responsabilidade socioambiental unimed de lins … · 2011-03-30 · cristiane tirolez godoi maria...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Cristiane Tirolez Godoi Maria Rosana Dias Naufal Sabrina Miranda de Sousa Honório Thiago Rinaldi dos Santos RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico Lins/SP LINS – SP 2010

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Cristiane Tirolez Godoi

Maria Rosana Dias Naufal

Sabrina Miranda de Sousa Honório

Thiago Rinaldi dos Santos

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico

Lins/SP

LINS – SP

2010

CRISTIANE TIROLEZ GODOI

MARIA ROSANA DIAS NAUFAL

SABRINA MIRANDA DE SOUSA HONÓRIO

THIAGO RINALDI DOS SANTOS

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO – LINS/SP

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. M.Sc. Paulo Jair Viotto e orientação técnica da Profa Esp. Ana Beatriz Lima.

LINS – SP

2010

Godoi, Cristiane Tirolez; Naufal, Maria Rosana Dias; Honório, Sabrina Miranda de Sousa; Santos, Thiago Rinaldi dos

Responsabilidade Socioambiental: Unimed Cooperativa de Trabalho Médico/ Cristiane Tirolez Godoi; Maria Rosana Dias Naufal; Sabrina Miranda de Sousa Honório; Thiago Rinaldi dos Santos. – – Lins, 2010.

142p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2010

Orientadores: Paulo Jair Viotto; Ana Beatriz Lima

1. Meio Ambiente. 2.Responsabilidade Socioambiental. 3.Unimed. I Título.

CDU 658

G531r

CRISTIANE TIROLEZ GODOI

MARIA ROSANA DIAS NAUFAL

SABRINA MIRANDA DE SOUSA HONÓRIO

THIAGO RINALDI DOS SANTOS

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO – LINS/SP

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Prof. (a) Orientador (a): Paulo Jair Viotto

Titulação: M. SC. Comunicação – UNIMAR, 2007.

Assinatura: _________________________________

Prof. (a): ________________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ________________________________

Prof. (a): ________________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: _________________________________

AOS MEUS PAIS, que me propiciaram uma vida digna onde eu pudesse crescer,

acreditando que tudo é possível, desde que sejamos honestos, íntegros de caráter e tendo a

convicção de que desistir nunca seja uma ação contínua em nossas vidas; que sonhar e concretizar os

sonhos só depende da nossa vontade. Eles que seguraram minhas mãos, apontaram-me o melhor

caminho, a melhor direção, sempre estiveram ao meu lado em tudo. Graças à humildade como fui

criada em meio a desafios de superação que toda família enfrenta, percebi o quanto a família é

importante. E graças a vocês e seus puxões de orelhas, rsrs... estou vencendo mais um obstáculo.

Obrigada Mãe! Obrigada Pai! Esse trabalho também é de vocês. Amo vocês!

AO MEU IRMÃO, que muitas vezes me ajudou, até mesmo me levando para faculdade, e

algumas vezes ficamos até altas horas estudando juntos um ensinando o outro. Muito obrigada!

AOS COLEGAS DO CURSO, que juntos conseguimos alcançar o mesmo

objetivo. Em especial meu grupo de monografia: Maria Rosana, Sabrina e Thiago Rinaldi. Os

demais até mesmo aqueles que não concluíram, mas que passaram algum tempo ao nosso lado espero

que ainda possamos nos encontrar, sendo até como colegas de trabalho, mas todos serão guardados

na memória. Foram muitos momentos de festas e alegrias que passamos juntos jamais serão

esquecidos.

AOS AMIGOS... “Um verdadeiro amigo é alguém que te conhece tal como és,

compreende onde tens estado, acompanha-te em teus lucros e teus fracassos, celebra tuas alegrias,

compartilha tua dor e jamais te julga por teus erros.” Obrigada meus grandes amigos que conquistei

durante esses anos, por tudo que me proporcionaram. Agradeço pelo carinho de todos como: Pri,

Jéh, Pathy, minhas amigas de infância. E meus amigos de trabalho: Adriana, Felipe, Natália, Raquel,

Sandra, Sônia e Vera... Obrigada por ter participado de mais uma vitória. Aos demais que não

foram citados essa vitória também é de vocês!

CristianeTirolez Godoi

EM ESPECIAL AO MEU MARIDO,

Por acreditar, incentivar e estar sempre ao meu lado, dando apoio nos momentos mais

difíceis, sem nunca deixar de acreditar no meu potencial. Pelas palavras e gestos de carinho, amizade,

companheirismo, cumplicidade e otimismo, que me deram forças para vencer (NEOQEAV).

A MINHA FILHA SOPHIA,

Um amor incondicional, onde a cada ano com o seu crescimento adquiri forças para superar

os obstáculos em busca de oferecer um futuro melhor. Obrigada por você existir. Amo-te muito.

Maria Rosana Dias Naufal

AO MEU MARIDO,

Pela compreensão e o apoio nos momentos mais difíceis, acreditando que iria chegar até aqui.

Obrigada, por ser esse companheiro maravilhoso e por todos os dias ao meu lado, você é tudo pra

mim.

A MINHA MÃE,

Que me ensinou a ser uma pessoa determinada e ter humildade sempre, fazendo acreditar

que é necessário correr atrás de nossos objetivos, fazendo de tudo para eu estar aqui hoje, por todos

ensinamentos, e anos e anos de dedicação. Muito obrigada mãe, amo você! Esta realização é sua

também.

Sabrina Miranda de Sousa Honório

À FAMÍLIA

Por terem me proporcionado a realização e conclusão de um curso superior; sempre estando

ao meu lado nos momentos difíceis para amenizar os conflitos existentes no dia a dia. Pelo carinho e

afeto que sempre manifestam por parte dos meus pais Maurício e Maria de Fátima; uma palavra de

conforto e incentivo para preservar as esperanças na concretização de sonhos. Durante todos esses

anos o incentivo dos meus irmãos Cristiano e Amauri foi imprescindível, sempre solícitos para auxiliar

nos afazeres diário.

AOS AMIGOS DO UNISALESIANO

O apoio dos amigos ao longo de todo esse processo foi de fundamental importância, pois

através de parcerias tornou a convivência num ambiente respeitoso, descontraído e feliz, preservando

a reciprocidade. Em especial, a importância da união existente no grupo para a concretização do

trabalho final. Aos amigos Cristiane, Sabrina e Maria Rosana, que mantiveram um equilíbrio ao

longo desse período, proporcionando maior satisfação e prazer à rotina de estudos.

Thiago Rinaldi dos Santos

Agradecimentos

PRIMEIRAMENTE A DEUS,

Por ter nos dado forças para chegarmos até aqui com fé e determinação. Graças

a ele, conseguimos superar obstáculos na vida e com muita determinação

realizamos nosso objetivo.

AOS PROFESSORES,

Nos momentos em que precisamos todos os professores, em especial Paulo Jair

Viotto e Ana Beatriz Lima, sempre estavam à disposição, com sorriso no rosto,

buscando solucionar as nossas duvidas e orientar para que num futuro próximo

sejamos profissionais capacitados para ascensão no mercado de trabalho,

garantindo sucesso profissional e pessoal. Em todo esse processo árduo a

importância dos professores faz com que acreditemos em nossos sonhos,

transferindo conhecimentos para que criemos uma sociedade melhor e mais justa.

A UNIMED DE LINS,

Pela oportunidade que a cooperativa nos creditou na realização do trabalho,

fornecendo todo o suporte necessário com a abertura das portas da

organização. O apoio e confiança do Sr. Renato Fassa Garcia e Sra. Ana

Lúcia de Souza Andrade.

AO CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO

AUXILIUM – UNISALESIANO

A instituição proporcionou condições para crescimento no mercado de trabalho,

agregando conhecimento para o nosso futuro profissional.

Cristiane, Maria Rosana, Sabrina e Thiago

RESUMO A questão ambiental vem ganhando importância junto ao meio empresarial, a sociedade envolvida e o governo, são frequentes os encontros no sentido de debater a problemática do meio ambiente, com o intuito de buscar alternativas e soluções à área. Atualmente, responsabilidade social associou-se a ambiental, devido que ambas são fundamentais no planejamento das políticas adotadas pelas organizações, favorecendo a competitividade como um diferencial. O empresariado envolvido nesse processo passou a praticar uma consciência ambientalmente correta; preocupações que originou numa gestão ambiental dentro do ambiente interno da empresa. A sociedade no geral defende melhorias na qualidade de vida, a saúde como prioridade, portanto, surgiram cobranças enérgicas tanto por parte do governo, com a legislação ambiental e as sanções previstas, como por parte da população que necessita de mudanças significativas das práticas empresariais. A responsabilidade socioambiental presente nas organizações, visa o comprometimento do empreendimento com o social e o ambiental, definindo programas de incentivo para o melhoramento das mazelas percebidas. O setor social necessita de investimentos grandiosos por parte das autoridades responsáveis, visto que a área encontra-se esquecida por parte da política praticada pelos governantes; fazendo de programas pequenos e usando entidades assistencialistas para amenizar as condições constatadas na realidade atual. O mundo precisa de uma mudança radical quanto as praticas sociais e ambientais, uma transformação na cultura das nações envolvidas, partindo do pressuposto de que essa mutação beneficiará os quatro cantos do planeta. O presente trabalho traduz a importância da área social e ambiental na Unimed de Lins, destinando recursos financeiros e humanos para a concepção dos projetos desenvolvidos, bem como através de parcerias com entidades que tem como propósito a preservação ambiental, compromisso da cooperativa para com a sociedade em geral e as gerações futuras. Palavras-chave: Meio Ambiente. Responsabilidade Socioambiental. Unimed.

ABSTRACT

The environmental issue has gained importance among the business community, society and the government involved, are frequent meetings in order to discuss the problematic of environment, with the intention to seek alternatives and solutions to the area. Currently, social responsability associated with environmental due both are essential in planning the policies adopted by organizations, fostering competitiveness as a differential. The businessmen involved in this process passed to practice a correct environmentally friendly conscience, giving rise to concerns on environmental that arose in a management within the internal environment of the company. The society in general defends claims improvements at the quality of life, health as a priority, so appear energetic charges for part the government, with environmental laws and predicted penalties, like part of population that needs of significant changes of business practices. The environmental responsibility in the organizations, seeks the commitment of the enterprise with the social and environmental setting of incentive programs for improving the perceived ills. The social sector needs investments magnificent by the authorities responsible, since the area is overlooked by the policies pursued by governments, making little programs and using entities welfare to alleviate the conditions found in the current reality. The world needs a radical change as the social and environmental practices, a transformation in the culture of the nations involved, assuming that it change will benefit the four corners of the planet. This present work reflects the importance of the social and environmental area Unimed in Lins, allocating financial and human resources for the design projects developed as well as through partnerships with organizations whose purpose is environmental preservation, the cooperative's commitment to society in general and future generations.

Keywords: Environment. SocioEnvironmental Responsibility. Unimed.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do Hospital Unimed.................................................

Figura 2: Recepção Central........................................................................

Figura 3: Recepção do P. A........................................................................

Figura 4: Centro Cirúrgico...........................................................................

Figura 5: Sala de Quimioterapia.................................................................

Figura 6: Farmacotécnica...........................................................................

Figura 7: UTI...............................................................................................

Figura 8: Unidade Materno Infantil..............................................................

Figura 9: Sala de Estocagem......................................................................

Figura 10: Sede Administrativa...................................................................

Figura 11: Patrocinadores do Conselho Empresarial Brasileiro para

o Desenvolvimento Sustentável...............................................

Figura 12: Acidente no Golfo do México.....................................................

Figura 13: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (IBAMA)...................................................

Figura 14: Ativistas do Greenpeace em protesto contra Rio+10................

Figura 15: Ativistas do Greenpeace em protesto contra líderes do

G20............................................................................................

Figura 16: Ativistas do WWF em protesto nas Cataratas do Iguaçu..........

Figura 17: Conselho Brasileiro de Manejo Florestal...................................

Figura 18: International Organization for Standardization..........................

Figura 19: Ciclo de Vida do Homem...........................................................

Figura 20: Responsabilidade Social Unimed de Lins.................................

Figura 21: Selo Unimed de Responsabilidade Social.................................

Figura 22: Recicla Cartões.........................................................................

Figura 23: Centro de Treinamento Unimed................................................

Figura 24: Logo Concurso de Desenho Pintando o Planeta.......................

Figura 25: Concurso de Desenho Pintando do Planeta..............................

Figura 26: Gincana Uniamigos...................................................................

Figura 27: ONG SOS Rio Dourado.............................................................

Figura 28: Educação Corporativa Unimed de Lins.....................................

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Figura 29: Mosaico Teatral Unimed de Lins...............................................

Figura 30: Mosaico Teatral Unimed de Lins...............................................

Figura 31: Associação da Mulher Unimed de Lins.....................................

Figura 32: Integrap Unimed Lins.................................................................

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Coberturas do plano de saúde familiar.........................................

Quadro 2: Coberturas do plano de saúde empresarial..................................

Quadro 3: Resumo dos principais acontecimentos relacionados

com o desenvolvimento sustentável.............................................

Quadro 4: Reduções Obrigatórias de Gases que provocam o efeito

estufa . entre os anos 2008-2012 para os países da

convenção....................................................................................

Quadro 5: Parceiros para a concretização do ODM......................................

Quadro 6: 12 ações-chave para um futuro ecoeficiente................................

Quadro 7: Código Ambiental..........................................................................

Quadro 8: Benefícios da Gestão Ambiental...................................................

Quadro 9: Características da velha e da nova abordagem para as

relações com os stakeholders......................................................

Quadro 10: Os Sete Elementos da Ecoeficiência..........................................

Quadro 11: Definição de Auditoria Ambiental................................................

Quadro 12: Família de normas NBR ISO 14000...........................................

Quadro 13: Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009................................

Quadro 14: Entidades cadastradas por área de atuação..............................

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Conhece algum projeto desenvolvido pela Unimed de

Lins?............................................................................................

Tabela 2: Participa de algum projeto da Unimed de Lins?..........................

Tabela 3: Conhece alguém que participa dos projetos desenvolvidos?.........

Tabela 4: Tem interesse em participar dos projetos?..................................

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Tabela 5: Tem disponibilidade para ser voluntário em algum

projeto?........................................................................................

Tabela 6: Gênero dos entrevistados?..........................................................

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas e Técnicas

ABRINQ - Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos

ACI - Aliança Cooperativa Internacional

AMUL - Associação da Mulher Unimed de Lins

ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância

CAL - Clube Atlético Linense

CAV - Centro de Ação Voluntária de Curitiba

CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento

Sustentável

CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação

Comunitária

CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria

CNI - Confederação Nacional da Indústria

CNEA - Conselho Nacional de Entidades Ambientalistas

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONSED - Conselho Nacional de Secretários de Educação

Coopersol - Cooperativa de Resíduos Sólidos de Lins

CREN - Centro de Recuperação e Educação Nutricional

CTU - Centro de Treinamento Unimed

CNUMAD - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento

DDT - Dicloro Difenil Tricloroetano

DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

EIA - Estudos do Impacto Ambiental

EUA - Estados Unidos da América

FSC - Forest Stewardship Council

GAPA - Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas

ISO - International Organization for Standardization

IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos

Naturais

IVA - Instituto Voluntários em Ação

LI - Licença de Instalação

LO - Licença de Operação

LP - Licença Prévia

MDM - Metas de Desenvolvimento do Milênio

MEC - Ministério da Educação

MMA - Ministério do Meio Ambiente

ODM - Objetivos do Milênio

ONG - Organização Não Governamental

ONU - Organização das Nações Unidas

PA - Pronto Atendimento

PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

PVC - Polyvinyl chloride

RH - Recursos Humanos

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

RSA - Responsabilidade Socioambiental

RSC - Responsabilidade Social Corporativa

Semclatur - Secretária Municipal de Esporte, Cultura, Lazer e Turismo de Lins

SGA - Sistema de Gestão Ambiental

UNDIME - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação

UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

UNICOP - Unimed Centro Oeste Paulista

UNIFEM - Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher

UNV - Programa dos Voluntários das Nações Unidas

UTI - Unidade de Terapia Intensiva

WBCSD - World Business Council for Sustainable Development

SUMÁRIO

INTRODUCÃO............................................................................................. 19

CAPÍTULO I - UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO.......................................................................................................

22

1 COOPERATIVISMO.................................................................... 22

1.1 Conceito e evolução.................................................................... 22

1.2 Valores e princípios..................................................................... 23

1.3 Unimed do Brasil.......................................................................... 24

1.3.1 Histórico....................................................................................... 24

1.3.2 Missão.......................................................................................... 25

1.3.3 Visão............................................................................................ 25

1.3.4 Valores e objetivos...................................................................... 25

1.3.5 Sistema Unimed........................................................................... 25

1.4 Unimed Lins................................................................................. 27

1.4.1 História e evolução...................................................................... 27

1.4.2 Missão.......................................................................................... 29

1.4.3 Visão............................................................................................ 29

1.4.4 Valores......................................................................................... 29

1.5 Estrutura organizacional.............................................................. 29

1.5.1 Hospital Unimed – A. Gelis.......................................................... 29

1.5.1.1 Recepção central......................................................................... 30

1.5.1.2 Recepção pronto atendimento..................................................... 30

1.5.1.3 Centro cirúrgico............................................................................ 31

1.5.1.4 Sala de quimioterapia................................................................... 31

1.5.1.5 Farmacotécnica........................................................................... 32

1.5.1.6 Unidade de terapia intensiva (UTI) ............................................. 32

1.5.1.7 Unidade materno infantil.............................................................. 33

1.5.1.8 Sala de estocagem...................................................................... 33

1.5.2 Sede administrativa..................................................................... 34

1.5.3 Farmácia da Unimed.................................................................... 35

1.5.4 Unimed vida................................................................................. 35

1.6 Medicina preventiva.................................................................... 35

1.6.1 Programa viva melhor................................................................. 35

1.6.2 Atendimento nutricional............................................................... 35

1.6.3 Palestras educativas.................................................................... 36

1.6.4 Programa materno infantil........................................................... 36

1.6.5 Programa contra o tabagismo..................................................... 37

1.6.6 Programa de reabilitação pulmonar............................................. 37

1.6.7 Programa Unilar........................................................................... 37

1.6.8 Programa melhor idade............................................................... 38

1.7 Planos de saúde........................................................................... 38

CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL...................... 41

2 INTRODUÇÃO HISTÓRICA........................................................ 41

2.1 Ecologia....................................................................................... 42

2.2 Eventos ambientalistas................................................................ 43

2.2.1 World Business Council for Sustainable Development

(WBCSD)……………………………………………………………..

46

2.2.2 Protocolo de Kyoto...................................................................... 47

2.2.3 Os 8 Objetivos do Milênio – ODM................................................ 49

2.3 Sustentabilidade.......................................................................... 51

2.3.1 O papel do governo..................................................................... 54

2.3.1.1 Educação ambiental.................................................................... 56

2.3.1.2 Direito ambiental.......................................................................... 57

2.3.1.3 Estudos do Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto

Ambiental (RIMA) .......................................................................

59

2.3.1.4 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA) .................................................................

60

2.3.2 O papel das empresas................................................................ 61

2.3.2.1 Contabilidade ambiental.............................................................. 63

2.3.3 O papel da sociedade.................................................................. 64

2.3.3.1 Organização não governamental................................................ 65

2.4 Responsabilidade socioambiental............................................... 68

2.5 Responsabilidade social.............................................................. 69

2.5.1 Responsabilidade social corporativa........................................... 70

2.5.2 Stakeholders................................................................................ 71

2.6 Responsabilidade ambiental........................................................ 72

2.7 Sistemas de gestão ambiental..................................................... 73

2.7.1 Ecoeficiência ............................................................................... 75

2.7.2 Logística verde............................................................................. 76

2.7.3 Auditoria ambiental...................................................................... 77

2.7.4 Ecoproduto................................................................................... 78

2.7.5 Rotulagem ambiental................................................................... 79

2.7.5.1 Selo verde – Forest Stewardship Council (FSC) ........................ 79

2.7.5.2 International Organization for Standardization (ISO)…………… 80

2.7.6 Marketing verde........................................................................... 83

2.8 Filantropia e filantropia empresarial............................................ 84

2.9 Assistência social........................................................................ 85

2.9.1 Entidade assistencialista............................................................. 87

2.10 Benemerência ............................................................................ 88

2.11 Solidariedade............................................................................... 89

2.12 Cooperativismo............................................................................ 90

CAPÍTULO III - A PESQUISA...................................................................... 92

3 INTRODUÇÃO............................................................................. 92

3.1 Unimed de Lins – Responsabilidade socioambiental................. 93

3.2 Práticas socioambientais na Unimed de Lins.............................. 94

3.2.1 Selo Unimed de responsabilidade social..................................... 96

3.3 Ações sociais............................................................................... 97

3.4 Projetos socioambientais............................................................. 98

3.4.1 Projeto recicla lâmpadas............................................................. 98

3.4.2 Papel reciclado............................................................................ 99

3.4.3 Reciclagem de cartões................................................................ 100

3.4.4 Centro de Treinamento Unimed (CTU)....................................... 101

3.4.5 Concurso de desenho pintando o planeta................................... 102

3.4.6 Gincana uniamigos...................................................................... 103

3.4.7 ONG SOS rio dourado................................................................. 104

3.4.7.1 Trilha ecológica – Barbosinha...................................................... 106

3.4.8 Educação corporativa................................................................... 106

3.4.9 Mosaico teatral............................................................................ 107

3.4.10 Judô.............................................................................................. 109

3.4.11 Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL)......................... 109

3.4.11.1 Programa Vida Iluminada............................................................. 110

3.4.12 Hoje é seu dia.............................................................................. 110

3.4.13 Investir......................................................................................... 110

3.4.14 Estação Saúde............................................................................. 111

3.4.15 Atletismo....................................................................................... 111

3.4.16 Integrap........................................................................................ 111

3.4.17 Semana da qualidade de vida...................................................... 112

3.4.18 Comunicar para crescer............................................................... 113

3.5 Discussão.................................................................................... 113

3.6 Pesquisa junto à comunidade...................................................... 114

3.7 Resultado da Pesquisa................................................................ 118

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 119

CONCLUSÃO............................................................................................... 121

REFERÊNCIAS............................................................................................ 122

APÊNDICES................................................................................................. 126

ANEXOS....................................................................................................... 140

19

INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos as empresas foram adquirindo uma

responsabilidade junto à sociedade em geral e o meio ambiente natural. Dentro

da história da evolução vivenciada pelo ser humano, constata-se a grande

transformação no ambiente onde o homem passou a descobrir os recursos

naturais disponíveis, tirando assim, o seu sustento e de sua família.

