reflexões pessoais
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Reflexão pessoalsobre textos
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O Sistema de Pilotagem do Trabalho de Cooperação Educativa.
O professor é o principal recurso de aprendizagem porque
desempenha importantíssimas funções sendo estas, apoia nos acordos
estabelecidos, estimula no apuramento das decisões, acompanha nas
actividades instrumentais que envolvem competências complexas (de escrita
/ cálculo), acompanha, orienta e regula actividades de desenvolvimento (de
Trabalho em Projecto), dá apoio a alunos com necessidades específicas
entre outras funções. Sobretudo o empenho do professor é determinante
para que os alunos atinjam os seus objectivos.
Os instrumentos de pilotagem são um conjunto de mapas, o mapa de
registo de utilização de ficheiros, mapas de produção de textos e de
leituras, mapa colectivo de registo dos projectos e da sua evolução, Diário
de Turma e o Plano Individual de Trabalho e por último o Plano Anual dos
Programas com o registo da evolução dos alunos, tendo estes como função a
regularização (estabelecer regras), organização do trabalho e das relações
que se estabelecem entre os alunos. Através dos instrumentos de pilotagem
é possível ter uma noção dos percursos e das produções realizadas
individualmente dos alunos como é o caso do Plano Individual de Trabalho
e/ou em grupo, exemplo o mapa colectivo de registo dos projectos.
No Plano Individual de Trabalho é notório o percurso e as produções
de cada aluno, nele ficam registadas actividades e a verificação do seu
cumprimento. Com o Plano Individual os alunos tornam visível o seu estudo e
o treino de competências que cada um se propõe a realizar. Este é formado
por três áreas, área do Estudo Autónomo, área do Trabalho em Projecto e
as respectivas comunicações e a área de marcação de trabalho com o
professor, recolha de sugestões e orientações de trabalho do professor ou
dos colegas e registo de auto-avaliação. O Plano Individual de trabalho guia,
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controla e regula o trabalho escolar do aluno. Os alunos vão avaliando o que
já fizeram e ainda o que lhes falta fazer, o que os torna mais responsáveis
pelo seu trabalho; faz com que acelerem o seu ritmo de trabalho; faz com
que os alunos tenham mais consciência do que querem fazer tendo em conta,
o tempo disponível para tal.
Os instrumentos de pilotagem tornam os alunos mais autónomos, já
que são eles que planificam e concretizam o que planearam, sendo o
professor apenas mais um recurso a que os alunos podem recorrer sempre
que sentir necessidade.
Conselho de Cooperação e Diário de Turma
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O pequeno momento de conversa no inicio do dia, prepara as áreas de
trabalho é no qual se realizam os primeiros contactos, surgem novas
produções, fazem comentários que terminam no esboço do Plano Diário. Este
permite aos alunos consciencializarem-se do trabalho que terão de realizar
durante o dia. O dia de aulas termina com uma reunião de Conselho para o
balanço do trabalho, onde os alunos confrontam aquilo que foi planeado com
o que realizaram e deste modo ficarem a saber se trabalharam o suficiente
e se não o fizeram, conduzi-los para os motivos pelos quais não conseguiram
concretizar o Plano Diário.
O Diário de Turma é trabalhado em Conselho. Ele é formado por
quatro colunas: onde são registadas as ocorrências positivas (gostei); as
ocorrências negativas (não gostei); realizações e por último sugestões. Este
funciona da seguinte maneira: são registadas ocorrências positivas, que são
valorizadas enquanto nas ocorrências negativas as partes envolvidas, se
explicam, há uma recolha de opiniões que queiram ajudar a clarificar os
acontecimentos e comportamentos dos envolvidos. Tomam-se decisões ou
elaboram-se orientações que normalmente são em forma de norma que
servirá de critério social para os comportamentos. Por exemplo, numa turma
onde exista muito barulho e os alunos falem todos ao mesmo tempo, pode
ser criada uma regra que para se falar, tem de se colocar o dedo no ar e só
depois da professora autorizar fala.
Em Conselho os alunos planeiam, acompanham, regulam, analisam e
gerem as aprendizagens e para além disso ainda os alunos desenvolvem-se
social e moralmente pois regulam as relações entre eles com a resolução de
conflitos.
O Diário de Turma e o Conselho
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O Conselho é formado pela turma incluindo o professor, este abre os
ciclos de trabalho (Plano Diário) e também os encerra (balanço do dia).
Quando os alunos se organizam em Conselho é o momento de
articulação, reordenação, de coordenação e de instituição.
No Conselho é utilizado um instrumento de registo e actuação, o
Diário de Turma. Este é intermediário e actua na regulação social do grupo e
no processo de negociação permanente fruto de uma educação cooperada,
traz contributos para a turma pois através dele, no Conselho, se resolvem os
problemas do quotidiano. No que se diz respeito a sua estrutura é formado
por quatro colunas, duas delas recolhem ocorrências significativas
(ocorrências positivas/ ocorrências negativas) que servem para dispositivo
colectivo de avaliação qualitativa nas actividades escolares e dos
comportamentos o que ajuda a avaliar o juízo do professor e as realizações.
