revista b4i

44
1 Maio de 2010 nºzero | distribuição gratuita

Upload: brain4ideas

Post on 08-Mar-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista colaborativa da agência Brain4ideas. Tema: Mídias Sociais

TRANSCRIPT

Page 1: Revista B4i

1

Mai

o de

201

0 nº

zero

| di

str

ibui

ção

grat

uita

Page 2: Revista B4i

2

Foto

: Ale

x Ko

rolk

ovas

Page 3: Revista B4i

A primeira edição da revista b4i traz como tema as redes sociais. Em voga há tempos, elas figuram como trending topics em inúmeras discussões. Seja descendo a lenha ou mimando seus perfis,

todos parecem ter uma opinião a respeito desta dita revolução das comunicações.

E, de fato o consumo de mídia foi revolucionado. Se antes a voz do receptor não passava de um sussurro, hoje ele tem em suas mãos megafones enfileirados. A voz ativa tomou o lugar de uma passividade pré-estabelecida e isto teve como frutos consumidores muito mais críticos e conteúdos

muito mais segmentados, que crescem e se espalham desenfreadamente.

No entanto, as relações pessoais parecem ter se afunilado. Beijos sem saliva de icônicos emoticons coloridos substituem cada vez mais o contato físico que transborda emoção. O “social” da mídia é corroborado pelo constante compartilhamento de informações, mas se perde um pouco se observamos o termo em um cenário no qual os sentidos encontram-se cada vez mais privados.

Esta discussão não tem a pretensão de ser encerrada neste texto, mas serve como embasamento para a edição número zero da b4i . As mídias impressas morreram? Pode acreditar que não.

Elas mudaram? Com certeza. E nossa ideia aqui é resgatar os sentidos ocultados pela tecnologia e dar voz, cores e imagens à colaboração.

Para que isso aconteça, nesta edição, contamos com o conteúdo gerado por Fausto Salvadori Filho (www.botecosujo.com), Victoria Siqueira (www.borboletando.org) e Vitor Isensee e Sá (guitarrista do Forfun), entre outros. Estamos propondo uma nova forma de se fazer revista, centralizando

diversas opiniões e reunindo pessoas que têm o que dizer.

Nosso papel é imortalizar o que poderia tornar-se efêmero. Nossa pauta é colaborativa. Nossos conceitos estão em constante reforma. Nós somos a gelatina que tenta dar corpo à liquidez das

informações e das relações pós-modernas. Nós damos tato ao intangível. Nossa missão é resgatar os seus sentidos.

Prazer, nós somos a Revista b4i.

3

Page 4: Revista B4i

45

623

2728

2930

3234

3536

3738

40 4142

Indice

Editor

ial

Comixxx

4Busin

ess

Brain4id

eas

D-Nexxt

Luxury

Future

s

Design

Future

s

Music F

utures

Food Fut

ures

Fashion

Future

s

Behavior

Future

s

Sport

s Futur

es

Tech Fu

tures

Blogadic

tos

Beijomel

inka

Watts Z

ap

Dis-Lé

xxico

4

www.narealos

eudesejo.com.br

Page 5: Revista B4i

Indice

Editor

ial

Comixxx

4Busin

ess

Brain4id

eas

D-Nexxt

Luxury

Future

s

Design

Future

s

Music F

utures

Food Fut

ures

Fashion

Future

s

Behavior

Future

s

Sport

s Futur

es

Tech Fu

tures

Blogadic

tos

Beijomel

inka

Watts Z

ap

Dis-Lé

xxico

Concepts:Projeto gráfico

Roteiro:Estudo de tendências:

Colaboradores:

Fotografia:Ilustradores:

Internet:Revisor:Gráfica:

Product placement:

Dirceu Neto e Maxx FigueiredoMaxx FigueiredoDanilo DualibyBrain4ideas Carlos Kiwi/Camille Tenenbaum/ Catherine Souza e Carol Campos/ Gabriela Pacheco/ Ru Nouz/ Fausto Salvadori Filho/ Nicole Cassiano/ Ale Siedchslag/ Danilo Dualiby/ Maxx Figueiredo/ Vitor Isensee e Sá/ Bruno Telloli/ Victoria Siqueira/ Danilo Dualiby/ Fernanda Pineda/ Thiago Mobilon/ Júlio C. Borges/ Maria Sannini/ Monica LonergamAlex KorolkovasWellington Junio (Charada) e XawNicole CassianoCamille Tenenbaum/Nicole CassianoIbep

[email protected]

Equipe

5

Page 6: Revista B4i

Sampa 2010 - Procurando Sentidos

ilustrações: Wellington Junio e xaw

Apoema-x i-u Kamby Nambi Anana

6

Page 7: Revista B4i

Como viemos parar aqui, que lugar é esse?! Este lugar

parece uma lixa, eu não vou, eu não vou conseguir

ficar aqui!

Fomos seqüestrados.

vejam!!

Bom, pelo menos nosso sequestrador teve bom

gosto e não colocou uma serra no meio da sala nem acorrentou nossas pernas.

Mesmo assim, isto não me cheira nada bem. Precisamos lembrar

como chegamos nesta espelunca!

Vejamos, a última coisa que eu estava fazendo era...

ViVa a sociedade

sem sentidos

tnt

Calma I-u, eu possoouvir carros lá fora, nós estamos em um lugar alto

mas eu consigo ouvir.

7

Page 8: Revista B4i

dia anterior. Masp.

E depois disso nãovi mais nada.

Com um pêndulo de hipnose logo após a conversa, apoema-x não se lembra de mais nada.

Pintarei seus olhos quando conhecer sua alma. Realmente, esta exposição tem tudo a ver com você, não é mesmo, Apoema-x?

Tinha ido ao Maspver a exposição do

Modigliani

Posso ver que você também aprecia as belas artes.

eu não lembro muito bem, bebi um pouco demais, mas ontem eu

estava em uma degustaçãode vinhos e...

8

Page 9: Revista B4i

dia anterior. Mado’s. sai fora, coisa estranha!

Com certeza, este foi o lugar mais estranho que já acordei depois de

uma noitada.

aqui tá friiiio!...

Quer ser minha saúva?

Você não tem jeito mesmo kambi, só pensa em comida.

bebi e apaguei

Engraçado, eu acho que também vi este homem...

9

Page 10: Revista B4i

I.m in Miami BITCH!!

Eu ouvi uma frequência sonora muito estranha.

De repente, a música para e uma onda supersônica atinge nambi.

E depois?

ficou tudo preto.

Dia anterior, Skull Sensation.

10

Page 11: Revista B4i

e... eu.... eu est...tava. Eu estava participando do

Spa Week.

Já eu estava no empório mary saint comprando

umas flores.

anana, A morte intensifica os

sentidos da vida.

mas essa... está um pouco...

com uma fragância...

Senhora, suas flores tem uma

fragrância incrível!

Dia anterior, empório Mary Saint.

11

Page 12: Revista B4i

Dia anterior, i-u recebia sua tradicional massagem.

Espere só um pouquinho, vou buscar mais creme e já

volto. Relaxe.

Tzuduuuubeeemm.

Tzuduuuaaaaaai que bommmm.

Agora vou colocar estas pedras

quentes.

TZZZzzzzZZZ

TzzZ

12

Page 13: Revista B4i

Se pá nos demos muito mal dessa vez.

Agência Brain4ideas, a casa dos sentidos.

Ai meu deus!!

Maxx e danilo,Os sentidos não estão aqui, todos sumiram.Tá tudo destruído

e tem esses “ferro” esquisito aí.

WATAF*? mas que porra é essa?

terremoto?

Maxx o que você acha da campanha

dessa semana?

A do verbo de ligação? ou a do prismando

olhares?

Cacete mano!!

relaxa, A galera da agência já deve estar procurando a gente.

13

Page 14: Revista B4i

maxx, olha que carta estranha que

achei no chão?

Seu Idalécio,O que diz a carta?

