revista arquitetura e aço - 08
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Revista Arquitetura e Aço - 08TRANSCRIPT
&
Indústrias
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 8 dezembro de 2006Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 8 dezembro de 2006
ARQUITETURA AÇO
1ARQUITETURA AÇO&
SEM DÚVIDA, O AÇO É UM ELEMENTO bastante conhecido por quem proje-
ta edificações industriais. A tecnologia de construção em aço evoluiu muito
em poucas décadas, saindo do simples galpão de armazenagem, para edifí-
cios complexos e sofisticados. Além da facilidade em vencer grandes vãos, o
aço tornou-se um elemento que possibilita soluções estéticas e estruturais
nunca antes imaginadas. Assim, o material acompanha a necessidade das
indústrias em serem cada vez mais competitivas, transmitindo a imagem
corporativa de solidez e inovação, exigida pelo mercado.
Nesta edição de Arquitetura & Aço estão reunidos alguns projetos
industriais nos quais o aço mostra-se como um elemento-chave para o
sucesso da obra. Neles, a harmonia entre forma e função é um requisito
básico, que se une à flexibilidade, racionalidade, economia e sustentabili-
dade – itens cada vez mais em pauta na indústria brasileira.
Um ótimo exemplo é o projeto da Ipel, de Sidonio Porto, premiado pelo Ins-
tituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento São Paulo, e pela Bticino graças
à solução arquitetônica que reúne plasticidade, conforto térmico e economia
de energia – e tudo graças ao desenho arrojado da cobertura metálica.
A cidade de Colatina, no Espírito Santo, ganhou um marco arquitetônico
de grande impacto visual com a construção da sede da PW Brasil Export,
concebida pelos arquitetos Elio e Juliana Madeira, premiados pela Abcem
(Associação Brasileira da Construção Metálica).
O aço também garantiu contemporaneidade à Circuit Equipamentos
Esportivos, uma indústria do interior de São Paulo. Como o principal objetivo
era remodelar a sede da empresa, os arquitetos Marcelo Couto e Olegário
Vasconcelos encontraram no aço a alternativa ideal.
Confira, nas próximas páginas, estas e outras boas soluções em aço para
instalações industriais.
Boa leitura!
editorial
Evoluindo com a indústria
sumário04. Elio Madeira cria uma referência arquitetônica para o vale do Rio Doce 08. Estrutura e revestimentos metáli-
cos definem o caráter de uma moderna indústria 10. Cláudio Rampazzo assina a obra da Açotubo, em Guarulhos 12.
Identidade Visual de empresa no Rio Grande do Sul gerada a partir de estrutura em aço 14. Ipel: projeto de Sidonio
Porto marca nova fase de indústria de embalagens paulista 20. Executada com estrutura metálica tubular , a cobertura é
o destaque do edifício principal da Flextronics 22. O Globo: um desenho internacional para o centro gráfico de um dos
maiores jornais brasileiros 24. Paulo Bruna e o projeto de uma fábrica “em construção” há exatamente 30 anos
27. Planejamento: terminal de cargas e entreposto alfandegário trazem interessantes soluções arquitetônicas em aço04.
08. 12.10. 14.
20. 22. 24. 27.
Foto da capa: colunas esbeltase inclinadas caracterizam oedifício do O Globo, projetadopor Kenneth Sowerby
Arquitetura & Aço n0 8dezembro
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Info
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5ARQUITETURA AÇO&4 ARQUITETURA AÇO&
Identidade metálica
A INTENÇÃO DE CRIAR uma obra que se tornasse referência
arquitetônica para a cidade de Colatina, importante pólo industrial
do vale do Rio Doce, no Espírito Santo, norteou o projeto dos
arquitetos Elio e Juliana Madeira para a nova sede da PW Brasil
Export, empresa que atua no setor do vestuário há mais de 25 anos.
Erguido em um terreno panorâmico e privilegiado, que se situa
cerca de 30 metros acima do plano da cidade, o complexo industrial
foi concebido inteiramente em elementos metálicos, utilizando
aproximadamente 220 toneladas de aço para a composição da estru-
tura, cobertura e fechamento das fachadas de seus quatro edifícios.
O resultado, de grande impacto plástico, como desejavam os
profissionais, rendeu ao projeto o prêmio de melhor obra na catego-
ria edificações industriais na premiação Abcem (Associação
Brasileira da Construção Metálica), em 2003.