Tem como função revelar o clima emocional dos alunos em relação às
relações e aos valores de um grupo, para além de ser intermediário do
processo de planeamento e avaliação do trabalho intelectual e do
desenvolvimento moral e social dos alunos.
O Diário de Turma é lido posteriormente às ocorrências, o que faz
com que os alunos mais instáveis e agressivos tenham um afastamento para
que seja racional e veja o que fez e por outro lado como já passou a algum
tempo perca a sua importância. Por vezes os alunos têm uma briga feia e
parece que vão ficar para sempre zangados se os questionarmos na hora,
responde com muita agressividade, mas se deixarmos passar uns dias e
depois questionarmos falarão como se nada tivesse acontecido, deste modo
não quebra os laços afectivos estabelecidos entre eles e pedem-se
desculpas mutuamente como se nada tivesse acontecido.
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O Conselho é muito importante pois permite o planeamento da semana
seguinte; permite a avaliação do trabalho; e por último permite o
desenvolvimento intelectual, moral e social dos alunos.
O Conselho de Cooperação é um exercício de democracia directa, que
é posto em prática através de: diálogo constante; participação no
planeamento; na avaliação; negociações sistemáticas das decisões; e motor
de desenvolvimento moral, social e cívico com a construção do consenso, na
tomada de decisões ou elaboração de orientações que geralmente tem a
forma de norma que regula os comportamentos.
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O Trabalho em Projectos e Comunicações
O Trabalho em Projecto realiza-se a pares ou em pequenos grupos de
três a quatro elementos que se elegem livremente de acordo com o tema.
O ponto de partida para o Trabalho de Projecto pode ser um tópico
de qualquer área e motivam-se os alunos a fazerem perguntas para as quais
gostassem de obter uma resposta. O facto do professor não impor com
quem se deve trabalhar é bom porque assim eles vão se juntar com os
colegas de quem eles gostam mais, mas por outro lado acho conveniente que
por vezes houvesse a regra que tinham que trabalhar com colegas que não
tivessem trabalhado anteriormente para deste modo estabelecerem laços
de amizade com todos os colegas.
Existem dois tipos de Projectos são eles, Projectos de Investigação e
Projectos de Intervenção. No Projecto de Investigação são levantadas
hipóteses (antecipação de respostas); experimentação (onde se tenta
provar ou se fazem inquéritos); até à verificação dos resultados. Estes
Projectos são baseados em problemas da área da Matemática ou Ciências.
São projectos que envolvem certa curiosidade, porque querem saber se as
suas hipóteses estão certas, ficam ansiosos por saber o resultado.
O Projecto de Intervenção é aquele que exigem uma tomada de
consciência dos alunos acerca de alguns problemas ambientais, patrimoniais
ou organização social e cultural, trata de esboçar Projectos de
Transformação, participação, participando os alunos nessa mudança. Estes
Projectos têm objectivos que são atingidos pela acção dos alunos. O
Projecto passa por diferentes fases, a do inquérito social e de estudo de
soluções até à sua intervenção social. Ajudam na construção da cidadania já
que implicam uma participação activa nas soluções e nas mudanças
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participada em democracia. Os Projectos de Intervenção implicam uma
mudança perante um problema.
O Trabalho de Projecto envolve três momentos distintos, o da
organização, desenvolvimento e comunicação. O Professor vai apoiar todos
os grupos de forma rotativa ao longo de todo o Projecto, do plano à
apresentação à turma.
O tempo de Comunicação é desenvolvido em três fases:
Primeira fase: apresentação de informação.
Segunda fase: fase de colocação de dúvidas e debate.
Terceira fase: resposta a questionários acerca dos saberes
comunicados. Através da comunicação aprende mais quem fala e quem ouve,
porque ao esclarecer duvidas do outro põe à prova o seu próprio
conhecimento.
Apesar do Trabalho de Projecto ser centrado nos alunos, já que cada
um escolhe o seu tema a seu gosto, o que faz com que haja mais
diferenciação de conteúdos, é sempre importante ir ao encontro dos
interesses dos alunos, pois estão mais motivados deste modo.
O professor acompanha os alunos no desenvolvimento dos projectos e
pode complementar o trabalho com a informação que falta e que julgue
importante e depois do debate o professor faz uma síntese dos aspectos
mais importantes do mesmo.
Com o Trabalho de Projecto os alunos tornam-se mais autónomos e
responsáveis, pois são eles que escolhem o tema, pois têm de pesquisar,
organizar e têm de ser responsáveis pois sabem que até à data da
comunicação tem de estar feito e que para tal tem de haver partilha de
tarefas e responsabilização das mesmas.
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Para se criar uma cultura para o trabalho de projecto é necessário
reinventar a escola onde não haja excluído, ou seja, uma escola para todos.