A construção pelos seres humanos de um espaço próprio de vivência, diferente do natural, se deu sempre a revelia e com a modificação do ambiente natural. Assim, o ser humano, para a sua sobrevivência, de um modo ou de outro, sempre modificou o ambiente natural. (DIAS, 2006, p.1)

O uso irresponsável desses recursos resultou em um agravamento no

meio ambiente, mudou a política econômica mundial, e a consciência ecológica

global. As organizações e a sociedade em geral, adquiriram com o tempo uma

visão mais responsável sobre as questões sociais e ambientais. O termo

responsabilidade social vem sendo muito utilizado por todas as grandes

empresas com representação nacional e mundial. Algumas empresas adotam

posturas diferentes, procuram ser parceiras das entidades mantenedora dos

projetos sociais, destacando-se por desenvolver ações dentro do ambiente

interno organizacional. São medidas que envolvem seus colaboradores

buscando a integralização dos mesmos, criam projetos que atendem a

comunidade local, com a finalidade de contribuir socialmente com a sociedade;

através desses planos a organização beneficia todo o seu corpo de

funcionários, a comunidade local, melhorando assim, a imagem da empresa

junto aos seus consumidores e a sociedade. Visando a prevenção de prejuízos

ao meio ambiente, as empresas estão produzindo de maneira sustentável, sem

agredir o meio, fazendo com que todos os processos envolvidos na produção

dos produtos ou serviços estejam em conformidade com as exigências

legislativas existentes nos municípios e das Comissões realizadas pela

Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o meio ambiente, pois é

20

fundamental que as empresas disponibilizem empregos à população residente,

mas não basta apenas oferecer as vagas, sendo que a empresa não está

comprometida numa produção limpa; a filosofia é conciliar ambos para

benefício de todos, da empresa, da sociedade e governo. Assim surgiu a

responsabilidade socioambiental, uma definição utilizada para caracterizar

empresas que estão comprometidas não somente com a responsabilidade

social, mas também com o meio ambiente, visando à sustentabilidade dos

processos organizacionais.

Não há sustentabilidade sem inovação. A capacidade de fazer inovações

tecnológicas está na base do sucesso de uma empresa no longo prazo. Quem

não inova desaparece. (ALMEIDA, 2007)

Empresas do setor de prestação de serviços, como o segmento de

bancos, trabalham com uma filosofia de responsabilidade com o ambiente,

adotando medidas como a utilização de material reciclável nos processos

internos. Isso traduz que os setores de produção e serviços visão a

preservação do meio ambiente, com destaque para a qualidade oferecida nos

produtos e serviços, através de investimentos tecnológicos, na aquisição de

máquinas e ferramentas que têm como finalidade uma produção limpa. As

organizações vêm criando setores ligados ao meio ambiente que são

investimentos realizados no sentido de nascer uma nova estratégia, com o

propósito de uma gestão ambiental eficiente. As organizações não

governamentais ambientalistas (ONG) têm papel fundamental na proteção,

preservação e fiscalização no que diz respeito ao meio ambiente natural, no

cumprimento da legislação ambiental existente no país (DIAS, 2006).

São desenvolvidos encontros com o empresariado e o poder público

para a melhor adequação das estratégias governamentais e empresariais, para

benefício ambiental. Quando não atendidas, as ONGs promovem movimentos

concentrados no intuito de fazer prevalecer seus ideais, são protestos

realizados em âmbito mundial, onde esses defensores da natureza exigem da

comunidade, dos empresários e do governo, propostas que mudam a realidade

alarmante vivida atualmente, no sentido de traçar novos caminhos, estratégias

ambientais para o melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Consequentemente a garantia de sobrevivência das gerações futuras e de uma

melhor qualidade de vida. Organizações como Greenpeace e World Wide Fund

21

for Nature (WWF), têm uma atuação efetiva na cobrança de mudanças por um

mundo melhor, um produzir sustentável por parte das organizações, cuidando

da fauna e flora mundial. As organizações ambientalmente responsáveis

buscam parcerias com entidades e instituições que defendem uma filosofia de

proteção do meio ambiente, são empresas que investem num novo sistema de

produzir, uma produção em que não descarta resíduos na natureza. Estas

empresas mudam seus processos onde até então era descartado no meio

ambiente os lixos, a sobra que não era utilizada pela organização. Com isso as

organizações podem procurar não somente selos de qualidade, como também

selos verdes, que caracterizam empresas comprometidas na proteção do meio

ambiente; a International Organization for Standardization (ISO), entidade

normatizadora e que no Brasil é representada pela Associação Brasileira de

Normas e Técnicas (ABNT), através de métodos e requisitos essenciais são

fornecidos as empresas o ISO 14000, que é um selo que a empresa produz em

conformidade com a legislação existente.

O modelo da Norma ISO 14001 prevê a implementação de dezoito

elementos para uma gestão eficaz, baseado em uma série de boas praticas e

ferramentas ambientais, da qualidade e empresariais. (VILELA JUNIOR, 2006).

Produzindo assim, uma produção limpa, de qualidade, com

investimentos no setor ambiental, na criação de uma gestão ambiental

integrada às estratégias empresarias, beneficiando a empresa e a sociedade.

De acordo com o que foi pesquisado surgiu à necessidade de

demonstrar a importância da responsabilidade socioambiental, disseminando a

conscientização e a prática dessas ações. A pesquisa será realizada na

empresa Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico, localizada na rua:

Luiz Gama, 1677 CNPJ: 71.695.746/0002-96. Após consulta bibliográfica

previa, levantou se o seguinte questionamento: As ações socioambientais

realizadas pela Unimed Lins refletem de maneira positiva entre os

colaboradores e a sociedade?

O trabalho está assim dividido:

Capítulo I – Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico.

Capítulo II – Responsabilidade Socioambiental.

Capítulo III – A Pesquisa

Finalmente, vêm a Proposta de Intervenção e a Conclusão.

22

CAPÍTULO I

UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

1 COOPERATIVISMO

1.1 Conceito e evolução

União por um objetivo comum. Esta é a definição do cooperativismo,

que representa uma força diferenciada de organização social e traz em seu

escopo a solidariedade e a responsabilidade social.

Pensar em cooperativas remete às relações trabalhistas, à geração de

renda e à melhoria de qualidade de vida da sociedade. Historicamente a

cooperativa sempre traz ganhos e benefícios não só aos seus cooperados,

como também à sociedade, que é favorecida por seus produtos e serviços.

Outra característica marcante é que a geração de riqueza permanece

onde é concebida, favorecendo a comunidade local, além de possibilitar a

superação de dificuldades a partir de objetivos comuns e ter aplicabilidade

ilimitada, independentemente da categoria profissional.

As cooperativas são empresas a serviço de seus membros, mas, que

extrapolam o conceito empresarial comum, visto que, além de donos, seus

associados são também clientes desta instituição cooperativista, permitindo

que os resultados possam ser também econômicos, sociais, educacionais,

agregadores de qualidade de vida, de renda, ou outros conforme os objetivos

da mesma.

Nos últimos anos, o cooperativismo tem se mostrado como uma

organização de trabalho viável e promissora para uma distribuição de renda

mais justa e para o desenvolvimento do país, considerado uma forma

democrática para a solução de nossos problemas sócio-econômicos.

O cooperativismo tem como objetivo, difundir os ideais em que se

23

baseia, no intuito de atingir o pleno desenvolvimento financeiro, econômico e

social de todas as sociedades cooperativas. (VITORINO, 1997, p. 25).

1.2 Valores e princípios

As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e

responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Os

membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade,

transparência, responsabilidade social, preocupação pelo seu semelhante e

preservação do ambiente para o desenvolvimento sustentado.

Os princípios do cooperativismo foram reformulados e aperfeiçoados no

congresso realizado pela ACI – (Aliança Cooperativa Internacional) em

setembro de 1995; sendo representado por cooperativistas do mundo inteiro,

os quais consubstanciaram os princípios básicos do cooperativismo.

São sete os princípios estabelecidos no século XIX e que norteiam até

hoje qualquer cooperativa no mundo:

a) adesão e desligamento voluntários: as cooperativas são

organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a

utilizar os seus serviços, sem discriminação de sexo, classe, raça,

política e religião.

b) gestão democrática pelos membros: os membros controlam a

cooperativa e participam ativamente da formulação das políticas e

da tomada de decisões. Os eleitos como representantes dos

demais membros são responsáveis perante estes.

c) participação econômica dos membros: os cooperados contribuem

equitativamente para o capital e controlam-no democraticamente.

Parte desse capital é propriedade comum da cooperativa. Os

membros recebem, habitualmente, uma remuneração limitada ao

capital integralizado, como condição de sua adesão.

d) autonomia e independência: se a cooperativa firma acordo com

outras organizações, incluindo instituições públicas ou recorre a

capital externo, deve fazê-lo em condições que assegure o controle

24

democrático pelos seus membros e mantenha a autonomia da

cooperativa.

e) educação, formação e informação: as cooperativas promovem a

educação e a formação dos seus membros, dos representantes

eleitos e dos trabalhadores. Informam o público em geral,

particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza

e as vantagens da cooperação.

f) cooperação entre cooperativas: é lema das cooperativas atuarem

em conjunto, através de suas representações locais, regionais,

nacionais e internacionais. Tudo isso para dar força ao movimento

cooperativista.

g) interesse pela comunidade: as cooperativas devem trabalhar para

o desenvolvimento sustentável das suas comunidades. Para tanto,

aprovam políticas sociais junto a seus membros. (UNIMED, 2009,

p. 2)

1.3 Unimed do Brasil

1.3.1 Histórico

A Unimed é a maior experiência cooperativista na área da saúde em

todo o mundo, e também a maior rede de assistência médica do Brasil,

presente em 83% do território nacional. O Sistema nasceu com a fundação da

Unimed Santos (SP) pelo Dr. Edmundo Castilho, em 1967, e hoje é composto

por 375 cooperativas médicas, que prestam assistência para mais de 16

milhões de clientes e 73 mil empresas em todo País.

Clientes Unimed contam com mais de 109 mil médicos, 3.244 hospitais

credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios, ambulâncias e

hospitais próprios e credenciados para garantir qualidade na assistência

médica, hospitalar e de diagnóstico complementar oferecidos.

25

Além de deter 34% do mercado nacional de planos de saúde, a Unimed

possui lembrança cativa na mente dos brasileiros. De acordo com pesquisa

nacional do Instituto Datafolha, a Unimed é pelo 16º ano consecutivo a marca

Top of Mind quando o assunto é plano de saúde. Outro destaque é o prêmio

plano de saúde em que os brasileiros mais confiam, recebido pela sétima vez

consecutiva, na pesquisa Marcas de Confiança.

1.3.2 Missão

Representar, integrar e orientar a atuação das cooperativas médicas e

empresas do Sistema, defendendo, fortalecendo e consolidando a marca

Unimed.

1.3.3 Visão

Ter papel decisivo na valorização do trabalho médico e na melhoria do

padrão de atenção à saúde.

1.3.4 Valores e objetivos

Adesão e desligamento livres e espontâneos; gestão democrática e voto

singular; neutralidade política, religiosa, social e racial; participação

proporcional nos resultados, positivos ou negativos; e incentivo à educação e à

integração cooperativista.

1.3.5 Sistema Unimed

26

Nesta seção você encontra os principais números e dados que denotam

o porte e a importância do Sistema Unimed:

a) 34% de participação (Pesquisa Datafolha 2009) no mercado nacional

de planos de saúde (atende 16 milhões de clientes).

b) 375 cooperativas com abrangência em 83% do território nacional -

4.623 municípios;

c) mais de 109 mil médicos cooperados;

d) conjunto das cooperativas somou em 2008 um faturamento de R$ 21

bilhões;

e) mais de 73 mil empresas contratantes;

f) 103 hospitais próprios e 3.244 hospitais credenciados, sendo 6.596

hospitais no Brasil;

g) 89 pronto-atendimentos próprios, 54 laboratórios próprios e 456

ambulâncias próprias;

h) disponibiliza 3.286 leitos próprios e 327 mil leitos credenciados;

i) mais de 20 mil recursos credenciados;

j) realização de mais de 69 milhões de consultas/ano;

k) 2 milhões internações/ano;

l) 138 milhões de exames complementares/ano;

m) realização de mais de 5,33 consultas/usuários/ano; 10,66 exames

complementares por usuário ano e 11 mil leitos ocupados

permanentemente;

n) 50 mil empregos diretos (de acordo com o Balanço Social

Consolidado do Sistema Unimed 2008) e 290 mil empregos indiretos;

A consultoria BrandFinance verificou o valor da marca Unimed: R$ 2,53

bilhões. Segundo o ranking da companhia, ocupa o 27º lugar entre as marcas

mais valiosas do país.

Por 16 anos consecutivos a Unimed é a marca Top of Mind em Plano de

Saúde, de acordo com pesquisa nacional do Instituto Datafolha.

Detentora pela 22ª vez consecutiva do Prêmio Mérito Lojista, como

plano de saúde preferido dos sócios da Confederação Nacional dos

Dirigentes Lojistas.

A Unimed foi escolhida na categoria convênio e assistência médica, para

receber o “Oscar” da área de recursos humanos: o Prêmio Top of Mind –

27

Fornecedores de RH do ano 2009. Esta foi a décima vez que a marca foi

premiada.

Também foi eleita em 2009, pela oitava vez consecutiva, a marca de

planos de saúde em que os brasileiros mais confiam na Pesquisa Marcas de

Confiança conduzida pela Revista Seleções/Instituto Marplan no Brasil.

A Cooperativa Unimed recebe pelo quarto ano consecutivo o certificado

Superbrands. Marca participa do livro de luxo que reunirá história e

curiosidades das mais importantes marcas que atuam no país. A iniciativa faz

parte do projeto Superbrands Brasil.

A Unimed foi eleita uma das empresas de maior prestígio no Brasil no

setor de saúde, segundo levantamento do Grupo Troiano para a revista Época

Negócios, nas edições 2008 e 2009.

É pela segunda vez consecutiva a marca mais lembrada e conquistou o

Top of Mind Internet, UOL/Datafolha. Embora o prêmio esteja na quarta edição,

em 2009 foi a primeira vez que a categoria Plano de Saúde foi inclusa. A marca

teve 21% das lembranças em 2010.

1.4 Unimed Lins

1.4.1 História e evolução

A Unimed Lins é uma empresa jovem, e apesar da pouca idade, tem

uma história de lutas em sua trajetória.

Fundada em 1992 por 38 médicos, iniciou como grupo seccional, e foi

um marco na cidade, como opção à medicina de grupo. Em 1993, a

cooperativa tinha 880 usuários.

Em 1994 tornou-se uma cooperativa singular da Federação das

Unimeds do Estado de São Paulo.

A Unimed de Lins foi uma das pioneiras na instalação da Farmácia

Unimed, que atende o cliente Unimed, com medicamento de qualidade a preço

de custo. Foi inaugurada em 1996 e ampliada em 2.006. Atende mensalmente

28

10.000 usuários e as vendas estão em constante ascensão. Junto à farmácia

funciona o setor de imunização, um atrativo a mais para o cliente na hora da

escolha do Plano de Saúde.

Na área hospitalar, a Unimed Lins começou por reformar e aparelhar um

andar da Santa Casa de Lins, local onde ficou durante algum tempo. Com a

necessidade de melhorar o atendimento ao cliente, migrou para o Hospital A.

Gelis. Neste local, construiu-se um Pronto Socorro, o qual incrementou a

assistência ao cliente.

Na sequência fez-se o arrendamento que finalizou na compra do hospital

em novembro de 2004. Planejou-se uma grande reforma e ampliação

contendo: UTI com seis leitos, ampliação do centro cirúrgico, farmacotécnica,

nova central de materiais, quimioterapia e uma nova entrada para facilitar o

acesso dos clientes. A reforma teve início em maio de 2005 e terminou

em novembro de 2007.

Atualmente, o Hospital Unimed A. Gelis, conta com uma infra-estrutura

moderna, equipamentos de última geração, corpo clínico altamente qualificado,

com o objetivo de oferecer o que há de melhor em serviços médicos

hospitalares.

Nos últimos anos foi um dos patrocinadores do Clube Atlético Linense,

clube do coração da cidade, que já está na série A1 do paulistão.

Com a Prefeitura participa junto ao vôlei feminino. Com o Amigão

Supermercado tem o Espaço Infantil, onde as crianças entre 3 a 5 anos podem

brincar, assistir vídeos, pintar, tudo com a orientação de uma funcionária,

enquanto os pais realizam suas compras.

Na linha da prevenção das doenças foram criados programas de

controle da obesidade e tabagismo, reabilitação pulmonar e assistência às

gestantes, além de aferição de pressão arterial e teste de glicemia.

A Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL) é uma associação a

qual se está envolvido no programa social Vida Iluminada, que tem como

objetivo inserir o deficiente visual na sociedade.

Vem crescendo. Hoje, dezessete anos depois, tem mais de trinta e

três mil usuários e cerca de 230 colaboradores, com o objetivo de dar

assistência médica à cidade de Lins e região.

A meta é seguir sempre em frente, lutando para promover avanços na

29

medicina local, e dar ao cliente o atendimento que ele merece.

1.4.2 Missão

Identificar e satisfazer as necessidades de seus clientes (internos e

externos), gerando seu bem estar através do cooperativismo de

trabalho. Desenvolver oportunidades de negócios oferecendo aos clientes

serviços de alta qualidade e de valor agregado, a preços competitivos.

1.4.3 Visão

Assegurar o progresso social e profissional dos colaboradores

e contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Manter a liderança

qualitativa e a imagem de excelência.

1.4.4 Valores

Qualidade e melhoria contínua dos serviços para a satisfação

dos clientes; compromisso, valorização e envolvimento de todos os

colaboradores; respeito às leis, à cultura e ao meio-ambiente; compromisso

com a verdade; comportamento ético; aperfeiçoamento das relações com os

clientes e fornecedores.

1.5 Estrutura organizacional

1.5.1 Hospital Unimed – A. Gelis

30

O Hospital Unimed Lins está localizado na Rua Luiz Gama, 1677,

esquina com a Rua José Ariano Rodrigues, com uma infra-estrutura moderna e

equipamentos médicos de última geração, corpo clínico altamente qualificado

com objetivo de oferecer o que há de melhor em serviços médico e tecnologia.

Sua localização é de fácil acesso.

Fonte: Unimed de Lins, 2010.

Figura 1: Localização do Hospital Unimed

1.5.1.1 Recepção central

Modernas instalações para internações, visitantes e acesso a

unidade de tratamento quimioterápico.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 2: Recepção Central

1.5.1.2 Recepção pronto atendimento

31

Pronto Atendimento (PA) funciona 24 horas por dia, com curativos,

inalações, plantões clínicos e pediátricos. Acesso à nova sala de espera para

exames de imagem e acompanhantes de pacientes em atendimento de

hospital dia, assim como às novas salas para realização de endoscopia

digestiva e ecocardiograma.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 3: Recepção do P. A.

1.5.1.3 Centro cirúrgico

Equipado com o que há de mais novo e moderno, para atender o cliente

Unimed.

Fonte: Unimed de Lins, 2010 Figura 4: Centro Cirúrgico

1.5.1.4 Sala de quimioterapia

32

Construída com total preocupação com o atendimento humanizado,

dispõe de poltronas eletrônicas para aplicação, permitindo ao próprio

cliente adotar o posicionamento que mais lhe agrade. Quarto privativo àqueles

que necessitem de atendimento mais prolongado.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 5: Sala de Quimioterapia

1.5.1.5 Farmacotécnica

Com experiência há anos em dose unitária. Ampla e nova instalação

com Capelas de Fluxo Laminar para fracionamento de injetáveis com

segurança.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 6: Farmacotécnica

1.5.1.6 Unidade de terapia intensiva (UTI)

33

Equipada com moderno sistema de monitorização em rede e

respiradores microprocessados com avançada tecnologia alemã (Dräeger

Medical). As camas são eletrônicas (Stryker) e contam com variações de

movimentos que facilitam o posicionamento dos clientes.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 7: UTI 1.5.1.7 Unidade materno infantil

Ambiente ampliado e climatizado. Sistema de segurança de acesso ao

berçário, composto por fechadura eletrônica e câmera de vídeo (tranquilidade

para mamãe, bebê e toda família).

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 8: Unidade Materno Infantil

1.5.1.8 Sala de estocagem

34

Nova e ampla Central de Materiais com todos os ambientes previstos.

Testes rotineiros bacteriológicos e biofísicos.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 9: Sala de Estocagem

1.5.2 Sede administrativa

A Sede Administrativa está localizada na Rua Dom Bosco, 13, na cidade

de Lins. Área física de aproximadamente 750m e conta com 40 colaboradores

distribuídos entre os departamentos de controladoria e coordenadoria; contas

médicas; tecnologia de informação; atendimento e cadastro; saúde

ocupacional; gestão de pessoas; serviço social; e ainda a farmácia que

funciona também juntamente com a sede atendendo aos clientes.

Fonte: Unimed de Lins, 2010

Figura 10: Sede Administrativa

35

1.5.3 Farmácia da Unimed

A Farmácia Unimed fornece aos clientes medicamentos de

procedência garantida, inclusive genéricos. Para adquirir medicamentos

na Farmácia Unimed basta apresentar o Cartão Unimed.

1.5.4 Unimed vida

A sede Unimed Vida esta localizada na rua Floriano Peixoto, 930, centro

Lins/SP, onde se situam o marketing, responsabilidade socioambiental,

comercial e associação da mulher Unimed Lins.

1.6 Medicina preventiva

1.6.1 Programa viva melhor

O programa tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos clientes

obesos, hipertensos e/ou diabéticos. É oferecido aos clientes internos e

externos diversas atividades como: monitoramento do peso, pressão arterial e

glicemia, acompanhamento nutricional individual, grupo terapêutico, atividade

física, entre outras. É composta por uma equipe multidisciplinar: médico,

nutricionista, psicóloga, educador físico, assistente social, enfermeira, técnica e

auxiliar de enfermagem responsável pelas atividades desenvolvidas.

1.6.2 Atendimento nutricional

É oferecido acompanhamento nutricional aos clientes com diversas

doenças que necessitam de acompanhamento. A reeducação nutricional visa

36

mudanças nas práticas alimentares, as quais são muito eficazes no tratamento

dessas enfermidades, assim como atua na prevenção de consequências mais

graves. Ao conscientizar sobre a importância de hábitos alimentares mais

saudáveis, busca-se uma mudança no estilo de vida destes indivíduos.

1.6.3 Palestras educativas

São realizadas palestras nas empresas, escolas e comunidade em geral.

As palestras têm a finalidade de informar sobre a importância e o significado da

prevenção de doenças. São ministradas por médicos cooperados e outros

profissionais da área da saúde.

1.6.4 Programa materno infantil

A gravidez é um período de muitas ansiedades, incertezas, medos e

fantasias. A mulher precisará de maturidade para chegar bem até o nascimento

de seu filho. Para adquirir esta maturidade será necessário que ela tenha uma

conscientização total do processo gestacional. Conscientização que ela só terá,

recebendo todas as informações necessárias através de um trabalho educativo

e preventivo.

Frente a estas necessidades, o departamento de medicina preventiva

implantou em setembro/2006 um programa para esclarecer dúvidas e eliminar

tabus durante a gestação, incentivando o parto normal e o aleitamento

materno.