Segundo o arquiteto Elio Madeira, a escolha da solução construtiva
recaiu sobre o aço, primeiramente, pelas exigências de grandes vãos,
ELEMENTOS DE AÇO COMPÕEM A ESTRUTURA, A COBERTURA E O FECHAMENTO
DOS QUATRO BLOCOS DE UM COMPLEXO INDUSTRIAL NO VALE DO RIO DOCE,GARANTINDO UNIDADE E HARMONIA AO CONJUNTO
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> Projeto arquitetônico: ElioMadeira e Juliana Madeira
> Área construída: 8.500 m2
> Aço empregado: aço de maiorresistência à corrosão
> Cálculo estrutural: MCATecnologia de Estruturas Ltda.
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Art MetalEstruturas Metálicas Ltda.
> Execução da obra: P&PEngenharia Ltda.
> Local: Colatina, ES
> Data do projeto: novembro de 2000
> Data da conclusão: junho de 2003
A nova sede da PW Brasil Export foi erguida com 220 toneladas de aço, material que compõe a estrutura, a cobertura e o fechamento deseus quatro edifícios. Na página ao lado, destaque para o contraventamento estrutural, feito por tirantes fixados a treliças e pilaresmetálicos estaiados diretamente no chão
7ARQUITETURA AÇO&6 ARQUITETURA AÇO&
1. Cerca de 30 metros acima do nível da cidade, o terreno escolhido para aimplantação do complexo industrial tem vista panorâmica para o Vale do RioDoce 2. Os pilares estruturais foram concebidos para se conectar à coberturapor meio de tirantes metálicos, eliminando a necessidade de pilares inter-mediários e permitindo a criação de grandes vãos 3. Devido à utilização do açocomo material construtivo, a obra pôde ser executada com limpeza e rapidez4. O PVC translúcido, aplicado em telhas da cobertura e em venezianas dafachada, permite a entrada de luz natural no interior da fábrica 5. Orientadoslinear e paralelamente, os diferentes volumes da implantação se harmonizam econfirmam a unidade do conjunto arquitetônico
1.
4.
2.
3.
que chegam a 60 metros nos ambientes
fabris. “Além disso, o uso de elementos
metálicos permitiu uma obra limpa, sem
desperdícios e executada em um curto
espaço de tempo”, completa Madeira.
Posicionados paralelamente, os
quatro blocos independentes da nova
fábrica somam uma área construída
de 8.500 m2. As estruturas e cober-
turas aparentes, combinadas com
grandes esquadrias envidraçadas nas
fachadas e cercadas por uma sucessão
de pórticos metálicos, garantem uni-
dade ao conjunto.
O programa arquitetônico desta-
ca-se, ainda, pela correta utilização
dos recursos naturais. A água destina-
da aos processos de lavagem e tingi-
mento dos tecidos é retirada de poço
artesiano e reaproveitada em um sis-
tema que atinge um grau de recicla-
gem de até 98%.
Para reduzir o consumo de energia
elétrica, venezianas e telhas de PVC
translúcido permitem a entrada da luz
solar em grandes áreas. Na cobertura,
a instalação de sheds favorece a cap-
tação do vento norte-sul, mantendo o
conforto térmico nos ambientes. O ar-
quiteto Elio Madeira ressalta esse
aspecto: “em uma região em que os
picos de temperatura chegam a 40°C,
não é necessário utilizar luz elétrica
nem sistemas de ar-condicionado das
7 às 17 horas em quase todos os setores
da fábrica”. (C.P.) M
5.
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9ARQUITETURA AÇO&8 ARQUITETURA AÇO&
PARA REFORMULAR o projeto de uma indústria de equipamentos es-
portivos, em Pindamonhangaba, São Paulo, os arquitetos Marcelo
Couto e Olegário Vasconcelos apostaram na linguagem do aço. Como
resultado, a Circuit Equipamentos Esportivos ganhou uma edificação
que se destaca não só por atender as exigências de funcionalidade
de uma grande fábrica, mas também pela relevância arquitetônica.
Quando os profissionais foram contratados, a obra já havia sido
iniciada por uma empresa especializada em concreto. A construção,
no entanto, não agradava ao proprietário, que, acostumado a viajar
ao exterior, queria que sua indústria tivesse uma sede “modelo”
como ditam os modernos padrões mundiais de arquitetura.
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Para atender a estas expectativas, os
arquitetos definiram uma nova imagem
e, sobretudo, um novo conceito para o
projeto. A proposta aprovada seguiu três
princípios básicos: valorização estética
do conjunto, fluxo de circulação eficiente
e intenso diálogo com a paisagem.
Do desenho inicial, foram mantidos
apenas dois galpões de concreto, de
2.500 m2 cada, que já haviam sido par-
cialmente implantados. A criação de
A força visual do açoCONSTRUÇÃO METÁLICA COM DESIGN CONTEMPORÂNEO VALORIZA A IMAGEM DE INDÚSTRIA
DE EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS
um bloco administrativo em estrutura
metálica, no entanto, é o que define a
resolução plástica da edificação.