Deixa eu ver.

ela deve explicar o que aconteceu

isso é uma P# falta de sacanagem!

http://thurly.net//mk1

Suas idéias nunca vingarão.

Os sentidos foram privados.

Todos sucumbirão ao

mesm

o, o igual prevalecerá

e ninguém será capaz de

deter a alienação.

A sua revolução nunca será

twittada. A Brain4ideas

está fadada ao seu fim.

TNT.

Meu! a polícia chegou.deixa eu fotografar essa

carta. Depois queima!

14

Page 15: Revista B4i

Meu nome é Sargento Brocha. Estou aqui para investigar o caso do sequestro dos sentidos.

bom dia, seu guarda!Algum problema?

não se meta no meu caminho.

eu sou “otoridade”

rapá!

15

Page 16: Revista B4i

no quarto de apoema-x, uma visão não muito agradável

16

Page 17: Revista B4i

Bom, eu olhei tudo, não há sinal de luta nem de arrombamento. Logo eles devem estar de volta. Vou voltar para a TN... Digo, vou voltar para a delegacia.

Passar bem.

Não vai haver investigação? Esta situação toda não tem sentido.

Jura? Nós vamos ter que investigar

sozinhos, as pessoas precisam dos sentidos.

Nosso trabalho depende deles.

17

Page 18: Revista B4i

Está feito, ninguém sabe que fomos nós. Eu cuido dessa para o senhor.

Agora meu plano vai funcionar. Sem os sentidos, tudo fica muito mais fácil,

a TNT vai ser a maior corporação do mundo. Todos vão comprar aquilo que eu

mandar!

HUAHUAHUAHUAHUA!!HUAHUAHUAHUAHUA!! HUAHUAHUAHUAHUA!!

Vocês ouviram isso?Veio da cobertura.

ouvimos o quê?

Hummmm, eu amo cobertura.

Muito sem noção...

kamby tô com medo!

ENquanto isso na TNT...

18

Page 19: Revista B4i

enquanto isso na agência Brain4ideas, está rolando uma força tarefa para o resgate.

colhi alguns depoimentosdas pessoas que viramos sentidos antes de

desaparecerem.

Danilo, como ficou a carta chamando todos a

participar da busca.

A carta já foi publicada na revista b4i:

vou twittar agora essa galera. vou agitar esse povo!meu, não acredito! sequestraram os sentidos!!

Entre tantos imperativos, entre tanta padronização, em

meio a tanta comunicação mal feita, a Brain4ideas

quer que você liberte seus sentidos.

Seja crítico, expresse sua opinião, manifeste emoções.

A nossa agência abriga todos os 5 sentidos e nós queremos

que eles retornem à sua forma mais pura.

Recentemente, os sentidos estranhamente sumiram.

Nossa maior busca acaba de começar. Nós dependemos

deles para que nossa mensagem seja passada da

melhor maneira. Se você sente falta deles,

junte-se a nós.

Brain4ideas.

#NAREALOSEUDESEJO

19

Page 20: Revista B4i

Eu preciiiiiiso sair daqui, eu preciiiiiiso sair daqui.

elvisnaomorreu Galera, me ajudem, os sentidos foram seqüestrados. A Brain4ideas foi invadida. Precisamos da colaboração de todos que acreditam na mudança da comunicação. Usem a hashtag #narealoseudesejo

@zeruela Se vc quiser aumentar seus seguidores. Escreva algo que preste e pare de usar scripts. Quantidade não é necessariamente qualidade.

nicnina RT @elvisnaomorreu Galera, me ajudem, os sentidos foram sequestrados. A Brain4ideas foi invadida. Precisamos da colaboração de todos que acreditam na mudança da comunicação. Usem a hashtag #narealoseudesejo

20

Page 21: Revista B4i

Vocês não poderão fazer nada para impedir o meu plano. Sem vocês para atrapalhar, todos ajoelharão frente a TNT Tower.

Eu já imaginava.

Filho da P&*¨%!Posso ver, nós vamos sair dessa, mas vamos precisar

de muita colaboração. A Brain4ideas precisa saber que a TNT está por trás de tudo isso.

CONTINUA......

A equipe de resgate foi formada por colaboradores que farão frente. serão a resistência

ativa em busca dos sentidos.

A Brain4ideas precisa aumentar seu exército e você pode se alistar:

@narealseudesejo.

21

Page 22: Revista B4i

22

na real, o seu desejoFo

to: A

lex

Koro

lkov

as

Page 23: Revista B4i

Monica LonergamCorrespondente internacional de Londres, Reino Unido | Goldsmiths, University of London

23

Defecando Diamantes

Na onda do Zumba

Aqui na Inglaterra não tem nada de rebolation nem de créu. Os movimentos latinos do

Zumba, mistos de salsa, samba e mambo estão em todas as academias e clubs.

http://www.youtube.com/watch?v=gdnefypc6Aw

Recessão PopAs pessoas estão usando suas próprias casas como restaurantes ou lojas que duram pouquíssimos dias; é o conceito Pop-up. A casa se tranforma. Por exemplo, no banheiro, a banheira está cheia de cerveja gelada e uma placa avisa: “por favor sirva-se e ponha o pagamento no baldinho”. O convite pode pintar pelo Facebook, com o menu da noite e as pessoas fazem suas reservas on line. Já que a lei não permite que as pessoas cobrem, elas pedem uma doação. Uma ótima oportunidade de experimentar um primeiro negócio.

A artista Roisin Byrne, 34, aluna da Universidade de

Goldsmiths, tem um método bastante inusitado para

desenvolver sua arte: Ela rouba a jóia alheia e engole

para depois defecar e alterar a arte.

Polêmico, mas o mais interessante é que a

Universidade proteje sua aluna alegando que

interromper o trabalho antes de sua realização

para uma revisão ética desistimularia a inovação.

Page 24: Revista B4i

Realizada este ano, uma pesquisa feita no

Reino Unido pela empresa de consultoria

McKinsey&Company revela como jovens consomem

mídia e qual é o nível de confiança

que eles têm nos diferentes meios.

Comparando com o ano de 2006, houve

um aumento de 12 minutos no tempo

que as pessoas gastam lendo notícias,

e este passou de 60 para 72 minutos. Tal

crescimento foi atribuído principalmente

à população na faixa entre 25 e 34 anos.

Apesar da preferência pela leitura na

internet, há uma grande disparidade

entre a credibilidade dos meios. 66%

do grupo pesquisado apontaram os

jornais como “Um meio informativo

e que inspira confiança”, enquanto a internet

foi apoiada por apenas 12% dos entrevistados.

Segundo pesquisa da Nielsen Online, hoje cerca de

47% da população visita o Facebook diariamente, uma

porcentagem que supera os meios de comunicação

mais tradicionais como o jornal, que teve uma

resposta de apenas 22% em relação ao Facebook,

a rede social mais utilizada ao redor do mundo.

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela Nielsen, 32,7

milhões de pessoas jogam diariamente. Isso é igual ao número

de leitores de jornal e é mais que o dobro dos leitores de revistas.

Cabe observarmos aqui que a rapidez da

internet parece ser um fator qualitativo

essencial para o entendimento dos números

apresentados acima. Em contraponto, a

tradição dos jornais e a credibilidade de seus

jornalistas muito provavelmente ainda são a

grande motivação para tal apoio e confiança.

Se formos um tanto quanto céticos, será que

chegaremos à conclusão de que a mídia impressa

está acabada, e que é coisa do passado? Os

tweets têm mais importância ou relevância

do que uma matéria publicada em um jornal

ou revista? A mídia dita “tradicional” – jornais,

revistas, rádio e televisão – “não faz a cabeça de ninguém” e

hoje o que de fato interessa são os jornais eletrônicos, blogs,

sites de notícia, sites de relacionamento e as redes sociais?

Seria esta uma tendência para que através de uma relação

de mão dupla, cada um adquira as melhores qualidades

do outro para criar um conteúdo mais direcionado e

com maior relevância para estes jovens adultos que

cada vez mais procuram informações? Parece que sim.

