Porto, em 1950, e é licen-

ciada em Pintura pela E.S.B.A.L., tendo leccionado

na Fundação Ricardo Espírito Santo Silva. Com um

traço muito definido, cores apetitosas e uma inocência

que se revela na forma como retrata as meninas e os

animais, heróis desta série de trabalhos, Gina Frazão

conquistou com as suas telas todos os presentes.

Já Bela Silva nasceu em Lisboa, em 1966. É cursada

em Escultura pela Escola Superior de Belas Artes de

Lisboa, tendo feito o curso de Cerâmica do AR.CO.

Possuindo uma relação fantástica com os materiais

que optou por trabalhar, as suas peças são uma clara

associação de tradição e de inovação, transforman-

do-se, assim, em verdadeiros objectos de desejo.

Com a maravilhosa luz de Lisboa em fundo, o co-

cktail foi servido a amigos e convidados da loja Seis

ao Quadrado - alguns dos quais pela primeira vez

se puderam deliciar tanto com as peças das artistas

convidadas quanto com os objectos de design, dos

mais conceituados criadores nacionais e internacio-

nais, que José Robalo criteriosamente escolhe para

apresentar neste requintado espaço de decoração da

capital. ■ Isabel Prates

Arte e design deslumbram no Espaço Seis ao Quadrado

Arte & Design

Page 83: Revista Eles & Elas

WWW.ANA.PTBEM-VINDO AOS AEROPORTOS DE PORTUGAL

Page 84: Revista Eles & Elas

84

O Aleph Paulo Coelho

O Aleph marca a volta de Paulo Coelho às origens. Num relato pes-

soal franco e surpreendente, ele revela como uma grave crise de fé

o levou a sair à procura de um caminho de renovação e crescimento

espiritual. Para se reaproximar de Deus, o mago resolve começar

tudo de novo: viajar, experimentar, reencontrar-se com as pessoas

e com o mundo. Como tal, entre Março e Julho de 2006, guiado por

sinais, visita três continentes – Europa, África e Ásia –, lançan-

do-se numa jornada através do tempo e do espaço, do passado e

do presente e, em última instância em busca de si mesmo. Uma

edição Pergaminho. ■

Byron e o Amor Edna O’Brien

O eterno príncipe do romantismo aqui bem estudado e revelado por

Edna O’Brien. As aventuras e desventuras do herói que defendeu

causas alheias, viajou como poucos outros no seu tempo, estabe-

leceu residência na belíssima Sintra, que declarou ser “a beautiful

Eden”, e viria a morrer na Grécia. Entretanto amou muitas mulheres,

abandonou outras tantas, envolveu-se num complicado caso de

incesto e despertou tantas paixões quanto ódios ao longo da sua

curta vida. Uma edição da Relógio D’Água. ■

Sophia, uma Vida de Poeta Editora Caminho

Prazer de ler...

A Editorial caminho deu recentemente à estampa um álbum que

bem pode ser considerado como a súmula da obra da grande

poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. Recolhendo com

sabedoria textos publicados e inéditos, de poesia e de prosa,

inacabados ou em mais de uma versão, diários de viagem, notas

soltas, desenhos, marcas do seu dia a dia doméstico e particular,

cartas e fotografias este livro surge como uma excelente arma

de trabalho tanto para os simples apreciadores de biografias

quanto para os potenciais estudiosos da obra de Sophia ou da

literatura portuguesa do passado século. Graças a este magnífi-

co livro, o leitor entra no fascinante mundo de uma mulher muito

à frente do seu tempo, que conseguiu gerir uma vida familiar

ambiciosa com uma carreira nas letras - algo não muito fácil na

sua época. Trata-se acima de tudo de um completíssimo retrato

de alguém “para quem escrever um poema foi a melhor e mais

frequente forma de falar de si e da sua relação com todos os

possíveis outros”. ■

Page 85: Revista Eles & Elas

Reguengos de Monsaraz - Alentejo

www.carmim.eu

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sáve

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Page 86: Revista Eles & Elas