Formado por uma série de peque-
nos volumes, este módulo abriga re-
cepção, escritórios, restaurante para os
funcionários e espaço para showroom.
“Nesse setor, a escolha pela estrutura
metálica foi muito importante, pois
nos permitiu criar formas elegantes e
criativas”, explica Olegário Vasconcelos.
As múltiplas possibilidades do aço também foram exploradas
nos revestimentos da fachada, na cobertura curva do estaciona-
mento de caminhões e em uma escada vazada em grade metálica,
no centro do lobby.
Na parte interna, o programa foi planejado para que os fun-
cionários pudessem se sentir bem em seu local de trabalho. Os
espaços são abertos, generosos e de fácil circulação. A luz natural
invade o prédio por grandes panos de vidro na fachada principal e,
para completar, um imenso rasgo na parede do refeitório enquadra
o visual da Serra da Mantiqueira, presenteando os trabalhadores
com um atrativo a mais em suas horas de descanso e lazer. (C.P.) M
A área administrativa, construída em estruturametálica, é o módulo que define a resoluçãoplástica do projeto. No lobby, um grande panode vidro privilegia a iluminação natural e con-fere amplitude aos espaços
> Projeto arquitetônico: MarceloCouto e Olegário Vasconcelos
> Colaborador: Adilson Santos
> Área construída: 7 mil m2
> Aço empregado: ASTM A36,ASTM A572 e aço de maiorresistência à corrosão
> Cálculo estrutural: BeltecEngenharia Ltda.
> Montagem da estrutura metálica:Aluaço Metalúrgica Indústria eComércio Ltda.
> Construção: CVA Couto &Vasconcelos Arquitetura
> Local: Pindamonhangaba, SP
> Data do projeto: fevereiro de 2002
> Conclusão da obra: agosto de 2004
11ARQUITETURA AÇO&10 ARQUITETURA AÇO&
Estrutura confiável
PARA O PROJETO DA SEDE de uma empresa fornecedora de tubos
de aço, inclusive para o setor da construção civil, nada mais apro-
priado do que utilizar este material de forma significativa no pro-
jeto arquitetônico, tirando partido de sua expressividade. No caso
da Açotubo, em Guarulhos, o arquiteto Cláudio Rampazzo seguiu
esta lógica e, para conseguir outros benefícios na obra, especificou
o aço patinável para toda a estrutura do novo edifício. “Pelo partido
empregado na concepção do projeto, o aço oferece muitas vanta-
gens, como a racionalização da obra, pouca perda de material,
economia na montagem e rapidez na construção, além da leveza
conferida ao projeto”, enumera Rampazzo.
Tanto a área administrativa quanto a de produção possuem
estrutura em aço e fechamento em alvenaria, somando 2.700 m2
de área construída, formada pelo edifício administrativo (com dois
pavimentos e um terraço na cobertura) e o galpão fabril.
As paredes externas foram executadas em bloco de cimento,
enquanto as paredes internas dos escritórios e da recepção são
formadas por divisórias drywall, com acabamento em massa cor-
rida e pintura acrílica.
Toda a estrutura e as escadas metálicas foram implantadas
com pintura eletrostática na cor branca, com exceção das vigas
frontais, recobertas pela pele de vidro.
A ampla utilização do aço nas instalações da Açotubo, tanto na
área fabril quanto na administrativa, reforça uma das característi-
cas mais conhecidas e valorizadas deste material no campo da
arquitetura: a versatilidade. (V.S.) M
UTILIZAÇÃO DE TUBOS DE AÇO GARANTE QUALIDADE CONSTRUTIVA PARA A SEDE DA AÇOTUBO
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Acima, vistas do edifício administrativo e dopavilhão de produção; projetado com estruturade aço patinável, o conjunto totaliza 2.700 m2
de área construída. No alto da página, vistaparcial da fachada, com destaque para aestrutura de tubos metálicos, organizada deforma a conferir ritmo e movimento ao edifí-cio. A especificação do material foi definida emfunção do programa e do perfil da empresa. Na página ao lado, a fachada principal do setoradministrativo e, no detalhe, totem com tubosmetálicos demarcam o acesso principal
> Projeto arquitetônico: CláudioRampazzo
> Área construída: 2.700 m2
> Aço empregado: aço de maiorresistência à corrosão
> Cálculo estrutural e projeto daestrutura metálica: ABEDEConsultoria e Engenharia
> Fornecimento da estruturametálica: Açotubo
> Execução da obra: Ancolar
> Local: Guarulhos, SP
> Data do projeto: agosto de 2000
> Data de conclusão da obra:dezembro de 2002
13ARQUITETURA AÇO&12
ARQUITETURA AÇO&
COM TRELIÇAS APARENTES o edifício
administrativo da Metasa, construído
em 1997 na cidade de Marau, RS, pas-
sara a compor a identidade visual da
companhia. O aço utilizado em toda a
estrutura foi o ASTM A36, pela melhor
relação custo x benefício e por ser um
recurso abundante na empresa – que
fabrica e executa a montagem de edifi-
cações em aço em todo o país. Os pavi-
lhões industriais, também projetados
em aço, acompanharam a evolução do
material e das técnicas construtivas.
