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Revista da "A Firma Produções" Número 1 WX, Nikita, Joeblack, Dj Kri;

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EXPOENTE DA NOVÍSSIMA ESCOLA DO RAP PAULISTA,RAPPER FAZ UM DISCO VOLTADO PARA AS PISTAS.

H oje o RAP é a principal trilha sonoradas baladas e festas das mais carascasas noturnas do país, e os novosrappers tem a missão de manter apopularidade do gênero e ao mesmotempo conquistar novos mercados.

WX, um dos principais nomes dessanovíssima escola do Rap, deu um grande passo nessadireção com seu segundo álbum recem-lançado:“Visão Noturna”.

Com Beats modernos do badaladoprodutor Joeblack, as rimas falam de diversão,baladas e a loucura da noite paulistana. O discoainda traz participações de Sevenlox e Quelynah.

Narrando várias histórias da noite, comona dançante “Abusadas”, WX relembra “Eu tenhovarias histórias de mulheres, inusitadas. Tipo vocêchegar na balada e ver a mina do cara no banheirocom outro, descer para o andar de baixo e trombaro marido da mina curtindo, sem saber o que estáacontecendo”. Outro som que já conta com umvídeoclipe é “Estado de Choque”. “Nesse som euconto o percurso para uma balada. A gentedispensa uma mina, chama outra, tudo o queacontece nas baladas em São Paulo, ou emqualquer outro lugar. A gente colava com o donoda casa, bebendo junto”, recordando uma de muitasnoites perdidas na balada.

Outro vídeoclipe que estreou na Rede TV,no program Hit TV, é da musica “Só Pra Mim”, comparticipação da rapper Quelynah, que relata um casoamoroso. “Eu não fiz a letra pensando emninguém, e também acredito que ela não fez aletra pensando em alguém. Foi mesmo coisa deinterpretar as idéias”, desconversa.

Tudo isso tambem é resultado de suahistória de vida. WX começou a curtir Rap aos 12anos. “A gente viajava com uma galera de busão,enrolava as pranchas na coberta. Eu ia ouvindo2Pac, Dr. Dre, Snoop Dogg... de Rap nacional, omarco de tudo foi Racionais, e entrou na minhavida assim”.

Foi ouvindo Rap que percebeu que seufuturo também estava ligado à musica desde ainfância. “Eu nasci no Glicério, sou de famíliaevangélica. Minha mãe era regente da orquestrada igreja, então, fui criado no meio dosinstrumentos, e até meus oito, nove anos,participava do coral. Aí, comecei a tocar unssambas com a molecada da área, mas não gostavade cantar as músicas dos outros, tinha que teruma forma de cantar nossas próprias músicas, efoi através do Rap que eu pude fazer isso”.

Seu novo trabalho já tem dois vídeoclipesgravados e WX vem se destacando pela qualidadee experiência que adquiriu em seu primeiro disco,que teve participações de Thaíde e Sandrão (RZO).“... foi trabalhando com essa galera que eu aprendicomo era, o que dava certo, por isso que ostrampos estão saindo hoje com qualidade. Andei

com as pessoas certas, aprendi comquem já colocova a cultura parafuncionar de verdade”.

Seu disco de estréia, “FestaVIP”, teve mais de 20 mil cópiasdistribuídas no underground.

Mudando a cara do RAP

Além de cantar Rap, WX entrou no jogopara mudá-lo. Ele rima isso numa de sua novasletras, de seu próximo disco, “Super X”. “Comeceia ver a noite, e nas festas só tocava Rapinternacional, o Rap nacional não tinha muitoespaço. Eu perguntava pra rapaziada: ‘Por quê?Aí vinha a resposta: ‘O RAP nacional é muitopesado e os caras cantam coisas que não temnada a ver com as festas’. Juntei uma rapaziadaque cantava RAP na época e resolvi fazer umdisco todo voltado para as festas”, explica.

Com isso em mente ele vem traba-lhando e se preperando. “... tô criando toda umestrutura para mudar a cara do RAP nacional, echegar com material de qualidade”.

