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Escola Secundária du Bocage – SETÚBAL
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1 – INTRODUÇÃO
A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação
pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a
avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos
jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de
avaliação em junho de 2011.
A então Inspeção-Geral da Educação foi
incumbida de dar continuidade ao programa de
avaliação externa das escolas, na sequência da
proposta de modelo para um novo ciclo de
avaliação externa, apresentada pelo Grupo de
Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de
março). Assim, apoiando-se no modelo construído
e na experimentação realizada em doze escolas e
agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da
Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver
esta atividade consignada como sua competência
no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de
janeiro.
O presente relatório expressa os resultados da
avaliação externa da Escola Secundária du
Bocage – Setúbal, realizada pela equipa de
avaliação, na sequência da visita efetuada entre
13 e 15 de março de 2017. As conclusões
decorrem da análise dos documentos
fundamentais da Escola, em especial da sua
autoavaliação, dos indicadores de sucesso
académico dos alunos, das respostas aos
questionários de satisfação da comunidade e da
realização de entrevistas.
Espera-se que o processo de avaliação externa
fomente e consolide a autoavaliação e resulte
numa oportunidade de melhoria para a Escola,
constituindo este documento um instrumento de
reflexão e de debate. De facto, ao identificar
pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório
oferece elementos para a construção ou o
aperfeiçoamento de planos de ação para a
melhoria e de desenvolvimento de cada escola,
em articulação com a administração educativa e
com a comunidade em que se insere.
A equipa regista a atitude de empenhamento e
de mobilização da Escola, bem como a
colaboração demonstrada pelas pessoas com
quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.
ESCALA DE AVALIAÇÃO
Níveis de classificação dos três domínios
EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto
consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria
das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos
respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam
na totalidade dos campos em análise, em resultado de
práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e
eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em
campos relevantes.
MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto
consistente e acima dos valores esperados na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos
percursos escolares. Os pontos fortes predominam na
totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas
organizacionais generalizadas e eficazes.
BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha
com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e
dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos
escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes
nos campos em análise, em resultado de práticas
organizacionais eficazes.
SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto
aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens
e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos
escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco
consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas
da escola.
INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto
muito aquém dos valores esperados na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos
percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos
pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A
escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.
O relatório da Escola apresentado no âmbito da
Avaliação Externa das Escolas 2016-2017 está disponível na página da IGEC.
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2 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Secundária du Bocage localiza-se na cidade de Setúbal. Foi sujeita à avaliação externa das
escolas em março de 2010. Celebrou contrato de autonomia com o Ministério da Educação e Ciência, em
14 de outubro de 2013.
No ano letivo de 2016-2017, a Escola é frequentada por 1330 alunos: 625 no 3.º ciclo do ensino básico (22
turmas) e 705 nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário (26 turmas). Oferece o ensino
artístico especializado da música, em regime articulado, a alunos dos vários anos de escolaridade. No
Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal é prestada formação a 29 reclusos, que frequentam
cursos de educação e formação de adultos (básico e secundário, com 13 e nove formandos,
respetivamente) e formações modulares (sete formandos).
Têm nacionalidade estrangeira 5% dos alunos, sendo oriundos maioritariamente do Brasil, da Ucrânia e
da Roménia. No que concerne à ação social escolar, 88% não beneficiam de auxílios económicos.
Relativamente às habilitações académicas dos pais e das mães dos alunos do ensino básico, 19% têm
formação de nível secundário e 39% de nível superior, sendo estes valores de 11% e de 25%,
respetivamente, entre os do secundário. No que se refere à sua ocupação profissional, 44% no ensino
básico e 25% no ensino secundário exercem atividades de nível superior e intermédio.
Dos 105 docentes que desempenham funções na Escola, 85% pertencem aos quadros e 86% têm 10 ou
mais anos de serviço. As tarefas não docentes são asseguradas por 32 trabalhadores (um deles técnico
superior), dos quais 66% possuem uma experiência igual ou superior a 10 anos.
De acordo com os dados disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência,
referentes ao ano letivo de 2014-2015, a Escola, quando comparada com as outras escolas públicas,
apresenta valores das variáveis de contexto que a colocam entre as mais favorecidas, nomeadamente no
que respeita à idade média dos alunos no 9.º ano, à percentagem dos que não beneficiam de auxílios
económicos e à média do número de anos da habilitação dos pais e das mães.