Os tweets têm mais

importância ou relevância do que uma

matéria publicada em um jornal ou

revista?

Opapelda midiaimpressa.Jovens lêem mais notícias na internet, mas confiam mais no impresso. Realizada neste ano, uma pesquisa realizada no Reino Unido pela empresa de consultoria McKinsey&Company revela como jovens consomem mídia e qual é o nível de confiança que eles têm nos diferentes meios.

@w

pg

f

s

yCamille TenenbaumCarioca, Jornalista, Flamenguista, e doida varrida.

24

Page 25: Revista B4i

p

f

Não acredito nem no desaparecimento da mídia tradicional nem na porcentagem da falta de credibilidade que as mídias digitais têm. Há sim muita coisa errada e mal-produzida na internet, mas a maioria está rumando pra um nível maior de profissionalismo. Os ProBloggers sabem a responsabilidade que carregam e tentam, cada vez mais, achar assuntos relevantes e com fontes seguras pros seus leitores.

Nicole Cassiano

A continuidade de cada mídia depende diretamenteda capacidade de entender o mercado e se adaptar a ele.

E os mais jovens, onde se encaixam nisso tudo? Será que eles não lêem ou apenas não entram nas estatísticas?

Realmente há uma disparidade. Já que mais de 60% das pessoas dão mais credibilidade aos meios impressos, porque o número de blogs de notícias e de pessoas aderindo a redes sociais que transmitem informações não para de crescer?

É possível afirmar que hoje as pessoas estão mais interessadas em jogar do que em se informar? O que vale mais hoje em dia, não deixar sua colheita do Farmville morrer ou saber o que o Chanceller brasileiro apóia o governo do Irã?

Camille Tenenbaum

Aonde isso pode nos levar?

A mídia tradicional tem se “acelerado” pra não tornar-se obsoleta, talvez pra algumas pessoas ela até tenha perdido a graça ou o encanto, mas ela está e continuará existindo por muito tempo.

André Ceciliato

A cada momento esse assunto vem à tona novamente e acredito que isso acontecerá ainda por muito tempo, mas tem uma coisa que sempre esquecemos: Mídias tradicionais como o jornal, nunca vão desaparecer pois elas sempre estarão em mutação. Se os jornais de hoje fossem iguais aos de quando foram criados é claro que eles não existiriam mais. A continuidade e o interesse pelos jornais de hoje, tendem a aumentar se eles continuarem a se dedicar cada vez mais a “adaptação” e identificação com os jovens de hoje e de amanhã. O mercado sempre irá ditar novas tendencias e cabe aos espertos entenderem isso.

Carlos Kiwi

nicnina A convergência dos meios e informação vinda de todos os cantos com certeza é tendência!

vidadeloco informação rápida e dinâmica, mas, não são todos que se adaptaram a essa velocidade de informação.

marcel_arduin Não se trata apenas de trocar a leitura do papel para uma tela. Trata-se de deixar de lado, antigos hábitos, sensações e prazeres.

obamis A continuidade de cada mídia depende diretamente da capacidade de entender o mercado e se adaptar a ele.

camilletenenbau E os mais jovens, onde se encaixam nisso tudo? Será que eles não lêem ou apenas não entram nas estatísticas?

dandualiby Eu penso que esta discussão deve girar em torno das linguagens midiáticas. Blogueiros e Jornalistas devem aprender mutuamente o que cada um tem de melhor.

Mande um e-mail para [email protected]

e dê o seu pitaco em uma matéria da próxima edição.

s w

b

t

mgx

v

brain4ideas O desafio para essa nova geração, é árduo. Com tantas informações na web, saber filtrar o que é fonte relevante, se torna uma obrigação.

25

Page 26: Revista B4i

Participe do 4UVocê pode aparecer na Revista b4i Envie seu texto com perfil e foto para: [email protected]

Ou você é mobile,ou está parado.Um pouco mais da metade dos entrevistados consideram o aparelho celular uma necessidade, ou seja, não viveriam sem um telefone celular. Essa porcentagem é infinitamente menor quando comparado a nova geração, chamada de Y. Os Baby Boomers condizem a 30% da base total de usuários de telefones móveis (dados de agosto de 2009). 85% dos Baby Boomers possuem celular, mas a grande maioria ainda não utiliza um smartphone, sendo que apenas 21% dos usuários são adeptos desse tipo de aparelho. Aproximadamente 19% de Baby Boomers que possuem celular utilizam aparelhos touchscreen. Já os Shadow Boomers, pessoas nascidas entre as décadas de 50 e 60, são mais propensas a utilizarem smartphones e celulares touchscreen. Mudança no Comportamento.Com o amadurecimento das gerações posteriores, os Baby Boomers estão percebendo a necessidade de acompanhar essa evolução. Está cada vez mais evidente que só será possível estabelecer uma comunicação com seus filhos e netos se você souber interagir com as novas tecnologias. E é exatamente isso que a geração dos Baby Boomers vêm fazendo: estão mais antenados e interessados nas novidades tecnológicas para poder passar mais tempo com seus familiares. De fato estão entendendo a importância de estar atualizado para conseguir falar a mesma língua dos mais jovens. Outra questão importante ocorre em relação a carreira profissional. Ou os Boomers se ajustariam rapidamente, ou perderiam lugar para os novatos. Desde 2009, os profissionais com mais de 45 anos passaram a ser

Conheça algumas tendências de mobilidade para o público com idade entre 46 a 64 anos, mais conhecidos como geração Baby Boomers.

Quem são os Baby Boomers?Hoje em dia, somam aproximadamente 78 milhões de pessoas só nos EUA. Steave Jobs e Bill Gates, são frutos dessa geração, também conhecida como Shadow Boomers.

Características marcantes dessa geração:

Entre as décadas de 40 e 50Chamados de Primeiros Boomers* Nasceram logo após o término da II Guerra Mundial* Influenciados por John Kennedy* Testemunharam a transmissão de esperança e idealismo com Martin Luther King Jr.* Chegada do homem à lua* Contestadores, lutaram muito por seus direitos* Passaram por períodos de contestação política e social* Participaram de movimentos pela paz, pela ideologia libertária, pelo feminismo, pela liberdade sexual, entre outros

Entre as décadas 50 e 60Chamados de Shadow Boomers/Boomers Posteriores/Geração Jones* Influenciados pela renúncia de Nixon com o escândalo político Watergate* Presenciaram o índice de natalidade crescer incrivelmente* Vivenciaram o ápice da Guerra Fria* Adoção moderada a novas tecnologias* Cultuaram o Rock and Roll, o movimento Hippie* Influenciados pela Guerra do Vietnã

valorizados, tanto pela experiência de vida, quanto pelo know how que possuem, o que ajuda e muito na gestão de equipes menos experientes. Apesar dos elevados preços dos smartphone e dos planos de dados, os boomers já entenderam a importância de ter um e não o consideram mais uma bobagem, mas sim uma ferramenta para aumento de produtividade.