Em seu segundo disco, “Visão Noturna”,o rapper mergulhou na noite de São Paulo durantetrês anos, mas agora, trabalhando na divulgaçãodo disco, confessa que deu uma sossegada.“...tem trinta festas Black em São Paulo, mas sevocê filtrar, as caras são as mesmas. Por issotambém nem estou saindo muito. Falavam paramim que quem quer ser lembrado tem que estarfreqüentando as festas. Segui essa meta porum tempo, freqüentei de segunda a segundatodas as festas e cheguei à conclusão que éjustamente o contrário. Você acaba virando‘arroz de festa’. Então, parei com tudo. Agoravocê só me vê em shows, parei de ‘gandaiar’. Émuito gasto e a noite é mascarada, por isso quemuitos rappers que achavam que a noite fosse ocaminho, ficaram no meio do caminho. A noitete destrói; é a droga, o álcool, as mulheres,dinheiro e muitas outras coisas. Se você querser profissional do RAP, tem que dormir cedo eacordar cedo. Festa só de vez em quando”

O filho da Baixada do Glicério, regiãocentral de São Paulo, traz em sua música umaalternativa para quem vive um cotidiandoviolento. “Eu tenho certeza de que essamolecada que vive nas favelas, já vive essecotidiano de violência e morte. Quero quequando colocarem um walkman no ouvido, ouquando forem para uma festa, que consigamsair daquele clima de criminalidade e entrar nomundo que a gente vive. Eu também nasci emfavela, também vim de baixo, e o que eu queropra mim é viver bem, e com ceteza a molecadatambém quer viver bem. Quando eles vão paraalguma balada, com certeza estão buscandoalgo diferente. E nós, os artistas, produtores,compositores, temos a missão de mudar a carado Rap no Brasil. Minha intenção é fazer umRap que levante o astral da galera”, finaliza

Com 29 anos e três filhos, WX seprepara para um ano de muito trabalho em 2009.Como sócio da A Firma Produções ao lado de DJKri, divulgando seu disco e lançando novosartistas, a responsabilidade aumenta. Mas ele jáestá acostumando com a responsa. Ele foi pai aos16 anos“Com certeza mudou minha vida, porqueantes de eu ter minha primeira filha eu era muitolouco mesmo, fazia várias coisas, e depois queela nasceu mudou radicalmente a minha vida.Comecei a rever várias coisas, caiu bem. Temgente que acha que é muito ruim ter filho cedo,mas talvez eu nem estivesse aqui se não tivessefilho aos 16 anos. De lá pra cá, virei outrapessoa”.

“COMECEI A VER ANOITE, E NAS

FESTAS SÓTOCAVA RAP

INTERNACIONAL.O RAP NACIONAL

NÃO TINHA MUITOESPAÇO...

RESOLVI FAZERUM DISCO TODOVOLTADO PARA

AS FESTAS”

WX e Joeblackno ProgramaHit TV!,lançando ovídeoclipe“Só Pra Mim”

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Responsabilidade Social

Quem vê um disco voltado para a pista, a princípio pensa em algosomente comercial, mas o rapper mantém sua preocupação social, fazendo festasno bairro onde nasceu, na Baixada do Glicério. Junto com a comunidade, WX éresponsável pelo “Projeto Social Comunitário na Baixada do Glicério”.

O projeto promove festas e eventos, como distribuição de brinquedos ealimentos em shows, que levam arte e cultura para essa parte da cidadeabandonada pelo poder público. Os eventos que reúnem milhares de pessoasbuscam despertar a opinião pública para os problemas da região. A Festa já estáaté no calendário da cidade. “Na época em que eu era pivete, a gente não andavano Glicério. Era corpo caindo, lixo saindo das janelas... Agora, de uns dez anospra cá, não tem mais isso, hoje é suave. Eu falo com o maior orgulho que estáviável fazer eventos. Tanto que a gente conseguiu que uma festa comunitáriacomo essa entrasse no calendário de eventos da cidade. Antigamente, estavano calendário da policia”, recorda.

Assim como DJ Kri na década de 90 revelou grandes talentosatravés de suas coletâneas e produções, WX também se preocupaem dar oportunidade para os talentos esquecidos. “Onde eu fuicriado, nunca vi oportunidades. Na molecada de hojeconsigo enxergar vários talentos, tanto que lançamosa Nikita, que está com um disco ótimo. Isso foi umaoportunidade que eu dei para um pessoa. Agora,imagina quantas pessoas ali estão esperando umaoportunidade?”