86

Vicente Themudo de CastroA paixão pela gastronomia

Era uma vez um menino, nascido em Dezembro de 1972, cujo destino estava

fadado para a cozinha, os produtos e técnicas de confecção…

Começam, normalmente, assim, as histórias de encantar. Era uma vez… ➤

Eno-gastronomia

Page 87: Revista Eles & Elas

87ELES & ELAS

➤ Só que, no caso de Vasco Themudo de Castro,

até chegar à realização do seu sonho (um sonho

que lhe foi incutido pelo pai), a sua vida deu muitas

voltas e reviravoltas. Ainda que tivesse nascido em

Lisboa, muito mais tarde acabaria por se mudar

para Constância, no Ribatejo, para gerir uma

exploração agrícola familiar e, com o pai, aprende

bastante sobre produtos agrícolas, hortícolas e

animais. Como os seus avós viviam em Espanha,

depois de ter percorrido Portugal de norte a sul,

deu-se como que uma explosão, um desejo de

comer e viajar, de descobrir novos e reputados

restaurantes. Apaziguado este desejo, Vicente

Themudo de Castro regressa a Lisboa, para estu-

dar Comunicação Social. Irrequieto por natureza,

esteve, depois, mais de 14 anos ligados à área

financeira, e quatro anos ligado às áreas da saúde

e património. Mas Vicente decidiu não resistir mais

ao seu sonho e ei-lo que se dedica, por inteiro, à

divulgação e escrita sobre gastronomia e vinhos,

sobretudo na última década mas, muitas vezes,

partilhando a sua experiência das muitas coisas

que fez por esse mundo fora.

Mas nada como ouvi-lo e escutar, de viva voz, a

sua filosofia de vida.

“Hoje sou apelidado de crítico eno-gastronómico,

mas na realidade passei por muitas outras fases

da minha vida, antes de ganhar esta conotação!

Nasci em Lisboa no ano de 72, no Hospital Particu-

lar de Lisboa, obrigando a minha mãe a entrar mui-

to cedo nesta unidade de saúde e saltei logo duas

refeições, para nascer a horas de jantar, aquela

que há quase quatro décadas se tornou a minha

hora preferida para uma refeição”, conta Vicente,

em tom brincalhão.

Habituado a viajar, desde muito menino, tanto com

o pai como com o avô, dentro e fora do país, não

só à procura de novos destinos, como também

para conhecer novos restaurantes, Vicente ri-se ao

lembrar que “tanto o meu avô materno, como os

meus tios e principalmente o meu pai, faziam cen-

tenas de quilómetros à procura de uma excelente

mesa”. Portanto, quem sai aos seus…

Recordando o tempo que viveu em Constância,

Vicente Themudo de Castro fala-nos do seu co-

nhecimento de uma grande panóplia de legumes

e vegetais, muitas e diferentes carnes e “aquela

que ainda é um dos meus acepipes preferidos: a

lampreia do rio!

E foi, precisamente, durante a sua adolescência

em Constância, recorda, que “me liguei muito aos

tachos, primeiro através de um cozinheiro apeli-

dado Pereira, depois pelas diversas cozinheiras

locais que preparavam algumas das comezainas

que em casa fazíamos para a família e amigos”.

A mudança para Lisboa, para onde veio estudar

comunicação, não o fez perder a vontade de largar

este ambiente de procurar para comer bem, e

durante o seu primeiro ano, juntamente com os

seus colegas “criámos o grupo ‘Amigos da Barri-

ga’, e todos os meses alugávamos uma carrinha,

designávamos o que não bebia (para motorista,

claro) e partíamos à aventura por este País. Tas-

cos e tasquinhas eram os nossos preferidos, pois

era bom e barato e tinham paciência para aturar

um grupo que, ao fim de uns canecos, já levantava

um pouco a voz e terminava sempre com alguns

alegres e expressivos cantares”.