Onde as relações se estabelecem não sejam hierarquizadas e o saber não
seja vivido como poder e não submeta ao seu domínio outro. É necessária a
democracia e a partilha entre docentes.
Devemos incutir nos alunos responsabilidade, sentido de compreensão
mútua, mais solidariedade e aceitação das nossas diferenças.
É importante definir projectos pois existem muitos tipos de projecto.
O projecto que se pretende implantar na escola o projecto que envolva os
alunos de forma que eles participem e promovam o bem-estar, o
desenvolvimento, e abarque o sentido democrático e estes sejam
promotores de mais e melhor cidadania. O projecto deve responder a
desejos e aspirações que são sempre necessárias para o desenvolvimento de
nós mesmos e dos outros. A criança tem o direito de participar na
construção da sua vida e da vida da sua comunidade, tem o direito de se
expressar e de organizar.
O projecto promove a relação de intimidade entre semelhantes,
suporta uma negociação permanente, exaustivamente explicitado. Parte do
não sei, mas quero saber, de espantos e de interrogações. O projecto obriga
a um contrato social que recai sobre o que vamos fazer, quem faz, quando,
para quê, com quem entre outras.
O projecto reinvidica uma gestão de tempo, conteúdos, recursos, e
dos mediadores do saber, a gestão dos impulsos, desejos, interesses que
provocam.
Onde os alunos terão de negociar os tempos de estudo, ensino,
investigação e intervenção
Gestão dos conteúdos que irá responder as seguintes questões,
quando, como, com quem, que funcionalidade, que socialização solicitam?
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A gestão dos espaços e dos recursos, a sala de aula deve ser um espaço rico,
diverso e estimulante: deve ter várias zonas cada uma delas deve
corresponder a uma área disciplinar (zona da matemática, ciência, das
expressões plásticas, da música e do teatro), para além da zona de
ficheiros, guiões de apoio ao estudo, zona de referentes cooperativos para
a organização sócio-moral do grupo, mobiliário polivalente que suporte as
várias formas de organização do trabalho, individual, a pares, a pequenos
grupos, toda a turma.
A base do trabalho de projecto e da convivência social deve ser a
cooperação.
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Língua Portuguesa/ Trabalho de Texto
O Processo de aprendizagem não se faz apenas na escola, apesar de
este ser o local privilegiado. Os alunos antes de chegarem à escola já
realizaram aprendizagens de forma informal, a partir das relações sociais
que estabelecem aonde vivem. Muitas escolas não reconhecem a importância
desses conhecimentos.
Na fase de pré-escrita o aluno quando chega à escola não reconhece
que a escrita representa a fala e tem como função a comunicação. Por
exemplo se pedirmos a um aluno para escrever elefante ela vai fazer um
grande grafismo, mas se lhe pedirmos para escrever formiga vai fazer um
grafismo pequeno, porque associa o tamanho da palavra ao tamanho do
animal que escreve, neste caso.
O processo de ensino – aprendizagem da leitura e escrita, inicia-se a
partir da escrita. Se uma criança faz um desenho livre e nós podemos
perguntar-lhe o que está ali escrito, para que a criança compreenda que a
linguagem escrita representa a linguagem oral.
No período destinado ao Ler, Mostrar e Contar, a professora faz
apontamentos sobre o que falam e chega mesmo a questionar o que querem
que a professora escreva. Depois de citar a professora lê o que escreveu
para se certificar que era mesmo isso que o aluno queria que ela escrevesse.
Deste modo eles apercebem-se que a escrita serve para comunicar e que
esta representa a oralidade apesar de respeitar algumas regras como: sinais
de pontuação que correspondem aos ritmos e aquilo que se quer que seja
comunicado; espaços entre as palavras. Mas tenhamos em atenção que «Não
se separa a fala da escrita nem esta da leitura», porque a escrita
representa a fala e a partir da leitura do que foi escrito sabe-se o que foi
falado, por essa razão são indissociáveis.
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A leitura e a escrita são actividades que desenvolvem-se ao mesmo
tempo que em interacção se reforçam e através das quais as crianças criam
e desenvolvem comportamentos activos de construção de significados.
Charmeus afirma que “ler é compreender então aprender a ler é
aprender a compreender”. O trabalho da leitura é determinado pela escrita
e estabelece-se entre o texto inicial e o texto que resulta da resolução de
problemas tais como, conteúdo, destinatário. Adequação da linguagem, da
ortografia entre outros.
As questões que os colegas fazem ao autor permite-lhes clarificar
ideias e acrescentar informações ao texto transmitida pelo autor, que vai
permitir a reescrita do mesmo, permitir a interacção entre o leitor com o
texto e aprofundar a compreensão da leitura.
