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Relatório de Atividades de 2015

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Relatório de Atividades, FMUP, 2015

Nota de Apresentação

Com quase dois séculos de vida, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) é uma Instituição que continua fiel aos seus princípios catalisadores de inovação nos mais variados ramos da medicina, com uma comunidade académica em contínuo desenvolvimento e aperfeiçoamento, sempre de olhos postos no futuro. Neste momento de balanço venho, como Diretora da FMUP, agradecer e reconhecer o apoio que tem sido dado por toda a Faculdade para a criação de uma cultura de exigência, de controlo de recursos e de melhoria contínua. No presente Relatório é transmitida a informação mais representativa sobre o trabalho da FMUP durante o último ano onde foi crucial o compromisso assumido pela Equipa do Conselho Executivo, no cumprimento das responsabilidades assumidas. Só assim e com o empenho de todos, será possível manter a FMUP na liderança da educação médica e da investigação na Saúde. Em 2015, o exercício diretivo - orientado segundo os eixos estratégicos definidos no Plano de Ação da FMUP -, permitiu estabelecer regras de funcionamento institucional e prosseguir a estratégia de desenvolvimento. Decorreu com a introdução de múltiplas alterações ao nível dos processos de gestão dos recursos humanos, económicos e financeiros, alicerçados na gestão administrativa central, tendo sido otimizada a articulação com os serviços centrais da Reitoria da U.Porto, e houve a preocupação de manter sempre a representação institucional em todos os processos que se identificaram como estratégicos para a FMUP. Tal ocorreu dentro de fortíssimas restrições orçamentais, da dificuldade acrescida de obtenção de receitas próprias, do empenho a candidaturas para financiamento nacional e internacional, e da preocupação em assegurar o funcionamento da FMUP, designadamente das instalações do Centro de Investigação Médica (CIM). A análise do exercício efetuado permite identificar outcomes em 2 vertentes: Intra e Interinstitucional e de Organização e Gestão Interna.

1 - Vertente Intra e Interinstitucional

Assinala-se a Reforma Curricular do Ciclo de Estudos Integrado do Mestrado em Medicina (MMED), iniciada em 2013/2014, sob a coordenação da Comissão de Reforma Curricular, com o objetivo de desenvolver uma formação médica rigorosa e inovadora, caminhando para um modelo que é mais integrado e interdisciplinar e que coloca a ênfase na aplicação dos conceitos de ciência básica importantes à medicina clínica; desenvolvido em linha com as melhores universidades internacionais; em 2016/2017 vai ter início o novo 4º ano.

Aprovado, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da FMUP, nos termos da Ata da sessão, de 14/06/2016.

O Presidente,

Prof. Doutor Adelino Leite Moreira

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Foi prosseguida a avaliação dos ciclos de estudos em funcionamento, de acordo com a planificação da A3ES - Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e no quadro do Conselho Coordenador do Modelo Educativo da U.Porto (CCMEUP), tendo para o efeito sido criado o Gabinete de Acreditação da FMUP. O processo de garantia da qualidade no ensino-aprendizagem tem evoluído no sentido da total conformidade com as linhas orientadoras definidas pela European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA) e A3ES. Foram organizadas reuniões periódicas no âmbito de um processo participado pelas comissões de curso, diretores de curso, diretores de departamentos, serviços e outros intervenientes, designadamente com apoio da Associação de Estudantes (AEFMUP), no sentido de harmonizar e ajustar a oferta formativa, analisar o resultado global do ensino das diferentes UCs, promover o aperfeiçoamento curricular de forma a dotar os estudantes das competências adequadas a cada ciclo de estudos, organizar processos dos diferentes cursos a serem submetidos a acreditação, adotar procedimentos de autoavaliação e de avaliação externa e elevar as taxas de sucesso em todos os ciclos de estudo. De referir ainda o acompanhamento dos indicadores obtidos através dos Inquéritos Pedagógicos e a referência à avaliação dos docentes. O estabelecimento de parcerias com países da CPLP, designadamente Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, assumiu um importante papel na coordenação científica e pedagógica de programas de formação. Acresce a retoma, a partir de novembro de 2015, da organização da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), coordenada pelas Ordens dos Médicos dos países de língua portuguesa e o desenvolvimento do Projeto RES4MED - Research for Medicine - especificamente para promover a investigação científica ao nível do MMED. Destaca-se a identificação dos meios necessários à criação de uma estrutura institucional de ensino à distância na FMUP, de modo a desenvolver uma cultura que ofereça suporte à excelência no ensino e um ambiente de aprendizagem online, dinamizando as tecnologias educativas do ensino. Acresce o reforço das estruturas de apoio pedagógico do MMED e pós-graduação, em especial do Centro de Simulação Biomédica e do Departamento de Apoio à Investigação e à Pós-graduação (DaIPG), e a estruturação do Programa de Mentoria Académica por Pares para captação e formação pedagógica de estudantes do MMED e integração destes nas atividades docentes do MMED. Sublinha-se o desenvolvimento da área da responsabilidade social da FMUP através do Serviço de Apoio Social e Mediação de Conflitos e da criação de uma área pedagógica de Medicina Social. Verificou-se o reforço das condições logísticas e disponibilidade de funcionamento da Biblioteca ao serviço dos estudantes, por via da otimização dos horários com abertura no final de semana e horário mais prolongado, de modo a permitir melhores condições de estudo na FMUP, designadamente nos períodos de avaliação. De referenciar a implementação da estratégia de constituição do Consórcio de Educação Interprofissional nas Ciências da Saúde, iniciativa conjunta das escolas que ensinam a área da saúde, designadamente as localizadas no pólo da Asprela, através de iniciativas de formação conjunta nas áreas da Medicina, Enfermagem, Medicina Dentária, Engenharia Biomédica, Ciências da Nutrição e Psicologia, que possibilitam acelerar soluções de formação integrada e tecnológicas para o futuro. É exemplo desta atividade a apresentação da proposta - já aprovada pelo Senado da U.Porto - do Mestrado em Educação Académica e Clínica, que possibilita acelerar soluções de formação integrada, com envolvimento de várias UO da U.Porto e da Escola Superior de Enfermagem São João. Regista-se uma estreita cooperação com a CCDR-N, na criação de sinergias que permitem sucesso nos concursos e na execução de programas de desenvolvimento, e com os municípios da área metropolitana do Porto, em particular com a Câmara Municipal do Porto, em projetos de interesse público para os quais a FMUP constitua mais-valia. Um dos momentos mais significativos verificados em 2015 foi a criação do Consórcio - Centro Universitário de Medicina FMUP-CHSJ (CUME), com efeitos de execução a partir de 1 de outubro de 2015, na presença dos então Ministro da Saúde e Ministro da Educação, com o objetivo de reforçar e aprofundar as sinergias existentes,

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promovendo a melhoria da investigação e do ensino médico, bem como a prestação de cuidados de saúde à população. Paralelamente, salienta-se a assinatura do protocolo de colaboração entre a FMUP e cerca de 30 instituições de saúde do Norte de Portugal, com vista à melhoria da formação clínica dos estudantes de medicina, cerimónia presidida pelo então Ministro da Saúde, que distinguiu a FMUP com a Medalha de Serviços Distintos Grau Ouro do Ministério da Saúde. Neste âmbito destaca-se a cooperação no projeto do Porto Biomedical Journal como órgão oficial da FMUP e do CHSJ. É de assinalar o início dos procedimentos para apresentação do projeto do Centro Académico de Investigação Clínica (CACIC) e do Centro de Simulação Biomédica do Norte (CESIMBION), bem como do plano de criação do Centro de Produtos Biológicos (BIOBANCO) e participação do projeto do Centro Europeu de Medicina Translacional, ambos em parceria com o CHSJ, agora na estrutura funcional do CUME. Nota-se o esforço da FMUP e dos seus departamentos e serviços na apresentação das propostas de projetos de investigação científica a submeter aos programas estratégicos H2020 e Portugal2020 - já com resultados positivos em 2016. Regista-se o fortalecimento da coesão institucional, nomeadamente através da celebração dos 190 Anos da FMUP com uma Gala no Coliseu do Porto, contando com a participação de cerca de 3.000 pessoas, nomeadamente convidados nacionais, da CPLP e internacionais, atuando o recém-criado coro da FMUP composto por diversos membros da comunidade académica, tendo-se revelado essencial o reforço da identidade e da marca FMUP nos meios de comunicação social e redes sociais.

2 - Vertente de Organização e Gestão Interna

No âmbito da vertente de organização e gestão interna salienta-se o processo de revisão dos Estatutos da FMUP, publicados a 4 de fevereiro de 2016, que introduzem novos referenciais de organização institucional. Concretizou-se a definição e aprovação institucional das normas para os concursos da carreira académica e ainda para as propostas de docentes convidados. Foi operacionalizada a Avaliação do Desempenho Docente (ADD) pela conclusão do processo pendente de 2013 e a respetiva normalização para os anos subsequentes. Outras iniciativas relevantes foram realizadas em 2015, salientando-se:

o Articulação de esforços com os SASUP na criação do novo espaço de restauração o «Restaurante São João - YOU Restaurante», que permite melhorar o acesso e a qualidade, possibilitando a promoção de refeições mais saudáveis e maior convívio entre os membros da comunidade;

o Atualização do sistema de LGDF - Levantamento Geral de Dados;

o Elaboração e aprovação do Plano Estratégico FMUP2020 no âmbito da Estratégia Europa 2020 e em

alinhamento com a U.Porto;

o Aprovação do Regulamento do Sistema de Controlo Interno da FMUP;

o Aplicação do novo Código de Ética e Deontologia Profissional da FMUP para prossecução dos mais elevados padrões éticos;

o Promoção da consolidação financeira e orçamental, implementando o novo Plano para a Contenção

Extraordinária da Despesa da FMUP;

o Planificação de um modelo de desenvolvimento sustentável dos departamentos e serviços da FMUP

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com condições que permitem que a Faculdade melhor canalize o auto-financiamento para custos operacionais, desenvolvimento de projetos e investimentos estratégicos, através da definição de um número alvo de docentes, investigadores e não-docentes, consistente com o montante de financiamento proveniente do Orçamento do Estado;

o Implementação de um sistema de indicadores de repartição dos efetivos das várias carreiras e regimes

de vinculação por departamento e serviço, em número e ETI, com a demonstração do correspondente encargo mensal;

o Definição metodológica de um novo modelo de indicadores de gestão para avaliação da produtividade

dos Departamentos e Serviços Académicos e sua integração em instrumentos de gestão para suporte da atividade dos Órgãos de Gestão da FMUP;

o Realização de estudo sobre a afetação e funções do pessoal não-docente aos departamentos, serviços

e outras estruturas, onde são necessários, através de mobilidade interna.

LIDERANÇA PARA O FUTURO

Estamos no limite do nosso esforço para manter a sustentabilidade da Instituição, para o que contamos com o apoio de todos os que são FMUP e com a Universidade. Estamos também no limite do nosso empenho para ultrapassar os défices causados pela redução do Orçamento. Há que assegurar a qualidade da formação dos futuros médicos e manter a qualidade do Mestrado Integrado em Medicina (MMED), o qual terá sempre prioridade sobre qualquer outro projeto institucional. Este é o compromisso da Direção da FMUP. Aos estudantes, que são a alma da FMUP e garante de continuidade, reforço o meu apelo à excelência, à exigência individual e à fidelidade aos princípios de responsabilidade cívica, ética e moral, à seriedade e dedicação. Face às grandes dificuldades do presente e das não menores ameaças para a sustentabilidade do futuro próximo, teremos que ser capazes de ultrapassar as nossas dificuldades.

IDENTIFICO,

Grandes oportunidades, particularmente no novo programa-quadro Europeu. O Horizonte 2020 é uma grande oportunidade, mas também o são cooperações possíveis a outros níveis, nomeadamente no âmbito da Lusofonia. Grandes desafios no contexto de grande mudança e inovação a nível de concetualização da formação médica e da investigação, equacionados num contexto de racionalização dos recursos em saúde que cruza a problemática dos numerus clausus. Um cenário de esperança renovada para o cumprimento da nossa primeira Missão: formar médicos, é agora sustentado com a designação pelo Ministério da Saúde de um nosso par de prestígio incontestável para «Team Leader» de um grupo de trabalho que articulará este desígnio com o Ministério do Ensino Superior, de onde esperamos propostas que situem as Escolas de Medicina na sua especificidade e que, assim, respeitem a sua singularidade. A Faculdade de Medicina é uma Instituição com um Passado de que nos orgulhamos e por isso temos confiança no Futuro. Tenho, tem a minha equipa, tem a FMUP, um grande Projeto de Formação Médica.

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Num contexto de mudança de paradigma. Para servir os nossos públicos-alvo. Mais um desafio. Mas que assumiremos. O contexto de mudança do perfil do médico decorre da inovação pedagógica continuada na investigação. Que assumiremos como desígnio da nossa vida universitária. Como? Criando as condições organizativas, financeiras, culturais e humanas que estimulem as iniciativas de melhoria da missão universitária. Não sozinhos mas com a confiança e o apoio da Reitoria da U.Porto. A FMUP conta com o compromisso do Magnífico Reitor. Temos um caminho a percorrer: É O CAMINHO DA LIDERANÇA PARA O FUTURO. Estou muito orgulhosa enquanto Diretora da FMUP, dos progressos mensuráveis que, em conjunto, temos vindo a concretizar em cada uma das áreas de missão. Estou muito grata pela participação de todos e pelo empenho na prossecução da visão de futuro da FMUP. Universidade do Porto - Faculdade de Medicina, 31 de março de 2016. A Diretora da Faculdade, ________________________________________ (Profª Doutora Maria Amélia Ferreira, M.D, Ph.D)

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Índice

1. Educação e Formação 7

2. Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+i) 16

3. Desenvolvimento Económico e Social 26

4. Internacionalização 32

5. Sustentabilidade 34

6. Qualidade 42

7. Avaliação de Desempenho Institucional 49

8. Conclusão 50

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1 - Educação e Formação 1.1 – Melhoria Contínua da Qualidade do Ensino-Aprendizagem

A FMUP tem desenvolvido e ampliado o portefólio de oportunidades para estudantes de doutoramento, mestrado e programas de especialização e de formação contínua, dotados de inovação curricular e melhoria da qualidade. De referir a colaboração em projetos internacionais no sentido de reforçar a formação das equipas e procurar novas abordagens na utilização de tecnologias no ensino-aprendizagem e a participação em eventos com o objetivo de promover a reflexão e a troca de experiências. Para assegurar o sucesso do processo de ensino-aprendizagem é incentivada a prática de autoavaliação pelos estudantes, preparada informação ao nível dos cursos de doutoramento, mestrado e pós-graduação, articulando métodos de avaliação com a demonstração de aquisição de conhecimentos e competências. Implementou-se uma ferramenta (grelha de classificação dos trabalhos de doutoramento) para acompanhar o percurso dos estudantes de doutoramento em cada programa e outra de monitorização do grau de internacionalização para a formação curricular e apoio da preparação da tese de doutoramento, verificando a respetiva qualidade e os artigos científicos que as integram. Foram mantidos os procedimentos para a avaliação da qualidade das provas de escolha múltipla - meta avaliação -, apoiada pelo Conselho Pedagógico e Comissão Científica do MMED, realizada no Departamento de Educação e Simulação Médica da FMUP. Deu-se início ao processo conducente à implementação da autoavaliação dos programas doutorais através dos «Standards for PhD Education in Biomedicine and Health Sciences in Europe», proposta pelas associações ORPHEUS - AMSE - WFME. Este processo deverá ocorrer em articulação com a A3ES e a Associação das Escolas Médicas Portuguesas.

1.2 – Melhoria dos Níveis de Empregabilidade

A empregabilidade dos diplomados e o acompanhamento do seu percurso profissional em particular daqueles que exercem atividade assistencial médica ou dos que prosseguem estudos ou trabalhos em universidades de referência mundial verifica-se através da dinamização do Observatório de Emprego da U.Porto, divulgando ofertas de emprego ou estágios profissionais aos recém-diplomados junto de centros hospitalares, em particular do Centro Hospitalar de São João, EPE (CHSJ), serviços de saúde, empresas e outras instituições, bem como iniciativas de empreendedorismo, com apoio da AEFMUP. O Quadro n.º 1 representa os resultados decorrentes da conclusão dos cursos de doutoramento, mestrado e MMED da FMUP.

Quadro n.º 1. Evolução dos Diplomados da FMUP nos 2º e 3º Ciclos e MMED

Diplomados 2009/ 2010

2010/ 2011

2011/ 2012

2012/ 2013

2013/ 2014

2014/ 2015

Doutoramentos 33 30 45 35 33 51

Mestrados 104 53 131 106 108 100

Mestrado Integrado (MMED) 236 227 242 260 230 274

TOTAL 373 310 418 401 371 425

É de referir que 316 estudantes concluíram, em 2015, o 1º Ciclo do curso do MMED. Foram ainda concluídas 6 agregações, 4 das quais, por unanimidade.

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Em articulação com a AEFMUP têm sido realizados workshops para informação sobre a empregabilidade médica e a internacionalização do exercício profissional. No contexto dos objetivos de aprendizagem, tem sido preocupação a aquisição das competências técnicas e transversais da educação médica, pelos estudantes, incluindo humanísticas, capacidade de autoconhecimento e competências de reflexão crítica e profissional, designadamente através da implementação de novas estratégias de aprendizagem em áreas tão distintivas como a gestão do stress, gestão do tempo e desenvolvimento interpessoal. De acordo com o Plano de Ação da FMUP pretende-se implementar um Programa de «Marketing de Carreira» que possibilite a reflexão de cada estudante sobre o seu percurso académico, sobre as formas de o potenciar, e sobre o enriquecimento curricular e pessoal, de modo a poder realizar o planeamento e a gestão da carreira profissional.

1.3 – Promoção da Multidisciplinaridade

Promoveu-se a abertura de novas ofertas formativas estabelecendo protocolos de colaboração pedagógica e científica com outras UO da U.Porto e com outras entidades, designadamente os programas doutorais evidenciados no Quadro n.º 2, sem prejuízo do aprofundamento das relações já estabelecidas com UI&D+i, laboratórios e redes de investigação com interesse para a formação dos estudantes e projetos associados às linhas de investigação dos centros de investigação, que representam oportunidades para o reposicionamento e afirmação da FMUP, através da resposta a problemas da sociedade e para o aumento do financiamento desta atividade, cuja evolução é expressa na Figura n.º 1. Nota-se que a percentagem de programas de formação conferente de grau envolvendo várias UO da U.Porto correspondeu a 38% e o índice de programas de 2º e 3º Ciclos em colaboração com outras universidades nacionais a 10%.

Quadro n.º 2. Sinopse dos Programas Doutorais em Parceria com Outras Instituições em 2014/2015

Figura n.º 1. Evolução do Financiamento da Atividade de Formação da FMUP (Milhão €)

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Formação 3 3,4 4,1 4 3,9 4

Programa Doutoral Parcerias ECTS Biologia Básica e Aplicada FMUP/ICBAS/FCUP 240

Ciências Forenses FMUP/FCUP/FDUP/FFUP/FMDUP/FPCEUP/ICBAS 240 Farmacologia e Toxicologia Experimentais e Clínicas

FMUP/FFUP/ICBAS 240

Medicina e Oncologia Molecular FMUP/ICBAS 210 Neurociências FMUP/ICBAS 240

Segurança e Saúde Ocupacionais FMUP/FEUP/FAUP/FBAUP/FCUP/FCNAUP/ FADEUP/FDUP/FFUP/FLUP/FPCEUP/ICBAS

180

Patologia e Genética Molecular FMUP/ICBAS 210 Gerontologia e Geriatria FMUP/ICBAS/FCNAUP/FADEUP/FLUP/UA 180

https://sigarra.up.pt/fmup/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=GABBA

http://www.fe.up.pt/si/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=DEMSSO

http://www.fe.up.pt/

http://www.fa.up.pt/

http://www.fba.up.pt/

http://www.fc.up.pt/

http://www.fcna.up.pt/

http://www.fade.up.pt/

http://www.fd.up.pt/

http://www.ff.up.pt/

http://www.letras.up.pt/

http://www.fpce.up.pt/

http://www.fpce.up.pt/

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Relativamente a 2015 o valor obtido de cerca de 4 milhões de Euros correspondeu a 48,2% do conjunto da receita própria da FMUP do ano e a 22% da receita total.

1.4 – Internacionalização da Formação

As atividades de internacionalização nos domínios do ensino-aprendizagem, projetos científicos e mobilidade, desenvolvidas em redes internacionais do conhecimento com enfoque para as europeias, lusófonas, ibero-americanas, entre outras, criam uma plataforma para desenvolver parcerias com organizações congéneres, centros de I&D+i e empresas, com o objetivo de fortalecer a presença global, conferir maior visibilidade e identificar novas oportunidades através dos meios tecnológicos disponíveis e da organização de eventos (cf. capítulo 4. relativo à Internacionalização). Neste âmbito aumentou-se o número de UCs lecionadas em inglês e consolidaram-se as estruturas existentes para apoio e integração dos estudantes estrangeiros com vista a obtenção de grau, desenvolvendo-se atividades que promovam a convivência intercultural. Foi determinado pelo DaIPG em 5% o índice de programas de 2º e 3º Ciclos em colaboração com outras universidades internacionais, encontrando-se nesta situação o Programa Doutoral de Neurociências.

1.5 – Atração de Mais Estudantes em Especial de 2º e 3º Ciclos

A FMUP continua a ser a preferência dos estudantes candidatos ao ensino superior que têm vindo a colocá-la na posição cimeira do ranking nacional de ingresso no Mestrado Integrado em Medicina, conferida através do grande número de candidatos em 1ª opção relativamente às vagas oferecidas do 1º Ciclo e MMED, e à correspondente nota mínima de acesso que é a mais elevada das IES portuguesas (Quadro n.º 3, Figura n.º 2). Verificaram-se 6 reingressos e 37 admitidos no concurso especial para acesso a medicina por titulares de grau de licenciado. Quadro n.º 3. Condições de Acesso ao 1º Ciclo e MMED em 2014/2015

Acesso ao 1º Ciclo e MMED 2014/ 2015

Rácio de Candidatos em 1ª Opção Relativamente às Vagas Oferecidas de 1º Ciclo e MMED 47,2% Rácio de Estudantes (candidaturas colocadas) em 1ª Opção Relativamente às Vagas Oferecidas de 1º Ciclo e MMED

95,1%

Figura n.º 2. Evolução da Nota Mínima de Acesso ao 1º Ciclo e MMED

Reforçou-se a publicidade nos meios de comunicação e nas escolas, em estratégia comum a outros ciclos de estudos, incentivou-se a realização de Dias Abertos/Semanas Abertas, participação em Mostras de Cursos e Feiras de Orientação Vocacional, e em sessões de receção de visitas de estudantes do ensino secundário.

183,7

185,2

186,3

183,5

181,0

182,7

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013

2013/2014

2014/2015

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A promoção da vasta oferta formativa da FMUP efetuou-se através da presença em redes sociais (Youtube, Facebook, LinkedIn, Twitter), e publicitação em portais como seja o SIGARRA. Continuou a diversificar-se os públicos-alvo, incluindo os Alumni, potenciando o seu ingresso em pós-graduações (Figura n.º 3 - Doutoramentos, Quadro n.º 4, e Figura n.º 4 - Mestrados) ou em cursos de formação não conferentes de grau (Quadros n.ºs 5 e 6), sendo para tal desenvolvidos os portefólios dos cursos e UCs singulares, cujas atividades pedagógicas decorrem preferencialmente em horários adequados à frequência por estudantes profissionalmente ativos.

Figura n.º 3. Estudantes Inscritos em Programas Doutorais sob a Administração da FMUP em 2014/2015

De referenciar a percentagem de estudantes em ciclos de estudo pós-graduados da FMUP, equivalente a 52,3%. Acrescem aos referenciados 17 estudantes de Pós-Doutoramento, incluindo Investigadores Ciência. No conjunto dos 1.747 estudantes do MMED incluíam-se, em 2014/2015, 830 estudantes de nível de Licenciatura (1º Ciclo).

Quadro n.º 4. Evolução dos Estudantes Inscritos em 2º e 3º Ciclos e MMED

Estudantes Inscritos 2009/ 2010

2010/ 2011

2011/ 2012

2012/ 2013

2013/ 2014

2014/ 2015

Doutoramentos 325 130 469 441 461 430

Mestrados 498 387 429 381 371 311

Mestrado Integrado (MMED) 1.629 1.622 1.669 1.700 1.702 1.747

TOTAL 2.452 2.139 2.567 2.522 2.534 2.488

Figura n.º 4. Estudantes Inscritos em Mestrados em 2014/2015

8

42

29

27

54

99

41

16

59

55

Bioética

Biomedicina

Ciências Cardiovasculares

Ciências Forenses

Investigação Clínica e em Serviços de Saúde

Medicina

Medicina e Oncologia Molecular

Metabolismo- Clínica e Experimentação

Neurociências

Saúde Pública

22

6

13

81

38

10

4

8

52

22

8

47

Ciências Forenses

Cirurgia Ortognática e Ortodontia

Comunicação Clínica

Cuidados Paliativos

Educação para a Saúde

Epidemiologia

Evidência e Decisão em Saúde

Fisiopatologia Cardiovascular

Informática Médica

Medicina e Oncologia Molecular

Psiquiatria e Saúde Mental

Saúde Pública

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Quadro n.º 5. Evolução dos Estudantes Inscritos em Cursos de Especialização e de Formação Contínua

Especialização e Formação Contínua 2009/ 2010

2010/ 2011

2011/ 2012

2012/ 2013

2013/ 2014

2014/ 2015

Estudantes Inscritos 509 419 326 576 590 682

Quadro n.º 6. Estudantes Inscritos em Cursos de Especialização e de Formação Contínua em 2014/2015

Especialização e Formação Contínua 2014/ 2015

Alergia Alimentar 71 Anestesiologia 4 Biologia Molecular Essencial - Curso Prático Laboratorial 21 Curso de Aperfeiçoamento em Medicina Desportiva 8 Curso de Atualização em Farmacovigilância 10 Curso Básico em Patologia Molecular com Ênfase em Oncologia 11 Curso de Formação em Cultura de Células 7 Curso Inicial de Auscultação Cardíaca 11 Curso Prático Laboratorial em Metodologias em Angiogénese 4 CEV - Bioestatística I - Introdução à Análise de Dados Usando o SPSS 5 CEV - Redes Bayesianas em Medicina 5 Climatologia e Hidrologia 26 Curso de Infeções Sexualmente Transmissíveis 18 Disfunção Temporo-Mandibular e Dor Orofacial 2 Enfermagem Geriátrica e Gerontológica - Bases, Fundamentos e Prática 2 Especialização em Avaliação do Dano Corporal Pós -Traumático 25 Especialização em Ciências Forenses 21 Especialização em Informática na Saúde 4 Especialização Clínica em Psicoterapia e Psicodinâmica 12 Especialização em Ortodontia Clínica 16 Estudos de Intervenção: Ensaios Clínicos 4 Formação Pedagógica para Docentes do Ensino Superior na Área da Saúde 12 Fundamentos Científicos da Anestesiologia 35 Geriatria 67 Introdução à Norma OpenEHR 31 Medicina Desportiva 72 Medicina da Dor 22 Medicina do Exercício e Desporto 39 Medicina do Trabalho 43 Micologia Médica 9 Ortodontia: Bases, Fundamentos e Prática Clínica 16 Pós-Graduação em Medicina de Viagem e Populações Móveis 34 Reabilitação Oral e Extra - Oral com Implantes Osteointegrados 14 Reabilitação Oral Estética - Bases, Fundamentos e Prática 1 TOTAL 682

A demonstração gráfica seguinte (Figura n.º 5) elucida sobre a evolução do total de estudantes inscritos na FMUP nos vários ciclos de estudos ao longo dos últimos 6 anos letivos.

Figura n.º 5. Evolução do Número Total de Estudantes Inscritos na FMUP

2.9612.558

2.8933.098 3.124 3.170

2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015

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Por seu lado, o Quadro n.º 7 apresenta a evolução dos estudantes inscritos em cada ano letivo, pela 1ª vez: Quadro n.º 7. Evolução dos Estudantes Inscritos no 1º Ano, 1ª Vez

Estudantes Inscritos (1º Ano, 1ª Vez) 2009/ 2010

2010/ 2011

2011/ 2012

2012/ 2013

2013/ 2014

2014/ 2015

Doutoramentos 134 106 68 66 112 66

Mestrados 211 162 130 133 158 128

Mestrado Integrado (MMED) 285 275 260 282 231 246

TOTAL 630 543 458 481 501 440 Da iniciativa do Departamento de Educação e Simulação Médica, deu-se lugar a mais uma edição da «Semana de Receção aos Novos Estudantes da FMUP 2015/2016», na qual os recém-ingressados puderam conhecer melhor o curso e a Faculdade, assim como os colegas e equipas docentes. A FMUP organizou, pela 2ª vez, uma Sessão de Receção, promovida pelo Gabinete de Apoio ao Estudante (GAE) especialmente dirigida aos estudantes que ingressaram no curso de MMED pelo Concurso Especial para Licenciados, com o objetivo de fomentar a adaptação e integração deste grupo especial de estudantes. Foram realizadas sessões para os pais dos novos estudantes e foi realizada, pela 1ª vez, a sessão de apresentação do «Survival FMUP» que é um espaço exclusivo dos estudantes com o principal objetivo de complementar informação veiculada pelo GAE nas diferentes atividades de apoio à promoção da integração/adaptação a cada ano curricular, de maior sucesso académico e do bem-estar psicossocial. Por seu lado, a Biblioteca Central da FMUP promoveu, pela 1ª vez, uma sessão de apresentação dirigida especialmente aos novos estudantes de todos os ciclos de estudo, no sentido de esclarecer a população académica sobre os serviços, o site, os recursos eletrónicos disponíveis, o catálogo, a criação de novos utilizadores, o empréstimo domiciliário, entre outros aspetos. Cumpre destacar o sucesso das iniciativas da Universidade Júnior e da Mostra da Universidade do Porto, nas quais a FMUP tem participação muito ativa, no contexto das quais se dinamiza a realização de sessões de esclarecimento a futuros candidatos, com a participação de elementos da Direção-Geral do Ensino Superior. As atividades que enformam a Universidade de Verão continuaram a ser determinantes na captação de jovens talentos. Foram desenvolvidos procedimentos conducentes à facilitação da integração dos estudantes na transição para o ciclo clínico do curso do MMED, dando-lhes a conhecer as novas condições físicas, de estudo e aprendizagem. Neste enquadramento realizou-se a V Sessão «Transição para o Ciclo Clínico do Curso de Mestrado Integrado em Medicina da FMUP» e a «IV Cerimónia da Bata Branca». Reforçaram-se as iniciativas visando a diminuição do abandono e a promoção do sucesso em todos os ciclos de estudo, tais como formação suplementar, disponibilização de sistemas de suporte, tutoria académica (Programa PTA), disponibilização de monitores aos estudantes do 1º ano e atendimento dos estudantes pelos docentes. Apostou-se na melhor integração institucional dos estudantes através da realização de ações e eventos científicos, culturais e atividades específicas. Manteve-se o apoio pedagógico aos estudantes no sentido de proporcionar aconselhamento, pelo GAE, em articulação com as comissões de cursos e ainda, ao nível da FMUP, com as comissões de acompanhamento dos cursos e sua articulação com as respetivas comissões científicas. A AEFMUP disponibiliza aos estudantes que ingressam no 1º ano o Guia do Estudante e a todos os estudantes, o Boletim Informativo periódico. Destaca-se a divulgação da revista Arquimed «Arquivos de Medicina» para divulgação de trabalhos científicos efetuados em Portugal e atualização de informação nas áreas de investigação biomédica.

https://sigarra.up.pt/fmup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1019790

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Esta revista vai ser alvo de substituição como órgão oficial da FMUP e do CHSJ, pela publicação Porto Biomedical Journal (PBJ), a partir de 2016.

1.6 – Atração e Retenção dos Melhores Estudantes

Parte das alterações aos planos de estudos dos diversos ciclos de estudos incorporam competências comunicacionais e interpessoais em áreas chave para o sucesso escolar com utilização de suportes tecnológicos direcionados para o crescimento profissional e empregabilidade no mercado de trabalho, bem como para apoio cívico junto da comunidade. Prosseguiram as iniciativas de reconhecimento do mérito dos estudantes com melhor desempenho nos diferentes ciclos de estudos (Quadro n.º 8), atribuindo prémios honoríficos patrocinados por via de protocolos com instituições ou empresas, assumindo em muitos casos a pública forma, tal como evidenciado no Dia da FMUP.

Quadro n.º 8. Indicadores sobre o Sucesso Académico em 2014/2015

Sucesso Académico 2014/

2015

% Estudantes, inscritos no 1º ano, com aprovação em pelo menos 75% do n.º de ECTS em que estavam inscritos

72,9%

% Estudantes, inscritos no 1º ano, com aprovação em pelo menos 50% do n.º de ECTS em que estavam inscritos

86,6%

% Diplomados de 2º Ciclo que obtém diploma na duração normal do ciclo de estudos 79,5%

1.7 - Formação dos Docentes

Tem vindo a ser política da FMUP, baseada em estudos aprofundados sobre a matéria, promover um corpo docente (Quadro n.º 9), na sua maioria detentor do grau de doutoramento, que possua competência científica e alto nível de competências pedagógicas nas UCs que leciona, também no sentido de imprimir maior equilíbrio na distribuição do serviço docente pelas diversas atividades de formação, investigação, desenvolvimento e inovação, entre outras. Na sequência de aprovação pelo Conselho Científico, e no enquadramento do ensino clínico nos hospitais afiliados, colaboram na FMUP, 613 docentes no âmbito dos protocolos estabelecidos com as instituições de saúde afiliadas.

Quadro n.º 9. Evolução dos Docentes da FMUP

Docentes 2010 2011 2012 2013 2014 2015

De Carreira 130 125 119 120 121 121

Convidados 233 240 245 244 207 185

Monitores 18 25 21 10 1

TOTAL 381 390 385 374 329 306

Um considerável número de docentes da FMUP assume a direção de cursos, sendo que alguns partilham a direção de mais do que um curso (Figura n.º 6).

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Figura n.º 6. Direções de Curso por Ciclo de Estudos Conferente de Grau em 2014/2015

Continuam a ser operacionalizados programas de formação científico-pedagógica com interesse interdisciplinar e de incentivo ao melhor conhecimento e cooperação entre docentes de diferentes áreas (45 participações em 2015), reutilizando, sempre que possível, os conteúdos de formação das diversas áreas de especialização existentes em cursos de educação contínua, e aprofundando a relação da formação com a investigação.