3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO
Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e
tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação
formula as seguintes apreciações:
3.1 – RESULTADOS
RESULTADOS ACADÉMICOS
No ano letivo de 2014-2015, são de salientar os resultados na avaliação externa a matemática do 9.º ano
de escolaridade e a português e a história do 12.º ano que se encontram acima dos valores esperados,
quando comparados com os das escolas com variáveis de contexto análogo. São também de registar os
resultados nas taxas de conclusão dos 9.º e 12.º anos e na avaliação externa a português do 9.º ano e a
matemática do 12.º ano que estão em linha com os valores esperados.
Em termos de evolução, ao longo do triénio de 2012-2013 a 2014-2015, é de realçar a tendência de
melhoria na generalidade dos resultados observados. Efetivamente, a Escola apenas apresenta, nos
primeiros dois anos do referido triénio, valores aquém do esperado na avaliação externa em matemática
do 12.º ano, tendo estes resultados ficado em linha com o esperado no ano letivo de 2014-2015.
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A Escola apresenta valores das variáveis de contexto que a colocam entre as mais favorecidas. Os
resultados observados, referentes ao triénio em análise e, em especial, ao ano letivo de 2014-2015,
situam-se globalmente acima dos valores esperados, o que mostra a tendência de melhoria da ação
educativa.
No que respeita às outras ofertas formativas, os dois cursos profissionais de Técnico de Apoio à Infância,
cujos ciclos de formação foram concluídos no triénio de 2013-2014 a 2015-2016, apresentam taxas de
conclusão de 36% e de 78%.
A análise e a reflexão sobre os resultados académicos são realizadas em sede do conselho pedagógico,
dos departamentos curriculares, dos grupos disciplinares e dos conselhos de turma, utilizando dados
sistematizados em numerosos relatórios elaborados, no âmbito da autoavaliação. São identificadas
causas de insucesso, tais como a falta de atenção, de concentração, de hábitos de estudo e de trabalho e,
em consequência, propostas medidas centradas em tarefas a realizar pelos alunos, mas incidindo
sobretudo fora da sala de aula, o que poderá dificultar a conceção de ações de melhoria mais eficazes.
No último triénio, com base na informação disponibilizada pela Escola, verifica-se a inexistência de
abandono escolar no ensino básico. No secundário diminuiu, sendo residual (1,9%; 1,9%; 0,7%).
RESULTADOS SOCIAIS
O desenvolvimento cívico e a aprendizagem para a cidadania democrática e ativa têm sido fomentados
com a divulgação e o cumprimento das regras de conduta e de convivência, tanto no 3.º ciclo (disciplina
de educação para a cidadania), como no ensino secundário, no âmbito dos conselhos de turma,
designadamente com a análise de ocorrências disciplinares e o estabelecimento de medidas específicas
de intervenção em articulação com a comunidade educativa.
Os alunos são envolvidos em ações de voluntariado, promotoras de valores de altruísmo e de
solidariedade, com projetos, como Teambocage e NÓS, organizando cabazes solidários, visitas de estudo
a instituições de apoio social (Comunidade Vida e Paz), concertos musicais em lares (Lar de Idosos Dr.ª
Paula Borba). A Escola recebeu o Selo Escola Voluntária, no âmbito do respetivo programa.
Os alunos participam através das assembleias de turma e de delegados e da associação de estudantes
nos conselhos de turma, no conselho pedagógico e no conselho geral, em atividades conducentes a uma
maior identificação com a Escola e potenciadoras da sua autonomia e de uma maior assunção de
responsabilidades.
O plano de atividades da associação de estudantes, diversificado e abrangente, engloba eventos de
carácter desportivo, cultural e lúdico, destinados ao desenvolvimento cívico, pessoal e social, como por
exemplo, torneios de futsal, festas temáticas (Tomorrowland, Red Party), concursos de talentos e de
Carnaval, Clube de Teatro (apoio do Grupo de Teatro Metáforas de Setúbal), desfile criativo e palestras,
integrados na Semana das Artes e na da Saúde, respetivamente.
Os alunos conhecem e cumprem as regras, criando ambientes propícios à aprendizagem. A diminuição
dos casos em que são aplicadas medidas disciplinares sancionatórias deve-se ao trabalho de mediação
realizado pelo Gabinete de Intervenção Pedagógica, coordenado pela psicóloga, em articulação com os
diretores de turma, com os tutores e com os não docentes. Os relatórios elaborados por este gabinete
identificam os tipos de ocorrências, o que facilita a ação preventiva e dissuasora dos comportamentos
menos adequados, sendo, no entanto, possível aprofundar a análise das situações na sua relação com os
processos pedagógicos e metodológicos na gestão de sala de aula.
A oferta de diferentes modalidades de Desporto Escolar (badmínton, voleibol, vela, canoagem e a
disciplina de kayak polo) tem promovido a prática de atividades físicas, a motivação para a escola e a
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formação integral dos alunos. São de destacar os bons resultados em algumas provas, nomeadamente
nas modalidades de voleibol e de vela.
O trabalho desenvolvido no âmbito do Programa de Apoio à Promoção e Educação para a Saúde, em
articulação com o Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida, tem abordado temáticas muito
relevantes para a prevenção de comportamentos de risco e para a divulgação de hábitos de vida
saudáveis. Destacam-se, entre outras, consumos de substâncias psicoativas, alimentação, diabetes,
tabagismo, saúde mental, sexualidade e prevenção de infeções sexualmente transmissíveis, bullying e
violência no namoro.
O seguimento dos alunos (cursos científico-humanísticos e profissionais) após a escolaridade que
permite alguma reflexão sobre o impacto das aprendizagens, de modo a melhorar a prestação do serviço
educativo, é realizado com o acompanhamento anual da sua colocação no ensino superior, com a visita
de antigos alunos e a sua participação em atividades, como por exemplo, no âmbito do projeto
Boomerang (dinamizado por alguns dos que ingressaram no curso de medicina).
RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE
No âmbito da presente avaliação externa e em resposta aos questionários aplicados à comunidade
educativa, a satisfação de alunos, pais e encarregados de educação e trabalhadores, expressa no
predomínio dos níveis de concordância e de concordância total, traduz-se em médias globais
relativamente elevadas, em particular no que se refere a docentes e a não docentes. No respeitante aos
itens “Gosto desta escola/Gosto de trabalhar nesta escola/Gosto que o meu filho ande nesta escola”, o
grau de satisfação é mais elevado, sendo o destaque de não docentes e de pais.
A valorização do sucesso dos alunos com melhores desempenhos académicos e cívicos é realizada com a
atribuição dos prémios de mérito escolar, cidadania e desportivo. A entrega dos respetivos certificados
acontece no Dia do Diploma, cerimónia aberta à comunidade educativa, que reconhece publicamente os
sucessos alcançados e, decorrente do contrato de autonomia, dá uma especial relevância à cidadania
ativa e à prática do desporto para um estilo de vida saudável.
A Escola é procurada sobretudo por alunos que pretendem o prosseguimento de estudos, pelo que a
oferta formativa, no último triénio, privilegiou o ensino básico e os cursos científico-humanísticos,
contemplando também dois cursos profissionais de Técnico de Apoio à Infância.
A celebração de protocolo com o Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal tem contribuído para a
qualificação dos reclusos, com a oferta de cursos de educação e formação de adultos (básico e secundário)
e de formações modulares.
A comunidade envolvente reconhece a Escola através de diferentes ações, designadamente a sua
disponibilidade para a certificação linguística no inglês e no francês e a atuação dos diretores de turma
na ligação com as famílias. A Câmara Municipal de Setúbal, em especial, considera-a um parceiro
disponível no desenvolvimento de projetos de forma concertada, como Há Festa no Parque, 250 Anos do
Nascimento de Bocage (exposição com trabalhos fotográficos dos alunos na biblioteca municipal), entre
outros.
O Grupo Coral da Escola Secundária du Bocage, fundado em 1993, é constituído por mais de 30
elementos da comunidade envolvente e tem contribuído para uma imagem da Escola mais humanizada.
Esta política de proximidade e de abertura à comunidade tem também visibilidade na disponibilização
das instalações para a realização de eventos diversos, como palestras e reuniões (movimento
comunitário Refood). No mesmo sentido, a Escola acolheu um projeto de mestrado de um antigo aluno,
que envolve as turmas de Artes Visuais com a criação de obras expostas nos diferentes espaços
escolares.
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É de realçar o património museológico da Escola que preserva a matriz identitária e o testemunho
histórico, herdados do antigo Liceu de Setúbal e reconhecidos por diferentes gerações de professores e de
alunos da cidade.
Em suma, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais
generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no
domínio Resultados.
3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO
PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO
A gestão articulada do currículo é planeada nos departamentos curriculares e nos grupos disciplinares,
sendo os materiais produzidos, tais como planificações, matrizes, instrumentos de avaliação, critérios de
correção e reflexões sobre resultados, organizados e disponibilizados num dossiê digital.