Planos para 2009Além da parte social, WX quer fazer

o RAP andar para frente. “Nós temos que fazerdo Rap um grande negócio, não só com aintenção de ganhar dinheiro, mas com oobjetivo de levantar a cultura. Em 2009,além do meu disco “Visão Noturna”,estamos lançando “Phenomenometrika”,da Nikita, e um disco do Don Simon.Também temos a pretensões na Europa,com o lado italiano da Firma”.

www.myspace.com/wxspaceContato Glauber (11) [email protected]

“EU TAMBÉM NASCIEM FAVELA, EU VIM DE

BAIXO, E O QUE EUQUERO É VIVER BEM, E

COM CERTEZA A MOLECADATAMBÉM QUER . QUANDO

ELES VÃO PARA ALGUMABALADA, ESTÃO BUSCANDO

ALGO DIFERENTE.OS RAPPERS, PRODUTORES E

COMPOSITORES TÊM AMISSÃO DE MUDAR A CARA

DO RAP NO BRASIL”

MATÉRIAEXTRAIDA DAREVISTARAPNEWS #28EDIÇÃO EM QUEO RAPPER FOICAPA AO LADODA DIVABEYONCÉ COMOUMA DASNOVAS APOSTASDE 2009

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Por Alexandre De MaioPor Alexandre De MaioPor Alexandre De MaioPor Alexandre De MaioPor Alexandre De Maio

A número UM é um titulo pretensioso, mas a históriade “A Firma Produções” começa em 1987, com oprimeiro disco de um grupo de RAP no Brasil.Na época, o grupo era “Região Abissal”, já sob aprodução de DJ Kri. Ali “A Firma” marcava seu nomena história do Hip-Hop e da indústria fonográfica.

DJ Kri, o pioneiro do RAP Nacionalle começou como muitos. “...Eu

sempre fui atraido pelo vinil, e,segundo minha mãe, meu brinquedofavorito era pegar os discos... A minhaprimeira oportunidade de tocar foi nacasa da minha tia. Eu ficava até terminara festa e sempre pentelhando o manopara colocar uma, decorando as capasaté começar a comprar meus compactose levar como sugestão. Meu primeirocompacto foi da Carole King, ‘Stoolate’, em 1972”, relembra.

Mas o o grande impluso daqueles manos, em meadosdos anos 80, foi o famoso filme “Beat Street”, que traziapara as telas a Cultura Hip-Hop.

Isso inflamou o Hip-Hop no mundo, e em 1986, emSão Paulo, foi criado o “Clube do Rap” no centro da cidade. Aidéia era chegar e mostrar o seu RAP. “Eu e o DJ Giba tivemosa iniciativa de colocar em prática o plano que era recrutar ostalentos e dar oportunidade de subir num palco. Então,começamos a procurar ali mesmo um lugar, e por lá passarammuitos e muitos grupos, com gente que está até hoje na cena,como Edy Rock, KL Jay, Naldinho, Sampa Crew, Thaíde, DJHum, entre outros. O clube começou em agosto de 1986, coma ajuda do José Cláudio Peixoto. O Clube do Rap e a São Bentoeram nossas vitrines, e deram a oportunidade de gravar osprimeiros trabalhos de Hip-Hop nacional”, conta DJ Kri.

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MT Bronks,MT Bronks,MT Bronks,MT Bronks,MT Bronks,uma dasuma dasuma dasuma dasuma dasgrandesgrandesgrandesgrandesgrandespromessaspromessaspromessaspromessaspromessasdo Rapdo Rapdo Rapdo Rapdo Rap

Neste álbum,Neste álbum,Neste álbum,Neste álbum,Neste álbum,estréia doestréia doestréia doestréia doestréia dorapperrapperrapperrapperrapperTTTTTio Fio Fio Fio Fio Frrrrresheshesheshesh

DJ KriDJ KriDJ KriDJ KriDJ Kritambémtambémtambémtambémtambémproduziu oproduziu oproduziu oproduziu oproduziu oSampa CrewSampa CrewSampa CrewSampa CrewSampa Crew

Page 7: Revista A Firma #1

PIONEIRISMO E UMSOM ATUAL SEMPRE

FORAM MARCAS DO DJKRI. COM “A FIRMA

PRODUÇÕES”,ESTEVE ENVOLVIDO

EM LANÇAMENTOSDE COLETÂNEAS QUE

REVELARAM RZO,SAMPA CREW,RACIONAIS E

MUITOS OUTROS.

O primeiro discode RAP do Brasil

Na real, havia singles de nomescomo Jarbas, que se perderam notempo, e o primeiro vinil de Rap foi acoletânea “Consciência Black VolumeI” de onde saiu Racionais MC’s, porexemplo. Mas o primeiro grupo de RAPa gravar um disco cheio, foi o RegiãoAbissal. O disco, “HipRAPHop”, mostraa primeira experiência de um grupo deRap em estúdio. “Não foi tão difícil,pois tinhamos um bom técnico à dispo-sição e contávamos com um bomtecladista no grupo, coisa que até hojeé difícil de conseguir. Nosso tecla-dista era o Marcelo Maita e hoje eletoca no Clube do Balanço. Então, ocomeço da Cultura Hip-Hop seconfunde com o início das atividadesde ‘A Firma Produções’”.