1.8 – Formação ao Longo da Vida

A FMUP tem vindo a melhorar as condições de atração e retenção de estudantes de 2º e 3º Ciclos e de formação não conferente de grau, realizados em formatos de curta ou longa duração, com participação compartilhada que promove uma cultura de aprendizagem ao longo da vida. Envolvem-se estudantes das pós-graduações e jovens investigadores na organização e desenvolvimento de ações de formação contínua e de atividades extracurriculares.

1.9 – Oferta de Programas de Formação à Distância

Salienta-se o recurso a suportes de e-learning, em espaços de estudo, laboratórios de informática e espaços de lazer e convívio (e-learning café), que criam um ambiente integrado de ensino-aprendizagem, facilitam o acesso a novas ferramentas computacionais de informação e comunicação, e a utilização de equipamentos audiovisuais com parceiros nacionais ou internacionais. No seguimento da atualização do portal da U.Porto, a FMUP continuou a dar o seu contributo para a manutenção do [email protected], com particular ênfase sobre a visibilidade da oferta de cursos à distância (Quadro n.º 10). Quadro n.º 10. Indicadores sobre Ensino à Distância em 2014/2015

Ensino à Distância 2014/

2015

% UCs de Cursos Conferentes de Grau com Conteúdos Online 30%

N.º Módulos Pertencentes a Cursos Não Conferentes de Grau com Conteúdos Online 432

Doutoramento

Mestrado

Licenciatura

Doutoramento Mestrado Licenciatura

N.º de Diretores 11 10 1

N.º de Direções de Curso 12 12 1

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De salientar que a FMUP tem 4 cursos de especialização à distância, a saber: Medicina Desportiva; Geriatria; Reabilitação em Medicina do Exercício e Desporto; Saúde Sénior, Reabilitação e Envelhecimento Ativo. Adicionalmente tem 3 cursos de formação continua/unidade de formação à distância: Aperfeiçoamento em Medicina Desportiva; Curso Inicial de Auscultação Cardíaca; Introdução à Norma OpenEHR. Procedeu-se ao reforço das funcionalidades da plataforma de e-learning com a introdução da ferramenta WIRIS Math and Science, dinamizando-se a realização de ações de formação docente tendo em vista a respetiva utilização. Acresce o apoio à comunidade docente em operações de criação e gestão das UCs na plataforma Moodle e a aplicação das ferramentas que integram o portefólio Google apps educational edition, aproveitando o seu potencial para gerar novos sistemas de formação, nomeadamente redes virtuais, ensino à distância, recursos científicos e educacionais digitais, etc. Foi efetuada a transmissão online das sessões de discussão clínica de Oftalmologia do Departamento de Órgãos dos Sentidos, em colaboração com o CHSJ. A gravação de aulas em vídeo foi utilizada por docentes com recurso ao sistema Educast. De acordo com o especificado no Plano de Ação está prevista a criação da FMUP. Online. Este projeto adotará o formato de cursos online ou em regime híbrido (SPOC5 - SmaII Private Online Courses), dirigidos a médicos e a outros profissionais de saúde, alargando o público-alvo da FMUP.

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2 - Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+i) 2.1 – Desenvolvimento de Condições para a Investigação e Inovação

A FMUP é reconhecida pela qualidade da investigação biomédica que desenvolve, continuando a ampliar a dimensão científica da atividade clínica, promovendo a investigação de translação e reforçando a relevância nacional e internacional dos centros de investigação interdisciplinares. No que se refere às publicações ISI com fator de impacto (IF), apresentam-se as áreas científicas (Quadro n.º 11), com os artigos publicados e bem assim, os correspondentes IF e rankings médios, de acordo com o apuramento efetuado pelo DaIPG. Quadro n.º 11. Áreas Científicas das Publicações ISI da FMUP em 2015

Área Científica ISI N.º c/IF Somatório IF IF Médio Ranking Médio

Agriculture Multidisciplinary 3 8.736 2.912 0.036 Allergy 9 46.322 5.147 0.221 Andrology 1 2.298 2.298 0.571 Anesthesiology 5 19.821 3.964 0.289 Biochemical Research Methods 3 14.091 4.697 0.134 Biochemistry & Molecular Biology 10 35.649 3.565 0.403 Biology 25 89.071 3.563 0.160 Biophysics 2 9.764 4.882 0.123 Biotechnology & Applied Microbiology 5 12.522 2.504 0.466 Cardiac & Cardiovascular Systems 40 194.810 4.870 0.440 Cell Biology 4 26.322 6.581 0.245 Chemistry, Organic 1 2.793 2.793 0.259 Chemistry, Physical 2 3.204 1.602 0.662 Chemistry Medicinal 1 3.744 3.744 0.136 Computer Science, Artificial Intelligence 1 2.019 2.019 0.325 Computer Science, Information Systems 1 1.987 1.987 0.180 Clinical Neurology 25 123.950 4.958 0.228 Critical Care Medicine 2 13.526 6.763 0.130 Dentistry, Oral Surgery & Medicine 3 5.212 1.737 0.431 Dermatology 6 11.716 1.953 0.384 Developmental Biology 3 4.248 1.416 0.878 Education & Educational Research 1 1.132 1.132 0.272 Education, Scientific Disciplines 3 4.115 1.372 0.413 Emergency Medicine 3 3.992 1.331 0.472 Endocrinology & Metabolism 16 50.658 3.166 0.489 Engineering Biomedical 6 18.194 3.032 0.301 Environmental Sciences 5 11.924 2.385 0.369 Gastroenterology & Hepatology 36 160.458 4.457 0.454 Genetics & Heredity 12 106.037 8.836 0.178 Geriatrics & Gerontology 7 28.510 4.073 0.202 Health Care Sciences & Services 6 13.333 2.222 0.375 Hematology 2 16.833 8.417 0.051 Immunology 4 17.249 4.312 0.348 Infectious Diseases 6 21.484 3.581 0.438 Marine & Fresh Water Biology 1 2.762 2.762 0.117 Medical Ethics 1 1.511 1.511 0.278 Medical Laboratory Technology 1 2.824 2.824 0.188 Medicine General & Internal 33 145.243 4.401 0.632

Medicine, Legal 7 9.631 1.376 0.555 Medicine, Research & Experimental 9 24.688 2.743 0.398 Microbiology 6 20.328 3.388 0.328

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Quadro n.º 11. Áreas Científicas das Publicações ISI da FMUP em 2015 (cont.)

Área Científica ISI N.º c/IF Somatório IF IF Médio Ranking Médio

Multidisciplinary Sciences 6 58.035 9.673 0.103 Neurosciences 5 17.445 3.489 0.429 Nutrition & Dietetics 18 58.325 3.240 0.306 Obstetrics & Gynecology 31 62.409 2.013 0.361

Ophthalmology 9 19.228 2.136 0.351 Oncology 23 175.603 7.635 0.264 Orthopedics 2 5.206 2.603 0.321 Otorhinolaryngology 7 9.511 1.359 0.529 Parasitology 1 6.204 6.204 0.111

Pathology 7 22.459 3.208 0.351 Pediatrics 23 52.761 2.294 0.301 Peripheral Vascular Disease 6 24.343 4.057 0.281

Pharmacology & Pharmacy 28 125.456 4.481 0.264 Physiology 4 16.511 4.128 0.167

Physics, Applied 1 3.302 3.302 0.146 Plant Sciences 1 2.407 2.407 0.025 Primary Health Care 2 2.650 1.325 0.474 Psychology 3 4.514 1.505 0.522 Psychiatry 4 13.713 3.428 0.514

Public, Environmental & Occupational Health 20 55.190 2.760 0.326 Radiology Nuclear, Medicine & Medical Imaging 7 22.962 3.280 0.353 Reproductive Biology 3 9.291 3.097 0.303 Respiratory System 15 42.122 2.808 0.755 Rheumatology 9 11.375 1.264 0.649

Sport Sciences 6 16.151 2.692 0.253 Surgery 20 70.240 3.512 0.243 Toxicoly 7 25.281 3.612 0.264 Tropical Medicine 1 3.109 3.109 0.095 Urology & Nephorology 17 68.105 4.006 0.276

Water Resources 1 3.197 3.197 0.072

Prosseguem ainda os objetivos através da manutenção e reforço de incentivos, reportando e publicitando junto dos meios de comunicação social e dos canais internos da U.Porto (Newsletter da U.Porto, U.Porto Edições, TVU.up, SIGARRA), os melhores trabalhos de investigação, nomeações de investigadores e prémios obtidos, fortalecendo a ligação com a sociedade.

2.2 - Acesso a Profissionais, Técnicas e Conhecimento de Excelência

Envolvem-se os docentes mais qualificados e investigadores na liderança ou coordenação das atividades e projetos de I&D+i e a utilização otimizada de recursos técnicos e tecnológicos, por forma a permitir melhor proveito para os resultados científicos. Incentiva-se a realização de projetos de investigação pluridisciplinar com participação de docentes, investigadores, bolseiros e estudantes, capazes de criar um espírito de colaboração e de partilha de conhecimento entre UI&D+i, impulsionadores de relações com o tecido empresarial e com diferentes instituições públicas ou privadas. No âmbito da promoção de uma cultura de I&D+i e da divulgação das atividades e resultados alcançados encontram-se os públicos mais jovens, permitindo-lhes realizar atividades de exploração e descoberta, tendo em vista o desenvolvimento do conhecimento e do espírito científico e raciocínio crítico.

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2.3 - Sustentabilidade Económico-Financeira das Atividades de I&D+i

O DaIPG continuou a intervir na diversificação e divulgação dos mecanismos de financiamento à investigação, com vista a diferenciação pela inovação, identificando instrumentos de financiamento disponíveis ao abrigo de programas nacionais (Reitoria da U.Porto, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte CCDR-N, Agência de Inovação, S.A. - Adi, Fundação para a Ciência e Tecnologia - FCT, IP, Fundação Calouste Gulbenkian, etc.), europeus (Comissão Europeia e outras instituições da União Europeia - Horizonte 2020), empresas, sociedades científicas e outras instituições, envolvendo crescente número de colaborações em rede. No Quadro n.º 12 apresentam-se os projetos e ensaios clínicos em que a FMUP esteve envolvida, em 2015, tendo 13 sido submetidos a financiamento. Quadro n.º 12. Projetos Científicos e Ensaios Clínicos (Clinical Trials) em 2015

Fonte de Financiamento N.º Peso % no

Financiamento Clinical Trials (empresa) 51 0 Clinical Trials (outros) 12 4 Internacional 14 22 União Europeia 18 37 FCT 54 26 Empresa 10 0 U.Porto 20 1 Sociedade Científica 8 0 Outros 30 10 TOTAL 217 €1.975.874

Conclui-se por um montante de financiamento, nacional e internacional, contratualizado por via de projetos de I&D+i nas áreas estratégicas definidas, de 1.975.874 Euros, salientando-se 18 projetos da União Europeia. Realça-se a existência de 2 novos projetos de I&D+i em consórcio, sendo um nacional e o outro internacional. Por seu lado o Quadro n.º 13 apresenta a evolução dos principais elementos sobre a execução financeira de projetos científicos da FMUP nos últimos 6 anos e a Figura n.º 7 ilustra a evolução da origem nacional e internacional do correspondente financiamento.

Quadro n.º 13. Evolução dos Projetos Científicos com Execução Financeira

Projetos com Execução Financeira 2010 2011 2012 2013 2014 2015 N.º Projetos Científicos c/ Execução Financeira 76 57 81 98 79 77 N.º Investigadores (as) Responsáveis 46 39 49 57 47 46 N.º Entidades Financiadoras 12 14 15 12 13 14 Financiamento (Milhão €) 2,3 1,5 2,8 2,8 2,3 2,0

Figura n.º 7. Evolução da Origem do Financiamento de Projetos Científicos da FMUP (Milhar €)

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Nacional 2.351 1.005 2.370 2.372 1.852 1.020

União Europeia 435 447 428 470 1.064

Outro 78 36 44 10

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O valor recebido referente a projetos científicos, em 2015, de cerca de 2 milhões de Euros, correspondeu a 24% do total de receitas próprias da FMUP e a 11% do financiamento total. Destaca-se o valor obtido junto de empresas, de 178 mil Euros, equivalente a cerca de 8% do montante realizado com projetos científicos, em 2015. A receita de fontes internacionais cifrou-se em 1.064 mil Euros no mesmo período.

2.4 – Entrosamento Transversal e Sinérgico da I&D+i, incluindo as Boas Práticas de Gestão

A FMUP tem um conjunto alargado de interfaces, algumas das quais asseguram atividades específicas da Faculdade, como sejam o IBET, IBMC, INEB, ISPUP, IPATIMUP e I3S. Os laboratórios associados têm permitido explorar sinergias para a expansão de novas atividades de investigação, não só na vertente biomédica e clínica, mas também noutras áreas complementares. O mais recente exercício de avaliação promovido pela FCT, que decorreu em 2014, traduziu este esforço, resultando nas duas unidades da FMUP com classificação de «Very Good», a saber o Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde (CINTESIS) liderado pelo Prof. Doutor Altamiro da Costa-Pereira e a Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular liderada pelo Prof. Doutor Adelino Leite-Moreira. No Quadro n.º 14 e Figura n.º 8, indicam-se as 12 Unidades da FCT em que os investigadores da FMUP participam, tendo em consideração as que se referem à última avaliação. Neste conjunto 7 Unidades (58%) foram avaliadas com «Exceptional» ou «Excellent» e as demais com «Very Good». Quadro n.º 14. Participação de Profissionais da FMUP em Unidades de I&D+i da FCT em 2015

Unidades de I&D+i - FCT Avaliação N.º

Colaboradores

Applied Molecular Biosciences Unit Exceptional 1 Associated Laboratory of Energy, Transports and Aeronautics Very Good 4 Associated Laboratory for Green Chemistry - Clean Technologies and Processes Excellent 1

Cardiovascular Research and Development Center Very Good 37 Center for Research in Health Technologies and Services Very Good 60 Centre for Biotechnology and Fine Chemistry Very Good 1 Centre for Mathematics of the University of Porto Excellent 1 CNC.IBILI Excellent 1 Epidemiology Research Unit – Institute of Public Health, University of Porto Very Good 25 INESC TEC – INESC Technology and Science Excellent 1 Institute for Research and Innovation in Health Sciences Exceptional 94 Research in Social Sciences and Management Excellent 1 TOTAL DE PARTICIPAÇÕES DA FMUP 227

Figura n.º 8. Distribuição das Participações de Elementos da FMUP nas UI&D+i da FCT, de Acordo com a Avaliação das Unidades, em 2015

95

5

127

Exceptional Excellent Very Good

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Do conjunto dos docentes (176,58 ETI) e investigadores (7,68 ETI) da FMUP equivalentes a 184,26 ETI, encontravam-se 38,54 ETI (20,9%) integrados em unidades de I&D+i e laboratórios associados classificados pela FCT com «Very Good». Com a entrada em funcionamento do CIM tem sido promovida uma política de implementação e otimização de infraestruturas e recursos de investigação científicos e tecnológicos de apoio à investigação biomédica, de onde se salientam os laboratórios e biotério, com a colaboração das UI&D+i, através de uma organização mais funcional, e o aprofundamento de uma cultura de partilha de equipamentos de apoio à investigação, com critérios de eficiência e autonomia, beneficiando do consequente efeito de escala, que facilitam o acesso dos docentes, investigadores e estudantes, a técnicas diferenciadoras, com vista a melhorar a atividade científica pluridisciplinar, permitindo o desenvolvimento de novos projetos com valor acrescentado do ponto de vista científico e económico, criando novas dinâmicas de saberes. Refira-se a operacionalização da plataforma U.Point 10 para promover a colaboração entre docentes e investigadores, de recursos e equipamentos, e submissão de candidaturas aos programas de financiamento competitivo, e a sua interoperabilidade com o SIGARRA. Paralelamente, o alargamento do serviço da Biblioteca da FMUP, que tem anualmente cerca de 200.000 utilizadores, conduz ao investimento na assinatura de recursos bibliográfico-documentais, através de bibliotecas online, repositórios de dados, arquivos e sites de carácter profissional, como ferramentas de trabalho para utilização pela comunidade académica, resultantes da produção científica de docentes, investigadores e estudantes, fomentando a utilização partilhada via portal da Biblioteca Virtual com o aproveitamento de recursos disponibilizados no SIGARRA, entre outras funcionalidades (Quadros n.ºs 15 e 16).

Quadro n.º 15. Evolução de Indicadores dos Serviços da Biblioteca Central da FMUP

Biblioteca Central da FMUP 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Leitura de Presença 31.020 36.250 65.000 75.000 106.632 9.452

Leitura Domiciliária 790 905 750 936 1.107 469

Visitas à Página 106.294 64.923 60.731 41.173 67.285 19.631

Impressões 498.816 193.237 154.754 59.652 54.464 45.047

Fotocópias 96.761 43.729 17.580 12.616 5.357 1.500

A FMUP continuou a assegurar o desenvolvimento da componente de I&D+i do SIGARRA e sua compatibilidade com padrões europeus, face à necessidade de atualização do registo e validação das publicações, de dissertações e teses académicas, da indexação dos artigos publicados em bases de dados internacionais de citações, como sejam a ISI - Web of Scientific Knowledge e a Scopus (SCImago). Manteve-se o desenvolvimento dos sistemas de informação para bibliotecas da U.Porto (Aleph, EDS, EndNote, pesquisa em bases de dados), formação sobre o Score das Teses de Doutoramento, no JCR - Journal Citation Reports do Repositório da U.Porto, Diplomas Universidade do Porto (Digitary), sistema de gestão de conteúdos de aprendizagem (Moodle), entre outros.

Quadro n.º 16. Indicadores de Atividade Técnica da Biblioteca Central da FMUP em 2015

Biblioteca Central da FMUP 2015

Documentos Tratados Tecnicamente e Introduzidos no Sistema ALEPH 3.245

Artigos Pesquisados e Enviados a Pedido de Instituições Externas 417

Artigos Pesquisados e Enviados a Pedido de Utilizadores Internos 487

Cálculo do Score das Teses de Doutoramento, Apurado com Base nos Dados Bibliométricos Recolhidos na ISI Web of Knowledge Cálculo do Score das Teses de Doutoramento, Apurado com Base nos Dados Bibliométricos Recolhidos no JCR - Journal Citation Reports

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2.5 – Parcerias Internacionais e Acesso a Redes de Conhecimento Internacionais

A FMUP tem promovido de forma criteriosa o estabelecimento de parcerias e protocolos de cooperação com universidades e centros de I&D+i de referência, reforçando a sua presença no Espaço Europeu de Investigação, desenvolvendo uma política de investigação centrada na promoção da excelência, contemplando mecanismos para mobilizar os melhores recursos humanos, partilhando investigadores doutorados, investigadores de pós-doutoramento e ainda bolseiros, apoiando-os no desenvolvimento dos planos de trabalho que são levados a efeito pelas UI&D+i e departamentos.

Salienta-se, em especial, o programa Austin/Portugal pela sua ligação ao centro de competências MIL (Media Innovation Labs), para além de outros programas protocolados com o Estado português e as instituições de ensino superior norte-americanas MIT - Massachusetts Institute of Technology, a CMU - Carnegie Mellon University e a UTA - University of Texas, Austin.

De salientar ainda o Programa Harvard Medical School, de caráter nacional. Privilegia-se a inclusão de estudantes de pós-graduação em equipas nacionais e internacionais que desenvolvem investigação semelhante, fomentando-se o intercâmbio científico com centros de investigação.

Esta Instituição continua a colaborar com empresas e associações setoriais, incentivando a realização de projetos pluridisciplinares, capazes de gerarem resultados com impacto económico e social na região e no país, e sempre que tal se afigure possível, envolver esses parceiros em projetos internacionais, de que é exemplo de operacionalização o consórcio multicêntrico do Health Cluster Portugal.

A criação do CUME permite, de modo mais amplo e integrado, desenvolver estas parcerias interinstitucionais.

Promoveu-se o reforço e consolidação da vertente clínica de investigação, continuando a apostar-se no reforço da rede de hospitais afiliados com investigação clínica.

Foram realizados esforços de investigação e colaboração interdisciplinar com parceiros estratégicos para melhorar a promoção da saúde, prevenção de saúde, sistemas de prestação de cuidados de saúde e resultados em saúde.

2.6 - Atração e Retenção dos Melhores Investigadores

Apoiaram-se programas de intercâmbio de investigação e centros de saber de referência, de modo a atrair mais investigadores doutorados, investigadores de pós-doutoramento e estudantes de pós-graduação, potenciando as condições do respetivo enquadramento pelas UI&D+i e departamentos, de modo a promover a colaboração entre os diferentes grupos e outras instituições de nível nacional ou internacional.

É de realçar o aumento sustentado de investigadores integrados (incluindo PhDs), tendo-se, quando justificável e mediante disponibilidade orçamental, estimulado a vinculação à Faculdade de alguns investigadores através de lugares docentes no mapa de pessoal, encorajando o seu envolvimento no ensino, aos níveis da pré e da pós-graduação, como fator diferenciador e de qualidade.

Acresce a realização na FMUP do «FMUP PhD & Master's Day», como promotor da divulgação dos projetos em desenvolvimento ao abrigo dos programas conferentes de grau.

Têm vindo a ser disponibilizados alguns indicadores e métricas, designadamente do Quadro n.º 17, de atualização sistemática, que traduzem a atividade científica realizada, no sentido de identificar pontos críticos e contribuir, em crescendo, para o fomento da qualidade das atividades de I&D+i.

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Quadro n.º 17. Evolução de Resultados da Atividade Científica da FMUP

Resultados da Atividade Científica 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Participação nos Corpos Editoriais (Publicações Científicas)

Internacionais 68 42 66 66 42 67

Nacionais 24 18 25 14 10 15

Prémios


Nacionais 54 35 43 47 61 37

Arbitragem Científica

Projetos Internacionais (Por Call) 37 74 87 94 149 93

Projetos Nacionais (Por Call) 18 166 237 128 278 198

Revistas Científicas Internacionais (N.º de Revistas) 282 257 305 352 348 398

Revistas Científicas Nacionais (N.º de Revistas) 20 17 16 23 27 27

Participação na Direção de Sociedades Científicas


Nacionais 68 47 55 54 51 42

Nota-se que, em 2015, os prémios obtidos ascenderam a 295.900 Euros distribuídos por 95.000 Euros com origem internacional, beneficiando 16 profissionais, e por outro lado 200.900 Euros com financiamento nacional abrangendo 36 premiados. Ainda de salientar 386 participações de docentes e investigadores da FMUP em júris de provas académicas durante o ano de 2015, correspondendo 7 a concursos de provimento, 22 a agregação, 166 a doutoramentos, 65 a 2ºs ciclos, 118 ao MMED e 8 a licenciaturas.

2.7 - Integração entre Investigação e Formação

Promoveu-se o desenvolvimento e divulgação da excelência da investigação e da transferência de conhecimentos, estimulando a produção científica em estreita colaboração com os estudantes de pós-doutoramento, doutoramento, mestrado, bolseiros e estagiários de iniciação científica, permitindo o desenvolvimento e consolidação ativa de competências. Verificou-se a participação da comunidade académica no IJUP - Encontro de Investigação Jovem, tendo sido registadas 31 inscrições de docentes e estudantes e a elaboração de 18 resumos por parte de estudantes da FMUP. Continuaram a ser realizados eventos científicos, de que é exemplo o Young European Scientist Meeting (YES Meeting) cuja 10ª edição ocorreu em 2015, uma conferência internacional criada pelos estudantes da FMUP cujo principal propósito é o intercâmbio de investigação realizada pelos estudantes, promovendo esta competência transversal na educação médica, também no sentido de aumentar a influência da FMUP. Neste evento participaram 350 estudantes e oradores de diversos países. Foi dinamizado o processo de atribuição de bolsas de investigação e de apoios e incentivos aos estudantes que mais se destacaram e envolveram em atividades de investigação. Manteve-se a colaboração nas atividades de orientação ou co-orientação de dissertações, teses de doutoramento, teses de mestrado, de projetos de investigação, em parceria com instituições de saúde, ensino ou investigação nacionais ou internacionais. Apresentam-se no Quadro n.º 18, com base em apuramento do DaIPG, as orientações e (co)orientações conduzidas por elementos da FMUP (docentes e investigadores), em 2015, com relação a doutoramentos, mestrados e licenciaturas, da FMUP, de outras UO da U.Porto, e outras instituições de ensino superior.

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Quadro n.º 18. Participação de Elementos da FMUP em Orientação ou (Co)orientação de Doutoramentos, Mestrados e Licenciaturas, em 2015

Teses N.º N.º de

Orientadores Em Curso Doutoramento 447 121 Mestrado 180 83 Licenciatura 5 4

Subtotal 632 208 Concluídas Doutoramento 51 37 Mestrado 174 86 Licenciatura 12 8

Subtotal 237 131 TOTAL DE PARTICIPAÇÕES 869 339

Por outro lado, no Quadro n.º 19 estão indicadas as orientações e (co)orientações de cursos não conferentes de grau referentes a pós-doutoramentos, estágios e bolseiros de investigação. Quadro n.º 19. Participação de Elementos da FMUP em Orientação ou (Co)orientação de Cursos Não Conferentes de Grau em 2015

Não Conferente de Grau N.º N.º de

Orientadores Pós-Doutoramento 32 20 Estagiário 30 17 Bolseiro 16 11 TOTAL DE PARTICIPAÇÕES 78 48

Destaca-se, ainda, a introdução no novo plano de estudos do MMED de uma «nova» Unidade Curricular no 1º ano de «Introdução à Investigação Científica», para promover o conhecimento desde o início da formação dos médicos desta importante componente de formação global e de permitir divulgar o conhecimento das potencialidades institucionais e interinstitucionais da realização das atividades científicas. O Quadro n.º 20 apresenta a evolução dos principais indicadores sobre trabalho científico realizado para conclusão do MMED. Quadro n.º 20. Evolução de Indicadores sobre o Trabalho Científico para Conclusão do MMED

Trabalho Científico/Conclusão do MMED 2009/ 2010

2010/ 2011

2011/ 2012

2012/ 2013

2013/ 2014

2014/ 2015

Dissertação 25 34 52 94 106 146 Monografia 145 148 190 165 123 129 Relatório de Estágio Profissionalizante 62 49 0 0 0 0

2.8 – Aumento da Visibilidade das Atividades de I&D+i

Os resultados da I&D+i foram divulgados através de relatórios anuais que incluem as publicações relevantes em várias áreas científicas ISI, de modo a sensibilizar a comunidade académica para a necessidade de aumentar a produção científica, melhorando os índices de publicação de artigos em revistas internacionais, designadamente os referenciados na ISI-WoS e Scopus (SCImago) (1º e 2º Quartil), o número de publicações referenciadas noutras revistas nacionais ou internacionais, alcançando níveis elevados de citações por documento publicado, relançando a projeção internacional e o reflexo da FMUP e U.Porto nos principais rankings de referência internacional do ensino superior.

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Ainda neste âmbito, mantiveram-se as atividades de cariz científico que incluem a participação de docentes como Peer-review de revistas nacionais ou internacionais, comunicações orais, palestras, apresentações oral/poster, participação em eventos ou fóruns de instituições ou empresas. No Quadro n.º 21 consta a evolução das publicações da FMUP, separadas em vários tipos, incluindo artigos submetidos. Sequencialmente a Figura n.º 9 ilustra a evolução do IF (Média) das publicações, as quais se encontram em revista com ISSN ou livro com ISBN. Quadro n.º 21. Evolução das Publicações Científicas

Publicações 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Livros Internacionais 1 1 2 4 1 6

Livros Nacionais 15 8 4 4 9 11 Capítulos de Livros Internacionais 37 8 33 29 14 24 Capítulos de Livros Nacionais 74 23 55 22 63 16 Publicações Originais Indexadas de Circulação Internacional (Inglês)

409 349 539 585 583 687

Outras Publicações Originais Indexadas (Não Inglês) 74 18 10 7 8 14

Outras Publicações Internacionais, incluindo Peer-review 47 13 32 32 49 27 Proceedings em Livro (Inglês) 10 22 24 20 26 Publicações Nacionais 120 40 74 41 50 24 Proceedings em Livro (Não Inglês) 4 2 5 0 0

Sumários em Revistas Indexadas de Circulação Internacional (Inglês)

287 266 416 329 259 296

Sumários em Outras Publicações Internacionais 30 67 36 31 36 Sumários em Proceedings em Livro (Inglês) 6 21 3 14 4 Sumários em Revistas Nacionais 47 68 100 118 93 101 IF - Fator de Impacto (Média) 3,356 3,797 3,688 3,507 3,288 3,833

Figura n.º 9. Evolução do IF (Média) das Publicações da FMUP

Salienta-se o apuramento do rácio dos documentos ISI-WoS e Scopus (SCImago), por Doutorado (ETI) equivalente a 14%. Apresenta-se seguidamente o espelho da qualidade dos artigos científicos (Figura n.º 10), medida de duas formas relacionadas: pelo rank médio na respetiva área ISI e pela fração da unidade dos artigos ISI com Fator

3,356

3,797

3,688

3,507

3,288

3,833

2010

2011

2012

2013

2014

2015

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de Impacto que se encontram no 1º Quartil (publicados nas melhores 25% revistas da respetiva área ISI).

Figura n.º 10. Evolução da Qualidade dos Artigos ISI da FMUP

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

0,55

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Rank Médio(0-melhor; 1-pior)

Fração da unidadeno 1º quartil

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3 - Desenvolvimento Económico e Social 3.1 - Adequação da Atividade às Expectativas da Sociedade

Importa salientar o estabelecimento de parcerias de valor acrescentado, com empresas e instituições, estreitando laços com as demais UO da U.Porto, ARS Norte, com o CHSJ, outras escolas médicas, centros hospitalares, ACES, hospitais, laboratórios associados, entidades de pesquisa, do comércio e indústria, entre outros parceiros privilegiados, que possam apoiar na prestação de serviços, trabalho técnico-científico, afiliação, direção de serviços clínicos e potenciar o ensino, a investigação e a incorporação de inovação científica e tecnológica, designadamente na prática médica, assim como elevar o valor dos méritos académicos na área da saúde, e assegurar sucessivos reforços dos níveis de produtividade individual dos departamentos e profissionais. Destaca-se a participação do então Ministro da Saúde na apresentação sobre as vantagens clínicas do programa informático HVITAL no âmbito da parceria da FMUP com o CHSJ. Salienta-se ainda o acolhimento do III Congresso da Sociedade Portuguesa de Simulação Aplicada às Ciências da Saúde e a apresentação da Plataforma de Dados em Saúde.

3.2 - Diversificação de Receitas

A FMUP disponibiliza através dos seus laboratórios (LAIMM - Laboratório de Apoio à Investigação em Medicina Molecular, Laboratório Nobre, Laboratório do Departamento de Genética, entre outros), e de diferentes departamentos (Académicos e Não Académicos), um diversificado portefólio de serviços, nomeadamente análises clínicas, assistência médica, atividade de gestão em serviços de saúde, realização de projetos com componente de prestação de serviços, elaboração de estudos, pareceres e consultoria, peritagens, realização de cursos de formação, trabalhos técnicos especializados, criação e desenvolvimento de diverso software aplicacional na área da informática médica, venda de publicações, impressos, fotocópias e outra documentação, disponibilização de informação em suporte de base de dados, entre outros serviços. É promovido um conjunto de estratégias e procedimentos para angariar recursos financeiros junto de diversos públicos-alvo, sejam doadores, mecenas e outros, no âmbito de uma política de fundraising, de modo a reforçar a sustentabilidade da Instituição. A Figura n.º 11 permite visualizar a evolução do financiamento destas atividades na FMUP, que representou, em 2015, 14,5% do total de receitas próprias e cerca de 7% do volume financeiro global.

Figura n.º 11. Evolução do Financiamento da Prestação de Serviços da FMUP (Milhão €)

3.3 – Investigação com Potencial de Valorização Económica

Foi promovida uma atitude mais empreendedora de docentes, investigadores e estudantes, reforçando a ligação com empresas individuais, agrupamentos de empresas e outras organizações, identificando entidades com

1,5 1,6

1,1 1,2 1,1 1,2

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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interesse científico e económico nas linhas de investigação desenvolvidas, nomeadamente no que respeita à promoção da propriedade intelectual, designadamente em matéria de direitos na investigação biomédica, em articulação com a UPIN. Releva-se a área da medicina farmacêutica e dos dispositivos médicos, onde as terapias avançadas do tipo medicamentoso são um alicerce da boa prática médica. Assim, a investigação na FMUP tem vindo a alinhar os seus interesses de investigação (genética, nanotecnologia e farmacogenómica), com as necessidades e tendências atuais da indústria farmacêutica. A comunidade académica e os antigos estudantes desempenham um papel dinamizador no crescimento da valorização económica do conhecimento e da inovação, realizado através da prestação de serviços especializados, do reforço do número de patentes - 2 submetidas em 2015, com 2 elementos envolvidos -, de atração de novos colaboradores e investidores, com expressão no emprego e no volume de receitas.

3.4 – Relações com Empresas, Instituições e Alumni

A FMUP deu continuidade ao trabalho em parceria com instituições de ensino e saúde para melhor preparar os estudantes para as profissões de saúde. Têm vindo a ser reforçadas as afiliações clínicas que oferecem grande variedade de centros clínicos, sobretudo na Região Norte, permitindo oportunidades de trabalhar de forma integrada com profissionais de saúde locais, melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida. Assim, em 2015, a FMUP para além da celebração do consóricio com o CHSJ (CUME), procedeu à renovação da assinatura do protocolo de colaboração com instituições de saúde (Quadro n.º 22), com vista à formação clínica dos estudantes de Medicina desta Faculdade, em cerimónia que contou com a presença do então Ministro da Saúde.

Quadro n.º 22. Lista das Entidades Afiliadas da FMUP em 2015

Entidades Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim Vila do Conde, EPE Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, EPE Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE Centro Hospitalar Nordeste, EPE Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE

Hospital CUF - Porto Hospital da Arrábida Hospital de Santa Maria Maior, EPE Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Hospital Lusíadas Porto

Hospital Privado de Boa Nova Instituto Português de Oncologia do Porto, FG - EPE Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, EPE Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE

Centro de Saúde de Arcos de Valdevez * Centro de Saúde de Amares * Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto * Centro de Saúde de Miranda do Douro * Centro de Saúde Lousada *

USF Camélias * USF São João do Porto * *Aguarda formalização de protocolo com a ARSN

https://sigarra.up.pt/fmup/pt/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=24854

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A manutenção da colaboração com essas entidades contribui para garantir um rácio docente/estudante adequado, a diversificação de contextos de prática clínica e a qualidade no ensino e na aprendizagem das competências clínicas. Nas aulas práticas o rácio docente/estudante deverá idealmente ser de 1 docente para 1 estudante e nunca inferior a 1:4. Desta forma, os estudantes são beneficiados porque acompanharão o docente durante o seu trabalho clínico; por outro lado, o médico poderá exercer a sua atividade docente prática sem perturbação das suas funções assistenciais de rotina e minimizando a interferência com o bem-estar do doente. A comunidade de Alumni representa um ativo valioso da FMUP enquanto parceira na discussão e prossecução dos objetivos estratégicos, mentora de candidatos ao ensino superior e de diplomados que vão ingressar no mercado de trabalho, e também devido à sua experiência, rede de contatos e presença na sociedade. A formalização do Gabinete Alumni FMUP foi efetuada em 2016. A FMUP tem assegurado estreita articulação com as organizações estudantis, nomeadamente com a AEFMUP, para acolher as suas opiniões sobre as questões académicas que a todos interessam. A AEFMUP assume um papel de agente cultural e dinamizador de diversas atividades fundamentais nos domínios representativo, pedagógico, científico e sócio-cultural, para melhor integração, espírito de equipa, motivação e bem-estar da comunidade académica e da sua participação ativa nas diferentes vertentes da vida académica, incluindo as atividades culturais e desportivas. Deu-se lugar à participação e intervenção ativa dos representantes da AEFMUP em reuniões junto dos Órgãos de Gestão da Faculdade, outras entidades em particular a U.Porto, CHSJ e outros fóruns. Foram organizadas diversas ações entre a AEFMUP e a Federação Académica do Porto (FAP) e a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM). Destaca-se o Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), com vista ao debate de temas como sejam a ação social e o abandono escolar, entre outros.

3.5 – Responsabilidade Social

Foram estabelecidos programas de voluntariado e trabalho comunitário e de solidariedade, junto de centros hospitalares, universidades, ACES, autoridades locais e regionais, escolas, entre outros agentes, públicos ou privados, que passam pelo apoio à integração de novos estudantes, aproximação a estudantes de outros ciclos de estudo, mobilidade, iniciativas sociais, consulta psicológica (Quadro n.º 23), organização de colóquios e congressos, com intervenção da comunidade académica, onde são transmitidos conhecimentos, procedendo-se ao desenvolvimento de programas académicos e de investigação em matéria de cuidados de saúde.

Quadro n.º 23. Evolução do Número de Consultas Psicológicas

Consulta Psicológica 2010 2011 2012 2013 2014 2015

TOTAL 728 704 613 556 714 807

Foi criada a UC optativa de «Formação Social e Humana», possibilitando a aquisição e desenvolvimento de competências transversais complementares à sua formação académica e de colaboração em medidas promotoras do sucesso académico e da inclusão social. Desenvolveram-se iniciativas para a igualdade de oportunidades dirigidas aos Estudantes com Necessidades Educativas Especiais, com o apoio do GAE, no sentido de promover competências pessoais e de integração académica e profissional e bem assim, participação ativa em atividades organizadas pela U.Porto e por entidades externas. No ano de 2015 estiveram alojados, nas Residências Universitárias da U. Porto, 26 estudantes da FMUP. Salienta-se a realização do projeto «Inquérito nacional vai avaliar o consumo alimentar e a atividade física dos portugueses» cujo lançamento foi presidido pelo então Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, sendo apoiado pelo programa EEAGrants - Iniciativas em Saúde Pública e o Consórcio definido para o conduzir que envolve várias UO da U.Porto (Faculdade de Medicina, de Nutrição e de Desporto), de Lisboa (Faculdade

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de Medicina e de Motricidade Humana) e de Oslo (Faculdade de Medicina), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge - INSA, e a empresa SILICOLIFE. Paralelamente, o GAE promoveu no Auditório do CIM da FMUP uma palestra intitulada «Violência nas Relações». Acresce a relativa a Infeções por Chlamydia trachomatis e Mycoplasma genitalium, por Harald Moi, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Oslo, Noruega, consultor da IUSTI (International Union for Sexually Transmitted Infections) e coordenador das guidelines europeias sobre Infeções Sexualmente Transmissíveis. Realizou-se uma sessão de apresentação e debate sobre «Trabalhos de Investigação na área da Tuberculose», inserida nas comemorações do Dia Mundial da Tuberculose, pretendendo dar a conhecer os trabalhos de investigação que têm vindo a ser desenvolvidos pelo ISPUP nesta área. Neste âmbito realça-se ainda a iniciativa da FMUP que faz «nascer» Pomar Solidário com o apoio de stakeholders. A AEFMUP tem por hábito ceder as suas instalações periodicamente para fins de divulgação de atividades de cariz solidário ou benéficas para os estudantes que representa. Nesse sentido, foram promovidas as ações de divulgação da Amnistia Internacional e das associações, «O Kastelo» - Associação Nomeiodonada, «Proteger e Mimar», «Lacinhos», «Semente Solidária», «VO.U - Voluntariado Universitário», «Sorriso», «Sorriso Solidário», «Terra do Nunca», «Associação Laços de Amor» e o Workshop «Operação Nariz Vermelho – Comunicação com Crianças e Pais». Destaca-se a «Semana da Saúde e do Bem-Estar», organizada pela AEFMUP, com apoio da FMUP, para realizar rastreios cardiovasculares (medição da tensão arterial e pesquisa da glicemia capilar) e rastreios de cancro de pele à população interessada. Os rastreios iniciados em frente ao CHSJ seguiram para a Praça dos Leões terminando no Bairro do Carriçal. Notam-se ainda os rastreios cardiovasculares gratuitos na «Corrida do Dia do Pai» e «Corrida Solidária – Vem Correr pelo Joãozinho», no Queimódromo do Porto.

3.6 – Divulgação Científica, Cultural e Artística

Manteve-se o incentivo à atividade de natureza cultural, científica e artística, procurando atrair eventos de dimensão e impacto internacional, ajustados, ainda assim, à capacidade financeira disponível. De salientar a apresentação pelo Prof. Doutor José Eduardo Guimarães sob o pseudónimo de Martim Afonso de Redondo, da respetiva obra intitulada «Nos Interstícios da Alma & Canções de Desamor» na Aula Magna da FMUP. Verificou-se ainda, na referida Aula Magna, a sessão de lançamento do livro: «Saúde e Preconceito: mitos, falácias e enganos», da autoria de António Correia de Campos (ex-Ministro da Saúde). Continuaram a ser asseguradas iniciativas nos domínios da investigação científica, da formação na pós-graduação e da educação médica continuada, com apresentações sobre temas de relevância de projeção nacional e internacional, em colaboração com diversas entidades, enquadradas no conceito Meetings, Incentives, Conventions and Exhibitions (MICE), reveladoras de uma forte capacidade de mobilização de públicos. No Quadro n.º 24 apresenta-se informação sobre as conferências organizadas por elementos da FMUP em 2015, contemplando os maiores agrupamentos mundiais e nacionais de pares para discussões científicas com apresentações orais e posters e bem assim, workshops técnicos.

Quadro n.º 24. Organização de Conferências em 2015

Tipologia Participantes N.º Organizadores

De Âmbito Internacional 2.586 11 13

De Âmbito Europeu 2.190 7 7

Ibero-americanas 300 1 1

Nacionais 11.855 40 42

TOTAL 16.931 59 63

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No Quadro n.º 25 resumem-se as apresentações científicas efetuadas, em 2015, por elementos da FMUP na forma oral ou escrita (poster).

Quadro n.º 25. Apresentações Oral/Poster em 2015

Eventos N.º N.º Elementos

Conferências Internacionais (convite) 237 69 Conferências Nacionais (convite) 555 120 Conferências Internacionais 423 93 Conferências Nacionais 364 84 Seminários Internacionais 105 33

Seminários Nacionais 441 106 TOTAL 2.125 505

No âmbito da atividade multicultural prosseguiu a realização de exposições relativas às coleções do Museu de Anatomia e do Museu do Professor Maximiano Lemos (Quadro n.º 26), e a concretização de outras exposições em parceria com entidades internas e externas à U.Porto, preservando a memória institucional e o património, revelando as suas potencialidades enquanto espaços privilegiados de desenvolvimento do conhecimento.

Quadro n.º 26. Evolução dos Visitantes aos Museus da FMUP

Visitantes 2010 2011 2012 2013 2014 2015 TOTAL 1.872 1.673 1.513 1.675 1.787 1.668

Em 2014, a Figura eminente da Universidade do Porto foi o Professor Hernâni Bastos Monteiro. As celebrações decorreram ainda durante o ano de 2015, tendo sido a sua organização da responsabilidade da FMUP. No seguimento do Ciclo de Conferências dedicado a Hernâni Monteiro, integrado na «Homenagem a uma Figura Eminente da Universidade do Porto 2014: Hernâni Bastos Monteiro» realizou-se uma palestra intitulada «O Médico e Professor Hernâni Monteiro, Um olhar inteiro sobre o Mistério Humano» e a exposição «Hernâni Monteiro e a Medicina na primeira metade do século XX», patente na Reitoria da U.Porto. Refira-se a conferência intitulada «Desenhos e Anatomias», integrada na «Homenagem a uma Figura Eminente da U.Porto 2014 - Hernâni Monteiro», evento realizado no Fundo Antigo da Reitoria da U.Porto. Outro evento a destacar foi a conferência: «A Universidade no Tempo de Hernâni Monteiro» no salão nobre da Reitoria da U.Porto, «O Porto no Tempo de Hernâni Monteiro» e ainda a «Personalidade Multifacetada de Hernâni Bastos Monteiro». Salienta-se também a conferência «O Professor Hernâni Monteiro e o Instituto de Anatomia» - com visita comentada ao Museu de Anatomia da FMUP. Destaca-se a preleção de Paulo Cunha e Silva, então vereador do pelouro da cultura da Câmara Municipal do Porto, realizada no Dia da FMUP de 2015. De notar a homenagem ao Professor Mariano Gago propondo que os colaboradores da FMUP parassem as suas atividades durante 5 minutos e se concentrassem em frente à porta principal da Faculdade. Manteve-se o apoio e divulgação através de suportes promocionais das atividades científicas e culturais (co) organizadas por diversos grupos de extensão universitária sobre temas de relevância para vários públicos, tais como, espetáculos musicais, corais e etnográficos, festivais de tunas, fados ou festivais de teatro, o que potencia novas formas de interação com comunidades e grupos culturais de estudantes, adotando novas formas de articulação entre a comunidade académica e outras entidades, melhorando o desenvolvimento de uma postura humanista, cívica e ética, para lá da técnica e científica. Foram apresentados os filmes: «Dia da Mulher», «The Doctor», «O Escafandro e a Borboleta», «Melhor é Impossível», comentados por docentes da FMUP. Esta atividade foi enquadrada num evento que decorreu,

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durante 2015, promovido pela AEFMUP. Relembra-se também a iniciativa do Grupo Amador de Teatro Universitário da FMUP «Isto (não) é uma peça a sério!» à qual a comunidade académica foi convidada a assistir. Verificou-se boa adesão às mostras, exposições e outros eventos organizados pela U.Porto, sendo registados 2.773 participantes. Incentivou-se o envolvimento dos estudantes nas atividades de representação da FMUP em eventos desportivos universitários de carácter nacional ou internacional. Destaca-se a participação nas atividades da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU) e nas competições universitárias (CAP´s), Taça dos Campeonatos Académicos do Porto e torneios universitários. A AEFMUP realizou diversas ações (Quadro n.º 27) no sentido de providenciar a oportunidade para os estudantes dos anos básicos aprenderem e treinarem competências clínicas através da prática orientada de gestos clínicos básicos na prática quotidiana, muitos deles em colaboração com o Centro de Simulação Biomédica da FMUP.

Quadro n.º 27. Ações Formativas Relevantes Organizadas pela AEFMUP ou em Parceria, em 2015

Ações Apresentação «O Médico Cientista» Curso de Comunicação em Público Curso de Interpretação de Análises Clínicas

Curso de Medicina Desportiva Curso de Simulação em Cirurgia Básica Curso de Suporte Básico de Vida Adulto e Pediátrico Curso de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa Curso de Sutura

Fim-de-semana de Soft Skills e Comunicação Clínica Minicurso de Dor Minicurso de Fisiologia Cardiovascular Workshop de Abordagem ao Choque Hemorrágico Workshops de Acessos Venosos Periféricos

Workshop: Auscultação Cardíaca Workshop: Dimensões Prática na Ética Médica Workshop: ECG Workshop: Exame Físico Workshop: Ferramentas Informáticas

Workshop de Gestão de Eventos Críticos Workshop de Gestão em Saúde e Administração Hospitalar Workshop de Radiologia Workshop de Talas e Gessos Workshop de Técnicas Básicas de Emergência

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Simulação Aplicada às Ciências da Saúde

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4 - Internacionalização 4.1 – Recursos Financeiros de Apoio às Ações de Cooperação Internacional

No âmbito da cultura de internacionalização a FMUP promove um ambiente para que os recursos financeiros de diversas origens sejam adequadamente alocados no sentido de oferecer suporte a atividades de cooperação, abrindo lugar a novas oportunidades com os principais financiadores, designadamente a FCT, a FCG e o Instituto Camões, para além dos financiamentos europeus. De realçar a participação em sociedades científicas internacionais para potenciar o fluxo de financiamentos de apoio ao ensino, investigação e mobilidade.

4.2 - Processos Associados à Execução das Ações de Cooperação Internacional

Aprofundaram-se dinâmicas de internacionalização da investigação, nomeadamente através do desenvolvimento sistemático de relações por parte de docentes e investigadores em 30 redes internacionais e 10 nacionais, de educação, saúde e investigação, com a envolvência de 32 profissionais. Monitorizaram-se atividades ao nível do reconhecimento académico e profissional através da participação em reuniões de grupos de trabalho e colaboração com IES na aplicação uniforme das normas legais sobre equivalência e reconhecimento de habilitações superiores estrangeiras e de alargamento da cooperação no âmbito da formação doutoral. A FMUP, representada por 13 elementos, realizou 22 missões para execução de trabalho científico no âmbito de publicações, projetos, entre outras atividades científicas, junto de 20 instituições distribuídas por 12 países (Figura n.º 12), em 2015.

Figura n.º 12. Países e Instituições Visitadas onde a FMUP participou em Missões em 2015

4.3 - Apoio à Execução das Ações de Mobilidade

Com apoio do Gabinete de Relações Internacionais e Mobilidade desenvolveram-se oportunidades de mobilidade de docentes, investigadores, estudantes e diplomados, nacionais ou estrangeiros, em programas de intercâmbio, estágios avançados, investigações de postdoc, nomeadamente em programas comunitários, conferências e similares, contribuindo para o enriquecimento da comunidade académica e para melhoria da qualidade do ensino e investigação. A FMUP contava com 43 acordos de mobilidade Erasmus + celebrados com entidades nacionais ou internacionais em vigor em 2015.

2

51

1

21

11

2

2

1

1

Alemanha

Bélgica

Brasil

Espanha

Estados Unidos da América

França

Israel

Moçambique

Portugal

Reino Unido

Sérvia

Suécia

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No ano transato a FMUP recebeu, provenientes de Instituições com as quais estabeleceu contratos bilaterais, 100 estudantes de mobilidade (Quadro n.º 28), no âmbito dos programas Erasmus+ (62), Brasil (34) e Almeida Garrett (4).

Quadro n.º 28. Evolução dos Estudantes em Mobilidade

Mobilidade de Estudantes 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Estudantes em Mobilidade in 87 68 90 99 140 100 Estudantes em Mobilidade out 63 57 81 72 59 54

No âmbito dos mesmos programas a FMUP enviou 54 estudantes de mobilidade pelo programa Erasmus+ (44) e Luso-Brasileiro (10). Paralelamente, a FMUP enviou um docente (Teaching Staff Mobility – Erasmus +) para a Universidade de Masaryk – República Checa. Também um trabalhador não-docente participou numa Staff Training Week na Universidade de Varsóvia, Polónia. Ainda, em 2015, a FMUP recebeu dois docentes estrangeiros no âmbito formal dos programas de mobilidade docente, sendo um proveniente da Universidade de Insubria, Varese, Itália e o outro da Wuhan University, China. Para efeito de intercâmbio académico e clínico (no Serviço de Estomatologia do CHSJ) a FMUP recebeu um docente da Universidade Estadual de Campinas - Brasil (UNICAMP). Refira-se a propósito que a FMUP, através da U.Porto, formalizou um protocolo de cooperação com o Conselho Federal de Medicina (Brasil), com o objetivo de desenvolver um programa de intercâmbio técnico e científico, visando a cooperação docente e a supervisão científica de estudantes de doutoramento brasileiros inscritos na U.Porto no ramo de conhecimento em medicina. A cooperação incidirá na área da Bioética e Ética Médica. O estímulo à internacionalização de docentes tem sido entendido no âmbito do desenvolvimento de protocolos para a investigação entre a U.Porto e os seus parceiros, o que passa pela atribuição de cátedras em áreas estratégicas como a de «Medicina da Dor» do Departamento de Biologia Experimental da FMUP. Diversas iniciativas para apoio à mobilidade e intercâmbio entre a comunidade académica foram realizadas pelo Gabinete de Relações Internacionais e Mobilidade ou AEFMUP, salientando-se o X Seminário Erasmus FMUP, o V Workshop and Training Course for International Relations in Medicine, o Programa Social Nacional – Verão 2015, o PET/T4PE (Pre-Exchange Training/Training for Professional Exchange), Promoção do Programa de Intercâmbios, Sessão de Boas-Vindas aos Estudantes de Mobilidade in, Sessão de Soft Skills, Consulta do Viajante, Speed Meeting – Testemunhos, Semana da Cultura Internacional, Sessão de Esclarecimento Intercâmbios, Programa BuddyFMUP, e Workshop Incomings. Deve ainda salientar-se o Programa Research Exchange, no qual os departamentos da FMUP participaram na receção de estudantes de medicina de outros países. Foi intensificada a internacionalização da oferta formativa em 2ª língua, através da dinamização de mecanismos de divulgação para atração e aumento da permanência de estudantes estrangeiros, designadamente nos ciclos de estudos conducentes à atribuição dos graus de Mestre e Doutor. Disponibilizou-se informação sobre a estrutura, organização e simplificação do reconhecimento académico aos estudantes em mobilidade, utilizando o Guia Informativo ECTS, o SIGARRA, as redes sociais, participação em feiras nacionais e internacionais, e outros eventos, que contribuem para uma visão atualizada e atrativa da FMUP para estudantes de pós-graduação internacionais ao abrigo do novo Estatuto do Estudante Internacional. Tiveram lugar reuniões de aconselhamento individual para esclarecimento de dúvidas e orientação para a elaboração de processos de candidatura. Continua-se a recrutar tutores para acompanhar, de forma voluntária, os estudantes estrangeiros durante a sua estadia, promovendo a boa integração, a nível pessoal e académico.

