relatório do programa noctua portugal 2009/10 - 2013/14 · natural para usufruto das gerações...
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Relatório do Programa NOCTUA Portugal
2009/10 - 2013/14
GTAN Grupo de Trabalho sobre Aves Noturnas Lisboa, Outubro, 2014
Relatório do NOCTUA Portugal
(2009/10 – 2013/14)
Programa NOCTUA Portugal
Monitorização de aves noturnas
Lisboa, Outubro, 2014
Joana Figueiredo, 2012
GTAN
Grupo de Trabalho sobre Aves Noturnas
1 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
Trabalhar para o estudo e conservação das aves e seus habitats,promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do patrimónionatural para usufruto das gerações futuras.
A SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é umaorganização não governamental de ambiente que trabalha para a conservaçãodas aves e dos seus habitats em Portugal. Como associação sem finslucrativos, depende do apoio dos sócios e de diversas entidades paraconcretizar as suas ações. Faz parte de uma rede mundial de organizações deambiente, a BirdLife International, que atua em mais de 100 países e tem comoobjetivo a preservação da diversidade biológica através da conservação dasaves, dos seus habitats e da promoção do uso sustentável dos recursosnaturais. www.spea.pt
www.facebook.com/spea.Birdlife
https://twitter.com/spea_birdlife
Relatório do Programa NOCTUA Portugal GTAN Grupo de Trabalho sobre Aves NoturnasSociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, 2014
Direção Nacional: Maria Clara de Lemos Casanova Ferreira, José Manuel Monteiro, Michael Armelin, Adelino Gouveia, Vanda Santos Coutinho, José Paulo Oliveira Monteiro, Manuel Trindade
Direção Executiva: Luís Costa
Coordenação do projeto: Rui Lourenço, Inês Roque, Ricardo Tomé
Citação: GTAN-SPEA, 2014. Relatório do Programa NOCTUA Portugal (2009/10 - 2013/14).
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa (relatório não publicado).
2 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
1. ENQUADRAMENTO DO NOCTUA PORTUGAL
O NOCTUA Portugal – Programa de Monitorização de Aves Noturnas em Portugal – surgiu
no âmbito do GTAN – Grupo de Trabalho sobre Aves Noturnas da SPEA – e tem como principal
objetivo realizar censos de aves noturnas em Portugal, de forma a assegurar o estudo (1) da frequência
de ocorrência das diferentes espécies no nosso país (presença e número de territórios); (2) da variação
espacial da sua distribuição; (3) das tendências populacionais das suas populações; e (4) da relação
destas tendências com alterações do habitat. Pretende-se, em última instância, avaliar a utilidade das
aves noturnas como indicadoras do estado de conservação dos habitats em Portugal. O programa
NOCTUA Portugal teve início em 2009/2010, realizando-se há cinco épocas, período que consideramos
permitir as primeiras estimativas da tendência populacional das aves noturnas em Portugal. Os
próximos anos permitirão continuar a consolidar o nosso conhecimento sobre este grupo de aves.
2. METODOLOGIA
A amostragem compreende 3 períodos: de 1 dezembro a 31 janeiro, de 1 março a 30 abril e de
1 maio a 15 junho (Tabela 1), incidindo nas seguintes espécies: coruja-das-torres Tyto alba, mocho-
d'orelhas Otus scops, bufo-real Bubo bubo, mocho-galego Athene noctua, coruja-do-mato Strix aluco,
bufo-pequeno Asio otus, coruja-do-nabal Asio flammeus, noitibó-cinzento Caprimulgus europaeus,
noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis, alcaravão Burhinus oedicnemus.
Em cada quadrícula são definidos 5 pontos de amostragem, tendo em conta a
representatividade dos habitats, critérios de acessibilidade e de audibilidade (i.e. locais de acesso
público com acesso rápido em viatura, evitando locais com muito ruído como estradas principais e
ribeiras com bastante caudal). Os pontos devem distar entre si pelo menos 1,5 km e ser amostrados
sempre que possível nas três visitas, e sempre pela mesma ordem.
Cada ponto de censo consiste em 10 minutos de escuta passiva, durante a qual são
registados todos os indivíduos escutados ou observados. Em cada ponto, o objetivo é determinar
quantos indivíduos de cada espécie estarão presentes, identificando sempre que possível o sexo dos
mesmos. Devem ser também considerados os movimentos efetuados pelos indivíduos durante o
período de escuta, de forma a não duplicar registos. As escutas devem ser realizadas,
preferencialmente, no período compreendido entre os 15 minutos e as 2 horas após o ocaso; e em
noites com condições meteorológicas favoráveis, sem chuva ou vento moderado ou forte. Em cada
ponto é registado a hora, fase da lua, luminosidade, nebulosidade e intensidade do vento.
Tabela 1. Períodos de realização das três visitas do NOCTUA Portugal, tendo em conta a latitude.
1ª visita 2ª visita 3ª visitaNorte de Portugal 15 Dez – 31 Jan 15 Mar – 30 Abr 15 Mai – 15 JunSul de Portugal 1 Dez – 15 Jan 1 Mar – 15 Abr 1 Mai – 31 Mai
3 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3. RESULTADOS DAS ÉPOCAS 2009/10 a 2013/14
3.1. INFORMAÇÃO GERAL SOBRE A AMOSTRAGEM
O número de quadrículas atribuídas e recebidas nas cinco épocas tem-se mantido relativamente
estável, sendo realizadas e recebidas geralmente cerca de metade das quadrículas inicialmente
atribuídas (Tabela 2). Os resultados do presente relatório baseiam-se na informação de 1649 pontos de
escuta realizados em 61 quadrículas diferentes por mais de 90 colaboradores voluntários. Das
quadrículas cujos resultados foram recebidos até à data, 4 foram amostradas nas 5 épocas, 8 foram
amostradas em quatro épocas, 11 quadrículas foram visitadas em três épocas, 13 quadrículas foram
visitadas em duas épocas e 25 em apenas uma época (Figura 1). Foram realizadas 123 amostragens
no período da 1ª visita, 114 amostragens no período da 2ª visita e 92 amostragens no período da 3ª
visita. No total registaram-se 1329 indivíduos pertencentes às espécies de aves noturnas.
Tabela 2. Informação geral relativa às cinco épocas de amostragem do NOCTUA Portugal.
2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
Nº de quadrículas atribuídas a colaboradores 43 66 47 48 50
Nº de quadrículas com resultados recebidos
(% recebidas face às atribuídas)
23
(53%)
29
(44%)
31
(66%)
27
(56%)
26
(52%)
Nº de quadrículas com 3 visitas 16 20 14 15 12
Nº de quadrículas com 2 visitas 6 7 8 9 9
Nº de quadrículas com 1 visita 1 2 9 3 5
Nº total de visitas 61 76 67 66 59
Nº total de pontos 307 382 335 330 295
Figura 1. Localização das quadrículas e número de vezes que foram
amostradas nas cinco épocas de censo (2009/10 - 2013/14).
4 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.2. OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
As observações adicionais recebidas no âmbito do NOCTUA Portugal são particularmente
importantes para obter uma ideia mais precisa da distribuição das espécies de aves noturnas e
eventualmente detetar alterações a longo termo da sua área de ocorrência. Esta compilação foi
efetuada considerando apenas informação recolhida a partir de 2005 (inclusive), uma vez que o Atlas
das Aves Nidificantes em Portugal (Equipa Atlas 2008) representa uma imagem bastante fiel da
distribuição para o período 1999-2005. Consequentemente, foram reunidos 3598 registos de aves
noturnas para o período entre 2005 e 2014 (Figura 2). Embora a cobertura em Portugal Continental seja
bastante razoável, subsistem algumas áreas sem qualquer informação sobre aves noturnas, caso do
extremo norte e algumas áreas na região centro (Beira-Baixa).
Figura 2. Distribuição dos registos adicionais (2005-2014) pelo território de Portugal Continental.
3.3. TENDÊNCIAS POPULACIONAIS 2009/10 – 2013/14
Ao completar cinco épocas de amostragem o programa Noctua Portugal consegue produzir as
primeiras estimativas da tendência populacional das aves noturnas em Portugal (Tabela 3). Devem
contudo ser interpretadas com cautela, uma vez que o número de anos é ainda relativamente reduzido.