O arquiteto Aldechi Colnaghi pro-
jetou o edifício administrativo da Me-
tasa quase 20 anos depois de ter rea-
lizado o primeiro pavilhão industrial,
em 1979. Na época, propôs um galpão
em sistema shed. Já no edifício-sede,
com o desenvolvimento tecnológico
atual, foi possível utilizar treliças e
pele de vidro em um projeto arrojado,
que também transmite leveza. O mes-
mo padrão deverá ser utilizado em
novos projetos da empresa.
O cálculo estrutural e a montagem
do edifício administrativo ficaram a
cargo dos engenheiros da Metasa,
que levaram pouco mais de uma semana para deixar a estrutura
pronta para receber o fechamento de painéis de vidro e alvenaria.
O engenheiro Douglas Roso, gerente de contratos da empresa,
acompanhou todo o processo e afirma que a opção pelo aço foi
fundamental para garantir a elegância da estrutura e a geometria
da edificação, que tem a base mais estreita, formando um T de
três pavimentos.
Na ampliação do pavilhão industrial, em 2000, o conceito das
edificações antigas da Metasa foi mudado do sistema shed para
pórticos em perfis soldados de alma cheia e terças tipo joist. “Esta
opção nos permitiu otimizar o tempo de fabricação e de mon-
tagem dos prédios, além de ser visualmente mais limpa, por ter
menos elementos estruturais”, informa Douglas Roso.
A Metasa inicia nova fase de ampliação, prevista para 2007,
somando um total de 15 mil m2 de área construída. “Manteremos o
mesmo conceito arquitetônico, porém com pés-direitos mais ele-
vados. Daremos, ainda, bastante importância para a ventilação e à
iluminação natural”, revela o engenheiro. (V.S.) M
> Projeto arquitetônico: AdelchiColnaghi
> Área construída: 1.200 m2
> Aço empregado: ASTM A36
> Cálculo estrutural: Metasa
> Fornecimento e execução daestrutura metálica: Metasa
> Local: Marau, RS
> Data do Projeto: dezembro de 1997
> Data de conclusão da obra: julhode 1998
Símbolo de crescimentoA GEOMETRIA DO EDIFÍCIO PRINCIPAL É TÃO MARCANTE QUE SE TORNOU A IDENTIDADE VISUAL DA
EMPRESA. E O CONJUNTO INDUSTRIAL REFLETE A PRÓPRIA EVOLUÇÃO DO AÇO NO BRASIL
Acima, detalhe da estrutura de sustentação em aço ASTM A36 no térreo do edifício administrativo, cuja fachada (página ao lado) tem tre-liças aparentes e pele de vidro azul que deram uma identidade visual para a empresa. Com o aço, foi mais fácil criar o desenhogeométrico da edificação sem causar prejuízo à estrutura. No topo da página, detalhes dos interiores
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Acima, pavilhão industrial ampliado há seis anos, quando os sheds foram substi-tuídos. Abaixo, vista lateral do edifício administrativo
15ARQUITETURA AÇO&14 ARQUITETURA AÇO&
Embalagem de aço
DA LINHA DE PRODUÇÃO saem esto-
jos de maquiagem e embalagens de
cosméticos. Beleza na Ipel, portanto, é
mais que uma questão de gosto ou
conceito, é um negócio sério que inte-
gra um mercado em franca expansão.
Uma constatação clara deste quadro
foi a transferência da fábrica, em
2001, da capital paulista para o Con-
domínio Industrial de Cajamar, no in-
terior de São Paulo.
Ali, às margens da rodovia Anhan-
güera, o arquiteto Sidonio Porto criou
um projeto arrojado para acompanhar a nova fase e marcar a
imagem corporativa da Ipel. A obra, que tem 6.000 m2 de área
construída e está dentro de um terreno de 11.500 m2, privilegiou a
funcionalidade e flexibilidade de serviços e, como não poderia deixar
de ser para uma empresa que trabalha com beleza, o desenho
arquitetônico do conjunto prima também pela estética.