Para se desenvolver competências necessárias à leitura recorre-se a
várias actividades entre elas estão: o trabalho no quadro d pregas, a
reconstrução do texto a partir de palavras, exemplo:
Eu Gostei
De brincar À Playstation
Na casa Da minha Avó
Com O Meu primo
A combinação de sílabas; a combinação de sílabas que vem permitir o
surgimento de novas palavras por exemplo, se fizermos a divisão silábica de
gostei, está palavra fica dividida em duas partes gos/tei e se juntarmos a
segunda parte tei/a resulta em teia; a substituição de letras por exemplo,
da palavra saca lhe substituirmos o s por um v, teremos a palavra vaca; e se
trocarmos letras, por exemplo da palavra saca se trocarmos o s pelo c vai
surgir uma nova palavra casa.
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Estas actividades têm como finalidade o treino dessas competências
e ajuda os alunos a ultrapassar obstáculos. Também permite a cada aluno
que o faça ao seu ritmo.
A leitura e a escrita desempenham várias funções como a da
comunicação e também a de recolha de informação.
Os alunos exercitam as competências da comunicação oral, de leitura
e de escrita, quando apresentam as suas produções, durante as
Planificações, Balanço do Trabalho, do Trabalho de Projecto; do Tempo dos
Livros e Leituras e do Tempo do Estudo Autónomo. Essas produções são
feitas individualmente ou a pares, em pequenos grupos de três a quatro
elementos e são realizados textos muito diversificados.
As sessões colectivas de Língua Portuguesa / Trabalho de Texto
destinam-se ao trabalho de textos produzidos pelos alunos, de todos os
alunos o que significa trabalhar muitos textos e estes são muito
diversificados, segundo uma rotação combinada entre o professor e os
alunos e existe um registo de forma a não haver equívocos. O Trabalho de
Texto em colectivo constitui um grande momento de comunicação, de
reescrita do texto com o contributo do professor e dos colegas, do
professor que guia/conduz a conversação e dos colegas porque ao questionar
o autor vão enriquecendo-o; a leitura do mesmo, de troca, de sistematização
dos conhecimentos que elaboram individualmente ou em cooperação com os
colegas e com o professor e o que aprenderam fora da escola e da tomada
de consciência do funcionamento da Língua. Este trabalho é feito apenas
uma vez por semana o que eu não concordo, porque se fizerem todo esse
trabalho num só dia parece-me que se torna desmotivador para os alunos e
deixam de prestar atenção. É o que nos acontece a nós, quando estamos
demasiado tempo a trabalhar no mesmo assunto, a determinada altura não
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estamos tão atentos, quanto mais as crianças que não conseguem prestar
tanto tempo de atenção!
O professor neste Trabalho de Texto tem a função de conduzir os
alunos para o facto que a escrita é um processo inacabado e que este
desenvolve-se ao longo de toda a vida.
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A Organização da Sala de Aula: o Espaço e os Materiais Educativos
A sala de aula deverá proporcionar um envolvimento cultural
estruturado para facilitar o processo de aprendizagem. Existem as áreas de
apoio que correspondem a um armário para materiais colectivos, uma
bancada para os ficheiros (para o Estudo Autónomo) e um placar no qual se
fixam os mapas de registos da evolução do trabalho e o Diário de Turma.
Áreas de apoio:
Primeiro: o armário para materiais colectivos. Neste armário está
papel de várias dimensões, cartolinas e cartões; lápis negro e de cores,
marcadores e esferográficas, giz brancos e de cores, afias, borrachas,
entre outros. Devem estar devidamente classificados com as respectivas
designações, para poder ser utilizado por todos os alunos e facilmente ser
arrumado.
Segundo: a bancada de ficheiros dispõe de colecções de ficheiros e
guiões de trabalho correspondente às várias áreas do Programa. As fichas
são ordenadas e classificadas para permitir a fácil localização de qualquer
ficha ou guião. Deverá ser afixado juntamente à bancada, mapas de duas
entradas com o nome dos alunos em coluna, o código de referência de cada
ficha em linha. O professor pode combinar com os alunos um código para
marcar se teve facilidade, dificuldade ou se fez com ajuda, utilizando para
cada uma destas situações uma cor distinta. O que permitirá ao professor
ver o número de fichas que cada aluno realizou e também o grau de
dificuldade sentida pelo aluno. E o aluno ter a noção da matéria que deve
trabalhar mais.
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Existem vários mapas de registo de pilotagem. Estes são:
o O quadro de tarefas de manutenção, por exemplo, de apoio ao
núcleo de documentação, de apoio aos materiais de uso colectivo;
entre outros.
o Um mapa de presenças dos alunos. Este mapa facilita o professor
quando tem de marcar a presença dos alunos. Há medida que os
alunos o fazem o professor pode marcar no documento especifico
para o efeito. O mapa de presenças ainda permite ser trabalhada a
área da Matemática quando a professora pede para contarem o
número de meninos presentes, os que estão atrasados e os que
faltam, no caso da turma ser do primeiro ano.
o O mapa de registos de textos produzidos, podendo estes ser
histórias, bandas desenhadas, notícias, poesias, cartas, actas,
resumos e relatórios. Este registo é importante porque permite ver
quais foram os textos trabalhados e de que aluno, para que deste
modo possam ser trabalhados textos de todos os alunos e também
permite ver quantos textos cada aluno produziu.
o Mapa de registo de leituras de textos podendo estes ser histórias,
poesias, banda desenhadas, revistas, jornais e peças de teatro. Este
registo permite ver o número e o tipo de leituras feito por cada
aluno.
o As fichas de registo dos projectos de estudo onde consta o nome
dos alunos e de dispõe de colunas com informação sobre “o que
queremos saber”; “o que já sabemos”; “o que vamos fazer”; “como
vamos apresentar a informação”; “a comunicação à turma, como e
quando”. Este registo é facilitador do acompanhamento do trabalho
e nele consta toda a informação, mas também parece-me
conveniente estar um espaço destinado ao tema do projecto.
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o Folha de Planeamento do dia onde consta a data do Plano e é
constituída por três colunas. “vamos fazer”, “quem faz” e “balanço”.
o Expõe-se o Programa Curricular, disposto em forma de Plano anual e
o Diário de Turma. É importante que a lista de verificação estar
exposta para os alunos “verem” o trabalho que terão de realizar ao
longo do ano lectivo e em relação ao Diário de Turma parece-me
pertinente estar exposto para os alunos se aperceberem que
sempre que queiram podem utilizá-lo para escreverem o que lhes
parecer necessário para o funcionamento da turma.
As áreas de apoio específico servem de suporte às actividades de
domínios disciplinares programados, que são elas:
O atelier de Expressão Plástica que possui os materiais
necessários à modelagem, à escultura, às construções, às
tapeçarias e tecelagem, desenho e actividades gráficas, pintura,
impressão e estampagem, fotografia, cartazes e audiovisuais. É
importante haver um espaço onde haja exposição, em rotação
dos trabalhos realizados ao longo da semana.
Oficina de teatro que é onde se guardam adereços e
fantoches, marionetas, máscaras, com a respectiva divisória para
dar apoio às actividades de expressão dramática.
Área de apoio a Educação Musical que deverá estar
ligada a oficina de teatro é onde há instrumentos, partituras e
publicações musicais assim como gravadores, leitor de discos, de
modo a criar o gosto pela música.
O núcleo de documentação e informação, conhecido
também por biblioteca tem de ser um recanto acolhedor,
dispondo quase sempre de almofadas para permitir a consulta de
documentos e a leitura de livros em ambiente confortável e
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reservado. Neste espaço devem ser recolhidos documentos
devidamente ordenados e classificados para ser mais fácil
encontrá-los. Deve fazer parte da biblioteca livros recreativos,
enciclopédias, manuais, livros, jornais produzidos pelos alunos e
arquivadores de recortes de textos e de imagens.
A oficina de escrita e edição reúne os computadores, as
máquinas de escrever, entre outros meios de impressão e de
reprodução. Deverá ter uma mesa para a escrita e apoio à edição
e montagem de livros, jornais, textos de apoio e correspondência
entre escolas.
O laboratório de Ciências e de Matemática é o espaço
onde se arrumam os utensílios de apoio à observação, à
montagem de experiências com materiais e objectos de uso
corrente. Para a Matemática este laboratório disponibilizará
materiais estruturados e não estruturados, auxiliares de cálculo
e de apoio ao estudo de grandezas e medidas, formas e espaço
que integram o programa.
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A Organização Social do Trabalho de Aprendizagem no
1º Ciclo do Ensino Básico
O Modelo é caracterizado pelo trabalho continuado de análise e
reflexão dos professores e que tem por base o trabalho cooperado dos
mesmos. O facto de analisar e reflectir e de haver um trabalho cooperado é
muito benéfico pois ajuda-os a detectar falhas e a melhorar as suas
práticas.
Este Modelo permite a circulação de saberes entre os alunos devido à
aprendizagem cooperara dos mesmos.
Os professores do MEM vêem a sua profissão como um instrumento
de formação e de participação cívica e de desenvolvimento social e cultural
o que é muito importante para criarmos cidadãos conscientes.
O instrumento social de acção democrática é a cultura pedagógica
entre professores e alunos, ou seja, os conhecimentos e as intervenções são
desenvolvidas democraticamente com base na cooperação.
Os circuitos de comunicação permitem o desenvolvimento mental e de
formação social. Para haver circuitos de comunicação é necessária a criação
de um clima de livre expressão na sala de aula, onde os alunos se sintam
bem. A expressão livre ocorre num tempo destinado por exemplo, à escrita
livre e no período destinado ao momento Ler, Mostrar e Contar, entre
outros. Estes dois momentos asseguram a autenticidade na comunicação,
promove e dá sentido às aprendizagens escolares. Estas aprendizagens
ganham sentido porque têm interesse para os alunos, são úteis. Com estes
dois momentos pretende-se que os alunos desenvolvam formas variadas de
representação, ou seja, de comunicar o que vem permitir o desenvolvimento
psicológico e social dos alunos. Os momentos de interacção comunicativa são
de grande importância já que dão sentido às aprendizagens e deste modo
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são criadas as condições para haver desenvolvimento psicológico e social dos
alunos, pois existe cooperação no processo de aprendizagem.
