refletir inevitável no final de ano. angústia · valer a pena, novas amizades, outras que já...

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Brasil avança na redução de mortes O Brasil conseguiu redu- zir em 16% o número de mortes por causa da Aids. Esse dado é resul- tado de uma pesquisa divulgada nessa terça-feira (27), em Brasília. Essa redução está ligada à garantia do tratamento para todos, assegurada em 2013; à melhoria do diag- nóstico; além da ampliação do acesso para testagem e redução do tempo entre o diag- nóstico e o início do tratamento. Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, esse resulta- do é uma marca dos avanços que o Brasil tem alcançado ao longo dos anos no cuidado à população. “É o momento de uma grande reflexão após esses 30 anos de luta contra a doença, pe- los avanços que temos conseguido. O Brasil tem sido uma referência mundial na ques- tão do HIV e da Aids, naquilo que nós temos proporcionados à nossa sociedade, naqui- lo que nós conseguimos reduzir da questão da mortalidade. E além da comemoração, é um momento também de uma reflexão sobre o que podemos ainda fazer, aquilo que podemos alertar, as prevenções que devemos recomendar sempre”. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza teste rápidos para a detecção do vírus nas unidades de saúde do país. O autoteste de HIV já é vendido nas farmácias privadas do país, mas os resultados não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo. Além disso, o usuário pode tirar dúvidas pelo Disque Saúde 136 e no site www.aids.gov.br/ autoteste . Janary Damacena. Refletir ...inevitável no final de ano. Refletir é algo que fazemos de vez em quando, mas quando che- ga o final do ano parece que existe uma urgência em pensar no que passou e no que fizemos, em como aproveitamos o nosso tempo e as novas experiências. Página 2 Angústia Tem épocas que um pressentimento estranho aparece e o aflige... Aproxima-se bem devagarzinho, invade o coração. Ele, nem sabe o porquê... Página 3 Ano XI - Edição 133 - Dezembro 2018 Distribuição Gratuita CULTURAonline BRASIL Boa música Brasileira Palestras: - Cultura - Educação - Meio Ambiente - Cidadania Baixe o aplicativo Google Play no site www.culturaonlinebrasil.net Curiosidades étnicas e culturais As pessoas sabem que o Brasil é um país com muitos afrodescendentes e com religiões de mai- oria africana. Uma dessas religiões é o Candom- blé, que cultua divindades africanas. Página 5 - Cadê a flor? - É preciso humanizar nossa Saúde - Trumpismo” x “Bolsonarismo - O deputado eleito com fake news que abriu caminho para o nazismo - O Direito a Alimentação - As democracias também morrem demo- craticamente - A corrupção no cenário brasileiro - Refletir ...inevitável no final de ano. - Crônica - Angústia - Brasil: o abismo chegou - Curiosidades étnicas e culturais - Discernir os fatos - Por que as religiões de matriz africana são o principal alvo de intolerância no Brasil? - Conto - Desabafo. - Ensaio sobre o eu - A literatura em uma Escola Sem Partido - A princesa de Angola escravizada no Brasil que lutou por seu povo - Dez estratégias de manipulação em mas- sa utilizadas diariamente contra você - As violências brutais e a demanda racis- ta reprimida - Bolsomoro: o novo padrão monetário do Brasil - Datas comemorativas do mês - Reformas em nome de Deus - Pequena coletânea das vozes que não se calam! - O que é uma Monarquia e quais são as instituições que a sustentam. Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar Ensaio sobre o eu Quando próximo ao aniversário de uma de minhas mortes Uma nova pedra estourou minha vidraça O sol esquentava o necessário e se esforçava para alegrar o dia. Página 8 MAIS ACESSADAS MÊS ANTERIOR TODAS AS MATÉRIAS DO MÊS A literatura em uma Escola Sem Partido A aula de hoje será sobre o Barroco. Melhor não, Gregório e Vieira perigosíssimos. Página 9 Dia Internacional da Luta contra a AIDS

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Brasil avança na redução de

mortes

O Brasil conseguiu redu-

zir em 16% o número de

mortes por causa da

Aids. Esse dado é resul-

tado de uma pesquisa divulgada nessa terça-feira (27), em Brasília. Essa redução está

ligada à garantia do tratamento para todos, assegurada em 2013; à melhoria do diag-

nóstico; além da ampliação do acesso para testagem e redução do tempo entre o diag-

nóstico e o início do tratamento. Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, esse resulta-

do é uma marca dos avanços que o Brasil tem alcançado ao longo dos anos no cuidado

à população.

“É o momento de uma grande reflexão após esses 30 anos de luta contra a doença, pe-

los avanços que temos conseguido. O Brasil tem sido uma referência mundial na ques-

tão do HIV e da Aids, naquilo que nós temos proporcionados à nossa sociedade, naqui-

lo que nós conseguimos reduzir da questão da mortalidade. E além da comemoração, é

um momento também de uma reflexão sobre o que podemos ainda fazer, aquilo que

podemos alertar, as prevenções que devemos recomendar sempre”.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza teste rápidos para a detecção do vírus

nas unidades de saúde do país. O autoteste de HIV já é vendido nas farmácias privadas

do país, mas os resultados não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo. Além

disso, o usuário pode tirar dúvidas pelo Disque Saúde 136 e no site www.aids.gov.br/

autoteste.

Janary Damacena.

Refletir ...inevitável no final de ano. Refletir é algo que fazemos de vez em quando, mas quando che-ga o final do ano parece que existe uma urgência em pensar no que passou e no que fizemos, em como aproveitamos o nosso tempo e as novas experiências.

Página 2

Angústia Tem épocas que um pressentimento estranho aparece e o aflige... Aproxima-se bem devagarzinho, invade o coração. Ele, nem sabe o porquê...

Página 3

Ano XI - Edição 133 - Dezembro 2018 Distribuição Gratuita

CULTURAonline BRASIL

Boa música Brasileira

Palestras:

- Cultura

- Educação

- Meio Ambiente

- Cidadania

Baixe o aplicativo Google Play no site

www.culturaonlinebrasil.net

Curiosidades étnicas e culturais As pessoas sabem que o Brasil é um país com muitos afrodescendentes e com religiões de mai-oria africana. Uma dessas religiões é o Candom-blé, que cultua divindades africanas.

Página 5

- Cadê a flor?

- É preciso humanizar nossa Saúde

- Trumpismo” x “Bolsonarismo

- O deputado eleito com fake news que abriu caminho para o nazismo

- O Direito a Alimentação

- As democracias também morrem demo-craticamente

- A corrupção no cenário brasileiro

- Refletir ...inevitável no final de ano.

- Crônica - Angústia

- Brasil: o abismo chegou

- Curiosidades étnicas e culturais

- Discernir os fatos

- Por que as religiões de matriz africana são o principal alvo de intolerância no Brasil?

- Conto - Desabafo.

- Ensaio sobre o eu

- A literatura em uma Escola Sem Partido

- A princesa de Angola escravizada no Brasil que lutou por seu povo

- Dez estratégias de manipulação em mas-sa utilizadas diariamente contra você

- As violências brutais e a demanda racis-ta reprimida

- Bolsomoro: o novo padrão monetário do Brasil

- Datas comemorativas do mês

- Reformas em nome de Deus

- Pequena coletânea das vozes que não se calam!

- O que é uma Monarquia e quais são as instituições que a sustentam.

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

Ensaio sobre o eu

Quando próximo ao aniversário de uma de minhas mortes Uma nova pedra estourou minha vidraça O sol esquentava o necessário e se esforçava para alegrar o dia.

Página 8

MAIS ACESSADAS MÊS ANTERIOR

TODAS AS MATÉRIAS DO MÊS

A literatura em uma Escola Sem Partido

A aula de hoje será sobre o Barroco. Melhor não, Gregório e Vieira perigosíssimos.

Página 9

Dia Internacional da Luta contra a AIDS

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 2

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

ALGUMAS DATAS COMEMORATIVAS

01 - Dia Internacional da Luta contra a AIDS 01 - Dia do Numismata 02 - Dia Nacional das Relações Públicas 02 - Dia Nacional do Samba 02 - Dia da Astronomia 02 - Dia Panamericano da Saúde 03 - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 04 - Dia Mundial da Propaganda 05 - Dia Mundial do Solo 05 - Dia Internacional do Voluntário 06 - Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres 08 - Dia da Família 08 - Dia da Justiça 10 - Dia Declaração Universal dos Direitos Humanos 10 - Dia Universal do Palhaço

Refletir ...inevitável no final de ano.

Normal!

Refletir é algo que fazemos de vez em quando, mas quando chega o fi-nal do ano parece que existe uma urgência em pensar no que passou e no que fizemos, em como aproveitamos o nosso tempo e as novas experiências. Revi-vemos coisas, momentos, acontecimentos. Fazemos um balanço do que foi bom, do que não foi, das pessoas que entraram na nossa vida, das que permanecem, das que apenas passaram. Sentimos tristeza por aquelas que queríamos que tivessem ficado e não ficaram, e tristeza por aquelas que nos decepcionaram, alegria por aquelas que nos acrescentaram e fizeram nossa vida melhor, mais feliz. Na verdade é como se mais uma etapa da nossa vida estivesse se encer-rando e temos a sensação de fechamento de ciclo, e com o novo ano chegando criamos a ilusão de que algo novo vai começar, e tudo aquilo que não fizemos no ano que passou ficará para o próximo ano. Acreditamos nisso.

. Não é que uma virada no calendário vá mudar alguma coisa, literalmente falan-do, mas simbolicamente pode me influenciar para que eu repense algumas coi-sas.

Hora de fazer o balanço e pensar em colocar algumas coisas em ordem. O que passou, passou! O que foi feito e o que foi dito não se pode desfazer. Ver-dade é que essa reflexão é boa, mesmo que não se consiga fazer grandes mu-danças, a intenção já ta valendo, quem sabe das inúmeras coisas que vamos decidir a gente consiga concretizar algumas.

O simbolismo de terminar um ano e começar outro, nos dá a esperança de que podemos fazer diferente. O tempo é imutável, quem faz as coisas aconte-cerem somos nós, com nossos desejos e vontades. Não vamos ser mais felizes apenas porque entramos em um novo ano, isso vai depender das nossas atitu-des, da nossa vontade em querer mudar. Essa reflexão de final de ano permite que a gente tente reorganizar a nossa vida buscando com isso conseguir mais equilíbrio em todas as áreas. As áreas que geralmente prestamos atenção são as que dizem respeito a nossa vida afetiva e profissional.

Pessoas chegaram à nossa vida, algumas nos refazem, preenchem a nos-sa vida, nos acrescentam, nos fazem ver e vivenciar coisas novas e diferentes fazem parte de nossas vidas agora, pode ser um novo amor, que fez esse ano valer a pena, novas amizades, outras que já estavam, e, continuam com a gente na nossa caminhada. Um novo trabalho, um novo lugar para morar, enfim muitos aprendizados, novas histórias.

Algumas de nossas crenças e convicções mudaram. Amadurecemos e nada fica igual. A partir dessas novas experiências vamos traçar novas metas e objetivos para o ano que vai começar vamos melhorar o que já está bom e me-xer no que não nos serve mais. Época de entender o que foi vivenciado. Perdoar e compreender se for preciso, nos conectarmos com nossa essência, nos ex-pressarmos, nos questionarmos sobre o nosso objetivo aqui, sobre o que espe-ramos e queremos pra nossa vida. Estar consciente é importante, acreditar que podemos fazer diferente, que nós somos responsáveis pela nossa caminhada, ninguém mais.

Se for necessário para alguns ter um gatilho que faça isso acontecer, está aí o final do ano para contribuir com isso. Temos que agir com sabedoria e cons-ciência para conseguirmos tomar atitudes que vão fazer a diferença em nossa vida. Nós é que temos que mudar, a mudança no calendário serve como uma mola propulsora que nos impulsiona e nos faz ir adiante. É um processo simbóli-co, que nos enche de esperança renovada na vida, recomeçar, reciclar.

Vamos nos observar, refletir, fazer uma pausa se for necessário, e se tudo

está bom, deixar como está, se não, é fazer diferente, ter vontade de aprender e

fazer coisas novas, ampliar nossa visão e percepção do mundo. Novos planos,

novas escolhas, novos desafios. Restaurar a nossa fé na humanidade, no mundo

e em nós mesmos, nos focar naquilo que nos fortalece, que nos dá ânimo, que

nos impulsiona, no que importa nessa vida que é o amor, só através dele conse-

guimos nos regenerar, tentar mais uma vez, e outra e quantas vezes for preciso.

