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REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

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Page 1: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

REFORMA DO

ESTADO

Recife, Julho/2003

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Page 2: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

REFORMA DO ESTADO

• INTRODUÇÃO

• PANORAMA MUNDIAL

• BRASIL

• PERNAMBUCO

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Page 3: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

INTRODUÇÃO

Page 4: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

MODELOS BÁSICOS DE MODELOS BÁSICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃOPATRIMONIAL

ADMINISTRAÇÃOBUROCRÁTICA

ADMINISTRAÇÃOGERENCIAL

Page 5: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

INTRODUÇÃO

No primeiro período do Estado de Direito, iniciado na segunda etapa do Estado Moderno, instaurou-se o chamado Estado de Direito Liberal, estruturado sobre os princípios da legalidade, igualdade e separação de poderes, todos objetivando assegurar a proteção dos direitos individuais, nas relações entre particulares e entre estes e o Estado; o papel do Direito era o de garantir as liberdades individuais, já que se proclamava, com base no direito natural, serem os cidadãos dotados de direitos fundamentais, universais, inalienáveis.

O Estado de Direito Liberal, embora idealizado para proteger as liberdades individuais, acabou por gerar profundas desigualdades sociais, provocando reações em busca da defesa dos direitos sociais do cidadão.

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No segundo período do Estado de Direito, iniciado em meados do século XIX, atribui-se ao Estado a missão de buscar a igualdade entre os cidadãos; para atingir essa finalidade, o Estado deve intervir na ordem econômica e social para ajudar os menos favorecidos; a preocupação maior desloca-se da liberdade para a igualdade.

O individualismo, imperante no período do Estado Liberal, foi substituído pela idéia de socialização, no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos.

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Com a passagem do Estado monoclasse para o Estado pluriclasse, ocorreu a multiplicação dos interesses públicos, dos interesses difusos, dos interesses coletivos, o aumento da colaboração entre Estado e sociedade e o aumento da colaboração do particular com a Administração Pública.

Também se verificou uma complexidade crescente da organização administrativa, levando à chamada “burocratização do mundo”.

A conseqüência de tudo isso foi o crescimento desmesurado do Estado, que passou a atuar em todos os setores da vida social, com uma ação interventiva que colocou em risco a liberdade individual, afetou o princípio da separação de poderes (em decorrência do fortalecimento do Poder Executivo) e conduziu à ineficiência na prestação dos serviços.

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O fracasso do chamado Estado Social de Direito é evidente. No Brasil, a exemplo do que ocorre em muitos outros países, não houve a mínima possibilidade de que milhões de brasileiros tivessem garantidos direitos sociais dos mais elementares, como saúde, educação, previdência social, moradia. Grande parte da população não tem assegurado o direito a uma existência digna.Estado Democrático e Estado Subsidiário

Em conseqüência do insucesso do Estado Social, veio a reação, com o acréscimo de mais alguns elementos ao chamado Estado Social de Direito. De um lado, a idéia de participação popular no processo político, nas decisões de Governo, no controle da Administração Pública. Com isto, é possível falar-se em Estado de Direito Social e Democrático.

Page 9: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Paralelamente, acrescentou-se a idéia de Estado Subsidiário, fundado no princípio da subsidiariedade. Originado na doutrina social da Igreja, esse princípio contém duas idéias essenciais:

a) de um lado, a de respeito aos direitos individuais, pelo reconhecimento de que a

iniciativa privada, seja através dos indivíduos, seja através de associações, tem

primazia sobre a iniciativa estatal; em consonância com essa idéia, o Estado

deve abster-se de exercer atividades que o particular tem condições de exercer

por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos; em conseqüência, sob

esse aspecto, o princípio implica uma limitação à intervenção estatal;

b) de outro lado, o Estado deve fomentar, coordenar, fiscalizar a iniciativa privada,

de tal modo a permitir aos particulares, sempre que possível, o sucesso na

conclusão de seus empreendimentos.

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PANORAMA MUNDIAL

Page 11: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Panorama Mundial

• Inglaterra;

• Estados Unidos

• Ásia

• América Latina

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Tipos de Reforma

• Reforma Administrativa;

• Modernização Administrativa;

• Reforma do Estado;

• Reforma do Aparelho do Estado;

Page 13: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Por queprecisamos deuma nova gestãopública?

• O mundo está mudando;

• O Estado está mudando;

• As organizações e sua gestão estão mudando;

• As pessoas estão mudando;

Estado Democrático;

Avanço da Tecnologia;

Page 14: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

O MUNDO ESTÁ MUDANDO……da sociedade industrialpara a sociedade do conhecimento

O ESTADO ESTÁ MUDANDO…..de provedor diretopara promotor, orquestrador e regulador

Page 15: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Mudanças

• A crise do Estado;

• A 1ª geração das reformas do Estado;

• Os caminhos da Nova Gestão Pública:

– Modernização da Gestão:

• Tecnologia de Gestão;

• Tecnologia da Informação e Comunicação(TIC);

Construção de uma Nova Institucionalidade Pública

Page 16: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Funções Contemporâneas do Estado

• Alocação:– arrecadação/orçamento

– prestação de serviços

• Distributiva:– assegurar distribuição

– compensar imperfeições

• Estabilização:– econômica

– política

Governabilidade

Governança

Page 17: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

AS ORGANIZAÇÕES E SUA GESTÃOESTÃO MUDANDO…..das burocracias mecanicistasaos modelos gerenciais

•procedimentos versus resultados;

•centralização e padronização versus flexibilidade;

•captura por interesses versus foco no cliente;

•insulamento versus transparência e controle social;

Page 18: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

A Emergência da Nova Gestão Pública:1. Motivações teóricas:– Neoinstitucionalismo econômico: escolha pública,principal/agente, custos de transação etc;– Gestão contemporânea;2. Experiências paradigmáticas:– Grã Bretanha, Nova Zelândia, Austrália– Estados Unidos3. Influências:– programas de privatização;– cooperação internacional;– consultorias;

Page 19: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Que Nova Gestão Pública? • Corrente neo-pública:

– reforça conceito de cidadania;

– reforçar valores da coisa pública nos

servidores (eficácia, eficiência e ética);

– reconhecer novos direitos como garantia

dos cidadãos;

– ter como horizonte a satisfação do cidadão

(simplificação, redução de tempos etc);

– focar na universalidade e igualdade;

– incrementar qualidade e quantidade de

serviços;

Page 20: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Que Nova Gestão Pública?

