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REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR COM VISTAS ÀS NOVAS PRÁXIS
PEDAGÓGICAS.
Rose Maria de Paula Louro
Jefferson Olivatto da Silva
RESUMO
O trabalho de pesquisa apresentado resulta do PDE - Paraná, realizado
no Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, no município de Guarapuava
que buscou redimensionar o espaço do processo de ensino-aprendizagem, no
que diz respeito ao ensinar (professor) e ao aprender (aluno), no trato de
alunos com dificuldades de aprendizagem, na disciplina de matemática,
participantes da Sala de Apoio. Na busca de encaminhamentos e práticas
pedagógicas que dessem conta de subsidiar o trabalho pedagógico com alunos
que apresentavam estas dificuldades, se fez um resgate do concreto-lúdico,
apresentado neste contexto por vários modelos de jogos, associados aos
conteúdos básicos da quinta série e de base da disciplina de matemática para
a Sala de Apoio. Possibilitando a esses alunos credibilidade em si e
espontaneidade no ato de aprender, alcançando desta forma resultados
positivos na construção do conhecimento.
Palavras-chave: Ensino Fundamental; Ensino da Matemática; Ludicidade;
Material Concreto.
ABSTRACT
This showed search work results of PDE-Parana, it was realized at
Viscond School, in the city of Guarapuava. It searched to redirect the space of
learning and teaching, referent to teach (teacher) and learning (students), about
students with difficult in Maths that go to the Support Room in the search of
pedagogical practices that they subsidize the pedagogical work with these
students that have these difficults. They did a rescue of concret and playful
showed in this context by many Kinds of games, associated to the basic
contents of maths in the 5th grade in the Support Room. This work makes
possible these students be more confident in theirselves and have spontaneity
in the learning action, reaching this form, right results in the knowledge
construction.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, pela oportunidade,
Núcleo Regional de Educação de Guarapuava, pelo acompanhamento e
disponibilidade, a UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná)
pela coordenação, ao orientador Professor Doutorando Jefersson Cassiel Olivatto da
Silva pela paciência, dedicação e tolerância dispensada ao desenvolvimento deste
trabalho. Também as profissionais da educação, professora Dijalmary Prates Chas,
regente das quintas séries, da disciplina de matemática, professora Claudete Adria,
regente da Sala de Apoio, da disciplina de matemática, pelo empenho e compromisso
com o sucesso desta pesquisa e a DEUS pela força, coragem e fé depositadas nesta
pesquisadora.
I - INTRODUÇÃO
Quando este grupo de profissionais coloca sua impotência no ato de
ensinar, porque trabalha com alunos das mais variadas formas, ou seja, idade
psicológica e cronológica diferentes, diversidade cultural, nível social e
econômico, não linear, espiritualidade divergente e domínio do conhecimento
singular a cada aluno em sala de aula. E, em contra partida os alunos no ato de
aprender, com suas peculiaridades, necessitando formas de aprender que
venham de encontro com suas necessidades e, em muitas vezes dificuldades
no aprendizado e porque não dizer um comprometimento, ou disfunção no seu
desenvolvimento...questiona-se o papel da educação?
Estes profissionais, assim como os alunos, buscam na educação a
efetivação do processo ensino-aprendizagem, mas para que realmente se
exerça esta prática pedagógica democrática há a necessidade de articulação,
compromisso e responsabilidade das partes envolvidas neste processo.
Diante desta prerrogativa, apresentou-se este projeto de intervenção
pedagógica, com o objetivo de articular o imaginário ao real, ou seja, promover
dentro da Sala de Apoio, foco principal desta pesquisa, atividades lúdicas,
jogos, relacionados com o conteúdo a ser ensinado e aprendido, objetivando
desta forma o desenvolvimento dos alunos e professores participantes desta
prática. Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná, o que dificulta
trabalhar com os conceitos científicos é muitas vezes, a fragmentação
que inviabiliza uma abordagem integradora e inter-relacionada com a
prática social do sujeito (PARANÁ, 2008 e SANTOS, 2005).
Esta problemática foi considerada com a realização do PDE (Programa
de Desenvolvimento Educacional), deste estado, tornando real a proposta de
intervenção pedagógica, com objetivo principal de propor para a professora da
Sala de Apoio e professora da quinta série, a reestruturação curricular da
disciplina de matemática, buscando novas propostas metodológicas e
instrumentos pedagógicos, seguindo as Diretrizes Curriculares Estaduais,
Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de matemática, Plano de
Trabalho Docente e o Projeto Político Pedagógico da escola onde acontece a
pesquisa, como facilitadora do processo de ensinar (professor) e aprender
(aluno). Segundo Antunes, sabe-se que não existe ensino sem que ocorra
a aprendizagem, e esta não acontece senão pela transformação, pela ação
facilitadora do professor, do processo de busca do conhecimento, que
deve sempre partir do aluno. (Celso Antunes, pg.36, 2005).
O ato de ensinar fica sempre comprometido com a construção do ato
de aprender, faz parte de suas condições externas. A má qualidade do ensino
provoca um desestímulo na busca do conhecimento, acredita-se, portanto, que
as práticas pedagógicas sejam tão necessárias quanto os conteúdos a serem
ensinados e construídos, proporcionando o conhecimento dos alunos.
Segundo Vigotsky: “As leis gerais da pedagogia só podem ser leis
científicas quando são igualmente aplicáveis a todo o campo da
educação”. (pg. 430, 2004). E, “Só partindo dessas leis gerais da
pedagogia conseguiremos encontrar as formas corretas daquela
individualização que deve ser comunicada à educação de cada uma delas
(crianças)”. Vigotsky, 2004, p.430.
O projeto de intervenção pedagógica e respectivamente o caderno
pedagógico, a reestruturação de práticas pedagógicas, amplia o universo dos
conteúdos e suas práxis no sentido de organizarem e facilitarem o
entendimento e desenvolvimento de estruturas cognitivas, às vezes, mal
interpretadas no processo educativo.
Além da ampliação das propostas pedagógicas, também a criação do
espaço Lúdico, com: jogos, brincadeiras, leituras, vídeos, músicas, teatros, etc.,
subsidiam o fazer pedagógico do professor, proporcionando um aprendizado
dos conteúdos ofertados de uma forma mais prazerosa, facilitando o exercício
e a adaptação destes, visto que a Sala de Apoio propicia este trabalho pelo
número reduzido de alunos que possuem (15 alunos).
“Quando o entusiasmo toca a alma tudo se torna vivo e
inspirador...” O interesse do aluno é absorvido porque seu interesse pelo
mestre inspirado se transfere para o material lecionado e em si mesmo
indiferente. (Ibid., pg.333-4).
Sabemos que a motivação para aprender nada mais é do que
reconhecimento, pelo aluno, de que conhecer algo irá satisfazer suas
necessidades do hoje, ou do amanhã. E o bom professor deve procurar fazer
com que o processo de aprendizagem seja motivador em si mesmo. Os alunos
devem ser levados a colocar toda a sua energia para enfrentar o desafio
intelectual que a escola lhes coloca.
O professor conhecendo bem os raciocínios que conduzem o
pensamento dos seus alunos, ele está em posição de organizar a situação de
aprendizagem, de interagir com eles, entender, a cada momento, os motivos e
dificuldades dos aprendizes, suas maneiras de sentir e reagir diante de certas
situações.
“Além disso, o método de ensino exige do professor aquele
dinamismo, aquele coletivismo nos quais deve estar mergulhado o
espírito da escola.” (VIGOTSKY, 2004, p.455).