Findar o ano com o coração mais leve e iniciar o próximo com a certeza que po-

demos fazer diferente.

Autora: Mariene Hildebrando

e-mail: [email protected]

Na caminhada da vida, aprendi que nem sempre temos o que queremos. Porque nem sempre o que queremos nos faz bem. Foi preciso sentir dor, para que eu aprendesse com as lágrimas. Foi necessário o riso, para que eu não me enclausurasse com o tempo. Foram precisas as pedras, para que eu construísse meu caminho. Foram fundamentais as flores, para que eu me alegrasse na caminhada. Foi imprescindível a fé, para que eu não perdesse a esperança. Foi preciso perder, para que ganhasse de verdade. Foi no silêncio que me escutaram com clareza. Pois sem provas não tem aprovação. E a vitória sem conquista é ilusão. E a maior virtude dos fortes é o perdão.

Angústia

Tem épocas que um pressentimento estranho aparece e o aflige...

Aproxima-se bem devagarzinho, invade o coração. Ele, nem sabe o porquê...

Uma sensação indefinida que o inebria com um sentimento que não é tristeza e nem se parece com alegria.

Exatamente como a água do oceano que vem de longe misteriosa, mansa, aconchega a alma e sacode dentro do peito num vai e vem, como uma onda levanta-o e lhe derruba implacavelmente e ali lhe deixa, sem eira nem beira, o abandona num canto e some no horizonte.

É assim que o coração sente quando essa agonia lhe invade, essa angústia que não tem definição e o prostra sem reação, mas, quando passa, lhe cala, o confunde e pode até matar.

Machuca, leva o coração a trilhar pela melancolia, arranha por dentro e sangra a alma, faz morrer o sonho, a esperança e cerra seus os olhos para o belo.

Esse vazio que aperta no peito e derrama lágrimas de desamor sangra teu ser. Olha pra dentro de si e procura o que quer e nunca se vê pronto para dar e cumprir o que nunca conseguiu fazer.

Nunca jurou nada e nem discute seu jeito, simplesmente aproveita todo o tempo e se respeita.

Seguirá até onde quiser, para se elevar ou se destruir, para viver ou apenas morrer.

E eis que sobreviveu a esse turbilhão de pensamentos e seguiu atrás de si próprio e de seu rumo.

Mas sabe que chegará o tempo em que não mais estará aqui...

Autora: Genha Auga Jornalista – Mtb: 15.320

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 3

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download na web

Diretor, Editor e Jornalista responsável Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Genha Auga

Mariene Hildebrando

Loryel Rocha

João Paulo E. Barros

Filipe de Sousa

Guigo Ribeiro

Eduardo de Paula Barreto.

Ignácio Cano

bbc.com

Alana Freitas El Fahl

Tales Luciano Duarte

José Clayton Murilo Cavalcanti Gomes

Maria Fernanda Garcia

Fuad Faraj

Jane Arruda de Siqueira

Simony dos Anjos

Luís Fernando Praga

IMPORTANTE

Todas as matérias, reportagens, fotos e demais conteúdos são de inteira responsa-bilidade dos colaboradores que assinam as

matérias, podendo seus conteúdos não corresponderem à opinião deste Jornal.

Colaboraram nesta edição

PRECISA-SE de voluntário para revisar textos - Contato: [email protected]

>2. O povo brasileiro ainda não acabou de nascer. O que herdamos foi a Empresa-Brasil com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas do seio desta massa, nasceram lideranças e movimentos sociais com consciência e organização. Seu sonho? Reinventar o Brasil. O processo co-meçou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.

>3. Apesar da pobreza e da marginalização, os pobres sabiamente inventaram caminhos de sobrevivência. Para superar esta anti-realidade, o Estado e os políticos precisam escutar e valorizar o que o povo já sabe e inventou. Só então teremos superado a divi-são elites-povo e seremos uma nação una e complexa.

>4. O brasileiro tem um compromisso com a esperança. É a última que morre. Por is-so,tem a certeza de que Deus escreve direito por linhas tortas. A esperança é o segredo de seu otimismo, que lhe permite relativizar os dramas, dançar seu carnaval, torcer por seu time de futebol e manter acesa a utopia de que a vida é bela e que amanhã pode ser melhor.

>5. O medo é inerente à vida porque viver é perigoso e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a esperan-ça. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.

Brasil: o abismo chegou 85 anos depois do nazismo, talvez seja preciso que alguns povos percam a democracia para que recuperem a noção do seu valor

Brasil: o abismo chegou Por que a política de segurança pública do Bolsonaro seria uma tragédia?

Em março de 2016 publiquei um artigo neste jornal sob o título Bra-sil perante o abismo em que alertava sobre os riscos para a institu-cionalidade democrática decorrentes do impeachment contra o go-verno Dilma Rousseff. Dois anos e meio depois, os perigos se con-cretizaram com mais rapidez do que era previsível. O centro-direita inviabilizou-se eleitoralmente ao abraçar o extremamente impopular governo Temer e ao sustentar Aécio Neves como liderança, mes-mo depois das notórias denúncias de corrupção. Por sua vez, o PT foi sendo progressivamente asfixiado pelos seus próprios erros, pe-la falta de interlocução com os grupos sociais que pretende defen-der e pela satanização a que foi submetido pelos adversários. Além disso, a hegemonia que o PT ainda exerce na esquerda brasileira e a liderança do ex-presidente Lula inviabilizaram o surgimento de um projeto alternativo de esquerda no país. Para muitos brasileiros sobrou, então, apenas a extrema direita como opção.

Dessa forma, o Brasil está prestes a eleger como chefe do executi-vo federal a alguém que sempre foi inimigo declarado da democra-cia e saudoso defensor da ditadura militar. Ora, inimigos da demo-cracia devem ser tolerados democraticamente, não eleitos para go-verná-la. Basta ler a imprensa internacional para perceber que o mundo esperava, nessa conjuntura, uma ampla aliança das forças democráticas brasileiras para defender o estado de direito, mas não é nada disso que está acontecendo. O centro e a direita reagi-ram com neutralidade ou indiferença, quando não adesão aberta ao projeto autoritário. E o PT parece mais preocupado com o desti-no das suas lideranças do que com o futuro do país. O PT tem du-as opções. Ou faz autocrítica agora, pede perdão pelos erros e ten-ta ajudar a salvar o país abrindo seu projeto a outros atores políti-cos e sociais, ou será forçado a fazer a autocrítica a qual tanto re-siste na oposição, em condições bem mais desfavoráveis.

Por sua vez, a grande imprensa brasileira descreve essa segunda volta, falsamente, como se fosse uma disputa entre dois extremis-mos equiparáveis de signo oposto, como se a eleição estivesse a-contecendo entre o candidato do PSTU e o Bolsonaro. Equiparar o discurso ditatorial da extrema direita com o projeto do PT, a despei-to dos erros, só porque o PT não condena com clareza a tragédia anti-democrática na Venezuela, é uma mistura de cegueira e má fé que o país pode pagar muito caro.

Caso se confirmarem as predições, o governo Bolsonaro apresen-tará muitas semelhanças com o governo Trump. Será provavel-mente um governo autoritário, nacionalista, performático, estrutura-do a partir de um pequeno grupo familiar, movido a impulsos pes-soais e meias verdades, dado a atritos internos, disfuncional, a-gressivo nas formas e hostil em relação às obrigações internacio-nais, os direitos humanos e o meio ambiente.

As esperanças de uma sociedade mais igualitária em termos de renda, gênero, raça ou orientação sexual serão enterradas por mui-tos anos. A sociedade será ‘desideologizada’, pois, como é bem sabido, ideologia é coisa da esquerda. Já a direita nunca tem ideo-

logia, apenas abraça a visão ‘natural’ ou religiosa do mundo. A vã ilusão de que Bolsonaro poderia livrar o país da corrupção não du-rará muito, na medida em que os oportunistas que estão desembar-cando no seu projeto político e os deputados do Centrão necessá-rios para governar o país começarem a perseguir abertamente seus verdadeiros fins.

Se as semelhanças com o governo norte-americano seriam notá-veis, haveria também diferenças importantes. A principal delas é a proposta aberta de usar a violência extrema para enfrentar a inse-gurança pública do país. O apelo direto a que as polícias brasileiras matem mais, num país que já possui uma letalidade policial entre as mais altas do mundo (com mais de 5.000 mortos por ano) e on-de as execuções sumárias são frequentes, pode resultar num ba-nho de sangue mais parecido com o governo Duterte nas Filipinas do que com o governo Trump nos EUA. Além disso, a maior difu-são pretendida das armas de fogo na população aumentará as mortes em conflitos no cotidiano, os suicídios e os acidentes. Vere-mos mais casos de meninos que tomam a arma dos pais e atiram contra colegas da escola.

Resta a dúvida de se um governo Bolsonaro iria respeitar a institu-cionalidade, como diz agora o candidato e contra o que ele sempre disse antes, ou se, quando confrontado com dificuldades, cederia à tentação de uma ruptura institucional, conforme sugerido pelo ge-neral Mourão. O que está fora de dúvida é que esse governo testa-ria os limites legais e constitucionais em diversas áreas. Por exem-plo, a chamada ‘lei do abate’ defendida pelo seu grupo político, que permitiria a polícia matar qualquer portador de arma ilegal mesmo que não esteja ameaçando ninguém nesse momento, significaria rasgar a constituição e os tratados internacionais, adotando a pena de morte imediata e sem julgamento pelo delito de porte de armas.

O papel de garantia dos limites legais caberia sobretudo a um Po-der Judiciário amplamente desacreditado e especificamente ao STF, um órgão consumido pela parcialidade, as vaidades e os con-flitos internos. A última decisão do ministro Fux proibindo uma en-trevista do ex-presidente Lula para não influenciar a população em campanha eleitoral representa o último exemplo dessa degradação, pois reintroduz a censura e pretende tutelar a uma população trata-da como uma criança a ser protegida dos males do mundo. Não por acaso, já faz um tempo que as pesquisas mostram que a confi-ança pública no judiciário é ainda menor do que nas polícias, a despeito do descrédito destas últimas. Paralelamente, é previsível que Bolsonaro, como Trump, tente preencher as futuras vagas no Supremo com juízes ideologicamente afins que lhe permitam pro-longar seu projeto político para além do seu mandato.

A deriva autoritária do Brasil é um episódio dramático de uma ten-dência mundial, perceptível no surgimento de populismos de extre-ma-direita em muitos países e também na evolução de alguns go-vernos supostamente de esquerda, como o venezuelano e o nica-raguense, que se tornaram cada vez mais tirânicos e opressores.

Oitenta e cinco anos depois do triunfo do nazismo, talvez seja pre-ciso que alguns povos percam a democracia para que recuperem a noção do seu verdadeiro valor.

Autor: Ignacio Cano é professor da UERJ e especialista em Segu-rança Pública

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 4

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

A numismática no Brasil não é tão bem difundida como em outros países. Ainda assim, possui vários grupos de coleciona-dores bem organizados, cursos e literatu-ra sobre sua evolução no pais. No calen-

dário oficial, o 1º de Dezembro marcado é como o “Dia do Numis-mata”.

As moedas, tanto as antigas como as modernas, são colecionadas

tanto pelo seu valor artístico como por simples prazer e passatem-po.

O número de colecionadores em todo o mundo se eleva a milhões. Eles buscam antes de tudo a beleza, a raridade e a história que ca-da uma dessas peças contém.

O valor de mercado de qualquer moeda, ou seja, o preço que se paga por ela, é determinado pela lei da oferta e da procura.

Outro elemento essencial é seu estado de conservação. Os catálo-gos numismáticos proporcionam dados sobre os preços das moe-das.

01 - Dia do Numismata

Curiosidades étnicas e culturais

As pessoas sabem que o Brasil é um país com muitos afrodescendentes e com religiões de maioria africana. Uma dessas religiões é o Candomblé, que cultua divindades africanas. Muitos dos cativos africanos que vieram ao Brasil eram provenientes de civilizações nati-vas da África, uma dessas nações afri-canas é a nação ioruba.