“O projeto foi concebido levando-se em conta todas as colo-
cações do cliente”, explica Sidonio. Um local ventilado, bem-ilumi-
nado e confortável para os trabalhadores foram as principais solici-
tações dos proprietários. “A premissa de se criar um edifício
agradável para os funcionários foi atendida levando-se em conta a
integração entre os espaços interiores e exteriores, bem como a cria-
ção de percursos e espaços de trabalho aprazíveis”, fala o arquiteto.
COBERTURA METÁLICA É O DESTAQUE DO PROJETO
PREMIADO DE SIDONIO PORTO PARA INDÚSTRIA PAULISTA
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Formadas por telhas metálicascom isolamento termoacústico,as curvas abertas da coberturametálica, com pintura branca,são a marca principal da obra
17ARQUITETURA AÇO&16 ARQUITETURA AÇO&
Sidonio conta que para um edifício
empresarial deste porte, e de natureza
fabril, o desafio foi organizar os fluxos
de produção e administração em um
mesmo espaço. A solução não foi se-
torizar em blocos distintos tais ativi-
dades, mas criar um monobloco para
abrigar ambas. “Os fluxos são organiza-
dos dentro de um mesmo espaço, sem,
no entanto, haver conflitos. Pelo con-
trário, esta condição foi arquitetonica-
mente tratada de forma que a adminis-
tração do controle da produção pôde
ser facilitada”, comenta o arquiteto.
Para a construção deste monoblo-
co, a pré-fabricação foi amplamente
adotada, utilizando para isso basica-
mente o concreto e o aço. “O edifício é
composto por pilares pré-fabricados
de concreto, tanto internamente quan-
to nas fachadas. Estas são fechadas por
painéis pré-fabricados de concreto e
vidro. Já o aço foi utilizado como estru-
tura de cobertura”, completa.
Como aponta o próprio arquiteto, a
cobertura metálica, com pintura bran-
ca e isolamento termoacústico, é o ele-
mento de maior destaque na obra.
Sidonio descreve que “a concepção da
cobertura foi baseada na orientação
solar, funcionando como um conjunto
de sheds. Desta forma, há iluminação
natural interna, eliminando a necessi-
dade de energia elétrica durante o
A estrutura metálica curva da cobertura apóia-se no solo e caracteriza umasegunda fachada em que é possível perceber brises que vencem vãos de12,5 m. Os brises combinados com os vidros laminados e a caixilharia de alu-mínio pintada de branco garantem o aproveitamento máximo da luminosidadenatural, o que representou significativa economia no total de gastos mensaisda empresa
Um ambiente claro, limpo e com ótima circulação de ar garantiram o cumpri-mento de uma das premissas básicas do projeto: criar um ambiente agradávelpara os trabalhadores. Assim, o bloco da produção foi construído voltado para aface sul, o que evita a incidência direta da luz solar; mas, devido ao sistema desheds, torna possível o aproveitamento da iluminação natural de uma forma maisestimulante aos funcionários
> Projeto arquitetônico: SidonioPorto Arquitetos Associados
> Área construída: 6 mil m2
> Aço empregado: ASTM A36 (chapas), ASTM A500 (tubos),ASTM A570 (perfis dobrados)
> Cálculo estrutural: Projecta
> Fornecimento da estruturametálica: Projecta
> Execução da obra: ECAPEngenharia Ltda
> Local: Cajamar, SP
> Data do projeto: janeiro de 2000
> Data de conclusão da obra:junho de 2001
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ação
18 ARQUITETURA AÇO&
período diurno. O sistema de telhas
zipadas possibilita total estanquei-
dade da cobertura e uma boa acústica.
Além disso, seus grandes beirais con-
ferem leveza e plasticidade à obra”.
A opção pela estrutura metálica,
segundo Sidonio Porto, foi feita con-
siderando-se as possibilidades de
vencer vãos com maior leveza, melhor
acabamento estético e devido à rapi-
dez de montagem. “O aço possibilita
que o arquiteto trabalhe com a lin-
guagem dos vazios. Neste caso, seu
contraste com o concreto, também uti-
lizado nessa obra, permitiu força e
expressividade arquitetônica”, explica.