Font

e: T

exto

bas

eado

no

víde

o “O

s Bab

y Bo

omer

s e a

Mob

ilida

de”

do C

onsu

ltor E

stêv

ão S

oare

s Cus

todi

o (a

dmit.

com

.br)

. A p

esqu

isa

“Boo

mer

s Slo

wly

War

m to

Mob

ile W

eb”

foi c

ondu

zida

pel

o eM

arke

ter e

div

ulga

da e

m 0

3.03

.201

0.Confissões de uma

twitteira “Eu sou uma típica mulher da minha geração: independente, liberal e com muita atitude. Exatamente por isso que decidi que eu pediria a mão do meu namorado em casamento. O meu maior problema era que ele estava do outro lado do mundo, numa viagem a trabalho. E porque eu deveria esperar? Já que eu decidi tomar iniciativa, por que não inovar?Exclui ele de todas as minhas redes sociais, pra dar mais emoção. Preparei um slide com fotos nossas, coloquei nossa música como

trilha, fiz o pedido e espalhei pelo facebook e twitter. Em poucos segundos, meu vídeo tinha 8 reetweets, 10 comentários e 6 dedos positivo de pessoas que curtiram isso.Esses 8 reetweets tiveram mais reetweets,mais comentários e mais pessoas curtiram. No dia seguinte, logo pela manhã, tive minha resposta. Mais de 100 SIM, vindos de vários lugares, espalhados por diversas pessoas, preenchiam toda minha página. Essa é somente uma ilustração – que poderia muito bem ser verdadeira – de como as mídias sociais funcionam.As mídias sociais ainda são novidade, e como toda novidade, está em fase de testes. Ainda não se sabe a fórmula certa de melhor utilizar esse meio de comunicação que tem um alcance imensurável. E eu não acredito que a

proposta das mídias sociais sejam dar forma, limitar...Pelo contrário. Elas fazem parte da web 2.0, que é um ambiente onde pessoas interagem de inúmeros modos, linguagens e motivações. O que as empresas precisam saber é que os usuários das redes sociais anseiam por novidades, querem participar de coisas inovadoras, criativas.Isso gera a mídia espontânea, que é a resposta à sua proposta. Além de criar fidelidade e admiração, cria um contato direto e imediato com aqueles que possivelmente são ou serão seus consumidores e parceiros, já que a tendência da web 2.0 é a colaboração vinda de todos os lados.Enfim, esperar pra ver aonde a coisa vai dar é perder tempo e espaço entre os concorrentes.Dê o seu ponta pé inicial.”

Maria Sannini, 24 anos, Sagitariana, Caipira, São Paulina, Curiosa, Aprendiz de Comunicóloga e Aspirante à coisas interessantes.

4U

26

Page 27: Revista B4i

xx

b4i

27

Page 28: Revista B4i

D-Ne

xxt L

uxur

y Fut

ures

Foi-se o tempo em que gadgets eram exclusividade masculina: hoje em dia, mulheres do mundo todo

consomem e se informam o tempo todo sobre as últimas novidades deste universo. E é claro que as empresas

sabem muito bem disso: primeiro foram os celulares (que menina não desejou um Motorola V3 pink alguns

anos atrás?), depois os iPods e mais recentemente, os notebooks. Hoje é muito raro ir a uma loja de

eletrônicos e não encontrar ao menos um produto com uma cor ou detalhe mais ligado ao sexo feminino.

A paixão da mulherada pelos gadgets anda tão arrebatadora que não seria exagero dizer que estes aparelinhos

remetem à frase que diz: “os diamantes são melhores amigos das mulheres” no quesito objeto de desejo.

Algumas grifes bem conhecidas no

mundo fashion abraçaram a

onda geek e assinaram

linhas em parceria com

grandes frabricantes

de gadgets. Em um dos

episódios mais famosos, a

Philips e Swaroviski uniram

seus designers para desenvolver a

linha de pen drives “Active Crystals”,

que reúne a reconhecida tecnologia da

marca holandesa com a delicadeza dos

cristais austríacos.

Um dos maiores símbolos do movimento

Geek, o Macbook, também ganhou uma

versão pra lá de luxuosa em 2007. A

empresa Computer Choppers fez um

modelo feito em Ouro Amarelo 24k e a

maçã mordida mais famosa do mundo

cravejada de diamantes. Na época, o valor

do mimo era avaliado em 10 mil dólares.

Nerdiva

Com status de jóia, os quatro modelos da

linha, sendo dois em formato de coração

(Heart Ware e Heart Beat) e dois cadeados

(Locked In e Locked Out), foram produzidos

em aço inoxidável polido e cravejado em

cristais transparentes. Em todos os modelos,

a chave USB é revelada quando o dispositivo

é aberto ao meio. Recentemente, a Active

Crystal incluiu em seu portifólio de gadgets

fones de ouvido seguindo o mesmo requinte dos

consagrados pen drives. A francesa Louis Vuitton,

famosa por suas bolsas, também lançou sua versão pendrive, feitos

a partir de materiais luxuosos como ouro branco, safira azul, couro de

animais exóticos e claro, diamantes.

Os fones têm um design especial e custam entre $100 e $150 (algo

em torno de R$ 180 e R$ 270!!!) e são carinhosamente chamados de

Heartbeats. Fabricados pela Monster, os fones chegam ao mercado

americano apenas em outubro.

Um luxo para poucos: apenas 3 unidades foram customizadas para a venda.

Mac pro, para apresentações que impressionam qualquer cliente.

Victoria Siqueira 24 anos, é paulistana, blogueirado www.borboletando.org, social media e redatora do sitewww.cristianaarcangeli.com.br.

Costuma ser shopaholic nas horas vagas.

28

Page 29: Revista B4i

É interessante como a arte anda lado a lado com a propaganda. A propaganda não é somente a que vende, mas também

aquela que divulga, ou seja, o propagador. Sou designer, fotógrafo, com formação em publicidade e propaganda e posso

afirmar isso de uma maneira simples: em ambas há criatividade e o desejo pela exclusividade.

Algo extremamente contemporâneo, considerando esses dois universos, é a manifestação artística conhecida como Intervenção Urbana e sua viralização nas redes sociais. Geralmente realizada em grandes cidades, de maneira inusitada, ela é associada aos neodadaístas e à arte conceitual. O mais interessante nessa manifestação é que ela provoca uma reflexão na sociedade, ou seja, vai além da simples concepção artística, gerando uma discussão. Pra que isso aconteça ela precisa ser levada ao público de alguma maneira. Através do graffiti, green graffiti, street art, cartazes, objetos e cenas teatrais, essa experiência tem um caráter subversivo, e se por acaso é patrocinada, ganha um apoio maior. Do contrário, algumas vezes é tida como fora da lei, ou como vandalismo mesmo, um absurdo. A sociedade em si tem uma tendência a apoiar movimentos artísticos, principalmente realizados em São Paulo e grandes capitais, em lugares como metrôs e avenidas movimentadas. A partir desse ponto, podemos afirmar que a mídia expontânea ajuda e muito a viralização dessa manifestação artística. Pessoas filmam, fotografam e criam posts em seus blogs, divulgando mesmo quando estão apoiando ou criticando o que está sendo feito. É dessa maneira que o buzz nas redes sociais acontece, sem planejamentos mas cheio de conteúdo e opiniões. Arte e Propaganda mais uma vez juntas.

Em São Paulo, capital, há inúmeras manifestações que podemos citar. Se estiver curioso e interessado no assunto, vale a pena acessar os links abaixo.

www.cowparade.com.brwww.alexandreorion.com/ossariowww.flickr.com/photos/thisislimbowww.flickr.com/photos/alexameadewww.vasmou.comwww.woostercollective.com

Julio C. Borges Diretor de Criação e Novas Mídias da Webcompany

(www.webcompany.com.br)Também é colaborador do Ideafixa (www.ideafixa.com)

e Vorko Design de BH-MG (http://vorko.wordpress.com)Embaixador - TMDG - Trimarchidg | www.trimarchidg.net

29

D-Ne

xxt D

esign

Futu

res

Page 30: Revista B4i

D-Ne

xxt M

usic

Futu

res

Música e tecnologia caminham

de mãos dadas em um romance

menos recente do que se imagina.

Desde o advento do fonógrafo de Thomas

Edson em 1878 até os atuais softwares

de gravação, passando pelos sintetizadores,

o Teremim, o movimento futurista do início do

século XX, a Disco Dance e tantos outros exemplos,

uma coisa fica clara: é inegável a participação da

tecnologia no que se refere à criação e comercialização

da música.