Os iorubas são uma das mais significa-tivas culturas nativas africanas, locali-zados no sudoeste da atual Nigéria e o sul do atual Benin, mas com descen-dentes no Brasil, principalmente na Ba-hia. O Cristianismo tem as suas origens na cidade de Jerusalém, mas a cultura ioruba também tem a sua “Jerusalém”, a cidade de Ifé, na Nigéria, cidade cuja história remonta a 500 a.C. No Brasil, o Candomblé dos iorubas é o Candomblé de rito nagô.

O navegador português Diogo Cão en-controu outra dessas nações, na foz do rio Zaire, na África, o Reino do Congo, e a sua capital se localizava na atual Angola, essa região africana forneceu escravos à Minas Gerais no século XVI-I. Assim como na cultura ioruba, nessa cultura existe também o Candomblé de Congo-Angola, ou de rito banto. Cultura divindades diferentes das dos iorubas.

Também houve na África o Reino do Daomé do povo fon, no atual Benin, cu-ja capital era a cidade de Abomei. Esse povo também tem descendentes no Brasil e, legou ao nosso país do Can-domblé de rito jejê, que cultua os vo-duns das crenças ewe e fon.

A influência cultural africana é forte no Brasil. Ao vocabulário brasileiro, lega-ram palavras como “moleque”, “quiabo”, “fubá” e “caçula”. Na música, vemos o Samba e o Pagode como exemplos. Contribuições para gastronomia brasi-leira, como o feijão preto, azeite de dendê, com eles os brasileiros aprende-ram a fazer acarajé, vatapá, pamonha, angu. E a capoeira, que é mistura de arte marcial e dança. Há muitas simila-ridades entre a África e o Brasil, diver-sos aspectos em comum.

A diversidade cultural é imensa no Bra-sil, e um povo que não conhece o seu passado, tem dificuldade de entender seu contexto atual e corre o risco de prejudicar o seu futuro. Os brasileiros necessitam conhecer a si mesmos cul-turalmente, saber quem são, suas raí-zes, seus povos ancestrais, para con-seguir planejar o futuro enquanto povo. Conhecer a si mesmos, no caso, é co-nhecer o conjunto das suas várias ori-gens para, a partir delas, ter a consci-ência de qual é a sua própria identida-de. Assim como o brasileiro descenden-te de italianos mantém conexões cultu-rais com a Itália, o brasileiro descen-dente de japoneses mantém conexões culturais com o Japão, o brasileiro des-cendente de libaneses mantém cone-xões culturais com o Líbano, é interes-sante ao brasileiro descendente de afri-canos ter e manter conexões culturais com a África, terra de seus ancestrais e onde estão as suas origens.

João Paulo E. Barros

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 5

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

Noel camuflado

Está chegando o esperado Natal

Mas desta vez será diferente

Papai Noel virá com cara de mau

Trazendo armas de presente

E voará sobre os telhados

Atirando pra todo lado

E com uma faca entre os dentes.

Devido ao risco de ser preso ou exilado

Papai Noel que sempre vestiu vermelho

Neste ano usará uniforme camuflado

E coturnos que cobrem até os joelhos

Também trocará as renas por dragões

E pra gente conhecer os nossos vilões

Ele nos presenteará com espelhos.

Noel não entrará pela chaminé

Por questão de segurança

Mas baterá na porta até

Ser atendido pelas crianças

Assim evitará o risco

De tomar um tiro

Disparado pela vizinhança.

Noel não falará de fé

Para não tomar partido

Nem visitará a ralé

Para não ser confundido

Com algum extremista

Ou revolucionário socialista

Como fizeram com Cristo.

Noel presenteará as minorias

Com prisão, exílio e cemitério

E imporá a ideologia

De Bolsonaro no magistério

Então revelará ao País

O singelo bilhetinho de um juiz:

Papai Noel eu quero um ministério.

Por: Eduardo de Paula Barreto.

A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlânti-co. ... Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormida-de de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma.

O Brasil é conhecido internacionalmente pelo samba, um estilo musical e de dan-ça típico do país. O Carnaval é a festividade onde o samba seria popularizado virando o ritmo oficial da festa. O samba é apreciado pelos brasileiros em todas as regiões do Brasil, porém, tra-dicionalmente, o ritmo se tornou “marca registrada” do Rio de Janeiro e da Bahia. O Dia Nacional do Samba não é uma data comemorativa oficial e foi aprovado como lei estadual do Estado da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro), através da Lei n° 554, de 27 julho de 1964. Na Bahia, também havia um projeto de lei, de 1963, que pretendia instituir o Dia do Samba. Já considerando a sua aprovação, o projeto declara que as comemo-rações da data nesse ano homenageariam Ary Barroso, compositor brasileiro, autor de "Aquarela do Brasil", entre outras. É possivelmente por esse motivo que se passou a divulgar a ideia de que a data teria sido criada em homenagem ao sambista. Assim, embora o Dia Nacional do Samba não seja oficial, a sua comemoração é conhecida nacionalmente.

02 - Dia Nacional do Samba

Discernir os fatos O governo de

Angola proíbe a operação de Igrejas Evangélicas do Bra-

sil. Isso é xenofobia contra brasileiros? Isso é perseguição religio-sa? Isso é atentado à liberdade de crença das pessoas?

Não! Não é nada disso! No YouTube há vídeos gravados on-de são esclarecidas as razões dos governantes angolanos. O que ocorre em Angola não é perseguição religiosa, é o governo defen-der os seus cidadãos nacionais. O Boko Haram faz perseguição religiosa na Nigéria, o Daesh fez intensa perseguição religiosa no Iraque e na Síria contra outros grupos muçulmanos, contra cristãos ortodoxos e maronitas, contra curdos yazidis, drusos, contra quem não tem exatamente a mesma fé deles. Os Rohingya muçulmanos sofrem perseguição no Mianmar de maioria budista. O que aconte-ce em Angola não é perseguição a cristãos evangélicos, para que se possa compreender com mais clareza, temos que analisar o Cristianismo de forma mais detalhada. O Cristianismo tem várias vertentes, não há unanimidade teológica, não há unanimidade de exegese e hermenêutica da Bíblia, e existe um desdobramento de ramificações na religião, que surgiu no século I.

O Pentecostalismo é um movimento de renovação de dentro da vertente Protestante do Cristianismo, que surgiu no começo do século XX. O próprio Pentecostalismo a parte das outras vertentes protestantes tem em si uma vasta diversidade de distintas perspec-tivas teológicas, cujo desdobramento levou ao surgimento do Neo-pentecostalismo na década de 70 do século XX. E o Neopentecos-talismo se multiplica rapidamente pelos países de terceiro mundo principalmente, cujos clérigos prometem dar resposta às necessi-dades e aspirações das pessoas, que, financeiramente e psicologi-camente fragilizadas, acabam por se permitir ser enganadas por esses obreiros fraudulentos, por esses falsos profetas da Teologia da Prosperidade, além de muitos dos pop stars da música gospel que também usam a religião cristã para obter fama e sucesso fi-nanceiro. Algumas Igrejas do Pentecostalismo clássico também a-cabaram por assimilar os métodos dos neopentecostais com inten-

ções de projeto de poder e atingir a objetivos diferentes dos que o próprio Cristianismo original tem. Não são todos os cristãos assim. Não são todos os pastores protestantes que fazem do Cristianismo a sua “mina de ouro”.

Os caciques neopentecostais criam partidos políticos e lan-çam candidatos, têm até bancada no Congresso Nacional, por se-rem gente ambiciosa e sem pudor que viu na religião uma oportu-nidade de explorar a fragilidade das pessoas para ser bem-sucedida financeiramente. Esses obreiros fraudulentos são apáti-cos à humanidade e suas dores, querem é ter vida fácil a qualquer custo. São pessoas que têm projeto de poder e de influência, pes-soas que querem dominar multidões. O governo angolano está cumprindo o seu dever de proteger os seus cidadãos sem lhes tirar a liberdade de crença (ou de descrença), sabendo discernir o que é uma religião legítima de charlatanismo, e tendo a consciência de que as pessoas leigas no assunto não têm condições intelectuais de refutar um pregador neopentecostal com ótima oratória e que sabe manipular psicologicamente pessoas em situação de vulnera-bilidade. Infelizmente no Brasil, se alguém tentou combater o char-latanismo deles, não conseguiu.

Mas esse incidente é uma ótima oportunidade para a popu-lação brasileira, principalmente os defensores apaixonados do neo-liberalismo que tanto se sentem incomodados com o Estado inter-ventor, vejam quão despreparada está a sociedade brasileira para uma realidade de Estado mínimo. Se o empreendedor no Brasil, seja brasileiro ou estrangeiro, não tiver princípios elevados convic-tos, não tiver consciência cívica, não reconhecer que são necessá-rias e indispensáveis claras regras de defesa dos trabalhadores, dos consumidores, e do meio ambiente, a nação vai caminhar para o caos. Já estamos no século XXI e, ainda não conseguimos supe-rar problemas morais e éticos.

Liberdade religiosa deriva da liberdade de pensamento, é uma questão de liberdade individual e dignidade humana. Há pes-soas que não querem ter nenhuma religião, se sentem mais felizes sem elas, e há pessoas que sentem falta de ter uma religião ou mais de uma para que se sintam bem. Mas usar da religião comer-cialmente, como empresa capitalista que visa lucros é libertinagem. A libertinagem é fruto de um uso errado da liberdade, porque de-monstra irresponsabilidade, que pode prejudicar as outras pessoas e até mesmo a própria pessoa libertina. Parabéns ao prudente go-verno angolano.

Autor:João Paulo E. Barros

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 6

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Por que as religiões de matriz africana são o principal alvo de intolerância no Brasil?

Dados compilados pela Comissão de Combate à Intolerância Reli-giosa do Rio de Janeiro (CCIR) mostram que mais de 70% de 1.014 casos de ofensas, abusos e atos violentos registrados no Es-tado entre 2012 e 2015 são contra praticantes de religiões de matri-zes africanas. Divulgado nesta quinta-feira, Dia Nacional de Combate à Intolerân-cia Religiosa, o documento reacende o debate: por que os adeptos

da umbanda e do candomblé, e suas variações, ainda são os mais atacados por conta de sua religião?

O tema ganhou as páginas dos jornais recentemente, em casos co-mo o da menina Kaylane Campos, atingida por uma pedrada na cabeça em junho do ano passado, aos 11 anos, no bairro da Pe-nha, na Zona Norte do Rio, quando voltava para casa de um culto e trajava vestimentas religiosas candomblecistas.

Também em 2015, no mês de novembro, um terreiro de candomblé foi incendiado em Brasília, sem deixar feridos. Na época, a impren-sa local já registrara 12 incêndios semelhantes desde o início da-quele ano somente no Distrito Federal.

A BBC Brasil ouviu especialistas sobre as razões da hostilidade contra as religiões de origem africana e o que pode ser feito.

Para eles, há duas explicações. Por um lado o racismo e a discrimi-nação que remontam à escravidão e que desde o Brasil colônia ro-tulam tais religiões pelo simples fato de serem de origem africana, e, pelo outro, a ação de movimentos neopentecostais que nos últi-mos anos teriam se valido de mitos e preconceitos para "demonizar" e insuflar a perseguição a umbandistas e candomble-cistas.

Fonte: bbc.com

DESABAFO

Aconteceu o que não se esperava...

Foi um encontro rápido! Bem que ela não queria ir, pressentia que aquela noite seria para ir embora, talvez chovesse, ou per-deria a carona, parecia que aquele dia, seria diferente apesar da rotina de sempre...

Encontrou-o no bar, meio desanimado, no entanto, lá estava seu amigo.

Com vontade de lhe contar as boas novas, respirou fundo e procurou entregar-se à sua alegria...

Subitamente entram repentinamente dois sujeitos, jamais esquecerá a fisionomia deles, mesmo tendo negado o reconhecimento na delegacia por orientação do advogado. Me-lhor seria negar para não sofrer retaliações por conta da frieza, crueldade e ameaças feitas antes de partirem.

Trocaram poucas palavras e pouco soube o motivo de tanto querer encontrar-se com ele que nem conseguiu saber de suas alegrias.