Só a continuidade deste programa de monitorização permitirá consolidar o conhecimento sobre as
tendências populacionais. A utilização dos resultados apresentados na tabela 3 para estimar tendências
5 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
a mais largo prazo deve sempre ter em consideração informação adicional, nomeadamente estudos
populacionais a escala regional e distribuição à escala nacional.
Para calcular as tendências populacionais determinou-se o número de casais (número de
indivíduos no caso dos noitibós e alcaravão) detetados por época em cada quadrícula, tendo em conta
as diferentes visitas, a direção, distância e sexo dos indivíduos. A tendência apresentada para cada
espécie corresponde ao declive estimado com base em regressões lineares generalizadas (distribuição
Poisson).
Tabela 3. Estimativas da tendência populacional das espécies de aves noturnas em Portugal Continental para o
período 2009/10 – 2013/14.
Tendência(declive)
Erro padrãoTendência
(qualitativo)
Coruja-das-torres Tyto alba -0,15 0,08 Negativa
Mocho-d'orelhas Otus scops -0,13 0,10 Negativa
Bufo-real Bubo bubo 0,19 0,17 Positiva
Mocho-galego Athene noctua -0,05 0,04 Negativa
Coruja-do-mato Strix aluco 0,06 0,05 Positiva
Bufo-pequeno Asio otus -0,14 0,18 Negativa
Coruja-do-nabal Asio flammeus Não disponível Não disponível Não disponível
Noitibó-cinzento Caprimulgus europaeus 0,24 0,13 Positiva
Noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis 0,11 0,15 Positiva
Alcaravão Burhinus oedicnemus -0,06 0,09 Negativa
3.4. DISTRIBUIÇÃO E GRÁFICO DE TENDÊNCIA DAS AVES NOTURNAS
Os mapas de distribuição foram desenhados com a informação obtida de forma sistemática
(censos realizados nas épocas 2009/10 a 2013/14), bem como a informação não sistemática (registos
adicionais entre 2005 e 2014). Optou-se por não distinguir graficamente os dois tipos de informação.
Utilizou-se como informação adicional (círculos menores) a distribuição apresentada no Atlas das Aves
Nidificantes de Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008) para as quadrículas onde não houve registos
durante 2005-2014. Algumas observações adicionais de mocho-d'orelhas, bufo-pequeno, coruja-do-
nabal e noitibós podem corresponder a localizações obtidas durante o período de passagem migratória.
Para cada espécie apresenta-se o gráfico relativamente à variação anual do número de
casais/indivíduos dessa espécie por quadrícula, informação indicativa da tendência populacional (média
e intervalos de confiança 95% superior e inferior). Não existe estimativa da tendência populacional para
a coruja-do-nabal uma vez que a espécie não foi detetada nos pontos de escuta.
6 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.1. Coruja-das-torres Tyto alba
Figura 3. Distribuição da coruja-das-torres Tyto alba em Portugal Continental. Círculos maiores representam
informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das Aves
Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 4. Variação anual do número de casais de coruja-das-torres Tyto alba por quadrícula onde a presença foi
detetada.
7 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.2. Mocho-d'orelhas Otus scops
Figura 5. Distribuição do mocho-d'orelhas Otus scops em Portugal Continental. Círculos maiores representam
informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das Aves
Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 6. Variação anual do número de casais de mocho-d'orelhas Otus scops por quadrícula onde a presença foi
detetada.
8 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.3 Bufo-real Bubo bubo
Figura 7. Distribuição do bufo-real Bubo bubo em Portugal Continental. Círculos maiores representam informação
do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das Aves Nidificantes em
Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 8. Variação anual do número de casais de bufo-real Bubo bubo por quadrícula onde a presença foi
detetada.
9 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.4. Mocho-galego Athene noctua
Figura 9. Distribuição do mocho-galego Athene noctua em Portugal Continental. Círculos maiores representam
informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das Aves
Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 10. Variação anual do número de casais de mocho-galego Athene noctua por quadrícula onde a presença
foi detetada.