Quanto à criação musical, a participação da tecnologia

é muitas vezes polêmica e rende acaloradas discussões,

seja em papos de mesa de bar ou em debates entre

músicos e profissionais especialistas no assunto. Chico

Science eternizou uma clássica frase de Fred Zero Quatro

que nos incita a pensar sobre esse tema: “Computadores

fazem arte, artistas fazem dinheiro”. Mas se hoje em dia

cantores menos agraciados com o dom do “gogó de canarinho”

podem se beneficiar de recursos eletrônicos para mostrar uma

voz perfeitamente afinada na gravação de seus discos, seria

isso o fim da arte? Ou a arte evolui para outros patamares antes

impossíveis? Fica a pergunta.

Se o assunto é a influência da tecnologia na divulgação

e na comercialização da música, aí então a polêmica costuma

ser maior ainda. Muitos profetizaram o fim das gravadoras e

do mercado fonográfico depois do surgimento da internet. Hoje

fica óbvio que o que está acontecendo é uma transição para um

novo modelo que ainda não nos é dado conhecer, por mais que

especulemos e vislumbremos sobre ele. O fato é que, no Brasil e

no mundo, milhares de artistas e bandas, independentes ou não,

tiram proveito da tecnologia para se fazer ouvir e expressar-se

através da música. O tempo, esse maravilhoso alquimista, vai nos

mostrar o quanto a arte e a tecnologia podem ser boas amantes.

Vitor Isensee e Sáé produtor musical, tecladista e guitarrista da banda Forfun e atua no projeto eletrônico Hanumam.

30

BeATsN'ByTes

Page 31: Revista B4i

D-Ne

xxt M

usic

Futu

res

Bruno TelloliMusic Editor, responsável pelo

marketing do blog a2media, apaixonado por música e pelo São Paulo.

Por muito tempo as gravadoras viram a internet como um vilão e

talvez esse seja um dos principais motivos do porque o Mercado

Fonográfico esteja em profunda crise.

Hoje, um artista ou uma banda consegue, em poucas em horas, gravar

uma música, publicar ela em seu MySpace e ainda divulgar para seus

milhares de fãs através do Twitter, Facebook, Orkut, MSN, etc.

Aqui no Brasil sabemos que o Mercado independente é algo ainda

muito novo e amador, mas em países como Estados Unidos e

Inglaterra existem artistas que são fenômenos na web, e que ao invés

de assinarem com uma grande gravadora ou selo musical, recebem

investimentos de uma empresa e contratam pessoas com know-how

muito grande para cuidar da sua carreira e claro, pra poder continuar

fazendo da internet um parque de diversões para sua música.

Porém, mesmo com a crise no Mercado e com as milhares de

ferramentas gratuitas que a internet oferece, a Federação Internacional

da Indústria Fonográfica (IFPI) estima que em 2009 as gravadoras

gastaram cerca de US$300.000 para divulgar novos artistas em rádios,

tv’s, eventos, etc. Em função disso, parece que ainda vai demorar

para as grandes gravadoras perceberem que esses novos artistas

nasceram na internet e possuem um apelo muito forte dentro deste

universo. Por exemplo, a questão dos downloads. As gravadoras no

Brasil por um lado reclamam que os fãs baixam discos pela web,

mas não fazem nada de diferente para esses mesmos fãs comprarem

um conteúdo da banda. Talvez a solução seja colocar faixas extras

em álbuns digitais com músicas em versões acústicas ou até mesmo

uma música totalmente inédita.

Mas isso é uma “briga” saudável, pois o mercado só precisa ter

paciência e tentar incorporar a inovação para que o artista esteja

sempre à frente e tenha lucros imediatos.

Hoje é difícil falar do mundo musical sem passar pelo assunto internet e a crise que ela acarreta nessa

indústria. Cada dia que passa vemos o quanto essa poderosa ferramenta pode ajudar um artista a divulgar

um novo trabalho e manter contato direto com os fãs.

31

Page 32: Revista B4i

D-Ne

xxt F

ood F

utur

es

Depois que li a matéria “o futuro da comida”, de Rita Loiola com participação de Alex Atala na última edição da revista Galileu, o assunto me chamou muita atenção e me levou a pesquisar um pouco mais sobre a tendência da nossa alimentação e o que há de novo sobre gastronomia molecular que tanto têm se falado ultimamente.O assunto entra em discussão diante da preocupação com o futuro do nosso planeta e atrelado à isso, a maneira como nos alimentamos. Este ano a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse que 2050 será “um ano-chave” para o destino do planeta, e de acordo com a projeção da ONU, seremos cerca de 10 bilhões de pessoas no mundo que precisam se alimentar.

Atala diz que vamos precisar dobrar a produção mundial de carne. Pois, se com 6,7 bilhões de habitantes, o planeta exige 230 milhões de toneladas anuais de carne, com 3,3 bilhões de humanos a mais, o consumo chegaria a assustadores 463 milhões de toneladas de bife, costelinha, maminha, etc. Agora, você imagina a quantidade de pastos e áreas rurais que precisam ser mantidas para alimentar todo essa gado que depois virará um suculento filé no seu prato? Sem falar no latente problema de aquecimento global, que como nos lembrou muito bem Atala em sua matéria, 18% das emissões de gases do efeito estufa vêm da pecuária e cerca de 8% da água é consumida por esses animais, o que será do nosso planeta com o dobro dessa

quantidade?Estas preocupações vão além dos estudiosos e cientistas ambientais, muitos chefs têm se perguntado como cozinhar para todos nós sem destruir ainda mais nosso planeta. Uma cozinha com responsabilidade já é possível, acredite!

Não precisamos pensar num futuro necessariamente vegetariano, mas poderemos olhar para a carne como um “acompanhamento” e não como principal item que compõe nosso prato. A importância de uma alimentação consciente não significa abdicar do que você está acostumado ou gosta

Catherine Souza & Carol Campos,Gaúchas e publicitária de formação, atualmente moram em São Paulo e tem o blog Aromas Picantes. (www.aromaspicantes.com) há pouco mais de 1 ano. O blog foi feito para compartilhar dicas de bons resturantes, receitas e tudo que envolve o universo da gastronomia.

Orgânicos e

32

Page 33: Revista B4i

Orgânicos e

Fontes: Dados da Organização Mundial de Saúde e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, Reportagem da Revista Galileu, edição 225, artigo “O futuro da Comida” por Rita Loiola.

Livros Indicados: Com Unhas , Dentes e Cuca, de Alex Atala e Carlos Alberto Dória, Um Cientista na Cozinha” de Hervé This.

de comer, mas sim da preocupação de saber de onde vêm os alimentos que você está consumindo. Independente de onde você estiver, se os alimentos forem produzidos localmente, você já estará colaborando para diminuir os efeitos devastadores do nosso planeta, pois estará diminuindo o impacto de emissão de CO2 do transporte. Claro que ainda teríamos outros fatores, não apenas o CO2, que fere nosso ecossistema, mas o pensamento é o mesmo. Portanto, se o gado foi criado em uma fazenda próxima de onde você mora, já é melhor do que consumir carne argentina, por exemplo, e isso se aplica para todos os alimentos. Confesso que é complicado sabermos de onde vêm tudo que consumimos.

Mas, os alimentos orgânicos estão aí e cada vez mais ganham espaço nas prateleiras dos supermercados. Então, por que não podemos saber a procedência dos outros alimentos que compramos? A ciência já vêm estudando uma nova forma de cozinharmos que vem ao encontro da preservação do meio-ambiente. Batizada pelo nome de cozinha molecular, ela foi idealizada em 1992 pelo físico húngaro Nicholas Kurti e pelo físico-químico francês Hervé This.

O termo se tornou o título de uma série de workshops que aconteceram na Itália, em Erice, que reuniu cientistas e chefs profissionais para discutir a ciência por trás dos tradicionais métodos culinários.Depois de alguns desses encontros, eles mudaram o termo para somente “Gastronomia Molecular”. Algumas áreas de investigação da Gastronomia molecular são: como os ingredientes são alterados pelos diversos métodos de cozimento; qual o papel de cada sentido na apreciação da comida; quais são os mecanismos de liberação do aroma e como afetam a percepção do sabor; como os métodos de cozimento afetam o sabor e a textura dos ingredientes e como novas técnicas podem melhorar esse sabor e textura.