Foi um tiro certeiro no momento do sorriso e inocência por não ter percebido que aque-les jovens entraram para assaltar e um tiro o derrubou. Enquanto seu amigo caiu no chão, automaticamente pelo medo, jogou-se ao chão, quando levantou o lugar estava vazio porque todos correram e, vislumbrou o querido amigo já morto.

Jovens sem alma e sem compaixão tiraram sua vida sem ao menos o deixar contar da sua felicidade e, veio então o desalento, a certeza daquele mau pressentimento e, o ar-rependimento. Não deveria ter ido...

Chorou muito com a morte desse amigo e sabia quanto ele era bom. Não! Não só ele que sabia, todos sentiram sua partida.

Seu amigo era trabalhador e pensador como muitos. Pessoas assim, não deveriam ir embora tão cedo, haveria de contribuir muito aqui com tanta gente necessitada de apoio e acalento.

Estamos vivendo num mundo de desamor, violência e uma grande falta de segurança. Até dá vontade de morar em outro país, falam mal de outros lugares, mas aqui se mata muito mais e sem causas, todos muito agressivos, independente de condições boas ou não. Viramos inconsequentes e frios!

Como viveremos nos próximos anos? O Brasil era um lugar de paz e agora se vive sem amor e sem temor a Deus e isso dói, mas, a dor não tem resolvido e não chega ao co-ração de quem não tem nenhum desejo além do dinheiro.

Aqui se vive em orações o ano inteiro, mas porque não somos mais abençoados? Bra-sileiros hoje vivem somente de desabafos.

Como cidadãos, somos massacrados e tudo nos reclui no dia a dia. Quem deveria nos proteger favorece os marginais que, de certa forma, são fomentados pelo sistema dos próprios governantes eleitos.

Nessa exaustão e desabafo que assistimos rotineiramente através do lamento, apesar dos movimentos em prol de mudanças e conscientes de que é preciso mudar, vemos a tristeza que compartilhamos engajados em querer mudar o destino que sabemos não será para nós, mas, que a bem dessa verdade e sofrimento não podemos fugir da luta e, mesmo arrastados pela corrente da escravidão devemos seguir em frente.

Mesmo que em longo prazo e já não por nós, mas pelos brasileiros que num futuro lon-gínquo quem sabe, colherão do fruto de nossa batalha e consciência da missão cumpri-da...

Fiquemos bem, o tanto que for possível!

Autora: Genha Auga

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 7

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O projeto de Bolsonaro quer criar uma cultura do ódio, da ignorância, na qual uma mensagem de Whatsapp ou um vídeo postado no Youtube tenha mais credibilidade que a posição de um professor. Os professores são uma ameaça

real ao projeto bolsonarista, porque são eles que falam da história, da cultura, que nos ajudam a questionar as injustiças, as opressões e as explorações; que nos apresentam a ciência e o desenvolvimento tecnológico. Tudo isso

é uma ameaça ao “mito”. E é por isso que Bolsonaro odeia professores.

LUTAR OU SONHAR

Na rua o povo em tumulto,

Nas casas grades como de gaiolas,

O peso do cansaço.

Companheiros de lutas e luto.

Como o homem torna-se pequeno

Quando se entrega à fantasia,

Ilude-se com as migalhas

Do pão de cada dia.

Contudo essa gente

Pensa que sabe tudo,

Segue em frente sem ver,

Vai sem saber de nada.

Indiferente a tudo

Como céticos suicidas

Esbanjando a vida,

Profetas do passado.

Mesmo um grão caído na terra morta,

Nela poderá ocorrer o milagre da vida.

Não esperemos os golpes do destino

Sejamos gloriosos e fortes nesta sina

Autora: Genha Auga

Ensaio sobre o eu

Quando próximo ao aniversário de uma de minhas mortes

Uma nova pedra estourou minha vidraça

O sol esquentava o necessário e se esforça-va para alegrar o dia

O vento não tinha força para fazer pipas to-marem os ares

O azul dava certo tédio visto a ausência das fofuras brancas

Era um tal de setembro estranho

Setembro que pessoas divulgavam campa-nhas

Recebi um informe

Era o medo de lembrar

Junto aos ferros que me rasgavam quando lembrava

Junto ao aço que furava minha pele

Rasgava minha pessoa

Meu corpo

Neste dia tão estranho

Veja só

Alguns carros passavam pra lá e pra cá

Carros que nem sei se sabem pro lugar que vão

Nem eles

Então afundei em mim

E minhas mãos, antes tão dadas ao exercí-cio de ser, eram suporte pra minha cabeça

Meu corpo era um colchão

De tantos e tantos, o espelho me dizia quem eu era

Numa imagem moldada pelo instante em questão

Vi dentro de mim coisas e coisas espalha-

das

Eram cacos que talvez foram uma janela. E poderiam ser um vaso

Eram pedaços de uma estrutura forte desfei-ta no excessivo bater de folhas da árvore ao lado. Ou pedaços no chão que, em boas mãos, virarão parte de um canteiro

Eram memórias que nem estavam aptas ao meu falar numa história. Mas que gritavam quando eu entrava na caixa do silêncio.

Eram risos de uma criança de barba e preo-cupação de um boleto muito, muito adulto

Eram gestos que peguei de quem nem sei. Ou sei e finjo que não sei

Eram retalhos que formaram uma colcha, mas que, no fim das contas, cobre e dá calor

Eram versos de um poema construído pela eternidade. Sem fim, sem conclusão

Eram ruas que passei e conheço. E que pe-lo tanto que conheço, já nem olho direito

Eram guerras de um soldado que acaba de voltar pra casa e já tem que sair de novo pa-ra se apresentar

Era uma carta que voltou apesar de tão a-tenciosamente endereçada

Era um prato após refeição querendo ser limpo para a próxima

Era a poeira que dava nova cor ao armário, mas que seria um armário novo sem a poei-ra

Era a solidão dos livros, aos montes, em mi-nha estante, mas que serão novos conheci-mentos adquiridos quando lidos

Era o desgaste da reforma num desespero de soar novo e ser novo. Valorizar

Eram as fotos que perdi na última formata-ção junto às imagens em minha cabeça do que acho que foram aqueles dias

Era ela me filmando na praia e triste na par-

tida. Voe!

Era ela em lágrimas diante do trem

Era ela e sua distância física de horas e dis-tância de existir em séculos

Era ela e suas esculturas

Era ela e sua vontade de morder o mundo

Eram letras num caderno velho que escrevi numa praça. E que quase viraram (ou vira-rão) canções em microfones

Eram as luzes, a marcação, o texto

Era o miúdo que sentia tédio e ia dar uma volta pela tarde

Era o menino que fazia graça dando porrada em outros meninos mais fracos ou mesmo mais fortes

Era o menino que pedia licença ao entrar

Eram lugares que nunca sonhei ir e estou

Eram lugares que sonho em ir e irei

Eram minhas verdades mentirosas e minhas mentiras verdadeiras brincando de esconde-esconde

Era o que insisto em ser brigando brava-mente com o que insisto em não ser

Quando próximo ao aniversário de uma de minhas mortes

Eu morri!

E vi de forma tão estranha o eu

Era o eu, os eu’s

Tantos e tantos

Tantos e todos

Juntos

Era o eu, os eu’s

Eram ensaios para uma peça

Eram ensaios sobre o eu

Eram ensaios... ensaio sobre o eu

Autor:Guigo Ribeiro

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 8

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O Dia e o Dia Que o Mundo Acabou “Note! Não há fluxo de consciên-

cia. Todos estão perdidos. Melhor,

já estavam faz tempo. Só agora

aceitaram. É tipo o cara que preci-

sa de um amigo e busca entre as

coisas que comprou e usa em ca-

sa. Ou a mulher que é humilhada

em um programa, mas entende

aquilo como ascensão. O conflito

de uma senhora com fogo no rabo

e que briga com esse natural. O

cara que precisa gritar para o

mundo que tem um pinto e que

quando o pinto não funciona, co-

nhece o não sentido da vida. A

dor da fome de uma mãe em busca de sustento para os filhos ou o

homem que busca o sustento para os filhos matando na noite. Leva

o sustento e é amado por isso. A nossa busca por seguir o outro e

saber do outro. Ou nossa busca por isolamento nas piores condi-

ções. Nossa posse pelo outro e nossa necessidade de ter total cer-

teza. O constatar que o tempo passou e ficou um tanto para trás.

Prazer, vocês, humanos. E como nossas vidas se cruzam numa

rua.”

Fragmento – O Dia e o Dia Que o Mundo Acabou

O Dia e o Dia Que o Mundo Acabou é o primeiro trabalho publicado

do autor paulista Guigo Ribeiro. São 13 contos e que parte de um

fim de mundo diferente do esperado pelo homem: o fim da internet.

Partindo deste evento, os contos apresentam personagens envol-

tos na sociedade em ruína, na solidão, violência, miséria, no com-

portamento, manias. Sim... este trabalho se propõe ao íntimo, ao

estranho, ao absurdo. Ao aspecto que todos carregam e, por ve-

zes, não têm consciência.

Para escrever esta obra, o autor se permitiu explorar formas, mei-

os, possibilidades diversas, se valendo da liberdade que a escrita

possibilita. Sendo assim, os gêneros dos contos são variados, a-

dentrando o humor, o drama, a tragédia, o suspense... afinal, os

personagens têm algo escondido pra mostrar. E que talvez você

tenha também. E eu, e ele, ela... e como nossas vidas se curzam

numa rua.

Autor:Guigo Ribeiro

Ano: 2018 / Clube de Autor / Gênero: Conto

Gazeta Valeparaibana oportunizando e democratizando o conhecimento.

A literatura em uma Escola Sem Partido

A aula de hoje será sobre o Barroco. Melhor não, Gregório e Vieira perigosíssimos. Já olhou com atenção Epílogos e O sermão do Bom ladrão? Padre vermelho com certeza…

Pulemos para o Arcadismo já, coisas ame-nas, bucolismo… Desde que se excluam As cartas Chilenas, professora! E pseudônimos por que razão?

Romantismo, campo neutro, amor, morte. E Castro Alves questionando Deus? Deus, Deus, onde estais que não respondes? Me-lhor não, corremos riscos de falar de escra-vidão e cair na política de cotas. Corta Cas-tro Alves, além disso, muito erótico, pode acender os hormônios dos alunos.

Realismo/Naturalismo. Pensando bem é me-lhor pular esse período todo. O Ateneu e O Bom-crioulo homossexualidade. O Cortiço, assimetrias sociais, tabus sexuais e explora-ção do homem pelo homem, teremos alunos com ódio dos patrões, gays e beberrões, nem pensar. Machado de Assis, neguinho

metido a besta, péssimo exemplo. Os portu-gueses então? Eça, um boçal que prega contra a moral das famílias, adultério, inces-to. Queimem seus livros!

Parnasianismo e Simbolismo são tranquilos, arte pela arte, chapa-branca, Vaso Grego, Vaso chinês, Nefelibatas, Sinestesia… A sesta de Nero não! Ele era um pervertido!!! De Bilac, lembrar-se de não usar os sensu-ais, um fetichista safado. Cruz e Souza, um frustrado, péssimo exemplo de rancor.

E Augusto dos Anjos? Não!!! Um transgres-sor! Quem já viu cuspe e escarro ser poesi-a?

Pré-Modernistas. De Lobato, tira Emília e Visconde do Sítio. Ela, muito questionadora. Ele, um intelectual improdutivo. Neguinha pode ser fatal, dar sonhos às crianças po-bres… Euclides? Dispensa também, estimu-la o poder dos sertanejos. Lima Barreto, nem pensar, suburbano, negro, cachaceiro, contraexemplo, os alunos podem passar a admirar um cara assim só porque escreveu uns textos excelentes.