II - DESENVOLVIMENTO
2.1. Fundamentação Teórica
Diante da problemática vivida na escola, pela professora
pesquisadora, professora da Sala de Apoio, professora da quinta série, da
disciplina de matemática e alunos que ali participam, sentiu-se a necessidade
em se criar uma forma de trabalho escolar diferenciado e direcionado aos
conteúdos a serem revistos e reaprendidos por este espaço pedagógico (Sala
de Apoio), objetivando melhorias no processo educativo, no trabalho de base
dos conceitos matemáticos, principalmente para alunos com dificuldades de
aprendizagem.
“É impossível contestar o fato empiricamente estabelecido e
reiteradamente verificado de que o ensino, de uma forma ou de outra,
deve estar combinado ao nível de desenvolvimento da criança.”
(VIGOTSKY, 2004, p.478).
O professor, sem suporte técnico-pedagógico, sem uma proposta
curricular condizente à realidade, às necessidades dos educandos
participantes da Sala de Apoio, acaba que efetuando as mesmas práticas
pedagógicas vigentes nas quintas séries. Mesmo sabendo que, com esta
conduta de repetição de atitudes, seu trabalho acaba caindo por terra, não
alcançando os objetivos reais da Sala de Apoio.
Acreditou-se que esses fatos acontecem pela falta de uma proposta
curricular, ou reestruturação da proposta curricular, buscando novas
possibilidades, novos caminhos, novas metodologias e práticas pedagógicas
educativas, que venham dar suporte ao vínculo, uma integração maior entre
professor da Sala de Apoio, professor da disciplina de matemática da quinta
série e alunos participantes desta Sala.
Com mais esta urgência das escolas públicas paranaenses é que se
oferece a estes profissionais da educação, fundamentação teórica, prática e
metodológica, postas neste estudo, com o intuito de desenvolver cada vez mais
e melhor novas alternativas pedagógicas buscando o desenvolvimento e a
aprendizagem dos alunos com dificuldades em adaptar conteúdos de
matemática. “A educação é um processo de mútua e contínua adaptação
de ambos os campos, na qual a parte mais dinâmica e terminantemente
ativa é ora orientador, ora os orientandos.” (Ibid., PP. 196-8).
Com observações e estimativas feitas nesta escola, buscou-se neste
estudo, pleitear a reestruturação curricular para estes professores, propondo
novas práxis e instrumentos pedagógicos (ludicidade) com o objetivo único de
superação das dificuldades e desenvolvimento dos nossos alunos e dos
professores envolvidos neste processo educacional.
A reestruturação desta proposta deu-se pela demanda constante de
indecisão do professor de como ensinar os conteúdos de base a serem
apreendidos pelos alunos com dificuldades de aprendizagem. Esta colocação
pode ser ilustrada com o escrito do autor que traz em muitos momentos
suporte teórico para este artigo:
Por isso duas questões se colocam diante do pedagogo: em primeiro lugar,
a do estudo individual de todas as particularidades específicas de cada
educando em particular, em segundo, do ajuste individual de todos os
procedimentos de educação e interferência do meio social em cada uma
delas. Nivelar todas elas é o maior equívoco da pedagogia, e a sua
premissa básica requer forçosamente a individualização: requer a definição
consciente e precisa dos objetivos individuais da educação para cada
aluno. (VIGOTSKY, 2004, p. 431).
No ambiente escolar a criança sofre uma transformação radical em sua
forma de pensar. Antes de se entrar nela, os conhecimentos são assimilados
de modo espontâneo, a partir da experiência direta da criança. Em sala de
aula, ao contrário, existe uma intenção prévia de organizar situações que
propiciem o aprimoramento dos processos de pensamento e da própria
capacidade de aprender. È importante dizer que uma das condições da
educação em relação à aprendizagem está em apontar em que medida o aluno
desenvolveu suas funções, suas atividades e intelecto, indispensáveis para
assimilar conhecimento e adquirir novas habilidades. Vigotsky pontua: “A
aprendizagem segue a reboque do desenvolvimento, este sempre está
adiante da aprendizagem.” (2004, p.468).
Sempre é muito importante a ampliação do olhar do professor sobre as
condutas infantis dos seus alunos: seus sentidos, suas transformações, sua
complexidade. Isso obriga os educadores a assumirem suas responsabilidades
e aceitarem os limites das crianças que chegam às escolas. E neste contexto,
é pontual, a colocação dos jogos como ferramenta de trabalho, a serviço da
aprendizagem, como confirma esta pesquisa.
O jogo ganha um espaço ideal neste estudo, na aprendizagem, na
medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno. O jogo, através da
brincadeira, mesmo no momento da aprendizagem, ajuda o aluno a construir
novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade, é um
instrumento pedagógico que leva o professor à condição de condutor,
estimulador e avaliador da aprendizagem.
Com o propósito de afirmar estas colocações, se traz algumas citações
teóricas do estudioso Wallon: “A brincadeira da criança é uma atividade que
tende a pôr a função à prova em todas as suas possibilidades e, ao
mesmo tempo, a se auto-superar”. (2007, p.XXXIII). O que se percebe é a
grande importância do ato de brincar na transição entre um estágio e outro do
desenvolvimento da criança.
Para S. HALL, o brincar é o reviver das atividades, atividades estas que
surgem no curso da humanidade, como ele mesmo cita: “As brincadeiras
seriam então a prefiguração e a aprendizagem de atividades
futuras.”S.Hall. Wallon, 2007, p. XXXIII.
E para fechar o papel de importância exercida pelas brincadeiras no
desenvolvi mento de todo ser humano, enquanto criança, escolhida foi uma
citação de grande valia para este projeto de intervenção que diz:
Com a ficção introduz-se na vida mental o uso dos simulacros, que são a
transição necessária entre o índice, ainda ligada à coisa, e o símbolo,
suporte das puras combinações intelectuais. Ajudando a criança a transpor
esse limiar, a brincadeira cumpre um papel importante em sua evolução
psíquica.(WALLON, 2007, PP. 63 e 64.)
2.2. METODOLOGIA:
Esta pesquisa ocorreu no primeiro semestre de 2009, no Colégio
Estadual Visconde de Guarapuava, município de Guarapuava, no estado do
Paraná, com alunos da Sala de Apoio, desta escola, professora regente desta
Sala da disciplina de matemática e professora regente da quinta série, também
da disciplina de matemática.
Depois de se levantar e avaliar as prioridades da escola se manifestou
a necessidade de se fazer uma reestruturação curricular com novas práxis,
frente a tantos desencontros, no processo de ensino-aprendizagem
apresentados pela Sala de Apoio. Buscou-se uma alternativa, ou, melhor
maneira de se processar o ensino dentro deste espaço pedagógico.
Os alunos recebidos pela escola, mais propriamente pela Sala de
Apoio, da disciplina de matemática, apresentaram no seu contexto escolar uma
dispariedade de conteúdos e da aquisição destes conteúdos, observou-se uma
lacuna entre o que o aluno sabia e o que deveria saber, ou, o que o aluno
conhece, domina e o que deveria dominar. Estes alunos tratados por alunos
com dificuldades de aprendizagem, depois de uma sondagem junto à
professora regente da disciplina de matemática da 5ª série, por apresentarem
dificuldades de compreensão e resolução frente aos conteúdos básicos, a não
obtenção do êxito no desenvolvimento das atividades propostas. Estes alunos
chegam a esta série sem dominar os conceitos matemáticos dos conteúdos de
base da matemática que são: adição, subtração, multiplicação e divisão e, que
são prioritários na continuidade do conhecimento desta disciplina, obtendo
também a seguridade pelas Diretrizes Curriculares Estaduais e a condição da
obrigatoriedade na adaptação destes conteúdos para crianças freqüentadoras
das quintas séries do Ensino Fundamental Básico.