4.4 - Mecanismos e Indicadores Associados aos Rankings

Com vista a aperfeiçoar a compreensão dos mecanismos e indicadores associados à atividade da FMUP, foi assegurada, com o apoio da Reitoria da U.Porto, a apreciação continuada dos indicadores dos diversos rankings a nível nacional, europeu e internacional.

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34


5 - Sustentabilidade 5.1 - Dimensão Social

No processo de recrutamento e seleção de pessoal ao serviço da FMUP (Figura nº 13), cujo perfil consta do Quadro n.º 29 incluindo os principais indicadores sociais, privilegiam-se as qualificações adequadas e o profissionalismo, com vista ao reforço da constituição de equipas de trabalho com capacidade técnica e científica, contribuindo para melhorar a cultura institucional e a realização pessoal dos colaboradores.

Figura n.º 13. Evolução do Pessoal ao Serviço da FMUP

O gráfico permite apurar uma relação docente e investigador/não-docente, de 1,9/1, em 2015. Do conjunto de 306 docentes há a assinalar 121 docentes de carreira. Regista-se um total de 63 nas categorias de catedráticos e associados. Os docentes doutorados (carreira e convidados) eram 217 no mesmo ano.

Quadro n.º 29. Evolução de Indicadores Sociais Relevantes

Indicadores Sociais 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Taxa de Vínculo Docente/Investigador (%) 23,3 28,3 23,5 23,4 26,7 30,3

Taxa de Vínculo Não-Docente (%) 83,1 84,8 85,9 89,2 88,7 86,1

Nível Etário Médio 42,5 42,5 43,4 44,0 45,0 45,0

Taxa de Habilitação Universitária (%) 82,6 83,1 83,4 84,7 85,9 85,8

Conclui-se que, em 2015, 30,3% do pessoal docente e investigador se encontrava vinculado no mapa de pessoal da FMUP por via de contrato por tempo indeterminado enquanto o mesmo indicador com relação ao pessoal não-docente registava 86,1%. O nível etário médio dos efetivos da FMUP era de 45 anos e a taxa de habilitação universitária, de 85,8%. Para garantia do sucesso da Faculdade tem vindo a ser concretizada uma estratégia coerente de valorização e qualificação dos profissionais e de promoção do conhecimento em contínua aprendizagem, como forma de potenciar a aquisição de novas competências a partir do levantamento das necessidades específicas identificadas a nível individual, por carreira, departamento e serviço, visando a melhoria do desempenho no cômputo dos centros de excelência técnica e científica.

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Docentes e Investigadores 391 400 395 384 337 314

Não Docentes 207 197 191 166 159 165

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Promove-se a melhoria da articulação entre os vários programas de formação disponíveis, designadamente da U.Porto e CHSJ (CUME), incentivando a frequência de ações de formação, a que acrescem outras ações a nível nacional e internacional (Quadro n.º 30).

Quadro n.º 30. Evolução da Formação Profissional

Formação Profissional 2011 2012 2013 2014 2015

Ações 385 525 576 277 543

Participantes 450 717 695 382 624

Volume de Formação (Horas) 8.918 11.086:30 12.962 8.422:05 13.904:10

5.2 - Dimensão Tecnológica

Para melhoria das condições das infraestruturas tecnológicas e dos sistemas de informação foi dada continuidade ao desenvolvimento de aplicações como sejam a seleção de temas de tese do MMED, calendarização das provas de defesa da tese do MMED, agregação de dados da produção científica, desenvolvimento de aplicações, sites e gestão de conteúdos Web para os departamentos e serviços da FMUP, elaboração de manuais de procedimentos online para ajuda à comunidade, produção de material gráfico, entre outro, continuando-se a expandir o Web site para disseminar informações. Desenvolveu-se um novo sistema para apoio à escolha de UC optativas «OPTMIMED». Por outro lado, efetuou-se o desenho e especificação de um sistema para apoio ao treino de manobras de ressuscitação cardio pulmonar - CPRPT. Na área de e-learning continua a ser utilizada a plataforma Moodle e a plataforma e-Alunos, sublinhando-se o crescente número de comissões de curso presentes no e-Alunos. Os Quadros n.ºs 31 a 33 reúnem indicadores sobre a utilização das tecnologias ao serviço da atividade de Educação e Formação.

Quadro n.º 31. Evolução dos Rácios de Computador por Estudante, Docente e Não-Docente

Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015 c/E Computador/Estudantes (MMED+M+D+O) 0,04 0,06 0,03 0,02 0,02

c/T Computador/Trabalhadores (D+I+ND) 1,9 2 2,1 2,6 2,7

Quadro n.º 32. Evolução da Utilização da Plataforma de e-Learning Moodle

Unidades Curriculares que Fazem Uso do Moodle 2011 2012 2013 2014 2015

Doutoramento 150 67 29 55 78 Mestrado 92 52 54 7 104 Mestrado Integrado (MMED) 29 19 19 51 87 Pós-Graduação 124 92 92 125 134 TOTAL 395 230 194 238 403

Quadro n.º 33. Evolução da Utilização da Plataforma de e-Learning e-Alunos

Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015 Comissões de Curso Presentes no e-Alunos 17 18 19 20 21

Deu-se lugar à execução de um conjunto de ações e serviços de consultoria e suporte para a boa utilização das aplicações e serviços de tecnologias, de onde se salienta a identificação e diagnóstico de erros, avaliação da adequabilidade dos módulos disponibilizados na distribuição do serviço docente, atualização do programa ARCHI destinado à análise de registos clínicos hospitalares, apoio à utilização do MedQuest para realização de questionários na área da saúde e ao projeto pEEr em parceria com o CHSJ.

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Ao nível da segurança e proteção de dados deu-se continuidade ao trabalho encetado de interligação do SIGARRA à plataforma da A3ES e do Suporte Informático ao Concurso de Atribuição de Bolsas de Estudo do Ensino Superior (SICABE), automatizando-se a transferência de informação. De referenciar o projeto SAMA IES + Perto - Instituições de Ensino Superior Mais Perto, para facilitar a mobilidade de conteúdos digitais disponibilizados à comunidade académica e sociedade, em particular através de dispositivos móveis, com benefício das condições técnicas de centros de dados da U.Porto. Com vista à desmaterialização progressiva e monitorização mais efetiva dos processos, os mesmos têm sido geridos no sistema de informação, através da geração, comunicação e arquivo da informação produzida em formato digital, reduzindo a utilização do papel, o desenvolvimento de um repositório digital central para armazenamento de documentos administrativos gerados eletronicamente ou digitalizados, introduzindo maior controlo e facilidade de pesquisa com a introdução de um plano de classificação e a melhoria da comunicação e partilha da informação nas diversas fases do ciclo de vida dos documentos. O Serviço de Informática da FMUP tem mantido colaborações com diversas instituições de onde se destacam: Instituto Superior de Engenharia do Porto com o intuito de receber e orientar estágios curriculares do curso de Engenharia Informática, ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde, CHSJ, IPO - Instituto Português de Oncologia, Hospitais de Braga e Coimbra e Instituto Português da Qualidade, no âmbito de atividades de consultadoria, formação e desenvolvimento.

5.3 - Dimensão Patrimonial e Infraestrutural

Com avultado investimento, segundo programação plurianual (Figura n.º 14) em função das possibilidades de financiamento, a FMUP tem vindo a melhorar as condições de funcionamento para incentivar a inovação competitiva segundo padrões internacionais, promovendo a modernização e utilização eficiente das infraestruturas e equipamentos de apoio às atividades de formação, investigação e prestação de serviços, entre outras, designadamente no novo edifício do CIM onde foi reunido um conjunto de recursos essenciais ao desenvolvimento e à concretização dos objetivos por via do aumento da capacidade produtiva instalada em salas/anfiteatros, auditórios para aulas e eventos académicos, biblioteca, laboratórios, biotério, etc., que possibilitam a alavancagem de atividades e projetos, criação de valor e incorporação de conhecimento.

Figura n.º 14. Evolução do Investimento na FMUP (Milhar €)

Foi encetada uma análise da adequação dos espaços e sua distribuição pelos departamentos e serviços, pretendendo-se identificar oportunidades de melhoria e reafetação. Reabilitaram-se os espaços agora utilizados pelo DaIPG (734m2), Centro de Simulação Biomédica (327m2), Medicina (100m2) e Psicologia Médica (550m2), no total de 1.711 m2. Substitui-se ainda o pavimento na Aula Magna (50 m2).

407

814

1.449

628

350325

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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De modo a rentabilizar as infraestruturas, foi dada continuidade à atividade de cedência onerosa de espaços, incluindo o biotério e o parque de estacionamento do edifício do CIM, ao abrigo do regulamento interno, através da respetiva divulgação junto de potenciais utilizadores. Foi ainda planificada a requalificação dos arranjos exteriores do edifício do CIM, com a criação de um novo ecossistema que valorize, de modo equilibrado e sustentável, o enquadramento paisagístico e o meio onde o edifício se encontra implantado, contando com a colaboração de voluntários da FMUP e de um conjunto de entidades. Melhoraram-se as zonas de circulação para pessoas com mobilidade reduzida.

5.4 - Dimensão da Sustentabilidade Ambiental e Bem-Estar

Reconhecendo-se a responsabilidade da FMUP para com os impactos ambientais e a incorporação de práticas eficientes de trabalho, foram desenvolvidas sinergias com a Câmara Municipal do Porto e o CHSJ (CUME). A gestão energética continuou a assumir um papel primordial no âmbito das práticas sustentáveis e redução de custos, tendo a FMUP continuado a sensibilizar a comunidade académica para adoção de comportamentos ambientalmente mais sensatos, tais como desligar luzes e equipamentos quando não utilizados, poupança de água, entre outros, sendo adquirida maior consciencialização na melhoria do desempenho energético e da proteção ambiental e na gestão de recursos. Acresce a limpeza e desinfestação de instalações, recolha de resíduos sólidos não perigosos equiparados a urbanos, resíduos laboratoriais, separação e tratamento de resíduos assegurados pelo Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), dando relevo à recolha seletiva (papel, metais, plásticos, embalagens, filtros, entulho, restos de madeira), e correta rotulagem, potenciando a sua entrega em locais apropriados, e bem assim, reciclagem de consumíveis, como sejam papel e tinteiros, ou recolha de artigos de higiene, entre outros. Em particular recolhem-se diariamente resíduos do tipo I, II, III e IV e, mensalmente, outro tipo de resíduos. Todo o material a abater tem sido encaminhado para empresas de recolha de resíduos. Destaca-se a iniciativa da AEFMUP «FMUPgoGREEN» no sentido de sensibilização da comunidade académica para a recolha de papel nas salas de estudo.

Paralelamente, e à semelhança de anos anteriores a FMUP promoveu a segurança, higiene e saúde no trabalho (SHST), função através da qual consegue criar melhores condições de desempenho e de qualidade de vida no contexto profissional. Manteve-se a participação em projetos de educação para a saúde e adoção de estilos de vida saudáveis, dirigidos a grupos de risco, promovendo o conhecimento e o bem-estar em saúde na comunidade em geral. A aposta que tem vindo a ser feita nesta área traduziu-se em 118 exames médicos (admissão, periódicos e ocasionais ou complementares) aos trabalhadores afetos à FMUP, sendo o encargo de estrutura com esta função de 57 mil Euros, em 2015. A Faculdade implementou oportunamente um Plano de Segurança Interno, incluindo plano de prevenção e plano de emergência, para o edifício do CIM, em articulação com o CHSJ. Promovem-se boas práticas nos serviços de primeiros socorros atendendo a que existem laboratórios com atividades de maior exposição ao risco. Para o efeito foram realizadas duas ações de formação, a saber: Formação Básica de Primeiros Socorros e Fundamentos Gerais de Segurança no Local de Trabalho.

5.5 - Dimensão da Comunicação

Continua-se a promover a interface com a opinião pública e Alumni e os vários segmentos da sociedade, através de canais abertos como os Órgãos de Comunicação Social (Imprensa, Net, Redes Sociais e Blogues, Televisão, Rádio), incluindo a presença de membros dos Órgãos de Gestão da Faculdade e de especialistas, para atrair a atenção sobre iniciativas de aprendizagem, pesquisa e tratamento do paciente.

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Produziu-se um conjunto de suportes, em alguns casos bilingues (português/inglês), como sejam cartazes, prospetos ou panfletos, para divulgação de conteúdos de informação e de resultados relevantes da formação e da investigação, e bem assim, de atividades culturais e artísticas, edição da Newsletter Check-up, contendo notícias, destaque, ciência, prémios, edital de opinião, inserção e atualização de conteúdos na Noticias.up.pt, envio de e mail dinâmicos segundo a mailing list, de divulgação e informativos. A FMUP organizou eventos institucionais e culturais de diferentes tipologias, designadamente exposições, conferências, workshops e afins, assegurando, uma interação profícua com a sociedade.

Foram melhoradas ferramentas de comunicação tais como vídeos, video-streaming, webcasts, entre outras destinadas a complementar os demais suportes de comunicação. Nos Quadros n.ºs 34 e 35 consta a evolução anual dos indicadores de comunicação mais representativos.

Quadro n.º 34. Evolução de Indicadores de Comunicação Interna da FMUP

Comunicação Interna 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Afixação de Cartazes 238 368 378 281 305

Boletim da Faculdade 22 22 20

Newsletter Check - U.Porto 3 11 9 12 7 3

Press Inview 7

Realização de Cartazes 115 98 121 98 143 159

E mail Dinâmico 149

Quadro n.º 35. Evolução de Indicadores de Comunicação Externa da FMUP

Comunicação Externa 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Artigos Publicados na Imprensa 873 697 536 697 1.245 1.364

Área dos Artigos (cm2) 343.409 240.789 198.483 245.301,26 326.768,59 258.861

Banners no SIGARRA 65 60 80 64 155

Notícias no Portal da U.Porto 134 102 56 75 67 36

Press Releases 59 46 44 29 36 15

Publicação de Notícias SIGARRA 475 395 277 510 483 337

Posts Publicados no Facebook 111 40

N.º de Conferências de Imprensa 1 1

N. de Relatórios de Clipping 19

5.6 - Dimensão Económico-Financeira

5.6.1 Síntese Financeira

Nos Quadros n.ºs 36 e 37 e Figura n.º 15 observa-se a evolução da estrutura patrimonial da FMUP.

Quadro n.º 36. Evolução da Estrutura do Ativo

Ativo Líquido 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Imobilizado 8.216 8.320 37.360 36.705 35.810 35.514

Circulante 13.241 17.335 12.741 14.287 13.298 14.234

Acréscimos e Diferimentos 329 101 118 282 190 240

TOTAL (Milhar €) 21.786 25.756 50.219 51.274 49.298 49.988

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Quadro n.º 37. Evolução da Estrutura dos Fundos Próprios e Passivo

Fundos Próprios e Passivo 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fundos Próprios 14.335 15.451 17.952 16.836 13.169 13.911

Passivo 7.451 10.305 32.267 34.438 36.129 36.077

TOTAL (Milhar €) 21.786 25.756 50.219 51.274 49.298 49.988

Figura n.º 15. Evolução Comparativa dos Fundos Próprios e Ativo Líquido (Milhar €)

Nota-se uma descida gradual na autonomia financeira (Quadro n.º 38) a partir de 2012 com a contabilização do edifício do CIM, tendência que se inverteu em 2015, com o apuramento de um rácio de 27,8%, resultante quer do aumento dos Fundos Próprios (13.911 mil Euros) quer do crescimento do Ativo Líquido (49.988 mil Euros).