Semana de 22, pula essa aula. Como ou-sam criticar o poder estabelecido. Bandos de Anarquistas, baderneiros, ainda se junta-ram com os pintores grotescos…

Anos 30, os mais perigosos de todos… Co-munistas de carteirinha, Jorge Amado, tal-vez o pior de todos dando voz a tantos po-bres e pretos causando convulsão social… Graciliano até foi preso. Drummond, Gauche

já diz tudo. Cecília foi desencavar os inconfi-dentes com que intenção? Vinicius, um se-dutor viciado em uísque, Rosa de Hiroshima é uma declaração de sua posição… E os nordestinos todos se achando só porque es-creveram os principais romances do sécu-lo…Lins do Rego hospedou Graciliano quando saiu da prisão, devia ser um comu-na também…

Pós-Modernismo, por que pós? Querem romper de novo? Como pode um jagunço se apaixonar por um homem? Bois conversan-do só pode ser conversas cifradas armando alguma coisa… Ferreira Gullar, terrível! A-gosto de 1964 nem existiu assim como se diz, para que falar de preço do feijão e liber-dade pequena? Uma tal de Macabeia, só pode ser um disfarce, ninguém é daquele jeito…Morte e Vida Severina, que negócio é esse de parte que te cabe e aquela conver-sa dos coveiros???

Contemporâneos então…Fala a língua dos alunos…Língua dos Alunos? Você está brin-cando e a hierarquia?

Cronistas é o jeito, coisa leve. E Stanislaw Ponte Preta? Codinome sombrio…E se qui-serem reescrever o Febeapá?

Pensando melhor, talvez devemos abolir es-sa disciplina subversiva e só trabalharmos os Contos de Fada! Tudo bem desde que Chapeuzinho tire o chapéu…

Autora: Alana Freitas El Fahl,

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 9

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A princesa de Angola escravizada no Brasil que

lutou por seu povo

Zacimba Gaba era princesa de Cabinda, em Angola, há 300 anos, quando foi capturada e vendida como escrava para o Brasil. O fa-zendeiro português José Trancoso arrema-tou Zacimba, no Porto da Aldeia de São Ma-theus, na Capitania do Espírito Santo, com mais uma dúzia de negros escravizados de Angola.

Durante anos Zacimba foi cruelmente casti-gada por não aceitar atender os desejos do fazendeiro. Um dia, ela foi arrastada da sen-zala até à Casa Grande, onde foi interroga-da pelo senhor, que queria saber se era ver-dade o boato que se espalhava por todos os lugares de que ela era uma princesa.

Depois de dias e muitas chibatadas, ela con-fessou sua verdadeira identidade: Zacimba Gaba, princesa da nação de Cabinda. E foi estuprada depois disso.

Localizada na baía do mesmo nome, na costa oeste da África, em Angola, Cabinda teve sua população quase que dizimada, com seus homens e jovens aprisionados e mandados como escravos para o Brasil, du-rante duzentos anos.

O fazendeiro, sabendo que os seus escra-vos, em grande maioria, eram oriundos de Angola, e que poderiam invadir a Casa Grande para libertá-la, passou a avisar que, se alguma coisa acontecesse a ele ou à sua família, “Zacimba seria morta”.

Com o passar do tempo, a jovem princesa, aprisionada na Casa Grande, sob ameaça permanente, castigos e sendo violentada pelo fazendeiro e pelo capataz, crescia e tomava coragem para enfrentar, sozinha, o senhor. Ela tinha proibido que os negros tentassem libertá-la e passou a elaborar pla-nos de fuga e de vingança. Zacimba tam-bém sofria ao ouvir os lamentos de seu povo sendo cortado no chicote, amarrado no tron-co e levado aos ferros, durante os anos que se passaram.

Uma das armas mais poderosas e silencio-sas que os escravos usavam contra os se-nhores ou feitores que lhes impunham casti-

gos desumanos e humilhantes era o enve-nenamento.

Um dos venenos mais utilizados pelos es-cravos era extraído da cabeça da “Preguiçosa”, uma cobra temida pelo seu veneno mortal, característica do Vale do Cri-caré. Esse veneno era usado por matar com pequenas doses e não logo que ingerido. Os senhores daquela época, até pegarem confi-ança em quem preparava a comida, obriga-va os escravos a experimentarem tudo pri-meiro. Se não acontecesse nada, o senhor comia. Para não envenenar ninguém do seu povo, Zacimba levou anos para conseguir finalizar o seu plano.

Um dia aconteceu, o senhor da fazenda caiu envenenado, e logo Zacimba deu a ordem para os escravos da senzala invadirem a fazenda. Todos os torturadores foram mor-tos e a família do senhor da fazenda foi pou-pada. Zacimba fugiu junto com os outros ne-gros e criou seu próprio quilombo.

Mas Zacimba não esqueceu de seu povo que ainda era escravizado e passou o resto da sua vida libertando os escravos, atacan-do os navios negreiros que os traziam como prisioneiros. Morreu como uma princesa guerreira, invadindo um navio para libertar seu povo.

Autora: Maria Fernanda Garcia

10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULA-ÇÃO EM MASSA UTILIZADAS DIARIAMENTE CONTRA VOCÊ

A manipulação em massa é pensada e es-trategiada por pequenos grupos da “elite” mundial.

Noam Chomsky é um linguista, filósofo, ci-entista cognitivo, comentarista e ativista polí-tico norte-americano.

Ele é reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai da linguística moderna“, tam-bém é uma das mais renomadas figuras no campo da filosofia analítica. (Fonte)

“Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-la pela força usando cassetetes.

Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o públi-co em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia” (Chomsky, N., 1993)

Inspirado nas ideias de Noam Chomsky, o francês Sylvain Timsit elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipula-ção em massa através dos meios de comu-nicação de massa“

Sylvain Timsit elenca estratégias utilizadas diariamente há dezenas de anos para mano-brar massas, criar um senso comum e con-seguir fazer a população agir conforme inte-resses de uma pequena elite mundial.

Qualquer semelhança com a situação atual do Brasil não é mera coincidência, os gran-des meios de comunicação sempre estive-ram alinhados com essas elites.

Esses grupos praticam incansavelmente vá-rias dessas estratégias para manipular diari-amente as massas, até chegar um momento que você realmente crê que o pensamento é seu.

1. A Estratégia da Distração

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pe-las elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contí-nuas distrações e de informações insignifi-cantes.

A estratégia da distração é igualmente indis-pensável para impedir o público de interes-sar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neu-robiologia e cibernética.

Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real.

Manter o público ocupado, ocupado, ocupa-do, sem nenhum tempo para pensar; de vol-ta à granja como os outros animais.

2. Criar problemas e depois oferecer so-luções

Este método também é chamado “problema-reação-solução“. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o man-dante das medidas que se deseja aceitar.

Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liber-dade.

Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o re-trocesso dos direitos sociais e o desmantela-mento dos serviços públicos. (qualquer se-melhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência).

3. A estratégia da gradualidade

Para fazer que se aceite uma medida inacei-tável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos.

Foi dessa maneira que condições socioeco-nômicas radicalmente novas, neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as dé-cadas de 1980 e 1990.

Estratégia também utilizada por Hitler.E co-mumente utilizada pelos grandes meios de comunicação.

4. A estratégia de diferir

Outra maneira de se fazer aceitar uma deci-são impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceita-ção pública, no momento, para uma aplica-ção futura.

É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.

Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sa-crifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resigna-ção quando chegue o momento.

5. Dirigir-se ao público como crianças

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, perso-nagens e entonação particularmente infan-tis, muitas vezes próximos à debilidade, co-mo se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.

Quanto mais se tenta enganar ao especta-dor, mais se tende a adotar um tom infantili-zante.

Por quê? “Se alguém se dirige a uma pesso-a como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabili-dade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovi-da de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão

Fazer uso do aspecto emocional é uma téc-nica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos.

Por outro lado, a utilização do registro emo-cional permite abrir a porta de acesso ao in-consciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos

utilizados para seu controle e sua escravi-dão.

“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes in-feriores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade

Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. Introdu-zir a idéia de que quem argumenta demais e pensa demais é chato e mau humorado, que lhe falta humor de sorrir das mazelas da vi-da.

Assim as pessoas vivem superficialmente, sem se aprofundar em nada e sempre ter uma piadinha para se safar do aprofunda-mento necessário a questões maiores.

A idéia é tornar qualquer aprofundamento como sendo desnecessário. Pois qualquer aprofundamento sério e lúcido sobre um as-sunto pode derrubar sistemas criados para enganar a multidão.

9. Reforçar a auto-culpabilidade

Fazer com que o indivíduo acredite que so-mente ele é culpado pela sua própria des-graça, por causa da insuficiência de sua in-teligência, suas capacidades, ou de seus esforços.

Assim, no lugar de se rebelar contra o siste-ma econômico, o indivíduo se auto desvalo-riza e se culpa, o que gera um estado de-pressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questiona-mento!

10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem

No transcurso dos últimos 50 anos, os avan-ços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.

Graças à biologia, a neurobiologia a psicolo-gia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente.

O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.

Nós do Yogui.co acreditamos que para se manter desperto e apto a tomar decisões sem sermos massa de manobra devemos nos autoconhecer, o caminho mais profundo de autoconhecimento é a meditação (ao nosso ver).

A simples tarefa de olharmos internamente para cada nuance de nosso ser e questionar cada célula, cada pensamento é o caminho básico para quem deseja despertar de toda essa manipulação que foi pensada para nos manter dispersos.

Fonte: yogui.co/

Autor: Tales Luciano Duarte

Edição: Filipe de Sousa

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 10

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As violências brutais e a demanda racista reprimida

Dizem que a liberdade é uma luta constante

Lutamos há tanto tempo.

Choramos há tanto tempo.

Lamentamos há tanto tempo.

Lastimamos há tanto tempo.

Morremos há tanto tempo.

Devemos ser livres, devemos ser livres.

(Canção libertária do séc. XX)

“Indo votar ao som de Zezé. Armado com faca, pistola, o diabo.

Louco para ver um vadio, vagabundo com camiseta vermelha para

matar logo. Tá vendo essa negraiada? Vai morrer! É capitão […]”.

Esta fala, que poderia facilmente integrar um filme de ficção ou do-

cumentário que trata sobre o ódio e a perseguição do governo na-

zista aos opositores e àqueles que não se encontravam nos pa-

drões arianos de superioridade, foiproferida por Pedro Belotti, estu-

dante do quinto ano do curso de Direito na Universidade Presbiteri-

ana Mackenzie. O discurso em tom bélico foi realizado através de

um vídeo em queo estudante aparece vestido com uma camisa es-

tampada pelo rosto de Jair Bolsonaro e acabou rendendo notas de

repúdio e abertura de processo administrativo e inquérito policial.

A Mackenzie, em resposta às declarações racistas e após pressão

dos discentes, suspendeu preventivamente o aluno, ao tempo em

que instaurou processo disciplinar. Os alunos e coletivos represen-

tativos da Universidade também protestaram. Os cartazes e pala-

vras de ordem pediam a expulsão do estudante da Universidade e

mais medidas de segurança no campus, visto que, em outro vídeo

divulgado, Pedro aparece segurando uma arma de fogo. As medi-

das administrativas, entretanto, não foram as únicas a serem acio-

nadas. Por meio de nota, o Ministério Público de São Paulo decla-

rou que a Promotoria de Direitos Humanos “requisitou a instaura-

ção de inquérito policial e também representou junto à comissão de

ética da OAB, para apuração da conduta do estudante”.

Além disso, o estudante foi demitido do escritório de advocacia em

que trabalhava, podendo ter sua inscrição nos quadros da Ordem

dos Advogados do Brasil negada, tornando-se impedido, portanto,

de exercer a advocacia. Os ataques manifestamente racistas profe-

ridos por Pedro Belotti, contudo, não se encontram isolados no ce-

nário brasileiro, em especial no contexto da eleição presidencial de

2018 em que o Presidente eleito se referiu ao peso dos quilombolas

em arrobas[3], em referência à animalização das comunidades tra-

dicionais.

Recorrentemente, noticiários e relatos pessoais em redes sociais

descrevem e denunciam ameaças feitas pelos eleitores de Bolso-

naro em razão da raça, gênero ou sexualidade das pessoas. As a-

meaças se sustentam no argumento de que, com a ascensão de

Jair Bolsonaro ao poder, seus eleitores estariam autorizados a co-

meter toda sorte de extermínios contra aqueles que se enquadram

no perfil bolsonariano de incompetência, isto é, negros, pobres, ín-

dios, nordestinos, LGBT e mulheres. Essas violências, todavia, não

podem ser encaradas no seu valor meramente material, conforme

venho defendendo[4]. Compreender as dimensões da violência é

necessário para que possamos entender o modo como ela nos a-

travessa.