Verificou-se junto às professoras da disciplina de matemática, da
quinta série e da Sala de Apoio, os conhecimentos necessários referentes às
Diretrizes Curriculares Educacionais, Proposta Curricular e o Plano de Trabalho
Docente. Problematizando a Proposta Curricular tendo em vista o processo de
ensino-aprendizagem da matemática. Observando também com estas
professoras as dificuldades no ato de ensinar (educador) e de aprender (aluno)
frente aos conteúdos já estabelecidos pela Proposta Curricular. Foi enviado a
estas professoras, por e-mail, questionamentos a respeito dessas
nomenclaturas, pedindo devolutivas.
Num segundo momento, reestruturou-se junto às professoras da
quinta série e da Sala de Apoio práticas pedagógicas necessárias à superação
das dificuldades apresentadas pelos alunos, diante dos conteúdos
desenvolvidos, pré-estabelecidos, para a série citada e para o trabalho de base
a ser desenvolvido pela Sala de Apoio. É importante ressaltar que antes desta
reestruturação pedagógica foi feito todo um trabalho de pesquisa, o qual
viabilizou este projeto e caderno pedagógico, respeitando e considerando todos
os momentos e estratégias, que se chegou à organização e criação deste
material, caderno pedagógico, fundamentado teoricamente e construído com
suporte de algumas práticas já experimentadas. Foram usados também jogos
interativos, DVD, leituras, enfim, necessárias na aquisição dos conteúdos
programáticos, que fazem parte do espaço lúdico pedagógico, criado dentro da
Sala de Apoio.
A criação do espaço lúdico na Sala de Apoio é uma proposta
constituída de uma brinquedoteca, videoteca, gibiteca, etc., que vem dar
suporte ao trabalho do professor, reforçando os conteúdos desenvolvidos,
objetivando atender os alunos com dificuldades de aprendizagem. Este espaço
pedagógico-lúdico foi organizado com recursos próprios da pesquisadora,
doações feitas por alunos e seus pais, professores e Associação de Pais,
Mestres e Funcionários (APMF) da escola.
O período de desenvolvimento da pesquisa com a Sala de Apoio
aconteceu no primeiro bimestre do ano de 2009, mais precisamente, no mês de
março e abril. Logo que foram encaminhados os alunos com dificuldades de
aprendizagem, na disciplina de matemática, passando pelo aval da professora
da disciplina da quinta série e equipe pedagógica.
Os encontros, ou melhor, “os reforços”, como são erroneamente
conhecidos pela maioria dos alunos e pais, o que na verdade é trabalho de
base da disciplina de matemática, dos conceitos matemáticos, estes são
marcados, duas vezes por semana, com duas horas-aula cada encontro, em
contra - turno. Com professor da disciplina de matemática, preferencialmente
que tenha perfil para este trabalho, ou seja, criativo, carismático, paciente,
organizado... enfim, que seja receptivo para abraçar o novo, como esta
proposta pedagógica.
Para estes encontros, ou, hora-aula da Sala de Apoio, elaborou-se o
material didático pedagógico, Caderno Pedagógico, já citado, que possui
formato de um referencial de conteúdos com suas respectivas práticas, ou seja,
cada conteúdo estruturante abre um leque para os conteúdos específicos que
por sua vez traz em seu corpo práxis pedagógicas lúdicas, que subsidiam o
desenvolvimento cognitivo e o entendimento dos conteúdos pelos alunos com
dificuldades de aprendizagem. É fato que todo este material é bem extenso,
não será de todo utilizado para a Sala de Apoio, mas o objetivo também deste
material é que professores da disciplina de matemática das quintas séries,
possam fazer uso deste Caderno Pedagógico, durante a exposição dos
conteúdos, nos momentos de aulas.
A cada dia do encontro para o devido “reforço” na Sala de Apoio, foi
observado e analisado: a prática construída e trabalhada, o desenvolvimento e
o entendimento (aprendizagem) dos alunos e do professor. Esta avaliação foi
feita pela própria professora da Sala de Apoio, da pesquisadora deste projeto
de estudo e pela professora da quinta série, que recebeu os alunos e
acompanhou se houve progresso destes alunos no cotidiano da sala de aula,
na disciplina de matemática.
A partir de toda esta elaboração estrutural e de materiais, passou a ser
desenvolvida a proposta de implementação dentro da Sala de Apoio, como
será observado nas apresentações das ações a seguir. Os jogos usados são
oferecidos pelo Caderno Pedagógico desta pesquisadora que se encontra a
disposição da SEED.
A primeira ação, no mês de março/2009, foi oferecida aos alunos da
Sala de Apoio, pela professora desta Sala e a professora pesquisadora PDE
com material concreto: Mosaico, por se tratar do conteúdo tabuada a ser
trabalhado com estes alunos. Observou-se neste experimento a dificuldade dos
alunos com a multiplicação e a necessidade de se fazer uso do concreto. Com
este material os alunos observaram a estruturação da multiplicação, como se
dá a construção dos números multiplicados. Com o material proposto, o
Mosaico, pode-se trabalhar além da tabuada, multiplicação, também figuras
geométricas, com recorte e colagem.
A segunda ação, também aplicada no mês de março/2009, ainda
revisando a multiplicação, reelaborando com os alunos da Sala de Apoio esta
operação básica da matemática, que ainda não tinha sido adaptada por estes
alunos. Foi apresentado nesta ação junto ao conteúdo, o jogo Bingo da
Multiplicação, apresentado no caderno pedagógico da professora PDE.
Observou-se neste experimento a atenção e ao mesmo tempo a diversão em
relação ao conteúdo e o material pedagógico. É importante considerar, a fala
da professora regente da disciplina de matemática da Sala de Apoio quando
diz: “da diferença em trabalhar com o material concreto, os jogos, e a certeza
do desenvolvimento e aprendizado das crianças.”
A terceira ação, a última do mês de março/2009, ainda trabalhando
com a tabuada, mas com outro material pedagógico, o Dominó da Tabuada,
oferecido no caderno pedagógico, desta pesquisadora, percebeu-se a
dificuldade que alunos têm no que se refere à lentidão do pensamento,
raciocínio e a estruturação da própria tabuada.
O entendimento de todas as vias possíveis no jogo do Dominó da
Tabuada e quando descoberto a euforia de participar do aluno, com a peça que
se faz necessária. A apreensão da atenção e as tentativas do grupo em falar os
resultados das operações, quando não se tem certeza dos mesmos. Nota-se
que a correção por parte do grupo, quando os resultados das operações estão
erradas deixa de se vexatório e passa ser divertido. A interação do grupo é
bem cooperativa.
A quarta ação, desenvolvida no mês de abril/2009 foi trabalhado
divisão, com o material pedagógico, Jogo da Divisão (com cartas), apresentado
no caderno pedagógico. Observou-se neste experimento a atenção dispensada
por parte dos alunos tanto nas suas cartas, quanto nas dos colegas, pois se um
aluno deixar de expor sua carta de forma correta e condizente com a operação
apresentada, o jogo pára. Alguns alunos com raciocínio mais rápido além de
conseguir fazer sua operação, passa também a processar e a compartilhar seu
entendimento com seus colegas. Desenvolve-se também a paciência e o
respeito pela vez do outro.