Em tempos de Pro-Tools, DJ Krirelembra: “Gravei vários discos commeu 3 em 1 e fiz vários shows comele. Antes dessa fase de samplers ebaterias eletrônicas, as idéias delooping eram feitas nos anéis de fitade rolo, onde tínhamos que gravar otrecho desejado em uma fita de rolo,assinalar o início e o fim do compassocortar e colar... Tinha dia que euchegava na casa do Giba e a fita estavadando a volta quase no quarto todo”.

Em sua discografia, DJ Kri começouno meio do furacão. Ele está naprodução do famoso disco de NelsonTriunfo e Funk Cia – “Se liga, meu”,lançado no final do anos 80 e nocomeço dos 90. Seu grupo RegiãoAbissal e a coletânea ConsciênciaBlack Vol. I, que colocava no mercadoum dos maiores grupos de Rap do Brasil,os Racionais, tinham suas produções.

Ainda no início dos anos 90, lanço o discodançante “Vim te buscar”; já na época buscavabatidas que agitassem as pistas. Ainda NOS ANOS90 lança a coletânea “Rappers e Irmãos”, querevela RZO e Sharyleine.

No ano seguinte, está no disco do Sampa Crew“Eu Amo Você”, e lança a grande promessa daépoca: “MT Bronks”, com o disco “Nova Era”.

Em 1993, DJ Kri vem com a coletânea “Algo aDizer Vol. I”, que revelou MRN, Lady Rap e AthalybaMan. No mesmo ano saiu “Peso Pesado do RAP”, quetraz Região Abissal e Athalyba man. Mas Região Abissalchega ao fim e o grande sucesso vem com o grupo“Athalyba e A Firma”, pela BMG, em 1994, com direitoa vídeoclipe da musica “Política”. Outro destaque é amúsica “Feminina” e “Fim de Tarde”

No mesmo ano, Kri mostra que sabe produzirum disco pesado e grava Sistema Negro: “Bemvindo ao Inferno”. O som “Cada um por si” virouum clássico do Rap Nacional. Também se envolvena produção do grupo Ponto Crucial, lançado pelaSony Music, revelando o grande cantor Rinea.

Saindo da era do Vinil e passando para a erados CDs, Kri produziu Dago - Reggae as Crianças eas coletâneas “RAP do Brasil”, “Contagio EspaçoRAP Volume I”, “A Firma”, “Hip-Hop no Ar” e oálbum de estréia de WX, “Festa VIP”, já pelagravadora “A Firma Produções”.

A sociedade com WX“Eu conheci o DJ Kri em 2000, e quando

pensei em fazer um disco logo pensei nele. Eleproduziu todo o meu primeiro disco, “Festa VIP”.A gente tinha um parceiro em comum, o Ângelo,que nos apresentou e me apresentou para toda agalera do Rap” relembra WX disco que com seudisco de estréia que saiu em 2004 e teve mais de20 mil cópias distribuídas no underground.

WX não só produziu o disco com Kri como virousócio de “A Firma Produções”. “Eu já entreipensando nisso, entrei não só para cantar Rap,entrei para mudar tudo. Vamos fazer roupas,discos... Eu cheguei para o DJ Kri e falei que tinhavários projetos, e ele me disse que tinha toda apapelada, nome e documentação”.

Aquele projeto que tinha começado em 1987agora ganhava uma força maior com a chegada deum rapper com visão da nova escola.

“DJ Kri fez a história dacultura, e eu, que assisti a tudoisso, venho com novas idéias. Euaprendi pelo outro lado, o queo público gosta, o que ele querouvir. Eu trouxe a visão dopúblico. Mas por outro lado, AFirma sempre foi atual; vocêouve as músicas que o DJ Krifazia nos anos 80 e já tinha esselado mais Pop, mais dançante,já tinha pretensões maiores”,afirma WX.

Depois, veio o segundo albúm de WX,“Visão Noturna”, e agora o disco da rapperNikita “Phenomenometrika”, que tambémsairá pela ‘A Firma’, além das Firmamixtapesvolumes 1 e 2. Com tudo isso, a gravdoracomemora 21 anos de atividades

Trabalhando como gravadora,produtora e agência de shows, A FirmaProduções vem para fazer novos negócios,ampliar horizontes e levar a música Hip-Hop para novos níveis.