Além das aulas teóricas, as gestantes realizam fisioterapia e

hidroginástica orientadas e acompanhadas por fisioterapeuta e educador físico,

com o objetivo de melhorar o desconforto causado pelo crescimento do bebê,

prevenir posturas errôneas, entre outras.

É composta por uma equipe multidisciplinar: médico obstetra, pediatra,

odontopediatra, psicóloga, nutricionista, anestesista, enfermeira,

37

fonoaudióloga, fisioterapeuta e assistente social.

1.6.5 Programa contra o tabagismo

O tabagismo atualmente representa um dos mais graves problemas de

saúde pública, configurando uma epidemia que compromete não só a saúde da

população, como também a economia do país e o meio ambiente. Estima-se

que no Brasil morrem 80.000 pessoas a cada ano devido ao tabagismo, ou

seja, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro.

A Unimed implantou em fevereiro/2004 o programa de tratamento de

tabagismo, oferecido inicialmente aos clientes internos e atualmente oferecido

para clientes externos. É composta por uma equipe multidisciplinar: médico

pneumologista, psicóloga, nutricionista e assistente social.

1.6.6 Programa de reabilitação pulmonar

O Programa de Reabilitação Pulmonar é oferecido aos clientes

portadores de DPOC, Asma e outras patologias pulmonares. Consiste em

exercícios de relaxamento, alongamento e fortalecimento da musculatura

visando aumentar a capacidade respiratória, a melhoria do quadro clínico e a

qualidade de vida dos pacientes; além de acompanhamento nutricional, grupo

terapêutico e demais atividades.

É formado por uma equipe multidisciplinar composta por médico

pneumologista, fisioterapeuta, educador físico, psicóloga, enfermeira, técnica e

auxiliar de enfermagem, nutricionista e assistente social.

1.6.7 Programa Unilar

É um serviço de assistência domiciliar que visa proporcionar

38

exclusivamente ao cliente da Unimed Lins, um atendimento humanizado e

personalizado no ambiente familiar, favorecendo a recuperação do paciente e

melhorando suas condições gerais de saúde.

Recebem este benefício os pacientes portadores de moléstias crônicas,

pós-cirúrgicos, pediátricos ou com internações repetitivas, que podem continuar

o tratamento em seus lares.

1.6.8 Programa melhor idade

Em agosto/2007 iniciou-se o programa Melhor Idade, com o objetivo de

melhorar a qualidade de vida dos clientes acima de 59 anos através dos

exercícios físicos, alimentação equilibrada e resgate de auto-estima.

São oferecidas: atividade física, monitoramento do peso, pressão arterial

e glicemia, grupo terapêutico, acompanhamento nutricional, palestras e demais

atividades. É formado por uma equipe multidisciplinar composta por psicóloga,

nutricionista, enfermeira, técnica e auxiliar de enfermagem, educador físico e

assistente social.

1.7 Planos de saúde

a) Familiar

Os Planos de Saúde da Unimed Lins estão todos de acordo com a lei

9656/98 e oferecem os melhores benefícios da área de saúde.

Coberturas: os planos possuem coberturas para:

(continuação)

Consultas Radioterapia Exames simples Quimioterapia Exames sofisticados

Hemodiálise

39

Internações Transplantes de rim e córnea

Obs: Todos os ítens constantes do rol de procedimentos.

Fonte: Unimed Lins, 2010 Quadro 1: Coberturas do plano de saúde familiar

Fator de co-participação: nos Planos de Saúde o fator de co-

participação do usuário pode ser contratado em 20% ou 30% para consultas

e serviços de diagnose e terapia, quando realizados ambulatorialmente.

Abrangência geográfica: o cliente Unimed Lins tem direito a

atendimento de rotina nos municípios de Lins, Cafelândia, Getulina, Guaiçara,

Guaimbé, Guarantã, Pongaí, Promissão, Sabino e Uru.

Carências: os prazos de carência definem quando o usuário pode fazer

uso dos serviços relacionados após a contratação do plano, os prazos são

definidos pela lei federal nº 9656/98.

A carência mínima para internação clínica ou cirúrgica é de seis meses

e a máxima é de dois anos, somente para as doenças ou lesões pré-existentes

à assinatura contratual.

b) Empresarial

Com uma ampla e confiável rede de atendimento, a Unimed de Lins

oferece os melhores planos empresariais, todos de acordo com a lei 9656/98.

Coberturas: os planos possuem coberturas para:

Consultas Radioterapia

Exames simples Quimioterapia

Exames sofisticados Hemodiálise

Internações Transplantes de rim

e córnea

Obs: Todos os ítens constantes do rol de

procedimentos.

Fonte: Unimed Lins, 2010

Quadro 2: Coberturas do plano de saúde empresarial

(conclusão)

40

Abrangência geográfica: o cliente Unimed Lins tem direito a

atendimento de rotina nos municípios de Lins, Cafelândia, Getulina, Guaiçara,

Guaimbé, Guarantã, Pongaí, Promissão, Sabino e Uru.

Carências: os prazos de carência definem quando o usuário pode fazer

uso dos serviços relacionados após a contratação do plano, os prazos são

definidos pela lei federal nº 9656/98. A carência mínima para internação clínica

ou cirúrgica é de seis meses e a máxima é de dois anos, somente para as

doenças ou lesões pré-existentes a assinatura contratual.

41

CAPÍTULO II

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

2 INTRODUÇÃO HISTÓRICA

Com a Revolução Agrícola e Industrial, o meio ambiente sofreu uma

mutação incomensurável, constata-se que a população foi buscar seu sustento

nos recursos naturais, a criação de animais, como o gado, com o plantio de

frutas e verduras, para o consumo da população.

Essas duas novas atividades – domesticação dos animais e domínio da técnica de plantio – provocaram uma revolução na história da humanidade (uma revolução agrícola), pois permitiram a fixação das pessoas e o surgimento das primeiras vilas e cidades. (DIAS, 2006, p.3)

Os povos da antiguidade caçavam os animais servindo de alimento para

as famílias, desenvolviam práticas de caça com propósito de se protegerem

dos animais mais perigosos, que ofereciam ameaças a vida do ser humano;

matavam esses animais maiores para garantir a sobrevivência humana,

ocorrendo o princípio da extinção de várias espécies de bichos (DIAS, 2006).

Na revolução industrial, originada na Inglaterra, houve um êxodo por parte da

população para as cidades na busca de empregos, de uma vida socialmente

mais digna. Nas cidades foram instaladas grandes quantidades de indústrias,

empresas dos mais variados segmentos para atender as transformações do ser

humano, as suas necessidades. Com a grande oferta de postos de trabalho em

paralelo a uma vida mais próspera nas cidades, o homem passou a

abrir espaço no ambiente natural para que passasse a morar naquele

lugar onde até então, somente havia matas, lugares ainda não explorados,

não habitados pela humanidade. Com toda essa transformação na população,

ocorre que, o meio ambiente foi prejudicado, começando o

42

agravamento, o princípio das mazelas ambientais vivenciadas na atualidade.

Na época não existia órgãos governamentais e não governamentais que

fiscalizassem tais irresponsabilidades, o ser humano dotado de pouca

inteligência, e sem os recursos tecnológicos existentes atualmente, explorou o

meio ambiente e seus recursos disponíveis de maneira irracional, sem

consciência da necessidade da preservação natural para benefício das

gerações futuras, eles se preocupavam somente na busca de sua

sobrevivência, estavam descobrindo toda a diversidade que a natureza

dispunha. Entretanto, verifica-se que a intensidade de destruição do ambiente

na antiguidade, devido a estes acontecimentos, é pequena se comparado com

os dias de hoje, portanto, a degradação ambiental é antiga, mas o seu

agravamento está se dando no presente.

Acontece que, embora o início do desenvolvimento industrial tenha quase três séculos, é somente nas duas últimas décadas do século XX que o volume físico da produção industrial no mundo cresceu espetacularmente, considerando-se que na segunda metade do século XX foram empregados mais recursos naturais na produção de bens que em toda a história anterior da humanidade. (DIAS, 2006, p.7)

Contudo, todo esse ciclo de destruição ambiental, vindo desde as

grandes Revoluções não trouxe grandes prejuízos à população antiga, pois era

o começo da destruição ambiental, onde os povos primitivos não exploraram de

maneira racional os recursos naturais disponíveis, isso fez com que as

gerações subsequentes sofressem das desordenações ambientais, tais como:

os desastres naturais, os tsunamis, terremotos. Isso ocorre devido que houve

ao longo do tempo uma irresponsabilidade da sociedade em geral quanto ao

meio ambiente, assim o mesmo responde através de catástrofes ambientais

sobre os atos sofridos, a inadequação das atividades, dos processos.

2.1 Ecologia

Com a preocupação na natureza em geral, a fauna e a flora, foi

introduzido junto às ciências a área que estuda todo o contexto do meio

43

ambiente, os animais, seres vivos. Dentro do ambiente de aula, numa possível

conscientização por parte da população sobre a importância da

natureza na sobrevivência, induzindo a sociedade a não prejudicar o meio

ambiente.

Dentro do controle ambiental, a ecologia representa uma ciência e um modo de pensar. A ecologia pode ser definida como o estudo das inter-relações entre organismos vivos e seus ambientes. A palavra deriva do grego oikos, “casa” ou “lugar de habitação”, e o sufixo de estudo, “logia”. (SEWELL, 1978, p. 30)

A ecologia estuda toda estrutura dos seres vivos, desde a sua

concepção, o ambiente onde vive as competições existentes, até mesmo a sua

morte, analisando as relações entre os seres e a natureza. Destinando

atenção ao Homem que interage diretamente com os seres vivos, podendo

assim afetar as condições de sobrevivência dos mesmos. A ciência visa

enriquecer o conhecimento da espécie animal, as competições existentes na

busca do alimento, no espaço desejado para a melhor acomodação,

demarcando seu habitat natural.

2.2 Eventos ambientalistas

Antigamente a população não se preocupava com o meio ambiente, ou

não tinha uma educação baseada em princípios de preservar o mesmo, essa

idéia é corroborada pela história quando diz que os povos não tinha qualquer

consciência junto ao meio onde viviam, e dali sem qualquer preocupação

tiravam seu sustento. Esse conceito foi minimizado nos dias de hoje, porém, a

consciência ecológica e sustentável ainda não é praticada pela grande maioria

das pessoas.

Constata-se ao longo das décadas a realização de eventos com a

finalidade de discutir o meio ambiente natural e chegar num consenso comum,

na reversão da realidade ambiental mundial, na preservação ambiental. As

nações desenvolvidas e em desenvolvimento se juntavam com o propósito de

44

apresentar medidas de contenção das agressões causadas ao meio ambiente,

por aqueles que usam dos seus recursos. Os registros comprovam que ao

longo dos anos foram realizados milhares de eventos neste sentido, em todas

as localidades do planeta. (continuação)

Ano Acontecimento Observação 1962 Publicação do livro Primavera

Silenciosa (Silent Spring) Livro publicado por Rachel Carson que teve grande repercussão na opinião pública e expunha os perigos do inseticida DDT.

1968 Criação do Clube de Roma Organização informal cujo objetivo era promover o entendimento dos componentes variados, mas interdependentes – econômicos, políticos, naturais e sociais, que formam o sistema global.

1968 Conferência da Unesco sobre a conservação e o uso racional dos recursos da biosfera

Nessa reunião, em Paris, foram lançadas as bases para a criação do Programa: Homem e a Biosfera (MAB)

1971 Criação do Programa MAB da UNESCO

Programa de pesquisa no campo das Ciências Naturais e sociais para a conservação da biodiversidade e para a melhoria das relações entre o homem e o meio ambiente.

1972 Publicação do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as tendências que imperavam até então conduziriam a uma escassez catastrófica dos recursos naturais e a níveis perigosos de contaminação num prazo de 100 anos.

1972 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, na Suécia

A primeira manifestação dos governos de todo o mundo com as consequencias da economia sobre o meio ambiente. Participaram 113 Estados-membros da ONU. Um dos resultados do evento foi a criação do Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA)

1980

I Estratégia Mundial para a Conservação

A IUCN, com a colaboração do PNUMA e do World Wildlife Fund (WWF), adota um plano de longe prazo para conservar os recursos biológicos do planeta. No documento aparece pela primeira vez o conceito de ‘’desenvolvimento sustentável’’.

1983 É formada pela ONU a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD)

Presidida pela Primeira-Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, tinha como objetivo examinar as relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento e apresentar propostas viáveis.

1987 È publicado o informe Brundtland, da CMMAD, o ‘’Nosso Futuro Comum’’

Um dos mais importantes sobre a questão ambiental e o desenvolvimento. Vincula estreitamente economia e ecologia e estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o desenvolvimento, formalizando o conceito de desenvolvimento sustentável.

1991 II Estratégia Mundial para a Conservação: ‘’Cuidando da Terra’’

Documento conjunto do IUCN, PNUMA e WWF, mais abrangente que o formulado anteriormente; baseado no informe Brundland, preconiza o reforço dos níveis

45

(conclusão) políticos e sociais para a construção de uma

sociedade mais sustentável. 1992 Conferência das Nações Unidas

sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou Cúpula da Terra

Realizada no Rio de janeiro, constitui-se no mais importante foro mundial já realizado. Abordou novas perspectivas globais e de integração da questão ambiental planetária e definiu mais concretamente o modelo de desenvolvimento sustentável. Participaram 170 Estados, que aprovaram a Declaração do Rio e mais quatro documentos, entre os quais a Agenda 21.

1997 Rio+5 Realizado em New York, teve como objetivo analisar a implementação do Programa da Agenda 21.

2000 I Foro Mundial de âmbito Ministerial – Malmo (Suécia)

Teve como resultado a aprovação da declaração de Malmo, que examina as novas questões ambientais para o século XXI e adota compromissos no sentido de contribuir mais efetivamente para o desenvolvimento sustentável.

2002 Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+10

Realizada em Johannesburgo, nos meses de agosto e setembro, procurou examinar se foram alcançadas as metas estabelecidas pela Conferência do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu compromisso com os princípios do Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Dias, 2006, p.37

Quadro 3 – Resumo dos principais acontecimentos relacionados com o

desenvolvimento sustentável.

O Brasil destaca-se na realização da conferência no Rio de Janeiro,

com 170 países foram debatidas as questões ambientais, e criados os

documentos importantes, fazendo com que este evento fosse um dos mais

importantes já realizados, desde que foi acrescido à política mundial, à

discussão ambiental junto aos mais importantes estudiosos do assunto e os

líderes da época. Atualmente a conferência do Rio é lembrada pela importância

da influência exercida na época, as recomendações são vigentes e

orientadoras as nações até os dias de hoje e são cobradas pelas organizações

não governamentais.

As Nações Unidas tomou conhecimento da importância do assunto e da

relevância que o mesmo tem em nossas vidas, e a partir daí reuniu em sua

pauta junto aos importantes Estados, para esclarecer a problemática ambiental;

foram eventos com empresários, ambientalistas, representante de ONGs. Os

46

empresários com os seus empreendimentos exerciam papel significativo na

poluição e na destruição do meio ambiente. Foram criados relatórios entre as

autoridades presentes, que são válidos e imprescindíveis na conservação da

natureza e na manutenção da qualidade de vida das pessoas, e das futuras

gerações.

2.2.1 World Business Council for Sustainable Development (WBCSD)

A atenção cada vez mais estava voltada para o meio ambiente, visto

que, os recursos naturais são termináveis, com isso, a associação do

melhoramento da imagem das grandes organizações perante a sociedade em

geral, ética ambiental, juntamente com o cumprimento da legislação ambiental

tem trazido benefícios na qualidade de vida. A partir dessa idéia, deu-se a

origem a um grupo de empresas com propósitos no desenvolvimento

sustentável; sendo formada por 200 organizações, a World Business Council

for Sustainable Development, tem como ideal o desenvolvimento empresarial

sem prejudicar o meio ambiente natural, e a responsabilidade social, uma

prática consciente por parte das grandes indústrias mundiais.

Fonte: cebds.org.br (2010)

Figura 11: Patrocinadores do Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável.

No Brasil, a entidade é representada pelo Conselho Empresarial

Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na concepção de

criar no meio empresarial e na sociedade, condições para uma relação

47

harmônica entre a economia, o social e o ambiental. A organização foi fundada

em 1997, e integraliza junto aos seus trabalhos os maiores e mais expressivos

grupos empresarias do Brasil, as empresas associadas são da área de energia,

transporte, siderurgia, capital financeiro, metalurgia, construção civil, bens de

consumo, entre outras. Funcionando com interlocutora das empresas junto ao

governo federal, visando o cumprimento dos acordos ambientais, aos órgãos

ambientalistas, tendo parcerias com ONGs.

2.2.2 Protocolo de Kyoto

O protocolo surgiu da necessidade dos países desenvolvidos praticarem

uma consciência ecológica efetiva, foi realizado a um encontro entre 166

países, compreendendo países desenvolvidos e em desenvolvimento. O

documento relata a importância de uma ação urgente quanto ao efeito estufa, o

aquecimento acelerado da terra, onde as atividades existentes nessas nações

favoreciam a problemática. A industrialização crescente sem a preocupação

com o meio ambiente; os países cultuam uma riqueza desenfreada fez com

que na cidade de Kyoto, no Japão, ocorresse um encontro em diversas nações

para discutir junto aos estudiosos e as autoridades competentes o meio

ambiente em geral.

Realizada no Japão, em 1997, abordando discussões que se estendiam desde 1990 gerou um documento denominado de Protocolo de Kyoto. Este documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por cerca de 76% do total das emissões de gases que estão relacionadas ao aquecimento global, como também os outros gases relacionados com o efeito estufa, produzidos em grande escala nos países industrializados. (DONATO, 2008, p. 30)

Dentre as afirmações do documento, ficou ratificada entre as nações a

redução dos gases nocivos a atmosfera, ocorrendo o efeito estufa, cada

país se comprometeu em reduzir um percentual importante, através de uma

48

política de conscientização da população em geral e juntamente com as

empresas empregadoras, geradoras de riquezas e principal alimentadora

desse problema. O quadro 4 (quatro) evidencia as metas a serem conquistadas

pelos países membros, cada nação é responsável por reduzir os gases visando

uma vida mais saudável.

Austrália 108% Liechtenstein 92%

Áustria 92% Lituânia 92%

Bélgica 92% Luxemburgo 92%

Bulgária 92% Mônaco 92%

Canadá 94% Holanda 92%

Croácia 95% Nova Zelândia 100%

Republica Checa 92% Noruega 101%

Dinamarca 92% Polônia 94%

Estônia 92% Portugal 92%

União Européia 92% Romênia 92%

Finlândia 92% Rússia 100%

Franca 92% Eslováquia 92%

Alemanha 92% Eslovênia 92%

Grécia 92% Espanha 92%

Hungria 94% Suécia 92%

Islândia 110% Suíça 92%

Irlanda 92% Ucrânia 100%

Itália 92% Inglaterra 92%

Japão 94% EUA 93%

Letônia 92%

Fonte: Dias, 2006, p.123

Quadro 4 – Reduções Obrigatórias de Gases que provocam o efeito estufa

entre os anos 2008-2012 para os países da Convenção

As nações em desenvolvimento também tiveram sua participação junto

ao encontro realizado na cidade japonesa, ficou acordado que esses países

deveriam reduzir os gases, porém, os países desenvolvidos, as grandes

potências teriam uma parcela maior de responsabilidade, visto que, são os

maiores poluidores do ambiente por comportar as grandes empresas,

multinacionais.

49

2.2.3 Os 8 Objetivos do Milênio – ODM

Com as preocupações dos problemas existentes no dia à dia da

população mundial, em países com menor intensidade se comparado com

nações pobres, foi realizado um encontro promovido pela ONU onde o objetivo

era a discussão da realidade social e ambiental do planeta, as melhorias para a

amenização e a melhor condição de vida, a qualidade de vida da sociedade.

O evento foi corroborado por 191 países no dia 8 de setembro de 2000,

onde os líderes representantes das nações concordaram em alcançar os

objetivos propostos até 2015; com a denominação de Metas de

Desenvolvimento do Milênio (MDM), ou 08 (oito) objetivos do Milênio, ficaram

acordadas as metas de acabar com a fome e a miséria; educação básica de

qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; reduzir a

mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a AIDS, a

malária e outras doenças; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; e

todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

(continuação)

1. Acabar com a fome e a miséria Pastoral da Criança CREN - Centro de Recuperação e

Educação Nutricional Visão Mundial IBASE

2. Educação básica de qualidade para todos

Ação Educativa CENPEC CONSED - Conselho Nacional de

Secretários de Educação Faça Parte – Instituto Brasil

Voluntário Todos Pela Educação Fundação Educar DPaschoal MEC - Ministério da Educação UNDIME - União Nacional dos

Dirigentes Municipais de Educação

3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher

GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra

Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual

CEFEMEA

4. Reduzir a mortalidade infantil

ANDI – Agência de Notícias dos Direitos da Infância

CREN - Centro de Recuperação e Educação Nutricional

50

UNIFEM

UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

Pastoral da Criança Fundação ABRINQ pelos Direitos da

Criança

5. Melhorar a saúde das gestantes

Amparo Maternal Pastoral da Criança CREN - Centro de Recuperação e

Educação Nutricional Fundação ABRINQ pelos Direitos da

Criança UNICEF - Fundo das Nações Unidas

para a Infância

6. Combater a Aids, a malária e outras doenças

Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids

GAPA - Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS Grupo Pela Vida

Programa Nacional de DST e Aids Projeto Criança / Aids Sociedade Viva Cazuza

7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente

Fundação Onda Azul Greenpeace Brasil SOS Mata Atlântica Instituto Akatu WWF – World Wildlife Foundation

8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba Centro do Voluntariado de São Paulo

IVA – Instituto Voluntários em Ação – Florianópolis

Parceiros Voluntários do Rio Grande do Sul Rio Voluntário

Faça Parte - Instituto Brasil Voluntário Portal do Voluntário PNUD - Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento UNV - Programa dos Voluntários das

Nações Unidas Voluntários On Line

Fonte: objetivosdomilenio.org.br (2010)

Quadro 5 – Parceiros para a concretização do ODM.

No Brasil o ODM é também chamado de 08 (oito) Jeitos de Mudar o

Mundo, as instituições vinculadas e comprometidas com a causa procuram

integralizar junto à sociedade os objetivos propostos no encontro realizado. O

governo federal, estadual e municipal com a participação da sociedade em

geral, busca as mudanças necessárias para assim mudar a realidade

situacional de milhares de pessoas que encontra-se oprimida e desprotegida,

com doenças sexualmente transmissíveis, a fome, a destruição do meio

ambiente natural, entre outras.

Com a educação sendo um dos principais objetivos, depois de acabar

(conclusão)

51

com a fome, os líderes representantes da população devem investir em

educação à população, independente da idade, todos devem ter educação

básica, saber ler e escrever, devido que sem essas condições mínimas as

pessoas não conseguem desenvolver-se como ser humano, as oportunidades

de imersão no mercado de trabalho é mínima, favorecendo o desemprego e

por consequência a fome. A área da saúde é fundamental para a adequação

das nações junto às metas propostas, cada país deve promover melhorias para

todos quanto à saúde.