A quinta ação foi desenvolvida no mês de maio/2009, este
distanciamento de datas se deu pela condição de se iniciar o segundo bimestre
e ser feito o levantamento por parte das professoras envolvidas no processo,
depois da discussão feita no momento do conselho de classe, dos alunos que
tiveram superação das suas dificuldades, diante do trabalho proposto pela Sala
de Apoio, referendado pelo projeto de intervenção pedagógica da presente
pesquisa. Dos quinze alunos participantes desta Sala, somente três foram
indicados pelas professoras, regente da disciplina de matemática da quinta
série e professora regente da Sala de Apoio, para continuarem com o trabalho
de base desta Sala.
Estes três alunos foram objeto de investigação e acompanhamento
durante o processo de implementação no segundo bimestre. É pontual colocar
que esta proposta de implementação foi bem aceita pela Sala de Apoio com
alunos que apresentavam dificuldades de entendimento e compreensão dos
conteúdos de base da matemática, prova disto é que dos quinze alunos que
participavam da Sala de Apoio, apenas três continuaram. A partir desta quinta
ação, foi desenvolvido o trabalho de implementação com estes alunos com
maior comprometimento no nível da cognição, visto que eles, os alunos, estão
em desvantagem social, cultural e emocional, diante dos outros alunos
trabalhados.
Esta ação trata da investigação e entrevista familiar, que foram feitas
entre os períodos de 05/05/2009 a 19/05/2009, em momentos com pais e
alunos, separadamente, que continuaram na Sala de Apoio. A continuidade
destes alunos se dá pela não superação das dificuldades apresentadas nos
conteúdos de base da matemática que são: adição, subtração, multiplicação e
divisão.
Os três alunos citados serão chamados, na forma fictícia de João,
Lucas e Pedro.
João é acometido de TDHA, transtorno de hiperatividade com déficit
de atenção, com laudo e acompanhamento de um especialista em
neuropediatria deste município. Sendo ele, João, medicado, conforme sua
necessidade, para se ter uma resposta mais positiva em sua atenção e
concentração, como também inquietude.
Lucas, aluno que apresenta dificuldades de concentração,
compreensão e relacionamento com seus colegas Segundo conversas com a
mãe, o meio familiar é pobre financeiramente e culturalmente. A mãe apresenta
dificuldades de dicção e o pai é alcoólatra, já tendo feito uso de drogas por
período longo.
Pedro, aluno com sérios problemas comportamentais, agressivo,
desorganizado, e em conversa com o padrasto, muito rejeitado pela mãe, por
ter sido fruto de uma aventura. Sua dificuldade maior é de concentração.
A sexta ação desenvolvida no mês de maio/2009, com o propósito de
trabalhar a relação entre soma e multiplicação, fazendo uso do Material
Dourado. O objetivo foi o entendimento, a compreensão destes alunos no
processo contínuo entre soma e multiplicação, a inter-relação destas duas
operações básicas.
O material dourado também é citado no caderno pedagógico da
professora PDE e proporciona aos alunos, seguridade, concretude por isso, a
certeza na resolução das operações oferecidas. Os alunos fizeram a
representação da multiplicação com as peças do material dourado, e depois,
fizeram a representação também em forma de operação da soma, adição.
Observou-se o quanto este material concreto, lúdico, facilitou a
compreensão dos cálculos e a relação entre as duas operações, pelos três
alunos, e, a riqueza do material dourado na exploração do universo dos
conteúdos da matemática.
A sétima e última ação desenvolvida no mês de junho, foi com a
finalidade de retomar a multiplicação, ainda não adaptada de forma segura
pelos três alunos participantes da Sala de Apoio desde o início do semestre.
O material de apoio utilizado para este conteúdo novamente foi o
Bingo da Multiplicação, que explora vários campos da matemática. No
desenvolvimento deste jogo, além da multiplicação, trabalhou-se a composição,
decomposição, ordem crescente, decrescente, números pares, ímpares, somas
dos resultados na vertical e horizontal, etc., redimensionando o entendimento
de conceitos simples, para os mais complexos da disciplina de matemática.
O jogo do Bingo da Multiplicação propicia a elaboração no campo das
idéias, da ordem da operação básica da multiplicação e da adição, ao mesmo
tempo. Uma operação confirmando a outra nos seus resultados.
Implica neste trabalho, como em tantos outros, a criatividade do
professor regente da Sala de Apoio, e a participação do mesmo no
desenvolvimento do processo. A presença constante do professor da Sala de
Apoio, ou seja, sua intervenção e mediação (Vigotsky),é fundamental na
aprendizagem, na elaboração das etapas de superação das dificuldades
apresentadas pelos alunos, na construção do conhecimento.
Nesta observação confirma-se a importância de um professor da Sala
de Apoio, conhecedor das etapas do desenvolvimento humano na sua
condição cognitiva, com suas práticas amparadas na ludicidade e compromisso
com o trabalho que desenvolve.
Diante deste material apresentado, é de suma importância ressaltar o
desfecho destes três alunos participantes da Sala de Apoio. João, aluno que
apresenta diagnóstico de hiperatividade, continua na Sala de Apoio, não só na
disciplina de matemática como também de português. É importante frisar que o
aluno também participa continuamente da Sala de Recursos, que esta escola
oferece. Por se tratar de uma criança com déficit de atenção, a sua
continuidade nestas Salas o “ajuda” na organização do pensamento e
comprometimento com as atividades escolares.
Lucas, também um aluno bem comprometido, com dificuldades da fala,
afasia, da leitura e escrita, dislexia e do cálculo, discalculia, é uma criança que
de fato precisa desse acompanhamento, desta Sala de Apoio, assim como da
Sala de Recursos, da qual o aluno participa deste o início do ano, já
apresentando melhoras, de compreensão e entendimento dos conteúdos
propostos para a quinta série.
Já Pedro, não faz mais parte do quadro de alunos desta escola, o mesmo
foi transferido para o estado de Santa Catarina, juntamente com seus
familiares.
Este projeto de intervenção pedagógica transcorreu até o final de julho
de 2009, onde foi feito a análise junto às professoras da Sala de Apoio e da
quinta série, da disciplina de matemática, onde estas profissionais afirmam da
importância da continuidade desta proposta pedagógica, para a Sala de Apoio,
pela facilidade, interesse, desenvolvimento e aprendizagem dos alunos
envolvidos neste estudo do processo educativo.
CONCLUSÃO
Com esta pesquisa se pode confirmar que a confiança em nós mesmos e
nos outros é a base para um desenvolvimento e aprendizado saudável.
Crianças desenvolvidas e ensinadas em um ambiente escolar sólido e seguro
estabelecem ligações e intimidades com os outros. Querem se comunicar,
colaborar e exercer sua criatividade junto com outras crianças (alunos) e com
os adultos (professores).
O objetivo geral desta pesquisa foi ampliar dentro dos conteúdos
estruturantes e básicos da disciplina de matemática e especificamente do
trabalho de base da Sala de Apoio, os conteúdos das operações básicas desta
disciplina: adição, subtração, multiplicação e divisão, o universo das práticas
pedagógicas, alicerçadas por materiais pedagógicos, lúdicos, que possibilitem
o conhecimento e a assimilação dos conceitos matemáticos.
Com esta afirmação se concluiu que a brincadeira, o lúdico, peça
fundamental desta pesquisa, está associado ao desenvolvimento,
aprendizagem e a um contexto livre de ameaças que permite a interação de
todos os tipos de pessoas, de todas as idades, independente se são
acometidas de qualquer tipo de dificuldade de aprendizagem ou,
comprometimento maior. O divertimento resultante da brincadeira permite
diversas oportunidades de conexão e de criatividade. Observou-se em todas as
ações, no momento em que era apresentado o jogo para entendimento e
compreensão do conteúdo a ser aprendido, adaptado, pelos quinze alunos da
Sala de Apoio, o material pedagógico como facilitador do processo de
aquisição dos conteúdos.