Este trabalho tem tido reflexos positivos na sequencialidade das aprendizagens. O levantamento, por
disciplina e por turma, dos conteúdos não lecionados, dos que são requisito para o desenvolvimento
progressivo do currículo e, ainda, dos que suscitam maiores dificuldades aos alunos, tem permitido aos
docentes tomar decisões fundamentadas e efetuar as adequações consideradas convenientes ao
planeamento do ano letivo seguinte.
No entanto, o foco desta reflexão, colocado nos conteúdos e nas turmas, não foi ainda suficientemente
alargado e aprofundado, em especial no que respeita às estratégias e às metodologias de ensino, e não
teve as repercussões expectáveis no plano de estudos, em termos de orientações transversais para o
desenvolvimento curricular. Assim, foi parcialmente superado o ponto fraco que referia na avaliação
externa anterior “O fraco impacto da gestão vertical do currículo no processo de ensino e de
aprendizagem”.
A interdisciplinaridade realiza-se em atividades contempladas no respetivo plano anual, algumas
envolvendo a biblioteca escolar e os departamentos curriculares (Ano Internacional da Luz - 2015, Arte
é..., V@mos Ler Ciênci@ e Holocausto: lembrar e aprender) e outras integradas nos planos de trabalho de
turma (visitas de estudo, sessões sobre afetos e educação para a sexualidade e lecionação de conteúdos
de forma concertada por docentes de diferentes disciplinas). Porém, esta abordagem integrada do
currículo está ainda pouco generalizada, pelo que tem sido recorrentemente identificada como área de
melhoria.
A contextualização do currículo concretiza-se com base na caracterização das turmas e na identificação
dos interesses dos alunos, bem como na abertura ao meio envolvente e no aproveitamento dos recursos
patrimoniais e culturais concelhios. Assinalam-se numerosas visitas de estudo a empresas, museus e
monumentos, e o Dia Aberto que inclui, por exemplo, atividades ligadas ao desporto, às ciências e às
artes.
Neste âmbito, aproveitando a circunstância de em 2017 se comemorar o Ano Internacional do Turismo
Sustentável para o Desenvolvimento, o conselho pedagógico propôs este tema, ajustado à realidade de
Setúbal, para agregar várias iniciativas educativas, o que abre a possibilidade de os alunos
participarem em projetos inovadores, em articulação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.
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A Escola promove a continuidade pedagógica, facilitando o acesso à informação sobre o percurso escolar
dos alunos. No mesmo sentido, os seus processos individuais e os planos de trabalho de turma
disponibilizam dados (transições/retenções, disciplinas concluídas/em atraso, participações de
ocorrências disciplinares, entre outros), que são analisados pelos conselhos de turma para definirem
estratégias de atuação. Os contactos com os pais e encarregados de educação, especialmente em início de
ciclo, também são facilitadores da ação dos docentes.
O planeamento valoriza a avaliação para o desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem,
com referência às diferentes modalidades e instrumentos, sendo igualmente discriminados critérios
gerais e específicos, por ano de escolaridade e por disciplina.
A promoção de práticas colaborativas constitui uma prioridade para a melhoria da prestação do serviço
educativo, pelo que as dinâmicas de reflexão e de partilha têm sido reforçadas nas reuniões de
departamento curricular e de coordenadores de área disciplinar, assim como nas que decorrem num
tempo comum que viabiliza, semanalmente, o trabalho conjunto dos docentes que lecionam a mesma
disciplina.
PRÁTICAS DE ENSINO
As atividades educativas têm em consideração as características dos alunos. Todavia, está bastante
enraizado o método expositivo de ensino, que é complementado, fora do contexto de aula, com materiais,
tarefas e apoios. Com efeito, em sala de aula, não está suficientemente implementada a diferenciação
pedagógica e a aprendizagem cooperativa, enquanto estratégias intencionalmente planeadas para
aumentar o sucesso.
As respostas dadas aos alunos com necessidades educativas especiais são asseguradas pelo trabalho
articulado da docente de educação especial, diretores de turma, professores das disciplinas e psicóloga.
No último triénio, as taxas de sucesso destes alunos são elevadas e evoluíram positivamente, no 3.º ciclo
(83%; 100%; 100%) e no ensino secundário (75%; 70%; 92%).