A Estrutura de Cooperação Educativa
Na estrutura de cooperação educativa, os alunos trabalham juntos
para atingirem o mesmo objectivo. O facto de trabalharem juntos é um
grande contributo para a aquisição de múltiplas competências. Esta
estrutura pressupõe que cada membro do grupo só pode atingir o seu
objectivo se cada um dos outros o tiver atingido também, ou seja, o sucesso
de um aluno condiciona o sucesso dos outros membros do grupo.
Piaget considera a cooperação como fonte de três tipos de
transformação do pensamento do indivíduo:
- Primeiro: é fonte de reflexão e de consciência de si próprio.
-Segundo: permite separar o sujeito do objecto (converter a
experiência imediata em conhecimento cientifico).
-Terceiro: é um guia por ajuntamentos recíprocos.
Deste modo o trabalho cooperativo desenvolve a consciência de si
próprio, permite converter a experiência em conhecimento científico
através de trocas de comunicação e ainda assegura a formação democrática.
O trabalho cooperativo é importante porque desenvolve nos alunos
outras atitudes: aceitação das diferenças; menos ansiedade e promove mais
aprendizagens.
Nas atitudes os alunos mostram mais satisfação na realização de
trabalhos cooperativos; em situação de conflito têm uma atitude mais
positiva e também proporcionam uma auto-estima superior.
Existe uma maior aceitação das diferenças, isto é, níveis superiores
de aceitação e maior atracção interpessoal com estudantes de minorias
(etnias diferentes, com deficiências ou de sexo diferentes).
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Os alunos têm menos ansiedade trabalhando em pequenos grupos do
que individualmente ou em grande grupo.
O trabalho cooperativo promove mais aprendizagens pois os alunos
aprendem mais uns com os outros, desde que um membro do grupo não
imponha o seu ponto de vista. Quando os membros do grupo têm o mesmo
ponto de vista sobre a realização da tarefa e quando os papeis de cada
elemento do grupo são distribuídos à priori e são diferentes para cada um, o
trabalho cooperativo perde toda a sua eficácia. Mas por outro lado se os
papéis não são determinados, oferecem aos alunos a oportunidade de
diferenciação e de confrontação entre dois ou mais indivíduos.
Participação democrática directa
A participação democrática directa constrói-se enquanto os alunos
com os professores em cooperação experienciando e desenvolvendo a
própria democracia através da organização e gestão do currículo. Estes
aceitam o Planeamento e a avaliação como operações formativas na
apropriação do currículo que integram todo o processo democrático. A
democracia está assente na circulação e utilização da informação, dai a sua
função social de que todo o saber deve ser partilhado. Deste modo cada
aluno acrescenta o seu próprio saber o que vem dar sentido social à
comunicação, à cooperação e aumentar o património cultural de um dado
grupo.
O Trabalho de Estudo Autónomo na sala de aula
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O Trabalho de Estudo Autónomo faz-se todos os dias
aproximadamente cerca de uma hora, para que os alunos possam
individualmente ou a pares treinar as capacidades e competências
curriculares, através de actividades de consolidação ou de desenvolvimento
das aprendizagens. Enquanto o professor vai apoiando sistematicamente e
por rotação, os alunos que revelam dificuldades na aprendizagem. O apoio
aos alunos é decidido na segunda-feira e registado na folha do plano
individual do respectivo aluno.
O Plano Individual de Trabalho (PIT) é instrumento de pilotagem das
aprendizagens no 1º Ciclo
o Apresentação do programa aos alunos.
No inicio do ano o professor deve apresentar os programas das várias
áreas curriculares, de forma a tornar visível os critérios da escola e
partilhar com os alunos as competências e os conteúdos das aprendizagens
para que deste modo os alunos ficarem envolvidos desde o primeiro
momento. Se bem que não vai ser a simples apresentação e a exposição do
programa, que levará os alunos a conhecer os conteúdos e as exigências da
escola. Mas acontecerá através da auto e hetero avaliações periódicas dos
programas que permitem a consciencialização das aprendizagens que vai
possibilitar a cada aluno apropriar-se verdadeiramente do programa, que
resulta da toma de consciência daquilo que já domina e do que precisa
trabalhar mais para melhorar.