“Queremos continuardescobrindo novos talentos”,finaliza WX.

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Rapper adolescenteNikita, estréia com CD

que aponta novasdireções para o

Hip-Hop brasileiro

Phenomenométrika, seu CD deestréia, mostra uma artista jovemproduzindo para sua geração e prontapara o sucesso.

A indústria do entretenimento émarcante em lançar artistas pré-fabricados e de sucesso efêmero. Vezou outra, no entanto, surgem aquelesnos quais desde o início percebe-se queseu talento vai muito além doestereotipado rostinho bonito. Aadolescente Nikita, rapper de apenas17 anos, parece fazer parte do grupode talentos que promotem uma carreiralonga. E promete ofuscar muitas dasapostas do mercado. Vinda do BaixoGlicério, periferia de São Paulo, Nikitapreenche todos os requisitos para umacarreira de sucesso: ela é bonita, cantabem e, principalmente, tem atitude.

Phenomenometrika, aposta emcanções Pop perfeitas, com beatsmodernos e rimas cujos temas giramem torno do universo juvenil baladeiro,pronto para as pistas de dança e rádiosdo país. A faixa que dá nome ao álbumé exemplo raro de produto formatadopara o sucesso, indo muito além do quese produz no mercado pop brasileiro edialogando, de igual para igual com oque de melhor se produz em músicainternacional. Mas o álbum vai muitoalém da faixa de trabalho, e esse climade sucesso arrasa quarteirão marca oCD do início ao fim, sendo quaseimpossível não ouvi-lo da primeira àúltima faixa.

Este, no entanto, não é o único méritodo disco. Sendo Nikita adolescente efazendo música assumidamente parasua geração, a identificação de seupúblico é inevitável, dando a impressãode que estamos diante de umfenômeno musical.

Produzido por Joeblack e PLG econtando com as participações deQuelynah, WX, Suppa Flá, P. Rima, Dadoe Angel, Phenomenometrika é daquelesdiscos que surgem como divisor deáguas no mercado, e Nikita é daquelascantoras que nascem prontas para oestrelato. Ouça o disco ou entre em suapágina no Myspace e confirme: Nikitaveio para ficar!

www.myspace.com/nikitapop

Foto

: Bia

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a música em geral, osprodutores sempre

ficaram por trás da cena,mas no Hip-Hop, na

música urbana atual, oprodutor ocupou seu lugar

merecido e de grandedestaque.

Aqui no Brasil temos vários produtores, mas Joeblackvem se destacando, responsável pelos beats de artistas comoQuellynah, Negra Li e WX. seu nome vem crescendo na cenaBlack pelo seu talento de produzir beats atuais.

Ele, que deixou a cidade de Porto Alegre no Rio Grandedo Sul e veio morar em São Paulo. “Foi uma decisão meiolouca da minha parte, já que eu era funcionário públicoda Prefeitura de Porto Alegre. Larguei tudo e vim. Queroser produtor de R&B e Pop em São Paulo”. Hoje, aos 32anos, relembra seu começo na música. “Desde criança tenhoidéias musicais. Tive um tecladinho da Casio pra brincare sempre criei umas batidas na boca, umas melodias nacabeça. Juntei uma grana para comprar um teclado commais recursos, um Roland XP-50, que tenho até hoje. Foia partir daí que eu comecei a levar a sério essa históriade compor. Seqüenciava minhas idéias lá, e até chegueia gravar uma demo com o que eu fazia nesse teclado. Naépoca, eu era vocalista de uma banda de soul music ládo Sul e ajudava nos arranjos da banda. Meu avô eramaestro e clarinetista da Orquestra Sinfônica de PortoAlegre. Acho que herdei dele essa coisa musical”.

Com toda essa bagagem, no seu Myspace vocêencontra um remix do Tim Maia, e ele pensa em fazer muitosoutros. “Acho que tem umas músicas da Sandra de Sá e doCarlinhos Brown que poderiam virar hits nos clubes”. MasJoeblack já vem produzindo há algum tempo. Recém-chegadoem São Paulo, conheceu DJ Dri e WX, da Firma Produções.“Foram os primeiros a me dar essa oportunidade decolocar o trabalho na rua”. Depois, através do WX conheceuQuellynah, depois Cindy, Nikita e muitos outros artistas com osquais vem trabalhando

Enfrentando as dificuldades, Joe tem conquistado seuespaço, e pelo sucesso das produções, parece que temencontrado a batida perfeita. “Isso é tão relativo... É o queeu vivo discutindo com o Riztocrat, do Sevenlox, meuparceiro em alguns trabalhos. Eu acho que tudo gira emtorno de um grande e ‘grudento’ hook. Se a música nãotem um gancho, principalmente a Pop, ela nãosobrevive.”, diz, revelando o segredo.

Joe tambem está produzindo um talento novo do RAP, apaulistana Nikita. Também produziu outros nomes femininos,mas será que existe diferença entre produzir para homem epara mulher? “Acho que não existe. A principal diferençaestá entre o temperamento de cada um que vai serproduzido, sendo homem ou mulher. Tudo depende doquanto a pessoa está aberta para seguir as sugestõesque você dá. E quando você cria uma confiança com apessoa, quando ela acredita em você, o resultado dotrabalho é muito melhor”.

Na sua visão, Timbaland ou Jazze Pha? “Timbaland.Apesar de ele ser um completo preguiçoso hoje em dia,repetindo as mesmas coisas, ele é um produtor que temuma cara, criou uma tendência, aquele lance de usarsamples orientais, o sincopado. Ele criou novas regras.O Jazze Pha segue as regras. A única coisa realmente fodaque eu ouvi do Jazze foi aquela música da Ciara, “1,2Step”. Aquilo é clássico!”

E todo esse conhecimento Joe está colocando nasnovas produções, inclusive com Negra Li, que tivemosoportunidade de ouvir em primeira mão. “Quando ela meligou, fiquei supercontente, porque acho que o trabalhodela tem uma visibilidade grande, pode abrir mais portaspra quem quer fazer R&B e RAP no Brasil. A Li toca algumasmúsicas novas nos shows, e a resposta tem sido positiva.A gente tem umas 12 músicas já, o Riztocrat também estáproduzindo comigo. A proposta é fazer um disco moderno.A Li é versátil e talentosa, não podemos prendê-la a umestilo só”, revela.

Joe também aposta no mercado americano, e ao ladode Goobie, Angel e Awkword, tem produzido músicascantadas em inglês. “Sim, sem dúvida. O mercado lá foraestá saturado, eles precisam de coisas novas. Temmuita coisa feita no Brasil além do samba. O Goobie éum cara inteligente, tá começando agora, com muitavontade e conhecimento, escreve e fala superbem eminglês. Resolveu arriscar e está dando certo, já temduas mixtapes lá fora com músicas dele. Ele escreveua música da Angel também. A gente tem que pensargrande. Sonho é aquilo que fica no mundo dasdivagações. Quando a gente faz, deixa de ser sonho.Eu quero trabalhar com a Janet, com a Madonna. Aqui,com a Ivete Sangalo e a Wanessa Camargo. O mercadolá fora está mais aberto do que a gente imagina, étudo uma questão de vontade de fazer a coisaacontecer”. Em seu Myspace você também ouve o som“All my People”, do rapper Awkword, uma parceria quenasceu pelo Myspace, onde Joe ganhou um concurso deremix. O Projeto Awkword World View é beneficente, e arenda obtida com a venda das músicas vai para uma instituiçãochamada “Guns 4 Cameras”, que defende o desarmamento.

Voltando para as pistas, Joe, apesar de não ser tãobaladeiro, gosta do Clube Glória. “É realmente uma pistacom cara de pista de dança mesmo”. Mas em seu momentode descanso, “Gosto muito de uns grupos de ambiente,como o Air e Zero Seven. Gosto mesmo. Tenho todosos discos do Stevie Wonder, e eles estão sempretocando no meu player. Gosto de músicas calmas emelódicas. Cheguei a criar um grupo de músicaeletrônica instrumental em Porto Alegre, mas não durounem um mês”.

OpiniõesOpiniõesOpiniõesOpiniõesOpiniõesQual a última produção, de um produtor que vocêadmirava, que você odiou?Eu acho que essa “4 minutes”, da Madonna com o Timbaland,é muito ruim. Da mix ao beat, nada foi muito inspirado. OTimbaland precisa de uns dois anos de descanso e reciclagem.Vai fazer bem a ele.E qual a produção de um produtor que voce nãogostava, e que lhe surpreendeu?Eu não sou muito fã do Jermaine Dupri, mas ele é versátil devez em quando e acertou na “Cruise Control”, da Mariah como Damian Marley.O que voce acha do Funk carioca?Eu acho legítimo. É admirável como esse estilo está até hojefazendo barulho, atravessando fronteiras, sendo que foicriado por pessoas que não tem muitos recursos, grana. Oestilo incorporou o Electrofunk, o Miami e o Freestyle, e juntoucom um tempero brasileiro para criar uma nova onda. Deumuito certo no mundo todo. Tem muita coisa que eu nãogosto, mas isso tem em qualquer estilo de música. Tem mais éque ir para fora mesmo, ganhar grana dos europeus,japoneses, americanos. Tá na hora do Brasil faturar alto comos gringos!