A Escola dinamiza um conjunto de iniciativas que enriquecem as aprendizagens dos alunos,
incentivando-os a melhorar os seus desempenhos. São de referir as exposições e os concursos
promovidos pelos clubes (Clube Foto, Clube de Cinema), pelos departamentos curriculares (Olimpíadas
da Biologia, da Matemática, da Geologia e da Física, Ensaio Filosófico, Spelling Bee, Paisagens de
Setúbal) e pela biblioteca escolar (Prosa Poética, O Livro da Minha Vida, Literacia 3D).
As atividades práticas, de base laboratorial e experimental, são realizadas com regularidade em sala de
aula, no ensino básico e no secundário, o que tem reflexos positivos nas aprendizagens dos alunos. Deste
modo, são motivados para a descoberta e ativamente envolvidos na discussão e na resolução de
problemas nas áreas científicas. A Escola também proporciona atividades integradas na Semana das
Ciências (palestras, exposições e demonstrações de alunos para os seus colegas), saídas de campo (Serra
da Arrábida, Serra da Estrela) e incentiva a participação em projetos ligados à educação ambiental
(Pilhão Vai à Escola, Escola Electrão, Ecosound-Amarsul).
A dimensão artística é muito valorizada e concorre para o desenvolvimento do sentido estético e da
criatividade dos alunos, bem como das suas competências sociais e pessoais. É de realçar a oferta do
ensino artístico especializado da música em regime articulado, em parceria com o Conservatório
Regional de Setúbal e com a Academia Luísa Todi, que possibilita a realização de concertos integrados
em eventos diversos (Dia Aberto e Dia do Diploma) e constitui uma marca identitária da Escola. Neste
âmbito, os alunos também dinamizam a Semana das Artes, integram projetos (Ilustração de Obras
Literárias), expõem os seus trabalhos nos espaços escolares e na comunidade (Casa da Cultura), visitam
museus e assistem a espetáculos de teatro, cinema e música.
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A Escola dispõe de recursos tecnológicos que permitem à comunidade escolar aceder e pesquisar
informação necessária aos processos de ensino e de aprendizagem, sendo de destacar a utilização da
plataforma Moodle. A parceria com o Centro de Competência TIC do Instituto Politécnico de Setúbal, no
âmbito do contrato de autonomia, tem proporcionado formação para alunos e professores sobre
navegação segura na internet, por exemplo.
É de salientar o papel crucial da biblioteca escolar como polo dinamizador e agregador de numerosas
atividades e projetos, mobilizando alunos, docentes e comunidade educativa. O desenvolvimento do
Plano Nacional de Leitura, a promoção das literacias da leitura e da escrita, para as aprendizagens
curriculares e para prazer pessoal, a receção aos novos alunos associada à formação de utilizadores, o
seu acolhimento e apoio nas pesquisas, os convites a escritores, a atribuição de prémios (Melhor Leitor,
Turmas Leitoras), a realização de palestras e de exposições de índole interdisciplinar, o Serão Literário
aberto aos pais, ilustram amplamente o dinamismo referido. A biblioteca também firma parcerias que
facilitam a execução das atividades, com a câmara municipal (Setúbal uma Baía a Ler) e, ainda, com a
Fundação Francisco Manuel dos Santos e o Instituto Nacional de Estatística (literacia estatística), entre
outras.
Algumas experiências pontuais, concretizadas sobretudo por docentes que lecionam disciplinas do
departamento das expressões (como artes e educação física), têm viabilizado a observação da prática
letiva e a coadjuvação em sala de aula. No mesmo sentido, a Escola instituiu recentemente a supervisão
entre pares, abrangendo professores que, a título voluntário, se disponibilizam para o efeito. Contudo,
esta medida tem um nível de realização incipiente e carece de planeamento, de modo a contribuir
estrategicamente para o desenvolvimento profissional dos docentes, ao nível da reflexão crítica sobre as
práticas.
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
Os critérios e os procedimentos de avaliação encontram-se definidos para todas as disciplinas e anos de
escolaridade, constituindo um referencial comum em termos de modalidades, instrumentos, ponderações
para os diferentes domínios, notações qualitativas/quantitativas e condições de transição/aprovação.
Os processos avaliativos são objeto de reflexão por todos os órgãos e estruturas, existindo práticas de
aferição que incidem na elaboração de matrizes, de testes e de critérios de correção. Porém, tais
procedimentos de aferição não se estendem à aplicação dos critérios definidos, através da classificação
conjunta de provas, por exemplo. Há também uma prevalência da vertente sumativa, sendo menos
evidente a valorização da diagnóstica e da formativa, no âmbito da regulação do ensino e das
aprendizagens.
