revisão de história 1º ano
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Formação do reino de Portugal E EXPANSÃO PORTUGUESA
Revisão para prova
Condições para a centralização monárquica
Fatores socioeconômicos: a aliança rei-burguesia
Durante o século XIV a Europa passava por grandes dificuldades das quais três se
destacavam: peste, fome e guerra.Nos porões dos navios de comércio, que
vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, chegavam milhares de ratos. Estes
roedores encontraram nas cidades europeias um ambiente favorável, pois estas possuíam
condições precárias de higiene. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas
ruas. Rapidamente a população de ratos aumentou significativamente.
Após adquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiro apareciam nas axilas, virilhas e pescoço vários bubos (bolhas) de pus e sangue. Em seguida, vinham os vômitos e febre alta. Era questão de dias para os doentes morrerem, pois não havia cura para a doença e a medicina era pouco
desenvolvida.
Essa epidemia ficou conhecida como peste negra ou peste
bubônica
O desenvolvimento econômico europeu e a centralização do poder real estão
fortemente relacionados, pois a economia mercantil deu origem à burguesia, que
tinha condições de disputar com os aristocratas a superioridade política, e o
enfraquecimento da nobreza feudal permitiu melhores condições para a
centralização monárquica.
O interesse dos comerciantes era na centralização do poder político, pois
com esse sistema seria possível a uniformização de moedas, pesos e
medidas, acabando com a multiplicidade de barreiras no interior do país e condicionando à burguesia
uma expansão externa
· Antes de se tornar um país independente, Portugal era um pequeno território no norte da
Península Ibérica e pertencia ao reino de Leão. Chamava-se Condado
Portucalense.
Afonso VI promoveu o casamento de Raimundo com sua única filha e herdeira Urraca, dando-lhe como dote o governo de Galiza (região
da atual Espanha);
· Henrique casou-se com Teresa, filha bastarda de Afonso VI, e
recebeu como dote o Condado Portucalense
· D. Henrique continuou com sua expansão territorial, na luta contra os mouros, anexando assim outros territórios ao sul do condado, o que foi dando os contornos no que hoje
é Portugal;
· Em 1128, Afonso Henriques (filho de D. Henrique de Borgonha e Teresa)
proclamou a independência do Condado Portucalense. Com isso, gerou muitas
lutas contra as forças do reino de Leão; · Em 1943, no tratado de Zamora, o rei de Leão reconheceu Afonso Henriques
como rei de Portugal, dando inicio a primeira dinastia portuguesa: a dinastia
de Borgonha
A sociedade portuguesa do século XIII é pois formada por 3 grupos sociais, com direitos e deveres
diferentes:
A nobreza e o clero (grupos privilegiados)
não pagavam impostos; possuíam extensas propriedades;tinham o poder de aplicar justiça e
cobrar impostos; tinham exército próprio.
O povo era o grupo mais numeroso e desfavorecido, que executava todo o tipo de trabalho e pagava impostos.
As atividades económicas:A principal atividade da época era a AGRICULTURA: cereais, vinho e
azeite constituíam a trilogia do lavrador português.
Nas zonas litorais, a pesca e o sal desempenhavam lugar de relevo
tanto na alimentação comum como na prática do comércio.
A Indústria não existia. O próprio artesanato era reduzido e confinado
às necessidades de consumo: fabricavam-se artigos de vestuário, calçado, objetos de ferro, madeira e
barro, alfaias domésticas e agrícolas, e pouco mais.
O primeiro motivo que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva
participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da
ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas
navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.
A centralização monárquica portuguesa aconteceu ainda no século XIV com a
Revolução de Avis, Portugal foi considerado o primeiro reino europeu
unificado, ou seja, foi o primeiro Estado Nacional da história da Europa. Além do
fato da unificação portuguesa, a Revolução de Avis consolidou a força da
burguesia mercantil que, conforme vimos acima, investiu pesadamente nas
Grandes Navegações
os portos de boa qualidade que eram existentes no país influenciaram
bastante no processo do pioneirismo português. Outro motivo não menos fundamental que os outros expostos,
que ajudou no processo do empreendimento português, foi o
estudo náutico realizado na Escola de Sagres, sob o comando do astuto infante
D. Henrique, o navegador (1394-1460)
A Escola de Sagres foi consolidada na residência de D. Henrique e se tornou uma referência para estudiosos como
cosmógrafos, cartógrafos, mercadores, aventureiros entre outros. Iniciando o
processo de conquistas pelos mares, os portugueses no ano de 1415
dominaram Ceuta, considerada primeira conquista dos europeus
durante a Expansão Marítima
O principal objetivo que os navegadores portugueses desejavam alcançar era dar a volta no continente africano, ou seja,
realizar o périplo africano. Desta maneira, Portugal foi conquistando várias
concessões na África. No ano de 1488, Bartolomeu Dias, navegador português, havia conseguido chegar ao Cabo da Boa Esperança, provando para o mundo que
existia uma passagem para outro oceano.
Finalmente, no ano de 1498, o navegador português Vasco da Gama
alcançou as Índias; em 1500, outro navegador lusitano, Pedro Álvares
Cabral, deslocou-se com uma grande frota de embarcações para fazer comércio com o Oriente, acabou
chegando ao chamado ‘Novo Mundo’ - o continente americano.
A supremacia lusitana deveu-se a uma série de fatores, como a existência de um Estado
precocemente centralizado; a associação entre os reis da dinastia de Avis, a uma
burguesia ávida de grandes lucros; a paz interna e externa que Portugal desfrutava; os aperfeiçoamentos das técnicas de navegação
(caravela, vela latina ou triangular), e um centro de estudos náuticos - "escola de Sagres"’ e também possuir uma posição
geográfica privilegiada
Segundo o historiador indiano K.M. Panikkar, a viagem pioneira dos
portugueses à Índia inaugurou aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da história asiática.
Esse período pode ser definido como uma era de poder marítimo, de
autoridade baseada no controle dos mares, poder detido apenas pelas
nações europeias
Os domínios estabelecidos pelos portugueses na Índia e na América se
diferenciavam, pois na Índia a presença dos portugueses visava o comércio, e
para este fim eles estabeleciam feitorias, enquanto na América o território se
tornaria uma possessão de Portugal, por meio de um empreendimento colonial destinado a produzir mercadorias para
exportação.
Um conjunto de forças e motivos econômicos, políticos e culturais
impulsionou a expansão comercial e marítima europeia a partir do século
XV, o que resultou, entre outras coisas, no domínio da África, da Ásia e da
América.O fato que marcou o início da expansão
marítima portuguesa foi A conquista de Ceuta em 1415.
Quando então a Espanha entra também no projeto das grandes
navegações e acontece a expansão marítima, acontece também a
divisão de terras do mundo entre Portugal e Espanha, conforme ficou
estabelecido no tratado de Tordesilhas, observe a charge
NAVEGAÇÕES ESPANHOLAS
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período,
tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os
portugueses navegaram para as Índias contornando aÁfrica, os espanhóis optaram por um outro caminho. O
genovês Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às
Índias, navegando na direção oeste.
Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando
pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a
existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas
ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente.
Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou
aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em
contato com os índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis
começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande
quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os
espanhóis destruíram suas culturas.
Nos séculos XV e XVI, Portugal e Espanha dominaram os mares e
conquistaram novos territórios. A expansão marítima destas duas
nações geraram riquezas e mudaram o cenário político e
econômico da Europa.
Com o objetivo principal de chegar as Índias por uma rota marítima
diferente da usada por genoveses e venezianos, os espanhóis, liderados pelo navegador Cristóvão Colombo, chegaram ao continente americano
em 1492
Civilização Maia O povo maia habitou a região das
florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán
(região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e
IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e
dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que
favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o
núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império
maia era considerado um representante dos deuses na Terra
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes
(responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e
administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que
formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte
das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos
A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos.
Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de
mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na
arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e
roupas
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário
que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.Assim como os egípcios, usaram uma escrita
baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de
impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o
valor zero
Civilização Asteca Povo guerreiro, os astecas habitaram
a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no
século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima
do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A
nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos
e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa
da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador,
quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas,
templos, pirâmides).
Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca
chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos
para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões
espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos
de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a
trabalharem nas minas de ouro e prata da região
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo
obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e
colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como
moedas por este povo.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol,
Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente
Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O
calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas.
Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para
cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados
em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os
sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
Civilização IncaOs incas viveram na região da
Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos
espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A
sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes
militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e
trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses).
Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos
em obras públicas.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como
templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta
sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das
montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos
objetos de ouro, prata, tecidos e joias.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam
também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar.
Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha
(criador de tudo)
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões
coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo,
registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com
todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.