Vicente Themudo de Castro recorda que come-

çou os seus primeiros passos profissionais ainda

como estudante, trabalhando numa editora de

música impressa. “A música é outra das minhas

paixões, principalmente a clássica ou erudita. Já

no fim de curso estagiei num jornal, rapidamente

passei para assessor de imprensa numa empresa

de espectáculos de Londres, esta última era uma

vida atribulada e sem sentido, e ao fim de pouco

tempo desisti”. De regresso a Portugal, por razões

familiares (a saúde do pai), mais tarde entra na

área financeira, onde esteve 16 anos. “Dezas-

seis anos bem aproveitados”, recorda, “durante

os quais viajei muito, fui a vários países, conheci

diferentes culturas e cozinhas, e rapidamente me

apaixonei, para além da portuguesa, pela cozinha

francesa, italiana, mexicana e chinesa”. Depois de

escrever alguns textos mais ligados à tecnologia,

foi na gastronomia, através de pequenos guias de

restaurantes que fazia particularmente, datados,

com vários critérios e descrições, que o bichinho

pela crítica gastronómica foi crescendo. “Tendo

um desses meus guias ido parar à mão de um di-

rector de jornal, este contactou-me e desafiou-me

a escrever algumas reportagens gastronómicas

sob pseudónimo. Mas foi em 2007, depois de criar

o grupo Gourmet na rede social Star Tracker, que

as pessoas começaram a associar o meu nome à

gastronomia, e começaram a aparecer os convites

para publicar artigos, desta feita assinados”. ➤

Page 88: Revista Eles & Elas

88

➤ A primeira revista a publicar foi a extinta Golden

Guide de Lisboa, depois em 2009 juntou-se ao

jornal OJE, “onde ainda publico semanalmente

duas crónicas, uma à quarta, de crítica, e uma à

sexta, com sugestões de produtos, restaurantes

e vinhos”, conta-nos Vicente Themudo de Castro,

que não se ficou por aqui. “Os pequenos guias e o

conhecimento catalogado abriu-me também outros

campos, tendo colaborado, em 2010, na elabora-

ção de 8 guias de viagens, restaurantes e hotéis,

e recentemente para o guia Boa Cama Boa Mesa

publicado pelo Expresso”. Volta e meia, grava

um programa, chamado “Bom de Garfo” para o

Brasil, mas garante que, até ao fim do ano, novas

surpresas televisivas irão surgir. As viagens são

outra das suas paixões e “passo mais tempo com

a mala feita do que a desfazer em casa, e só me

falta visitar um continente: A Austrália, que já está

na agenda e seguramente vai ser um dos destinos

eno-gastronómicos mais interessantes que irei

visitar”.

Mas gastronomia, por si só, já não lhe chegava,

faltava-lhe a enologia. “De notar que nem todos os

críticos gastronómicos gostam de falar de vinhos

e acham que cada macaco no seu galho”, diz

Vicente Themudo de Castro, “ mas eu penso que

os dois se harmonizam e convivem, e passar para

as crónicas de vinhos foi apenas um pulinho. Claro

que a minha vertente da escrita dos vinhos é muito

mais gastronómica e no sentido do vinho poder ser

uma mais-valia numa refeição”. Já a terminar, The-

mudo de Castro confessa que “hoje viajo muito,

procuro sempre o mais regional dos restaurantes

e, mais do que o prazer de provar, está o prazer de

partilhar e é por isso que adoro escrever sobre as

minhas experiências”. nTexto: Maria Dulce Varela

Fotos: Vítor Machado

Vicente Themudo de Castro

Page 89: Revista Eles & Elas

89ELES & ELAS

Sempre se assistiu em todas as sociedades, ao longo dos

tempos, ao trânsito social.

Pessoas de classes baixas ascendem às classes altas, bem

como o inverso. É um fenómeno de sempre.

A mudança de classe social acontece por acaso ou por deli-

gência das pessoas. O mais natural é que as pessoas desejem

subir de estatuto social. O dinheiro é uma das alavancas para

o processo funcionar.

É muito aceitável que pessoas de classes baixas, por ganhos em negócios, ou subi-

da na sua vida profissional, ou ainda por uma casamento bem sucedido no aspecto

financeiro, de forma relativamente rápida, tenham acesso aos níveis de estatuto

das classes altas.

Se o dinheiro fosse tudo na vida seria fácil, tal como referi, assistir-se à ascenção

social mas nem sempre funciona totalmente.

Pessoas com uma casa modesta, num bairro de mau nome, um carro já ultrapassa-

do, que nunca viajaram, vestindo-se com roupas baratuchas, que não vão de férias,

têm os filhos em escolas do estado, frequentam meios sociais populares, ao pas-

sarem a ter um orçamento folgado ou ao conquistarem uma fortuna à custa do seu

trabalho e mérito, desejam mudar de estilo de vida. É muito legítimo.

E eu pergunto: será fácil?

Escolhe-se um bairro, compra-se a casa, os carros, tantos quantos a família preci-

sar, mete-se pessoal doméstico. Vai-se de férias para bons sítios. Fazem-se umas

viagens todos os anos. Vai-se às melhores lojas comprar roupas caras e de marca,

a bons cabeleireiros. Inscrevem-se os filhos nos colégios mais caros e de moda.