Os docentes fazem o balanço do cumprimento das planificações, por disciplina e por turma, bem como da
concretização das atividades previstas, sendo esta informação veiculada nos planos de trabalho de
turma e partilhada em sede de grupo disciplinar, a fim de sustentar a tomada de decisões relativas ao
ano letivo seguinte.
Como medida de promoção do sucesso a Escola oferece os apoios a algumas disciplinas, privilegiando o
português e a matemática. A monitorização efetuada evidencia a eficácia da mesma, pois, no último
triénio, as taxas de sucesso alcançadas pelos alunos com dificuldades de aprendizagem correspondem a
91%, 92% e 90%, no 3.º ciclo, e a 83%, 87% e 85%, no ensino secundário. No entanto, da reflexão sobre
esta matéria não têm decorrido decisões no sentido de adequar ou diversificar as respostas destinadas
aos alunos referidos e também aos que pretendem alcançar resultados excelentes.
No triénio de 2013-2014 a 2015-2016, não há situações de abandono escolar no 3.º ciclo, sendo também
inexpressivos os índices registados no ensino secundário. Para o efeito tem sido relevante a
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implementação de tutorias, a atuação célere dos diretores de turma e da psicóloga, assim como a
articulação com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
Em suma, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais
generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio
Prestação do Serviço Educativo.
3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO
LIDERANÇA
O projeto educativo, em vigor de 2014 a 2017, preconiza uma escola de referência, prestando à
comunidade um serviço educativo de qualidade, valorizando o saber e uma educação assente em valores
de cidadania e humanismo, potenciando o empreendedorismo e o sucesso, que define a sua política
educativa. Esta tem contribuído para a boa imagem da Escola no que concerne, designadamente, à
abertura à comunidade e ao prosseguimento de estudos, constituindo também uma orientação
fundamental da ação educativa na busca da excelência, expressa na missão de educar para o sucesso
num mundo em mudança.
Este documento estruturante, em consonância com o projeto de intervenção do diretor, assenta em três
objetivos estratégicos e em cinco domínios de ação que, por sua vez, incluem objetivos operacionais,
metas e estratégias. O contrato de autonomia integra os mesmos objetivos estratégicos e o plano anual
de atividades é construído com base nos referidos domínios, o que confere coerência a estes documentos
orientadores.
A relação objetiva e direta com o projeto educativo, aquando da elaboração do plano anual, permite que
este possa ser utilizado na avaliação do primeiro. É também de registar uma evolução positiva em
termos do planeamento e da avaliação das atividades graças às ferramentas disponibilizadas pelo
programa de gestão escolar utilizado.
Este planeamento estruturante, conjugado com os processos de autoavaliação e com a implementação
dos planos de ação de melhoria, decorrentes do contrato de autonomia, do projeto educativo, do projeto
de intervenção do diretor e do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, têm permitido uma
maior sustentabilidade da ação educativa, como o demonstra a tendência de melhoria na generalidade
dos resultados académicos.
A continuação da implementação da ação sobre articulação curricular vertical, transversal aos planos de
melhoria referidos, será um contributo importante para a elaboração do plano de estudos para
desenvolvimento do currículo, organizado em torno das prioridades identificadas, do 7.º ao 12.º ano de
escolaridade.
A liderança do diretor é, de um modo geral, considerada eficaz, equilibrada, sensata, envolvida e de
proximidade, reconhecendo a capacidade e a qualidade do trabalho das lideranças intermédias e
incentivando-as à reflexão e à discussão, de modo a fomentar também a sua participação nas tomadas
de decisão. No mesmo sentido, os docentes consideram que estas estimulam a partilha e veiculam
adequadamente as informações e as orientações necessárias ao desenvolvimento das atividades letivas.
É de realçar o contributo positivo e empenhado do conselho geral, solicitando regular e oportunamente
os documentos de avaliação e emitindo pareceres que concorrem para a regulação da prestação do
serviço educativo.
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Além das parcerias mencionadas ao longo deste relatório, assinalam-se ainda as estabelecidas com o
Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, com o Centro de
Aconselhamento e Orientação de Jovens de Setúbal, com a União de Freguesias de Setúbal e com a
Policia de Segurança Pública, que permitem desenvolver projetos e realizar atividades que enriquecem
as aprendizagens e concorrem para a formação integral dos alunos. Porém, podem ser incrementadas as
visitas de profissionais de áreas distintas à Escola, a fim de darem o seu testemunho e alargarem o
conhecimento dos alunos, acerca das possíveis opções académicas e da sua ligação com a vida ativa e o
emprego.