Quadro n.º 38. Evolução de Indicadores Financeiros

Indicadores (%) 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Cobertura do Imobilizado 174,5 185,7 48,1 45,9 36,8 39,2

Autonomia Financeira 65,8 60,0 35,8 32,8 26,7 27,8

Debt to Equity Rate 52,0 66,7 179,7 204,5 274,3 259,3

Solvabilidade 192,4 149,9 55,6 48,9 36,5 38,6

Alavancagem Financeira 152,0 166,7 279,7 304,5 374,3 359,3

Pode concluir-se que para continuidade da excelência na formação e investigação, e a prossecução das prioridades estratégicas no cômputo de uma realidade de mudança causada pelo apoio estatal significativamente reduzido para o sistema universitário, a FMUP necessita de prosseguir o desenvolvimento de novas soluções de financiamento que intensifiquem o esforço de diversificação e cobrança de receitas próprias provenientes, nomeadamente, de acordos celebrados com empresas, entre outras entidades e instituições, organizando candidaturas a programas nacionais ou internacionais, de forma a apoiar a concretização dos objetivos de qualidade e no cômputo de uma desejável situação equilibrada e de sustentabilidade financeira.

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fundos Próprios 14.335 15.451 17.952 16.836 13.169 13.911

Ativo Líquido 21.786 25.756 50.219 51.274 49.298 49.988

Fundos Próprios Ativo Líquido

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5.6.2 Síntese Económica

A FMUP apresentou um Resultado Líquido do Exercício positivo de 458 mil Euros, em 2015 (Quadro n.º 39 e Figura n.º 16), com uma subida superior a 600 mil Euros face ao resultado negativo de 2014 (-150 mil Euros).

Quadro n.º 39. Evolução da Demonstração de Resultados

Rubricas (Milhar €) 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 Proveitos Operacionais (Turnover) 20.742 19.289 17.651 18.229 17.628 17.627

2 Custos Operacionais 19.804 17.594 16.640 17.885 17.076 16.403

3 EBITDA (Meios Libertos Operacionais) 938 1.695 1.011 344 552 1.224

4 EBITDA (3/1) 4,5% 8,8% 5,7% 1,9% 3,1% 7,0%

5 Amortizações e Provisões 765 760 1.311 1.471 1.464 1.492

6 EBIT (Resultado Operacional) (3-5) 173 935 -300 -1.127 -912 -268

7 EBIT (% do Turnover) (6/1) 0,8% 4,9% -1,7% -6,2% -5,2% -1,5%

8 Resultados Financeiros 15 56 24 50 61 32

9 Resultados Extraordinários -34 126 715 687 701 694

10 Resultado do Exercício (6+8+9) 154 1.117 439 -390 -150 458

Figura n.º 16. Evolução dos Resultados da FMUP (Milhar €)

O Valor Acrescentado Bruto (VAB) (Quadro n.º 40) posicionou-se nos 13.890 Euros e a produtividade média/trabalhador foi de 28 mil Euros, em 2015, indicador que melhorou relativamente a 2014 (26 mil Euros).

Quadro n.º 40. Evolução de Indicadores Económicos

Indicadores (Milhar €) 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Rendibilidade do EBITDA (%) 4,5 8,8 5,7 1,9 3,1 7,0

Valor Acrescentado Bruto (VAB) 16.818 15.157 12.732 13.967 13.847 13.890

Grau de Valorização (%) 81,1 78,6 72,1 76,6 78,6 78,8

Custos Com Pessoal 15.190 12.876 11.273 13.164 12.640 12.127

Efetivo Médio 595 598 592 568 523 488

Taxa de Esforço da FMUP (%) 15,0 8,4 17,0 21,5 19,4% 17,9%

Produtividade Média/Trabalhador 28 25 21 24 26 28

2010 2011 2012 2013 2014 2015

EBITDA 938 1.695 1.011 344 552 1.224

Resultado Líquido do Exercício 154 1.117 439 -390 -150 458

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De evidenciar ainda a taxa de esforço de 17,9% da FMUP na cobertura dos custos com o pessoal face à insuficiente dotação do Orçamento do Estado (9.953 mil Euros em 2015). Esta dotação baixou 2,9 milhões de Euros (-23%) desde 2010, onde era de 12.916 mil Euros (Figura n.º 17).

Figura n.º 17. Evolução do Financiamento do Estado à FMUP (Milhar €)

Demonstra-se necessário promover a consolidação financeira e orçamental, aplicando o antes mencionado Plano para a Contenção Extraordinária da Despesa da FMUP, contendo linhas de desenvolvimento plurianual no sentido de maior agregação de valor e de sucesso na otimização de proveitos de exploração e de controlo e contenção de custos potenciadores de melhor aproveitamento de recursos e obtenção de ganhos de eficácia e de eficiência quer com a contratação de pessoal docente e investigador, bolseiros e não-docentes, quer com a aquisição dos fornecimentos e serviços externos mínimos. Tal levou a uma poupança de 3,9% nos custos operacionais, em 2015, correspondente a cerca de 673 mil Euros face ao ano precedente.

12.916

11.794

9.350

10.327

10.188

9.953

2010

2011

2012

2013

2014

2015

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42


6 - Qualidade 6.1 - Qualidade das Atividades Operacionais

Para a prossecução deste propósito a FMUP definiu uma estratégia institucional para a qualidade, contemplando uma abordagem integrada, nomeadamente no que se refere à definição explícita de padrões para a qualidade e à organização dos procedimentos e instrumentos de garantia da qualidade estruturados como um sistema bem documentado e aplicado de forma consistente. Apreciou-se neste domínio o grau de cumprimento dos objetivos estabelecidos, os movimentos de pessoal docente, investigador e não-docente e os procedimentos de autoavaliação e de avaliação externa e seus resultados. Esta metodologia permite garantir a melhoria na política de qualidade, maior responsabilização dos intervenientes, redução de custos, ganhos de eficiência nos recursos e aumento da competitividade e dos resultados operacionais. Foram prosseguidos maiores níveis de qualidade nos departamentos e serviços, promovendo-se uma cultura de autoavaliação e melhoria contínua. De igual modo, reforçaram-se os mecanismos de regulação da qualidade dos serviços prestados através, nomeadamente, da atualização de manuais de boas práticas, como seja o Manual do Sistema de Gestão da Qualidade da U.Porto, reforçando as ferramentas aptas à clarificação das necessidades e expectativas dos destinatários, e à análise e interpretação dos indicadores de qualidade. Promoveram-se, adicionalmente, sistemas de recolha e análise de informação, incluindo o feedback proveniente da comunidade académica e outros intervenientes em conferências, workshops e similares, que servem de base à tomada de decisões quanto à manutenção, atualização ou renovação de atividades e projetos. Criaram-se orientações visando o esclarecimento das questões frequentes (FAQ`s) identificadas. Implementaram-se procedimentos de monitorização e avaliação do curso de MMED pela A3ES, no âmbito do processo de reforma curricular, com o apoio da AEFMUP. Foi, igualmente, assegurada a formação aos profissionais, potenciando a qualidade nas funções desempenhadas e a utilização de tecnologias no sistema científico e de ensino-aprendizagem. Deu-se continuidade ao desenvolvimento dos procedimentos pedagógicos e de controlo de qualidade dos processos de ensino-aprendizagem que permitem melhor adequação da FMUP e dos seus cursos à concretização dos objetivos do Processo de Bolonha, sendo monitorizados indicadores relativos à qualidade dos cursos e dos estudantes, à estruturação das UCs em torno do perfil de competências, à integração das aprendizagens e às metodologias mais ativas e cooperativas. Com o objetivo de melhorar o processo de avaliação dos estudantes, continua-se a valorizar a avaliação distribuída nas UCs, em detrimento da avaliação exclusivamente por exame final, promovendo-se maior sensibilização dos docentes no que respeita à sua importância para a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Conforme recomendação das entidades responsáveis pela avaliação do ensino superior na Europa, continua a revelar-se crucial a operacionalização pelos estudantes de questionários de opinião relativos ao processo pedagógico das UCs, qualidade das UCs, desempenho do docente e coordenação e funcionamento das UCs, contribuindo para a melhoria do ensino-aprendizagem. A avaliação efetuada permite evidenciar os seguintes resultados académicos por ciclo de estudos: No 1º Ciclo, nas UCs nucleares, verificou-se que (Quadro n.º 41):

o A larga maioria dos estudantes inscritos nas UCs do 1º Ciclo do MMED apresentou-se às provas de avaliação (rácio avaliados/inscritos > 85%);

Re

43


o O rácio de estudantes aprovados/inscritos oscilou entre 63% e 93%. Em 18 das 34 UCs, o rácio aprovados/inscritos foi > 90%;

o O rácio de estudantes aprovados/avaliados situou-se entre 73% e 100%. Em 25 das 34 UCs, o rácio aprovados/inscritos foi > 90%;

o A classificação média dos estudantes aprovados variou de 11,90 (Microbiologia Médica I) a 16,20 (Semiótica Clínica I).

Quadro n.º 41. Resultados Académicos do 1º Ciclo do Curso de MMED 2014/2015, UCs Nucleares

Unidade Curricular

Avaliados/ Aprovados/ Aprovados/ Classif.

Inscritos% Inscritos% Avaliados% Média/(DP)

Lic

en

cia

tura

em

Ciê

ncia

s B

ásic

as d

a S

aú

de

1º A

no

Estrutura Molecular da Célula 96,60 90,57 93,75 13,62 (2,12)

Morfofisiologia do Aparelho Locomotor 87,20 63,73 73,09 12,60 (1,55)

Genética Molecular 96,27 88,81 92,25 13,14 (2,10) Bioestatística, Informação e Decisão em Saúde I

96,28 88,48 91,89 14,27 (1,84)

Humanidades em Medicina 97,54 96,13 98,56 14,94 (1,44) Dinâmica Molecular da Célula 96,99 89,85 92,64 12,60 (1,84) Bioquímica do Metabolismo 95,24 82,31 86,43 12,83 (2,03) Introdução à Investigação em Saúde 98,05 96,50 98,41 13,59 (1,56) Saúde das Populações 95,80 95,45 99,64 12,05 (1,49)

Morfofisiologia do Sistema Nervoso 85,42 63,68 74,55 13,56 (2,48)

2º A

no

Citogenética e Ciclo Celular Psicologia Médica I 98,47 95,42 96,90 14,40 (2,12) Introdução à Epidemiologia 95,34 94,62 99,25 13,31 (1,89) Medicina Preventiva 97,09 96,73 99,63 15,91 (1,38) Morfofisiologia dos Sistemas Reprodutor e Endócrino

91,84 82,27 89,58 13,56 (1,74)

Morfofisiologia do Sistema Cardiovascular e do Sangue

90,49 78,71 86,97 13,36 (1,89)

Microbiologia Médica I 94,47 70,75 74,90 11,90 (1,44) Imunologia Básica 88,98 78,35 88,05 13,49 (1,90)

Psicologia Médica II 96,89 96,89 100,00 14,40 (1,84)

Morfofisiologia dos Sistemas Respiratório e Urinário

84,12 76,90 91,42 14,21 (1,88)

Morfofisiologia Integrativa 87,98 84,50 96,04 13,68 (1,72)

Morfofisiologia do Aparelho Digestivo 86,71 75,52 87,10 13,42 (1,86)

3º A

no

Farmacologia I 96,01 87,12 90,73 15,67 (2,64)

Biopatologia/Anatomia Patológica Geral I 98,23 98,23 100,00 13,88 (1,99)

Microbiologia Médica I 97,42 90,77 93,18 12,45 (1,73)

Epidemiologia I 95,99 93,43 97,34 13,96 (2,04)

Semiótica Clínica I 97,05 97,05 100,00 16,12 (1,29)

Imunologia Básica 90,20 78,39 86,90 12,97 (1,62)

Farmacologia II 94,38 86,24 91,37 13,79 (2,05)

Biopatologia/Anatomia Patológica Geral II 98,23 97,16 98,92 13,56 (1,86)

Microbiologia Médica II 97,87 96,10 98,19 13,77 (1,99)

Epidemiologia II 96,82 96,11 99,27 14,31 (1,97)

Semiótica Clínica II 97,45 97,45 100,00 15,70 (1,25)

Imunologia Clínica 93,88 90,52 96,42 13,51 (1,76)

DP – Desvio-padrão

No 1º Ciclo, no referente às UCs optativas, verificou-se o seguinte (Quadro n.º 42):

o Nota-se que o carácter optativo destas UCs é caracterizado por um número relativamente pequeno de inscritos, o que dificulta a comparação ou a interpretação dos resultados finais;

o A maioria dos estudantes inscritos nas UCs optativas do 1º Ciclo do MMED apresentou-se às provas de avaliação (rácio avaliados/inscritos ≥ 80%);

Re

44


o O rácio de estudantes aprovados/inscritos variou entre 80% e 100%; Em 23 das 26 UCs optativas, o rácio aprovados/inscritos foi > 90%;

o Os rácios aprovados/avaliados das 26 UCs optativas situaram-se entre 91% e 100%;

o A classificação média dos estudantes aprovados estabeleceu-se entre 14,41 (Nutrição e Prevenção das Doenças Crónicas) e 19,32 (Cérebro e Comportamento).

Quadro n.º 42. Resultados Académicos do 1º Ciclo do Curso de MMED 2014/2015, UCs Optativas 2º Ano

Unidade Curricular

Avaliados/ Aprovados/ Aprovados/

Classif.

Inscritos% Inscritos% Avaliados% Média/(DP)

Lic

en

cia

tura

em

Ciê

ncia

s B

ásic

as d

a S

aú

de

Opta

tivas 2

º A

no

Antropologia Médica e Humanização em Medicina 100,00 100,00 100,00 15,44 (1,67)

Biofísica Médica 95,45 90,91 95,24 15,90 (3,13)

Biogerontologia 100,00 100,00 100,00 15,79 (1,31)

Comunicar Ciência 100,00 100,00 100,00 16,75 (1,06)

Comunicação & Marketing Estratégico em Saúde 80,00 80,00 100,00 17,00 (0,82)

Comunicação em Equipas de Saúde 100,00 100,00 100,00 17,50 (0,99)

Contacto Precoce com os Utentes/Doentes e suas Famílias I 91,30 91,30 100,00 19,14 (0,36)

Contacto em Cuidados de Saúde Primários 97,22 97,22 100,00 18,37 (0,81)

Cérebro e Comportamento 97,92 97,92 100,00 19,32 (0,78)

Doenças Associadas à Instabilidade Genómica 95,24 95,24 100,00 16,70 (1,45)

Formação Social e Humana 96,64 96,64 100,00 18,75 (0,77)

Genética Populacional e Doença 100,00 90,91 90,91 15,00 (2,58)

História do Instrumento Médico 100,00 100,00 100,00 17,17 (0,75)

Infeção e Cancro 100,00 100,00 100,00 15,47 (2,24)

Introdução à Investigação em Patologia Molecular Aplicada em Oncologia

100,00 100,00 100,00 15,30 (1,64)

Investigação Laboratorial: Avaliação Molecular Cardiovascular

100,00 100,00 100,00 17,80 (0,86)

Mecanismos Moleculares de Resposta e Resistência Terapêutica em Cancro

85,71 85,71 100,00 17,00 (1,67)

Metodologias de Investigação em Educação Médica*

100,00 100,00 100,00 18,00 (0,00)

Métodos Moleculares na Medicina Personalizada 100,00 100,00 100,00 16,69 (1,03)

Neurociência Cognitiva 100,00 100,00 100,00 17,73 (0,77)

Nutrição e Prevenção das Doenças Crónicas 100,00 100,00 100,00 14,41 (0,87)

Proteínas como biomarcadores do cancro: bases moleculares e aplicações diagnósticas e terapêuticas

87,50 87,50 100,00 17,43 (1,40)

Prática Reflexiva I 100,00 100,00 100,00 16,82 (1,08)

Reprogramação de células estaminais e carcinogénese 100,00 100,00 100,00 17,40 (1,51)

Stress e síndrome metabólica 100,00 100,00 100,00 14,88 (0,99)

Terapias Moleculares 100,00 100,00 100,00 17,68 (1,25)

*Todos os estudantes obtiveram a mesma classificação; DP – Desvio-padrão

No 2º Ciclo, no referente às UCs nucleares, verificou-se que (Quadro n.º 43):

o A quase totalidade dos estudantes inscritos apresentou-se às provas de avaliação (rácio avaliados/inscritos >93%);

o O rácio de estudantes aprovados/inscritos oscilou entre 88% e 99%. Em 25 das 26 UCs, o rácio foi >90%;

o O rácio de estudantes aprovados/avaliados situou-se entre 92% e 100%. Em todas as 26 UCs o rácio foi >90%;

Re

45


o A classificação média dos estudantes aprovados variou entre 13,12 (Radiologia e Imagem Médica) e 18,35 (Obstetrícia).