Estas pessoas depois começam a ser convidadas, gradualmente, cada vez mais

e mais para eventos sociais e trocam-se cartões de visita, fazem-se uns convites

para almoços, primeiro nos bons restaurantes e mais tarde para a” mansão” que já

estará equipada e decorada por um decorador famoso. Começa-se a socializar. A

agenda social passa a encher-se de reservas para os próximos tempos: jantares,

galas de smoking, até casamentos e cocktails. Entra-se num clube de golfe. Vai-se

a uns leilões e feiras de antiguidades. Compra-se arte, jóias, moveis e peças deco-

rativas, aconselhados pelos especialistas. Enfim atinge-se o “topo do mundo”.

E se houver saúde e as coisas continuarem a correr bem, pergunto a mim própria,

será suficiente para ingressar na alta sociedade? E a resposta é : não concerteza.

A dita alta sociedade é elitista, snobe, enfim, classista e não gosta de abrir portas

a emergentes. Mas porquê? Quem são eles para decidirem as entradas no seu

“clube”?

Há várias respostas:

Gostam de se fazer difíceis porque se julgam os maiores, por já estarem nessas

andanças há anos ou até há gerações como é o caso da aristocracia ou da alta

burguesia de dinheiro antigo. Ou então fazem parte dos novos ricos e emergentes

que com muito dinheiro e contactos conseguiram furar o esquema do “clube” e se

instalaram com sucesso aparente, igualizados aos membros desta “corte celeste”.

Posso afirmar , para concluir, que o que falta aos emergentes em trânsito para ace-

der à élite é o conhecimento e o domínio dos tiques e das convenções, enfim dos

códigos dominantes. E esses códigos não se podem descodificar? Claro que sim ➤

Etiqueta Social, por Paula Bobone

7º Fascículo

✂ página 13

A Emergência da Emergência

Page 90: Revista Eles & Elas

90

Etiqueta Social

7º Fascículo

➤ e para os aprender é preciso trabalhar. Não é contratar uma assessora de ima-

gem ou professora de etiqueta, como fez o casal Coutinho, da novela da SIC ,

Laços de Sangue, actualmente em exibição. Não chega. É preciso recuperar o que

vem do berço, da primeira socialização, nos bons colégios, onde se absorvem os

tais códigos. É ter sempre vivido nos bairros clássicos, festas de família, vestir se-

guindo as referências das famílias prestigiadas, de nome feito. Não ostentar muito,

ir à missa, ser selectivo desde que se nasce. Não se aceita a emergência social

arrogante e ridícula... mas aceita-se o dinheiro. Há sempre um preço.

Aprender os códigos: hábitos sociais, aparente modéstia, displicência, alguma

cultura e...pela boca morre o peixe...falar como eles falam. A fala atraiçoa. Dizer

palavras ” proibidas”, fora dos códigos, exclui da “corte celeste”.

Portanto, sem querer tirar a esperança aos Coutinhos dos Laços de Sangue, da te-

lenovela: confiem na professora de etiqueta, mas vão devagarinho e contentem-se

em começar por subir um escalão. Depois haverá mais escalôes, que o tempo ou

melhor, as novas gerações irão reciclando. Há que pensar no longo prazo.

Façam o vosso melhor: as longas caminhadas começam com pequenos passos.

Um dia destes escreverei sobre os pecados capitais da burguesia em ascenção.

A sociedade precisa dos Coutinhos.

Já agora, uma nota anti snobe que é fundamental: a necessidade de cultura. Nada

mais imperdoável que o analfabetismo e a iliteracia. Diria até mesmo mais, co-

mecem por ler muitos livros. Por exemplo ler os meus livros. E ler é: ler mesmo ,

perceber, e praticar claro. n

página 14

O casal Coutinho da novela da SIC relatam com graça os emergentes nacionais

Page 91: Revista Eles & Elas

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viva a diferença

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Page 92: Revista Eles & Elas

92

Festas, Festinhas, Festarolas, sem esque-

cer as Eleições (uns choraram, outros ri-

ram, como sempre acontece, outros já vão

esfregando as mãos a pensar nos cargos

possíveis, enquanto outros fazem contas

à vida) vêm enchendo Lisboa e arredores.