O projeto de Sidonio Porto para a
fábrica de embalagens e pincéis Ipel
ganhou o prêmio Rino Levi, do IAB
(Instituto de Arquitetos do Brasil), em
dezembro de 2002. (I.G.) M
NÍVEL TÉRREO
NÍVEL SUPERIOR
O projeto de Sidonio Porto transforma a tradi-cional cobertura tipo shed em uma sequênciade curvas, que culminam em um grande planocurvo na fachada principal (em último plano, nafoto acima)
LEGENDA:1. Showroom
e recepção2. Treinamento3. Vendas4. Sala de reunião5. Sanitários
6. Escritório7. Recursos humanos8. Copa9. Ferramentaria10. Manutenção11. Vestiários12. Sala de moagem
13. Subestação14. Utilidades15. Administração16. Gerência17. Área injetora18. Expedição19. Almoxarifado
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21ARQUITETURA AÇO&20 ARQUITETURA AÇO&
O ESCRITÓRIO Sidonio Porto Arqui-
tetos Associados, sediado na cidade de
São Paulo, recebeu em 2002 dois prê-
mios da Asbea (Associação Brasileira
de Escritórios de Arquitetura) na cate-
goria de edifícios industriais. Um re-
fere-se à obra da Ipel (ver matéria
nesta mesma edição); o outro, ao pro-
jeto da Flextronics. Em ambos, é possí-
vel perceber o estilo inconfundível de
Sidonio, seja na otimização de luz e
espaço, no diálogo que propõe com o
entorno ou na utilização da estrutura
metálica para vencer grandes vãos.
Localizada em Sorocaba, interior
de São Paulo, a Flextronics é uma
multinacional norte-americana que
fabrica componentes eletrônicos para
outras grandes empresas, como HP,
Dell, Microsoft, IBM, Sony, Motorola e
Siemens. De suas linhas de produção
saem desde computadores, softwares,
celulares até equipamentos médicos.
A arquitetura preocupou-se não só
Vigas e pilares pré-moldados de concreto formam a estrutura do edifício. A cobertura da área fabril é composta por estrutura metálicatubular e complementada por telhas zipadas com manta de lã de rocha. O sistema de apoio da cobertura é feito em três pontos, ven-cendo um vão de 60 metros
Transparência e luminosidade são duas premissas básicas deste projeto de Sidonio Porto. A cor branca apenas reforça este conceitoagregando modernidade e leveza tanto às áreas internas quanto externas do edifício
PROJETO PARA INDÚSTRIA DE COMPONENTES ELETRÔNICOS REÚNE
MODERNIDADE E RESPEITO AMBIENTAL
Tecnologiaem meio ao verde
em refletir este conceito de tecnologia e modernidade, mas tam-
bém em proporcionar aos trabalhadores um ambiente de con-
vívio acolhedor.
O conjunto industrial é composto por uma grande nave central,
que abriga produção e depósitos, e edifícios anexos para os setores
administrativos, interligados por rampas e escadas. A construção é
do tipo mista, que integra estrutura em concreto pré-moldado e
cobertura metálica.
É justamente a cobertura metálica que confere destaque ao
complexo fabril. Com perfis tubulares, sua estrutura é configurada
em três apoios, que saem dos pilares, vencendo um vão de 60 m. O
aço pode ser conferido, ainda, em elementos como as passarelas
que circundam a área de produção.
Por estar localizada em uma região de preservação ambiental
da Serra do Mar, a implantação da obra foi, de início, um desafio.
Mas, depois de um trabalho sério de pesquisa junto à construtora
Racional e sob supervisão do DEPRN (Departamento Estadual de
Preservação de Recursos Naturais), órgão da Secretaria Estadual do
Meio Ambiente, foi possível chegar a uma bem-sucedida solução
de preservação da vegetação nativa. Fato que também só agregou
diferenciais ao projeto arquitetônico, já que, além do conforto tér-
mico, o verde circundante representou um verdadeiro alento para
os funcionários, que, devido ao sistema de vidro estrutural, podem
admirar o visual do entorno mesmo do interior do edifício. (I.G.) M
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> Projeto arquitetônico: Sidonio Porto
> Colaboradores: Equipe SidonioPorto Arquitetos Associados
> Área total: 750 mil m2
> Área construída: 52.650 m2
> Aço empregado: aço de maiorresistência à corrosão (tubos),ASTM A570 (perfis dobrados),ASTM A36 (perfis laminados eperfis compostos de chapa)
> Cálculo estrutural: OA e Aço Tec
> Fornecedor da estrutura metálica: Alufer e Açotec
> Local: Sorocaba, SP
> Data do projeto: março de 1999
> Conclusão da obra: outubro de 2001
23ARQUITETURA AÇO&22 ARQUITETURA AÇO&
EM 1998, O ARQUITETO australiano Kenneth Sowerby deixou sua
marca na construção em aço brasileira. Inspirado por formas e
traços futuristas, ele criou o projeto do parque gráfico do jornal O
Globo, localizado em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro.