A díade da violência, na visão de SlavojŽižek,dá-se em caráter sub-

jetivo e objetivo, sendo a primeira “diretamente visível, exercida por

um agente claramente identificável”[5]. A violência subjetiva não se

caracteriza meramente enquanto as agressões brutais que podem

ser facilmente identificadas, tais como ataques terroristas ou execu-

ções sumárias, mas também enquanto aquelas em que não há um

grande esforço probatório acerca dos atos violentos. O adensamen-

to do debate se dá, contudo, quando se chega à compreensão da

violência objetiva, isto é, a face simbólica e sistêmica das agres-

sões. Se na violência subjetiva há certa objetividade na sua percep-

ção, na violência objetiva ocorre o contrário: não há assimilação di-

reta das violências, sendo, então invisível e, por isso, mais perigo-

sa.De regra, nós concentramos as atenções na forma subjetiva da

violência, mas desprezarmos o modo como ela se desenrola diante

da intangibilidade, o que é um risco que não pode ser corrido. Os

típicos casos de violência escancarada, além de chocarem, cum-

prem o papel de não provocar ou travar a análise de sua forma invi-

sível e pouco notável.

Se os insultos odiosos e racistas proferidos por Pedro Belotti po-

dem ser facilmente entendidos enquanto a violência escancarada, o

também recente caso da mãe que “fantasiou” o filho de escravo po-

de não alcançar tamanha objetividade analítica. Com o corpo co-

berto de tinta escura, acorrentado e com vestes que simulavam a-

quelas usadas por escravos, a mulher compartilhou a foto da crian-

ça na rede social Instagram. “Quando seu filho absorve o persona-

gem! Vamos abrasileirar esse negócio! #Escravo”. A “fantasia” foi

feita para a comemoração do Halloween em uma tradicional escola

particular de Natal. O que havia sido encarado enquanto normal pe-

la mãe e seus seguidores, foi motivo para um pedido de desculpas

após a repercussão do caso.

Autor: José Clayton Murilo Cavalcanti Gomes

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 11

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

O Dia Internacional da Luta contra a AIDS é comemorado anual-mente em 1º de dezembro.

A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo: a AIDS. Não apenas informar as pessoas sobre os sintomas, perigos e for-mas de se prevenir da doença, o Dia Mundial de Luta contra a AIDS também tem a função de auxiliar no combate contra o pre-conceito que os portadores de HIV - vírus humano de imunodefici-ência - sofrem na sociedade por causa da doença.

A sigla AIDS vem do inglês Acquired immunodefiecience syndrome, que em português significa “Síndrome da Imunodeficiência Adquiri-da”.

O vírus da AIDS (HIV) destrói as células brancas do organismo,

responsáveis em proteger e combater doenças no corpo humano. Com a destruição das defesas do organismo, o corpo fica bastante fragilizado e propício a ser atacado por inúmeras doenças, como pneumonias, infecções, herpes e até mesmo alguns tipos de cân-cer.

Como se contrai o vírus da AIDS?

A AIDS pode ser transmitida através do contato de fluídos corporais do infectado com o sangue de uma pessoa saudável, por meio de relações sexuais sem preservativo (camisinha), transfusões de san-gue ou compartilhamento de seringas e agulhas.

Atenção: beijos de língua, abraços ou contatos com a pele da pes-soa portadora de HIV não transmite a doença!

A doença não tem cura, mas pode ser tratada com coquetéis anti-aids, quando diagnosticada a tempo, melhorando a qualidade de vida do infectado.

01 - Dia Internacional da Luta contra a AIDS

Bolsomoro: o novo padrão monetário do Brasil

Para quem não dá conta sequer de 5 dedos, a cavalgada de 5 amazonas com o suposto fake Jão Dólar dá um certo desalento e uma ponta amargurada de inveja.

Inobstante isso e o dadivoso prazer egoísta e ganancioso do envol-vido, estes 5 centímetros de trégua (doze centímetros e sete milí-metros, segundo o Jão) foram suficientes para amenizar a guerra declarada entre familiares e amigos dentro dos grupos de What-sApp invadidos pela legião demoníaca que odeia, baba e vocifera patrocinada pelos amigos do Capitão Borso, o herói de alguns nor-te-americanos.

Alguns destes amigos anunciam-se nas empresas de disparo de WhatsApp como as amigas do Jão se anunciam. Junto com todas as virtudes do serviço e respectivos valores, fecham o anúncio as-sim: faço porque quero, faço porque gosto. Aceito cartão de crédito, caixa 1 e caixa 2. Outros, mais amigos, empolgando-se sentados na tocha da estátua da liberdade, dizem: faço até de graça.

Meu amigo, minha amiga, pense como foi bom para você. Como foi bom parar e pensar e, pensando, ver se afastarem as espirais da fumaça do cigarro e perceber que esses 5 centímetros de trégua deram a tênue mas alegre esperança de antever que este ano ha-veria natal a ser celebrado e que o presente de amigo secreto pu-desse estar até garantido.

Pensando, e pensando de novo, passado um tempo, o medo voltou e aquele discurso que prometeu varrer da face da humanidade quem pensa diferente também voltou a grudar feito chiclete no seu cérebro, inundando-o com o mais terrível pânico dos desespera-dos. Cadeia, caixão ou exílio, é isso que nos espera junto com a trevas do autoritarismo de um discurso de doido varrido. Em espe-cial é isso que espera os vermelhos.

Nesta nova Ordem Bolsonária quem será o Juiz Moro a nos atribuir a cor vermelha, mesmo que seja uma cor que nunca tivemos e nunca foi nossa, para nos jogar numa masmorra ou nos mandar para a morte ignominiosa de nossas reputações? Vermelhos ou não, nós merecemos isso? Ou se for vermelho tudo bem pra você? Este é o tamanho da sua humanidade? Este é o ser divino que ha-bita neste envólucro de carne e sangue que é você?

Há gente desesperada neste país. Gente que pensa que a partir de 28 de outubro teremos oficializado o bullying praticado por uma le-gião de bárbaros contra pessoas indefesas nas ruas, em suas ca-sas, em suas vidas. Que a partir de 28 de outubro se instituirá o ter-ror praticado pelo governo contra os seus cidadãos, tudo autoriza-do pela Chefe máximo da nação.

O futuro Chefe da nação é um subversivo da ordem, da hierarquia e da disciplina militares. Adorador da tortura, é um Unabomber frus-trado. E, pasmem, será o Comandante-em-chefe das Forças Arma-das. Há o medo de não haver judiciário altivo e independente a nos garantir. Há o temor de ver o prezado Dr. Robalinho do MPF já ace-nar à nova ordem com o mais sedutor e encantador dos seus sorri-sos. Há o medo, o pânico e o terror de que a Ordem Bolsonária se-ja responsável pela desmoralização suprema do Exército Brasileiro ao se ver que, “seguindo planos militares contingencias”, um cabo e um soldado foram mandados fechar um acovardado STF. Enfim, vamos virar uma Venezuela!

Novo governo, nova vida, nova ordem. Assim, natural se cogitar trocar o real por um novo padrão monetário: o bolsomoro. A nova moeda celebrará a subversão da ordem constitucional de 1988, de-dicada aos dois de seus maiores heróis. Uma moeda de duas caras e nenhuma coroa.

Sendo uma moeda de duas caras, trará certa dúvida de saber se é verdadeira ou não ou se valerá pelo valor de face. Tendo duas caras, a moeda e a Nova Ordem Bolsonária, em qual delas acreditar?

Por Fuad Faraj.

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 12

Eu me rendo. Jair Messias Bolsonaro será o novo presidente e eu estou come-çando a ficar feliz.

Tudo isso porque tenho observado amigos, conhecidos e familia-res, e muita coisa boa vai acontecer a partir do dia primeiro de ja-neiro de 2019, assim que o Mito pegar a faixa.

Pessoal está fervoroso a favor da família, contra a corrupção, a fa-vor do patriotismo, lindo ver o povo cantando o hino nacional, LIN-DO! Parece Copa do mundo!

Tem gente que no dia 01 vai ligar pra light e pedir pra desfazer o gato na sua rede elétrica. Gato esse, feito há anos desde o gover-no Collor.

Tem gente que vai desligar aparelho da China que desbloqueia os canais de TV a cabo, afinal é proibido!

Tem marido que vai ligar pra amante logo após a queima de fogos e dizer que o romance acabou, AFINAL ele é 100% família tradicio-nal.

Tem também aqueles pais ausentes que vão se transformar nos melhores pais do mundo, vão pagar as pensões atrasadas, vão dar afeto, amor, carinho, dignos do título de pai.

Tem viajante que já nas férias de janeiro , vai para os EUA e no re-torno respeitará a cota de 500 dólares. Afinal agora, o Mito vai des-tinar os impostos para o lugar certo e você como contrário a corrup-ção, vai entrar na fila da receita e declarar TUDO que ultrapassar a sua cota. Já lhe dou os parabéns adiantado!

Tem gente que vai já na primeira semana, regularizar o documento do carro, para não precisar dar propina ao policial , aliás o próprio policial já não irá mais aceitar esse tipo de situação.

Telefone do Detran 3460-4040

Liga lá!

Tem "aposentado" que nunca bateu um ponto na vida, ligando pra previdência social e dizendo que não vai aceitar mais receber a-quela aposentadoria fantasma feita a 30 anos atrás.

Tem contribuinte que na hora de declarar o imposto de renda, não vai mais precisar do recibo daquele amigo médico ou dentista, dan-do aquela deduzida MALANDRA no IR.

Afinal, o Mito vai destinar a arrecadação ao seu devido lugar, dai ele para de sonegar e pagar o imposto com gosto. h

Tem conhecido meu que vai na primeira delegacia , entregar o re-vólver que comprou de forma ilícita a alguns anos atrás, e vai com-prar uma arma legalmente, dentro da nova lei, onde uma pistola vai custar cerca de 12 mil reais.

Outros vão se entregar pelas mulheres que já bateu, outros pelas merdas que fez durante a vida, pq agora é vida nova, Brasil novo, tudo novo...

Tem conhecidos viciados em drogas, que seu último baseado será no dia 31, um pouco antes da ceia. Afinal, ele não vai continuar fi-nanciando o tráfico de drogas, o Mito diz que bandido bom é bandi-do morto.

Vamos no show do U2 no Maracanã?

Tô dentro! Mas nada de carteirinha falsa hein

Vamos TODOS pagar os 400 reais do ingresso.

Ah... e tem aqueles que compraram carros por programas do go-verno para "portadores de necessidades especiais", mas que são completamente sadios e mobilidade perfeita, e que são isentos do IPVA e que vão devolver o carro na concessionária, pois a honesti-dade do Mito fala mais alto.

Não podemos esquecer dos pequenos comerciantes que vão emitir nota fiscal em TODAS as vendas e serviços, porque ele vai deso-nerar a folha de pagamento e a onda de honestidade chegou ao Brasil.

Já estou em êxtase com esse novo país que vai se iniciar em 2019!

Isso sem contar os "pequenos" delitos,

Furar fila?

Nunca mais!

Recebi troco a mais?

Devolvo na hora.

Viva o novo Brasil.

Nem quero mais ir embora daqui.

Afinal, o problema do Brasil era só o PT.

Autora: Jane Arruda de Siqueira

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

O Dia Nacional das Relações Públicas é comemorado anualmente em 2 de dezembro. A data homenageia o profissional de Relações Públicas, responsá-vel pela gestão da comunicação de uma organização, assessoria de imprensa, empresa privada ou pública, organização de eventos e etc.

Origem do Dia Nacional das Relações Públicas O Dia Nacional das Relações Públicas surgiu no Brasil a partir do Decreto de Lei nº 7.197, de 14 de junho 1984, que determinou o dia 2 de dezembro como data oficial para a comemoração. O dia 2 de dezembro foi escolhido como Dia Nacional das Rela-ções Públicas por ser a data de nascimento do patrono das Rela-ções Públicas no Brasil, Eduardo Pinheiro Lobo (2 de dezembro de 1876 - 15 de fevereiro de 1933). Eduardo Lobo foi o responsável pela direção do primeiro Departa-mento de Relações Públicas criado no Brasil, em 30 de janeiro de 1914.