Quando apresentado o material pedagógico Mosaico, para a
compreensão da multiplicação, sua estruturação, como se processa a
multiplicação e a sua relação direta com a adição, notou-se o interesse por
parte dos alunos desta Sala. O colorido, os recortes, e o reconhecimento das
figuras geométricas, como complemento na investigação da multiplicação. A
troca de idéias, e questionamentos por parte dos alunos. As descobertas que
faziam juntos das vias que o material concreto lhes propicia no
desenvolvimento e compreensão do conteúdo da multiplicação.
O Bingo da Multiplicação, também apresentado para reforçar ainda mais o
conteúdo da multiplicação, objetivando a memorização através da prática,
verificou-se a empolgação, a diversão por parte dos alunos no momento do
jogo. O gosto pelo manuseio do material e a euforia de quem terminaria
primeiro o jogo. Uma disputa sadia. A memorização divertida, ao estarem
respondendo em voz alta os números multiplicativos constados em suas
cartelas e seus respectivos resultados e em alguns casos a superação da
timidez por parte de alunos ao tentarem colocar sem medo suas respostas
referentes às operações.
O Dominó da Tabuada é acompanhado da atenção por parte dos alunos.
Foi indispensável nesta prática a concentração, o que viabiliza aos alunos
acometidos pela lentidão do pensamento, do raciocínio, uma conexão maior
das sinapses, no trato das vias cognitivas. A cooperação do grupo na
superação das dificuldades apresentadas por alguns, no entendimento do
processo.
O Jogo da Divisão (com cartas), estimulador e atrativo, por se tratar de
um material muito colorido, bonito e de fácil manuseio, e, que também,
demanda de muita atenção e concentração, pois se uma carta exposta não for
condizente com a operação apresentada, pára todo o jogo. Desenvolveu-se,
portanto, a habilidade da concentração individual e em grupo, a atenção em si
e no outro, a paciência e o respeito com suas limitações e as limitações de todo
grupo.
A priori devemos observar com mais atenção o comportamento, o
desenvolvimento de nossas crianças (alunos) durante o seu processo de
aprendizagem, para permitir que se desenvolvam como seres humanos
completos. Pontuando esta afirmação concluiu-se também o trabalho de
pesquisa com os três alunos com comprometimento maior de aprendizagem,
que foi possível afirmar através de laudos médicos e depoimentos da família.
Com o objetivo de intensificar o processo de ensino da multiplicação co-
relacionado com a adição para João, Lucas e Pedro, foi utilizado o Material
Dourado, dentro da prática pedagógica, atentando para a riqueza deste
material na construção dos conceitos matemáticos, do conteúdo proposto. A
organização das operações de multiplicação e adição, foi proporcionado pelo
manuseio das peças do material, na composição dos conjuntos, na
estruturação dos mesmos e na resolução das operações.
Ainda com o propósito de fortalecer nestes alunos na aprendizagem da
multiplicação, novamente foi oferecido o Bingo da Multiplicação, o qual é bem
aceito por estes alunos que já trabalharam com este material. Por explorar
vários campos da matemática como: números pares e ímpares, adição e
subtração na vertical e horizontal, composição e decomposição, enfim, uma
variedade de conteúdos que conta com a criatividade e incentivo do professor,
da Sala de Apoio. Obteve-se neste processo uma elaboração maior no campo
da idéias, a superação de algumas etapas ora apresentadas com dificuldades e
uma aprendizagem aliada ao divertimento.
Conclui-se que os educadores devem aprender a guiar e a orientar seus
alunos para que obtenham equilíbrio, disciplina, responsabilidade e
consciência. Portanto, devemos revisar e reconsiderar nossos próprios
conceitos com relação ao propósito, sentido e função da educação. Devemos
ensinar aos alunos “como pensar”, e não “o que pensar”. E com práticas
pedagógicas diversificadas, com material pedagógico concreto, lúdico, se tem
uma acessibilidade maior ao conhecimento, e o uso destes conhecimentos.
Nesta perspectiva, com a projeção desta pesquisa, percebe-se que os
educadores têm agido de forma positiva a novas propostas, sem relutar às
novas práticas pedagógicas que de fato tragam o desenvolvimento e
conseqüentemente, a aprendizagem dos alunos. Perfazendo o caminho da
educação, os educadores percebem que papel do educador não é somente
transmitir conhecimento, mas sim, também, sabedoria, que é a aplicação
prática do conteúdo absorvido.
A viabilidade e compromisso político-pedagógico deste material de
estudo, assegura aos professores interessados por esta prática pedagógica
transformadora, a desmistificação, de um aprendizado massacrante das
crianças com dificuldades de aprendizagem, para um aprendizado instigante,
prazeroso, desafiador e realizável.
REFERÊNCIAS:
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências.
Petrópolis. Editora Vozes, 2005.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. São Paulo. Brasiliense,
2003.
DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na Educação. São Paulo.
Cortez, 1994.
DCE – Da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.
Curitiba.
SEED, 2006.
MACHADO, Járci Maria. Jogos de regras como medida de intervenção para
os
alunos com necessidades educacionais especiais. Curitiba. SEED, 2008.
PIAGET, VIGOTSKY, WALLON. Teorias Psicogenéticas em Discussão. São
Paulo. Sumus, 1992.
VIGOTSKY, L.S. Psicologia Pedagogia. São Paulo. Martins Fontes, 2004.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo. Martins
Fontes,
2007.
Anexo 01
A professora a ser entrevistada, é a responsável, regente, da Sala de
Apoio da escola pública já citada, onde foi feita a implementação do projeto.
1 – Quais seus conhecimentos referentes às Diretrizes Curriculares Educacionais da
disciplina de matemática, da Proposta Curricular e do Plano de Ação do Professor?
Comente com suas palavras o que você entende por cada uma dessas
nomenclaturas. Você reconhece que elas (nomenclaturas) estão amarradas ao Projeto
Político Pedagógico do seu Colégio? Por quê?
Diretrizes Curriculares Educacionais da disciplina de matemática – formada pelos
professores da Rede Estadual de ensino, em vários encontros realizados por áreas.
As diretrizes são definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e
procedimentos sobre a Educação Matemática, que servirão para orientar a
organização, no desenvolvimento e avaliação da Proposta Pedagógica Curricular.
É um documento que traz, em si, o chão da escola e traça estratégias que visam
nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos
estudantes.
Proposta Pedagógica Curricular – documento que contempla as concepções e os
conteúdos estruturais presentes nas Diretrizes Curriculares, relacionando ainda, os
conteúdos específicos de cada disciplina, os objetivos, encaminhamentos
metodológicos, a avaliação e a recuperação de conteúdos, relaciona as referências
bibliográficas, materiais didáticos impressos ou eletrônicos.
Plano de Ação do Professor -
Documento elaborado pelo professor de cada série/turma a partir do conhecimento,
das necessidades, capacidades dos alunos, com o objetivo de propor planos e
atividades cuja concepção resulte de um trabalho cooperativo realizados por todos os
envolvidos no processo de aprendizagem.
2 – Com o conhecimento que você Professora tem, da Proposta Curricular da sua
disciplina, quais os problemas condizentes no ensino-aprendizagem da matemática
para a Sala de Apoio e 5ª série Regular? Você Professora caracterizaria a Proposta
Curricular da forma como ela está posta, como mais um problema da aprendizagem
dos alunos? Por quê?
Um dos grandes problemas da disciplina de matemática é que os alunos já vêm para a
escola com certo medo da matéria e procurar alternativas para aumentar a motivação
da à aprendizagem é um problema sério e que exige do professor um envolvimento de
afetividade, de enriquecimento das atividades propostas em sala de aula, buscando
despertar o interesse e o prazer em aprender.
Ao elaborarem a Proposta Curricular as escolas deveriam levar em conta a
comunidade escolar contemplada em sua escola, mas, também deveria haver uma
unificação dos conteúdos trabalhados, pois recebemos alunos que vêm de outras
cidades ou colégios e não estudaram determinados conteúdos, prejudicando assim,
seu acompanhamento em sala de aula, aumentando ainda mais as dificuldades em
relação à disciplina. É evidente que a elaboração da Proposta Curricular deve priorizar
o que realmente tem aplicabilidade no cotidiano e os conteúdos que são pré-requisitos
para a compreensão do uso da matemática, como ferramenta indispensável em nosso
dia a dia, porém não significa deixar de trabalhar os conteúdos, e sim, a forma de
trabalhar deveria ser mudada, pois muitas vezes são erroneamente compreendidas
pelos alunos.
Sendo assim, não vem a ser uma questão de acrescentar ou retirar conteúdos e
teorias da Proposta Curricular, mas de utilizar metodologias, que motivem, estimulem
e despertem a curiosidade, e a criatividade. Trata-se de abandonar a idéia de que o
professor é apenas transmissor de conhecimentos.
3 – Professora, quais as dificuldades encontradas por você no ato de ensinar, e dos
alunos no momento de aprender, frente aos conteúdos pré-estabelecidos pela
Proposta Curricular da Matemática?
Quando os alunos chegam à sala de apoio demonstram que tem dificuldades
relacionadas com o aprendizado que tiveram nas séries iniciais, que estão diretamente
relacionados à formação dos educadores das séries iniciais. Na verdade pedagogos,
que não possuem o conhecimento matemático suficiente para preparar os alunos a fim
de que estes se apropriem de um conhecimento necessário e em profundidade para
estabelecer sua continuidade.
A matemática é um instrumento fundamental para a manutenção e o desenvolvimento
de muitas áreas do conhecimento humano e sabemos que este conhecimento é fruto
de um longo processo de construção mútua entre educando, educador e as diversas
realidades que os cercam e cabe a nós educadores buscarmos alternativas e práticas
pedagógicas que possam auxiliar no processo ensino aprendizagem dos alunos.
O desafio hoje, como educador é transformar a forma como a disciplina é ensinada,
deixando-a mais dinâmica, visando uma aprendizagem significativa, explorando uma
grande variedade de idéias matemáticas, de maneira divertida e interessante.
Não podemos esquecer que temos salas de aulas superlotadas, o que também
dificulta o trabalho e o acompanhamento do aluno, fazendo com que ele necessite de
um aprendizado mais direcionado proporcionado na sala de apoio.
É importante ainda, estabelecer uma interação aluno-realidade social que possibilite
uma integração real da matemática com o cotidiano e com as demais áreas do
conhecimento, o que já contribuiria para despertar no aluno um interesse maior pela
disciplina, que é hoje um dos problemas mais sérios enfrentados pelos professores.
4 – Professora, nosso Projeto de Intervenção Pedagógica, traz uma proposta de
Reestruturação Curricular com vistas a novas Práticas Pedagógicas, ou seja, estou
propondo um Projeto para a Sala de Apoio. Neste projeto, estarei atendendo todos os
conteúdos oferecidos pelas DCEs, embasados por práticas pedagógicas amarradas
aos jogos (ludicidade). Cada conteúdo terá uma, ou mais práxis pedagógicas
significativas a ele, com materiais já prontos e oferecidos por esta Pesquisadora,
subsidiando o aprendizado do aluno, objetivando o seu desenvolvimento. É importante
dizer que estes jogos partem de pesquisas e vivências de estudiosos da educação, de
uma Professora da SEED e de uma Professora da educação pública do Paraná.
Gostaria que você fizesse um comentário sobre essa idéia, visto que a Sala de Apoio
tem um plano de ação do Professor, mas não um projeto que sirva de referência para
a disciplina de matemática. Por favor, fique a vontade.
Não existe uma fórmula única, ou melhor, para ensinar Matemática, no
entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental
para que o professor construa sua prática, e o uso de jogos - que utilizam
conhecimentos matemáticos - constituem um recurso pedagógico eficaz para a
construção do conhecimento matemático.
Ao utilizar esse recurso é percebido que se tem contribuído para que
as crianças gostem de aprender a disciplina, mudando a rotina da classe e
despertando o interesse dos alunos. A aprendizagem através de jogos permite
que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido.
Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só justificam
a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o
desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais.
Deve-se sempre procurar alternativas para aumentar a motivação para
a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração,
atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a
socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas e o
uso de jogos pode contribuir significativamente para suprir as dificuldades e
defasagens apresentadas pelas crianças da sala de apoio.
Professora: Claudete Adria
Disciplina: Matemática
Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
Data: 09/09/2008
Esta outra entrevista foi realizada com a professora regente das 5ª
séries, da disciplina de matemática da referida escola.
1 – Quais seus conhecimentos referentes às Diretrizes Curriculares Educacionais da
disciplina de matemática, da Proposta Curricular e do Plano de Ação do Professor?
Comente com suas palavras o que você entende por cada uma dessas
nomenclaturas. Você reconhece que elas (nomenclaturas) estão amarradas ao Projeto
Político Pedagógico do seu Colégio? Por quê?
Diretrizes Curriculares Educacionais da disciplina de matemática – foi construída
por nós, professores da Rede Estadual de ensino, em vários encontros realizados por
áreas. As diretrizes são um conjunto de definições doutrinárias sobre princípios,
fundamentos e procedimentos sobre a Educação Matemática, que servirão para
orientar a organização, no desenvolvimento e avaliação da Proposta Pedagógica
Curricular.
É um documento que traz, em si, o chão da escola e traça estratégias que visam
nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos
estudantes.
Proposta Pedagógica Curricular – documento que contempla as concepções e os
conteúdos estruturantes presentes nas Diretrizes Curriculares, relacionando ainda, os
conteúdos específicos de cada disciplina, os objetivos, encaminhamentos
metodológicos, a avaliação e a recuperação de conteúdos, relaciona as referências
bibliográficas, materiais didáticos impressos ou eletrônicos, etc.
Plano de Ação do Professor -
Documento elaborado pelo professor de cada série/turma a partir do conhecimento,
das necessidades, capacidades dos alunos, com o objetivo de propor plano e
atividades cuja concepção resulte de um trabalho cooperativo realizados por todos os
envolvidos no processo de aprendizagem.
2 – Com o conhecimento que você Professora tem, da Proposta Curricular da sua
disciplina, quais os problemas condizentes no ensino-aprendizagem da matemática
para a Sala de Apoio e 5ª série Regular? Você Professora caracterizaria a Proposta
Curricular da forma como ela está posta, como mais um problema da aprendizagem
dos alunos? Por quê?
Os alunos já chegam com uma verdadeira aversão em relação à disciplina e procurar
alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem é um problema sério e
que exige do professor um envolvimento de afetividade, de enriquecimento das
atividades propostas em sala de aula, buscando despertar o interesse e o prazer em
aprender.
Eu acredito que ao elaborarem a Proposta Curricular as escolas devam levar em conta
à comunidade escolar contemplada em sua escola, mas, também acredito que deva
haver uma unificação dos conteúdos trabalhados, pois recebemos alunos que vêm de
outras cidades ou colégios e não estudaram determinados conteúdos, prejudicando
assim, seu acompanhamento em sala de aula, aumentando ainda mais sua aversão
em relação à disciplina. Claro que a elaboração da Proposta Curricular deve priorizar o
que realmente tem aplicabilidade no cotidiano e os conteúdos que são pré-requisitos
para a compreensão do uso da matemática, como ferramenta indispensável em nosso
dia a dia, porém não significa deixar de trabalhar os conteúdos, e sim, a forma como
são trabalhados, pois muitas vezes são trabalhados sem conexões, em descompasso
com o mundo moderno.
Sendo assim, não vem a ser uma questão de acrescentar ou retirar conteúdos e
teorias da Proposta Curricular, mas de utilizar metodologias de ensino, que motivem,
estimulem e despertem a curiosidade, a criatividade e a afetividade do educando.
Trata-se de abandonar a idéia de que o professor é apenas transmissor de
conhecimentos, percebendo professores e estudantes como elaboradores do saber
escolar.
3 – Professora, quais as dificuldades encontradas por você no ato de ensinar, e dos
alunos no momento de aprender, frente aos conteúdos pré-estabelecidos pela
Proposta Curricular da Matemática?
Os alunos chegam à 5ª série dizendo que “odeiam matemática”, parte dos problemas
referentes à aprendizagem de matemática estão diretamente relacionados à formação
dos educadores das séries iniciais. Na verdade pedagogos, que não possuem o
conhecimento matemático suficiente para preparar os alunos a fim de que estes se
apropriem de um conhecimento necessário e em profundidade para estabelecer sua
continuidade.
A matemática é um instrumento fundamental para a manutenção e o desenvolvimento
de muitas áreas do conhecimento humano e sabemos que este conhecimento é fruto
de um longo processo de construção mútua entre educando, educador e as diversas
realidades que os cercam e cabe a nós educadores buscarmos alternativas e práticas
pedagógicas que possam auxiliar no processo ensino aprendizagem dos nossos
alunos.
O nosso desafio hoje, como educadores é transformar a nossa disciplina, deixando-a
mais dinâmica, visando uma aprendizagem significativa, explorando uma grande
variedade de idéias matemáticas, de maneira divertida e interessante.
As causas destas dificuldades, no âmbito externo a escola ficam por conta do
esfacelamento da família, famílias desestruturadas, falta de perspectiva de um futuro
melhor para os alunos.
Não podemos esquecer, que temos salas de aulas super-lotadas, o que também
dificulta o trabalho e o acompanhamento do aluno.
É importante ainda, estabelecer uma interação aluno-realidade social que possibilite
uma integração real da matemática com o cotidiano e com as demais áreas do
conhecimento, o que no meu ponto de vista já contribuiria para despertar no aluno um
interesse maior pela disciplina, que é hoje um dos problemas mais sérios enfrentados
por nós professores.
4 – Professora, nosso Projeto de Intervenção Pedagógica, traz uma proposta de
Reestruturação Curricular com vistas a novas Práticas Pedagógicas, ou seja, estou
propondo um Projeto para a Sala de Apoio. Neste projeto, estarei atendendo todos os
conteúdos oferecidos pelas DCEs, embasados por práticas pedagógicas amarradas
aos jogos (ludicidade). Cada conteúdo terá uma, ou mais práxis pedagógicas
significativas a ele, com materiais já prontos e oferecidos por esta Pesquisadora,
subsidiando o aprendizado do aluno, objetivando o seu desenvolvimento. É importante
dizer que estes jogos partem de pesquisas e vivências de estudiosos da educação e
de uma Professora da educação pública do Paraná. Gostaria que você fizesse um
comentário sobre essa idéia, visto que a Sala de Apoio tem um plano de ação do
Professor, mas não um projeto que sirva de referência para a disciplina de
matemática. Por favor, fique a vontade.
Não existe um caminho único e melhor para o ensino da Matemática, no
entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental
para que o professor construa sua prática, e acredito que os jogos, que implicam
conhecimentos matemáticos, constituem um recurso pedagógico eficaz para a
construção do conhecimento matemático.
Ao utilizarmos esse recurso percebo que tem contribuído para que as crianças
gostem de aprender a disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o
interesse das crianças. A aprendizagem através de jogos permite que o aluno
faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido.
Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só justificam a
incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o desenvolvimento
de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais.
Devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a
aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração,
atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a
socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas e
acredito que o uso de jogos pode contribuir significativamente para suprir as
dificuldades e defasagens apresentadas pelas crianças das 5ª séries.
Professora: Dijalmary Prates Chas
Disciplina: Matemática – 5ª série
Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
Data: 09/09/2008.
Observou-se nestes depoimentos que a fala das professoras da Sala de Apoio e
regente das 5ªs. séries da disciplina de matemática, coincidem, e em muitos
momentos repetem, pois sendo questionadas, as duas profissionais da educação
confirmam terem participado em conjunto nas respostas à entrevista feita.
Anexo 02
REGISTRO DA AÇÃO 01 - 05/03/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 01:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Material Lúdico: Mosaico
A professora da Sala de Apoio, profª Claudete, iniciou o trabalho com o conteúdo tabuada, amarrado ao material
concreto Mosaico, que consta no Caderno Pedagógico da professora PDE.
Observou-se a dificuldade dos alunos que freqüentam a Sala de Apoio ao conteúdo da multiplicação, e a
necessidade de se fazer uso do concreto, pois muitos dos alunos ainda não estruturaram sua abstração pela própria
imaturação psicológica, mesmo aqueles alunos que já tem idade acima dos 12 anos. É importante salientar que estes
alunos freqüentam a 5ª série do Ensino Fundamental.
Com o material Mosaico, pode-se trabalhar, além da tabuada, multiplicação, também figuras geométricas, usando
recortes, colagens e cores.
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
É importante salientar que o trabalho na Sala de Apoio funciona com importante resultado quando se utiliza material
diferenciado, lúdico e concreto que está muito bem representado no trabalho da pedagoga Rose. A partir daí que os
alunos vão construindo os conceitos matemáticos que necessitam de abstração.
REGISTRO DA AÇÃO 02 -10/03/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 02:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Material Lúdico: Bingo da Multiplicação.
Neste momento foi trabalhado com o bingo da multiplicação objetivando a memorização do conteúdo através da
prática.
O material preparado de forma colorida e atrativa, o qual é apresentado no Caderno Pedagógico, da referida
proposta de implementação,desenvolve nos alunos da Sala de Apoio, o gosto pelo manuseio e a euforia por dos alunos
quanto ao jogo.
Observou-se neste alunos a atenção quanto ao conteúdo e ao mesmo tempo a diversão que o material oferecia no
momento do jogo, unidos a empolgação de quem terminaria primeiro o jogo. Nota-se aí uma disputa sadia.
A participação da maioria em ditar os números constados em suas cartelas, a memorização divertida ao estarem
respondendo em voz alta às multiplicações escritas no quadro negro pela professora regente da Sala de Apoio, e o
início dos alunos muito tímidos em tentarem colocar sem medo sua respostas, é que nos leva a considerar a fala da
professora desta Sala quando coloca que “da diferença em trabalhar com o material concreto, os jogos, e a certeza do
aprendizado das crianças.”
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
Ressalto que a aprendizagem da tabuada nesse caso tem um objetivo e uma função: ganhar ou obter maior número de
acertos no jogo. Realmente uma excelente sugestão que foi realizada para estimular a memorização da tabuada.
REGISTRO DA AÇÃO 03 – 31/03/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 03:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Material Lúdico: Dominó da Tabuada.
Com esta forma de atividade se tem a possibilidade de perceber a dificuldade que alguns alunos tem no que se refere
a lentidão do pensamento, raciocínio e a estruturação da própria tabuada. O entendimento de todas as vias possíveis no
jogo do dominó e quando descoberto a euforia de participar do aluno, com a peça que se faz necessária.