Com estrutura mista de aço e concreto, a obra ganhou o con-
corrido prêmio da Abcem (Associação Brasileira da Construção
Metálica), no ano de sua execução, como um dos melhores exem-
plos de utilização do aço na arquitetura nacional.
“Minha idéia foi trabalhar em cima da simplicidade da arquite-
tura industrial, dando a ela um algo a mais – uma forma, uma
dinâmica, uma escultura”, conta o arquiteto. Segundo ele, o ele-
mento utilizado para criar este efeito foi uma ampla cobertura
metálica, que, pousada sobre colunas esbeltas e inclinadas,
envolve toda a edificação.
Projetado para imprimir mais de 1 milhão de exemplares do
jornal O Globo aos domingos, o parque era o maior da América
Latina em sua categoria quando foi inaugurado. Implantado em
um terreno de 175 mil m2, tem área construída de mais de 67 mil m2
e exigiu, para a sua execução, nada menos do que de 800 toneladas
de aço de maior resistência à corrosão e ASTM A36. (C.P.) M
Desenho internacional
memória
Projeto do arquiteto australiano Ken Sowerby, o centro gráfico do jornal O Globo, em Duque de Caxias, RJ, utilizou mais de 800toneladas de aço para a sua construção – a maior parte do material foi destinada a uma imensa cobertura branca, que, inclinada eapoiada apenas sobre delgadas colunas metálicas, envolve toda a edificação
NO FIM DA DÉCADA DE 90, ARQUITETO AUSTRALIANO ASSINOU O PROJETO DO PARQUE
GRÁFICO DE UM DOS MAIORES JORNAIS DO BRASIL
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25ARQUITETURA AÇO&
NO BRASIL, A DÉCADA DE 70 foi mar-
cada pela construção de unidades
fabris com projetos arquitetônicos
arrojados. Seguindo uma tendência
mundial, as indústrias deixavam de ser
projetadas como simples galpões e, aos
poucos, ganhavam formas mais elabo-
radas e layouts que se preocupavam
com o bem-estar dos funcionários.
E foi justamente neste período que a
Unilever, uma das maiores fornecedoras
de bens de consumo do mundo, contra-
tou o escritório Rino Levi Arquitetos
Associados para elaborar o plano diretor
das novas instalações industriais de sua
divisão de cosméticos, em Vinhedo, inte-
rior de São Paulo. À frente do projeto,
estava Paulo Bruna, um dos diretores do
escritório que, a partir de então, se
tornou o arquiteto responsável por
todas as fases de expansão do complexo.
O projeto original, que data de 1976,
atende a todas as exigências de uma edificação industrial de
grande porte, sem deixar de lado a necessidade da humanização
dos espaços. A luz natural é distribuída de maneira uniforme sobre
as linhas de produção, favorecendo a economia de energia e o con-
forto dos operários. No pátio, um jardim assinado pelo paisagista
Roberto Burle Marx, valoriza ainda mais o ambiente, podendo ser
observado do interior da unidade fabril através de grandes pare-
des envidraçadas.
Todas estas características foram mantidas ao longo dos anos,
mesmo após a fábrica receber dezenas de reformas e ampliações.
Segundo Paulo Bruna, trata-se de uma obra em contínua evolução,
mas que se apóia sempre nos mesmos princípios básicos.
A lógica estrutural também continua a mesma, seguindo à
risca o plano diretor original. Desde a década de 70, todos os módu-
los do edifício industrial utilizam um sistema construtivo misto,
que combina elementos metálicos com pré-moldados de concreto.
Para o arquiteto, “a racionalização extrema da construção” tem
sido um dos principais benefícios desta escolha.