Muitos chefs atualmente estão associados ao termo gastronomia ou cozinha molecular: Ferran Adrià (do famoso espanhol El Bulli), Heston Blumenthal (do também reconhecidíssimo restaurante britânico Fat Duck), Jose Andres, Richard Blais, Homaro Cantu, dentre vários outros. Muitos deles rechassam o termo e dizem que fazem cozinha “experimental”, “progressiva” ou “avant garde”. Mas o fato é que todos abraçam a ciência na

preparação dos seus pratos.

O chef Pierre Gagnaire produz receitas em conjunto com Hervé This há dez anos e, em 2009, criou um prato “nota a nota” para seu restaurante em Hong Kong. Na panela, apenas componentes puros. Os clientes se depararam com este cardápio: “pérolas de gelatina com sabor que lembra maçã e textura semelhante ao sagu ou pérolas de tapioca. Essas pérolas são servidas com um granulado gelado com gosto parecido com o do limão e com um fino wafer de caramelo crisps”. Mas não foram usados caramelos, limões ou maçãs no preparo. Para Hervé, isso é um exemplo do que também comeremos na próxima década. A cozinha irá armazenar compostos de ácido tartárico, ácido cítrico e polifenois – este último vira um molho com a simples adição de água. Hervé diz: “São elementos tão úteis. Da mesma forma que hoje usamos o ágar-ágar, as emulsões ou gelatinas, utilizaremos os compostos. Eles estarão disponíveis, e as pessoas vão perder o medo de fazer sopa com polifenois. É mais simples e proveitoso.”Para aqueles interessados na arte da culinária molecular, um pouco de cautela e um maior conhecimento na área se faz necessário. Afinal de contas, não será do dia pra noite que nossa cozinha irá se transformar em laboratório alimentar.

Molecular Cozinha

33

Page 34: Revista B4i

D-Ne

xxt F

ashio

n Fu

ture

sA moda das mídias sociais

A moda se encaixou perfeitamente na era das mídias sociais. Mais do que uma ferramenta para saber onde, quando e como comprar aquela peça ma-ra-vi-lho-sa que você viu, as mídias sociais fazem hoje um papel importante no caso de amor entre lojas e clientes. Existe um longo caminho entre acessar um site de uma grife e ver sua coleção. As marcas de hoje precisam cativar seus clientes não somente com roupas que agradem, mas vendendo também um serviço de mídias sociais “cool” o suficiente para apaixonar quem compra ali. Existe uma corrida entre os estúdios de criação digital, que competem entre si para criar o site de moda mais interativo possível. Bons exemplos disso são sites como o da marca carioca Farm http://www.farmrio.com.br, que criou um blog onde o leitor escolhe a disposição de tudo o que está no sidebar. Ou da estilista Juliana Jabour http://julianajabour.com.br, que faz um lookbook

Gabriela PachecoJornalista. Criada entre backstages e estádios, viciada em Twitter e vendida ao mundo das mídias sociais. Futebol, maquiagem, artes marciais e sapatos, não necessariamente nessa ordem!”

especial das peças escolhidas pelo cliente. Com o aparecimento das comunidades de moda, os editores de blogs ficaram livres para criar edições de uma maneira prática, sem ter o trabalho de contratar fotógrafos e etc. O famoso Polyvore http://www.polyvore.com/ revolucionou, e liderou o aparecimento de sites como o Looklet http://looklet.com/ e o brasileiro By MK http://www.bymk.com.br, que expandiu a edição de moda para lados populares e atraiu anunciantes como Renner e Unilever. Ou então o novo site “Laca” http://www.crielaca.com.br/, que entrega em 15 dias o vestido que você mesmo cria em um layout delicioso de navegar. Sem esquecer do comentando site internacional da Wrangler http://eu.wrangler.com/bluebell, que criou uma maneira divertida de apresentar suas peças. Na home, é possível tirar a roupa dos modelos que reagem a cada zíper aberto. Com toda essa tecnologia e a ajuda do “boca a boca” virtual nas vendas e na divulgação, a pergunta que fica é: Quem é o verdadeiro editor de moda agora?

34

Page 35: Revista B4i

D-Ne

xxt B

ehav

ior Fu

ture

s

Toc-NO-LogiaA breve-longa trajetória “Cyberlock Holmes”. A gente se conhece no real e se encanta com a virtuoso(a) parceiro(a), vai pro virtual e investiga se o terreno é firme, volta pro real. Se a pessoa vislumbra uma possível realização e se depois de algumas trocas de real e virtual, e-mails, meios, seios, veios, a pessoa se sente na realeza e casa. Em casa, cada um vai migrando pro seu próprio virtual, depois de um tempo descobre que a virtualidade do real não é mais a mesma e cai na real (real real), outros caem na real e vão pro virtual (virtual virtual), por vezes super alienada (um alien, mais nada), desencanando totalmente da realidade, pois ali ela não tem idade, daí é só “sacanagi”, que não fazia na sua santidade matrimonial. E na real, vê que a gente mesmo não se conhece e não se mostra como é, e quando acontece dura um tempo, e logo a rede cai, geralmente tudo se apaga de novo, até que se acenda de novo, se religue, ou em latim religare (ligar de novo, palavra que originou a religião) até que se descubra o defeito você conecta, desconecta, instala, reinstala, clica, deleta, transfere, projeta, ri, chora, haja sistema operacional pra agüentar, as vezes até temos que apelar pra placa mãe, e quando nem assim resolve troca a placa mãe também ihhh... demooooora e vai dando um cansaço. E geralmente ocorre quando levamos um grande boot na bunda. Aí a gente acorda, dá um restart no nosso sistema e sai correndo para comprar um NoBreak pra instalar no coração. E quando você acha que tudo entrou no eixo, a corrente está estável, tudo abrindo, fechando, subindo, baixando (uploading, downloading) PUM! Muda a tecnologia e você tem que começar tudo de novo.

De crise a festas, desemprego a super empregos, uniões e separações, amizades e desamizades, ufos e Infos, cidades e praias, elogios e xingamento, I-ching (i-ching não é mais um software da Apple!), enfim, altos e baixos. Um ano pra se arrumar a casa. Entrei pouco em desespero, em situações de total pânico, pois adquiri alguns dons a mais. A paciência, que peguei furando a fila. Porra, a fila não andava! A sutileza e a tranqüilidade que arranquei a força numa briga e o silêncio em casa, que conquistei no berro. Perdi alguns bons amigos, achei outros, troquei, permutei e prevariquei de mais uma porrada de gente. Trabalhei pouco, mas fiz o que gosto e fiz bem. Dormi pouco e sonhei muito. Assim continuo.

Saldo Emocional Não amei como queria, mas como os outros queriam ser amados, e isso foi o muito importante ter aprendido, pois mostra o quanto você ama o próximo, segundo o outro. Aprendi que casamento pra dar certo, um tem que querer fazer o outro feliz. Enquanto cada um quiser que outro o faça feliz, nunca vai dar certo. Felicidade sempre é diferente para cada um. É o desejo, o desenho que se faz na mente, o que se designa, se traça, se risca e se arrisca. O caminho é imagético, não padronizado. Daí, dar o que o outro está imaginando, é a grande sacada.