A apreensão da atenção e as tentativas do grupo em falar os resultados das operações, quando não se tem certeza dos
mesmos. Nota-se que a correção por parte do grupo, quando os resultados das operações estão erradas, deixa de ser
vexatório e passa ser divertido. A interação do grupo é bem cooperativa.
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
Com esse jogo além de propiciar a memorização da tabuada e o lúdico estar presente nas atividades, tornando o
aprendizado divertido e prazeroso, essa atividade auxilia no raciocínio rápido e escolha da melhor alternativa no jogo e
cooperação do grupo. OS resultados foram bem positivos.
REGISTRO DA AÇÃO 04 – 09/04/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 04:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Material Lúdico: Jogo da Divisão (com cartas)
Ao acompanhar e participar desta aula na Sala de Apoio, subsidiados pelo material do caderno pedagógico, assim
como outros materiais já trabalhados, observa-se que Este exige muita atenção dos alunos, tanto nas suas cartas,
quanto nas dos colegas, pois se um aluno deixar de expor sua carta de forma correta e condizente com a operação
apresentada, para o jogo.
Diferente do jogo de cartas de baralho, que não pode ser cooperativo. Alguns alunos com raciocínio mais rápido
além de conseguir fazer sua operação, passa também a processar e compartilhar seu entendimento com seus colegas.
Desenvolve-se também a paciência e o respeito pela vez do outro.
Um ponto muito significativo nos chamou a atenção em vários momentos da atividade, o qual foi observado a
comodidade (preguiça) de alguns alunos no ato de “pensar”, o “desinteresse” quando começa a exigir muito o
raciocínio. Será este o Mal do século? Será que nossos alunos, acostumados com tudo pronto e acabado (brinquedos),
acomodaram-se e perderam o gosto pelo que precisa ser feito? Pensado, repensado e criado?
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
Um dos maiores “problemas” enfrentados nos dias de hoje pelos professores é a falta de atenção e dificuldade no
raciocínio. Esse jogo veio de encontro para observarmos que embora o processo seja mais trabalhoso, o resultado é
mais gratificante. Ressaltamos que os alunos apresentam muita resistência com o “pensar”. Portanto essa prática deve
estar sempre presente nas salas de apoio, onde o número de alunos é reduzido.
REGISTRO DA AÇÃO 05 – 19/05/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 05:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Investigação e Entrevista Familiar.
Neste período de: 05/05/09 a 19/05/09, foram feitos momentos de observação e entrevista com pais e três alunos,
que permanecem na Sala de Apoio, pela não superação das dificuldades apresentadas nos conteúdos de base da
matemática que são: adição, subtração, multiplicação e divisão.
Os três alunos citados serão chamados de João, Lucas e Pedro.
João é acometido de TDHA, transtorno da hiperatividade com déficit de atenção, com laudo e acompanhamento de
um especialista em neuropediatria de nossa cidade. Sendo ele, João, medicado, conforme sua necessidade, para se ter
uma resposta mais positiva em sua atenção e concentração, como também inquietude.
Lucas, é um aluno que apresenta dificuldades de concentração, compreensão e relacionamento com seus colegas,
segundo conversas com a mãe, o meio familiar é pobre financeiramente e culturalmente. A mãe apresenta dificuldades
de dicção e o pai é alcóolatra, já tendo feito uso de drogas.
Pedro, aluno com sérios problemas comportamentais, agressivo, desorganizado e, em conversas com o padrasto,
muito rejeitado pela mãe, por ter sido fruto de uma aventura. Sua dificuldade maior é de concentração.
Apresentamos os três alunos, os quais serão objeto de nossa investigação e acompanhados durante o processo de
implementação neste primeiro semestre. Faz-se necessário frizar que, esta proposta de implementação foi bem aceita
pela Sala de Apoio com alunos que apresentavam dificuldades leves de entendimento dos conteúdos de base da
matemática. A partir desta quinta ação, estaremos desenvolvendo o trabalho de implementação com alunos com maior
comprometimento no nível da cognição, visto que, este alunos estão em desvantagens social, cultural e emocional,
diante dos outros alunos trabalhados.
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
Acompanhando o trabalho pudemos observar que o trabalho com jogos que foi proposto teve um resultado
considerável para a compreensão dos conceitos matemáticos apresentados. E os alunos citados estão tendo o
acompanhamento que se faz necessário através da implementação da proposta com um bom resultado, dentro dos
parâmetros da “limitação” de cada um.
REGISTRO DA AÇÃO 06 – 26/05/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 06:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Material Lúdico: Material Dourado.
Foi trabalhado com os alunos, João, Lucas e Pedro a relação entre soma e multiplicação. O objetivo foi o
entendimento, a compreensão destes alunos no processo contínuo entre soma e multiplicação, a interrelação destas
operações básicas.
Para esse trabalho foi utilizado o material dourado, o qual é citado no caderno pedagógico da professora PDE, que
proporciona os alunos, seguridade, concretude e, por isso, a certeza na resolução das operações oferecidas.
Num primeiro momento foi apresentado o material dourado, o qual os alunos já tinham conhecimento, o que tornou
mais fácil a atividade.
No segundo momento, foi oferecido a eles, operações básicas de multiplicação, a qual eles representaram com
peças do material dourado, e depois fizeram a representação também em forma de operação da soma, a adição.
Observou-se o quanto este material concreto, lúdico, facilitou a compreensão dos cálculos e a relação entre as duas
operações, pelos três alunos. E a riqueza do trabalho com o material dourado na exploração do universo de conteúdos
da matemática.
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
Afirmo novamente que o resultado com materiais concretos, como foi apresentado neste trabalho é fundamental para a
aquisição e construção dos conceitos matemáticos.
REGISTRO DA AÇÃO 07 – 02/06/2009
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE: Guarapuava
MUNICÍPIO: Guarapuava
PROFESSOR PDE: Rose Maria de Paula Louro Brezinski
ÁREA: Educação Especial
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1. TÍTULO DO PROJETO: Reestruturação Curricular com vistas às novas Práxis Pedagógicas.
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
3. REGISTRO DAS AÇÕES
AÇÃO 07:
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR PDE:
Material Lúdico: Bingo da Multiplicação.
O Bingo da Multiplicação explora vários campos da matemática. No desenvolvimento deste jogo, além da
multiplicação, trabalha-se a composição, decomposição, ordem crescente, decrescente, números pares, ímpares, somas
dos resultados na vertical e horizontal, etc. Implica neste trabalho, como em tantos outros, a criatividade do professor
regente da Sala de Apoio, e a participação do mesmo no desenvolvimento do processo.
A presença constante do professor da Sala de Apoio, ou seja, sua intervenção e mediação (Vygotski), é fundamental
na aprendizagem, na elaboração das etapas de superação das dificuldades apresentadas pelos alunos, na construção do
conhecimento.
O jogo da multiplicação propicia a elaboração no campo das idéias, da ordem da operação básica da multiplicação e
adição, no mesmo momento. Uma operação confirmando a outra nos seus resultados.
Nesta observação confirma-se a importância de um professor da Sala de Apoio, conhecedor das etapas do
desenvolvimento humano na sua condição cognitiva, com suas práticas amparadas na ludicidade e, compromisso com
o trabalho que desenvolve.
CONSIDERAÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
A ludicidade aliada ao material concreto propiciou aos alunos o divertimento e o aprendizado. Sentiam-se à vontade
na ânsia de ganhar e com isso aprender consigo e com o outro. Uma excelente atividade...