O projeto, após 30 anos de contínuas ampliações, provou ser
flexível e adequado. Inicialmente, o conjunto de prédios somava
cerca de 18 mil m2. Hoje, já são mais de 45 mil m2. A essência da
construção, no entanto, permanece inalterada. (C.P.) M
ERGUIDA EM 1976, A DIVISÃO DE COSMÉTICOS DA UNILEVER RECEBEU INÚMERAS AMPLIAÇÕES
E MODERNIZAÇÕES, MANTENDO-SE FIEL AOS PRINCÍPIOS ORIGINAIS DO PROJETO
No topo da página ao lado, um amplo jardim assinado por Burle Marx valoriza o ambiente fabril e promove o bem-estar de funcionáriose visitantes. Embaixo, imagens aéreas mostram a implantação do projeto em 1976 e em 2002. Acima, em um dos edifícios que abrigaas linhas de produção, a estrutura mista de aço e concreto permite a criação de extensos vãos livres
Confluência de períodos
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TERMINAL DE CARGAS E ENTREPOSTO ALFANDEGÁRIO ESTRUTURADOS EM AÇO SÃO EXEMPLOS DE SOLUÇÕES
ARQUITETÔNICAS CRIATIVAS E FLEXÍVEIS A PARTIR DA TÍPICA ARQUITETURA INDUSTRIAL
Espaço de transição
Na entrada principal do entreposto alfandegário Aurora Eadi (acima) e do Teca III (no alto), já é visível aopção pelo aço, permitindo o uso de grandes vãos livres
UMA FICA NO CORAÇÃO do Ama-
zonas, outra no interior de São Paulo;
duas obras geograficamente distantes
e com diferenças óbvias de função e
concepção, mas com pontos comuns
determinantes. Ambas revelam na
arquitetura e nas atividades desen-
volvidas suas facetas no mercado
globalizado. Com formas limpas, am-
plas e estruturadas em aço, tanto a
terceira unidade (Teca III) do Terminal de Cargas do Aeroporto
Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), como o entreposto
alfandegário da Aurora Eadi, em Sorocaba (SP), são pontos estra-
tégicos de transação econômica do Brasil com o mundo.
O Teca III é composto por sete edificações e foi resultado de
investimento da Infraero, que conseguiu, com esta obra, ampliar
em quatro vezes a capacidade do complexo aéreo – de 3 mil
toneladas, hoje chega operar com 12 mil toneladas mensais. A con-
cepção da obra, orçada em R$ 23,6 milhões, ficou a cargo do
escritório brasiliense do arquiteto Sergio Parada.
29ARQUITETURA AÇO&28
Proteção das fachadas por grelhas metálicas que funcionam como quebra-sóis e fechamento superiorcom venezianas de fibra de vidro para aproveitar a iluminação natural e favorecer a ventilação cruzada,demonstram a preocupação do arquiteto em adaptar a arquitetura do Teca III ao clima amazônico
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Parada, que, entre outros grandes projetos, teve a primazia de ser
o primeiro arquiteto brasileiro a elaborar um aeroporto na China,
explica que o projeto para o Teca III envolveu, além da construção de
novas edificações, a reforma de estruturas já existentes. O arquiteto
ressalta que todo o prédio foi adaptado ao clima amazônico. Para
isso, foram adotadas soluções como a proteção das fachadas por
grelhas metálicas, que funcionam como quebra-sóis, e, no fecha-
mento superior, venezianas em fibra de vidro, que, além de aprovei-
tarem a iluminação natural, induzem a circulação cruzada de ar.
A planta do novo edifício é caracterizada pela liberdade de layout.
Um aspecto que exemplifica este fato é a
estrutura modulada em vãos de 10 x 5 m,
que, desta forma, permite acréscimos
de pavimentos, caso haja necessidade
futura. E, para comportar o grande
estoque de cargas, foi adotada uma
volumetria de grandes proporções
neutras, em que a cobertura de aço,
sustentada por dois pilares de concre-
to e vigas treliçadas de aço, é formada
por telhas arqueadas autoportantes
que vencem vãos de 30 m.
Já em Sorocaba, o arquiteto Cláudio
Libeskind tinha a missão de criar um
galpão moderno e modular que se ade-
quasse a futuras ampliações para o
entreposto alfandegário Aurora Eadi.
Assim, explica Libeskind, o galpão foi
executado com painéis pré-moldados
de concreto até a altura de 3,50 m e
telhas de aço fixadas na estrutura metálica, que atinge 20 m de
altura. Para “quebrar” a verticalidade do galpão, foram usados dois
tipos de perfil de telha com a mesma cor. “Esta solução permite
grande flexibilidade nas expansões”, afirma o arquiteto.
Para o bloco administrativo, que abriga de escritórios e posto
bancário até dependências da Receita Federal, foi criada uma cober-
tura metálica apoiada em pilares redondos implantados no nível
do galpão, ou seja, 1,30 m acima das vias laterais. Segundo Libes-
kind, a opção pela estrutura em aço veio em função da necessidade
de se implantar o entreposto no menor prazo possível. (I.G.) M
O arquiteto Cláudio Libeskind encontrou naestrutura metálica a solução para cumprir osprazos e as exigências construtivas do entre-posto alfandegário localizado no interior deSão Paulo. Com 5 mil m2 de área construídae 20 m de altura, o galpão destaca-se entreseus pares tanto pela desenho arquitetônicodas fachadas quanto pela solução adotadana verticalização do estoque
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