[email protected]@[email protected]@hotmail.comJoeblack4ever@hotmail.comwwwwwwwwwwwwwww.m.m.m.m.myyyyyspacspacspacspacspaceeeee.c.c.c.c.com/joeblacom/joeblacom/joeblacom/joeblacom/joeblackfkfkfkfkforororororeeeeevvvvvererererer

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“Eu acho que tudogira em torno de

um grande e‘grudento’ hook. Sea música não tem

um gancho,principalmente a

Pop, ela nãosobrevive”

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Continuaanod o trabalhod divulgação do albúmVisão noturna o rapper WX lança o cliep da música “Só PraMim” que traz partcipação da Quelynah.

Com produçõe impecável, direção de fotografia, ecaptação em HD o cliep ja estreio na RedeTv noprograma HitTV.O videcliep que mistura RAP e R&B conta a história de umrealcionamento e tambem ja está na net.

Confira www.yspace.com/wxspace

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MATÉRIAEXTRAIDA DAREVISTARAPNEWS #28EDIÇÃO EM QUEO RAPPER FOICAPA AO LADODA DIVABEYONCÉ COMOUMA DASNOVAS APOSTASDE 2009

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isão Noturna significa ver tudo que a noite oferece, e o queela inspira é um disco dançante, que toque em todas as

baladas que dominam as noites de Sampa.Com essa visão noturna do RAP, WX se aliou a um dos

melhores produtores da nova geração, Joe Black, e juntos fizeramum dos melhores discos de pista do RAP nacional. Quer ouvir?Compre o CD, acesse o Myspace. Você vai sentir os beats que vãofazer a pista balançar em 2008. Participações de peso como Quelynahe Sevenlox ajudam WX a falar sobre as festas e sobre as ruas. Oclipe da música “Estado de Choque” já esta em produção.

Mas a trajetória do rapper começou em 2004, com o disco“Festa Vip”, que trazia participações de Thaíde, Sandrão (RZO) e Mr.Catra, entre outros nomes do RAP nacional e conquistou o respeitodo Hip-Hop.

Nascido na Baixada do Glicério, região pobre do centro deSão Paulo, WX curtia os bailes, e logo se identificou com o RAP.Agora , em seu segundo trabalho, o rapper começa a terreconhecimento por fazer um RAP com o qual a rapaziada se

identifica. “N“N“N“N“No Ro Ro Ro Ro RAP vAP vAP vAP vAP você tocê tocê tocê tocê tem qem qem qem qem que cue cue cue cue cantantantantantararararar o q o q o q o q o queueueueuevvvvviviviviviveeeee,,,,, e eu v e eu v e eu v e eu v e eu vivivivivivo na selo na selo na selo na selo na selvvvvva de pedra de pedra de pedra de pedra de pedra,a,a,a,a, F F F F Faaaaavvvvvela deela deela deela deela dePPPPPedredredredredra,a,a,a,a, q q q q que é o meu bairue é o meu bairue é o meu bairue é o meu bairue é o meu bairrrrrrooooo..... Não é bar Não é bar Não é bar Não é bar Não é barrrrrracacacacacooooo,,,,,mas é um amontoado de prédios. Gosto demas é um amontoado de prédios. Gosto demas é um amontoado de prédios. Gosto demas é um amontoado de prédios. Gosto demas é um amontoado de prédios. Gosto deiririririr par par par par para a balada,a a balada,a a balada,a a balada,a a balada, cur cur cur cur curtttttiririririr f f f f festestestestesta,a,a,a,a, mulher mulher mulher mulher mulher,,,,, e f e f e f e f e faloaloaloaloalodisdisdisdisdisso no meu discso no meu discso no meu discso no meu discso no meu discooooo,,,,, do q do q do q do q do que eu vue eu vue eu vue eu vue eu vivivivivivooooo..... P P P P Pororororor is is is is issososososoccccchama-se hama-se hama-se hama-se hama-se “V“V“V“V“Visão Nisão Nisão Nisão Nisão Notototototurururururna”na”na”na”na”,,,,, é uma v é uma v é uma v é uma v é uma visão daisão daisão daisão daisão danoitnoitnoitnoitnoite de São Pe de São Pe de São Pe de São Pe de São Paaaaaulouloulouloulo,,,,, de t de t de t de t de tudo o qudo o qudo o qudo o qudo o que acue acue acue acue acontontontontontecececececeeeeenananananas fs fs fs fs festestestestestaaaaas”s”s”s”s”,,,,, explica WX.