Saber ver Observando o garçons (cada vez mais bombados) numa festa, tirei umas conclusões, além de que imagem não é tudo. Imaginei que aquele garçom servia “felicidade” ou “amor” e comecei a seguir alguns com os olhos pra ver como eles faziam. (óbvio que já estava bêbado, pois normalmente não fico olhando garçons).Às vezes, nossa dose de amor é pouca, mas é o que podemos dar (para uns é insuficiente, para outros o ideal), às vezes é demasiada e transborda tudo pra fora, fazendo a maior meleca (sendo para para alguns deleite, para outros um desastre sufocante). Saber como uma pessoa quer ser amada e manter o copo cheio sem derramar é uma arte.Ainda mais quando não param com o copo, ou tem mais um monte de gente tentando encher esse copo. Daí vale tudo! Água, coca, vinho, cidra, óleo de bacalhau, Lexotan, êxtase, absinto... Para a maioria, o barato é encher o copo, seja lá o que pintar! Para aqueles que são amados/servidos (os que seguram o copo), tampar o copo resolve, em outros casos, sossegar o copo, ou simplesmente declinar: “Obrigada, estou satisfeita.”Já os que amam/servidores, (os despejadores de amor) saber servir, girar a garrafa sobre o pano branco para não cair a última gota ao invés de dar uma chacoalhada, respingando pra todo lado. Um garçom quase não fala, ele observa, olha cada movimento, cada gole, e saca quando seu copo está vazio, ele enche e você agradece, às vezes nem percebe quem foi o cara que encheu seu copo, pois os olhos estavam voltados para outras pessoas. Existem também momentos em que não passa nenhum garçom, daí anda-se com um copo vazio numa mão e os sapatos na outra, até que encontramos um lugar pra abandonar o copo e tocamos a vida, pois não há sentido nessa vida carregar um copo vazio de amor, e quando chega essa hora... a hora do copo vazio... só nos resta dar um bom mergulho no mar e nos encharcar de sal, areia, vento, algas, lama, oxigênio, pra lavar toda nossa ansiedade e angustia e nos preparar para mais uma festa com garçons e copos na mão. Um brinde!!

m r

Maxx FigueiredoIlustrador ambidestro, diretor de arte, ciberhumano, concept

da agência Brain4ideas, além de ser um super pai coruja do modelinho Pedro Gaia. http://maxxdirecaodearte.blogspot.com

Um Copo de amorUso redes sociais para dar uma repescagem nos amigos que coexisto na vida real. Gestão de amigos? Pode ser. A gente vai colando estas pessoas, ou “amigos” como se fosse um album de figurinhas pessoal. Pessoas que colaram na banca.

35

Page 36: Revista B4i

Tornou-se um verdadeiro clamor popular. Nos botecos, nas ruas e por toda parte os amantes do futebol alegre, vistoso, sonham com a convocação da dupla Neymar e Paulo Henrique Ganso para a Copa do Mundo que se aproxima. Os “gritos” do povão tentam dar fim a “surdez” momentânea adquirida pelo técnico Dunga, que insiste em dizer que não haverá surpresas na relação dos atletas convocados para o Mundial, a ser anunciada no próximo dia 11 de maio. Enquanto o dia não chega, os meninos do Santos ganham novos adeptos e incentivadores. O tempo, nesse caso, é positivo. A cada nova partida, mais gols, show e espetáculo para os torcedores. E é isso que eles querem continuar fazendo até que o sonho, enfim, acabe. Em meio à disputa das finais do Campeonato Paulista e das quartas-de-final da Copa do Brasil, Neymar e Ganso bateram um papo rápido com a reportagem sobre o momento atual, Seleção Brasileira e sobre assédio dos fãs. É molecagem pura!

D-Ne

xxt S

port

Futu

res

NeymarO quanto pesa a seu favor ter a disputa das finais do Paulista e da fase final da Copa do Brasil antes de a lista de convocados do Dunga ser anunciada?Acho que ajuda um pouco. Temos mais tempo, quem sabe ganhando um título. Ficarei aguardando até o último momento, sempre com esperança. Eu e o Paulo (Henrique, o Ganso) sabemos que, na realidade, a nossa Copa é a de 2014, no Brasil. Mexe muito com você o fato de até torcedores de times rivais estarem na campanha por sua convocação?É uma sensação diferente. Fico realmente muito feliz com esse apoio. De repente, se a convocação fosse popular, eu já estaria lá, né? (risos) Aos 18 anos, você realmente já está preparado para disputar uma Copa do Mundo?Acho que sim. A bola lá fora também é redonda. Acho que falam isso por minha possível inexperiência, ou até pelo meu físico. Mas eu tenho provado sempre que isso não tem feito a diferença. Eu já estou muito mais maduro.

GaNsoVocê sonhava em poder disputar uma Copa do Mundo tão cedo?Não, nunca. Eu sempre acreditei no meu futebol, mas achava que isso era coisa mais pra frente. Tudo mudou muito rápido na minha vida, desde que o Vagner Mancini me deu uma nova oportunidade no time profissional do Santos. Cresci de produção e hoje penso na Copa. Sempre assisti a todos os jogos. Seria fantástico poder disputar agora. Seria frustrante estar fora da lista por tudo o que você tem apresentado neste ano?Acho que não. O Dunga é bastante coerente com as suas atitudes e firmou um grupo há algum tempo, que já deu muita alegria para a torcida brasileira. Mas se pintar uma vaguinha, quero estar lá. O assédio dos fãs cresceu muito?Normal. A gente procura dar atenção para todo mundo, mas é meio complicado. Acho que bato mais de 1000 fotos por semana! (risos).

tiraNdo a soNeca do mestre duNGa

PERGUNTA BONUS NEYMAR

Ru NouzEste jornalista preferiu driblar a sua identidade. Seu passe é muito valorizado e ele está sendo altamente cotado para reforçar a zaga do terceiro maior time da Moldávia. Em época de negociações como essa, realmente, é melhor não se arriscar.

>> >>Qual é a sua relação, hoje, com as mídias digitais?Olha... como a gente fica muito tempo na concentração, eu estou sempre usando o MSN para conversar com a família e com os amigos. De resto, eu tinha um perfil no Orkut desde os tempos da base do Santos, mas agora deletei. É dificil, porque voce não consegue ter privacidade.

Valeu Força Jovem!Na final do Paulistão 2010, dia 02/05, a Brain4ideas começou sua campanha de lançamento. Um QR code gigante apareceu no bandeirão da Força Jovem. Veja as outras ações em: www.narealoseudesejo.com.br

36

Page 37: Revista B4i

D-Ne

xxt T

ech

Futu

res

GrowlO Growl é outro daqueles softwares que parecem fazer parte do sistema operacional. Trata-se de um notificador, que exibe pop-ups nos cantos da tela sobre tudo o que anda acontecendo no seu sistema. E o melhor é que ele é completamente customizável. – Free.

Thiago Mobilon Fundador do Tecnoblog. Interiorano

apaixonado por tecnologia, tem como hobby fuçar em qualquer coisa que tenha um visor e

utilize energia elétrica.37

Page 38: Revista B4i

Fausto Salvadori FilhoJá foi definido como “jornalista marrom, maldoso e violento”, mas é um cara legal. No ano passado, seu blog Boteco Sujo (www.botecosujo.com) venceu o prêmio Best Blogs Brazil como melhor blog de sexo e ainda deu um furo (no bom sentido) de repercussão internacional: O ataque à aluna Geisy Arruda, da Uniban, por causa de uma minissaia rosa www.botecosujo.com

bl

og

adic

to

s

Eu não tenho nada a ver com isso. Nem eu, nem o Gio, o Clayton, o Marcão ou qualquer outro dos meus colegas de bar. Quando a gente se reúne num boteco sujo do centrão, tem sempre aquelas mulheres que só precisam passar a poucos metros de nossa mesa para calar na hora os nossos profundos colóquios sobre os destinos da arte, do Brasil e do universo — e elas nunca têm corpo de modelo. Têm peitos, bundas, coxas e outras redundâncias... e é disso que a gente gosta. Nós somos simples, redundantes. Por isso digo que a culpa não é nossa. O padrão de beleza sem pé na realidade que se espalhou por revistas, passarelas e programas de tevê não fomos nós que inventamos. A gente nem curte. Para a galera do boteco, mulher de verdade tem carne boa e quente em cima dos ossos. A gente gosta é de sentir o peso do que está pegando. Vem daí que o meu olhar de brucutu se enche de perplexidade ao ver amigas que renegam todos os prazeres da comida como se fossem os piores pecados, arriscam a vida em lipos e se consomem feito Joanas d’Arc na fogueira das academias. E só posso sentir pena ao ver modelos de quatorze anos definhando nas passarelas,

Têm peitos, bundas,

coxas e outras redundâncias... e é disso que a gente gosta.