E quando falo em arredores, refiro-me

também ao Algarve, onde os feriados de

Junho desencadearam uma “catrefa” de

eventos, que é assim como um prenúncio

do que vai ser o Verão. Então e a crise,

perguntarão os nossos leitores? Quanto a

mim, entre “borlas” e festas à séria, nada

vai faltar…

Mas, “noblesse oblige”, falo da Gala

comemorativa dos 30 anos da “ELES

& ELAS”. Uma festa chiquíssima, que

animou a noite da “high-society” e que,

segundo me constou já, provocou muitas

invejocas. O costume… numa gala que

é já uma tradição e que tem conseguido,

sob a batuta da Maria da Luz de Bragan-

ça, manter-se, ao longo de tanto tempo (e

com a mesma qualidade e exigência de

conteúdos), num mundo de revistas que

brotam como cogumelos selvagens.

E calculem lá, consegui realizar um desejo

secreto muito meu: conhecer o Emplastro.

Lembram-se de quem é o Emplastro? É

aquela famossíssima (?) figura que, no

Porto, aparecia sempre junto às caras

conhecidas do futebol, mas em especial

à do Pinto da Costa. Tanto quanto me

disseram, o FCPorto jogava na capital

nesse fim-de-semana, mas perguntei

aos meus botões como “diacho” soube o

homem que havia a festa? E lá se pas-

seou na passadeira vermelha (o que não

conseguiu, claro está, foi entrar na festa

e dar um pezinho de dança comigo), mas

mesmo assim deixou espantada a embai-

xatriz de França. O homem é indescrití-

vel, digo-lhes eu, ainda que já tenha um

“corta-palha” novo, que lhe ofereceu o

Pinto!!!

Houve também uma festa a assinalar – o

Baile da Flor – no Estoril, mas ainda que

fosse de beneficência, não fui, porque te-

nho estado a poupar para o casamento (fi-

nalmente) do príncipe Alberto do Mónaco.

Lá a vida é cara de morrer e, vejam só,

até sou obrigada a usar a mesma toilette

que levei a Londres, para o casamento de

William e Kate, porque quero dar um salto

ao Casino. Pode ser que tenha sorte e de-

sembarque na Portela, qual Ivana Trump.

Mas, entretanto, andei por aí, a agitar

umas bandeiras (não, não digo as cores),

mas sempre vos conto que vi alguns que,

algumas vezes, iam mudando de ban-

deiras, não fosse o diabo tecê-las. Que

nisto de eleições, pode sempre haver

surpresas. Não houve… E agora, Passos

Coelho é o novo primeiro-ministro, bem

acompanhado por uma mulher que (é o

próprio a reconhecer) não se coíbe de

demonstrar o seu apoio e o seu amor. O

futuro dirá…

Mas nem tudo foram coisas agradáveis

nestes últimos dias. Fiquei pessoalmente

muito chocada com a explosão em casa

da linda Sónia Brazão, que lhe provocou

queimaduras gravíssimas. Esperamos que

consiga ultrapassar este péssimo mo-

mento. Sensível como sabem que eu sou,

escandalizou-me a forma como esta situa-

ção foi abordada por algumas revistas, na

sua ânsia de vender e, mais do que isso,

dos boatos que já foram postos a correr

sobre o assunto.

Vou ficar hoje por aqui, mas acabo como

uma fofoca que me sopraram ao ouvido.

É que, para os resistentes que vão passar

o Verão na capital, parece que está na

forja uma festa tropicalíssima, com co-

cos vindos, directamente, do Brasil, para

refrescar os ânimos.

E hoje não “dou no coco” das emergentes,

porque sou muito boazinha…

E mais não digo porque agora vou até ao

Mónaco para visitar o meu amigo Enrico

Paolo Frittoli, para ver se espreito, da

primeira fila, o casamento dos príncipes!

Depois conto tudo! ■

Sedas & Chitas por Mimi Trancoso

92

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Page 95: Revista Eles & Elas

95ELES & ELAS

Cover:

Eles & Elas has celebrated its 30th aniversary and

the party took place in Aura Lounge Restaurant.

Beautiful people, from many areas of national

society honoured what they feel as their “special

magazine” and in this iconic day also took the

opportunity to congratulate its founder and director,

Maria da Luz de Bragança.