Em todo o mundo é comprovada a existência de desigualdade entre os

sexos, a mulher é caracterizada como o sexo frágil, um pensamento

discriminatório que tem influência no cotidiano das pessoas, favorecendo o

desrespeito no trabalho e em casa. É notório as mudanças ocorridas ao longo

dos últimos anos, com a mulher sendo inserida no mercado de trabalho em

cargos importantes da política nacional e internacional.

O meio ambiente natural é de fundamental importância na sobrevivência

da espécie humana, assim sendo, deve existir por parte da população em geral

uma consciência ecológica à preservação da natureza, a fauna e flora.

O mundo tem mostrado mudanças significativas no combate à fome, as

doenças, a degradação ambiental e na melhoria da qualidade de vida, e

educação da população. As mudanças devem ser integralizadas junto à cultura

de cada nação, para a garantia de um futuro melhor para as próximas

gerações.

2.3 Sustentabilidade

Dentro do contexto empresarial as organizações percebem que cada vez

mais suas estratégias para conquistar clientes e obter resultados caracterizam-

se em uma gestão de forma ecologicamente correta (TACHIZAWA, 2002).

De acordo com Savitz (2007) entende-se por sustentabilidade, obter

resultado para a organização sem causar danos aos seres vivos e sem

danificar o meio ambiente, mas sim restaurando-o e enriquecendo-o. O termo

sustentabilidade se originou na década de 1980, desde então o termo

52

transformou-se em um contexto amplo na área da administração.

De forma mais abrangente, Savitz (2007) conceitua sustentabilidade da

seguinte maneira: a sustentabilidade é a maneira de gestão do negócio, de

maneira a prover o crescimento da organização e gerar lucro, gerando assim

benefícios significativos para as empresas e a sociedade.

Segundo Kraemer (2010), apresenta cinco dimensões do que se pode

chamar desenvolvimento sustentável:

a) a sustentabilidade social: que se entende como a criação de um

processo de desenvolvimento sustentado por uma civilização com

maior equidade na distribuição de renda e de bens, de modo a

reduzir o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres;

b) a sustentabilidade econômica: que deve ser alcançada através do

gerenciamento e alocação mais eficientes dos recursos e de um

fluxo constante de investimentos públicos e privados;

c) a sustentabilidade ecológica: que pode ser alcançada através do

aumento da capacidade de utilização dos recursos, limitação do

consumo de combustíveis fosseis e de outros recursos e produtos

que são facilmente esgotáveis, redução da geração de resíduos e

de poluição através da conservação de energia, de recursos e da

reciclagem;

d) a sustentabilidade espacial: que deve ser dirigida à obtenção de

uma configuração rural-urbana mais equilibrada e uma melhor

distribuição territorial dos assentamentos humanos e das atividades

econômicas; e

e) a sustentabilidade cultural: incluindo a procura por raízes

endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas

integrados, que facilitem a geração de soluções especificas para o

local, o ecossistema, a cultura e a área.

Segundo o Relatório de Brundtland (1987), que originou-se o termo

“Desenvolvimento Sustentável”, entende-se como aquele que satisfaz as

necessidades do presente sem comprometer a capacidade; as futuras

gerações satisfazerem suas próprias necessidades.

Alguns acidentes ambientais gravíssimos que acontecem em todos os

53

países refletem diretamente dentro de uma organização, exemplo foi o ocorrido

no golfo do México neste ano de 2010, quando uma plataforma de petróleo

explodiu, em seguida afundou; esse desastre houvesse um grande vazamento

de petróleo contaminando as águas do golfo do México. Além da degradação

ambiental, neste caso constata-se a violência do acidente afetando os

trabalhadores locais, deixando milhares de feridos. Outro aspecto importante é

o fato da destruição causada nas espécies animais, a grande quantidade de

petróleo vazada afeta a vivência de várias espécies, causando grande

quantidade de mortandade de peixes.

O acidente comprova a importância do meio ambiente natural, a

empresa deve destinar recursos para a área ambiental, conciliando o progresso

da organização juntamente com uma gestão ambiental eficiente.

Fonte: noticias.r7.com (2010)

Figura 12: Acidente no Golfo do México.

Juntamente com a gestão da sustentabilidade e a alta competitividade

nas empresas, o crescimento da responsabilidade ecológica quanto às

consequências provocadas no meio ambiente faz com que as organizações

tenham novos comportamentos ambientais valorizando a sociedade como

54

um todo, descartando seus materiais de maneira que não agrida o meio

ambiente.

Segundo Almeida (2002), para que uma organização seja sustentável é

necessário em todas as suas decisões e ações no processo decisivo, a eco

eficiência, de forma que produza mais e melhor, usando menos recursos

naturais, sendo socialmente responsável. Isso quer dizer em modo geral que

para agir e garantir seu espaço dentro do mercado de forma consciente e

conquistar o sucesso no mundo, é necessário abraçar o desafio da

sustentabilidade.

2.3.1 O papel do governo

Ao longo dos anos são inúmeras as medidas que normatizam a questão

ambiental, no Brasil, por exemplo, há várias normas legais que abrangem os

mais diversos aspectos ambientais. Com a maior participação da sociedade e

de entidades ambientais na elaboração das leis, foram introduzidas novas

normas que se aplicam as questões ambientais exercendo maior controle

sobre a degradação ambiental (DIAS, 2006).

(continuação)

Líderes governamentais e funcionários públicos

1. Estabelecer metas macroeconômicas da ecoeficiência e critérios de conversão para o

desenvolvimento sustentável.

2. Integrar medidas políticas para reforçar a ecoeficiência (por exemplo, através da eliminação

de subsídios, interiorizando questões externas e efetuando mudanças na política tributária).

3. Trabalhar para mudar as regras e os sistemas das políticas internacionais para o comércio,

transações financeiras, etc. como forma de apoiar uma maior produtividade de recursos e

redução de emissões, assim como melhorias das condições dos que não têm privilégios.

Líderes da Sociedade civil e consumidores

4. Encorajar os consumidores a preferirem produtos e serviços ecoeficiêntes e mais

sustentáveis.

55

5. Apoiar as medidas políticas para a criação das condições que recompensam a

ecoeficiência.

Docentes

6. Incluir a ecoeficiência e a sustentabilidade nos currículos dos ensinos secundário e superior

e utilizá-las em programas de pesquisa e desenvolvimento.

Analistas financeiros e investidores

7. Reconhecer e recompensar a ecoeficiência e a sustentabilidade como critérios de

investimento.

8. Ajudar as empresas ecoeficientes e líderes da sustentabilidade a comunicar ao mercado

financeiro o progresso e os benefícios relacionados com o negócio.

9. Promover e utilizar instrumentos de avaliação e índices de sustentabilidade para apoiar os

mercados e ajudar a ampliar o conhecimento sobre os benefícios da ecoeficiência.

Líderes de negócio

10. Integrar a ecoeficiência na estratégia de negócio, incluindo-a nas estratégias operacionais,

de inovação do produto e marketing.

11. Liderar os relatórios de ecoeficiência e de performance de sustentabilidade para os

stakeholders.

12. Apoiar as medidas políticas que recompensam a ecoeficiência. Fonte: Dias, 2006, p.137

Quadro 6 – 12 ações-chave para um futuro ecoeficiente.

Segundo Dias (2006), um dos fatores mais fortes para que as empresas

adotem medidas gerenciais voltadas para gestão ambiental é a regulação do

meio ambiente natural, conforme uma pesquisa realizada junto aos

empresários brasileiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Assim, o

Estado utiliza essas normas para proteger o meio ambiente e a saúde das

pessoas, essa legislação gera multas para os infratores e até mesmo o

fechamento da empresa, logo, as respostas das empresas de colocar em

prática ou não o que exige a legislação.

O governo procura instigar a consciência ecológica por parte da

população em geral, visando um futuro melhor para as gerações futuras, com o

melhoramento da qualidade de vida, beneficiando todas as partes envolvidas, o

governo, empresas e a sociedade no geral. Este contexto preconiza a idéia do

(conclusão)

56

governo investir numa educação ambiental dentro do ambiente de aula.

2.3.1.1 Educação ambiental

Ao nascer, se é educado através dos princípios que os pais julgam ser

mais corretos, se praticados de maneira responsável, tornar-se-á grandes

cidadãos. Desde pequenas, as crianças são orientadas a práticas corretas,

ensinamentos que faz surgir uma pessoa pronta para desbravar o mundo, viver

em sociedade. Educa-se a não roubar, não matar, não cometer qualquer tipo

de crime, com qualquer ser humano; recebe-se uma educação para criar

prosperidade, mecanismos que garantam a sobrevivência, a convivência

harmoniosa entre o povo. Ocorre que, o ser humano não esta vivendo de

maneira harmoniosa com a natureza, o meio ambiente natural, as empresas, a

sociedade em geral, poder público, estão degradando o ambiente de maneira

irresponsável, sem ter consciência da preservação do mesmo para a obtenção

de benefícios fornecidos pela natureza, garantindo a vivência das gerações

subsequentes.

A educação ambiental é percebida como um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais, presente e futuros. (DIAS, 2006, p. 25)

Na escola se aprende o português, a matemática, história, geografia,

entre outras disciplinas, mas não existe uma educação ambiental específica

presente no ambiente interno educacional, quando o ser humano começa a

adquirir valores morais, nortear aquilo que julga como correto, princípios. Na

sociedade existe a crença de que os recursos naturais são ilimitados, podendo

ser explorados de maneira irresponsável, pois na visão errônea, vinda desde a

antiguidade, os recursos disponíveis na natureza nunca vão acabar. As

57

crianças crescem, sem uma visão de preservação ambiental, de proteger o

meio ambiente, seja com medidas simples, como não descartar lixo na

natureza ou, até mesmo grandes empresas que podem incentivar planos mais

ambiciosos, financiando programas de preservação do meio ambiente,

desenvolvendo plantio de mudas de árvores em matas exploradas ilegalmente,

a proteção dos rios, lagos, entre outros.

A educação ambiental tem como finalidade promover a compreensão da existência e da importância da interdependência econômica, política, social e ecológica da sociedade; proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias, para proteger e melhorar a qualidade ambiental; induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, tornando-a apta a agir em busca de alternativas de soluções para os seus problemas ambientais, como forma de elevação da sua qualidade de vida. (DIAS, 2006, p.26)

Com pequenos atos da população para que adquira uma consciência

ecológica, beneficiando a todos, visto que, se a sociedade tornar comum no

seu dia à dia a não degradação do meio ambiente, empresas iram mudar seus

processos no sentido de melhorar a sua imagem junto à comunidade, que são

os consumidores dos produtos oferecidos. Os governos, seja em âmbito

nacional, estadual ou municipal, precisam destinar grande volume de recursos

financeiros, assim desenvolvendo programas junto as suas pastas para que

haja uma consciência ambientalmente correta por parte do povo, desde

pequeno, sendo importante a implementação de teorias ambientais junto as

disciplinas comuns, assim fazendo com que as crianças cresçam com uma

visão diferente da existente nos dias de hoje, para que o futuro seja benéfico a

todos, sem prejuízos ambientais para a população; a natureza transmite

através de desastres naturais, a degradação sofrida.

2.3.1.2 Direito ambiental

O Brasil é um país comprometido com o meio ambiente natural e os

58

recursos disponíveis, tendo uma legislação especifica para a área ambiental,

presente na constituição federal. Entretanto, as leis existentes raramente são

cumpridas no que tange a não degradação ambiental, o não desmatamento e

queimadas; as empresas e a sociedade em geral brasileira, diferentemente de

outras nações mais desenvolvidas, não integralizaram junto ao seu dia a dia

uma consciência ecológica. Os países ricos de modo geral são mais críticos

quando da compra de produtos, assim verificando se a empresa produtora não

destrói o meio ambiente, não ocorrendo o mesmo em nações como o Brasil

onde essa cultura é pouco instigada em nosso território.

É comprovada a pouca, ou quase inexiste consciência ambiental por

parte dos brasileiros; as leis que regem essa área são exemplares e

importantes, se compradas com outros países, ocorre que, não existe uma

fiscalização efetiva quanto ao cumprimento da mesma, ficando sob a

consciência por parte do empresariado cumprir ou não a legislação ambiental.

Em todas as esferas, federal, estadual e municipal, é confirmada a

existência de pasta representando o ambiente, os recursos naturais do Brasil.

São milhões investidos que demonstra pouco resultado, entretanto, a

quantidade de dinheiro é insignificante se pensar na importância do assunto e o

que ele representa no território brasileiro. Com grande área verde,

principalmente na floresta amazônica, o Brasil necessita de um investimento

maciço em meio ambiente paralelamente com uma fiscalização rigorosa no

cumprimento da legislação, e das penalidades impostas pela mesma.

Dentro do código ambiental brasileiro, destaca-se a grandeza das leis

desenvolvidas, mas pouco exercida, praticada pelos agentes envolvidos, dentre

o qual pode-se observar no artigo 26 da mesma lei, a riqueza de detalhes no

que tange a preservação ambiental, com isso adquirindo uma consciência

ecológica real. (continuação)

Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de prisão simples ou multa de uma a cem vezes o salário-mínimo mensal, do lugar e da data da infração ou ambas as penas cumulativamente: a) destruir ou danificar a floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação ou utilizá-la com infringência das normas estabelecidas ou previstas nesta Lei; b) cortar árvores em florestas de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente; c) penetrar em floresta de preservação permanente conduzindo armas, substâncias ou instrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem estar munido de licença da autoridade competente;

59

d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais, bem como às Reservas Biológicas; e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções adequadas; f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação; g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação; h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto, até final beneficiamento; i) transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente; j) deixar de restituir à autoridade, licenças extintas pelo decurso do prazo ou pela entrega ao consumidor dos produtos procedentes de florestas; l) empregar, como combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de dispositivo que impeça a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas; m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal de sua propriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial; n) matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore imune de corte; o) extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer outra espécie de minerais; p) (Vetado). q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive para qualquer efeito industrial, sem licença da autoridade competente. (Incluído pela Lei nº 5.870, de 26.3.1973)

Fonte: planalto.gov.br (2010)

Quadro 7 - Código ambiental

Com lei específica para a área e entendendo que o meio ambiente é um

bem de todos os cidadãos, o Brasil, junto à constituição federal enquadrou toda

a área ambiental ao Direito, visto que, não existia até então uma proteção

jurídica do meio ambiente natural e seus recursos, compreendendo não

somente a natureza, mas também flora, todos os animais existentes nas

florestas, na concepção que os mesmos têm seus direitos, o direito de viver

numa área onde se sinta protegido e fora de ameaças do homem. Com isso, o

governo federal regula o uso e as atividades relacionadas à exploração desses

recursos, da natureza.

2.3.1.3 Estudos do Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental

(RIMA)

(conclusão)

60

Hoje em dia, existe a necessidade de grandes empreendimentos, na

expectativa da empregabilidade; em nosso país é grande o número de pessoas

desempregada, sem falta de oportunidade de trabalho. Com a grande

industrialização ocorre a poluição do ar, podendo ocorrer também, no processo

produtivo da empresa, o descarte de resíduos na natureza.

Pensando nesse aspecto, foi implantada na legislação do Brasil, a área

que contempla o meio ambiente natural, a sua preservação.

Grandes empreendimentos necessitam de estudo de Impacto Ambiental,

uma avaliação quanto à afetação da obra na natureza, sendo assim, faz-se

uma mensuração dos danos que o empreendimento pode causar, concedendo

ou não, a autorização para a construção da empresa.

De acordo com Dias (2006), existe as seguintes licenças ambientais,

embasado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA): Licença

Prévia (LP), que consiste na fase inicial da concepção do empreendimento; a

Licença de Instalação (LI), que compreende a autorização da instalação da

empresa; e a Licença de Operação (LO), por fim a LO autoriza o

funcionamento do local.

As empresas estão se tornando mais preocupadas com o meio

ambiente, com uma política ambiental significativa, o seu conteúdo. O governo

federal, estadual e municipal, fiscaliza o cumprimento da legislação, fazendo

valer do Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA), em todas as

obras que leve atenção quanto à degradação ambiental.

2.3.1.4 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA)

Sendo um segmento do governo federal vinculado ao Ministério do Meio

Ambiente (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (IBAMA), tem papel preponderante junto ao meio

ambiente, exercendo a função de fiscalizador da legislação ambiental vigente,

e na concessão de licenças ambientais juntos as grandes empresas, que

necessitam desse documento para a concepção da organização; são feitas as

61

aviações necessárias à homologação do pedido. O órgão tem representação

em todo o território nacional, compreendendo as atividades de preservar e

conservar o meio ambiente numa fiscalização implacável quanto à degradação

do meio ambiente natural, o desmatamento desenfreado existente em nosso

país, entre outras.

Fonte: ibama.gov.br (2010)

Figura 13: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis

É de responsabilidade do IBAMA, a Política Nacional do Meio Ambiente

(PNMA), onde regula todas as normas e as leis vigentes relacionadas à fauna,

a flora brasileira e a natureza em geral. Com 19 anos de existência a instituição

vem desenvolvendo trabalhos no sentido de controlar e monitorar o uso dos

recursos naturais, visto que, a população brasileira desde a conferência no Rio

de Janeiro, em 1992, tem-se preocupado com a questão ambiental, e exigindo

das autoridades nacionais mais empenho na minimização da destruição da

natureza, em principal, no desmatamento da floresta amazônica.

2.3.2 O papel das empresas

Do ponto de vista de Dias (2006), as organizações devem adotar

práticas como ecoeficiência e optar por uma produção mais limpa, adotar

também uma postura de responsabilidade ambiental contribuindo para a não

contaminação do ambiente e participar de todas as atividades no que diz

respeito à área ambiental.

Embora atualmente exista ainda empresários que não enxergam as

62

questões ambientais como fator de grande importância, o ramo empresarial

necessita de medidas para acabar com a destruição do meio ambiente. A

conscientização deu importância a partir dos anos 70, quando denúncias sobre

contaminação industrial, agrotóxicos e resíduos tóxicos causou o poluição em

cidades brasileiras. Com isso, os gastos com a proteção ambiental deixou de

ser visto como custo e passou a ser entendido como investimento pelas

empresas.

É constante a preocupação das organizações com o meio ambiente, na

maioria dos casos para reduzir a contaminação é necessário investir em

tecnologia ao longo do processo produtivo, essa tecnologia não só evita a

contaminação, permite também a eficiência no processo da fabricação (DIAS,

2006).

Um grande fator externo é o papel da comunidade que tem influência no

que diz respeito à questão ambiental, os consumidores estão exigentes e

procura saber a origem dos produtos, se estes contribuem ou não com as

agressões causadas ao meio ambiente.

Para ser sustentável, uma empresa ou empreendimento tem que buscar, em todas as suas ações e decisões, em todos os seus processos e produtos, incessante e permanentemente, a ecoeficiência. Vale dizer, tem que produzir mais e melhor, com menos: mais produtos de melhor qualidade, com menos poluição e menos uso dos recursos naturais. E tem que ser socialmente responsável: toda empresa esta inserida num ambiente social, no qual influi e do qual recebe influência. Ignorar essa realidade e condenar-se a ser expulsa do jogo, mais cedo ou mais tarde. (ALMEIDA, 2002, p.78)

Entende-se que uma empresa torna-se socialmente e ambientalmente

responsável a partir do momento em que toma uma posição profundamente

responsável, convertendo toda a perspectiva de lucro para a perspectiva

ambiental; cumprindo as exigências das normas ambientais, produzir com mais

qualidade e com menos recursos naturais, empregando-se menor e melhor

energia no processo produtivo, com isso contribuindo com a melhoria da

imagem da organização, tendo-se outra visão das empresas que buscam de

maneira eficaz garantir a sobrevivência ao longo dos anos. Essa idéia é

conservada na medida em que todos estejam comprometidos e envolvidos, não

63

somente dentro do ambiente interno organizacional, mas também fora dele,

favorecendo o convívio socialmente mais digno.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS Economia de Custos

Redução do consumo de água, energia e outros insumos. Reciclagem, venda e aproveitamento e resíduos, e diminuição de efluentes. Redução de multas e penalidades por poluição.

Incremento de Receita Aumento da contribuição marginal de ``produtos verdes``, que podem ser vendidos a

preços mais altos. Aumento da participação no mercado, devido à inovação dos produtos e à menor

concorrência. Linhas de novos produtos para novos mercados. Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.

BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS Melhoria da imagem institucional. Renovação da carteira de produtos. Aumento da produtividade. Alto comprometimento do pessoal. Melhoria nas relações de trabalho. Melhoria na criatividade para novos desafios. Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos

ambientalistas. Acesso assegurado ao mercado externo. Melhor adequação aos padrões ambientais.

Fonte: KRAEMER, 2009, p.11 Quadro 8 – Benefícios da Gestão Ambiental.

Percebe-se que a gestão ambiental facilita no processo estratégico da

organização, sendo uma ferramenta que favorece a melhoria do processo

produtivo, gerando receitas e minimizando os custos, assim, beneficiando o

meio ambiente.

2.3.2.1 Contabilidade ambiental

As empresas buscam adequar-se as questões ambientais visando

transmitir uma imagem de confiança junto à sociedade consumidora, contudo,

é evidente que o investimento na preservação e na não degradação ambiental,

gera custos as empresas. Portanto, as organizações financiam uma gestão

ambiental dentro do ambiente interno da empresa, adquirindo novas

64

tecnologias, máquinas e ferramentas, na intenção da melhoria do processo

produtivo.

A contabilidade visa alocar os valores gastos no financiando das

adequações, com isso, demonstrando junto a cúpula empresarial os ativos e os

passivos resultantes dessa nova política.

Na concepção de Pereira (2007) a contabilidade ambiental tem como

objetivo direcionar as informações de mensuração e evidenciação existentes

na contabilidade tradicional, visando o impacto ambiental causado no

patrimônio da empresa e a relação da mesma junto ao meio ambiente. O

mesmo autor salienta a existência do ativo ambiental e o passivo ambiental,

sendo o primeiro todos os recursos que visam preservar, proteger e recuperar

o meio ambiente, já o segundo destaca que são todas as obrigações, deveres

e responsabilidades quanto à preservação, recuperação e proteção ambiental.

2.3.3 O papel da sociedade

A problemática ambiental faz das empresas as principais vilãs, mas não

descarta uma parcela de culpa também da sociedade, contribuindo como

desmatamento, o descarte de entulhos em locais desapropriados, que agrava

cada vez mais as cidades grandes; todo esse processo que agride o meio

ambiente pode ser melhorado se cada cidadão fazer a sua parte, com atitudes

que sejam em prol da natureza, participar de programas de reciclagem, a

coleta seletiva, economizar água e energia, não descartar entulhos em lugares

inapropriados; preocupar-se com todos e com as futuras gerações, com

pequenos atos a questão ambiental pode ser uma manutenção para a

qualidade de vida cada vez melhor.