10 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.5. Coruja-do-mato Strix aluco
Figura 11. Distribuição da coruja-do-mato Strix aluco em Portugal continental. Círculos maiores representam
informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das Aves
Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 12. Variação anual do número de casais de coruja-do-mato Strix aluco por quadrícula onde a presença foi
detetada.
11 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.6. Bufo-pequeno Asio otus
Figura 13. Distribuição do bufo-pequeno Asio otus em Portugal Continental. Círculos maiores representam
informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das Aves
Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 14. Variação anual do número de casais de bufo-pequeno Asio otus por quadrícula onde a presença foi
detetada.
12 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.7. Coruja-do-nabal Asio flammeus
Figura 15. Distribuição da coruja-do-nabal Asio flammeus em Portugal Continental (2005-2014).
13 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.8. Noitibó-cinzento Caprimulgus europaeus
Figura 16. Distribuição do noitibó-cinzento Caprimulgus europaeus em Portugal Continental. Círculos maiores
representam informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do Atlas das
Aves Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 17. Variação anual do número de machos a cantar de noitibó-cinzento Caprimulgus europaeus por
quadrícula onde a presença foi detetada.
14 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.9. Noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis
Figura 18. Distribuição do noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis em Portugal Continental. Círculos
maiores representam informação do Noctua Portugal (2005-2014); círculos menores representam informação do
Atlas das Aves Nidificantes em Portugal 1999-2005 (Equipa Atlas 2008).
Figura 19. Variação anual do número de machos a cantar de noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis por
quadrícula onde a presença foi detetada.
15 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
3.4.10. Alcaravão Burhinus oedicnemus
Figura 20. Distribuição do alcaravão Burhinus oedicnemus em Portugal Continental (2005-2014).
Figura 21. Variação anual do número de indivíduos de alcaravão Burhinus oedicnemus por quadrícula onde a
presença foi detetada.
16 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
4. CONCLUSÕES
A participação regular dos colaboradores no programa NOCTUA Portugal nestas cinco épocas já
permitiu reunir um número relevante de dados sobre a presença e tendência populacional das espécies
de aves noturnas. A continuidade do atual esforço de monitorização permitirá no futuro melhorar as
estimativas da tendência populacional destas espécies em Portugal.
A metodologia de amostragem tem mostrado ser eficiente para as espécies mais comuns ou
conspícuas, como é o caso da coruja-das-torres, mocho-d'orelhas, mocho-galego, coruja-do-mato e
alcaravão. No entanto, a metodologia empregue garantiu também a deteção de espécies menos
comuns como o bufo-real, o bufo-pequeno e os noitibós, em alguns locais das suas áreas potenciais de
ocorrência. A coruja-do-nabal, devido à especificidade do habitat, ocorrência apenas durante o período
não reprodutor e atividade vocal muito reduzida, é a espécie para a qual a metodologia não se revela
adequada. Para esta espécie será no futuro necessário realizar censos dirigidos nos habitats potenciais.
Sendo as aves noturnas, no geral, caracterizadas por uma baixa detetabilidade, a informação
adicional tem-se revelado crucial para o conhecimento da sua distribuição. Os mapas de distribuição em
Portugal Continental obtidos para as aves noturnas não parecem mostrar fortes variações na
distribuição face aos mapas publicados no Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (Equipa Atlas 2008).
Embora as tendências populacionais apresentem ainda uma considerável margem de erro,
sobretudo para as espécies menos comuns, representam uma possível indicação da situação das aves
noturnas para o período 2009/10 – 2013/14. A coruja-das-torres, o mocho-d'orelhas, o mocho-galego, o
bufo-pequeno e o alcaravão apresentam declives negativos, que podem indicar uma tendência de
regressão. Por sua vez, o bufo-real, a coruja-do-mato e as duas espécies de noitibó apresentam
declives positivos.