O disco “Visão Noturna” colabora para que se toque maisRAP nacional nas Baladas Black, terreno que WX conhece bem. “Omelhor da noite é o pessoal que freqüenta, que já é um públicoselecionado, principalmente nos dias de semana. O pior é o pessoalque não sabe beber nas festas...Você vai na festa para curtir, e temgente que não entende isso”.

WX também teve um começo inusitado. Sua primeiraapresentação foi no extinto programa da Syang em 2000, na TVGazeta. Willian, que acrescentou o “X”, pensa no RAPcomo música, e prepara novos rappers, novos projetos para 2008.

“H“H“H“H“Hojeojeojeojeoje,,,,, na minha c na minha c na minha c na minha c na minha conconconconconcepçãoepçãoepçãoepçãoepção,,,,, o R o R o R o R o RAP é músicAP é músicAP é músicAP é músicAP é música,a,a,a,a,cccccomo os gromo os gromo os gromo os gromo os grupos fupos fupos fupos fupos fazazazazazem nos EUem nos EUem nos EUem nos EUem nos EUA.A.A.A.A. Eu le Eu le Eu le Eu le Eu levvvvvo ao ao ao ao asérsérsérsérsérioioioioio,,,,, f f f f faço o Raço o Raço o Raço o Raço o RAP na intAP na intAP na intAP na intAP na intenção de leenção de leenção de leenção de leenção de levá-lo parvá-lo parvá-lo parvá-lo parvá-lo paraaaaafffffrrrrrentententententeeeee”””””.....

Uma das melhores músicas do disco é “Abusadas parte 2”,que fala sobre as minas que roubam os caras. É uma experiênciaprópria? “A parte 1 foi. Eu e o sandrão (RZO) que fizemos, e tinhaum amigo nosso que toda vez que ia para as festas arrumava umanamoradinha e levava pra casa dele. Ele fazia o que tinha que fazer edormia ao lado da mina. Quando acordava de manhã, estava semcarteira e sem celular. A mina tinha levado tudo. Isso aconteceuumas quatro, cinco vezes, e disso fizemos a “Abusadas Parte1”.Agora é a continução, que é pura sátira, falando das minas é pura sátira, falando das minas é pura sátira, falando das minas é pura sátira, falando das minas é pura sátira, falando das minasqqqqque vue vue vue vue você nuncocê nuncocê nuncocê nuncocê nunca va va va va viu na viu na viu na viu na viu na vida,ida,ida,ida,ida, e q e q e q e q e que tue tue tue tue te re re re re roubam”oubam”oubam”oubam”oubam”.....

Mas o disco não é só festa, porque à noite muitas coisasacontecem também. “No meu disco falo de protesto, falo dosmoleques no farol, dos “dias difíceis” e da diferença social. Eu falodisso mas eu ‘encho espeto’, meu disco inteiro não vai falar só deprotesto, tem que pensar em música de trabalho, mas sem perder aessência do RAP. Eu falo para o pessoal se conscentizar, não paraos governantes fazerem alguma coisa”, finaliza WX.

“...com aspedras docaminho euconstruo umcastelo...”TTTTTrrrrrecececececho de ho de ho de ho de ho de “Dia“Dia“Dia“Dia“Dias Difícs Difícs Difícs Difícs Difíceis”eis”eis”eis”eis”

wwwwwwwwwwwwwww.m.m.m.m.myyyyyspacspacspacspacspaceeeee.c.c.c.c.com/wxspacom/wxspacom/wxspacom/wxspacom/wxspace (1e (1e (1e (1e (11)811)811)811)811)8186-6821/786-6821/786-6821/786-6821/786-6821/7869-9869-9869-9869-9869-9066066066066066

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O rapper WX acaba de gravar o clipe da música “Estadode Choque”, que conta com produção de Joeblack. O clipeainda tem aparições de Quellinah, Suppa Fla e Nikita.

A filmagem teve três locações. Começou no centro deSão Paulo, na Baixada do Glicério, depois foi para o HotelGávea, onde cada quarto foi pintado por um graffiteiro, eacabou na casa noturna Mood, na festa BlackMood, doempresário Zezão.

O clipe já está na internet. Confira.www.myspace.com/wxspace

Foto: alexandre De Maio e Carol Vigari

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