As relações interpessoais positivas, a realização de encontros para convívio informal, bem como o
reconhecimento dos esforços que individual e coletivamente se conjugam para assegurar o bom
funcionamento da Escola, proporcionam a criação de laços afetivos e motivam os profissionais para o
desempenho das suas funções, em especial os não docentes.
A mobilização dos recursos da comunidade educativa é demonstrada, nomeadamente na cedência do
ginásio da Escola a elementos da comunidade local para a prática de atividade física e desportiva e,
paralelamente, a colaboração da junta de freguesia na manutenção dos espaços verdes e a utilização dos
equipamentos do meio envolvente, como o Clube Naval Setubalense, o Clube de Ténis de Setúbal e as
piscinas municipais.
É de salientar a participação dos pais e encarregados de educação, dos seus representantes e associação,
nos conselhos de turma, no conselho pedagógico, no conselho geral e em atividades, em concertação com
a direção, como por exemplo, no apoio que permitiu acelerar o processo de requalificação do ginásio
grande e em pequenos melhoramentos dos espaços físicos (remodelação do ginásio pequeno, pequenas
pinturas, colocação de bancos nos espaços exteriores de recreio e de uma cobertura junto ao portão de
entrada e saída dos alunos, entre outros).
A adesão a programas internacionais, como contemplado no contrato de autonomia, que permitam a
mobilidade de alunos e de professores, nomeadamente em vários países da Europa, poderá potenciar o
desenvolvimento de competências pessoais e sociais e um maior conhecimento da dimensão europeia da
educação.
GESTÃO
A distribuição de serviço não docente é assegurada pelas respetivas coordenadoras em estreita ligação
com um elemento da direção, valorizando a adequação do perfil às funções a desempenhar, de modo a
atender às necessidades da Escola e também ao bem-estar das pessoas. Os serviços administrativos
funcionam com uma gestão por áreas, não estando prevista a rotatividade de funções. O seu trabalho é
reconhecido pela comunidade educativa e, em particular, pela direção, o que fomenta a motivação, a
dedicação e o espírito de entreajuda.
No que respeita aos docentes, a gestão tem em consideração a constituição de equipas que asseguram a
continuidade pedagógica, no sentido de incrementar o trabalho colaborativo e articulado. A constituição
de turmas obedece a critérios de natureza pedagógica, respeitando o princípio da heterogeneidade e
tendo em conta as indicações dos conselhos de turma e do serviço de educação especial, de forma a
promover o sucesso e combater o abandono escolar.
O levantamento das necessidades de formação é efetuado com sistematicidade nos grupos disciplinares,
estando na base do plano elaborado pelos elementos da secção de formação e monitorização e aprovado
em conselho pedagógico, que abrange docentes e não docentes e contempla a oferta interna e a do
Centro de Formação Ordem de Santiago.
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A formação realizada tem incidido em áreas como as tecnologias de informação e comunicação, as metas
curriculares, as tutorias, o português língua não materna, a avaliação (construção de itens e de critérios
de classificação) e a supervisão, para docentes, e as relações interpessoais, as doenças crónicas, o
bullying na escola, a segurança contra incêndios e as aplicações informáticas, para não docentes.
A Escola dispõe de circuitos de comunicação interna e externa eficazes. Destacam-se, a página web e a
newsletter, o correio eletrónico, o Jornal Sem Nome, os blogues (Clube Foto, DesenhArte, Artes &
Multimédia e Blogue da Biblioteca) e as plataformas INOVAR+ que agilizam e integram os processos de
gestão administrativa e pedagógica (por exemplo, a elaboração e a avaliação do plano anual de
atividades).
AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA
A autoavaliação tem vindo a ser desenvolvida pelos diferentes profissionais, ao longo dos últimos anos,
nas numerosas reuniões, nomeadamente da biblioteca escolar, dos conselhos de turma, dos grupos
disciplinares, dos departamentos curriculares e do conselho pedagógico, com a análise e a reflexão sobre
os resultados escolares e a avaliação das atividades e projetos, como o demonstram, por exemplo, os
planos estratégicos, os relatórios de autoavaliação e de progresso do contrato de autonomia.
Estas práticas, conjugadas com a aplicação de questionários à comunidade educativa e a auscultação
através de reuniões regulares com os representantes dos alunos e dos pais e encarregados de educação,
têm permitido a realização de análises SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and
Threats/Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) e a apresentação de ações de melhoria.