A data homenageia a ciência que explora, observa e estuda o uni-verso e tudo que existe nele: planetas, estrelas, satélites naturais, galáxias e etc. A astronomia é uma das ciências mais antigas que existem no mundo, responsável pela descoberta da origem, movimentação, composição e demais comportamentos dos corpos celestes que estão espalhados por todo o universo. Os astrônomos - estudiosos e cientistas que estudam a ciência da astronomia - olham para o céu em busca de respostas para as grandes e pequenas questões sobre o que existe além da imensi-dão do "manto azul" do firmamento terrestre. Origem do Dia da Astronomia O Dia da Astronomia no Brasil surgiu em homenagem a data de nascimento do imperador Dom Pedro II (2 de dezembro), que era considerado um astrônomo amador e o patrono da astronomia bra-sileira. A Sociedade Brasileira de Astronomia, fundada em 1947, foi quem escolheu a data de 2 de dezembro como Dia Nacional da Astrono-mia.

Também conhecido como o Dia Mundial das Pessoas com Defici-ência, esta data tem o objetivo de informar a população sobre todos os assuntos relacionados a deficiência, seja ela física ou mental. Além disso, busca também conscientizar as pessoas sobre a im-portância de inserir as pessoas com deficiência em diferentes as-pectos da vida social, como a política, a econômica e a cultural. Deficientes De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, aproxi-madamente 10% da população mundial tem alguma deficiência. A principal ideia desta data é refletir (e pôr em prática) os melhores métodos para garantir uma boa qualidade de vida e dignidade para todas as pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência. O Decreto de Lei nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, define a deficiência humana como “toda perda ou anormalidade de uma es-trutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere in-capacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.

Esta data foi criada com o intuito de desenvolver o espírito de solidariedade nas pessoas, que são convidadas a colaborar com o desenvolvimento sustentável do planeta a partir de inúmeras a-ções. O Dia do Voluntário foi instituído pela Organização das Nações Uni-

das (ONU) desde 1985. Os voluntários são aquelas pessoas que têm espírito cívico e interesse por ajudar a construir uma sociedade melhor, dedicando para isso parte do seu tempo em trabalhos soci-ais, sem receber qualquer tipo de remuneração por isso. Tendo como meta os Objetivos do Milênio, definidos pela ONU em 2000, os voluntários atuam de modo a diminuir a extrema pobreza e a fome, garantir o ensino básico para todos, promover a igualda-de entre os sexos, reduzir a mortalidade infantil, garantir a susten-

tabilidade ambiental, entre vários outros objetivos.

A data serve para homenagear e lembrar a importância da presen-ça da "instituição" familiar na vida de uma pessoa, ajudando na for-mação da educação, cultura, da moral e da ética comum a todos. Família não é apenas mamãe e papai, mas também todos aqueles que cuidam e protegem. Uma família pode ser formada apenas pe-los avós/avôs, mãe solteira, pai solteiro, mamãe e mamãe ou papai e papai. O que importa é quem cuida e educa o ser humano e não apenas quem "põe no mundo", como se diz popularmente.

A data tem o objetivo de homenagear o Poder Judiciário brasileiro e todos os profissionais responsáveis em fazer com que a justiça seja cumprida com imparcialidade. O Poder Judiciário é um dos três principais poderes da República no Brasil. Assim como o Legislativo e o Executivo, o Judiciário é essencial para o funcionamento da sociedade de uma nação, jul-gando a aplicação das leis e garantindo que sejam cumpridas. O Poder Judiciário está divido entre os seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribu-nais Regionais Federais e juízes federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares e Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal. Origem do Dia da Justiça O Dia da Justiça foi estabelecido através do artigo 5º do Decreto de Lei nº 1.408, de 9 de agosto de 1951. A data é considerada feriado em todo o território nacional, ou seja, no Dia da Justiça todos os fóruns e ofícios de Justiça não funcionam. Mesmo sendo oficializado apenas em 1951, o Dia da Justiça é ce-lebrado desde 1940 em referência a imagem da Imaculada Concei-ção.

A data tem o objetivo de incentivar a defesa do trabalho associado e voluntário, a partir do desenvolvimento sustentável, respeito à vi-da e com justiça social. O principal intuito do Movimento de Economia Solidária do Brasil é fomentar a criação de políticas públicas nacionais de economia so-lidária. Muitas empresas brasileiras já trabalham com os princípios da eco-nomia solidária, ou seja, utilizam técnicas e modelos de produção que garantem o bem-estar dos seus funcionários, a preservação do meio ambiente e a organização autogestionária da empresa.

O começo do verão é marcado pelo evento astronômico denomina-do Solstício de Verão, ou seja, é o período em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol. Em 2018, o solstí-cio de Verão será às 19h22ou 20h22 (para estados com horário de verão), em 21 de dezembro, no Brasil.

A Véspera de Ano-Novo, também chamada de réveillon virada de ano,[ou passagem de ano refere-se ao dia 31 de dezembro, prece-dente ao Dia de Ano-Novo nos países que seguem o calendário gregoriano. Na cultura ocidental, faz-se uma ceia no dia da véspera para se a-

guardar o ano que chega e, à meia-noite.

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 13

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+ DATAS COMEMORATIVAS

05 - Dia Internacional do Voluntário

02 - Dia da Astronomia

08 - Dia da Justiça

03 - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

08 - Dia da Família

15 - Dia Nacional da Economia Solidária

21 - Início do Verão - Solstício de Verão

02 - Dia Nacional das Relações Públicas

31 - Réveillon

Reformas em nome de Deus No dia 31 de outubro foi comemorado o aniver-sário de 501 anos da Reforma Protestante, e-

vento que é largamente estudado nas escolas e, geralmente, nomeada como “Reforma e contrarreforma”. Por si só, esse tema já traz uma violência. Católicos e Protestantes lutan-do uns contra os outros pela hegemonia ideo-lógica do, até então, Sistema Feudal vigente. Com o apoio de Príncipes, Lutero desempe-nhou um papel importante para que a igreja católica fosse esvaziada de seu poder político-econômico permitindo que acendesse uma no-breza que daria origem aos Estados-Nações e a novas formas de exploração do povo euro-peu.

Esse é um lado da reforma que não é muito divulgado e, que hoje, me parece adequado retomar por uma causa: os movimentos religio-sos têm , em si, uma motivação política e de poder. Vejamos. Logo após a escritura das 95 teses de Lutero, pregadas na porta da Cate-dral de Wittenberg, esse mesmo Lutero disse que os rebeldes camponeses deviam ser mor-tos, e foram – no evento conhecido como A Guerra dos Camponeses, na qual morreram 100 mil camponeses com o aval dos reformis-tas.

Pois bem, porque eu recupero esse episódio nesse momento tão conturbado da política que vivemos? Apenas para bater de frente com a Igreja Evangélica ou me indispor com meus irmãos de fé? Não! Recupero essa história pois esse evento religião/interesses político-econômicos, tem se repetido escancarada-mente, no Brasil atual. Como sabem, sou mes-tranda e recebi, hoje, pela lista de alunos um manifesto da Frente Parlamentar Evangélica à população brasileira, manifesto o qual é dura-mente criticado pelos pesquisadores em Edu-cação.

Tal documento versa por uma “escola sem partido” e sem “ideologia”, logo após um dos mais expressivos parlamentares dessa Frente, o ex-senador Magno Malta, ter feito uma ora-

ção de abertura para o discurso do Presidente eleito. O meu objetivo aqui é simplesmente chamar à atenção dos Evangélicos ao fato de que proselitismo em rede nacional em Estado Laico é crime, além de ser ideológico. Não es-tão defendendo uma Escola sem Partido, mas uma escola proselitista do que há de pior nos cristãos: hipocrisia e exploração dos fiéis. As propostas deste documento são um ataque ao povo, travestidas de preservação da família dos valores cristãos.

Após ler a síntese do manifesto e perceber seus interesses velados, como Evangélica me posiciono veementemente contra esse projeto de Brasil baseado na defesa de moralidades e não de direitos. Vivemos um tempo difícil e te-nebroso, um tempo no qual pastores parla-mentares divulgaram, no dia 24 de outubro, quatro dias antes da eleição do presidente, o que parece ser o “novo Brasil”, o qual tantos dizem defender. Um Brasil que não é mais do mesmo, como diria Renato Russo, mas uma versão piorada da nossa nação. Um Brasil que vai dar uma guinada ferrenha ao conservado-rismo, ataque aos direitos humanos, ao meio ambiente e cujas primeiras vítimas já morre-ram horas após o anúncio do resultado do plei-to.

Destaco, a partir da leitura deste manifesto, que teremos que abrir larga resistência contra os ataques à Educação, pois os Evangélicos estão deixando bem claro que vão aparelhar o ensino brasileiro para fazer das escolas uma “Escola sem partido” e sem Educação. Logo de largada a “revolução na educação”, defen-dida pelos evangélicos é: pelo “mérito”, ou o que eles considerarem mérito – inclusive elogi-am a dificuldade de outrora para acessar o en-sino superior, como se a exclusão e o elitismo fossem positivos -; sem “ideologia” (apenas a ideologia deles); e ainda, eles tem, como polí-tica para as Universidade, uma ampla abertura para a privatização destas Instituições Públi-cas, o desmonte das Agências de Fomento de Pesquisa públicas e o sucateamento da forma-ção superior pública no País.

A verdade, que tanto foi defendida nesse pleito eleitoral, começa a se revelar e não é uma ver-dade que liberta, é uma verdade que destrói. Se com aval dos reformistas europeus 100 mil morreram, quantos morrerão com o aval da Bancada Evangélica? Quantos não terão aces-so aos direitos humanos mais básicos, ao en-sino e à dignidade? Deus tenha misericórdia de nós!

Autora: Simony dos Anjos

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 14

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A minha terra A minha Terra é diferente Das outras Terras que existem Lá a prostituta insiste Em amar os seus clientes E o afrodescendente Como livre eleitor Escolhe o seu feitor Reeditando o passado Quando foi escravizado Terra onde chora o tambor. . A minha Terra é ímpar Lá o gay é solitário E não pode ver armário Que logo quer se abrigar Mas na hora de votar Escolhe homofóbicos Talvez ache ótimo Ter a vida por um triz Abrindo mão de ser feliz Terra onde tudo é insólito. . A minha Terra é estranha Lá a mulher é discriminada Dizem até que de fraquejada Ela brota nas entranhas Mas nem mesmo se acanha E na hora da eleição Põe na chefia da Nação Um líder retrógrado Que demonstra ser misógino Terra onde falta razão. . A minha Terra é controversa Lá gente esclarecida Que ama a escrita E controla a Imprensa Dedica páginas imensas Para apoiar candidaturas Que defendem a tortura E o controle da expressão Por saudade da repressão Terra que enaltece a censura. . A minha Terra é um enigma Lá o povo pula carnaval Enquanto lê no jornal Sobre outra bala perdida E com risco de vida Procura um trabalho servil Mas ao votar perde o brio E escolhe político elitista Que destrói as leis trabalhistas A minha Terra se chama Brasil.

Autor: Por Eduardo de Paula Barreto

O objetivo desta data é conscientizar os homens sobre o papel que precisam desempenhar pa-ra colaborar com o fim da discriminação e violência contra as mulheres. No Brasil, o dia 6 de dezembro foi oficializado como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres através do Decreto de Lei nº 11.489, de 20 de junho de 2007. A escolha desta data remete a um caso de violência contra as mulheres que chocou o mundo. Em 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, um jovem canadense de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica de Montreal (Canadá) e ordenou que todos os homens abando-nassem o local, para que pudesse assassinar todas as mulheres daquela turma.

06 - Dia Nacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Pequena coletânea das vozes que não se calam!

• Bem-vinda, resistência! Apesar da tempestade lá fora, o clima tá ótimo aqui no lado certo da História! A rua é do povo! #DitaduraNuncaMais

• Tudo o que eu fiz foi muito pouco para evitar que um fascista che-gasse à presidência. Parabéns a vocês, pais e mães, que nada fi-zeram!