Existe uma grelha que permite a análise do programa e dos percursos
individuais de aprendizagem onde consta a listagem de conteúdos e a lista
de verificação, é facilitadora da gestão colectiva do trabalho, uma vez que
assinalamos o que foi trabalhado e o que se planeia trabalhar. Por isso, dá-
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nos uma visão global do grupo e de cada aluno e facilita a tomada de
consciência dos seus percursos. Essa grelha deve estar afixada na parede
para que os alunos a possam consultar autonomamente, e para que os alunos
através da sua analise consciencializem-se de quais são as actividades que
devem realizar no estudo autónomo de acordo com as suas dificuldades.
o Organização do trabalho para a diferenciação
Com o objectivo de responder às necessidades da turma em todas às
áreas do programa. A turma negoceia um horário semanal que contempla um
número menor de rotinas instituídas. Esta organização permite clarificar as
diferentes modalidades de trabalho utilizadas e a demarcação de tempos
destinados a cada modalidade, o que torna-se estruturante para a
organização individual e do grupo.
A criação de condições para o desenvolvimento das aprendizagens num
grupo pressupõe a organização material da sala, de modo a colocar ao
alcance dos alunos material diversificado tais como, ficheiros, guiões, livros
que correspondam às necessidades de trabalho autónomo e estimulem as
aprendizagens do grupo. Corresponde às várias áreas curriculares, de modo
a serem utilizados livremente e estruturante. E às diferentes etapas de
aprendizagem, possibilitando assim a diferenciação do trabalho.
A gestão cooperada do espaço e dos materiais implica a
consciencialização de que os recursos disponíveis têm de ser partilhados por
todos, constituindo assim um factor de socialização. A co-responsabilização
para a preservação dos recursos operacionaliza-se na divisão cooperada de
tarefas, que semanalmente são assumidas pelos alunos e avaliadas no grupo.
o A regulação cooperada das aprendizagens
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O professor tem intenção de gerir as necessidades de todos os
alunos no sentido de optimizar o seu tempo escolar, por outro lado essa
intenção retiraria a oportunidade de cada um se mobiliza para as
aprendizagens. Essa função de regulação facilitada por um conjunto de
instrumentos de registos de produção e de avaliação dos quais se destaca o
Plano Individual de Trabalho (PIT), pela importância que assume na condição
intencional dos processos.
O Plano Individual de Trabalho (PIT)
Permite a realização da diferenciação do trabalho, isto é, permite que
cada um trabalhe segundo as necessidades e motivações e de modo
progressivo vá consciencializando na interacção com os outros, de modo a
progredir no currículo.
Nos PIT´s são realizados vários registos entre eles as actividades
que os alunos podem realizar no Tempo de Estudo Autónomo, também faz
referência ao número de actividades que o aluno pretende realizar, fica
registado a baixa do que vai sendo realizado e também se regista as
actividades que realmente foram realizadas. No PIT há um espaço destinado
ao trabalho de Projecto onde se regista o tema do projecto, o nome dos
elementos do grupo, as actividades a realizar em cada uma das sessões e o
seu balanço. E também existe um espaço destinado a outras realizações
como por exemplo, ajuda de um colega, apresentação de um projecto, a
tarefa que cada aluno tem na sala de aula, assim como a sua avaliação por
último a autoavaliação também é registada e lida no final da semana, assim
como as sugestões do professor e dos colegas que regulam o ritmo de
produção.
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Outros instrumentos colectivos
Entre os instrumentos colectivos estão o registo de ficheiros, de
produção de textos e o de leituras. Estes registo têm como função regular a
produção de cada aluno e de toda a turma, estão expostos junto das
diferentes áreas de trabalho, ao alcance de todos e onde cada um assiná-la
as suas realizações. No que respeita à sua avaliação o registo de ficheiros é
semanalmente. Enquanto o registo de produção de textos e registo de
leituras é mensalmente.
O Diário de Turma é o instrumento que atravessa toda a vida da
turma. Este é discutido em Conselho e permite gerir e regular conflitos,
confrontar processos, valorizar percursos, corrigir aspectos menos
conseguidos.
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O Conselho de Cooperação Educativa
O Conselho de Cooperação Educativa é onde os alunos com
progressiva autonomia, analisam e discutem os assuntos registados no Diário
de Turma e também onde se avalia o PIT, onde se explicitam critérios de
avaliação e por último se clarificando as diferentes modalidades de
trabalho. É importante explicitar os critérios de avaliação de cada
modalidade através destes podem ajudar os alunos a ficarem mais atentos a
determinados aspectos valorizados e pode torná-los mais rigorosos nos seus
trabalhos.
O Trabalho em Projecto é uma modalidade que se baseia nas pequenas
pesquisas que partem dos interesses dos alunos, resulta da avaliação e
planificação dos vários programas curriculares ou desafios lançados pelos
correspondentes. Em pequenos grupos, não mais de três elementos, é
realizado numa hora por dia, dois dias por semana, permitindo assim a
participação de todos os alunos nestas actividades.
É em conselho que se operacionalizam os Planos Semanal e Diário.