Contents:

page 96

30 years of the magazine Eles & Elas

What our guests said on this special occasion

Maria da Luz de Bragança

Cover Interview

The 85 years of Elizabeth of England

Flashback - 30 years of Eles & Elas

page 97

Interview with Carlos Medeiros

and Fabrice Marescaux

William and Kate get married at Westminster Abbey

Books

Vicente Themudo de Castro, a passion for

gastronomy

Summary

English Text

267

3. Summary.

4. Eles & Elas Anniversary Party. With a mild

night as scenery, and after a cocktail and dinner

beautifully server, the Statue of Truth was

presented to businesswoman Helena Daget.

32. Interview with Maria da Luz de Bragança.

The creator of Eles & Elas magazine.

40. Elizabeth II of England. The Queen of the

United Kingdom has just turned 85 years old.

46. Flashback. The story of thirty years of the

magazine Eles & Elas.

52. Interview with Carlos Medeiros and

Fabrice Marescaux. The two partners

responsible for the successful Restaurant

Lounge Aura.

56. Sana Excellence Hotel. A cosmopolitan hotel

expert in terms of quality and service.

58. William and Kate Middleton. The now Dukes

of Cambridge, are still waiting for a chance to

enjoy a holliday-in-moon after their wedding

60. André Jordan. Bestowed with an Honoris

Causa degree by Lisbon’s ISCTE

62. Lusíada University. The solemn

moment of the presentation of the degrees to

students at this prestigious university in

Portugal.

68. Estoril Open. The greatest event of national

tennis.

70. Diváldi Private School. At the end of

the school year, students, parents,

family and friends come together at the

D’Alvarenga country estate to celebrate.

74. Marta Aragão Pinto. An article dedicated to

the unexpected demise of singer and actor

Angélico Vieira

78. Storytelling. Another edition of this event

sponsored by Grant’s.

80. Cinema. Pina, Wim Wenders reference film

devoted to the ballerina and choreographer

Pina Bausch.

82. Espaço Seis ao Quadrado. Art and design.

84. The Pleasure of Reading. Some of the latest

books published in Portugal.

86. Vicente Themudo de Castro. An interview

with the young specialist in gastronomy and

enology.

89. Paula Bobone. One more chapter of the files

on etiquette from the well-known author.

92. Silk and Cloth. Social chronicles

95. English Texts.

98. Horoscope.

Page 96: Revista Eles & Elas

96

english text

30 years of the magazine Eles & ElasWhat our guests said on this special occasion

In the exquisite feast that celebrated the 30th

anniversary of the magazine Eles & Elas, that was

held at the Aura Restaurant in Lisbon, there were a

great number of public figures present. Well-known

and excepcional figures within the categories of

arts, theater, music, Portuguese society and many

others gave luster to an event that ended up being

perceived by many as one of the most iconic and

chic parties of the year. At the time, many of these

well known personalities seized the opportunity

to commend and congratulate both Eles & Elas

magazine and its well-deserving founder and

director, Maria da Luz de Bragança. A special

mention is deserved to Dom Henrique de Bragança,

António Gentil Martins, Isabel Meirelles, Pedro

Barroso, Ruy de Carvalho, Fátima Lopes, Lenia

Lopes, Fernando Pereira and Manuel Enes, among

others. ■

When it’s time to celebrate the 30 years of Eles

& Elas, a magazine that stood out over the

years, for its active role in society and which was

characterized by the creation of the original trophy

"Statue of Truth" - a creation of sculptor Francisco

Simões -, this "flashback" is fully justified. In it

we remember the great names of journalists (and

others) who contributed to the success of the

magazine, for example, Manuel Anta, Ilídio Alves,

Luís Stau Monteiro, Virginia Maria Aguiar, Joaquim

Letria, Helena Sacadura Cabral and many more.

We also remember our Galas, geographically

diversified, throughout the entire country over the

years, and the names of the winners of the Statue

of Truth (always presented in dazzling parties),

some of them are still with us, as is the case ➤

Maria da Luz de BragançaCover Interview

Thirty years have passed since the founding

of Eles & Elas magazine, with Maria da Luz de

Bragança at the helm, with the strength, energy

and fresh spirit that characterize her. In the

interview published in this issue, the director

recalls the great names that have collaborated

with the magazine over these last 30 years, but

she also assumes that in recent years, the best

that happened to her was on a personal level,

and that was meeting a man full of qualities and

much loved by many, José Manuel Teixeira.

At the same time she also confesses that,

insofar as the magazine is concerned she has

had many joys and some disappointments.

But what, overall, comes to mind are the good

memories. She describes herself as a citizen of

the world, but one who loves the Portugal she

was born in. ■

The 85 years of Elizabeth of England

Elizabeth II, by a happy coincidence, celebrated

85 years of age at the same time as the 58 years

of her reign. Always with the same strength,

always respected and loved by his subjects,

Isabel II was forced under the circumstances

at certain critical moments of her reign (an

unexpected rise to the throne in 1952 after her

uncle, Edward VII, abdicated after he married

Wallis Simpson, and when her father, George

VI, passed away) to show a tougher side, that

the passing of the years has softened. Married

to the Duke of Edinburgh (although her mother

was against this union with the man she classified

as a "German destroyer," but in his biography

would, years later, refer to as a rightful "British

Knight"), the marriages of her children, exception

made to that of Prince Edward, caused her great

problems, especially that of Charles and Diana,

who would tragically end with the tragic death

of the "People's Princess". Finally, she would

end up recognizing and authorizing the marriage

of Charles and Camilla, the endless passion

of the Prince of Wales. Today, Elizabeth II is a

more tender woman with an easier smile, that

shows her human side, especially whenever her

grandchildren are concerned. ■

Flashback - 30 years of Eles & Elas

Page 97: Revista Eles & Elas

97ELES & ELAS

It started with the remote possibility of partners

Carlos Medeiros and Fabrice Marescaux winning a

contest that would allow them to be in charge of a

fantastic restaurant space at Praça do Comércio,

Lisbon’s most emblematic square. Once this

difficulty was brilliantly overcome, it was time to

give birth to the restaurant, Aura. After the name

had been chosen, it was necessary to begin

looking for the pieces necessary to an original

form of decorating this noble yet cozy restaurant

and lounge. Carlos Medeiros is a well-known

figure of the restaurateur world because he’s been

in charge for several years now of one of the most

successful catering companies in our country,

Catery. Many years ago, Fabrice Marescaux

exchanged his native France for beautiful Cascais

and then went on to teaching the portuguese how

to appreciate the best quiches made this side of

the Seine. Now is back in Lisbon being the perfect

host to the refined Restaurant Lounge Aura. ■

Interview with Carlos Medeiros and Fabrice Marescaux

BooksThe Aleph by Paulo Coelho – In a surprisingly

frank and personal account, Paulo Coelho reveals

how a crisis of faith led him to find a path of

renewal and spiritual growth. To reconnect with

God, the magician decides to start all over again.

Byron and Love by Edna O'Brien - The adventures

and misadventures of the hero who defended the

causes of others, described Sintra as "a beautiful

Eden", and ended up dying in Greece.

Sophia, A Poet's Life - An album that wisely

gathered both published and unpublished texts,

poetry and prose, travel journals, loose notes,

drawings, prints of her day to day, but also private

letters and photos. ■

William and Kate get married at Westminster Abbey

Thirty years after the marriage of Charles and

Diana, their eldest son joined his fate with that of

the young Kate Midletton, in a beautiful ceremony

in Westminster Abbey, in what was undoubtedly

the major event of recent times in Britain. The

newlyweds lived up to the solemn moment with

Kate, dressed beautifully by Sarah Burton, en-

tering the chapel by her father's arm, to meet a

prince William that was visibly nervous. After all,

he will be the future King of England.

Just like William’s parents, the princes of Wales,

the couple posed with the pageboys and pagegirls,

next to the throne at Buckingham Palace.