Quadro n.º 43. Resultados Académicos do 2º Ciclo do Curso de MMED 2014/2015, UCs Nucleares

Unidade Curricular

Avaliados/ Inscritos%

Aprovados/ Inscritos %

Aprovados/ Avaliados%

Classif. Média/(DP)

M

estr

ad

o I

nte

gra

do

em

Me

dic

ina

4º A

no

Bioética e Deontologia Médica 99,30 98,95 99,65 15,29 (1,06)

Cirurgia 99,34 99,01 99,67 15,48 (1,22)

Dermatologia e Venereologia 94,75 88,05 92,92 15,19 (2,75)

Medicina 94,82 94,82 100,00 15,38 (1,15)

Neurologia e Neurocirurgia 97,70 97,70 100,00 16,13 (1,84)

Ortopedia e Traumatologia 97,74 97,74 100,00 16,27 (1,90)

Otorrinolaringologia 97,02 97,02 100,00 15,64 (1,62)

Radiologia e Imagem Médica 93,31 90,58 97,07 13,12 (2,22)

Terapêutica Geral e Farmacologia Clínica 98,64 97,97 99,31 14,39 (2,07)

5º A

no

Anatomia Patológica Especial - Patologia Oncológica

98,96 98,26 99,30 16,04 (2,19)

Anestesiologia 97,43 97,43 100,00 17,77 (0,97)

Cirurgia 98,56 98,56 100,00 16,57 (0,89)

Medicina 93,71 93,40 99,66 15,79 (1,49)

Medicina Legal 99,35 99,35 100,00 17,12 (1,50)

Obstetrícia e Ginecologia 96,43 96,10 99,66 17,37 (1,40)

Oftalmologia 96,67 96,67 100,00 15,97 (1,66)

Pediatria 95,36 95,36 100,00 15,68 (1,29)

Psiquiatria e Saúde Mental 98,46 98,46 100,00 17,28 (1,62)

Urologia 94,52 93,87 99,32 14,25 (2,03)

6º A

no

Dissertação/Monografia/Relatório de Estágio Profissionalizante

97,17 97,17 100,00 17,83 (1,07)

Cirurgia 97,38 97,38 100,00 16,91 (0,56)

Medicina Comunitária 98,62 98,62 100,00 16,40 (0,76)

Medicina 97,37 97,37 100,00 16,94 (1,11)

Obstetrícia 96,36 96,36 100,00 18,35 (1,12)

Pediatria 97,20 97,20 100,00 16,66 (0,89)

Psiquiatria e Saúde Mental 98,22 98,22 100,00 16,90 (0,44)

DP – Desvio-padrão

No 2º Ciclo, as UCs optativas, verificou-se o seguinte (Quadro n.º 44):

o Com exceção das UCs Saúde Pública e Cirurgia Visceral, em que apenas 1 dos 2 estudantes inscritos se apresentou a avaliação, nas restantes UCs o rácio de avaliados/inscritos foi superior a 90%;

o Com exceção das UCs optativas em que apenas 1 estudante foi avaliado, (Informática Médica, Cirurgia

Visceral e Medicina Farmacêutica e Farmacologia Clínica, Planeamento Familiar e Saúde Publica), observou-se um rácio de estudantes aprovados/inscritos superior a 90% nas restantes UCs;

o Com exceção da UC Medicina Farmacêutica e Farmacologia Clínica, o rácio de estudantes aprovados/avaliados foi 100%;

Re

46


o A classificação média dos estudantes aprovados variou de 15,10 (Gestão em Saúde) a 19,6 (Neurobiology of Behavior).

Quadro n.º 44. Resultados Académicos do 2º Ciclo do Curso de MMED 2014/2015, UCs Optativas do 6º Ano

Unidade Curricular

Avaliados/ Inscritos%

Aprovados/ Inscritos %

Aprovados/ Avaliados%

Classif. Média/(DP)

Me

str

ad

o In

teg

rad

o e

m M

ed

icin

a

6 A

no

Op

tativa

s

Ciê

ncia

s B

ásic

as Administração Hospitalar 90,91 90,91 100,00 16,89 (1,27)

Fisiopatologia 100,00 100,00 100,00 18,07 (1,00)

Informática Médica* 100,00 100,00 100,00 -

Investigação Laboratorial** 100,00 100,00 100,00 19,00 (0,00)

Neurobiology of Behavior 100,00 100,00 100,00 19,60 (0,84)

Nutrição** 100,00 100,00 100,00 18,00 (0,00)

Toxicologia Médica 100,00 100,00 100,00 18,93 (0,26)

Ciê

ncia

s C

línic

as

Angiologia e Cirurgia Vascular 100,00 100,00 100,00 17,00 (1,22)

Assistência ao Parto 100,00 100,00 100,00 17,76 (0,75)

Cirurgia Pediátrica** 100,00 100,00 100,00 19,00 (0,00)

Cirurgia Plástica, Reconstrutiva, Estética e Cirurgia Maxilo-Facial**

100,00 100,00 100,00 19,00 (0,00)

Cirurgia Torácica 100,00 100,00 100,00 18,50 (1,51)

Cirurgia Visceral* 50,00 50,00 100,00 -

Cuidados Intensivos em Queimados 100,00 100,00 100,00 18,13 (0,63)

Envelhecimento 100,00 100,00 100,00 18,17 (1,72)

Estomatologia** 100,00 100,00 100,00 19,00 (0,00)

Gestos Cirúrgicos Indispensáveis na Atividade Clínica**

100,00 100,00 100,00 19,00 (0,00)

Gestão em Saúde 90,91 90,91 100,00 15,10 (1,60)

Medicina Farmacêutica e Farmacologia Clínica* 100,00 0,00 0,00 -

Medicina Física e de Reabilitação 100,00 100,00 100,00 18,50 (0,58)

Planeamento Familiar* 100,00 100,00 100,00 -

Patologia Clínica e Medicina Laboratorial 100,00 100,00 100,00 16,80 (0,84)

Saúde Publica* 50,00 50,00 100,00 -

Terapêutica Cardiovascular 100,00 100,00 100,00 18,67 (0,58)

* Apenas 1 estudante avaliado; **Todos os estudantes obtiveram a mesma classificação; DP – Desvio-padrão

Por fim, a Figura n.º 18 resume os rácios aprovados/avaliados e as médias das classificações para os 6 anos do Curso de MMED.

Figura n.º 18. Classificação Média e Rácio Aprovados/Avaliados das UCs do MMED por Ano, em 2014/2015

73,3

85,2 82,3

97,3 100,0 100,0

13,7 14,5 14,3

15,8 16,1 17,2

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano

Rácio Aprovados/Avaliados Média-Aprovados

Re

47


De notar que a classificação média é mais elevada no ciclo clínico que no ciclo básico e o 6º ano obteve os melhores resultados, com uma classificação média de 17,2 valores. Tendo em vista o melhoramento contínuo do ensino, a U.Porto aplica semestralmente um inquérito pedagógico (IPUP), que permite aos estudantes avaliarem a qualidade do ensino-aprendizagem na U.Porto. Através do seu preenchimento online, os estudantes podem colaborar ativa, direta e construtivamente para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. A avaliação do IPUP incide sobre três domínios: a UC (avalia aspetos estruturais, formais e de conteúdo, relativamente estáveis de uma UC), o docente (avalia mais diretamente a prática pedagógica individual do docente, a maneira como conduz e organiza o processo de ensino-aprendizagem) e o estudante (avalia o grau de envolvimento do estudante). Com o objetivo de melhor caraterizar e avaliar os alvos, existe um conjunto de dimensões («grupo de perguntas») para cada um dos três domínios avaliados. O Conselho Pedagógico (CP) da FMUP considera que os IPUP - quando corretamente elaborados e respondidos responsavelmente pelos estudantes -, constituem uma ferramenta da maior importância para a melhoria dos processos de ensino-aprendizagem. E é nesse sentido que o CP realizou, pela 1ª vez, em 2015, uma análise aos resultados obtidos nos IPUP relativos às UCs do 1º semestre do ciclo básico do MMED. Essa análise deverá constituir um ponto de partida para a resolução dos problemas identificados e implementação de soluções, através de reflexão e discussão interna com os regentes e docentes das diferentes UCs, num processo que se quer abrangente, participativo e consequente, com o intuito de assegurar que cada UC funciona de forma regular, incentivando a implementação de práticas pedagógicas adequadas. A avaliação foi efetuada nos 3 primeiros anos do MMED, dado que a parametrização para os anos clínicos não foi possível no ano de 2014/2015 e será iniciada em 2015/2016. A percentagem de respostas encontra-se em todas as UCs acima de 20% o que garante a representatividade dos resultados obtidos. Após análise dos resultados obtidos nos inquéritos pedagógicos do 1º semestre do ano letivo de 2014/2015, tecem-se as seguintes considerações finais, acompanhadas de recomendações para o futuro, em quatro áreas: sistema de implementação dos inquéritos pedagógicos, política interna sobre os resultados dos inquéritos pedagógicos, sinalização de resultados de destaque positivo e negativo e processo educativo.

6.2 Qualidade do Sistema de Controlo Interno

6.2.1 Planeamento, Controlo e Responsabilização

No âmbito do sistema de planeamento, o Plano Estratégico da FMUP 2020 foi elaborado com intervenção dos diversos níveis hierárquicos e em alinhamento com a U.Porto, sendo divulgado perante os diversos parceiros estratégicos. O sistema de autoavaliação da FMUP é exigente e enquadrado nas melhores práticas, assentando numa metodologia de mensuração do desempenho, contemplando diversos instrumentos de gestão na cultura de avaliação e responsabilização. Nestes incluem-se o QUAR (Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro), o Balanced Scorecard, os processos de qualidade, entre outras ferramentas mais específicas a cada uma das atividades, tendo em conta a missão e os compromissos assumidos no Plano de Ação 2014-2018, de forma a assegurar a análise sistemática e continuada da execução e o grau de cumprimento dos objetivos e metas fixados, global e setorialmente.

6.2.2 Auditoria e Controlo Interno

Instituídos os mecanismos e os procedimentos normalizados são executadas regularmente pela FMUP e Serviços da U.Porto, ações sobre a eficácia do sistema de controlo interno, produzindo recomendações

Re

48


adequadas quanto à utilização proativa, racional e rigorosa de recursos humanos, formativos, documentais, tecnológicos, patrimoniais, materiais e financeiros. Destacam-se os questionários de autoavaliação no âmbito do sistema de controlo interno da FMUP que permitiram determinar um nível de execução de 85%, no fecho de 2015, na base dos quais se procedeu à análise dos gap’s de desempenho, potenciando novas orientações visando a normalização de procedimentos para incremento dos resultados, viabilizando o acompanhamento das atividades, mensuração dos objetivos alcançados e a introdução oportuna de medidas de melhoria. Realizam-se ações de acompanhamento da implementação das recomendações ou normas resultantes das ações jurisdicionais ou tutelares das instâncias fiscalizadoras em particular das relativas à certificação legal da conta de gerência (Tribunal de Contas, Inspeção-Geral de Finanças), sendo divulgados os resultados de forma a estabelecer a confiança institucional.

6.2.3 Práticas de Análise de Risco

O sistema de prevenção de riscos associado ao sistema de controlo interno, funciona como salvaguarda da integridade, transparência e legalidade da tomada de decisões e que estas se revelem conformes com a legislação vigente, com os procedimentos e com as obrigações contratuais a que a FMUP se encontra vinculada, colocando a ênfase nos princípios e valores preconizados, nas competências internas, aumentando a responsabilidade dos dirigentes e profissionais docentes e não-docentes no desenvolvimento das suas atividades. O mesmo sistema instituído na FMUP desde 2009, na sequência da aplicação da Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro e das Recomendações do Conselho de Prevenção da Corrupção, foi auto-avaliado pela FMUP, tendo-se concluído por um nível de execução de 87%, em 2015. Observa-se também o Plano de Riscos de Gestão da FMUP, incluindo a implementação de um conjunto de medidas adequadas à prevenção das situações de risco cuja aplicação se encontra a cargo dos dirigentes dos departamentos e serviços, que devem identificar potenciais áreas de risco, implementar controlos internos para atenuar riscos associados, desenvolver e implementar ferramentas de avaliação do risco potencial e fazer recomendações para mitigar o risco identificado. Salienta-se o registo efetuado na 6ª Edição do Relatório de Monitorização dos Riscos de Gestão, peça complementar do presente Relatório de Atividades, tal como especificado na Figura n.º 19.

Figura n.º 19. Ações a Executar por Área Funcional no Sistema de Gestão do Risco da FMUP em 2016 De referir que a execução do Plano de Riscos da FMUP foi avaliada de modo integrado, atendendo ao estado de maturação dos processos internos indicados nas matrizes do risco, concluindo-se por um nível de desempenho médio acumulado de 85%, em 2015.

7

36

20

8

5

Recursos Humanos

Contratação Pública

Património e Aprovisionamento

Gestão Financeira

Tesouraria

Re

49


7 - Avaliação de Desempenho Institucional Na sequência da avaliação da produtividade dos Departamentos e Serviços Académicos, são apresentados os resultados consolidados obtidos (Quadro n.º 45 e Figura n.º 20), para efeitos do QUAR da FMUP, sendo determinado um grau de execução consolidado de 119,3%, em 2015. Quadro n.º 45. Resultados Consolidados da Avaliação da Produtividade

Indicadores 2014 2015 Grau

(%) N.º Ind. N.º Ind. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO 141,6 N.º Teses de doutoramento concluídas por ETI doutorado 45 0,3 47 0,3 100,0 N.º Teses de mestrado concluídas por ETI doutorado 201 1,3 175 1,2 92,3 Carga horária letiva global (todos os cursos) por ETI 42.178 216,8 40.792 229,8 106,0 N.º ECTS de regências e co-regências de UCs do 1º, 2º e 3º Ciclos or ETI doutorado

470 3,1 509 3,4 109,7

N.º Atividades educativas/formações para a sociedade por ETI 59 0,3 165 0,9 300,0 I&D+i 115,0 N.º Publicações em revistas indexadas por ETI 680 3,5 831 4,7 134,3 N.º Publicações acima do percentil 75 na área por ETI 215 1,1 323 1,8 163,6 N.º Capítulos em livros por ETI 76 0,4 42 0,2 50,0 Valor de financiamento angariado em projetos de investigação por ETI

2.075 10,7 2.125 12,0 112,2

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL 101,3 Valor de overheads obtidos para a FMUP através das atividades, incluindo projetos de investigação, por ETI

1.296 6,7 1.253 7,1 106,0

N.º Cargos de editor ou conselho editorial de revistas indexadas por ETI

56 0,3 30 0,2 66,7

N.º Prémios de reconhecimento nacional ou internacional por ETI 113 0,6 52 0,3 50,0 N.º Direções de serviço ou departamento no sistema nacional de saúde por ETI

15 0,07 25 0,1 142,9

N.º Cargos relevantes em sociedades, comissões nacionais, programas nacionais, DGS, Ordem dos Médicos ou posições em grupos de trabalho neste âmbito por ETI

78 0,4 92 0,5 125,0

N.º Participações em júris da própria ou de outra instituição por ETI doutorado

606 4,1 386 2,6 63,4

N.º Participações em Conselhos de Faculdade ou de Universidade por ETI

41 0,2 41 0,2 100,0

N.º Palestras a convite de sociedades científicas por ETI 1.099 5,7 1.578 8,9 156,1 Resultado para efeito do QUAR da FMUP/2015 119,3

Docentes e Investigadores ETI Dout. ETI Dout.

194,58 149,7 177,54 149,409

Figura n.º 20. Avaliação de Desempenho para Efeitos do QUAR/2015 da FMUP

141,6

115,0

101,3

Educação e Formação

I&D+i

DesenvolvimentoEconómico e Social

Re

50


8.Conclusão As linhas de ação consubstanciadas nos eixos estratégicos da FMUP e no seu programa alicerçado no Plano de Atividades e Orçamento para 2015, conheceram um aprofundamento substancial ao nível da governação e do desenvolvimento institucional, centrando-se na promoção da eficácia e da qualidade no âmbito do processo evolutivo de construção de uma Faculdade mais eficiente, tendo presente a necessidade de fortalecer o processo de melhoria contínua. No ano de 2015, foi alcançado um nível de desempenho institucional global de 119,3%, para efeito do Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR)/Balanced Scorecard da FMUP, com base na avaliação da produtividade dos correspondentes Departamentos e Serviços Académicos, sendo um bom resultado com base no novo referencial estratégico produzido no ano transato em face do Plano Estratégico da U.Porto e desta Faculdade para o horizonte 2020. De salientar a continuidade do esforço extraordinário de contenção na alocação e otimização de recursos humanos, materiais, patrimoniais e financeiros, que têm vindo a ser ajustados à medida das atividades dos departamentos e serviços, e dos correspondentes resultados adequados à natureza da missão e às necessidades de funcionamento. Ao nível da infraestrutura física e logística, tem-se vindo a assumir opções e práticas sustentáveis na operacionalização das instalações que procuram otimizar a gestão, nomeadamente a consolidação da capacidade organizativa dos departamentos e serviços desta Faculdade. A reflexão sobre os resultados caraterizadores de 2015 contidos no presente Relatório é ainda útil para o estabelecimento de novos objetivos e metas, e o empreendimento de ações nos anos vindouros, no sentido de sempre fazer o melhor. É nesse sentido que se insere neste Relatório a síntese das principais linhas de ação da FMUP, completando os instrumentos que asseguram o desenvolvimento estratégico, numa perspetiva de internacionalização, sustentabilidade e qualidade no médio/longo prazo. No prosseguimento das medidas de melhoria, com o esforço congregado de todos os departamentos, serviços, dirigentes e trabalhadores da FMUP, poderá advir melhor nível de desempenho institucional, e a consolidação da sua afirmação de exigência, excelência e liderança, perante os parceiros nacionais e internacionais. Na sequência da avaliação das atividades e no âmbito do processo de reestruturação departamental da FMUP em face dos novos Estatutos, deve complementarmente ser ponderada a necessidade de revisão ou reformulação dos objetivos prosseguidos por esta Faculdade, suas metas e métricas, e possivelmente a construção de novos indicadores de medida para se proceder aos ajustamentos que se revelem necessários com vista a adequada futura monitorização do desempenho institucional e individual.

relatório de atividades de 2015 - sigarra.up.pt com quase dois séculos de vida, a faculdade de...

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