Negoceiam-se os apoios do professor aos projectos e a alunos com
dificuldades, as tomadas de decisões quanto às comunicações a apresentar,
a determinação dos conteúdos a tratar e os tipos de trabalho a realizar
durante os tempos colectivos. Este contribui para a construção uma escola
democrática, para tal recorremos de sequências de actividades, que não é
mais do que o roteiro de condução para o Trabalho em Projecto:
1. Antecipação da representação mental do que se quer fazer, saber ou
mudar.
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2. Clarificar o significado social do trabalho previsto, tendo em conta a
sua utilização, apropriação, intervenção e difusão.
Estas duas fases descritas anteriormente exigem um diálogo para
clarificar dinamizado pelo professor.
3. Elaboração o projecto de actuação desdobrando em acções de
produção, o que se antecipara mentalmente.
4. Conceber um plano de trabalho distribuído as acções no tempo e
atribuindo as responsabilidades para que se atinjam os objectivos
cooperativamente assumidos.
5. Proceder à execução do plano, ou seja, a realização do trabalho para a
produção de um objecto; concretização de um objectivo de
transformação social ou de apropriação de saber suscitado por um
problema e elucidar pelo estudo ou pela experimentação, por meio de:
Actividades de pesquisa documental, inquérito social,
intervenção comunitária ou em sistema virtual à distância ou
ainda ensaio sobre materiais.
Tratamento da informação.
Concepção da apresentação do produto para apropriação e
fruição colectiva
Elaboração de instrumentos para obter a retroacção dos
destinatários.
6. Comunicar os resultados do estudo ou da intervenção e apresentar os
produtos, alargando as formas de circulação e difusão do trabalho
realizado.
7. Proceder à avaliação do processo e da utilização social dos produtos
resultados pela reflexão crítica em interacção dinâmica, têm de ser
apropriados pelos estudantes com a colaboração do professor desde
a concepção até à avaliação crítica do processo de produção.
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Na escola é fundamental que o conhecimento não se separe das
práticas sociais de apropriação da cultura para que os valores da democracia
venham a inscrever-se na praxis dos professores e alunos em formação
compartilhada.
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A Cooperação Educativa na Diferenciação
do Trabalho de Aprendizagem
As escolas devem ajustar-se a todas as crianças independente das
suas características individuais independentemente das suas condições
físicas, sociais, culturais, étnicas. Foram estas as orientações administradas
pelo Ministério da Educação lançou aos professores como forma de romper
com todas as formas de exclusão. Para se construir uma escola para todos,
tendo em conta as diferenças dos alunos, recorrendo para tal a diferentes
estratégias curriculares e neste sentido surgiram cinco métodos:
1. Método selectivo: assenta em objectivos e conteúdos fixos comuns
para todos, os alunos quando deixam de atingir os objectivos
abandonam a escola.
2. Método temporal: assenta também em objectivos e conteúdos fixos e
comuns, a única alteração é que permite aos alunos com necessidades
disponham de mais tempo para alcançá-los.
3. Método de neutralização: assenta em que os factores sociais ou
culturais provocam dificuldades nas aprendizagens. Este medo
tenciona compensar esses alunos.
4. Método de adaptação de objectivos: assenta no princípio que não se
podem realizar as mesmas aprendizagens devido à diversidade dos
alunos. Este método vem assim diversificar os objectivos, criando
currículos paralelos.
5. Método de adaptação do Ensino considera que um único método de
ensino/aprendizagem não consegue satisfazer as necessidades
individuais de todos os alunos. Para resolver essa situação adaptam-se
a organização e as estratégias diversificadas de ensino, que
respondam as necessidades de todos os alunos.
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O método selectivo, o temporal, o de neutralização e o adaptação de
objectivos são métodos que não têm em conta as características
individuais dos alunos, pois nas suas sugestões não criam condições para
que todos os alunos tenham sucesso escolar. As condições que criaram
apenas permitem aos alunos com necessidades apenas disponibilizem mais
tempo para que eles atinjam os objectivos; compensam os alunos devido
aos seus factores sociais ou culturais antes de aproveitarem as
diferenças dos alunos, pois permitiriam que aprendessem uns com os
outros e para finalizar não me parece necessário criar currículos
paralelos com objectivos diversificados devido à diferenciação dos
alunos. Parece-me mais pertinente manter o mesmo currículo para todos
desde que haja diversidade de estratégias para que todos possam atingir
os objectivos do currículo. Como todos os docentes sabem que as turmas
são heterogéneas e como tal os alunos têm ritmos e características
diferentes de aprendizagens. Quando o docente tem em consideração
essas características individuais e utiliza estratégias que respondem as
necessidades de cada aluno. É a diversidade de estratégias que vem
permitir o sucesso escolar, juntamente com o trabalho realizado em
cooperação com o docente e entre colegas. Por vezes os alunos aprendem
mais e melhor com os colegas e todo o trabalho envolvido na
aprendizagem activa dos alunos, pois são estes que planificam, gerem o
tempo e avaliam o seu trabalho e o do colega.