As espécies menos comuns, e por isso com menos registos, como é o caso do mocho-d'orelhas,
bufo-real, bufo-pequeno, os dois noitibós e o alcaravão são propensas a apresentar grandes variações
anuais da abundância. Por esta razão as estimativas de tendência são menos fiáveis. No entanto, o
acumular de mais anos poderá permitir definir a sua tendência populacional.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Equipa Atlas 2008. Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (1999-2005). Assírio & Alvim, Lisboa
17 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)
6. AGRADECIMENTOS
MUITO OBRIGADO A TODOS OS COLABORADORES DO NOCTUA PORTUGAL E DO GTAN QUE
VOLUNTARIAMENTE REALIZARAM QUADRÍCULAS E/OU ENVIARAM REGISTOS ADICIONAIS:
Agostinho Tomás, Alexandra Fonseca, Alexandre H. Leitão, Ana Cordeiro, Ana Margarida Fonseca, Ana
Jones, Ana Laborda, Ana Marques, Ana Meirinho, Ana Teresa Marques, Ana Santos, André Aguiar,
Andreia Dias, António Folgado, Artur Oliveira, Carla Ferreira, Carlos Carrapato, Carlos Godinho, Carlos
Moreira, Carlos Pacheco, Carolina Bloise, Catarina Gonçalves, Célia Gomes, CERVAS/ALDEIA, Clara
Silva, Cláudio Luzio Dias, Cristiano Roussado, David Rodrigues, Domingos Francisco, Dyana Reto,
Edgar Gomes, Eduardo Barrento, Eduardo Realinho, Elsa Mourão, Fábia Azevedo, Filipa Alves, Filipa
Bragança, Filipa Machado, Filipe Canário, Filipe Gomes, Francisco Azevedo, Francisco Morinha, Gil
Costa, Gonçalo Rosa, Guillaume Réthoré, Hany Alonso, Helena Batalha, Hélia Gonçalves, Hélder
Soares, Hugo Laborda Sampaio, Hugo Lousa, Hugo Zina, Inés Alameda, Inês Henriques, Inês Roque,
Irina Oliveira, Jaime Sousa, Joana Andrade, Joana Araújo, Joana Domingues, Joana Figueiredo, Joana
Pereira, João Adrião, João Guilherme, João Luís Almeida, João Quadrado, João Rabaça, João
Rodrigues, João Tiago Marques, João Tiago Tavares, Jorge Henriques, Jorge Vicente, Jose Antonio
García-Pérez, José Carlos Morais, José Infante, José Paulo Monteiro, Julieta Costa, Lígia Batalha,
Lourenço Marques, Lúcia Lopes, Luís Novo, Luís Rosa, Luís Rui Custódia, Luís Semedo, Luís
Venâncio, Luísa Catarino, Magnus Robb, Manuel Matos, Manuel Santos, Marco Nunes Correia, Marco
Mirinha, Mariana Marques, Mário Carmo, Mário Estevens, Marisa Arosa, Marta Alexandre, Michal
Puchir, Miguel Mendes, Nadine Pires, Napoleão Ribeiro, Neide Margarido, Nélia Penteado, Normando
Ferreira, Nuno Barros, Nuno Curado, Nuno Faria, Nuno Mota, Nuno Oliveira, Nuno Ramos, Patrícia
Jones, Paulo Alves, Paulo Cardoso, Paulo Catry, Pedro Grilo, Pedro Lourenço, Pedro Salgueiro, Pedro
Costa, Pedro Moreira, Pedro Pereira, RIAS, Ricardo Brandão, Ricardo Ceia, Ricardo Correia, Ricardo
Monteiro, Ricardo Nabais, Ricardo Tomé, Rita Ferreira, Rodrigo Saldanha de Almeida, Roger Holtum,
Rui Caratão, Rui Lourenço, Sara Araújo, Sara Santos, Sérgio Correia, Sérgio Fernandes, Sérgio
Godinho, Soraia Barbosa, Susana Costa, Tatiana Leal, Thijs Valkenburg, Tiago Rodrigues, Valter
Teixeira, Vanessa Oliveira, Vera Novais, Vicente Albuquerque, Vítor Nascimento. E ainda a todos os
observadores que enviaram registos para o Noticiário Ornitológico da SPEA e disponibilizaram os seus
dados no Portugal Aves.
18 5º Relatório NOCTUA Portugal (2009/10 – 2013/14)