But the big surprise that Kate and William had in

store for all British subjects was the decision to

postpone the desired honeymoon, for professional

reasons, merely spending a long weekend in one

of the properties in Elizabeth II in Scotland. ■

Vicente Themudo de Castro, a passion for gastronomy

There once was a boy, born in December 1972,

whose fate was destined for the kitchen both for

the products and the cooking techniques. But in the

case of Themudo Vicente de Castro, his life took

a number of turns. From Ribatejo, where his father

had a farm, to Spain, where his grandparents lived,

and in between from the north to the south of Por-

tugal. It was after all this moving about that Vicente

came to feel, like an explosion, a strong desire to

eat and travel, to discover new and renowned res-

taurants. Back in Portugal, and after going through

a number of professions, raging from health to

historical preservation, Themudo de Castro decided

to share his experiences, devoting himself entirely

to writing on food and wine and saying that now is

descrbed as a eno-gastronomical expert. ■

➤ with Gentil Martins, Maria João Bustorff, Manuela

Moura Guedes, Maria do Céu Guerra and Judite

de Sousa, among others. But some are already

gone as is the case with Horácio Roque, Artur

Agostinho or José Saramago. Always addressed

were the most prominent national and international

events, and always handled in a very constructive

manner. Not forgetten were also cultural themes

(cinema, theater, painting, etc.), nor the elite sports

(horse riding, golf and tennis). These are in fact, 30

years of a magazine made entirely for you, our very

special readers. ■

Page 98: Revista Eles & Elas

98

Prevêem-se promoções ou ganhos ex-

tra mas para continuarem a progredir e

alcançarem os seus desejos terão de

trabalhar ainda com maior empenho.

Os solteiros poderão ver-se envolvidos

numa relação e com futuro, mas terão de

ser menos egoístas. n

Os nascidos sob este signo serão mais

realistas no que toca ao trabalho e aos

assuntos com ele relacionados. Continu-

arão, aliás, a receber lucros estáveis do

seu trabalho. Todos aqueles que se en-

contram numa relação sentir-se-ão mais

apaixonados. n

Os nativos deste signo serão pressiona-

dos a trabalhar mais e reconhecerão que

podem ser mais metódicos. O romance

está no ar e os solteiros apaixonar-se-ão

por alguém no local de trabalho ou terão

a surpresa de algum colega se apaixo-

nar por eles. n

Estes nativos terão de trabalhar ardu-

amente, mas em breve poderão acal-

mar o ritmo. O esforço para equilibrar

as finanças será maior. Uma relação

clandestina pode começar e se tal

acontecer pode vir a tornar-se impor-

tante. n

Estes nativos vão ter de arrumar as se-

cretárias por forma a terem espaço para

o trabalho que os aguarda. Em contra-

partida, não terão quaisquer problemas

financeiros. Os solteiros poderão ligar-

se emocionalmente a alguém que viva

longe ou no estrangeiro. n

Os capricornianos estarão cheios de

ideias mas não devem esperar ser re-

compensados, pois as influências as-

trais ditam um atraso na chegada de

lucros. Quem busca o amor pode vir a

apaixonar-se com a chegada do solstício

de Verão. n

Este é o mês das mudanças rápidas. Fi-

nanceiramente, parece estar melhor este

mês, mas as despesas não deixarão de

apertar. Os geminianos não tardarão a

perder-se de amor por alguém e os que

se encontram numa relação terão o de-

sejo de se comprometerem. n

O bom relacionamento profissional resulta-

rá em sessões de trabalho proveitosas. As

relações com superiores estão protegidas

na íntegra, pelo que os nativos de Balança

não terão de se preocupar com as finan-

ças. Os solteiros que buscam compromisso

emocional podem encontrá-lo este mês. n

Profissionalmente este é o momento

para darem tudo por tudo à organização

para quem trabalham. As expectativas

são consideráveis e financeiramente

surgirão ganhos inesperados. Os sol-

teiros conhecerão gente nova mas não

muito interessante. n

Os nativos deste signo não estão com

muita vontade de trabalhar mas serão

obrigados a cumprir as suas tarefas e as

dos superiores. Os solteiros farão novas

amizades e os que se encontram numa

relação alcançarão um novo grau de in-

timidade. n

Em termos profissionais os nativos des-

te signo podem sentir-se pressionados

a cumprir deadlines. Os negócios, ainda

assim, não correrão mal. Os solteiros

poderão conhecer alguém interessante

e o amor à primeira vista parece ser

uma possibilidade. n

São de esperar contactos e entrevistas

para outras colocações profissionais e

verbas inesperadas mas também se po-

dem deparar com despesas igualmente

inesperadas. Para os solteiros este não

é o mês ideal para começar novas rela-

ções. n

Astrologia

Carneiro21/3 a 20/4

Virgem23/8 a 22/9

Leão23/7 a 22/8

Touro21/4 a 20/5

Capricórnio21/12 a 19/1

Caranguejo22/6 a 22/7

Balança23/9 a 22/10

Gémeos21/5 a 21/6

Escorpião23/10 a 22/11

Peixes19/2 a 20/3

Sagitário23/11 a 20/12

Aquário20/1 a 18/2

Page 99: Revista Eles & Elas

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