Nós somos simples,

redundantes.

obrigadas a passar fome para manter o índice de massa corpórea dentro dos limites da subnutrição, numa

versão glamourizada das crianças que trampam nas carvoarias dos cafundós.Arrisco-me a dizer que essa noção que transformou

os esqueletos em arquétipos do belo é uma aberração histórica. Sim, porque o primeiro homem das cavernas que resolveu esculpir uma mulher gostosa talhou logo a Vênus de

Willendorf, cheia de carne para todos os lados. Nos 25 mil anos seguintes, das vênus gregas às banhistas rechonchudas de Renoir, a beleza sempre esteve ligada

à fartura das carnes. Tivesse nascida em qualquer outro século, Kate Moss seria

apenas uma subnutrida. Se não veio dos homens, de onde saiu essa

obsessão por um belo tão antinatural? Poderia botar a culpa em estilistas misóginos que só enxergam as mulheres como cabides das suas

coleções outono-inverno, mas não acho que seja por aí. Hoje, são as mulheres que perseguem padrões

irreais de beleza por si próprias. E não é mais para agradar aos homens, e sim para mostrar às amigas. Mais uma modalidade do esporte favorito da humanidade: perseguir a própria infelicidade.Se a opinião de um macho à antiga ainda tem algum valor, aí vai um pedido. Não se esforcem tanto, meninas. Mudem de alvo. Se, em vez de tentar competir com as outras amigas pelo corpo mais longilíneo, tentassem agradar aos homens, teriam muito menos trabalho. Como disse, nós somos simples. E bem menos exigentes.

38

Page 39: Revista B4i

bl

og

adic

to

s

Você segue o Jô Soares noTwitter?

Ale SiedcshlagEditora de Famosos e TV do portal R7. Paulista, paulistana,

são-paulina, mudo de cabelo como mudo de idéia e faço uma pasta al salmone de comer ajoelhado.

http://www.alesie.com.br/

Bem possível, já que ele tem mais de 260 mil seguidores. Influente, né?

seguidores). Ou seja, a maior parte de quem a seguia não necessariamente queria segui-la.

Muitos seguidores? Certamente. Qualidade em seguidores? Não necessariamente.

É nisso que uma agência precisa pensar na hora de contratar um twitteiro para divulgar o seu produto no Twitter. Ela vai querer que sua marca seja exposta a milhares de pessoas, não importando o target, ou vai preferir direcionar a um público certo, mesmo que menor? Adianta, por exemplo, um fabricante de panelas querer anunciar via Twittess? Ou seria melhor fazer uma açãozinha menor e mais focada, contratando, por exemplo, um chef de cozinha respeitado, com algumas dezenas de seguidores?

Neste caso, menos é mais.

Pois é, nem tanto. Isso porque o Jô Soares do Twitter não é o Jô Soares de verdade. Isso, porém, parece não ser de maior importância para seus seguidores. Outro dia mesmo a blogueira Rosana Hermann resolveu fazer o teste e perguntar para algumas pessoas que seguiam o perfil do Gordo se elas, agora que sabiam que não era o perfil real, deixariam de segui-lo. “Não” foi a resposta.

No Twitter, a imagem por enquanto é mais importante. É bacana ter milhares de seguidores. Bom, pelo menos era o que queria a Twittess (musa do microblog, aquela mesma que colocou a boca no, er... trombone no BBB10, sob o edredom, com Michel). E conseguiu, com base em um belo de um script (programinha para angariar

39

Page 40: Revista B4i

Nicole CassianoMini-blogueira (nos dois sentidos), chocólatra, futura publicitária e social media freak. Exterminadora de mosquitos nas horas vagas. Twitter: @nicnina

Com certeza, a maior e melhor função que as redes sociais e a internet realizam é encurtar distâncias. E não precisamos pensar no outro canto do mundo quando falamos em coisas distantes. A simples e única possibilidade de ver seu vizinho “ao vivo”, sem estar fisicamente ao lado dele, já cumpre esta função.Imagine então o quão emocionante é entrar num lugar que escolhe por você quem vai aparecer na janelinha ali, ao vivo. Alguém que muito provavelmente não fala a mesma língua que você e que está disposto a te conhecer e interagir com você – a menos que ele aperte o NEXT.E poder saber o exato lugar que seus amigos e aquelas pessoas que você admira estão, pra poder ir lá e encontrar com eles pessoalmente? Não parece incrível?Pois é, o Chat Roulette e o Foursquare – respectivamente comentados acima – são as mais novas sensações da internet e aparentemente têm mais em comum do que parece.A necessidade de ver as pessoas onde quer que estejam na hora que você quiser - que o Chat Roulette proporciona - ou poder dizer onde você está geograficamente para que os outros possam te encontrar - como no 4square - mostra que as pessoas estão carentes de atenção e quem sabe, sentindo falta de um contato mais “real” com as outras.Se formos pensar num âmbito sociológico, os dois aproximam as pessoas e conseguem forjar relações. Talvez tudo isso seja uma tendência que indica que as pessoas querem ficar mais perto e ter um contato mais intenso do que trocar recados, e-mails ou algumas linhas no MSN.E você? Quer ficar mais perto de alguém?

40

Page 41: Revista B4i

Watts Zap

Carlos KiwiPaulista da gema, concept da agência Brain4ideas, cicloativista e carnívoro assumido. Um cara 50% justo! http://twitter.com/ckiwi

41

Page 42: Revista B4i

Don t́believe the HYPENos meados de 1988 o grupo de rap estadunidense Public Enemy emplacava o single “Don´t Believe the Hype” nas paradas de sucesso. A música serviu como forma de protesto para a política americana da época.Hoje, o termo Hype está cada vez mais ganhando espaço na designação de pessoas, ações de marketing, novas tecnologias, etc... Ele é usado para determinar alguma coisa que tenha gerado repercussão, que seja tendência, e que faça parte das conversas de pessoas antenadas.Isso, você provavelmente já sabia. Mas você sabe de onde saiu tal expressão? Não, não foi da música do Public Enemy. Hype na verdade nada mais é do que uma abreviação de Hipérbole (hyperbole em inglês). Uma figura de linguagem que denota o extremo exagero para que a mensagem seja passada com mais clareza. Por exemplo: “Morri de tanto rir!” Hype que é Hype, sabe o que é Hype.

Ah,vá! Só um filme teve a capacidade de afundar o Titanic pela segunda vez. Pelo menos os dois são do mesmo diretor. Avatar, o épico de James Cameron, é a menina dos olhos (em 3D) de Hollywood e conseguiu superar a história de Rose e Jack, assumindo o posto de maior bilheteria de todos os tempos. A história dos Na´vi pode se passar em 2152, no entanto, a palavra “Avatar” vem do passado e não foi

criada por ninguém de pele azul. Avatar, na realidade, deriva da religião Hindu, na qual é utilizada para nomear uma divindade encarnada. Um Ser Supremo que desce do plano de Deus e passa a ter uma representação corporal no plano real.A partir desta simbologia, o termo passou a ser usado com um mote parecido, mas sem conotação religiosa, em computadores. O seu avatar do twitter, por exemplo, é a imagem que faz o caminho inverso da dos deuses hindus. Ela vai do real para o virtual e serve, também, como uma representação.A semântica da palavra no filme é a mesma. Se ainda não assistiu, assista. Se já, agora, você tem mais um motivo para assistir de novo. Com uma nova perspectiva.

Danilo DualibyRedator é um anagrama de Retardo. Que derrota.

42

Page 43: Revista B4i

43

Page 44: Revista B4i

44

Na real, o seu desejo