• Corrente neo-empresarial:

– de provedor a intermediador nas “vendas”;

– adoção de linguagem e conceitos do setor privado;

– visão do cidadão reduzida a cliente;

– fragmentação da administração a unidades menores e autônomas;

– distanciar a AP do direito público;

Page 21: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Os Princípios(1/2)

• O foco no cidadão/cliente;• Orientação para resultados:

– Planejamento estratégico;

– Indicadores de desempenho;

• Ênfases no controle social (transparência e accountability):– Conselhos;

– Orçamento Participativo;

– Governo Eletrônico;

• Contratualização e flexibilização da gestão

Page 22: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Os Princípios(2/2)

• Valorização e desenvolvimento das pessoas:

– Remuneração variável;

– Capacitação( Escola de Governo);

– Flexibilização do regime jurídico;

Page 23: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

ÓRGÃOS DO GOVERNO

PROMOVER AUTONOMIZAÇÃO

DOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS

AGÊNCIAS REGULADORAS

PRODUTO

PROBLEMAS

PROGRAMAS (UNIDADES

AUTÔNOMAS DE GESTÃO)

GERENTESCOBRANÇA DE RESULTADOS

CONTRATO DE GESTÃO

REFORMA GERENCIALREFORMA GERENCIALAutonomização e ProgramasAutonomização e Programas

AGÊNCIAS EXECUTIVAS

AFERIAÇÃO DE

RESULTADOS

Page 24: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

• A divisão clássica do direito entre direito público e direito privado sugere duas formas de propriedade:

FORMAS DE PROPRIEDADEFORMAS DE PROPRIEDADE

PROPRIEDADE

PÚBLICA

PRIVADA

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• No capitalismo contemporâneo, com o aparecimento das atividades não-exclusivas de Estado, as formas de propriedade são três:

FORMAS DE PROPRIEDADEFORMAS DE PROPRIEDADECONCEPÇÃO MODERNA

PÚBLICA NÃO ESTATAL

• Pertence a pessoas ou grupos

• Realiza lucro

PÚBLICA ESTATAL

• Envolve o uso do poder de Estado

PROPRIEDADE

PRIVADA

• É de interesse público

• Não realiza lucro

• Permite parceria ou co- gestão entre o Estado e a sociedade civil

• Abre-se ao controle social

• Rege-se pelo direito privado

Page 26: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

REDESENHO DO

APARELHO DO ESTADO

ATIVIDADES

EXCLUSIVAS DO ESTADO

ATIVIDADES NÃO-

EXCLUSIVAS

PRESSUPÕEM O EXERCÍCIO DE PODER DO ESTADO DE REGULAMENTAR, FISCALIZAR E FOMENTAR

Arrecadação Tributária Segurança Pública Controle Ambiental, etc

SÃO DE INTERESSE PÚBLICO, MAS PODEM SER DELEGADAS OU PRODUZIDAS POR TERCEIROS COM O APOIO E SUPERVISÃO DO ESTADO

EducaçãoSaúde

Meio AmbienteDesenvolvimento em C & T,

etc

APARELHO DO ESTADOAPARELHO DO ESTADOConcepção ModernaConcepção Moderna

Agências Executivas

Organizações Sociais

Agências Reguladora

s

Mandato de Diretores e Independência do Governo

Contrato de Gestão

Page 27: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

FORMA DE PROPRIEDADE

FORMA DEADMINISTRAÇÃO

Estatal PúblicaNão-Estatal

Privada BurocráticaGerencial

Privatização

Publicização

ATIVIDADESDE

ESTADO

EXCLUSIVAS

NÃO-EXCLUSIVAS

PRODUÇÃO PARAO MERCADO

Page 28: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

REFORMA DO ESTADOBRASIL

• Constituição de 1988;

• Estado Democrático

• Plano Real;

• Ajuste Fiscal

Page 29: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

REFORMA DO ESTADOBRASIL

• Plano Diretor da Reforma

• Cadernos MARE

• Emenda Constitucional N°19

• Emenda Constitucional N° 20

Page 30: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

BRASIL Pontos Principais

• Princípio da Eficiência;

• Controle de Resultados;

• Controle Social;

• Núcleo Estratégico do Estado

• Agências Reguladoras,

• Agências Executivas

Page 31: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

BRASIL Pontos Principais da Reforma

• Organizações Sociais;

• Contrato de Gestão;

• Carreiras Exclusivas de Estado;

• Gestores Públicos

• Escola de Governo

• Emprego Público;

Page 32: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

BRASIL Pontos Principais da Reforma

• Perda Estabilidade:

– Despesa de Pessoal;

– Avaliação de Desempenho.

• Administração Pública Gerencial

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EXERCÍCIODE GRUPO

Page 34: REFORMA DO ESTADO Recife, Julho/2003 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Construir a Visão do Grupo Sobre

Reforma do Estado