Ao longo do quadriénio de 2013-2014 a 2016-2017, exerceram funções duas equipas de autoavaliação,
que desenvolveram o seu trabalho em continuidade, designadamente na recolha e sistematização de
dados, desde o ano letivo de 2010-2011, de forma a permitir a respetiva análise e reflexão pelos
diferentes órgãos e estruturas.
No ano letivo de 2015-2016, a equipa implementou a Estrutura Comum de Avaliação (CAF – Common
Assessment Framework) com a aplicação de questionários, de acordo com os nove critérios do modelo.
Decorrente deste diagnóstico organizacional foi elaborado o relatório de autoavaliação, que inclui um
conjunto de áreas a melhorar.
Além do referido diagnóstico têm vindo a realizar-se outros em consequência da monitorização do
contrato de autonomia e em resultado das avaliações do projeto educativo, o que tem possibilitado o
desenvolvimento organizacional, a autorregulação e o progresso.
A autoavaliação abrange as áreas do funcionamento e da organização da Escola e assenta no diagnóstico
atualizado com regularidade, o que permitiu uma diversidade de planos de melhoria, como o plano
estratégico do projeto educativo, o plano de ação do contrato de autonomia, o plano do diretor (após dois
anos de mandato), as áreas de melhoria do relatório de autoavaliação e o plano de ação estratégica do
Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar.
A elaboração de um plano que integre todas as ações previstas, incluindo as resultantes da presente
avaliação externa, em especial, das que incidem nos processos de ensino e de aprendizagem, de forma a
realizar a sua monitorização e avaliação final, constituindo ciclos contínuos de melhoria, poderá
contribuir para o desenvolvimento sustentado da Escola.
Em resumo, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais
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generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no
domínio Liderança e Gestão.
4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA
A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho da Escola:
Envolvimento dos alunos em ações de voluntariado promotoras de valores de altruísmo e de
solidariedade e a sua participação em atividades conducentes a uma maior identificação com a
Escola e potenciadoras da sua autonomia e de uma maior assunção de responsabilidades;
Contextualização do currículo, abertura ao meio envolvente e aproveitamento dos recursos
patrimoniais e culturais concelhios, suportada na caracterização das turmas e na identificação
dos interesses dos alunos, com a realização de projetos e de iniciativas ligadas ao desporto, às
ciências e às artes;
Implementação de atividades práticas, de base laboratorial e experimental, em sala de aula e
em ações integradas no plano anual, que envolvem os alunos na discussão e na resolução de
problemas nas áreas científicas, com reflexos positivos na motivação para a descoberta e para
as aprendizagens;
Valorização da dimensão artística, em especial da música, que constitui uma marca identitária
da Escola e concorre para o desenvolvimento do sentido estético e da criatividade dos alunos,
bem como das suas competências sociais e pessoais;
Utilização da biblioteca escolar como polo dinamizador e agregador de numerosas atividades e
projetos, que mobiliza os alunos, os docentes e a comunidade educativa, para a promoção das
literacias da leitura e da escrita, para as aprendizagens curriculares e para prazer pessoal;
Coerência do planeamento estruturante, conjugada com a ação das diferentes lideranças, que
têm possibilitado uma maior sustentabilidade da prestação do serviço educativo, como o
demonstra a tendência de melhoria na generalidade dos resultados académicos;
Processo de autoavaliação que abrange as áreas do funcionamento e da organização da Escola e
assenta no diagnóstico atualizado com regularidade, permitindo uma diversidade de planos de
melhoria.
A equipa de avaliação entende que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os seus esforços
para a melhoria são as seguintes:
Elaboração do plano de estudos que integre as orientações transversais para o desenvolvimento
e articulação curriculares, fundamentadas na reflexão sobre as estratégias e metodologias de
ensino;
Reforço da diferenciação pedagógica, da aprendizagem cooperativa e da avaliação formativa,
intencionalmente planeadas, enquanto estratégias de regulação do ensino e das aprendizagens;
Observação da prática letiva em sala de aula, que promova a reflexão crítica sobre as práticas,
de modo a contribuir para o desenvolvimento profissional dos docentes.
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08-06-2017
A Equipa de Avaliação Externa: João Nunes, Marisa Correia e Rosa Micaelo
Concordo.
À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.
A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área
Territorial de Inspeção do Sul
Maria Filomena Aldeias
2017-07-10
Homologo.
O Inspetor-Geral da Educação e Ciência
Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação
nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79,
Série II, de 22 de abril de 2016