religião – racionalidade incoerente
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Esse texto trás uma vital reflexão sobre a condição religiosa em que vive grande parte da sociedade.TRANSCRIPT
Religião – Racionalidade incoerente.
Nossa premissa intelectual como seres humanos é
acharmos que para tudo nessa vida é preciso uma
explicação. Vivemos em busca de um sentido, algo que nos
faça compreender as coisas em nossa volta, Estamos
sempre a questionar; como, onde, quando. E quando não
possuímos estas definições às vezes o criamos e as
compreendemos como verdades. Estas verdades, por sua
vez, acabam entrando em nosso subconsciente e nos
levando a convicções completamente equivocadas da
realidade. O que vejo na religião (de forma geral) são
teorias que geram dogmas e doutrinas a serem seguidas e
aceitas como verdades absolutas. Estes ensinamentos, ou
seja, a doutrina religiosa pode se mostrar muito perigosa
quando se pensada do campo de vista sociológico. Isto
pelo fato de que, ao mesmo tempo em que é muito mal
compreendida, a religião também potencializa sobre a
maior parte da sociedade, ideais deturpados sobre a
condição da natureza humana. A religiosidade já foi e ainda
é à causa, em muitos casos, de muitas mortes e muita
injustiça.
Durante muito tempo em minha vida me policiei sobre
estes assuntos. Foi assim que acabei mudando a forma de
enxergar as coisas e encontrei esta ótica de 360° que me
permite compreender o mundo de uma forma fantástica.
Aprendi a amar mais a vida e refletir sempre sobre minha
pessoa perante a existência. Passei a acreditar que todos
nós devemos nos tornar independentes de nós mesmos.
Assumir nossas atitudes e nos responsabilizarmos por tais
ações. Devemos acreditar e aceitar que nós mesmos que
estamos nas rédeas de nossas vidas. É superimportante
também estarmos sempre á nos capacitar para a vida, nos
dotando de conhecimento e intelectualidade. Sei que não é
fácil uma pessoa assumir as próprias rédeas da vida, mas
eu conseguir. Hoje tenho total convicção de que estou
como matéria nesta vida e como vida nesta matéria. Não
sei o que é a morte, mas até então, acredito que é apenas
o fim da nossa existência cognitiva. Mas como já disse
antes, acreditar não é saber não é verdade? Esta talvez
seja a grande diferencia no saber ateísta e o saber teísta.
Nós sabemos dizer que não “sabemos” e nos baseamos
apenas nos modos de conhecimentos construídos a partir
modo empírico conjugado ao modo cotidiano filosófico. Ou
seja, sabemos que o conhecimento está diretamente ligado
ao homem, à sua realidade. O conhecimento pretende
idealizar o bem estar do ser humano, logo o conhecimento
advém das relações do homem com o meio. O indivíduo
deve procurar entender o meio partindo dos pressupostos
de interação do homem com os objetivos e sempre
baseado partir de uma realidade.
A grande questão é - O que estamos tomando como
realidade? Qual nível de compreensão do universo o
mundo mítico pode nos proporcionar como sociedade?
Será que não estamos estacionados no tempo perante esta
condição religiosa impregnada em nossa cultura?
Certamente a forma de explicar e entender o conhecimento
passa por várias vertentes como o conhecimento empírico
(vulgar ou senso comum), conhecimento filosófico,
conhecimento científico e até mesmo o conhecimento
teológico. Porém, em nosso tempo, com todas estas
vertentes do conhecimento uma coisa não se pode negar...
Não teríamos muitas chances neste mundo se não fosse
pelo conhecimento científico. Posição que é inteiramente
contestada pela grande maioria das religiões,
principalmente a religião cristã que sempre esteve
contrapondo afirmações científicas incontestáveis pelo
sentido da razão. Esta posição, de contrapor-se diante a
veracidade das descobertas e afirmações científicas, levas
estas religiões a agirem demagogicamente. Uma vez que,
contrapor a verdade incita demagogia.
A manifestação religiosa leva suas massas a exercer
sobre toda a sociedade uma severa coerção, assim como
resultado de uma ação social. Isto acontece através de
seus dogmas e suas doutrinas. Precisamos construir
civilidade através de uma posição ideológica neutra que
utiliza apenas a arma do conhecimento. Está ideologia é
compreendida perfeitamente como uma visão laica de um
mundo que não considera ou favorece como base da
compreensão, divindades e mitos. O ateísmo é por
essência, o exercício da racionalidade, e essa
racionalidade acaba por nos permitir essa compreensão da
existência. Não somos opositores aos Deuses, somos
apenas incitadores da “verdade científica”. Somos pessoas
que acreditam fielmente que somente as atitudes aqui na
terra podem nos dar significados, e que estas atitudes tem
que ser reguladas pelo senso da razão e baseadas no
conhecimento empírico. Defendemos que é preciso mais
escolas ao invés de igrejas e que Deuses não salvam
pessoas, mas sim, pessoas salvam pessoas.
Mas por fim, o mundo está ai pra nós conhecermos e
devemos ir sempre além. Precisamos nos debruçar sobre
as formas válidas do conhecimento. O que importa mesmo
é aprender a investigar e ir sempre a busca de uma
compreensão que faça ao menos um sentido particular.
Mas claro que cada um tem um objetivo e um jeito diferente
de ver e aceitar a vida. Sempre haverão manifestações
religiosas e sempre haverá também o posicionamento
ateísta. Mas o fundamental mesmo é analisar os fatos e
argumentos para que se possa se fazer juízo sobre as
verdades. Poder entender que o mundo está repleto de
falsas verdades e que estas se encontram quase sempre
em verdades prontas, aquelas que nos são induzidas
durante a nossa vivencia. Começa bem no início da nossa
formação cognitiva e acabam nos tornando convictos de
sua veracidade.
“A essência do saber não está em somar verdades ou
em subtrair incertezas e sim em compartilhar o
conhecimento compreendido”. Por isso eu não estou aqui
para ter a razão e sim para compartilhar a minha visão
sobre religiosidade.
Por Diego Góes 2013