Com o agravamento das condições ambientais, aumentou a consciência

da sociedade com o meio ambiente natural, o cidadão se torna cada vez mais

exigentes aos agentes envolvidos, observa-se embalagens, o material utilizado,

os agrotóxicos, tudo o que está diretamente envolvido pelos recursos naturais

(DIAS, 2006).

Todas as ações desenvolvidas pela comunidade só é possível pelo fato

65

de as pessoas terem consciência da importância da qualidade de vida que o

ambiente agrega para a saúde, essa consciência embora não seja por parte

total da sociedade, contribui para que as empresas seja mobilizada e vários

setores adotam a variável ambiental com maior importância para processo

produtivo.

Desse modo, a opinião pública é sem dúvida o que pode ter uma

influência maior no que diz respeito ao ecossistema, mostrando os desafios

que a serem enfrentados, alertando governo, empresas e até mesmo os

próprios cidadãos.

2.3.3.1Organização não Governamental

O meio ambiente natural sofre da degradação realizada pelo ser humano

desde quando a espécie humana habitou o planeta, a existência de um

histórico de deterioração ambiental evidencia que tanto na antiguidade quanto

nos dias de hoje existe pouca conscientização por parte da maioria no que diz

respeito à preservação ambiental, a proteção da natureza e seus recursos. As

empresas por sua vez, contribuem de maneira significativa para as mazelas

ambientais, são elas que exploram os recursos naturais disponíveis,

conseguindo o progresso organizacional, mas sem preocupação numa gestão

ambiental, num produzir sem prejudicar o meio ambiente. Contudo, a

sociedade em geral também tem sua parcela de responsabilidade nesse

processo, em sua grande maioria de pessoas, não tem uma consciência

ecológica, um comprometimento junto à natureza. Já o governo, órgão que

mais tem poder de influência nas questões ambientais, deixa a desejar nos

recursos financeiros destinados a área ambiental, pecando no sentido de uma

preservação ambiental eficiente, numa fiscalização enérgica junto aos

agressores do meio ambiente.

Ocorre que, setores empresariais vêm destinando atenção maior ao

meio ambiente, muito embora, seja discreta a participação do empresariado;

parcela da sociedade está adquirindo um comprometimento efetivo nas

questões ambientais; o governo define diretrizes e melhorias à área ambiental,

66

tentando de alguma maneira minimizar as mazelas ambientais existentes no

país. Nesse contexto nota-se a importância das organizações não

governamentais (ONG), que surgiram de grupos de pessoas que buscavam

novos ideais para o meio ambiente natural, defende melhorias junto o governo,

as empresas e a sociedade. As ONGs fiscalizam os processos organizacionais

para que não ocorra à destruição ambiental, através de ações enérgicas que

envolvem a sociedade em geral, eles criam mecanismos para protestar contra

os agressores ambientais, cobrando mudanças radicais do empresariado para

a não a degradação ambiental.

Essas organizações conseguiram introduzir novas dimensões nos ordenamentos jurídicos nacionais e internacionais, conseguiram mudar a forma e o conteúdo das relações e negociações internacionais e definitivamente conseguiram situar a interação seres humanos-natureza no centro da agenda pública nacional e internacional. (DIAS, 2006, p.28)

Dentre as ONGs destacam-se o Greenpeace e o World Wide Fund for

Nature (WWF), que são entidades com representação nacional e internacional,

se comprometem com a causa ambiental, e promove o enfrentamento junto

aos causadores dos prejuízos ambientais.

Organizações ambientalistas que apesar de sofrerem pressões por parte

de setores específicos do empresariado, destacando que estão sujeitos as

mais diversas violências, mas mesmo com toda essa ala contraria a

fiscalização ambiental, eles não se deixam abater dessas ameaças e com

poucos recursos encaram os poderosos empresários. São ONGs que

resguardam a fauna e a flora dos países que tem representação, ou seja, são

protetoras não somente dos recursos naturais disponíveis, da natureza, mas

também dos animais que vivem nestas propriedades. Procuram cobrar o

cumprimento da legislação ambiental vigente em cada localidade, na proteção

e preservação do meio ambiente natural.

O Greenpeace foi fundado na America do Norte, com propósito de

instigar o desenvolvimento sustentável por parte do empresariado e da

população envolvida, no Canadá, em 1971 criou-se a ONG que atualmente

está representada em 42 países, onde monitora implacavelmente todas as

67

ações ligadas ao meio ambiente.

Fonte: verde.br.msn.com (2010)

Figura 14: Ativistas do Greenpeace em protesto contra Rio+10

Fonte: verde.br.msn.com (2010)

Figura 15: Ativistas do Greenpeace em protesto contra líderes do G20.

A ONG WWF é uma entidade sem fins lucrativos com representação no

Brasil e internacionalmente, sua sede principal é na Suíça e tem como proposta

a defesa do meio ambiente, praticando movimentos com os membros

envolvidos, na finalidade de barrar a degradação ambiental.

68

Fonte: verde.br.msn.com (2010)

Figura 16: Ativistas do WWF em protesto nas Cataratas do

Iguaçu.

2.4 Responsabilidade socioambiental

O termo responsabilidade socioambiental é onde esclarece que a

responsabilidade social e responsabilidade ambiental são inseparáveis, é raro

encontrar questões ambientais que não se integram a responsabilidade social,

o fato é que toda a sociedade deve agir de maneira que cada atitude seja

adequada para o ecossistema e contribua para o bem de todos.

A responsabilidade socioambiental tem grande papel na competitividade

no mercado e desempenha um papel de liderança por suas ações e iniciativas.

As futuras gerações tendem a sofrer com os impactos ambientais causados

atualmente pelo homem, para minimizar tal questão é necessário a busca

continua pela melhoria do meio ambiente, pelas organizações e os indivíduos.

69

Segundo Dias (2006), a responsabilidade socioambiental traduz em

adoção de práticas que extrapolam os deveres básicos tanto das organizações

quanto do cidadão, na maioria constituem-se em ações voluntarias com um

comprometimento com maior preocupação com o bem estar da sociedade e

contribuindo para a satisfação dos seus clientes.

Neste sentido percebe-se que a visão de uma organização não esta

associado somente a um resultado econômico melhor, mas também a visão

que esta adquire na sociedade; este conjunto de objetivos éticos firma cada

vez mais uma perspectiva de liderança que uma organização alcança no

mercado, incorporando dentro da organização à área socioambiental.

Assim, os empresários estão se conscientizando de que a empresa não é somente uma unidade de produção e distribuição de bens e serviços que atendem a determinadas necessidades da sociedade, mas que deve atuar de acordo com uma responsabilidade social que se concretiza no respeito aos direitos humanos, na melhoria da qualidade de vida da comunidade e da sociedade mais geral e na preservação do meio ambiente natural. (DIAS, 2006, p. 155)

Entende-se que a relação da questão ambiental com o ramo empresarial

é um fator de grande importância. Comprova-se ainda que, o papel das

organizações esta mudando, focalizando a área da responsabilidade

socioambiental, inserindo-se como mais um agente de transformação e de

desenvolvimento nas comunidades, contribuindo ativamente nos processos

ecológicos e sociais. Sendo assim, essa responsabilidade é uma ação que

deve estar presente no dia a dia da população em geral, não somente dentro

do ambiente interno da organização.

2.5 Responsabilidade social

Um grande número de empresas está investindo espontaneamente

no desenvolvimento social, tanto dentro da empresa como também na

comunidade, aumentando cada vez mais os eventos relacionados ao tema da

70

responsabilidade social.

Segundo Vilela Junior (2006), responsabilidade social empresarial está

ligada a idéia de responsabilidade legal, ou seja, um comportamento

socialmente responsável no princípio ético, e transmitir a idéia de contribuição

social voluntária.

A responsabilidade social é entendida pelo público como uma

contribuição voluntária das organizações, trabalhando junto à comunidade com

parcerias ligadas a entidades filantrópicas e com o governo, desenvolvendo

projetos de educação ambiental em escolas, preservação da natureza,

reciclagem e outros que agregam benefícios ao planeta.

O conceito teórico de responsabilidade social originou-se na década de

50 quando apareceu nos EUA e na Europa o termo formal sobre

responsabilidade social empresarial, devido à preocupação dos pesquisadores

nessa área. Nessa mesma década começaram a ser reconhecidas relações

das empresas junto com os agentes externos; os efeitos e as decisões dentro

do sistema social, o que os homens de negócio aplicavam e considerava

necessário para com a responsabilidade junto à sociedade.

Nesse sentido percebe-se a importância para contribuir de forma

socialmente responsável, as ações empresariais são significativas dentro da

organização e cada vez mais contribuem para projetos sociais e preservação

do meio ambiente.

2.5.1 Responsabilidade social corporativa

A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) não é filantropia nem uma

ferramenta de marketing, é mais do que isso. A primeira definição de RSC

surgiu em 1998 em uma reunião na Holanda, eles definem que RSC é um

comprometimento permanente de empresários em adotar comportamento ético

e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando a qualidade de

vida da comunidade local, da vida dos empregados, das famílias e da

sociedade como um todo. (ALMEIDA, 2002).

Segundo Almeida (2002) são 05 (cinco) os valores essenciais da RSC:

71

a) respeito aos direitos humanos;

b) respeito aos direitos trabalhistas;

c) proteção ambiental;

d) valorização do bem-estar das comunidades; e

e) valorização do progresso social.

Para formular uma estratégia de RSC exige uma compreensão dos

valores em princípio dos que se beneficiam da atividade empresarial; a

empresa visa um melhor relacionamento com a sociedade e necessita envolver

as partes interessadas, os stakeholders.

2.5.2 Stakeholders

Em uma visão tradicional a empresa só precisa dialogar com os

acionistas e proprietários, já na visão contemporânea a empresa precisa ouvir

os grupos constituintes na sociedade, na teoria os stakeholders.

Segundo Almeida (2002), stakeholders são partes interessadas que

integram ou representam grupos que são afetados de alguma forma, positiva

ou negativamente pelas ações da empresa. Na visão contemporânea a

empresa precisa ouvir os empregados e sua família, fornecedores,

consumidores, comunidade local e organizações da sociedade em geral.

Neste contexto, Vilela Junior (2006), atenta-se que a atividade

empresarial não é uma transação de mercado, mas uma rede de relação

competitiva e cooperativa de um grande número de pessoas organizadas de

várias maneiras, no propósito de garantir o progresso profissional e pessoal.

(continuação) Administração dos stakeholders Colaboração com os stakeholdres Fragmentada. Integrada. Foco na administração das relações.

Foco na construção das relações.

Ênfase na defesa da organização. Ênfase em criar oportunidades para mútuos benefícios. Relacionada aos objetivos de curto prazo dos negócios.

Relacionada aos objetivos de longo prazo dos negócios.

Implementação idiossincrática Abordagem coerente dirigida pelos objetivos dos

72

dependente dos interesses dos departamentos e do estilo pessoal dos gerentes.

negócios, missão, valores e estratégias corporativas.

Fonte: Vilela Junior, 2006, p.36.

Quadro 9 – Características da velha e da nova abordagem para as relações

com os stakeholders.

O modelo do stakeholders é complexo e envolve o reconhecimento dos

seus direitos, valores e interesses juntamente com a busca de equilíbrio entre

ele, para que as decisões sejam tomadas dentro de um contexto mais amplo

de longo prazo.

A essência da responsabilidade social é valorizar e reconhecer o diálogo

com os stakeholders, depende dos valores e princípios dos que participam das

atividades empresariais.

O modelo das relações com os stakeholders está mudando em grande

escala, mas as organizações estão incorporando a responsabilidade

socioambiental e atingindo resultados esperados e bom desempenho

empresarial.

2.6 Responsabilidade ambiental

A década de 1980 começava chamar atenção para problemas como à

destruição da camada de ozônio e o aquecimento global; nesse momento que

a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento criada pela ONU

em 1983 entra em cena, intitulada para propor uma agenda global e capacitar a

humanidade para enfrentar os problemas ambientais, o relatório de Brundtland

trouxe com grande força a expressão ‘’desenvolvimento sustentável’’, assim, a

gestão ambiental começa a evoluir para a gestão da sustentabilidade

(ALMEIDA, 2002).

A gestão ambiental e a responsabilidade social tornam-se importantes

instrumentos para a competitividade nas organizações qualquer que seja o seu

segmento econômico (TACHIZAWA, 2002).

Segundo Sepulveda (2005), o desenvolvimento sustentável não é

(conclusão)

73

ambientalismo nem ambiente e sim um processo de equilíbrio entre os

objetivos ambientais, econômicos, financeiros e sociais. É neste contexto que

surge o conceito de responsabilidade ambiental.

Se pensarmos que 10% de tudo que é extraído do planeta pela indústria (em peso) e que se torna produto útil e que o restante é resíduo, torna-se urgente uma gestão sustentável que nos leve a um consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e materiais tóxicos. (SEPULVEDA, 2005, p124)

Os recursos naturais podem se esgotar com as ações destruidoras do

homem, consequentemente, ocorrendo terríveis danos ao planeta, como os

acidentes industriais ocorridos ao longo dos anos.

A responsabilidade ambiental tem como objetivo a proteção do meio

ambiente, garantir que as empresas façam o máximo para não agredir o meio

ambiente. Percebe-se que ao longo dos anos a necessidade de preservar o

meio ambiente deixa de ser entendida pelas organizações como gastos e são

entendidos como estratégias de marketing.

Nesse sentido Savitz (2007), diz que a empresa sustentável é aquela

que gera lucro aos acionistas, e ao mesmo tempo protege o meio ambiente e

melhora a vida das pessoas.

O maior objetivo da responsabilidade ambiental é a busca contínua da

melhoria dos serviços e produtos estando de acordo com o que diz respeito a

preservação da natureza.

2.7 Sistemas de gestão ambiental

Nas últimas décadas a preocupação com os impactos no meio ambiente

fez com que as empresas que são as principais agentes que agridem o meio

ambiente natural atribuírem-se dentro da organização um processo produtivo

voltado à produção mais limpa e a ecoeficiência.

Pode ser entendido que as organizações determinaram um rumo

envolvendo gestão ambiental como um dos principais fatores na estrutura

74

organizacional que hoje é considerado um dos principais instrumentos para

obter-se um desenvolvimento sustentável dentro da empresa.

O processo de gestão ambiental está relacionado diretamente as

normas que são elaboradas pelos órgãos públicos, que fixam limites a emissão

de substâncias poluentes, resíduos despejados nos rios, utilização de

substâncias tóxicas, entre outras. (DIAS, 2006).

Todas as normas são obrigatórias às organizações que pretendem

implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). De acordo com Vilela Junior

(2006), um SGA pode ser entendido como um conjunto de elementos inter-

relacionado à estrutura organizacional, todas as suas atividades de

planejamento, práticas de responsabilidade ambiental e de todo o processo de

recursos utilizados para cumprir uma missão, objetivo e política.

O SGA define-se como a parte do sistema de gestão de uma empresa

utilizada para implementar e desenvolver uma política ambiental. De acordo

com Dias (2006), para a instituição implantar o SGA são necessários alguns

requisitos e cada um deles necessita de especificações diferenciadas.

a) política ambiental: a política ambiental é o primeiro passo da

implementação do SGA, é um comprometimento da organização com

as questões ambientais;

b) planejamento: um bom planejamento é o sucesso do SGA, a

organização deve identificar os aspectos ambientais que necessita

ser melhorado e garantir que estes serão melhorados;

c) implementação: As normas devem ser definidas, comunicadas e

aplicadas, sendo assim conscientizar os seus colaboradores da

importância do SGA dentro da organização;

d) verificação e ação Corretiva: todo o processo de SGA deve manter

um procedimento de controle e medidas que visam garantir auditorias

periódicas, uma implementação cada vez melhor; e

e) revisão pela gerência: cabe a gerência rever todos os documentos e

avaliar a eficiência dos mesmos, com objetivo de melhoria na política

ambiental e se necessário alterações continuas.

Após esse processo a organização está em condições por toda a

estrutura organizacional a implementar o SGA, com a eficiência e as normas

reguladoras que atende todas as etapas de um sistema de gestão implantado.

75

2.7.1 Ecoeficiência

Com uma legislação mais rigorosa e a utilização indevida de recursos

naturais, a ecoeficiência tem assumido um papel cada vez mais importante nas

estratégias de gestão ambiental, empresa e meio ambiente, o que era

considerado na década de 80 dois conceitos e realidades inconexos

atualmente o paradigma é superado.

A ecoeficiência segundo Almeida (2002), é uma filosofia de gestão

empresarial que incorpora a gestão ambiental, reduz o impacto ao meio

ambiente e diminui os recursos naturais utilizados ao longo do processo

produtivo ou de serviços.

É considerada como uma forma de responsabilidade ambiental

corporativa; fazem as empresas de vários setores e segmentos a se tornarem

mais inovadoras, competitivas e ecologicamente responsáveis. O objetivo

principal da ecoeficiência é fazer a economia crescer com qualidade, não com

quantidade.

Para alcançar a ecoeficiência e procurar melhorar continuamente é

necessário conhecer o sistema natural, saber os limites que a natureza impõe.

A natureza não se desagrega a qualquer impacto, mas não resiste toda a ação

humana, absorvendo por tempo determinado os prejuízos.

As empresas buscam estabelecer um processo produtivo onde o

objetivo final é gerar resíduo zero, é retomada então pelas empresas

sustentáveis a velha máxima de Lavoisier de que “na natureza nada se cria,

nada se perde, tudo se transforma”. Os benefícios gerados pela produção mais

limpa são incomensuráveis, a prática agrega valor ao produto fabricado pela

organização, portanto, a idéia de que investir em uma mudança no processo

produtivo, visando à preservação do ambiente, é importante para empresas

que buscam o crescimento no mercado.

(continuação) Os sete elemento da ecoeficiência

Redução do consumo de materiais com bens e serviços;

Redução do consumo de energia com bens e serviços;

Redução da emissão de substancias toxicas;

76

Intensificação da reciclagem de materiais;

Maximização do uso sustentável de recursos renováveis;

Prolongamento da durabilidade dos produtos;

Agregação de valores aos bens e serviços.

Fonte: Almeida, 2002, p. 103. Quadro 10 – Os Sete Elementos da Ecoeficiência. A ecoeficiência é uma ferramenta fundamental para as estratégias das

organizações, garante tanto para a organização como para os seus clientes um

maior comprometimento com a melhoria do desempenho ambiental.

2.7.2 Logística verde

A atividade logística compreende os trabalhos realizados quanto a

execução das matérias, desde a sua entrada dentro do ambiente da empresa a

sua destinação final. A logística verde é a área da logística que esta voltada às

preocupações ambientais e aos danos que essas atividades podem prover ao

meio ambiente natural, essa logística consiste na construção de uma gestão

em todo o processo para a melhoria das atividades relacionadas, sem a

degradação do ambiente (DONATO, 2008). Dentre essas atividades, integra-se

o setor de transporte das cargas, que são transportadas sem uma consciência

ecológica, causando dano ambiental irreparável. Empresas destinam atenção a

estes problemas, e com isso designando técnicos e estudiosos para reverter tal

situação como a adoção de combustíveis que não prejudicam o meio ambiente,

ou até mesmo num cuidado maior junto às cargas transportadas, visto que,

se não houver preocupação a carga pode causar danos ecológicos

irreversíveis.

A logística verde está intimamente ligada à logística reversa, apesar de

que ambas são distintas, se complementam e se trabalhadas em conjunto,

favorece o ambiente natural. Isso ocorre devido que a logística reversa

compreende a necessidade de uma política voltada para que tudo que foi

(conclusão)

77

produzido na empresa tenha um retorno, seja reciclado, tendo uma destinação

correta, sem prejudicar o meio ambiente com o descarte dos mesmos. Através

desta constatação conclui-se que a logística reversa funciona como

instrumento da logística verde (DONATO, 2008).

A Logística Verde ou Ecologística utiliza a logística reversa como ferramenta operacional, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos resíduos na esfera da produção e do pós-consumo, mas de todos os impactos ao longo do Ciclo de Vida dos Produtos, já que a logística reversa viabiliza a devolução para a produção, materiais que serão reaproveitados. (DONATO, 2008, p.20)

As empresas estão adquirindo uma consciência ecológica nunca vista

antes, procuram destinar recursos financeiros na construção de uma gestão

ambiental eficiente juntamente com pessoas capacitadas no assunto que

auxiliam no melhoramento da imagem da organização junto à sociedade

consumidora, nacional e internacional. A logística verde funciona como

ferramenta dessas empresas para a integralização de práticas ambientalmente

corretas que favorecerão na saúde e qualidade de vida das pessoas e, por

conseguinte a empresa.

2.7.3 Auditoria ambiental

A prática de auditoria ambiental dentro da organização tem caráter predominante voluntário, entende-se que ela passa a ser adotada não por uma

determinação legal, mas como ação preventiva em relação aos aspectos

ambientais (VILELA JÚNIOR, 2006).

O objetivo de ter-se uma auditoria ambiental é a verificação da situação

da organização perante a legislação ambiental. Desde a sua origem a auditoria

ambiental recebe diferentes formulações, sua definição mais clara é a seguinte:

78

Resolução Conama n306/2002

Processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma

objetiva, evidencias que determinem se as atividades, os eventos, sistemas de gestão e

condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a eles estão em

conformidade com os critérios de auditoria estabelecido nessa resolução, e para comunicar os

resultados desse processo.

Fonte: VILELA JÚNIOR, 2006, p.158 Quadro 11 – Definição de Auditoria Ambiental.

Entende-se então que auditoria ambiental é um processo sistemático,

planejado que segue normas definidas; processo documentado registrado

desde o planejamento até o final; resultado objetivo, todos os seus resultados

são reportados de forma clara e objetiva de acordo com o levantamento que foi

feito.

De todos os seus benefícios deve destacar-se a garantia de

conformidade legal, ou seja, a estrutura organizacional está de acordo no que

diz respeito à legislação ambiental; entende-se que auditoria ambiental é uma

ferramenta de grande importância para a organização e bastante eficaz quando

bem utilizada.

2.7.4 Ecoproduto

Produtos ecologicamente corretos é a sensação em grandes nações

industrializadas, onde a população local prefere pelos ecoprodutos que não

agridem o meio ambiente quando produzidos.

Numa afirmação, Araújo [s.d.], diz que ecoproduto é todo artigo

produzido de modo artesanal, manufaturado ou industrializado, para uso

pessoal, alimentar, na residência, comércio, agrícola e indústria, que não afeta

o meio ambiente, não poluente, não tóxico, sendo beneficiador à saúde.

Esse mesmo autor ressalta que o produto ecológico desperta uma

consciência eco-social da comunidade, com isso, educando ambientalmente a

empresa produtora e a sociedade consumidora.

79

No Brasil essa cultura ainda é pouco praticada, não existe por parte da

população brasileira preocupações na hora de comprar produtos, na

preferência por produtos que não prejudicam o meio ambiente natural. A

identificação de um produto ecológico consiste no uso por parte da empresa

produtora do selo verde, que garante que o produto não prejudicou a natureza,

o meio ambiente.

2.7.5 Rotulagem ambiental

A rotulagem ambiental compreende uma ferramenta das empresas para

a divulgação de que seus produtos detêm de uma estruturação ambientalmente

correta no processo produtivo.

De acordo com as afirmações de Barboza (2001), a rotulagem ambiental

é a certificação de produtos que causam menos impacto ao meio ambiente se

comparado com o segmento de produtos existentes no mercado. O autor

afirma ainda que há 03 (três) objetivos na rotulagem ambiental:

a) despertar a consciência por parte do consumidor dos propósitos da

rotulagem ambiental;

b) crescimento da consciência e o entendimento dos aspectos

envolvidos num produto que recebe a certificação; e

c) a influência exercida na escolha do consumidor e no fabricante.

Grandes organizações estão procurando associar a imagem da empresa

junto a entidades fornecedoras de rótulos ambientais, evidenciando que o

empreendimento está preocupado com as questões ambientais; para atingir o

selo verde a empresa necessita de cumprir uma variedade de requisitos.

2.7.5.1 Selo verde – Forest Stewardship Council (FSC)

No Brasil, a derrubada de árvores por parte da população em geral, seja

na comercialização formal da madeira, ou na exploração irregular, tem se

80

tornado prática constante, o noticiário diário mostra as informações do

desmatamento da Amazônia, a derrubada é de maneira indiscriminatória.

Empresas utilizando desses recursos da Amazônia para a construção de bens,

como móveis, sendo assim, numerosas organizações fazem a retirada de

maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente. Ocorre que, a maioria do

desmatamento na floresta, a utilização desses recursos é feita de maneira

incorreta, por pessoas incapacitadas de competência na área ambiental,

visando somente o lucro fácil e rápido, sem qualquer estudo sobre a maneira

correta de explorar esse bem.

Com essa problemática originou-se a idéia de uma fiscalização mais

efetiva quanto à procedência da madeira abatida, todas as atividades

relacionadas à extração dos recursos florestais. Para tanto, o Forest

Stewardship Council (FSC), organização não governamental com

representação mundial, passou a fiscalizar as empresas envolvidas, no sentido

de uma gestão ambientalmente apropriada, beneficiadora da sociedade, e

economicamente viável para as florestas do mundo.

Fonte: fsc.org.br (2010)

Figura 17: Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.

No território brasileiro, a entidade é representada pelo Conselho

Brasileiro de Manejo Ambiental, organização sem fim de lucro e com cadastro

no Conselho Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA).

A entidade emite certificações junto às empresas ambientalmente

corretas na extração dos recursos das florestas, o selo verde, que caracteriza

todas as etapas da normatização, promovendo intenso monitoramento quanto

às especificações;,visando conscientizar o empresariado e a sociedade

consumidora, o consumidor final.

2.7.5.2 International Organization for Standardization (ISO)

81

Toda organização precisa transmitir para o seu consumidor uma imagem

de que seus produtos ou serviços oferecem qualidade, servindo de diferencial

competitivo através da adoção de medidas que visam à adequação de valores

defendidos pela sociedade consumidora. As empresas antigamente não tinham

uma consciência que primasse pela qualidade dos produtos produzidos, eram

desenvolvidos sem o uso de tecnologias, máquinas e ferramentas, necessárias

para um produzir mais eficiente, agilizando os processos, destacando a

qualidade do produto final. No passado os empreendimentos não dispunham

de tecnologias para facilitar a produção, visando o melhoramento da qualidade

oferecida. Com a introdução de novas tecnologias no processo produtivo das

empresas, nota-se que houve uma evolução significativa se comparado com

décadas atrás, hoje, as organizações adquirem máquinas e ferramentas que

substituem o trabalho humano, garantindo uma elevação importante na

qualidade.

Para evidenciar junto aos consumidores que a empresa oferece

qualidade nos seus produtos ou serviços, existe a adoção de selos fornecidos

por entidades que implementam dentro do ambiente interno organizacional

métodos com propósito de adequar as exigências de qualidade. São propostas,

metas que integradas dentro da empresa de maneira responsável e contínua,

culminará na colocação das embalagens dos produtos oferecidos um selo de

qualidade, consagrando a empresa numa organização comprometida no

fornecimento de produtos ou serviços de qualidade. Dentre as entidades

fornecedoras de selos de qualidade, destaca-se a International Organization for

Standardization, entidade normatizadora reconhecida internacionalmente, no

Brasil sendo representada pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas

(ABNT), as empresas buscam os trabalhos oferecidos pela entidade na

finalidade de transmitir aos consumidores, nacionais e internacionais, que a

organização está engajada na proposta de fornecer qualidade em seus

produtos. No mercado internacional existe uma diversidade de empresas que

exportam seus produtos; alguns países procuram dar preferência por produtos

que tenham selos de qualidade. A ISO fornece as empresas selo que mostra a

capacidade da organização em produzir de maneira sustentável sem agredir o

meio ambiente, exigindo investimentos no setor ambiental, criando área

especifica para a gestão ambiental.

82

As normas ISO 14000 são uma família de normas que buscam estabelecer ferramentas e sistemas para a administração ambiental de uma organização. Buscam a padronização de algumas ferramentas-chave de análise, tais como auditoria ambiental e análise do ciclo de vida. (DIAS, 2006, p.92)

A entidade criou uma série de requisitos para que a empresa reestruture

todo o seu processo produtivo e, por conseguinte adquira a certificação,

destaca-se o quadro 10, onde exemplifica todas as etapas existentes no

processo da certificação ambiental fornecida pela ISO.

ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Especificações para a

implantação e guia ISO 14004 Sistema de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais

ISO 14010 Guias para Auditoria Ambiental – Diretrizes Gerais

ISO 14011 Diretrizes para Auditoria Ambiental e Procedimentos para Auditorias

ISO 14012 Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação

ISO 14020 Rotulagem Ambiental – Princípios Básicos

ISO 14021 Rotulagem Ambiental – Termos e Definições

ISO 14022 Rotulagem Ambiental – Simbologia para Rótulos

ISO 14023 Rotulagem Ambiental – Testes e Metodologias de Verificação

ISO 14024 Rotulagem Ambiental – Guia para Certificação com Base em Análise Multicriterial

ISO 14031 Avaliação da Performance Ambiental

ISO 14032 Avaliação da Performance Ambiental dos Sistemas de Operadores

ISO 14040 Análise do Ciclo de Vida – Princípios Gerais

ISO 14041 Análise do Ciclo de Vida – Inventário

ISO 14042 Análise do Ciclo de Vida – Análise dos Impactos

ISO 14043 Análise do Ciclo de Vida – Migração dos Impactos

Fonte: Dias, 2009, p.92

Quadro 12 – Família de normas NBR ISO 14000

Fonte: iso.org (2010)

Figura 18: International Organization for Standardization

83

O ISO 14000, uma rotulagem ambiental, visa uma reestruturação

organizacional, mudando o processo produtivo, na aquisição de tecnologias

onde as empresas não devem descartar resíduos de produção no ambiente

natural, destacando à preservação do meio ambiente, mudando a realidade

vivenciada por muitas organizações. As empresas descartam os refugos na

natureza, sem ter consciência dos prejuízos causados, e depois sofrem

sanções do poder público, assim, desenvolvendo projetos para o tratamento

das mazelas causadas no meio ambiente.

2.7.6 Marketing verde

Um novo tipo de consumidor está consolidando-se com o aumento da

consciência ambiental, chamados “consumidores verdes”, mostra que a

preocupação ambiental não é somente fato social, mas também um fenômeno

de um novo estilo de marketing.

O consumidor ecológico preocupa-se com as questões ambientais e

manifesta no seu comportamento de compra procurando produtos que causam

menos impactos ao meio ambiente, assim, valorizando aqueles que são

produzidos por empresas ecologicamente corretas (DIAS, 2006).

Apesar dos produtos terem preços relativamente mais elevados os

consumidores preferem um produto ecologicamente correto que agrega valor

social para toda a sociedade. É neste contexto de comportamento de

consumidor ecologicamente correto e consciente que Dias (2006), conceitua

marketing verde como o desenvolvimento da responsabilidade da empresa e

uma oportunidade de crescimento para ela.

De forma mais abrangente Dias (2006), refere-se ao marketing verde

sendo o fornecimento de informações sobre o produto ao consumidor,

proporcionando conselhos de como utilizar-lo com mais eficiência sobre a

reutilização, reciclagem e a rejeição deste.

Considera que o marketing verde deveria constituir uma mudança no enfoque tradicional centrado em certos aspectos do produto, ‘’face a um enfoque ético que tenha uma visão holística do produto desde o

84

berço a tumba e considere o contexto no qual é produzido’’. (DIAS, 2006, p.141)

Ainda conceituando marketing verde de forma mais objetiva Dias (2006),

o define como um processo de gestão integral responsável pela identificação,

antecipação e satisfação da sociedade e dos clientes de forma sustentável e

rentável. De todas as definições entende-se que marketing verde tem como

denominação principal as implicações mercadológicas do produto, se estes

atendem as especificações da legislação ambiental e contemplam as

expectativas de uma boa parcela do consumidor. Partindo dessa idéia é

necessário saber que não basta produzir ecoprodutos, as organizações devem

ser sustentáveis, não sendo apenas uma preocupação ambiental onde

somente o real comprometimento valoriza a imagem de uma empresa.

2.8 Filantropia e filantropia empresarial

O ser humano em geral, na maioria das vezes, é consciente com as

suas responsabilidades perante o desenvolvimento social, a sua parcela de

contribuição para a melhoria da sociedade, das condições de vida, da saúde.

Pessoas necessitadas de apoio social, financeiro ou até mesmo psicológico no

sentido de um sentimento de ajudar, apoiar no melhoramento da auto-estima.

A filantropia (palavra originaria do grego: philos, significa amor e antropos, homem) relaciona-se ao amor do homem pelo ser humano, ao amor pela humanidade. No sentido mais restrito, constitui-se no sentimento, na preocupação do favorecido com o outro que nada tem, portanto, no gesto voluntarista, sem intenção de lucro, de apropriação de qualquer bem. No sentido mais amplo, supõe o sentimento mais humanitário: a intenção de que o ser humano tenha garantida condição digna de vida. É a preocupação com o bem-estar público, coletivo. É a preocupação de praticar o bem. E aí confunde-se com solidariedade. (MESTRINER, 2008, p.14)

Grandes corporações desenvolvem medidas que visam ajudar pessoas

necessitadas por algum motivo, seja por falta de oportunidades ou o destino, as

85

condições menores de educação. A filantropia presente na empresa consiste

numa consciência por parte do empresariado junto à comunidade, são

empresas que conquistam o progresso nos negócios e partilham parte dos

seus rendimentos à sociedade mais necessitada.

A solidariedade praticada pelos empresários nada mais é do que uma

doação para a sociedade, uma sensibilização, visto que, é evidente em

algumas regiões a necessidade de investimento, de apoio; onde os

governantes não desenvolvem medidas específicas para reverter à situação. A

prática é geralmente desenvolvida sem a adoção de mecanismos, ferramentas

e técnicas para a mesma, já que a responsabilidade social empresarial consiste

na mudança do ambiente social da população beneficiada, com práticas de

métodos e técnicas para a melhoria, portanto, é a adoção de um projeto

transformador onde a empresa busca intervir no dia à dia da sociedade

assistida para a melhoria das condições de vida.

Com a filantropia a empresa é sensibilizada com a realidade vivida pela

população carente, assim, promovendo doações sem a intenção de ter retorno

sobre o que foi doado, sem preocupações no sentido de retornar os valores

para os cofres da organização. A idéia é que os empresários, comovidos, se

reúnem para a prática do bem, com a finalidade de tornar menos difícil a

vivência desses indivíduos, um sentimento de amor para com o próximo, a

pessoa necessitada.

2.9 Assistência social

A assistência social tem tido importante valor na concepção dos

governos e organizações ao longo dos anos, ocorre que, o tema ainda não tem

destinação efetiva quanto ao seu financiamento, e a qualidade dos serviços

prestados a população em geral. O governo federal, representado por seus

legisladores não destinam recursos necessários para suprir as necessidades

dos assistidos, assim, recorrendo a entidades sem fins lucrativos que

proporcionam um trabalho importante, porém, pequeno se comparado com a

realidade atual da sociedade, da pobreza e discriminação.

86

A assistência social, no seu sentido mais lato, significa auxilio, socorro. Onde quer que haja uma necessidade que o interessado não pode resolver por si e não consiga pagar com seu dinheiro, a assistência tem o seu lugar. A assistência a famintos, a sedentos, nus, desabrigados, doentes, tristes, ativos, transviados, impacientes, desesperados, mal aconselhados, pobres de pão ou pobres de consolação, tudo é assistência, auxilio, socorro. (MESTRINER, 2008, p.15)

Com a realidade situacional da população flagelada, entidades,

governos e empresas têm destinado recursos para a melhoria da qualidade de

vida dos menos favorecidos.

Grandes empresas têm colocado no ambiente organizacional

profissionais para a realização de um acompanhamento do corpo de

funcionários, procurando saber das necessidades da família, no entendimento

de que essa socialização é fundamental para o aperfeiçoamento e o

rendimento do profissional.

São realizadas técnicas de enriquecimento do diálogo entre o

funcionário e a empresa, a empresa procura entender e compreender a

situação do funcionário necessitado e, através destas informações promover

melhorias que vão de encontro com as necessidades da família, é um

mecanismo de integralização do funcionário e a família junto à organização,

que visa o melhoramento da pessoa tanto profissional quanto pessoal.

Assim, ela compreende um conjunto de ações e atividades desenvolvidas nas áreas públicas e privadas, com o objetivo de suprir, sanar ou prevenir, por meio de métodos e técnicas próprias, deficiências e necessidades de indivíduos ou grupos quanto à sobrevivência, convivência e autonomia social. (MESTRINER, 2008, p.16)

O governo federal por meio de lei regula todas as aplicações junto ao

serviço social, o importante trabalho feito pelas entidades sem fins lucrativos no

combate as desigualdades existentes em toda a sociedade. Ocorre que, a

União tem papel preponderante nessas mudanças, mas faz-se impotente na

melhoria e na responsabilidade perante aos necessitados de socorro, com isso,

recorrendo às instituições privadas para a amenização das condições

degradantes de vida das pessoas. Existe a necessidade de investimento

87

intenso na área, juntamente com o acompanhamento das melhorias aplicadas,

em paralelo com o trabalho desenvolvido pelas ONGs de assistência social.

2.9.1 Entidade assistencialista

A realidade mundial comprova dias difíceis, grande parcela da

população encontra-se em situação de dificuldade, são pessoas que por causa

das políticas dos governos e a falta de oportunidade vive em condições

subumanas, miseráveis. Com esse contexto da situação da população menos

favorecida, originou-se entidades sem fins lucrativos com o propósito de

amenizar as piores condições de vida das pessoas. As entidades na maioria

das vezes não conseguem a completa realização dos seus objetivos, visto que,

existe uma proporção considerável de pessoas que necessitam de ajuda, nos

mais variados motivos.

O trabalho é essencial no que tange a reintegração dessas pessoas na

sociedade, as entidades têm papel preponderante no melhoramento da auto-

estima dos menos favorecidos, com atividade psicológica, assim elevando a

imagem dos mesmo.

Quando particular, a assistência caracteriza-se geralmente por iniciativas institucionalizadas em organizações sem fins lucrativos, direcionadas a dificuldades especificas: relativas à criança, à terceira idade, ao deficiente ou portador de necessidades especiais, ao migrante, ao abandonado, entre outras. Quando pública, poderá ter ou não o estatuto de política social, isto é, as ações e programas públicos não lhe configuram o estatuto de política social, ainda que ela incida na esfera pública. (MESTRINER, 2008, p.16)

Através do apoio do governo federal juntamente com a participação da

população no sentido de doar mantimentos para às instituições, fazendo com

que as mesmas promovam trabalho de melhoramento da qualidade de vida, da

saúde dos menos favorecidos.

Empresas parceiras têm papel fundamental na concepção dos objetivos

88

dessas entidades, através da vinculação do nome junto à entidade, com o

patrocínio das atividades realizadas, o auxilio e dinheiro.

Na legislação brasileira vigente existe a lei específica no que tange as

especificações e regulações para todas as entidades assistencialistas

localizada no território do Brasil, compete a União a concessão de

funcionamento dessas entidades.

Art. 21. A análise e decisão dos requerimentos de concessão ou de renovação dos certificados das entidades beneficentes de assistência social serão apreciadas no âmbito dos seguintes Ministérios:

I - da Saúde, quanto às entidades da área de saúde; II - da Educação, quanto às entidades educacionais; e III - do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, quanto às entidades de assistência

social. Fonte: planalto.gov.br (2010) Quadro 13 – Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009.

As entidades sem fins lucrativos procuram fornecer condições melhores

de vida, mas também promovem a educação aos assistidos, pois não somente

fornecem alimentação as pessoas, estão nas áreas da saúde e educação.

Área de Atuação Quantidade Porcentagem (%)

Assistência Social 5.169 37,1

Educação 2.737 19,6

Saúde 2.202 15,8

Outras 3.834 27,5

Total 13.942 100,0

Fonte: Mestriner, 2008, p.265

Quadro 14 – Entidades cadastradas por área de atuação.

Com a atuação junto a crianças e idosos, essas entidades objetivam

prosperar o ser humano, com isso, desenvolve o educacional, com cursos e

professores orientados no sentido de integralizar essas pessoas à sociedade

em geral, melhorando a imagem dos mesmos e dando condições dignas de

vida.

2.10 Benemerência

89

A benemerência diferentemente da filantropia, e da assistência social, é

segundo a Igreja Católica um dom praticado pela pessoa na consciência da

melhoria das condições de vida do necessitado, na prática da bondade,

ajudando o próximo. São pessoas que através de um propósito com à

santidade promovem o bem para com as populações pobre, desnutrida,

necessitada de pão e de socorro psicológico.

De acordo com Mestriner (2008), existem 02 (dois) níveis de

benemerência, sendo a primeira, com a prática da esmola, (auxilio material ou

moral), já a segunda dá-se pelas obras de internação (asilos, orfanatos,

abrigos), são espaços de apoio ao necessitado.

A bondade se concretiza na ajuda ao menos favorecido visando o

melhoramento do ser humano para integralizá-lo socialmente na sociedade.

São na maioria das vezes pessoas fundamentalmente religiosas que através

do dom da bondade praticam o bem, com seus próprios recursos, ou até

mesmo na parte espiritual. Procurando mecanismos para o auxílio da

população mais carente dos recursos mínimos para a sobrevivência.

2.11 Solidariedade

Em todo o mundo é constatado através de estudiosos e especialistas no

assunto a grande diferença existente na sociedade em geral, uma injustiça

discriminatória nas condições de vivência de milhares de pessoas, ao contrário

desses, existe a outra camada da população que desfruta de condições de vida

dignas, saúde e qualidade de vida.

A população mundial promove ações de solidariedade junto aos menos

favorecidos; cada país tem a sua cultural característica, sendo assim, em cada

localidade são realizadas formas de solidariedade que visam às melhores

condições de vida das pessoas.

De acordo com as idéias de Signates (1998), é na sociologia que

solidariedade recebe essa nomenclatura, caracterizando as ações

coletivamente praticadas em sociedades comunitárias, em regime de

cooperação mútua.

90

No Brasil, a população tem como característica ser solidário aos

problemas, as condições de vida subumanas de grande parcela populacional.

Os brasileiros realizam eventos no sentido de doações de mantimentos,

roupas, calcados, entre outros. A solidariedade pode ser praticada por qualquer

pessoa que quer ajudar ao próximo, sem a criação de entidades sem fins

lucrativos, ou qualquer organização de apoio a sociedade, sem o auxilio do

governo, com desconto em tributos.

A solidariedade na visão de Signates (1998), é mais do que prestar

serviços, sendo uma forma de relacionamento social, onde o desempenho

deve ser de ambas as partes, caso contrário caracteriza-se apenas uma ação

individual. Este mesmo autor destaca que existem 04 (quatro) condições

imprescindíveis para uma ação solidária:

a) não indiferença: nunca anular o outro, caindo no vazio da indiferença

social, pelo contrário, a sua presença constitui como acontecimento

relevante;

b) aceitação da diferença: identificar as pessoas, reconhecendo elas

como realmente são, as diferenças não pode ser caracterizada como

guerra entre as partes;

c) doação, concessão e espera: estar sempre disponível para as

pessoas, sem tornar-se escravos da mesma, preservando a sua

identidade; e

d) aprendizado, mudança: aprender com as diferenças das pessoas,

através de uma ação solidária onde não existe o preconceito nas

diferenças, caracterizando o reconhecimento da mudança.

A natureza prejudicada das agressões sofridas da sociedade em geral,

devolve essa problemática ambiental em desastres ambientais, são catástrofes

que lesão a população, até mesmo na ocorrência de mortes; a população

mobilizada promove a solidariedade, o recolhimento de alimentos e objetos

para tornar amena a situação precária vivida.

2.12 Cooperativismo

Toda empresa busca sobrevivência voltada ao mercado de acordo da

91

BUSCA/DEMANDA SOBREV./MERCADO

oferta e da demanda, procura atender as necessidades e os desejos do

homem; a necessidade do homem baseia-se em seus desejos que busca na

demanda de bens e serviços sua sobrevivência no mercado.

Percebe-se que a empresa está ligada diretamente a vida do homem, a

cooperativa além de contribuir na vida social está voltada ao universo

econômico.

Fonte: BENATO, 1992, p.11

Figura 19: Ciclo de Vida do Homem.

De acordo com Vitorino (1997), cooperativa é um sistema integrado de

ações que não se limitam ao finito, a concepção é infinita.

A cooperativa de prestação de serviço é voltada exclusivamente a

prestar serviços aos associados, deve ter um objetivo social comercial comum,

sendo entidades jurídicas regidas pela lei.

A essência do sistema é a cooperação, uma união de esforços, no intuito

de atingir objetivos comuns, as cooperativas são organizações voluntárias

abertas a todo o público, apto a usar seus serviços e aceitar a responsabilidade

de sócio, sem nenhuma discriminação, seja ela racial, social, política e de

qualquer gênero. (VITORINO, 1997)

Entende-se então que o objetivo do cooperativismo é difundir as idéias

em que baseiam-se, no intuito de atingir desenvolvimento econômico,

financeiro e social de toda a sociedade cooperativa.

NECESSIDADES DESEJOS

92

CAPÍTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico fez com que o mundo sofresse uma

transformação incomensurável, o setor industrial passou a trazer

vantagens e desvantagens para a sociedade em geral. Ocorre que, a

industrialização proporcionou o desenvolvimento e o crescimento da

população, garantindo a empregabilidade dos envolvidos, bem como, a

sobrevivência em sociedade; por outro lado esse mesmo desenvolvimento

trouxe malefícios significativos, destaca-se como o principal, a problemática

ambiental. As empresas trabalham no sentido de não preocupar-se com o

meio ambiente natural, fomentando a idéia de que os recursos naturais são

inesgotáveis.

Com o passar dos anos, o setor vem adquirindo uma consciência

ecologicamente correta, devido ao fato de que a legislação ambiental vigente

tem punido veementemente os agressores ao meio ambiente, assim como, a

população em geral tem preocupado na preservação ambiental, descartando

empresas que não produzam uma gestão ambiental eficiente. O meio ambiente

tem tido importante espaço nas discussões junto às nações e os líderes

mundiais, buscando soluções para as questões envolvidas.

A responsabilidade socioambiental tornou-se uma filosofia indispensável

nos dias atuais, as empresas têm que se adequar a essa nova realidade,

trazendo para o ambiente organizacional essa idéia de consciência social

associado à questão ambiental, favorecendo uma estratégia competitiva.

Foi realizada uma pesquisa de campo na Unimed de Lins Cooperativa

de Trabalho Médico, localizada na rua Luiz Gama, 1677 no período de

fevereiro a outubro de 2010, com o propósito de evidenciar a importância da

responsabilidade socioambiental tanto para as empresas quanto para a

sociedade em geral. Destacam-se os programas desenvolvidos pela Unimed

de Lins, onde os projetos visam beneficiar a sociedade envolvida,

93

proporcionando benefícios significativos. Essa problemática existente na

sociedade tem área específica dentro do ambiente da cooperativa,

investimentos importantes que traduzem em uma população mais ligada ao

setor social e ambiental.

Para realização desta pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:

Método de Estudo de Caso – foi realizado estudo de caso.

Método de Observação Sistemática – foram observados e analisados.

Método Histórico – roteiro histórico da Cooperativa.

As técnicas foram:

- Entrevistas para a cooperativa

- Entrevistas para os usuários dos projetos.

3.1 Unimed de Lins – Responsabilidade socioambiental

A história da Unimed Lins, singular localizada no Centro Oeste Paulista,

é galgada em ações socialmente responsáveis desde sua fundação no ano de

1993, onde as políticas de conscientização ambiental são defendidas por toda

a cooperativa, com representação no país.

Atenta aos princípios cooperativistas, sempre observou com veemência

o 7º princípio (Interesse pela Comunidade) idealizando e desenvolvendo

projetos sociais direcionados para o público interno e externo, sendo muitas

vezes realizados em parcerias com o poder público e setor privado.

Para a cooperativa, responsabilidade social é a forma de gerir um

negócio, com transparência e ética, dirigindo-se a todos os envolvidos

(stakeholders), desenvolvendo ações para transformar positivamente o meio no

qual está inserida, favorecendo principalmente a preservação dos recursos

naturais como garantia para as gerações futuras.

Baseada neste conceito, a Unimed Lins mantém atualmente, mais de 20

projetos para os diversos públicos. Além de patrocínios esportivos (atletismo,

ciclismo e judô) com abordagem na formação psicossocial do assistido.

O meio ambiente recebe especial atenção por meio da parceria com a

ONG SOS Rio Dourado, que trabalha na recuperação de rios e nascentes. A

ONG é responsável pela criação da “Trilha do Barbosinha”, por meio do

94

replantio do espaço. A Trilha é visitada por alunos das escolas da cidade e

região, sempre na presença do guia turístico.

Já no meio social, é possível encontrar projetos como o Centro de

Treinamento Unimed Basquete Feminino (CTU), que atende meninas de 07 a

14 anos, com o propósito de proporcionar novos talentos e formar cidadãs

conscientes de seus direitos e deveres por meio da prática do basquete,

objetivando uma concepção de que através das praticas esportivas estarão

desligadas do mundo da criminalidade e das drogas. O projeto tem parceria

com a Secretaria Municipal de Esportes que além do espaço, oferece toda a

alimentação.

A Unimed Lins também preocupa-se com o colaborador. Em 2009, foi

realizada a 3ª Gincana Uniamigos que busca a integração dos participantes,

organizados em equipes, as quais deverão cumprir algumas provas previstas

em regulamento. Em uma tarde, as equipes se encontram caracterizadas com

camisetas personalizadas para a realização das provas, sendo que a principal

é a arrecadação de alimentos não-perecíveis. Estes alimentos são doados a

entidades locais que dão assistência às crianças, adolescentes e idosos.

Durante o ano de 2008, a singular participou das oficinas do Núcleo de

Responsabilidade Socioambiental (RSA) do Centro Oeste Paulista, para o

desenvolvimento da Política de RSA na região, com a orientação de

representantes da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo. A Política

aborda conceitos ligados ao tema e indica projetos e ações socioambientais às

singulares do Centro Oeste Paulista.

A cooperativa mais uma vez é certificada com o Selo de

Responsabilidade Social da Unimed do Brasil e ainda para 2009, prevê ações

que contribuam para o alcance das metas de desenvolvimento dos Objetivos

do Milênio, a serem realizadas por colaboradores do Programa de Voluntariado

“Faça a diferença”.

3.2 Práticas socioambientais na Unimed de Lins

A atenção ao meio socioambiental no qual a Unimed Lins está inserida é

95

fato desde a sua concepção no ano de 1993, onde a cooperativa busca

focalizar os princípios responsáveis quanto ao meio ambiente e o

melhoramento da sociedade em geral.

O 7º princípio cooperativista, “Interesse pela Comunidade”, tem como

objetivo promover o desenvolvimento sustentado da comunidade e esteve

sempre em destaque junto às políticas desenvolvidas pela Unimed de Lins. As

primeiras ações apresentavam caráter filantrópico, o que não exigia

acompanhamento ou mensuração de resultados. Porém, a demanda local

exigia a idealização e execuções de projetos maiores, propiciando o início dos

patrocínios voltados à prática esportiva, primeiramente com o vôlei feminino e

masculino, depois o basquete feminino e o judô e mais recentemente, o

ciclismo.

O termo Responsabilidade Socioambiental surgiu durante a Conferência

das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD),

mais conhecida como “Rio 92”, que contribuiu para a pró-atividade das

empresas, consagrando o conceito de desenvolvimento sustentável, o que

permite o crescimento econômico, sem acelerar o esgotamento dos recursos

naturais.

A Unimed Lins, também adotou uma postura pró-ativa e buscou com

base nos novos conceitos promover a todos os envolvidos em seu negócio, são

projetos voltados para o meio ambiente e para o meio social.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 20: Responsabilidade Social Unimed de Lins

96

Atualmente a Unimed Lins mantém diversos projetos. Alguns com

grande repercussão local e até regional, como o “Gincana Uniamigos”, de

caráter assistencialista, por realizar doações de alimentos a algumas entidades

na área de ação da cooperativa.

A Unimed Lins possui em sua essência os princípios de

responsabilidade socioambiental, portanto, executa e continuará executando

ações para transformar a realidade e contribuir para com o desenvolvimento

sustentável local, seja através de projetos assistencialistas, ou parcerias com

entidades do setor.

3.2.1 Selo Unimed de responsabilidade social

O Selo Unimed de responsabilidade social foi criado em 2003 e faz parte

da política nacional do Sistema Unimed, o selo tem como objetivo realizar um

diagnóstico das cooperativas que promovem ações sociais, ou seja, analisar se

suas ações estão de acordo com a política estabelecida pela Unimed do Brasil.

Adquirindo a certificação do selo a Unimed cria um diferencial no

mercado transparecendo uma postura ética ambiental e socialmente

responsável.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 21: Selo Unimed de Responsabilidade Social

A Unimed de Lins é certificada com o Selo Unimed de Responsabilidade

Social desde 2005, hoje é uma das cooperativas que tem um melhor

desempenho quanto às ações de responsabilidade social, pois em 2010 atingiu

o 3º estágio, o que significa que a cooperativa assimilou o conceito da gestão

97

socialmente responsável e alcançou o estágio de maturidade, assim se

preocupando com qualidade de vida da sociedade em geral.

Para obtenção do Selo é necessário o preenchimento do balanço social

modelo (IBASE), elaborado especialmente para cooperativas e também

preenchimento dos indicadores de responsabilidade social, estruturados em

forma de questionários e dividido em 7 temas, que são eles:

a) valores, transparência governança;

b) público interno;

c) fornecedores;

d) cliente;

e) comunidade;

f) governo e sociedade; e

g) performance final.

A partir da analise da comissão julgadora, quanto às respostas dos

indicadores, as cooperativas recebem a pontuação que indicará os estágios

que atualmente são (04) quatro.

3.3 Ações sociais

Dentro do contexto empresário hoje, as empresas estão cada vez mais

preocupadas com a sociedade e desenvolvem ações de responsabilidade

social, seus investimentos são cada vez mais bem visto pela sociedade e

agrega valores para a organização e contribui para o bem de todos.

Atualmente a Unimed de Lins pratica ações sociais voltada para todo o

publico alvo, e os grupos interessados (Stakeholders), sempre atenda com a

política da responsabilidade social e princípios que regem as normas

ambientais.

A Unimed Lins desenvolve projetos próprios e também conta com

parcerias como ONG, órgãos públicos, entre outros, promove projetos voltados

à área social e também ambiental.

Dentro da empresa existe o departamento de RSA que tem a finalidade

de planejar e mensurar indicadores de todos os projetos, além disso, o público

98

interno tem a participação ativamente em todos os projetos.

Dentro de alguns princípios cooperativistas o que tem um maior

destaque e caminha sempre com a Unimed é o interesse pela comunidade, o

objetivo é desenvolver ações sociais que tenha um foco para a comunidade.

A cooperativa com seus projetos voltados a área do esporte e a cultura,

promove a qualidade de vida dos seus participantes. E com o projeto da AMUL

a possibilidade da inclusão social, contribuindo para superação e a realização

dos objetivos individuais.

A Unimed de Lins pratica ações sociais desde a sua origem, o fato é que

essas eram vistas como filantropia, com o passar dos anos a responsabilidade

social ganhou espaço no mercado e também dentro das empresas e hoje a

Unimed é conhecida como sinônimo da responsabilidade social.

3.4 Projetos socioambientais

Atualmente são desenvolvidos diversos projetos socioambientais dentro

da Unimed Lins os quais atendem comunidade, meio ambiente e público

interno. Os projetos e programas são classificados nas seguintes categorias:

a) projetos socioambientais;

b) programa socioambiental;

c) relacionamento institucional;

d) marketing relacionado à causa;

e) ação para funcionários e público interno; e

f) ação pontual

Os projetos socioambientais têm o foco de relacionar a área social e

ambiental, os projetos possuem plano de ação com objetivo, previsão de

resultados, atividades a serem realizadas, recursos e tempo.

3.4.1 Projeto recicla lâmpadas

A Unimed de Lins, preocupada com a problemática ambiental,

99

desenvolve dentro do ambiente interno e externo da cooperativa, projetos que

visão o melhoramento do meio ambiente natural, contribuindo para a elevação

da qualidade de vida da sociedade em geral. Dentre esses projetos destaca-se

a reciclagem das lâmpadas, onde são armazenadas todas as lâmpadas que

atingiram a sua vida total, entretanto, grandes empreendimentos não tem essa

consciência e destinam as lâmpadas queimadas no lixo comum, favorecendo

o acontecimento de acidentes por parte dos catadores de resíduos. As

lâmpadas utilizadas por todos os setores da cooperativa, assim que

queimadas são guardadas num ambiente apropriado, não sendo quebradas.

Quando atingido um número considerável de lâmpadas, a cooperativa

contata a empresa especializada, que recolhe todo o material para a

reciclagem.

3.4.2 Papel reciclado

Atualmente o meio ambiente natural tem tido importante destaque junto

às autoridades mundiais, a sociedade em geral. O assunto é de fundamental

importância na concepção empresarial, onde as organizações têm destinado

investimentos significativos para a área, na visão de fortalecer a imagem

organizacional e, por conseguinte o favorecimento competitivo. A população

em geral tem se preocupado com a problemática, devido aos avanços dos

desastres ecológicos por todo o território mundial.

Com uma política ambientalmente responsável, a Unimed de Lins busca

a adoção de estratégias junto ao seu planejamento, visando proteger o meio

ambiente. Dentre essas políticas, a cooperativa adota desde 2005 o papel

reciclado, fazendo uso desse material em todos os setores da organização,

esse papel é utilizado na impressão de documentos internos, envelopes,

jornais, entre outros.

O papel reciclado compreende a idéia de preservação ambiental,

portanto, as empresas que utilizam desse material têm como propósito a

preservação ambiental, devido que o papel reciclado em sua fabricação não

prejudica a natureza em geral; apesar de ser um produto de preço mais

100

elevado, se comparado com o papel comum, mas beneficiando no que tange a

consciência ecológica.

3.4.3 Reciclagem de cartões

A Unimed de Lins, visando o cumprimento dos ideais socioambientais

praticados pela cooperativa em geral, passou a adotar em sua política de

trabalho o projeto que tem como objetivo a reciclagem de cartões. Os cartões

são utilizados pelos clientes conveniados a cooperativa, no melhoramento da

qualidade do atendimento prestado, pois no cartão são armazenadas todas as

informações dos clientes, com a finalidade usar no hospital, na farmácia, nos

consultórios e laboratórios. O planejamento ocorre através de um processo de

conscientização ambiental, a Unimed recolhe todos os cartões que não

utilizados, cancelados, vencidos ou clientes que trocam de plano de saúde.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 22: Recicla Cartões

Os cartões são produzidos com material de Polyvinyl chloride (PVC),

sendo demorada a decomposição se descartado no meio ambiente natural; o

projeto da Unimed teve inicio no mês de março de 2010, sendo enviados para

a Cooperativa de Resíduos Sólidos de Lins (Coopersol) para que haja a

destinação correta do material.

101

A preocupação com as questões ambientais fez com que a Unimed de

Lins adota-se em seu plano de trabalho o projeto, visto que, os cartões

inutilizados pelas pessoas podem ser descartados no meio ambiente,

prejudicando o mesmo; com essa política a cooperativa visa à preservação da

natureza, proporcionando um futuro melhor para as gerações.

3.4.4 Centro de Treinamento Unimed (CTU)

A Unimed de Lins juntamente com a Senclatur desenvolvem o projeto

social Centro de Treinamento Unimed de Basquete Feminino que atende

garotas de 04 a 14 anos. As crianças e adolescentes precisam estar

matriculadas nas escolas públicas (municipais ou estaduais), frequentando as

aulas e obtendo bom rendimento.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 23: Centro de Treinamento Unimed

O objetivo desse trabalho é proporcionar novos talentos, formar cidadãs

conscientes de seus direitos e deveres e tirar crianças da rua por meio da

prática do esporte, no propósito de estimular novos talentos e formar equipes

competitivas para que disputem os campeonatos oficiais da Federação Paulista

de Basquete e também dos campeonatos Inter-Unimeds. Além das aulas de

basquete, as atletas também participarão de palestras educativas.

É disponibilizado no Centro Social Urbano (CSU) e o Ginásio Nico

Garcia, no bairro do Junqueira para os possíveis treinamentos, além de

102

receberem o material esportivo e o lanche dos atletas. Os horários de

treinamentos são de segunda a sexta no período da manhã e tarde.

Necessários alguns documentos pessoais para participarem do projeto.

3.4.5 Concurso de desenho pintando o planeta

O concurso surgiu a partir do planejamento do departamento

responsabilidade socioambiental que previa atividades para o calendário

ambiental, entre as datas o dia do planeta, 22 de abril. Aproveitando o tema e

diante da oportunidade de levar conscientização e educação ambiental para as

crianças, haja vista que elas são o futuro e a esperança de transformar a

realidade que se espera do planeta Terra, foi idealizado e desenvolvido o

Concurso Pintando o Planeta, que em sua 1ª edição, 2009, conseguiu atingir

toda a área de ação da Unimed Lins, contendo 11 cidades.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 24: Logo Concurso de Desenho Pintando o Planeta

O Concurso possui regulamento, que foi analisado e aprovado pela

assessoria jurídica. A divulgação é realizada em jornal, site e diretamente nas

escolas para o público-alvo e o resultado é exposto no site da Unimed Lins. O

projeto tem como objetivo conscientizar crianças e adultos sobre a importância

da preservação do meio ambiente, envolvendo pais, professores e direção das

103

escolas, bem como promover o desenvolvimento sustentado e a educação

ambiental na fase infantil para a prática de ações ecologicamente corretas na

fase adulta, assim fazendo com que desde jovem as crianças envolvidas

desenvolvam práticas ambientalmente corretas, crescendo com essa visão de

futuro, para beneficiamento de todos. Com o projeto a cooperativa busca a

integração junto à sociedade, promovendo, com seus programas, melhorias

incomensuráveis no dia à dia das pessoas.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 25: Concurso de Desenho Pintando do Planeta

3.4.6 Gincana uniamigos

Desenvolvida na quadra do Unisalesiano de Lins. Uma gincana

disponibilizada para todos os funcionários da Unimed de Lins. Com o objetivo

de reunir os setores, criando novas amizades e também um dia de lazer para

os mesmos.

A cidade de Lins possui aproximadamente 70.000 habitantes e diversas

entidades filantrópicas que assistem de crianças a idosos, algumas inclusive

atendem pessoas apenas para receberem uma refeição diária. Por sua vez,

outras realizam o trabalho de assistência a deficientes físicos e visuais, estes

até residem na própria instituição, como o caso também do Asilo de Idosos. Há

ainda, o atendimento em creches e Centros para profissionalização de

adolescentes. Todos apresentam um grau considerável de dificuldade para um

104

atendimento com qualidade, uma vez que dependem especialmente do

assistencialismo empresarial e particular.

Diante deste cenário, sempre houve a preocupação do que fazer para

solucionar a questão da falta de alimentos que castigava a maioria destas

entidades, sendo que este era apenas um dos problemas, porém de grande

peso. Esta era uma questão que intrigava alguns colaboradores da Unimed

Lins, que motivados a encontrar uma solução, idealizaram em 2003, a Gincana

Uniamigos. A idéia foi apresentada em uma reunião mensal de encarregados,

e automaticamente foi aceita pelos colaboradores presentes, nesse momento,

voluntários aceitaram fazer parte da comissão e as reuniões para criação do

regulamento e as provas a serem realizadas, tiveram início e frequência

semanal.

O principal objetivo do projeto é a arrecadação de alimentos não

perecíveis para doação, mas, com a intenção de integrar os colaboradores,

uma vez que a rotina diária não permitia, embora muitos tenham um convívio,

os diferentes turnos e atividades impediam essa aproximação.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 26: Gincana Uniamigos

3.4.7 ONG SOS rio dourado

Problemas como o assoreamento dos rios, inundações e deslizamentos

causados pela degradação florestal não são recentes. Em 1996 foi criada a

105

ONG SOS rio dourado em Lins, com objetivo de proteção, recuperação e

preservação ambiental da bacia hidrográfica do Rio Dourado. Até o dia 03 de

fevereiro de 2005, as ações da ONG estavam limitadas à bacia do Rio

Dourado, ou seja, de Pirajuí à Promissão. Entretanto, houve uma reformulação

em seu estatuto a qual foi extinta essa limitação, com isso a SOS Rio Dourado

passou a atuar em todo território nacional.

A ONG é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, e sem

qualquer vínculo político-partidário que tem como finalidade:

a) desenvolver programas de proteção, recuperação e preservação

ambiental;

b) promover a educação ambiental e o desenvolvimento sustentado;

c) promover cursos, palestras, ciclos de debate e realizar publicações

no que diz respeito á proteção do meio ambiente;

d) realizar eventos e convênios com outras entidades e prefeituras,

visando a divulgação de projetos e arrecadação de fundos; e

e) administrar fundos para sua manutenção e para o financiamento de

projetos ambientais.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 27: ONG SOS Rio Dourado

Desde a sua criação são desenvolvidos trabalhos de conscientização

ambiental por meio de palestras, seminários e atividades como o concurso

melhor frase e desenho com premiação para os 3 primeiros lugares, cujo tema

foi Proteção das Águas, contando com a participação de 23 escolas e

106

aproximadamente 4000 alunos; reflorestamento e criação da trilha ecológica do

Barbosinha; e plantação de 7000 mudas as margens do córrego Barbosinha,

no período de 2004 à 2006.

3.4.7.1 Trilha ecológica – Barbosinha

A Unimed Lins apoia diversos projetos sociais, entre eles o projeto da

Trilha Ecológica – Barbosinha, que tem como guia o Sr. Alvari Ramacini. A

trilha busca reviver a história de Lins e incentivar pessoas de todas as idades

na busca por um mundo melhor preservando a natureza. Recentemente, ele

lançou mais uma revistinha, a de número 4, a qual aborda o tema de

preservação do meio ambiente e através disso a preservação da nossa

espécie.

3.4.8 Educação corporativa

Com uma consciência socialmente correta praticada por todas as

cooperativas médicas, na de Lins não foi diferente, desta forma, em abril de

2005, foi criado o projeto Unimed Educação Corporativa, que tornou possível

através da parceria com a Microlins. A finalidade é promover o

desenvolvimento da organização através da profissionalização, além da

formação humana, ética, moral e cidadã, inclusive, oferecendo condições de

auto-realização.

O projeto Educação Corporativa visa oferecer ao colaborador a

oportunidade de completar seus estudos no ensino fundamental e ensino

médio, como também o curso básico de informática, através de parceria com

uma escola local. As aulas são realizadas no período noturno, duas vezes por

semana.

A Unimed Lins vem incentivando todos os colaboradores a buscarem

conhecimento através da formação profissional, visto que pelas próprias

107

características das sociedades cooperativistas, a renovação acontece de

maneira natural e dinâmica.

O projeto tem como proposta o aperfeiçoamento profissional dos

colaboradores, visando turbinar seus conhecimentos técnicos e teóricos,

ministrados nas aulas. Grande parte dos envolvidos no projeto não tiveram

oportunidade de se profissionalizar junto a uma área específica, devido as

condições remotas da época.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 28: Educação Corporativa Unimed de Lins

3.4.9 Mosaico teatral

Pelo segundo ano consecutivo Lins participa do programa Mosaico

Teatral. Neste ano a cidade recebeu a Cia Circo de Bonecos da Cooperativa

Paulista de Teatro, na Associação Beneficente Cultural e Esportiva de Lins

(ABCEL), sábado, dia 28 de agosto/2010.

A proposta de arrecadar alimentos não perecíveis em troca de ingressos

resultou em aproximadamente uma tonelada, o público presente ultrapassou

1000 pessoas. O montante foi contabilizado e doado ao Fundo Social de

Solidariedade de Lins.

O espetáculo conta a história de dois amigos, Cláudio Saltini e Raniere

108

Guerra, que decidem brincar de circo na sala de visita, recriando o mundo

maravilhoso do circo dentro do universo das fantasias e brincadeiras infantis. A

peça resgata as brincadeiras infantis, no brincar desinteressado, o brincar entre

pais e filhos, irmãos e amigos. O evento é resultado de uma parceria entre as

cooperativas, Unimed, Camda e Uniodonto e é promovido pelo Serviço

Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo

(Sescoop). O objetivo é disseminar a cultura cooperativista e a

intercooperação, além de formar promotores de cultura. Em 2010, o Programa

Mosaico Teatral em Lins recebeu apoio de diversas empresas, da Prefeitura

Municipal de Lins, Casa de Cultura e Cidadania e ABCEL.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 29: Mosaico Teatral Unimed de Lins

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 30: Mosaico Teatral Unimed de Lins

109

3.4.10 Judô

A Unimed de Lins busca sempre apoiar jovens para as práticas

esportivas, com objetivo de formar cidadãos conscientes dos seus direitos e

das suas obrigações para com a sociedade em geral. Com essa filosofia, a

cooperativa apóia o atleta Kelvin Anequini junto às competições de judô em

todo o estado de São Paulo (SP), desde o inicio da carreia do jovem, a Unimed

tem participação continua para o seu desenvolvimento social.

3.4.11 Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL)

A AMUL é uma entidade sem fins lucrativos ligada à cooperativa, atua

na área social com o objetivo de transformar a realidade da sociedade

necessitada. O trabalho é desenvolvido por voluntarias, pessoas ligadas a

Unimed de Lins, também contando com a participação de pessoas

interessadas nas propostas defendidas pelos projetos sociais da entidade.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 31: Associação da Mulher Unimed de Lins

A Unimed de Lins tem visão de futuro quanto à responsabilidade social,

visando destinar recursos humanos e financeiros para o melhoramento da

110

qualidade de vida da população local, prática esta, defendida por todas as

organizações presentes no território brasileiro. Dentre os projetos

desenvolvidos pela AMUL, cita-se o Programa Vida Iluminada que tem como

foco pessoas com deficiência visual.

3.4.11.1 Programa Vida Iluminada

O programa Vida Iluminada é realizado pela AMUL em conjunto com a

Unimed de Lins, tem como propósito o desenvolvimento das habilidades dos

portadores de necessidades visuais. O objetivo do programa visa à inclusão

das pessoas com deficiência visual através da aprendizagem, assim dando o

apoio necessário para a família nesse processo que busca a integração e a

socialização dos mesmos junto à sociedade.

3.4.12 Hoje é seu dia

A Unimed de Lins desenvolve este projeto desde 2009, com objetivo de

desenvolver a integração social e atitudes de cooperação e solidariedade.

Fundamento na valorização de seus colaboradores e a consolidação de uma

cultura de socialização interna, é comemorado os aniversariantes de cada mês,

a Unimed promove um café da manhã em comemoração ao colaborador,

valorizando assim toda sua equipe e renovando o clima organizacional.

3.4.13 Investir

A Unimed de Lins acredita no potencial de seus colaboradores por isso

criou o projeto Investir; O projeto teve início em 2002, é direcionado aos

colaboradores, aprovado ou inscrito em curso técnico de pós-graduação o

objetivo do projeto é incentivar o desenvolvimento e aperfeiçoamento

111

individual, os colaboradores devem solicitar a bolsa de estudo por escrito

através de um formulário próprio, a aprovação é feita pela diretoria e os pré-

requisitos são: ter no mínimo 02 anos de empresa, análise do limite de verba

disponível pela empresa para o projeto, área de atuação profissional e o

desempenho do colaborador.

3.4.14 Estação Saúde.

Com o aumento de risco de saúde que toda a população corre, a

Unimed de Lins juntamente com o setor de Medicina Preventiva criou o projeto

Estação Saúde, com o objetivo de orientar a população na prevenção das

doenças que ocorrem com maior freqüência, os serviços oferecendo são:

aferição da pressão arterial, peso e altura, pesquisa sobre o stress, avaliação

da capacidade pulmonar, dependência de nicotina, avaliação nutricional,

massagem relaxante, orientação da saúde bucal

O projeto teve inicio em 2005 e conta com a parceria da Amul e

Uniodonto.

3.4.15 Atletismo

Com propósito de apoiar atletas em suas competições, a Unimed de

Lins, tem representação no atletismo com os competidores, David Ribeiro e

Silas Silvestre, sendo o primeiro pertencente à categoria 30 a 34 anos e o

segundo 18 a 19 anos, ambos com contrato assinado com a cooperativa.

3.4.16 Integrap

Trata-se de um projeto de integração para os novos colaboradores, que

ingressam no Sistema Unimed de Lins e não tem conhecimento da empresa,

112

seus setores, profissionais e suas responsabilidades, portanto, os

colaboradores que já fazem parte do grupo proporcionam aos novos

colaboradores, oportunidades para que eles aprendam os processos de que a

Unimed de Lins considera imprescindível e relevante.

Tem como objetivo promover a integração da cultura da empresa,

reduzir a ansiedade dos novos colaboradores e economizar tempo com

reuniões.

Faz com que os colaboradores se sintam mais à vontade dentro da

empresa, podendo evoluir com responsabilidade e fazendo com que a empresa

cresça com seu desenvolvimento e o desempenho do dia-a-dia.

Fonte: unimed.com.br (2010)

Figura 32: Integrap Unimed Lins

3.4.17 Semana da qualidade de vida

A idéia foi inspirada a partir da leitura do Manual de Alimentação

Saudável por uma colaboradora que sugeriu (outubro 2008) alguma atividade

que envolvesse a qualidade de vida dos colaboradores. Além disso, é baseado

no posicionamento da marca Unimed. Antes de implementar o projeto, eram

realizadas algumas ações isoladas sem muito critério e que não atingia a todos

os colaboradores.

Para a implantação, foram mobilizados os departamentos de

responsabilidade socioambiental, medicina preventiva e marketing, para definir

as atividades e realizar a divulgação antes e durante a execução do projeto. A

divulgação foi realizada por meio de e-mail do setor de marketing, enviando

113

aos colaboradores que receberam o cronograma das atividades com livre

escolha das atividades para participação.

O objetivo deste trabalho seria proporcionar o bem-estar de seus

colaboradores, despertar para a qualidade de vida, aumentar a auto-estima de

cada um, promover a integração dos colaboradores, alertar para a prevenção

de doenças, despertar para a prática de ações socialmente responsáveis,

conscientizar sobre a importância da atividade física, estimular a expressão de

pensamento por meio de frases, pensamento e outros.

3.4.18 Comunicar para crescer

Uma aplicação anual de pesquisa de clima a todos os colaboradores do

sistema Unimed Lins. É realizada uma pesquisa de clima organizacional, com

objetivo de ter um excelente resultado no relacionamento interno.

Desenvolvem os gestores para atuarem com foco na estratégia,

trabalhando com competências para o negócio; atrai e retém talentos; promove

a cultura organizacional voltada ao conhecimento, trabalho em equipe, foco do

cliente e resultados.

3.5 Discussão

Conforme observado por Tachizawa (2002), as organizações que

tomarem decisões estrategicamente ligadas à gestão ambiental e serem

socialmente responsáveis, conseguirão significativas vantagens competitivas. A

responsabilidade socioambiental é um instrumento de grande importância para

as empresas, com essa prática as empresas criam um diferencial no mercado

atendendo as exigências da sociedade e tem um posicionamento positivo na

questão ecológica.

Na visão de Almeida (2002), a sustentabilidade vem sendo um assunto

mundialmente discutido, as organizações deverão produzir produtos

114

ecologicamente corretos para se garantirem no mercado. Adequando-se as

exigências ambientais, favorecendo a qualidade de vida da sociedade.

Os projetos socioambientais desenvolvidos pela cooperativa são

instrumentos que propiciam um relacionamento mais próximo com o público e

consequentemente a melhoria da imagem da empresa.

Percebe-se que as ações praticadas pela Unimed Lins, refletem de

maneira positiva perante a sociedade, promove a inclusão social de seus

assistidos e a superação da desigualdade social como mostra o projeto AMUL.

Fica estabelecido pelo setor de RSA desenvolver os projetos e mensurar os

resultados obtidos transparecendo uma visão da empresa preocupada com a

sociedade.

Segundo Dias (2006), as empresas buscam um meio ambiente mais

saudável através de métodos para diminuir os impactos causados à natureza.

A Unimed de Lins vem desenvolvendo prática voltada a este conceito; através

de parcerias existentes com entidades ligadas à questão ambiental, sendo a

ONG SOS Rio Dourado.

A pesquisa abordou a importância das ações sustentáveis e a melhoria

na qualidade de vida da população, e divulgar as ações realizadas com o

propósito de para mostrar a importância da empresa junto a comunidade local.

3.6 Pesquisa junto à comunidade

De acordo com a pesquisa realizada foram entrevistadas 60 pessoas da

comunidade entre eles associados a Unimed de Lins, os dados foram

levantados nas proximidades da cooperativa, ao lado da farmácia e a

administração da organização.

Após a realização da pesquisa foi observado que os projetos realizados

pela Unimed de Lins não tem conhecimento pela comunidade devido à falta de

divulgação necessária. Observa-se também que alguns entrevistados têm

disponibilidade para participar dos projetos de forma voluntária, faltando

conhecimento por parte da sociedade dos projetos desenvolvidos para que

haja o envolvimento e a participação efetiva de maior parcela da população

115

local; o órgão competente necessita de investimentos quanto tornar a

cooperativa socialmente integralizada as pessoas.

Tabela 1 – Conhece algum projeto desenvolvido pela Unimed de Lins?

Especificação F Fr%

Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL) Gincana Uniamigos Basquete Feminino Educação Corporativa Vida Iluminada Concurso de Desenho ‘’Pintando o Planeta’’ ONG SOS Rio Dourado Mosaico Teatral Não Conhece

2 1 2 3 1 1 14 6 30

ƩF=60

3,33 1,67 3,33

5 1,67 1,67 23,33

10 50

ƩFr%=100 Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.

Percebe-se que a maioria dos entrevistados não conhece os projetos

realizados pela Unimed de Lins, a pesquisa comprova que 50% das pessoas

pesquisadas não conhecem nenhum dos programas listados na pesquisa,

representando números expressivos. Sendo que do total de entrevistados, 30

pessoas não estão familiarizadas com os projetos desenvolvidos pela

cooperativa, a outra metade conhece algum projeto praticado, com destaque

para a ONG SOS Rio Dourado, entidade sem fins lucrativos defensora do meio

ambiente natural, parceira da Unimed de Lins. O projeto Mosaico Teatral

também teve percentual representativo na pesquisa realizada, sendo que do

total dos entrevistados, 6 pesquisados conhece o projeto da cooperativa de

linense, devido que o teatro foi realizado recentemente na cidade de Lins.

Tabela 2 – Participa de algum projeto da Unimed de Lins?

Especificação F Fr% Sim Não

3 57

ƩF=60

5 95

ƩFr%= 100

Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.

Percebe-se que devido aos entrevistados não ter conhecimento dos

projetos praticados pela cooperativa, consequentemente a minoria participa

116

das atividades propostas. Com a pesquisa observou-se que 3 pessoas

entrevistadas participa dos programas desenvolvidos, representando apenas

5% da pesquisa, portanto, 57 das 60 pessoas pesquisadas não tem

envolvimento com os projetos, representando um percentual de 95% dos

pesquisados; as pessoas que desconhecem as práticas sociais da Unimed de

Lins, argumentam não participar devido a falta de divulgação dos programas à

sociedade.

Tabela 3 – Conhece alguém que participa dos projetos desenvolvidos?

Especificação F Fr% Sim Não

13 47

ƩF=60

21,67 78,33

ƩFr%= 100

Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.

O percentual obtido com essa pesquisa, mostra que houve uma

elevação em relação ao número de pessoas conhecedoras das atividades

propostas pela Unimed de Lins, conhecendo pessoas próximas que participa

ou esta envolvida com os projetos; do total dos entrevistados, 13 diz conhecer

alguém que esteja envolvido com as atividades, representando 21,67% dos

pesquisados, argumentando que as pessoas envolvidas são da família ou

amigos. São 47 pessoas entrevistadas que desconhecem de alguém que

participa dos projetos desenvolvidos, representando 78,33%.

Tabela 4 – Tem interesse em participar dos projetos? Especificação F Fr% Sim Não

23 37

ƩF=60

38,33 61,67

ƩFr%= 100

Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.

O interesse da população local é evidente na pesquisa, mesmo não

conhecendo os projetos e suas propostas 23 pessoas respondeu que tem

117

interesse em participar dos programas elaborados pela Unimed de Lins,

representando 38,33%, um percentual expressivo dos pesquisados, em

contrapartida 61,67% disseram não ter interesse em participar, justificando a

ausência de tempo disponível para o envolvimento com as práticas sociais da

cooperativa linense.

Tabela 5 – Tem disponibilidade para ser voluntário em algum projeto?

Especificação F Fr% Sim Não

18 42

ƩF=60

30 70

ƩFr%= 100

Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.

O número de pessoas que estão disponíveis para participar como

voluntário dos programas elaborados pela Unimed de Lins é de 18

entrevistados, representando um percentual de 30%, já as pessoas que não

tem disponibilidade para o voluntariado, apresentam-se como 42 pesquisados,

um percentual de 70%, devido que não tem tempo para o envolvimento com as

atividades.

Tabela 6 – Gênero dos entrevistados?

Especificação F Fr% Feminino Masculino

35 25

ƩF=60

58,33 41,67

ƩFr%= 100

Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.

Com a pesquisa realizada, percebe-se que o publico feminino é a

maioria representando 58,33% do total, já o público masculino representa

41,67% dos entrevistados total; nota-se que existe uma diferença no número

de mulheres e homens, sendo inexpressiva, 35 pessoas do sexo feminino e 25

118

do masculino, com isso a pesquisa evidência que tanto homens quanto

mulheres desconhecem dos projetos realizados, mas tem interesse em

participar das atividades propostas.

3.7 Resultado da Pesquisa

Conforme pesquisa realizada na Unimed de Lins, observou-se que a

cooperativa tem grande preocupação com a responsabilidade socioambiental,

não somente com os clientes externos, mas também com os seus

colaboradores da singular, onde a conscientização, a busca pelo bem estar, a

inclusão na sociedade são pontos fortes; ajudando seus assistidos na busca de

superação dos limites no dia a dia.

A pesquisa contemplou que a Unimed desenvolve projetos

socioambientais com o propósito de proporcionar um relacionamento mais

próximo da cooperativa com os clientes, cooperados e assistidos, trazendo a

melhoria da imagem da singular com a sociedade.

O trabalho desenvolvido junto à pesquisa mostra uma riqueza de

detalhes no sentido de evidenciar que toda a organização está comprometida

com os ideais da Unimed de Lins, incorporando e contribuindo para que a

cooperativa seja exemplo de responsabilidade socioambiental, portanto apesar

de analisar vários fatores positivos quanto ao relacionamento geral da

empresa, observou-se que alguns pontos precisam ser melhorados, o principal

é o marketing. Os projetos são de grande importância para a sociedade, mas

pouco conhecidos, conforme pesquisa.

119

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

O meio ambiente é de fundamental importância para a sobrevivência

humana, contudo, o histórico de práticas registradas ao longo dos anos fez

com que a natureza sofresse danos irreversíveis. A idéia atual é de defender o

meio ambiente natural, com políticas de preservação ambiental; o governo, as

empresas e a sociedade estejam engajados pela melhoria dessa realidade. A

sociedade vivencia em sua maioria, condições de vida subumanas; propostas

de melhorias da área social, com pequenas políticas que atendem a públicos

específicos e produzam resultados significativos.

A Unimed de Lins atua de maneira exemplar nesse sentido,

desenvolvendo programas e parcerias que beneficiam a população local, tais

como o Programa Vida Iluminada que procura desenvolver as habilidades dos

portadores de deficiência para inseri-los na sociedade. Ocorre que, os projetos

desenvolvidos necessitam de maior divulgação por parte do setor responsável;

constata-se que pequena parcela da sociedade conhece ou participa de alguns

dos projetos praticados pela cooperativa. Ações de marketing no sentido de

tornar mais evidente os programas elaborados necessitam de investimentos

para que haja maior participação da população, não somente como beneficiário

dos projetos, mas também como voluntários. A concepção formada vai de

encontro com a idéia de criar parceria entre a cooperativa Unimed de Lins e a

sociedade.

Os beneficiários dos projetos praticados pela cooperativa argumentam

para que haja acréscimos de atividades nos programas, como a prática da

natação juntamente com o envolvimento da sociedade. O ideal defendido é de

incrementar os programas com novas atividades, beneficiando parcela maior

de pessoas. Dentro dessa concepção de adicionar os programas praticados,

observa-se a necessidade de políticas de incentivo voltada para o homem, que

tem como idéia o descuido da qualidade de vida, com isso focalizando o bem

estar e a saúde dos mesmos. Programas para viciados em drogas são de

extrema importância para a comunidade local, sendo que a cooperativa linense

tem em seu corpo de colaboradores profissionais capacitados para o

120

desenvolvimento de medidas que visão o tratamento dos doentes por drogas,

em paralelo a idéia de reintegração junto à sociedade. Através desses

programas, a cooperativa integra-se com a sociedade local, mostrando o

comprometimento com a questão social.

O poder público local funciona como parceiro dessas atividades, a

cooperativa médica de Lins cobra incentivo por parte do município para a

implementação dos programas elaborados, através de investimentos

financeiros, o governo local, a cooperativa e a sociedade serão beneficiados.

As ONGs têm papel importante na finalidade das mudanças

fundamentais, a cooperativa através de parcerias com entidades sem fins

lucrativos, traduz em melhorias para todos. As melhorias vão de encontro com

as necessidades dos assistidos, promovendo o melhoramento da imagem

organizacional, funcionando como investimento que produzirá retornos

significativos para a organização.

121

CONCLUSÃO

A responsabilidade socioambiental vem ganhando espaço cada vez

mais no mercado empresarial, as práticas sustentáveis desenvolvidas pelas

empresas refletem de maneira positiva junto à sociedade. Percebe-se que cada

vez mais os consumidores procuram empresas ecologicamente correta que se

preocupam com o meio ambiente trazendo assim o bem estar de toda a

população, ser sustentável é administrar seus recursos sob a ética ecológica.

Entende-se que existe a necessidade de um comprometimento maior

por parte do empresariado mundial em relação ao meio ambiente, assim

adotando mudança em suas estratégias, tratando a problemática ambiental

como fator fundamental e gerador do melhoramento da imagem das empresas,

garantindo vantagem competitiva. O governo e a sociedade em geral devem

estar compromissados com a natureza, a sua proteção e preservação. O poder

público destinando recursos necessários para que ocorra a reversão da

realidade atual, investindo numa consciência ecológica por parte da população,

fazendo a junção de da cultura junto à educação ambiental.

A Unimed de Lins é sinônimo de responsabilidade socioambiental, como

observado na realização desse trabalho, as ações são inúmeras, através de

projetos e parcerias, e cada vez mais estão voltadas para todo o público

envolvido, os stakeholders. O objetivo maior das ações socioambientais é

desenvolver uma filosofia que proporcione a melhoria de vida para a população

e ao ambiente inteiramente interligado. Pode-se perceber que alguns

programas podem melhorar dentro da cooperativa, como a divulgação maior

dos projetos na finalidade de uma parcela maior da comunidade participe e

tenha um conhecimento da importância da responsabilidade socioambiental em

sua vida, proporcionando o que há de melhor na natureza que pode ser

aproveitado.

Seres humanos são organismos que pensa e tem capacidade de

raciocínio, de reconhecer o certo e o errado, aquilo que traz benefícios e o

prejudicial. Não precisa esperar a ocorrência de desastres naturais para

aprender a viver de maneira sustentável.

122

REFERÊNCIAS

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126

APÊNDICES

127

APÊNDICE A - Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado o levantamento histórico da cooperativa Unimed Lins com

objetivo de analisar os projetos sócios ambientais desenvolvidos.

2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO

ESTUDADO

a) Descrição dos processos e métodos utilizados na implantação dos

projetos sócios ambientais.

b) Serão entrevistados: funcionários; usuários do projeto AMUL.

3 DISCUSSÃO

Com a realização da pesquisa será feito um confronto entre teoria e

práticas utilizadas na cooperativa.

4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE

MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS.

128

APÊNDICE B - Roteiro de observação sistemática

I Dados de Identificação

Empresa:________________________________________________________

Localização:_____________________________________________________

Ramo de atividade:________________________________________________

Início das atividades:______________________________________________

Número de funcionários:____________________________________________

Número de cooperados:____________________________________________

Início da responsabilidade socioambiental:_____________________________

II Aspectos a serem Observados

1 Histórico da empresa

2 Responsabilidade socioambiental

3 Projetos socioambientais realizados pela cooperativa Unimed Lins

129

APÊNDICE C - Roteiro Histórico da Cooperativa

I Identificação

Empresa:__________________________________________________

Localização:________________________________________________

Ramo de Atividade:__________________________________________

II Aspectos Históricos da Cooperativa

1 Início das atividades

2 Número de funcionários e cooperados

3 Ramo de atividade

4 AMUL

130

APÊNDICE D - Roteiro de entrevista para a cooperativa

I Identificação

Tempo de atuação no mercado:___________________________________

Escolaridade:_________________________________________________

Experiência no ramo:___________________________________________

II Perguntas Específicas

1 Como surgiu a idéia da responsabilidade socioambiental dentro

da cooperativa? Comente.

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

2 De que maneira a responsabilidade socioambiental influenciou no

cotidiano de seus colaboradores e familiares?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

2.1 Os colaboradores participam dos projetos realizados pela

cooperativa?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

131

3 Quem são os responsáveis pela coordenação dos projetos

socioambientais da cooperativa?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

4 Existe algum tipo de apoio voluntário nos projetos

socioambientais? Comente.

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

5 Em relação aos projetos realizados existe alguma forma de

divulgação?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

6 De que maneira são avaliados os resultados dos projetos

socioambientais?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

7 O que mudou na cooperativa após a implantação da

responsabilidade socioambiental?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

132

APÊNDICE E - Roteiro de entrevistas para os usuários dos projetos

I Identificação

Idade:_______________________________________________________

Escolaridade:_________________________________________________

Natureza de Ocupação:_________________________________________

II Perguntas Específicas

1 De que maneira você tomou conhecimento dos projetos

desenvolvidos pela Unimed Lins

( ) TV;

( ) Rádio;

( ) Jornal e Revistas;

( ) Folhetos e Cartazes;

( ) Outros Especifique: ...................................................................................

.........................................................................................................................

2 A sua participação nos projetos realizados pela Unimed Lins

mudou de que maneira o seu dia a dia?

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

3 As experiências adquiridas nos projetos possibilita aos usuários a

inclusão na sociedade? Comente.

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

133

4 Na sua opinião o que poderia ser melhorado nos projetos

realizados pela Unimed Lins?

( ) Natação

( ) Aula de Dança

( ) Aula de Música

( ) Outros Especifique: ...................................................................................

.........................................................................................................................

5 Os assistidos participam de algum outro projeto?

( ) Sim

( ) Não

Qual:......................................................................................................................

134

APÊNDICE F – Conhece algum projeto desenvolvido pela Unimed Lins?

135

APÊNDICE G – Participa de algum projeto da Unimed Lins?

136

APÊNDICE H – Conhece alguém que participa dos projetos?

137

APÊNDICE I – Tem interesse de participar dos projetos?

138

APÊNDICE J – Tem disponibilidade de ser voluntário de algum projeto?

139

APÊNDICE K – Sexo

140

ANEXOS

141

ANEXO A – FOTO DO GRUPO EM VISITA À UNIMED VIDA

142