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Gerenciamento de Resíduos Hospitalares
Enfª: Margarida Magno
Disciplina: Biossegurança em Enfermagem
Considerações iniciais
É o nome que se dá aos resíduos originados no ambiente hospitalar, ou seja, lixo hospitalar. A questão dos resíduos hospitalares também gera agravante. È tema de preocupação, apesar de resoluções e legislações estabelecidas acerca do assunto como a
Resolução 358/05 (CONAMA) e a RDC 306/04 (ANVISA).
Resíduos de Serviços de saúde
São todos os produtos ou rejeitos, em estado sólido ou semissólido, que resultam de atividades médico assistenciais à saúde humana ou animal.
Os resíduos estão divididos conforme estipulado pela CONAMA ( Conselho Nacional do Meio Ambiente).
PGRSS- Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de saúde
é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos
observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, bem como a proteção à saúde pública.
Objetivos
Melhorar as medidas de segurança e higiene no ambiente hospitalar;
Contribuir para o controle de infecção hospitalar e acidentes ocupacionais;
Proteger a saúde e o meio ambiente; Reduzir o volume e a massa de resíduos
contaminados; Estabelecer procedimentos adequados para o
manejo de cada grupo; Estimular a reciclagem dos resíduos comuns não
contaminados.
minimizar a sua produção proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos profissionais que ali trabalham, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Classificação dos resíduos
Serão classificados segundo: características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para o seu manejo seguro
Manejo dos RSS
É entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra
estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas
Etapas do manejo dos RSS
Segregação
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
Este momento compreende o compromisso de todos os profissionais geradores de resíduos.
Tratamento
Consiste na descontaminação dos resíduos por meios físicos ou químicos.
a fim de modificar as características do resíduo.
Realizado em condições de segurança que ofereça menos riscos ocupacionais e ambientais.
Acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que
evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento
deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Identificação
Esta etapa, permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
Este processo é possível através de frases, cores e símbolos relacionadas ao conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos.
Coleta e ou transporte Interno
Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
Deve ser realizado conforme a rotina do hospital. Para não coincidir com a distribuição de roupas,
alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades.
Deve ser transportado em carros coletores fechados e com rodas.
Armazenamento
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento permitindo o acesso dos carros coletores.
Coleta Externa
Consiste na remoção do RSS do abrigo até a unidade de disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores e do meio ambiente.
Disposição Final
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.
Tipos de Resíduos
Grupo A1
Grupo A2
Grupo A3
Grupo A4
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Grupo E
Grupo A
Grupo A1
descarte de vacinas. sobras de amostras de laboratório contendo
sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta;
Grupo A2
carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
Grupo A3
peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
Destino :Aterro Sanitário Vala especial.
O que fazer
Acondicionar em saco branco leitoso. Identificar: “Peça Anatômica / Produto de
Fecundação” e encaminhar ao necrotério. Comunicar Serviço Social para
preenchimento do formulário de autorização para encaminhamento ao Cemitério Municipal.
Grupo A4
kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;
sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes .
bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
Grupo A4
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica.
Grupo B
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).
Grupo B
Grupo C
enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação.
Grupo D
Resíduos comuns que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliados.- Papel de uso sanitário, absorventes higiênicos, sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos provenientes das áreas administrativas, resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
Grupo D
São Acondicionados em sacos preto ou azul
Lixo Reciclável
São aqueles que não apresentam risco biológico.
Os resíduos recicláveis devem ser acondicionados nas lixeiras coloridas, identificadas.
elas são padronizadas internacionalmente isso facilita sua identificação por qualquer cidadão em qualquer cidade do mundo.
Lixo Reciclável
Core e símbolos
Grupo E
Perfurocortantes Agulhas descartáveis, lâminas de bisturi,
instrumentais quebrados, etc.
Descartex
Grupo Símbolo de Identificação Cor da Embalagem
A Saco plástico Branco Leitoso
BEmbalagem original ou embalagem específica
D Saco plástico Azul ou preto
E
Embalagem rígida, resistente á punctura, ruptura e vazamento, com tampa e identificada.
Códigos e Símbolos
Risco Biológico
Códigos e Símbolos
Risco Biológico
Códigos e Símbolos
Risco Químico
Códigos e Símbolos
Incineração
a incineração de resíduos apresenta como principal vantagem a redução do volume dos resíduos, uma vez que as cinzas resultantes do processo de combustão representam cerca de 25% do total incinerado. Outras vantagens do processo, a neutralização da ação de vírus e bactérias que possam existir nos resíduos.
Incineração
custos operacionais altos quando comparados aos custos de operação dos aterros sanitários. Sem contar que a operação dos incineradores exige mão-de-obra qualificada e tratamento específico dos gases emitidos durante o processo para evitar danos ao meio ambiente.
Considerações Finais
A esperança é que cada indivíduo em cada organização de saúde, empresa pública e privada, clubes, escolas entre outros faça sua parcela de responsabilidade para minimizar os riscos à saúde individual e coletiva.
Faça sua parte!!!
Obrigada