• Eu sei muito bem que você não tem culpa de nada, porque você votou no Aécio e depois desapareceu por completo! Porque você bateu panelas com o Cunha, o Geddel, o Jucá, o Frota, o dono do puteiro, o Aécio, o supremo e com tudo… e depois desapareceu por completo! Criaram até o “Mausoléu do Paneleiro Desconhecido” e o samba enredo da Paraíso do Tuiuti em sua homenagem! Sei que você é honestíssimo e, em matéria de política, sabe demais! Sei que você, agora, tá muito descaradamente mal disfarçado de bolsomínion eleitor de fascista, sei que você não dá uma dentro e logo não vai sobrar mais nenhum da sua estirpe pelas ruas: desa-parecerão por completo! Mas na primeira oportunidade de pisar na bola e foder o País de novo, você aparece, sem culpa de nada, lo-bo em pele de cordeiro.

• Porque você deu seu voto de confiança para que um fascista con-duzisse o meu país, você passou a merecer meu total descrédito, só por isso.

• O presidente fascista eleito no Brasil não é um novo Donald Trump. Ele é só aquele cara truculento que irá imobilizar o Brasil de pernas abertas para que o Trump possa estuprar, sem que haja re-sistência.

• Não que você seja fascista, longe disso! Você só considera que um capitão fascista te representa melhor que um profes-sor…

• Eu não desprezei o valor da amizade; ao contrário, elevei meu a-preço por ela, preferindo estar ao lado de amigos que não tratam a vida como lixo.

• Desejo que a História te acerte em cheio no meio da testa, pene-tre teus miolos, fique alojada em teu cérebro e que tu sobrevi-vas!

• Minha graça não é pra fascista rir, minha dor não é pra fascista tripudiar; eu amo e não odeio! Nada aqui é pra fascista!

• Se a gente se afastar da “fascistada”, se unir e se proteger mutua-mente, eles terão que praticar o fascismo só entre eles?

• Minha alegria pediu pra não insistir, que quando der ela volta. Di-ferente, mas volta!

• Cara, o Nordeste é “retado” mesmo! Maior “inveja boa” de vocês! Celeiro do amor deste País! Obrigado, Nordes-te!

• Mark Zuckerberg decide que, no Brasil, Facebook trocará a opção de se reagir a postagens com um “coraçãozinho” por um “revólver”.

• E Jesus disse ao eleitor da aberração social, agora arrependido: “Ama ao próximo como a ti mesmo, eu avisei, filadapu-ta!”

• Os “mínions” votaram baseados apenas em fake news e na bí-blia… o que é um pleonasmo.

• OPORTUNIDADE! Abertas as inscrições para concurso público nas áreas de:

Fiscal de professor de História; Fiscal de encruzilhada; Terraplanis-mo; Capitão do mato; Chefe do setor de torturas; Fiscal de cientis-ta, Torturador iniciante; Médico geneticista sádico (para lidar com pobres, bichas, pretos, petistas, nordestinos e outros desviados); Caçador de comunista e Fiscal de cu alheio. *Paga-se. (E tá bom demais!).

*Preferência para quem se apresentar babando. *Vagas exclusivas para a gente de bem.

• Quando os futuros dissidentes do fascismo vierem se desculpar, eu só vou aceitar as seguintes desculpas:

-Desculpa, eu tava possuído(a) por uma legião de demônios! -Desculpa, eu tava com um tumor no cérebro!

-Desculpa, eu tava completamente intoxicado de crack! -Desculpa, eu fui hipnotizado pelo meu patrão! -Desculpa, eu fui ameaçada de morte pelo meu marido! -Desculpa, eu tomei muito Sol na cabeça naquele domingo! -Desculpa, eu tomei cachaça com Baygon e bosta naquele domin-go! -Desculpa, eu fui abduzido(a) e me fizeram uma lobotomia espacial! -Desculpa, bati a cabeça no momento do parto! …E só!”-Desculpa, eu não sabia!” eu não vou aceitar não!

Em tempo: “-Desculpa, finalmente eu entendi o mal que fiz e o dano que gerei a todos, ao País inteiro! Estou disposto(a) a me retratar e a lutar pela vida, pela liberdade e pela democracia!”, dependendo de quem vier, eu aceito também!

• Flexíveis, modernos e tolerantes religiosos, presidente coiso e Mi-chel Temer confirmam que cerimônia da passagem de faixa se dará em um belo e ecumênico ritual satânico.

• Agora eu tenho o coiso como presidente e o surubento como go-vernador. Vendo pelo lado bom, pelo menos o Satanás não é meu prefeito!

• Remédio que, pra mim, tá ajudando muito: ir e voltar do trampo com o som “no talo”, janela aberta, ouvindo e cantando “Apesar de Você”. Experimente!

*No Nordeste, o risco de “efeitos colaterais” é bem menor *Mas é sério, experimenta!

Autor: Luís Fernando Praga

Dezembro de 2018 Gazeta Valeparaibana Página 15

O numismata é o profissional que se dedica ao es-tudo de moedas, p a p e l - m o e d a , medalhas e tam-bém dos objetos

que eram usados para a fabricação desses objetos.

Desta maneira, o numismata tem que domi-nar conhecimentos de história, geografia, heráldica, simbologia, dentre outras, para realizar seu trabalho de classificação das diferentes moedas que coleciona.

No Brasil existem associações e feiras espe-cializadas que se dedicam ao tema. Nelas é possível encontrar colecionadores e profis-sionais que intercambiam seu conhecimen-to, bem como adquirir exemplares para suas

coleções.

Igualmente, o Brasil possui dois museus de-dicados ao tema como o Museu de Numis-mática do Amazonas, em Manaus e o Mu-seu Herculano Pires, em São Paulo/SP.

Origem do Dia do Numismata

O dia do Numismata celebra-se em 1º de dezembro porque também a Igreja Católica celebra a são Elígio, padroeiro dos numis-matas e ourives.

Informar para educar - Educar para formar - Formar para transformar

01 - Dia do Numismata

DEZEMBRO 2018

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O QUE É UMA MONARQUIA E QUAIS SÃO AS INSTITUIÇÕES QUE

A SUSTENTAM ?

Vamos repor as coisas no seu verdadeiro sítio.

No Brasil, sempre que se fala em Monarqui-a invoca-se a pessoa do Monarca, usando como exemplo de Monarquia D. Pedro I, D. Pedro II, ou atualmente D. Luiz, D. Bertrand ou D. Raphael. Isso é uma LOUCURA, uma bizarrice! É espantoso que a Casa Imperial do Brasil não corrija tal disparate, ao contrá-rio, corrobora essa temeridade a cada fala dos pretendentes ao Trono. Esse comporta-mento brasileiro completamente desconec-tado de toda Casa Real no mundo é, sim-plesmente, temerário, assustador. O Brasil INVENTOU um tipo de Monarquia desde 1822 e não parece nem disposto, nem capaz de romper com ele, porque, para fazê-lo, os Braganças brasileiros terão de olhar nos olhos de D. Pedro I e mandá-lo às favas. Será preciso fazer isso. E se não fize-rem, qualquer República é melhor que uma Monarquia fake, porque, antes de tudo e so-bretudo, uma Monarquia é envolta em sím-bolos e símbolos mal usados só prestam pa-ra movimentos revolucionários. Explico parte do problema. Uma MONARQUIA de verdade só existe porque existe a COROA. Confundir o Mo-narca (pessoa) com a Instituição da COROA é a patranhada brasileira, criada por José Bonifácio e D. Pedro. Por óbvio, D. Pedro II era um homem cultíssimo, honesto, probo, bom, "antenado", um exemplo como pessoa. Mas, o Monarca não é a COROA, está sub-metido à ela.

É preciso, portanto, tirar o foco da pessoa do monarca e discutir a COROA. E essa ins-tituição NUNCA existiu aqui depois de 1822. E nem tampouco a instituição das CÔRTES. Pois bem, não existe MONARQUIA sem COROA e sem CÔRTES. Mas o Brasil ma-çônico inventou uma. Para clareza da questão que trago peguem o caso da Rainha da Inglaterra e vejam se a pessoa da Rainha (a Monarca) se coloca acima da COROA INGLESA. A Coroa Ingle-sa tem a sua Corte que não é o Parlamento inglês. A Rainha está submetida e obedece à Coroa e às Côrtes, antes do Parlamento. Dá para perceber PARTE do problema? Pois bem, vamos à um lado obscuro desta questão. Está sendo gestado algo insólito para o Bra-sil. Corre à boca miúda que o governo brasi-leiro prepara uma "comemoração" em 2022 para a "Independência do Brasil", uma data "monárquica". Mas, o gesto republicano po-de ser "justificado", uma vez que o 7 de Se-tembro é "comemorado", não é mesmo? Le-do engano. O que está por trás? Vladimir Putin tem sinalizado e dito com to-das as letras que a Rússia voltará a ser uma MONARQUIA. Aliás, a Família Romanov já está morando nos Palácios do Czar. A Rús-sia também assumiu-se como grande nação cristã, a Mãe Rússia, que fará junto com o Islam, uma conexão para uma nova era cris-tã-muçulmana, conforme vídeos de Alexan-dre Dugin. A Rússia já assumiu-se como a nação que foi "convertida" ao Imaculado Co-ração, conforme as profecias de Fátima em 1917. A Rússia já vem dizendo que o Vati-cano precisa ser transferido para Moscou (?!). Isso sem contar o "Cristo" francês que os russos afirmam ter encontrado na...França, ulalá. No Brasil, as articulações para a "volta" da monarquia sob critérios russos e da Banca estão sendo articuladas. Dúvidas subsistem quanto e isso? Oras, acaso não foram entro-nizadas na Europa uma série de monarquias FAKE depois da II Guerra Mundial? Essas mesmas monarquias FAKE, não entregaram a Europa para a Banca, a Rússia e o Islam?

Não foi por obra e graça dessas monarquias FAKE que a Europa foi literalmente desgra-çada, que o multiculturalismo entrou de vez em solo europeu? Essas monarquias de pe-riferia nãos e tornaram "exemplos" de paí-ses bem sucedidos? Ao mesmo tempo, e não casualmente, as verdadeiras e mais re-presentativas monarquias cristãs da Europa são Repúblicas, ou seja, não "voltaram" aos seus países. Cito, expressamente: PORTU-GAL, FRANÇA, ALEMANHA E ITÁLIA. Por que será? É isso que está em curso para esta décima zona planetária aonde está o Brasil, confor-me o mapa do Clube de Roma que já postei em outra oportunidade. Não faço aqui ilações de qualquer espécie à Família Imperial do Brasil nessa tramoia. A-penas, aponto a tramoia comunista-globalista. SE os Braganças Brasil se pres-tarão, de novo, como D. Pedro I à esse jogo, o tempo nos dirá. A desgraça que se abateu sobre o Brasil e Portugal tem nome certo: D. Pedro I e José Bonifácio. Os filmes de Hollywood há tempos vem si-nalizando sobre um "Império" global, com feições marcadamente dinásticas reinando sob um mundo dominado pela técno-ciência, composto de humanos e não-humanos, cria-dos em laboratório. As pessoas acham que é ficção científica. Quando acordarem, Inês é morta. O que vem por aí, independentemente dos resultados eleitorais FALSOS não é brinca-deira. Aliás, esses poderes PRECISAM que aconteçam essas ELEIÇÕES FRAUDULEN-TAS E ILEGAIS. Faz parte do jogo de poker. Deixo, para conhecimento, o link do vídeo onde Alexandre Dugin conversa com o sheik Imram Hossein sobre a união cristianismo-islamismo, tema caro à ESCATOLOGIA , MESSIANISMO E PROFÉTICA, solenemen-te desprezados pela "inteligência" brasileira, sobretudo a que se diz de "direita".

https://www.youtube.com/watch?v=kuw_KyuUlOI

Autor: Loryel Rocha

A data tem um significado de extrema impor-tância para a história da humanidade e para o modo como as sociedades são constituí-das na contemporaneidade. A Declaração Universal dos Direitos Huma-nos consiste em 30 artigos que garantem a todos os seres humanos o direito à liberda

de, à vida, à segurança e à dignidade. Origem da Declaração Universal dos Direi-tos Humanos A Declaração Universal dos Direitos Huma-nos (DUDH) começou a ser pensada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945 quando o mundo ainda sofria com as

consequências bárbaras e violentas da guerra. Os lideres mundiais se reuniram e promete-ram fazer com que a humanidade nunca mais tivesse que presenciar atrocidades co-mo as que haviam sido registradas durante as duas grandes Guerras Mundiais. Para isso, criaram ainda em 1945, a Organização das Nações Unidas - ONU.

10 - Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos