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BIODIVERSITA Etudes et Applications en Ecologie 15 rue Chapon – 75003 Paris
http://www.biodiversita.fr
A c t u a l i s a t i o n d e l ' é t a t d e s l i e u x é c o l o g i q u e d e s « m i l i e u x o u v e r t s » i n o n d a b l e s d u V a l d e S a ô n e e n C ô t e - d ' O r
R a p p o r t d ’ é t u d e / D é c e m b r e 2 0 0 9
ETABLISSEMENT PUBLIC TERRITORIAL DE BASSIN SAÔNE-DOUBS Actualisation de l’état des lieux écologique des milieux ouverts inondables du val de Saöne en Côte d’Or Projet de Rapport définitif - Décembre 2009
B I O D I V E R S I T A E t u d e s e t A p p l i c a t i o n s e n é c o l o g i e - 2
Etablissement Public Territorial de Bassin Saône et Doubs 752, Avenue du Maréchal de Lattre de Tassigny
BP 173 71017 Mâcon Cedex Tél. : 03 85 21 98 12
Les organismes suivants ont transmis des informations et des données dans le cadre de cette étude :
• Conservatoire Botanique National du Bassin Parisien Antenne Bourgogne (O.BARDET) : Liste des
espèces patrimoniales recensées sur le territoire d’étude
• Conservatoire Botanique National de Franche-Comté (F. DEHONDT) : Etude phytosociologique des
prairies mésophiles de Franche-Comté
• Réseau Ferré de France (A.PETIT) : Emprise de la future LGV et études d’impact
• Conservatoire des Sites Bourguignons : Emprise et cartographie des habitats naturels des sites en
gestion du Conservatoire
• Conseil Général de Côte d’Or : emprise des acquisitions de terrain dans le cadre de la protection des
captages d’eau potable aux Maillys
• Ex-DIREN Bourgogne (DREAL) (P.PAGNIEZ) : Etudes diverses sur le Val de Saône
BIODIVERSITA
Etudes et Applications en Ecologie 15 rue Chapon – 75003 Paris
Tel/Fax : 01 43 66 42 13 Email : [email protected]
Cette étude a été réalisée par :
Vincent LEJEUNE Direction d’étude, relevés de terrain, cartographie, rédaction Marc TOURETTE Relevés de terrain
Olivier NAWROT - BIODIVERSITA Relevés de terrain Florent YVERT - BIODIVERSITA Direction technique
Sauf mention contraire toutes les photos présentées dans ce rapport ont été réalisées à l’occasion des inventaires de terrain entre Août 2008 et Septembre 2009
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SOMMAIRE T A B L E S D E S I L L U S T R A T I O N S 5
P R E S E N T A T I O N D E L A Z O N E
D ’ E T U D E 6
1 . L a S a ô n e 6
2 . G é o l o g i e d u s i t e 8
M E T H O D O L O G I E S 9
1 . C r é a t i o n d ’ u n e b a s e d ’ o c c u p a t i o n d e s s o l s 9
2 . D a t e s d e s p r o s p e c t i o n s 10
3 . I n v e n t a i r e d e s h a b i t a t s n a t u r e l s 10
S T A T I S T I Q U E S G E N E R A L E S D U
P R O J E T 12
1 . R é c a p i t u l a t i f d e s s u r f a c e s p h o t o i n t e r p r é t é e s .. 13
2 . S y n t h è s e d u p o s t e « p r a i r i e s » s u i t e a u x
p r o s p e c t i o n s d e t e r r a i n 13 3 . S y n t h è s e d u p o s t e « v é g é t a t i o n s
h y g r o p h i l e s » s u i t e a u x p r o s p e c t i o n s d e t e r r a i n 14 T Y P O L O G I E S R E T E N U E S 15
1 . L e s m i l i e u x p â t u r é s 15 Pré pâturé alluvial eutrophe mésophile à mésoxérophile 16
Pré pâturé régulièrement à Orge faux-seigle 17
Pré pâturé hygrophile engorgé à Joncs 18
Pré pâturé alluvial longuement inondé 19
2 . L e s m i l i e u x f a u c h é s 20 Pré fauché mésophile à mésoxérophile 21
Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Oenanthe intermédiaire 22
Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Ail anguleux 23
Pré fauché alluvial mésohygrophile mésotrophe à eutrophe à Colchique 24
Pré fauché alluvial (hyper)eutrophe exploité intensivement 26
3 . L e s d é p r e s s i o n s p r a i r i a l e s 27 Dépressions prairiales à Renoncule à feuilles d’Ophioglosse (plutôt fauché) 28
Dépressions prairiales à Gratiole (plutôt pâturé) 29
Dépressions prairiales à Glycérie 30
Dépressions prairiales à Laîches (Carex acuta) 31
4 . L e s m i l i e u x d e d é p r i s e p r a i r i a l e 32 Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (en système
agricole) 33
Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (périmètre de
captage) 34
Formation prairiale évoluant vers la jonchaie avec tendance à l’embroussaillement 35
Formation prairiale évoluant vers la friche mésophile à mésoxérophile avec tendance à
l’embroussaillement 36
5 . L e s v é g é t a t i o n s h y g r o p h i l e s 37 Phragmitaie 38
Roselières pionnières (Oenanthion aquaticae) 39
Herbier aquatique vivace à Hottonie des marais 40
Végétations hygrophiles indifférenciées 41
6 . L e s y s t è m e a g r i c o l e 42 Prairie retournée entre 2006 et 2009 43
Friches agricoles 44
Prairie ressemée récemment (Fétuque élevée, Ray-grass) 44
Bandes enherbées 44
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7 . L e s y s t è m e a r t i f i c i a l i s é 45 Habitat rural 46
Installations sportives 46
Zones urbanisées 46
Espaces verts 46
Carrières 46
Emprise TGV 46
Equipements de loisirs 46
8 . L e s y s t è m e f o r e s t i e r 47 Boisements 47
Plantation récente de peupliers 47
Plantation récente de robiniers 47
Taillis feuillus 47
9 . L e s y s t è m e h y d r o g r a p h i q u e 48 Cours d'eau 49
Plan d'eau 50
Fossé enherbé 50
Cours d'eau ou fossé avec ripisylve 51
E V A L U A T I O N P A T R I M O N I A L E 52
1 . H a b i t a t s n a t u r e l s 52 2 . E s p è c e s p a t r i m o n i a l e s 53
2.1. Synthèse 53
2.2. Liste commentée des espèces à valeur patrimoniale 54
Allium angulosum 54
Butomus umbellatus 54
Carex melanostachya 55
Dactylorhiza incarnata 55
Euphorbia palustris 56
Fritillaria meleagris 56
Gratiola officinalis 57
Hottonia palustris 57
Inula britannica 58
Marsilea quadrifolia 58
Oenanthe silaifolia 59
Oreoselinum nigrum 59
Ranunculus ophioglossifolius 60
Scutellaria hastifolia 60
Senecio paludosus 61
Stellaria palustris 61
Thysselinum palustre 62
Utricularia australis 62
Autres espèces observées 63
C O N C L U S I O N 65
B I B L I O G R A P H I E 66
A N N E X E S 68
1 . D é f i n i t i o n d e s p r a i r i e s
p e r m a n e n t e s / t e m p o r a i r e s a u s e n s d e l a P o l i t i q u e
A g r i c o l e C o m m u n e 68 2 . S y n s y s t è m e p h y t o s o c i o l o g i q u e d e l a t h è s e M J
T R I V A U D E Y 69 G L O S S A I R E 71
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TABLE DES ILLUSTRATIONS
���� Tableaux Tableau 1 : Récapitulatif des surfaces de l'occupation des sols ............................................................................ 12 Tableau 2 : Synthèse du poste « prairies » suite aux prospections de terrain ....................................................... 13 Tableau 3 : Synthèse du poste « végétations hygrophiles » suite aux prospections de terrain ............................. 14 Tableau 4 : Synthèse des habitats de milieux pâturés .......................................................................................... 15 Tableau 5 : Synthèse des habitats de milieux fauchés .......................................................................................... 20 Tableau 6 : Synthèse des habitats de dépressions prairiales ................................................................................ 27 Tableau 7 : Synthèse des habitats de déprises prairiales ..................................................................................... 32 Tableau 8 : Synthèse des habitats de végétaions hygrophiles .............................................................................. 37 Tableau 9 : Synthèse des habitats agricoles ......................................................................................................... 42 Tableau 10 : Synthèse des habitats de milieux artificialisés .................................................................................. 45 Tableau 11 : Synthèse des habitats forestiers ....................................................................................................... 47 Tableau 12 : Synthèse des habitats liés au réseau hydrographique ..................................................................... 48 Tableau 13 : hiérarchisation de la valeur patrimoniale des habitats naturels ........................................................ 52 Tableau 14 : Tableau récapitulatif des espèces patrimoniales observées ............................................................. 53
���� Photos Photo 1 : L’euphorbe ésule (Euphorbia esula subsp. esula) est fréquemment présente en refus de pâturage dans les prairies rases pâturées régulièrement classées dans l’Hordeo-Lolietum (06/05/2009, Chivres, en bordure de la D12) ....................................................................................................................................................................... 17 Photo 2 : Prairie pâturée à Joncs (25/09/2010, Laperrière sur Saône) .................................................................. 18 Photo 3 : Prairie pâturée à Joncs (25/09/2010, Laperrière sur Saône) .................................................................. 18 Photo 4 : Prairie pâturée à joncs (23/09/2010, Lamarche sur Saône, Les Terres Rondes) ................................... 18 Photo 5 : 22/09/2010, Heuilley sur Saône, Le Grand Lac pâturage ovin ............................................................... 18 Photo 6 : Pré pâturé du Rumici-Alopecuretum (zone prairiale la plus foncée). Le contact entre prairie et bande enherbée accueille de belles stations de laïche à épis noirs (Carex melanostachya) (6 Mai 2009, Labergement les Seurre) .................................................................................................................................................................. 19 Photo 7 : Prairie à Oenanthe intermédiaire Labergement les Seurre 05/05/2009 Verte Saint Léger..................... 22 Photo 8 : Prairie à Oenanthe intermédiaire accueillant des stations de fritillaires en bordure des fossés de drainage. En arrière-plan extension récente de l’exploitation de carrière par GSM Bourgogne-franche-Comté (05/05/2009, Labergement les Seurre, entre la ..................................................................................................... 22 Photo 9 : Pré de fauche à ail anguleux (Allium angulosum) et inule des fleuves (Inula britannica)– Relevé S05 - Commune de Trugny – Octobre 2009 ................................................................................................................... 23 Photo 10 : Fauche récente de regain (24/09/2010) dans une prairie du Colchico-Festucetum à Lamarche sur Saône qui témoigne d’une intensification des pratiques. Au centre une cariçaie bien exprimée et inondée au printemps se trouve totalement rasée ................................................................................................................... 25 Photo 11 : Cette petite parcelle en bordure d’un champ cultivé et d’un ensemble prairial pâturé forme un bel « ourlet » à succise des prés riche floristiquement (Date de la photo : 25/09/2010) ................................................ 25 Photo 12 : Floraison autumnale du colchique et de la succise (22/09/2010, Maxilly sur Saône, les Prés du Roi) 25 Photo 13 : Dépression prairiale dans une prairie de fauche sur la commune des Maillys avec présence de la renoncule à feuilles d’ophioglosse, la stellaire des marais, la gratiole officinale et l’utriculaire citrine. .................. 28 Photo 14 : Dépression prairiale pâturée à Gratiole officinale (Gratiola officinalis) et arrivée subite d’un troupeau de jeunes bovins agités ! (Labergement les Auxonne, 19/05/2009, les Essarts) ....................................................... 29 Photo 15 : Formation à glycérie aquatique (05/05/2009 Labergement lès Seurre Maronde) ................................ 30 Photo 16 : Fond de prairie fauchée intensivement à glycérie (06/05/2009, Labergement les Seurre, au nord de Pré Leduc) ............................................................................................................................................................. 30 Photo 17 : Friche herbacée mésophile à Carotte - Le Bois Fressard- Commune de Flammerans -Relevé FL03 - Juillet 2009 ............................................................................................................................................................ 36 Photo 18 : Phragmitaie en bordure d’une prairie de fauche (Perrigny sur l’Ognon, 10/06/2010, Ile Sainte-Catherine) .............................................................................................................................................................. 38 Photo 19 : Roselière pionnière ; station d’Oenanthe aquatica ............................................................................... 39 Photo 20 : Mare à Hottonie (Hottonia palustris) asséchée en lisière du bois de Pontailler sur la commune de Vielverge – Septembre 2009 ................................................................................................................................. 40 Photo 21 : Dépressions prairiales relictuelles au sein d’une prairie retournée entre 2006 et 2009 (06/05/2009, Labergement les Seurre, le Moulin du Glu) ........................................................................................................... 43 Photo 22 : Fossé enherbé ..................................................................................................................................... 50 Photo 23 : Ancienne noue en cours de remblaiement (Chivres, 07/05/2009, en limite de zone d’étude commune d’Ecuelles(71)) ....................................................................................................................................................... 51 Photo 24 : Dépression prairiale classée dans le Caricetum acutae fauchée récemment le 24/09/2010 au sein d’une prairie de fauche exploitée intensivement (2 fauches mini et plus…) (Lamarche sur Saône) ...................... 64 Photo 25 : Pâturage de regain dans une prairie de fauche exploitée intensivement (24/09/2010, Poncey les Athée, les Grandes Faux) ...................................................................................................................................... 64 Photo 26 : Station d’inule à feuille de saule (Inula salicina) dans une prairie du Colchico-Festucetum en voie de dégradation. On remarque sur la photo l’abondance du Cirse des champs (Cirsium arvense) et la floraison au premier plan d’un colchique des prés.(24/ ............................................................................................................. 64
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P R E S E N T A T I O N D E L A Z O N E
D ’ E T U D E
1 . L a S a ô n e
La zone d’étude est concernée par la vallée de la Saône en Côte d’Or qui y parcourt une longueur
d’environ 84 km pour un total de 480 km. Elle traverse 5 départements : les départements des
Vosges, de la Haute-Saône, de la Côte d’Or, de la Saône et Loire et du Rhône. Elle prend sa source
dans les Vosges à Vioménil au pied des monts Faucille à 392 m d’altitude pour rejoindre le Rhône à
Lyon à une altitude de 158 mètres. La Saône est la principale rivière de France par la taille de son
bassin versant. Le Doubs est le principal affluent. Rivière lente, rendue navigable grâce à quelques
barrages relevant ses maigres étiages, la Saône sinue dans une vallée trop large pour son importance
actuelle.
La zone d’étude est concernée par les 45 communes de Côte d’Or suivantes :
Athée Jallanges Pontailler-sur-Saône
Auvillars-sur-Saône Labergement-lès-Auxonne Pouilly-sur-Saône
Auxonne Labergement-lès-Seurre Saint-Jean-de-Losne
Bonnencontre Labruyère Saint-Seine-en-Bâche
Brazey-en-Plaine Lamarche-sur-Saône Saint-Symphorien-sur-Saône
Broin Laperrière-sur-Saône Saint-Usage
Chamblanc Lechâtelet Seurre
Charrey-sur-Saône Les Maillys Soissons-sur-Nacey
Chivres Losne Talmay
Echenon Maxilly-sur-Saône Tillenay
Esbarres Mont-lès-Seurre Trugny
Flagey-lès-Auxonne Pagny-la-Ville Vielverge
Flammerans Pagny-le-Château Villers-les-Pots
Glanon Perrigny-sur-l'Ognon Villers-Rotin
Heuilley-sur-Saône Poncey-lès-Athée Vonges
Les principaux affluents de la Saône sur la zone d’étude sont au nombre de huit en rive droite
(l’Echalonge, la Vingeanne, la Bèze, le ruisseau des Etangs, la Tille, l’Ouche, la Biètre et la Vouge)
contre trois en rive gauche (l’Ognon, l’Aillon et l’Ausson). La Saône est classée navigable depuis
Corre au nord de la Haute-Saône, au débouché du Coney, jusqu'à son confluent avec le Rhône à la
Mulatière, à Lyon, soit sur 365 km, dont 167 à grand gabarit européen depuis Verdun-sur-le-Doubs
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jusqu'à Lyon. Elle est reliée à la Loire par le Canal du Centre, à l'Yonne par le Canal de Bourgogne, à
la Marne par le Canal de la Marne à la Saône renommé Canal de Champagne en Bourgogne, à la
Meuse par le Canal de l'Est, branche sud renommée Canal des Vosges, et au Rhin par le Canal du
Rhône au Rhin.
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2 . G é o l o g i e d u s i t e
Reposant exclusivement sur les alluvions récentes (Fy et Fz), le Val de Saône est marqué par un
paysage très ouvert qui associe de grandes cultures à de plantations de peupliers et aux grandes
prairies de fauche inondables encadrées d’un bocage typique (Bardet et al., 2008).
Extrait de la notice de la carte géologique n°527 de Seurre
Fz. Alluvions modernes et récentes. La nappe Fz occupe les zones inondables de la plaine alluviale dont la
faible déclivité longitudinale, établie à 0,15 % o , explique les divagations qu'y effectue la rivière. Cette
pente extrêmement faible est cependant très supérieure à ce qu'elle est en aval, entre la limite de feuille
et Chalon-sur-Saône. Au cours de ce dernier parcours, la Saône ne perd que 1,75 m sur 27 km (pente =
0,065 %o).
L'activité érosive du cycle alluvial Fz s'est exercée sur une largeur moyenne comprise entre 1,5 et 2,5 km
en éliminant les niveaux fins sablo-argileux Fyb. Une partie des graviers a également été éliminée par une
action nettement plus sensible selon un chenal médian que sur les rives. L'épaisseur des graviers
subsistant dans l'emprise de la nappe Fz comprise entre 5 et 7 m dans l'axe de la vallée remonte à 7-9 m
près des limites d'emboîtement. La couverture fine épaisse de 2,50 à 6,00 m masque l'irrégularité du toit
des graviers. Globalement elle est argilo-sableuse mais ses constituants sont mélangés dans des
proportions très variables et capricieusement répartis. Ils comblent un réseau complexe de chenaux
favorisés par la faible pente et amenant à l'affleurement des matériaux très variés dans un espace
restreint. Les argiles sont souvent chargées en matière organique et prennent alors l'aspect de vases
noirâtres ou de limons de débordement parfois carbonates. Les niveaux tourbeux sont fréquents
principalement en rive gauche en amont de Saint-Symphorien-sur-Saône.
Sur les sols sableux proches de la basse plaine alluviale, de Labergement-lès-Auxonne à Mailly-la-Ville, les
cultures maraîchères sont restées artisanales.
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M E T H O D O L O G I E S
1 . C r é a t i o n d ’ u n e b a s e d ’ o c c u p a t i o n d e s s o l s
La zone d’étude a fait l’objet d’un inventaire des milieux prairiaux en 2006 par la Chambre
d’Agriculture de Côte d’Or. Il s’est avéré que cet inventaire était insuffisant pour mener à bien
l’actualisation et les investigations de terrain.
Il a été procédé dans un premier temps à la définition de la zone alluviale qui formera la zone d’étude
et d’investigation. Cette définition s’est faite sur la base des documents transmis par l’EPTB
notamment les données du SCAN25 et de l’orthophotographie couleurs (BD ORTHO) de la zone
d’étude. Par l’examen des courbes topographiques au regard de l’occupation des sols fournie par
l’orthophotographie, il a ainsi été défini une zone d’étude correspondant à la « plaine alluviale
récente ». Cette zone d’étude a été définie par la zone alluviale de la Saône étendue aux zones
alluviales des affluents dans la limite des communes concernées par l’étude. Cela a ainsi permis
d’intégrer les prairies liées à l’Ognon. Cette zone d’étude intègre des buttes sableuses non
inondables.
La surface de cette zone d’étude est de 21734,99 hectares. Cette enveloppe a été transmise en Avril
2009 à l’EPTB et a fait l’objet d’une validation en comité de pilotage.
Il a ensuite été réalisé sur cette zone d’étude une base d’occupation des sols par photointerprétation
assistée par ordinateur.
Cette occupation des sols s’est basée sur les 17 postes d’occupation des sols suivants :
Cours d’eau
Plan d’eau
Cultures
Prairies
Infrastructures routières
Infrastructures ferroviaires
Chemins ruraux
Boisement
Peupleraie
Jeune peupleraie
Fossé, bief (enherbé)
Fossé, cours d’eau avec ripisylve
Végétation herbacée hygrophile
Bande enherbée
Zone urbaine
Habitat rural
Equipements collectifs (château d’eau, transformateurs, station d’épuration)
Campings, habitat de loisirs
Equipements sportifs et de loisirs
Extraction de matériaux
Espaces verts
Exploitation de sables et graviers
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Cette base d’occupation des sols est basée sur l’orthophotographie de 2006. Elle a servi à
l’actualisation en 2009 des milieux ouverts. Seuls les postes prairies et végétations hygrophiles
herbacées sont concernées par l’étude et font l’objet d’investigations approfondies.
2 . D a t e s d e s p r o s p e c t i o n s
Les prospections de terrain ont été réalisées par Vincent LEJEUNE et Marc TOURETTE du bureau
d’études Biodiversita de début-Août 2008 à mi-Septembre 2009
3 . I n v e n t a i r e d e s h a b i t a t s n a t u r e l s
Notre cartographie des habitats naturels suit les étapes suivantes :
1- Photo-intreprétation de la zone d’étude qui permet d’effectuer un prézonage des unités
homogènes de végétation. Le périmètre de la zone d’étude est formé des limites de la zone Natura
2000 à cartographier et de l’extraction de la thématique « prairies » issu de la carte d’occupation des
sols réalisée récemment par le Parc Naturel Régional.
2- Elaboration d’une typologie préliminaire des habitats élémentaires sur la base des documents
bibliographiques disponibles et définition d’espèces caractéristiques d’identificat ion de l’habitat
sur le terrain. Nos référentiels en termes de typologie sont les suivants :
Bardat, J., Bioret, F., Botineau, M., Boullet, V., Delpech, R., Géhu, J.M., Haury, J., Lacoste, A.,
Rameau, J.C., Royer, J.M., Roux, G., Touffet, J., 2004. Prodrome des végétations de France. Coll.
Patrimoines naturels, 61 : 171 p. Muséum National d’Histoire Naturelle. Paris.
FOUCAULT, B. DE, 1984. Systémique, structuralisme et synsystématique des prairies hygrophiles des
plaines atlantiques françaises. Thèse, Univ. Rouen, 675 p., 248 tab. h.t.
JULVE, PH., 1998 ff. Baseveg. Répertoire synonymique des unités phytosociologiques de France.
Version 2007. Programme Catminat.
Si des approches différentes sont développées notamment dans de Foucault, 1984 et le Prodrome
des végétations de France, ces différences concernent l’approche typologique et non le contenu (les
associations phytosociologiques). Il est ainsi nécessaire de se référer à de Foucault, 1984 pour
connaître les associations phytosociologiques décrites et pour obtenir les tableaux phytosociologiques
de référence avec notamment les espèces caractéristiques d’associations. Au final, toutes les
correspondances seront effectuées entre les unités décrites sur le terrain et les typologies existantes.
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3- Prospections systématiques de terrain et réalisa tion de relevés phytosociologiques qui
permettront de consolider et d’étoffer la typologie de la carte des formations végétales par
identification et caractérisation de types d’habitats et d’affecter un (ou des) type(s) de végétation aux
zones homogènes préalablement délimitées. Différents cas de figures seront alors possibles :
l’adéquation sera satisfaisante entre le pré-zonage et le type de végétation effectivement observé ou
bien il y’aura nécessité d’une partition supplémentaire de la pré-zone.
Chaque relevé phytosociologique est géolocalisé au GPS et inventorie :
• l'abondance de chaque espèce présente suivant les coefficients de Braun-Blanquet
• le recouvrement total de la végétation,
• la hauteur de la végétation
• l'aspect pâturé ou non de la végétation.
Chaque unité repérée sur le terrain fait l’objet d’un relevé phytosociologique. Un minimum de 15
relevés phytosociologiques par jour de prospection sur le site sera effectué.
4- Traitement des données et établissement d’une typologie définitive
A l’issue de cette phase de terrain, toutes les données récoltées seront analysées (organisation des
relevés en tableaux, description au sein de ces tableaux des caractéristiques d’association, des faciès
de dégradation). Chaque relevé phytosociologique est fourni de manière unitaire et sous forme de
tableaux de synthèse dans un fichier Excel transmis au Maître d’Ouvrage.
Une étude sur les états de conservation reprendra les éléments suivants :
• Une description de la méthodologie employée avec le référentiel de l’état de conservation
retenu sur la base des relevés phytosociologiques.
• Des statistiques globales : surface totale et relative par habitat et état de conservation.
Important : c’est de l’analyse des relevés de végétation que provient la détermination des habitats
naturels, des champs descriptifs qui les caractérisent : libellé des habitats, codification CORINE,
PRODROME et NATURA 2000 et des états de dégradation.
5- Report cartographique à l’aide de l’outil informatique qui synthétise toutes les données recueillies.
L’ensemble des habitats prairiaux éligibles, les prairies non éligibles mais d’intérêt patrimonial et les
autres habitats éligibles ou non rencontrés sur le terrain sont identifiés et cartographiés.
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S T A T I S T I Q U E S G E N E R A L E S D U
P R O J E T
1 . R é c a p i t u l a t i f d e s s u r f a c e s p h o t o i n t e r p r é t é e s
Intitulé En ha En % Cours d'eau 1177,33 5,51 Fossés ou cours d'eau enherbé 96,92 0,45 Petit cours d'eau avec ripisylve 107,88 0,51 Prairies 5480,59 25,67 Végétations herbacées hygrophiles 186,63 0,87 Bandes enherbées 30,03 0,14 Boisements 3554,78 16,65 Campings et habitats de loisirs 90,62 0,42 Carrières 67,34 0,32 Château d'eaux ou captages 8,40 0,04 Chemins ruraux 208,47 0,98 Cultures 7935,44 37,16 Espaces verts 52,54 0,25 Habitat rural 13,26 0,06 Infrastructures ferroviaires 23,94 0,11 Installations sportives 28,08 0,13 Jeunes peupleraies 296,91 1,39 Peupleraie 992,49 4,65 Plans d'eau 175,24 0,82 Routes 227,63 1,07 Zones urbaines 597,58 2,80 Total général 21352,09 100,00
Tableau 1 : Récapitulatif des surfaces de l'occupation des sols
Les postes faisant l’objet de prospections de terrain apparaissent en bleu.
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2 . S y n t h è s e d u p o s t e « p r a i r i e s » s u i t e a u x p r o s p e c t i o n s d e t e r r a i n
Intitulé En ha En % Bandes enherbées 3,97 0,07 Boisements 0,85 0,02 Carrières 25,51 0,47 Château d'eaux ou captages 0,02 0,00 Dépression prairiale à Glycérie 2,43 0,04 Dépression prairiale à Laîches (Carex acuta) 4,63 0,08 Dépressions prairiales à Gratiole (plutôt pâturé) 0,37 0,01 Dépressions prairiales à Renoncule à feuilles d'ophioglosse (plutôt fauché) 7,26 0,13 Emprise TGV 13,95 0,25 Equipements de loisirs 0,67 0,01 Espaces verts 20,44 0,37 Formation prairiale évoluant vers la friche mésophile à mésoxérophile avec tendance à l’embroussaillement 75,66 1,38 Formation prairiale évoluant vers la jonchaie avec tendance à l’embroussaillement 15,20 0,28 Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (en système agricole) 59,18 1,08 Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (périmètre de captage) 112,56 2,05 Friche vivace mésohygrophile à Ortie et Liseron des haies 4,52 0,08 Friches agricoles 17,13 0,31 Habitat rural 0,71 0,01 Installations sportives 1,38 0,03 Mégaphorbiaie mésotrophe à eutrophe 6,21 0,11 Phragmitaie 11,41 0,21 Plantation récente de peupliers 53,47 0,98 Plantation récente de robiniers 1,64 0,03 Prairie ressemée récemment 153,34 2,80 Prairie retournée entre 2006 et 2009 374,04 6,82 Pré fauché alluvial (hyper)eutrophe exploité intensivement 778,14 14,20 Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Ail anguleux 25,97 0,47 Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Oenanthe intermédiaire 165,25 3,02 Pré fauché alluvial mésohygrophile mésotrophe à eutrophe à Colchique et Silaüs des prés 703,62 12,84 Pré fauché mésophile à mésoxérophile 8,59 0,16 Pré pâturé alluvial eutrophe mésophile à mésoxérophile 178,56 3,26 Pré pâturé alluvial longuement inondé 3,54 0,06 Pré pâturé hygrophile engorgé à Joncs 127,06 2,32 Pré pâturé régulièrement à Orge faux-seigle 2507,70 45,76 Taillis feuillus 14,91 0,27 Zones urbanisées 0,71 0,01 Total général 5480,59 100,00
Tableau 2 : Synthèse du poste « prairies » suite aux prospections de terrain
Il est à noter que 6,82 % des prairies inventoriées par photointerprét ation ont été retournées
entre 2006 et 2009 .
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3 . S y n t h è s e d u p o s t e « v é g é t a t i o n s h y g r o p h i l e s » s u i t e a u x p r o s p e c t i o n s d e t e r r a i n
Intitulé En ha En %
Bandes enherbées 1,76 0,94 Boisements 1,73 0,93 Dépression prairiale à Glycérie 8,53 4,57 Dépression prairiale à Laîches (Carex acuta) 3,07 1,65 Dépressions prairiales à Gratiole (plutôt pâturé) 0,15 0,08 Dépressions prairiales à Renoncule à feuilles d'ophioglosse (plutôt fauché) 2,25 1,20 Emprise TGV 0,01 0,01 Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (en système agricole) 1,84 0,99 Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (périmètre de captage) 2,18 1,17 Friche vivace mésohygrophile à Ortie et Liseron des haies 1,22 0,65 Mégaphorbiaie mésotrophe à eutrophe 7,43 3,98 Phragmitaie 43,51 23,31 Plan d'eau 0,22 0,12 Plantation récente de peupliers 1,31 0,70 Prairie retournée entre 2006 et 2009 1,78 0,95 Roselières pionnières (Oenanthion aquaticae) 0,16 0,09 Taillis feuillus 0,83 0,44
Végétations hygrophiles indifférenciées 108,5
5 58,16 (vide) 0,10 0,05
Total général 186,6
3 100,0
0 Tableau 3 : Synthèse du poste « végétations hygrophiles » suite aux prospections de terrain
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T Y P O L O G I E S R E T E N U E S
1 . L e s m i l i e u x p â t u r é s
Intitulé Association phytosociologique Prodrome Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
Système pâturé Pré pâturé alluvial eutrophe mésophile à mésoxérophile
Lolio perennis - Cynosuretum cristati
Cynosurion cristati
6.0.2.0.1 38.111 Pâturages à Ray-Grass
sans objet
sans objet
sans objet
Pré pâturé intensémént hygrophile
Hordeo secalini - Lolietum perennis
Potentillion anserinae 3.0.1.0.6 37.24
Prairies à Agropyre et Rumex
sans objet
sans objet sans objet
Pré pâturé hygrophile engorgé à Joncs
Junco inflexi-Menthetum longifoliae
Mentho longifoliae-Juncion inflexi
3.0.1.0.5 37.241 Pâtures à grand jonc
sans objet
sans objet sans objet
Pré pâturé alluvial longuement inondé surpiétiné
Rumici crispi - Alopecuretum geniculati
Oenanthion fistulosae 3.0.2.0.1 37.242
Pelouses à Agrostide stolonifère et Fétuque faux roseau
sans objet
sans objet sans objet
Tableau 4 : Synthèse des habitats de milieux pâturés
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P r é p â t u r é a l l u v i a l e u t r o p h e m é s o p h i l e à
m é s o x é r o p h i l e
Ass_phyto Lolio perennis - Cynosuretum cristati Int_Prod Cynosurion cristati Cod_Prod 6.0.2.0.1 Cod_Cor 38.111 Int_Cor Pâturages à Ray-Grass Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Pré ras pâturé qui se caractérise par l’absence des espèces prairiales hygrophiles et par la présence
ponctuelle d’espèces xérophiles telles que le panicaut champêtre (Eryngium campestre) ou la
bugrane épineuse (Ononis spinosa). Peu représenté dans la zone d’étude, il se trouve soit en marge
de la zone alluviale ou sur les bourrelets souvent sableux qui bordent les rives de la Saône.
La dégradation de ce pré se traduit par la présence quasi systématique dans les relevés de pointeurs
d’azote se traduisant par un voile d’ortie dioïque (Urtica dioïca) et de chardon des champs (Cirsium
arvense) obligeant l’exploitant à avoir recours par la suite aux désherbants prairiaux qui induit la
disparition du cortège de dicotylées.
���� Gestion
• Maintien en l’état par pâturage adapté
• Fertilisation raisonnée et limitée
• Eviter l’utilisation de désherbants prairiaux
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P r é p â t u r é r é g u l i è r e m e n t à O r g e f a u x - s e i g l e
Ass_phyto Hordeo secalini - Lolietum perennis Int_Prod Potentillion anserinae Cod_Prod 3.0.1.0.6 Cod_Cor 37.24 Int_Cor Prairies à Agropyre et Rumex Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Photo 1 : L’euphorbe ésule (Euphorbia esula subsp. esula) est fréquemment présente en refus de pâturage dans les prairies rases pâturées régulièrement classées dans l’Hordeo-Lolietum (06/05/2009, Chivres, en bordure de la D12)
Pré hygrophile pâturé régulièrement le plus souvent avec une structure rase. Bien que de faible valeur
patrimoniale, il est important de bien distinguer ce pré de celui du Lolio perennis-Cynosuretum cristati
mésophile en effet un lot d’espèces différentielles hygrophiles comme le trèfle fraise (Trifolium
fragiferum), l’agrostide stolonifère (Agrostis stolonifera), le jonc glauque (Juncus inflexus), la patience
crépue (Rumex crispus) affirme le caractère « zone humide » au regard de l’arrêté du 24 Juin 2008.
On observe fréquemment dans ce type de pré des nappes d’euphorbe esule (Euphorbia esula subsp.
esula) en refus de pâturage.
Dérivant soit du pré pâturé à joncs dont seules quelques rares touffes de jonc glauque témoignent par
drainage et intensification des pratiques ou alors installé sur des sols plus filtrants que ce dernier, ce
pré reste souvent associé à des zones de bocage très intéressantes d’un point de vue biocénotique.
Des formes de dégradation se traduisent par la présence dans les relevés de pointeurs d’azote se
traduisant par un voile d’ortie dioïque (Urtica dioïca) et de chardon des champs (Cirsium arvense)
obligeant l’exploitant à avoir recours par la suite aux désherbants prairiaux qui induit la disparition du
cortège de dicotylées.
���� Gestion
• Aucune mesure de gestion
• Fertilisation raisonnée et limitation de l’utilisation des herbicides prairiaux
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P r é p â t u r é h y g r o p h i l e e n g o r g é à J o n c s
Ass_phyto Junco inflexi – Menthetum longifoliae Int_Prod Mentho longifoliae-Juncion inflexi Cod_Prod 3.0.1.0.5 Cod_Cor 37.241 Int_Cor Pâtures à grand jonc Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet Ce pré est facilement repérable à sa physionomie de prairie basse pâturée ponctuée de touffes de
joncs glauques et diffus (Juncus inflexus et Juncus effusus) plus élevées accompagnées d’espèces
prairiales hygrophiles telles que la cardamine des prés (Cardamine pratensis), la silène fleur de
coucou (Silene flos-coculi) et de graminées sociales. Il est lié à un engorgement des sols sur des
substrats imperméables. Ce pré est directement menacé par la mise en place de drainage. Ce type
d’opération était en cours lors des prospections à Laperrière sur Saône.
���� Gestion
• Maintien en l’état par pâturage adapté
• Fertilisation raisonnée et limitée
• Eviter l’utilisation de désherbants prairiaux
• Le fonctionnement hydrologique général des systèmes alluviaux et des résurgences de
versants doit être préservé.
• Absence de drainage
Photo 2 : Prairie pâturée à Joncs (25/09/2010, Laperrière sur
Saône)
Photo 3 : Prairie pâturée à Joncs (25/09/2010, Laperrière
sur Saône)
Photo 4 : Prairie pâturée à joncs (23/09/2010, Lamarche sur
Saône, Les Terres Rondes)
Photo 5 : 22/09/2010, Heuilley sur Saône, Le Grand Lac
pâturage ovin
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P r é p â t u r é a l l u v i a l l o n g u e m e n t i n o n d é
Ass_phyto Rumici crispi - Alopecuretum geniculati Int_Prod Oenanthion fistulosae Cod_Prod 3.0.2.0.1 Cod_Cor 37.242 Int_Cor Pelouses à Agrostide stolonifère et Fétuque faux roseau Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Pré longuement inondé pâturé et piétiné à ensemble floristique réduit se caractérisant par la présence
régulière du vulpin genouillé (Alopecurus geniculatus) souvent accompagné par la glycérie (Glyceria
notata). Les formes les plus riches voit la présence de l’oenanthe fistuleuse (Oenanthe fistulosa) et
parfois sur les bordures de dépression prairiale de la gratiole (Gratiola officinalis). Ce pré se substitue
par intensification au Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae beaucoup plus patrimonial. Sur
certaines marges de cet habitat, la laîche à épis noirs (Carex melanostachya) a été observée.
���� Gestion
• Objectif de gestion vers des ensembles floristiques plus riches
• Limiter le surpiètinement du bétail
• Fertilisation raisonnée et limitée
• Eviter l’utilisation de désherbants prairiaux
• Le fonctionnement hydrologique général des systèmes alluviaux et des résurgences de
versants doit être préservé
Photo 6 : Pré pâturé du Rumici-Alopecuretum (zone p rairiale la plus foncée). Le contact entre prairie et bande
enherbée accueille de belles stations de laïche à é pis noirs (Carex melanostachya) (6 Mai 2009, Laberg ement les Seurre)
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2 . L e s m i l i e u x f a u c h é s
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome
Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
Système fauché
Pré fauché mésophile à mésoxérophile
Dauco carotae - Arrhenatheretum elatioris
Arrhenatherion elatioris
6.0.1.0.1 38.22
Prairies des plaines médio-européennes à fourrage
Prairies fauchées collinéennes à submontagnardes, mésohygrophiles
6510 6510-4
Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Oenanthe intermédiaire
Senecioni aquatici -Oenanthetum silaifoliae
Bromion racemosi
3.0.1.0.1
37.214
Prairies à Séneçon aquatique
sans objet
sans objet
sans objet
Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Ail anguleux
Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae
Oenanthion fistulosae
3.0.2.0.1 37.23
Prairies subcontinentales à Cnidium
sans objet
sans objet
sans objet
Pré fauché alluvial mésohygrophile mésotrophe à eutrophe à Colchique
Colchico autumnalis-Festucetum pratensis
Arrhenatherion elatioris
6.0.1.0.1
38.22
Prairies des plaines médio-européennes à fourrage
Prairies fauchées collinéennes à submontagnardes, mésohygrophiles
6510 6510-4
Pré fauché alluvial (hyper)eutrophe exploité intensivement
Alopecuro pratensis - Holcetum lanati
Alopecurion pratensis
3.0.1.0.3 38.22
Prairies des plaines médio-européennes à fourrage
sans objet
sans objet
sans objet
Tableau 5 : Synthèse des habitats de milieux fauchés
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P r é f a u c h é m é s o p h i l e à m é s o x é r o p h i l e
Ass_phyto Dauco carotae - Arrhenatheretum elatioris Int_Prod Arrhenatherion elatioris Cod_Prod 6.0.1.0.1 Cod_Cor 38.22 Int_Cor Prairies des plaines médio-européennes à fourrage Int_Eur Prairies fauchées collinéennes à submontagnardes, mésohygrophiles Cod_Eur 6510 Cah_Hab 6510-4
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P r é f a u c h é a l l u v i a l h y g r o p h i l e m é s o t r o p h e à e u t r o p h e à
O e n a n t h e i n t e r m é d i a i r e
Ass_phyto Senecioni aquatici -Oenanthetum silaifoliae Int_Prod Bromion racemosi Cod_Prod 3.0.1.0.1 Cod_Cor 37.214 Int_Cor Prairies à Séneçon aquatique Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Ce pré de fauche inondable se caractérise par la présence constante de l’oenanthe intermédiaire
(Oenanthe silaifolia) et d’un lot d’espèces caractéristiques de l’alliance du Bromion racemosi telle que
l’euphorbe ésule (Euphorbia esula subsp. esula), le séneçon aquatique (Senecio gr. aquaticus). Ce
type de pré est surtout présent à l’aval de la zone d’étude (commune de Chivres, Labergement les
Seurre, Seurre) et totalement absent à l’amont de la zone d’étude. Il accueille dans une parcelle une
station de laïche à épis noirs (Carex melanostachya) et dans un secteur quelques stations
cartographiées de fritillaire pintade (Fritillaria meleagris). Ce type de pré de fauche, très riche en
espèces extrêmement rares et menacées, est actuelle ment très menacé par les pratiques
agricoles intensives (fertilisation et désherbants prairiaux) et le retournement. Il nécessiterait
des mesures rapides de protection .
Photo 7 : Prairie à Oenanthe intermédiaire Labergement les
Seurre 05/05/2009 Verte Saint Léger
Photo 8 : Prairie à Oenanthe intermédiaire accueillant des
stations de fritillaires en bordure des fossés de drainage. En arrière-plan extension récente de l’exploitation de carrière
par GSM Bourgogne-franche-Comté (05/05/2009, Labergement les Seurre, entre la
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P r é f a u c h é a l l u v i a l h y g r o p h i l e m é s o t r o p h e à e u t r o p h e à
A i l a n g u l e u x
Ass_phyto Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae Int_Prod Oenanthion fistulosae Cod_Prod 3.0.2.0.1 Cod_Cor 37.23 Int_Cor Prairies subcontinentales à Cnidium Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Ce pré de fauche annonce les prairies de fauche longuement inondables du val de Saône en Saône-
et-Loire. Ce pré est exclusivement sur un petit secteur situé en limite aval de la zone d’étude sur la
commune de Trugny. Il se distingue du pré à Oenanthe intermédiaire par l’absence de cette dernière
et la présence de la gratiole (Gratiola officinalis), l’inule des fleuves (Inula britannica), la laîche à épis
noirs (Carex melanostachya). Ce type de pré de fauche, très riche en espèces extrêm ement rares
et menacées, est actuellement très menacé par les p ratiques agricoles intensives (fertilisation
et désherbants prairiaux) et le retournement. Il né cessiterait des mesures rapides de
protection .
Photo 9 : Pré de fauche à ail anguleux ( Allium angulosum ) et inule des fleuves ( Inula britannica )– Relevé S05 - Commune de Trugny – Octobre 2009
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P r é f a u c h é a l l u v i a l m é s o h y g r o p h i l e m é s o t r o p h e à
e u t r o p h e à C o l c h i q u e
Ass_phyto Colchico autumnalis-Festucetum pratensis Int_Prod Arrhenatherion elatioris Cod_Prod 6.0.1.0.1 Cod_Cor 38.22 Int_Cor Prairies des plaines médio-européennes à fourrage Int_Eur Prairies fauchées collinéennes à submontagnardes, mésohygrophiles Cod_Eur 6510 Cah_Hab 6510-4
Ce poste regroupe un ensemble d’arrhénathéraies mésohygrophiles riches floristiquement,
globalement en bon état de conservation, destinées à la production de fourrages. Cette prairie de
fauche se caractérise par la floraison de fin d’été du colchique des prés et de la succise et par la
floraison printanière de la cardamine et du lychnis fleur de coucou.
Ce pré forme un ensemble très homogène sur la zone d’étude avec la constance des espèces
suivantes :
1) Fond prairial graminéen : Avoine élevée (Arrhenatherum elatius), Vulpin des prés (Alopecurus
pratensis), Fétuque des prés (Festuca pratensis), Brome en grappe (Bromus racemosus)
2) Lot d’espèces des prairies de fauche : Centaurée (Centaurea jacea), salsifis des prés
(Tragopogon pratensis)
3) Un lot d’espèces différentielles de l’association : Colchique des prés (Colchicum autumnalis)
Silaus des prés (Silaum silaus), Succise des prés (Succisa pratensis) petite pimprenelle
(Sanguisorba minor), Caille-lait (Galium verum), Cardamine des prés (Cardamine des prés),
et moins constant et pourtant fréquent le Peucédan à feuilles de carvi (Holandrea carvifolia)
et l’achillée sternutatoire (Achillea ptarmica)
Cet ensemble s’accompagne d’espèces moins fréquentes comme l’inule à feuille de saule (Inula
salicina), le genêt des teinturiers (Genista tinctoria), la luzule champêtre (Luzula campestris), la laîche
tomenteuse (Carex tomentosa) la bétoine officinale (Stachys officinalis) la scorzonère (Scornozera
humilis). Les modalités de gestion en prairie de fauche déterminent l’état de conservation basé sur la
richesse de la composition floristique de la prairie dont les paramètres sont le nombre de fauche
annuelle, la présence ou non d’un pâturage de regain, le degré de fertilisation et l’utilisation possible
d’herbicides sélectifs prairiaux.
A noter une forme de déprise dérivée directement de la prairie de fauche a été classée au sein de ce
poste. Elle forme de beaux « ourlets » à succise des prés notamment dans le secteur de Lamarche
sur Saône et sur de petites parcelles relictuelles au sein de grands ensembles mis en culture. Ce type
de prairie est très original d’un point de vue phyt osociologique de par la présence d’espèces
carctéristiques de l’alliance du Molinion et peu décrit dans la bibliographie.
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Photo 10 : Fauche récente de regain (24/09/2010) dans
une prairie du Colchico-Festucetum à Lamarche sur Saône qui témoigne d’une intensification des pratiques. Au centre
une cariçaie bien exprimée et inondée au printemps se trouve totalement rasée
Photo 11 : Cette petite parcelle en bordure d’un champ cultivé et d’un ensemble prairial pâturé forme un bel «
ourlet » à succise des prés riche floristiquement (Date de la photo : 25/09/2010)
Photo 12 : Floraison autumnale du colchique et de la succise (22/09/2010, Maxilly sur Saône, les Prés du Roi)
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P r é f a u c h é a l l u v i a l ( h y p e r ) e u t r o p h e e x p l o i t é
i n t e n s i v e m e n t
Ass_phyto Dactylo glomeratae - Festucetum arundinaceae Int_Prod Alopecurion pratensis Cod_Prod 3.0.1.0.3 Cod_Cor 38.22 Int_Cor Prairies des plaines médio-européennes à fourrage Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
La fumure azotée des prairies permanentes entraîne la quasi-disparition des dicotylées à fleurs
(Gadoum et al., 2007). Ce type de prairie est directement issu de pratiques intensives à savoir la
fertilisation des prairies « naturelles ». Suite à cette fertilisation, le développement d’un voile d’orties et
de chardons oblige l’exploitant à utiliser les désherbants prairiaux. Ce pré se caractérise donc par
l’absence totale des espèces dicotylées du pré de fauche à Colchique des prés et à Oenanthe
intermédiaire dont il forme un groupement de convergence. Des faciès intermédiaires peuvent
s’observer sur le terrain notamment des prés à Colchique envahis par les chardons. Ces prairies
peuvent avoir fait l’objet d’un retournement de la prairie puis d’un ressemis. La composition des
ensembles floristiques n’est cependant pas assez monospécifique pour classer ces prés dans le poste
« Prairie ressemée récemment ».
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3 . L e s d é p r e s s i o n s p r a i r i a l e s
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes EUR15 Code EUR15
Cahiers habitats
Dépressions prairiales Dépression prairiale à Renoncule à feuilles d'ophioglosse (plutôt fauchée)
Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae
Oenanthion fistulosae
3.0.2.0.1
53.14A
Végétation à Eleocharis palustris
sans objet sans objet
sans objet
Dépression prairiale à Gratiole (plutôt pâturée)
Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae
Oenanthion fistulosae
3.0.2.0.1
53.14A
Végétation à Eleocharis palustris
sans objet sans objet
sans objet
Dépression prairiale à Glycérie
Glycerietum maximae
Phagmition communis
51.0.1.0.1
53.15
Végétation à Glyceria maxima
sans objet sans objet
sans objet
Dépression prairiale à Laîches (Carex acuta)
Caricetum acutae
Magnocaricion elatae
51.0.2.0.1
53.2121
Cariçaies à laïche aigüe sans objet
sans objet
sans objet
Tableau 6 : Synthèse des habitats de dépressions prairiales
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D é p r e s s i o n s p r a i r i a l e s à R e n o n c u l e à f e u i l l e s
d ’ O p h i o g l o s s e ( p l u t ô t f a u c h é )
Ass_phyto Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae Int_Prod Oenanthion fistulosae Cod_Prod 3.0.2.0.1 Cod_Cor 53.14A Int_Cor Végétation à Eleocharis palustris Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Photo 13 : Dépression prairiale dans une prairie de fauche sur la commune des Maillys avec présence de la renoncule à feuilles d’ophioglosse, la stellaire des marais, la gratiole officinale et l’utriculaire citrine.
Ces dépressions prairiales longuement inondées s’observent le plus généralement au milieu de
prairies de fauche et sont d’une très grande richesse patrimoniale avec la présence d’espèces
protégées nationalement comme la renoncule à feuilles d’ophioglosse (Ranunculus ophioglossifolius),
la gratiole officinale (Gratiola officinalis) ou d’espèces menacées au livre rouge comme (Scutellaria
hastifolia), la stellaire des marais (Stellaria palustris), d’espèces rares comme l’utriculaire citrine
(Utricularia australis). Il arrive dans certains cas exceptionnels de retrouver ce groupement en
situation pâturée.
Dans la cartographie, ces dépressions sont rattachées au Gratiolo officinalis – Oenanthetum
fistulosae. Cela englobe le centre de la mare qui d’un point de vue phytosociologique n’est pas
rattaché au Gratiolo –Oenanthetum mais à des groupements des Nasturtietea et Potamogetonetea
pectinati (herbiers aquatiques vivaces).
Ce groupement très patrimonial est très sensible au mode de gestion de la prairie de fauche et justifie
des actions urgentes de protection en effte dans de nombreux cas, ces dépressions prairiales sont
dégradées par l’accumulation des foins ou par la peturbation des sols liée aux engins agricoles qui
entraîne une évolution vers des dépressions prairiales à Laîches (Carex acuta) voir des groupements
plus eutrophes notamment avec la renoncule rampante (Ranunculus repens). Ce phénomène est
clairement observable dans une prairie de fauche sur la commune des Maillys ou deux dépressions
contigües présentent des cortèges floristiques notoirement différents.
���� Gestion
• Eviter la perturbation par les engins agricoles et l’accumulation de résidus de fauchage dans
les dépressions
• Pas d’utilisation de désherbants prairiaux
• Le fonctionnement hydrologique général des systèmes alluviaux et des résurgences de
versants doit être préservé
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D é p r e s s i o n s p r a i r i a l e s à G r a t i o l e ( p l u t ô t p â t u r é )
Ass_phyto Gratiolo officinalis - Oenanthetum fistulosae Int_Prod Oenanthion fistulosae Cod_Prod 3.0.2.0.1 Cod_Cor 53.14A Int_Cor Végétation à Eleocharis palustris Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Les bords de mare prairiales pâturées accueillent souvent des liserés de gratiole officinale (Gratiola
officinalis) même en situation très piétinée. Dans la cartographie, ces dépressions sont rattachées au
Gratiolo officinalis – Oenanthetum fistulosae. Cela englobe le centre de la mare qui d’un point de vue
phytosociologique n’est pas rattaché au Gratiolo –Oenanthetum. En situation pâturée, le cœur des
dépressions prairiales est constitué des espèces suivantes : Glyceria fluitans, Ranunculus peltatus,
Spirodela polyrhiza, Lemna minor, Alisma plantago-aquatica, Rorippa amphibia, Veronica scutellata.
En termes de conservation, ce type de dépression pourrait être potentiellement beaucoup plus riche
en espèces en diminuant le piètinement lié au bétail. Dans ce cadre, des actions de mises en défends
seraient favorables au développement de la richesse floristique.
Photo 14 : Dépression prairiale pâturée à Gratiole officinale (Gratiola officinalis) et arrivée subite d’un troupeau de
jeunes bovins agités ! (Labergement les Auxonne, 1 9/05/2009, les Essarts)
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D é p r e s s i o n s p r a i r i a l e s à G l y c é r i e
Ass_phyto Glycerietum maximae Int_Prod Phagmition communis Cod_Prod 51.0.1.0.1 Cod_Cor 53.15 Int_Cor Végétation à Glyceria maxima Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Le Glycerietum maximae forme une roselière polytrophile qui correspond à un stade de convergence
de diverses roselières ou magnocariçaies sous l'effet de l'eutrophisation (Julve, 1998a). Ces
formations très largement dominées par la glycérie se retrouvent dans des fonds de prairies souvent
en compagnie ponctuellement de l’euphorbe des marais (Euphorbia palustris). Au lieu-dit Maronde sur
la commune de Labergement-les-Seurre, cette formation est largement dominante cependant les
marges extérieures sont occupées par les des groupements très patrimonaiux avec notamment la
seule station observée de scutellaire à feuilles hastées (Scutellaria hastifolia). Ces groupements sont
liés à des fauches épisodiques dans le cadre de la gestion du site.
���� Gestion
• Le fonctionnement hydrologique général des systèmes alluviaux et des résurgences de
versants doit être préservé
Photo 15 : Formation à glycérie aquatique (05/05/2009
Labergement lès Seurre Maronde)
Photo 16 : Fond de prairie fauchée intensivement à glycérie
(06/05/2009, Labergement les Seurre, au nord de Pré Leduc)
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D é p r e s s i o n s p r a i r i a l e s à L a î c h e s ( C a r e x a c u t a )
Ass_phyto Caricetum acutae Int_Prod Magnocaricion elatae Cod_Prod 51.0.2.0.1 Cod_Cor 53.2121 Int_Cor Cariçaies à laïche aigüe Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Cette magnocariçaie est caractéristique des zones alluviales à circulation d'eau horizontale. Elle
s’observe le plus souvent dans des dépressions prairiales de prairies de fauche. Elle se substitue aux
groupements très patrimoniaux de l’Oenanthion aquaticae.
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4 . L e s m i l i e u x d e d é p r i s e p r a i r i a l e
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes
EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
Système irrégulièrement entretenu souvent géré par broyage
Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (périmètre de captage)
Groupement à Reine des prés
Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae
28.0.3.0.1
37.25
Prairies humides de transition à hautes herbes
Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes
6430 6430-1
Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (en système agricole)
Groupement à Reine des prés
Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae
28.0.3.0.1
37.25
Prairies humides de transition à hautes herbes
Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes
6430 6430-1
Formation prairiale évoluant vers la jonchaie avec tendance à l’embroussaillement
Groupement à Jonc diffus
Oenanthion fistulosae
3.0.2.0.1 53.5
Jonchaies hautes
sans objet
sans objet
sans objet
Formation prairiale évoluant vers la friche mésophile à mésoxérophile avec tendance à l’embroussaillement
Groupement à Carotte
Dauco-Melilotion
7.0.2.0.2
38.22
Prairies des plaines médio-européennes à fourrage
sans objet
sans objet
sans objet
Tableau 7 : Synthèse des habitats de déprises prairiales
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F o r m a t i o n p r a i r i a l e é v o l u a n t v e r s l a m é g a p h o r b i a i e
a v e c t e n d a n c e à l ’ e m b r o u s s a i l l e m e n t ( e n s y s t è m e
a g r i c o l e )
Ass_phyto Groupement à Reine des prés Int_Prod Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae Cod_Prod 28.0.3.0.1 Cod_Cor 37.25 Int_Cor Prairies humides de transition à hautes herbes Int_Eur Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes Cod_Eur 6430 Cah_Hab 6430-1
Cette formation forme une friche prairiale dominée par les graminées sociales (Houlque laineuse,
Dactyle aggloméré, Fétuque faux-roseau, Chiendent rampant, Avoine élevée, Vulpin des prés)
accompagné d’espèces de mégaphorbiaies plutôt nitrophile (Liseron des haies, Phalaris faux-roseau)
et de la filipendule. Cette formation s’accompagne d’un faciès d’embroussaillement ligneux avec
l’abondance de la ronce dû très certainement à un mode de gestion par gyrobroyage de fin de saison
estivale. Elles ne servent donc plus à la production de fourrages.
Ces anciennes prairies de fauche sont le plus souvent des prairies déclarées en prairies temporaires
en 2003 de manière à ne pas les exclure d’une possibilité de mise en culture.
���� Gestion
• La gestion par gyrobroyage tardif tend vers une grande banalisation des cortèges floristiques.
• Une gestion en prairie de fauche (une fauche par an avec ramassage non tardive) serait la
plus favorable pour restaurer la richesse des cortèges floristiques
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F o r m a t i o n p r a i r i a l e é v o l u a n t v e r s l a m é g a p h o r b i a i e
a v e c t e n d a n c e à l ’ e m b r o u s s a i l l e m e n t ( p é r i m è t r e d e
c a p t a g e )
Ass_phyto Groupement à Reine des prés Int_Prod Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae Cod_Prod 28.0.3.0.1 Cod_Cor 37.25 Int_Cor Prairies humides de transition à hautes herbes Int_Eur Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes Cod_Eur 6430 Cah_Hab 6430-1
Très identique au poste précédent, cette formation occupe les périmètres de captage d’eau potable.
De faible valeur, d’un point de vue floristique, elle se caractérise par l’abondante floraison de la
filipendule. La filipendule y est accompagnée d’espèces des mégaphorbiaies eutrophes du
Calystegion sepium et d’importants faciès d’embroussaillement. Cet habitat est par contre classé en
habitat communautaire de la Directive.
���� Gestion
• La gestion par gyrobroyage tardif tend vers une grande banalisation des cortèges floristiques.
• Une gestion en prairie de fauche (une fauche par an avec ramassage non tardive) serait la
plus favorable pour restaurer la richesse des cortèges floristiques
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F o r m a t i o n p r a i r i a l e é v o l u a n t v e r s l a j o n c h a i e a v e c
t e n d a n c e à l ’ e m b r o u s s a i l l e m e n t
Ass_phyto Groupement à Jonc diffus Int_Prod Oenanthion fistulosae Cod_Prod 3.0.2.0.1 Cod_Cor 53.5 Int_Cor Jonchaies hautes Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Cette formation marécageuse nettement hygrophile est largement dominée par le jonc diffus (Juncus
effusus) accompagné d’espèces des mégaphorbiaies comme le liseron des haies (Calystegia
sepium), la filipendule (Filipendula ulmaria), la salicaire (Lythrum salicaria), de quelques espèces
prairiales comme le jonc aggloméré (Juncus conglomeratus), le lotier glabre (Lotus corniculatus
subsp. tenuis), la laîche hérissée (Carex hirta), la houlque laineuse (Holcus lanatus). Sont également
présentes des espèces ligneuses comme le frêne, le saule cendré et la ronce, témoin d’une
dynamique d’embroussaillement certainement dûe au mode de gestion par gyrobroyage en fin de
saison estivale. Assez pauvre floristiquement, cette formation présente néammoins un réel intérêt
pour la nidification du râle des genêts. Les plus beaux exemples de cette formation à Joncs se situent
à cet effet dans des parcelles contractualisées pour le râle des genêts sur la commune de Lamarche
sur Saône.
Cette formation se substitue de par son mode de gestion à des groupements très patrimoniaux du
Bromion racemosi et de l’Oenanthion aquaticae.
���� Gestion
Ces formations pourraient être potentiellement beaucoup plus riches floristiquement. Le maintien de la
diversité floristique n’est pas compatible avec une fauche tardive (après la mi-juillet) généralement
préconisée pour respecter l’avifaune nicheuse et l’entomofaune, ni avec le gyrobroyage qui n’assure
pas l’exportation de la matière végétale et contribue à l’évolution de ces milieux vers des friches
herbacées hygrophiles eutrophes embroussaillées (ronces et jeunes frênes).
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F o r m a t i o n p r a i r i a l e é v o l u a n t v e r s l a f r i c h e m é s o p h i l e à
m é s o x é r o p h i l e a v e c t e n d a n c e à l ’ e m b r o u s s a i l l e m e n t
Ass_phyto Groupement à Carotte Int_Prod Dauco-Melilotion Cod_Prod 7.0.2.0.2 Cod_Cor 38.22 Int_Cor Prairies des plaines médio-européennes à fourrage Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Cette formation herbacée mésophile à mésoxérophile se développe sur des sols filtrants le plus
souvent des buttes sableuses au sein de la zone alluviale. Le cortège floristique est constitué par la
carotte (Daucus carota), le séneçon jacobée (Senecio jacobea), la mauve alcée (Malva alcea), le
trèfle des champs (Trifolium arvense), l’onagre bisannuelle (Oenothera biennis) accompagnés par les
graminées sociales.
Sur le territoire de Soissons sur Nacey, au lieu-dit Morseaux, il a été observé une station de persil des
montagnes (Oreoselinum nigrum), espèce rare et protégée typique des pelouses basophiles
sabulicoles.
Photo 17 : Friche herbacée mésophile à Carotte - Le Bois Fressard- Commune de Flammerans -Relevé FL03 - Juillet 2009
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5 . L e s v é g é t a t i o n s h y g r o p h i l e s
Intitulé Association phytosociologique Prodrome
Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes
EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
Végétations hygrophiles
Phragmitaie
Solano dulcamarae -Phragmitetum australis
Phagmition communis
51.0.1.0.1
53.11 Phragmitaie sans
objet sans objet
sans objet
Roselières pionnières (Oenanthion aquaticae)
Groupement à Butome en ombelle
Oenanthion aquaticae
51.0.1.0.2
53.145
Communautés à Jonc fleuri
sans objet
sans objet
sans objet
Mégaphorbiaie mésotrophe à eutrophe
Thalictro flavi - Althaeetum officinalis
Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae
28.0.3.0.1 37.1
Communautés à Reine des prés et communautés associées
Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes
6430 6430-1
Friche vivace mésohygrophile à Ortie et Liseron des haies
Urtico dioicae - Calystegietum sepium
Convolvulion sepium
28.0.1.0.1 37.1
Communautés à Reine des prés et communautés associées
Mégaphorbiaies eutrophes des eaux douces
6430 6430-4
Herbier aquatique vivace à Hottonie des marais
Hottonietum palustris
Ranunculion aquatilis
55.0.1.0.4
22.42
Végétations enracinées immergées
sans objet
sans objet
sans objet
Végétations hygrophiles sans objet sans objet sans objet 37.1
Communautés à Reine des prés et communautés associées
Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes
6430 6430-1
Tableau 8 : Synthèse des habitats de végétaions hygrophiles
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P h r a g m i t a i e
Ass_phyto Solano dulcamarae -Phragmitetum australis Int_Prod Phagmition communis Cod_Prod 51.0.1.0.1 Cod_Cor 53.11 Int_Cor Phragmitaie Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Photo 18 : Phragmitaie en bordure d’une prairie de fauche (Perrigny sur l’Ognon, 10/06/2010, Ile Saint e-Catherine)
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R o s e l i è r e s p i o n n i è r e s ( O e n a n t h i o n a q u a t i c a e )
Ass_phyto Groupement à Butome en ombelle Int_Prod Oenanthion aquaticae Cod_Prod 51.0.1.0.2 Cod_Cor 53.145 Int_Cor Communautés à Jonc fleuri Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Photo 19 : Roselière pionnière ; station d’Oenanthe aquatica
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H e r b i e r a q u a t i q u e v i v a c e à H o t t o n i e d e s m a r a i s
Ass_phyto Hottonietum palustris Int_Prod Ranunculion aquatilis Cod_Prod 55.0.1.0.4 Cod_Cor 22.42 Int_Cor Végétations enracinées immergées Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Cet habitat est présent dans une mare forestière en lisière du bois de Pontailler sur la commune de
Vielverge. L’hottonie y forme un peuplement monospécifique. Le site a été visité en Mai et en
Septembre. En Septembre, l’herbier à Hottonie était complètement asséché. A noter que les rives de
cette mare présente une station de peucedan des marais (Thysselinum palustre).
���� Gestion
Le maintien de la mare forestière dans un bon état est un point important pour la conservation de
l’espèce (pas de comblements par les branchages, pas de remblais).
Photo 20 : Mare à Hottonie (Hottonia palustris) ass échée en lisière du bois de Pontailler sur la commu ne de Vielverge – Septembre 2009
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V é g é t a t i o n s h y g r o p h i l e s i n d i f f é r e n c i é e s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 37.1 Int_Cor Communautés à Reine des prés et communautés associées Int_Eur Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes Cod_Eur 6430 Cah_Hab 6430-1
Ces végétations n’ont pas été prospectées dans le cadre des missions de terrain. Elles résultent donc
de la photointerprétation originelle de l’orthophoto datant de 2006.
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6 . L e s y s t è m e a g r i c o l e
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome
Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes
EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
Système artificialisé agricole Prairie retournée entre 2006 et 2009 sans objet
sans objet
sans objet 82.11
Grandes cultures
sans objet
sans objet
sans objet
Friches agricoles sans objet sans objet
sans objet 82.11 Grandes
cultures sans objet
sans objet
sans objet
Prairie ressemée récemment (Fétuque élevée, Ray-grass) sans objet sans
objet sans objet 81.2
Prairies humides améliorées
sans objet
sans objet
sans objet
Bandes enherbées sans objet sans objet
sans objet 81.2
Prairies humides améliorées
sans objet
sans objet
sans objet
Habitat rural sans objet sans objet
sans objet
86.2 Villages sans objet
sans objet
sans objet
Tableau 9 : Synthèse des habitats agricoles
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P r a i r i e r e t o u r n é e e n t r e 2 0 0 6 e t 2 0 0 9
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 82.11 Int_Cor Grandes cultures Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Photo 21 : Dépressions prairiales relictuelles au s ein d’une prairie retournée entre 2006 et 2009 (06/ 05/2009, Labergement les Seurre, le Moulin du Glu)
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F r i c h e s a g r i c o l e s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 82.11 Int_Cor Grandes cultures Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
P r a i r i e r e s s e m é e r é c e m m e n t ( F é t u q u e é l e v é e , R a y -
g r a s s )
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 81.2 Int_Cor Prairies humides améliorées Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
B a n d e s e n h e r b é e s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 81.2 Int_Cor Prairies humides améliorées Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
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7 . L e s y s t è m e a r t i f i c i a l i s é
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome
Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
Système artificialisé "urbanisé" Zones urbanisées sans objet
sans objet
sans objet 85.4 Espaces internes au centre-ville
sans objet
sans objet
sans objet
Carrières sans objet sans objet
sans objet
84.412 Exploitation de graviers sans
objet sans objet
sans objet
Equipements de loisirs sans objet
sans objet
sans objet 85.4 Espaces internes au centre-ville
sans objet
sans objet
sans objet
Installations sportives sans objet sans
objet sans objet 85.4 Espaces internes au centre-ville sans
objet sans objet
sans objet
Espaces verts
sans objet sans objet
sans objet
85.15 Communautés sub-naturelles des parcs
sans objet
sans objet
sans objet
Emprise TGV sans objet sans
objet sans objet 84.43 Voies de chemins de fer, gares de
triage et autres espaces ouverts sans objet
sans objet
sans objet
Tableau 10 : Synthèse des habitats de milieux artificialisés
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H a b i t a t r u r a l
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 86.2 Int_Cor Villages Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
I n s t a l l a t i o n s s p o r t i v e s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 85.4 Int_Cor Espaces internes au centre-ville Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Z o n e s u r b a n i s é e s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 85.4 Int_Cor Espaces internes au centre-ville Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
E s p a c e s v e r t s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 85.15 Int_Cor Communautés sub-naturelles des parcs Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
C a r r i è r e s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 84.412 Int_Cor Exploitation de graviers Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
E m p r i s e T G V
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 84.43 Int_Cor Voies de chemins de fer, gares de triage et autres espaces ouverts Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
E q u i p e m e n t s d e l o i s i r s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 85.4 Int_Cor Espaces internes au centre-ville Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
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8 . L e s y s t è m e f o r e s t i e r
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome
Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes EUR15 Code EUR15
Cahiers habitats
Système forestier
Boisements
Querco roboris - Ulmetum laevis
Ulmenion minoris
57.0.4.0.1.2
44.42
Forêts fluviales médio-européennes résiduelles
Forêts alluviales à Alnus glutinosa et Fraxinus excelsior
91E0 91E0
Plantation récente de peupliers
sans objet sans objet
sans objet
83.321
Plantations de Peupliers sans objet sans
objet sans objet
Plantation récente de robiniers
sans objet sans objet
sans objet
83.324
Plantations de robiniers sans objet
sans objet
sans objet
Taillis feuillus sans objet sans
objet sans objet
31.81
Fourrés médio-européens sur sol fertile
sans objet sans objet
sans objet
Tableau 11 : Synthèse des habitats forestiers
B o i s e m e n t s
Ass_phyto Querco roboris - Ulmetum laevis Int_Prod Ulmenion minoris Cod_Prod 57.0.4.0.1.2 Cod_Cor 44.42 Int_Cor Forêts fluviales médio-européennes résiduelles Int_Eur Forêts alluviales à Alnus glutinosa et Fraxinus excelsior Cod_Eur 91E0 Cah_Hab 91E0
P l a n t a t i o n r é c e n t e d e
p e u p l i e r s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 83.321 Int_Cor Plantations de Peupliers Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
P l a n t a t i o n r é c e n t e d e
r o b i n i e r s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 83.324 Int_Cor Plantations de robiniers Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
T a i l l i s f e u i l l u s
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 31.81 Int_Cor Fourrés médio-européens sur sol fertile Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
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9 . L e s y s t è m e h y d r o g r a p h i q u e
Intitulé Association phytosociologique
Prodrome Code Prodrome
Code Corine
Corine Biotopes EUR15
Code EUR15
Cahiers habitats
SYSTEME HYDROGRAPHIQUE
Cours d'eau sans objet sans objet sans objet 24.1 Lit de rivière sans objet
sans objet sans objet
Plan d'eau sans objet sans objet sans objet 22.1 Eaux douces sans objet sans
objet sans objet
Fossé enherbé sans objet
Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae
28.0.3.0.1 89.2 Fossés et petits canaux
Ruisseaux et petites rivières eutrophes neutres à basiques x Mégaphorbiaies mésotrophes collinéennes
3260x6430
3260x6430
Cours d'eau ou fossé avec ripisylve
sans objet Ulmenion minoris
57.0.4.0.1.2 44.33
Bois de Frênes et d'Aulnes des rivières à eaux lentes
Ruisseaux et petites rivières eutrophes neutres à basiques x Forêts alluviales à Alnus glutinosa et Fraxinus excelsior
3260x91E0
3260x91E0
Tableau 12 : Synthèse des habitats liés au réseau hydrographique
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C o u r s d ' e a u
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 24.1 Int_Cor Lit de rivière Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
Sur les bords de Saône, de beaux herbiers flottants à nénuphar jaune (Nuphar lutea) sont fréquents et
carctéristiques de la zone d’étude. D’autres espèces ont pu être notées comme le noueux
(Potamogeton nodosus), le potamot à feuilles perfoliées (Potamogeton perfoliatus), la naïade majeure
(Najas marina), la zannichellie (Zannichellia palustris), le petit nénuphar (Hydrocharis morsus-ranae),
la spirodèle à plusieurs racines (Spirodela polyrhiza), le rubanier émergé (Sparganium emersum), le
sagittaire (Sagittaria sagittifolia), la leersie faux-riz (Leersia orizoïdes), le jonc des chaisiers
(Schoenoplectus lacustris), l’acore aromatique (Acorus calamus, RR (30)), le phragmite commun
(Phragmites australis).
Photo 22 : Végétation de bord de Saône à Acore arom atique ( Acorus calamus )
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P l a n d ' e a u
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Sans objet Cod_Prod Sans objet Cod_Cor 22.1 Int_Cor Eaux douces Int_Eur Sans objet Cod_Eur Sans objet Cah_Hab Sans objet
F o s s é e n h e r b é
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Thalictro flavi-Filipendulion ulmariae Cod_Prod 28.0.3.0.1 Cod_Cor 89.2 Int_Cor Fossés et petits canaux Int_Eur Ruisseaux et petites rivières eutrophesneutres à basiques x Mégaphorbiaies mésotrophes Cod_Eur 3260x6430 Cah_Hab 3260x6430
Photo 23 : Fossé enherbé
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C o u r s d ' e a u o u f o s s é a v e c r i p i s y l v e
Ass_phyto Sans objet Int_Prod Ulmenion minoris Cod_Prod 57.0.4.0.1.2 Cod_Cor 44.33 Int_Cor Bois de Frênes et d'Aulnes des rivières à eaux lentes Int_Eur Ruisseaux et petites rivières eutrophesneutres à basiques x Forêts alluviales à Alnus glutinosa Cod_Eur 3260x91E0 Cah_Hab 3260x91E0
Photo 24 : Ancienne noue en cours de remblaiement ( Chivres, 07/05/2009, en limite de zone d’étude comm une d’Ecuelles(71))
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E V A L U A T I O N P A T R I M O N I A L E
1 . H a b i t a t s n a t u r e l s
Intitulé Typicité
Originalité
Intérêt patrimonial
Pré pâturé alluvial eutrophe mésophile à mésoxérophile 1 3 3 Pré pâturé intensémént hygrophile 1 3 3 Pré pâturé hygrophile engorgé à Joncs 2 2 3 Pré pâturé alluvial longuement inondé surpiétiné 1 3 3 Pré fauché mésophile à mésoxérophile 2 3 2 Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Oenanthe intermédiaire 2 2 1 Pré fauché alluvial hygrophile mésotrophe à eutrophe à Ail anguleux 1 1 1 Pré fauché alluvial mésohygrophile mésotrophe à eutrophe à Colchique 1 1 1 Pré fauché alluvial (hyper)eutrophe exploité intensivement 1 3 3 Dépression prairiale à Renoncule à feuilles d'ophioglosse (plutôt fauchée) 2 2 1 Dépression prairiale à Gratiole (plutôt pâturée) 2 2 1 Dépression prairiale à Glycérie 1 3 3 Dépression prairiale à Laîches (Carex acuta) 1 3 3 Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (périmètre de captage) 3 3 3
Formation prairiale évoluant vers la mégaphorbiaie avec tendance à l’embroussaillement (en système agricole) 3 3 3
Formation prairiale évoluant vers la jonchaie avec tendance à l’embroussaillement 3 3 2 Formation prairiale évoluant vers la friche mésophile à mésoxérophile avec tendance à l’embroussaillement 2 3 2
Phragmitaie 1 3 2 Roselières pionnières (Oenanthion aquaticae) 3 2 1 Mégaphorbiaie mésotrophe à eutrophe 1 3 2 Friche vivace mésohygrophile à Ortie et Liseron des haies 1 3 3 Herbier aquatique vivace à Hottonie des marais 1 2 1 Végétations hygrophiles 1 0 0 Prairie retournée entre 2006 et 2009 0 0 0 Friches agricoles 0 0 0 Prairie ressemée récemment (Fétuque élevée, Ray-grass) 0 0 0 Bandes enherbées 0 0 0 Habitat rural 0 0 0 Zones urbanisées 0 0 0 Carrières 0 0 0 Equipements de loisirs 0 0 0 Installations sportives 0 0 0 Espaces verts 0 0 0 Emprise TGV 0 0 0 Boisements 0 0 1 Plantation récente de peupliers 0 0 0 Plantation récente de robiniers 0 0 0 Taillis feuillus 1 3 3 Cours d'eau 1 3 1 Plan d'eau 1 3 1 Fossé enherbé 1 3 1 Cours d'eau ou fossé avec ripisylve 1 3 1
Tableau 13 : hiérarchisation de la valeur patrimoniale des habitats naturels
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2 . E s p è c e s p a t r i m o n i a l e s
2.1. Synthèse
Taxon Nom commun Rar.B Legisl. Allium angulosum Ail anguleux RRR (11) LR2 b Butomus umbellatus Butome en ombelle AR (87) PR Carex melanostachya Laîche à épis noirs RR (24) PN LR2 b Dactylorhiza incarnata Orchis incarnat RR (39) PR Euphorbia palustris Euphorbe des marais R (71) PR Frittilaria meleagris Fritillaire pintade RR (37) Gratiola officinalis Gratiole officinale AR (85) PN2 LR2b Hottonia palustris Hottonie des marais RR (36) PR Inula britannica Inule des fleuves R (35) LR2 b Marsilea quadrifolia Fougère d’eau à 4 feuilles RRR (17) PN1 DH6II DH-IV LR1 Oenanthe silaifolia Oenanthe intermédiaire R (51) PR Oreoselinum nigrum Persil des montagnes R (61) PR Ranunculus ophioglossifolius Renoncule à feuilles d’ophioglosse E (8) PN1 LR2 b Scutellaria hastifolia Scutellaire hastée RR (23) PR LR2 b Senecio paludosus Séneçon des marais R (50) Stellaria palustris Stellaire des marais RRR (20) LR2 b Thysselinum palustre Peucédan des marais RRR (16) PR Utricularia australis Utriculaire citrine R (43)
Tableau 14 : Tableau récapitulatif des espèces patrimoniales observées
Rareté Bourgogne : E : exceptionnel ; RRR : très rare ; RR : très rare R : rare AR : assez rare Législation : PR = Protection régionale. PN1 et 2 = Protection nationale. DH-II et DH-IV = Espèces de la Directive ‘Habitats-Faune-Flore » Livres rouges : LR2 b: : Espèces à surveiller du tome 2 des espèces menacées en France
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2.2. Liste commentée des espèces à valeur patrimoni ale
Rareté Bourgogne : E : exceptionnel ; RRR : très rare ; RR : très rare R : rare AR : assez rare
Législation : PR = Protection régionale. PN1 et 2 = Protection nationale. DH-II et DH-IV = Espèces
de la Directive ‘Habitats-Faune-Flore »
Livres rouges : LR2 b: : Espèces à surveiller du tome 2 des espèces menacées en France
A l l i u m a n g u l o s u m
RRR (11) LR2 b
Cette espèce annonce les prairies de fauche longuement inondables du val de Saône en Saône-et-
Loire. Observée exclusivement sur un petit secteur situé en limite aval de la zone d’étude sur la
commune de Trugny en compagnie de la gratiole (Gratiola officinalis), l’inule des fleuves (Inula
britannica), la laîche à épis noirs (Carex melanostachya). Ce type de prairie, très original en
Bourgogne, est très riche en espèces extrêmement rares et menacées et nécessiterait des mesures
rapides de protection.
B u t o m u s u m b e l l a t u s
AR (87) PR 4 stations
Héliophyte des bords de rivières, de bras-morts et
d’étangs
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C a r e x m e l a n o s t a c h y a
RR (24) LR1 14 stations
Cette espèce est très menacée par la conversion
des prairies hygrophiles en culture. Sur la zone
d’étude, elle est surtout présente dans la partie aval.
Très peu observée en situation de prairie de fauche
(une seule station dans les prairies à Oenanthe
intermédiaire et constante dans la prairie de fauche
à Ail anguleux). Elle se retrouve en habitat
secondaire dans les bandes enherbées accolées à
des prairies et dans les bermes de chemins ruraux
sur la commune de Labergement les Seurre. La
préservation de cette espèce dans le val de Saône
de Côte d’Or doit être considérée comme prioritaire.
D a c t y l o r h i z a i n c a r n a t a
RR (39) PR 1 station Cette espèce typiquement oligotrophe a été
observée en une seule station sur le territoire de
Lamarche sur Saône dans un pré de fauche à
Colchique en compagnie de la scorzonère
(Scorzonera humilis) (de même unique
observation de la zone d’étude) et de la laîche
tomenteuse (Carex tomentosa). La station est
actuellement directement menacée par la
récente intensification des pratiques de fauche
mise en place par l’exploitant (fertilisation,
passage à 2/3 coupes/an et certainement
désherbants prairiaux).
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E u p h o r b i a p a l u s t r i s
R (71) PR 11 stations Le nombre de stations cartographiés ne reflète
pas la fréquence de cette espèce protégée.
L’euphorbe des marais est en effet assez
commune dans le val de Saône notamment les
végétations perturbées et eutrophes des fossés.
Typique des mégaphorbiaies, elle est aussi
présente dans les formations inondées à grande
glycérie.
F r i t i l l a r i a m e l e a g r i s
RR (37) Pref 6 stations
Le commencement des dates de prospection fin-
Avril n’a pas permis d’évaluer précisément
l’abondance de cette espèce typique des prés de
fauche du Senecioni aquatici -Oenanthetum
silaifoliae dont elle forme une sous-association.
Cette espèce a pu être observé en fruit (capsules)
dans les zones les plus basses des prés de fauche
à Oenanthe intermédiaire (souvent à proximité d’un
fossé de drainage) sur le territoire des communes
de Labergement les Seurre et Chivres.
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G r a t i o l a o f f i c i n a l i s
AR (85) PN2 LR2 b 20 stations Les bords de mare prairiales pâturées
accueillent souvent des liserés de gratiole
officinale (Gratiola officinalis) même en situation
très piétinée. L’espèce a de plus été observée
de manière relictuelle dans des prairies de
fauche intensives (à la limite des communes de
Villers-Rotin et Labergement les Auxonne) et
dans les prairies de fauche à Ail anguleux dont
elle est typique. Si cette espèce ne semble pas
menacée, les stations en prairie de fauche sont
d’une très grande valeur patrimoniale.
H o t t o n i a p a l u s t r i s
RR (36) PR 1 station Cette espèce a été observée dans une mare forestière en lisière du bois de Pontailler sur la commune
de Vielverge. Espèce citée comme en régression, elle forme dans la mare un beau groupement
monospécifique. Les photos présentent la station en Mai et la mare asséchée au mois de Septembre.
Le maintien de la mare forestière dans un bon état est un point important pour la conservation de
l’espèce (pas de comblements par les branchages, pas de remblais)
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I n u l a b r i t a n n i c a
R (45) LR2 b 14 stations
Espèce observée dans une bande enherbée d’un
champ de maïs jouxtant une phragmitaie (Pontailler
sur Saöne), dans des dépressions de prairies de
fauche (Lamarche sur Saône) et dans le pré de
fauche à Ail anguleux sur la commune de Trugny. Les
stations typiques de prairies de fauche sont
hautement patrimoniales.
M a r s i l e a q u a d r i f o l i a
RRR (17) PN1 DH-II DH-IV LR1 1 station L’une des deux stations de Marsilea quadrifolia
signalée lors des comités de pilotage a été
prospectée. Elle se trouve sur un bras-mort de la
Saône sur les communes de Lechâtelet et de
Labruyère. Marsilea quadrifolia y forme en
plusieurs stations de belles pelouses amphibies
en compagnie d’espèces d’herbiers
dulcaquicoles flottants (Utricularia australis,
Trapa natans, Potamogeton lucens,
Potamogeton nodosus, Hydrocharis morsus-
ranae, Elodea nutalli, Nuphar lutea, Nymphaea
alba). La noue d’une longueur de 1900 mètres
présente en d’autres endroits des peuplements
denses de Nymphaea alba et Nuphar lutea et
une belle station de Butomus umbellatus.Elle est
enfin bordée d’une ceinture d’hélophytes à Typha
angustifolia avec quelques stations de Scirpus
lacustris.
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O e n a n t h e s i l a i f o l i a
R (51) PR 15 stations
Espèce typique des prairies de fauche
du Bromion racemosi dans la zone
d’étude restant assez fréquente sur le
territoire des communes de Chivres et
Labergement les Seurre. Typique du
Senecioni aquatici -Oenanthetum
silaifoliae, elle peut en être considérée
comme un bon indicateur de l’état de
conservation de ce type de prairie.
O r e o s e l i n u m n i g r u m
R (61) PR 1 station Cette espèce caractéristique des pelouses basophiles sabulicoles a été observée en une seule station
sur la commune de Soissons sur Nacey près du lieu-dit la mare chrétienne.
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R a n u n c u l u s o p h i o g l o s s i f o l i u s
E (8) PN1 LR2 b 6 stations Dans la zone d’étude, cette espèce a toujours été
rencontrée dans les dépressions internes des prairies
de fauche. Cette espèce est très sensible au mode de
gestion, il convient d’éviter la perturbation par les
engins agricoles et l’accumulation de résidus de
fauchage dans les dépressions prairiales.
S c u t e l l a r i a h a s t i f o l i a
RR (23) PR LR2 b 1 station Cette espèce a été observée en une seule
station au lieu-dit Maronde en bordure d’une
glycéraie.
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S e n e c i o p a l u d o s u s
R (50) 4 stations
Cette espèce a surtout été uniquement observée
dans les roselières de noues et bras-mort. Espèce
rare en Bourgogne mais réputée répandue
localement dans le val de Saône, elle est liée au
maintien des annexes hydrauliques. De ce fait, elle
est directement menacée par le comblement des
noues et bras-morts.
S t e l l a r i a p a l u s t r i s
RRR (20) LR2 b 6 stations
Cette espèce est présente au bord des dépressions
prairiales et dans les fossés et rives de bras-mort
liés à ces prairies (notamment sur l’île d’Auxonne
lieu-dit Creux de l’Oiseau en compagnie de la laîche
à épis noirs).
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T h y s s e l i n u m p a l u s t r e
RRR (16) PR 1 station
Cette espèce typique des roselières et cariçaies très
organique a été observée en une seule station sur la
commune de Vielverge dans une mare tourbeuse en
lisière du bois de Pontailler en compagnie de l’hottonie
des marais (Hottonia palustris). En Bourgogne, la
présence de cette espèce en milieu naturel « primaire »
donne une valeur supplémentaire à cette station. Sur la
photo prise à la mi-Septembre, en arrière-plan du
peucédan des marais, se distingue l’herbier asséché à
Hottonie des marais.
U t r i c u l a r i a a u s t r a l i s
R (43) 5 stations
Espèce observée dans les eaux stagnantes des
dépressions prairiales liées aux prairies de fauche et
d’importantes stations dans la noue à Marsilea
quadrifolia sur la commune de Labruyère.
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A u t r e s e s p è c e s o b s e r v é e s
Trapa natans
AR (82)
Cette espèce a été observée à deux reprises dans des bras-morts de la Saône.
Holandrea carvifolia
R (51)
Cette espèce est assez constante des prairies de fauche cartographiées en pré de fauche alluvial à
Colchique. Typique du Colchico-Festucetum pratensis, elle peut en être considéré comme un bon
indicateur de l’état de conservation de ce type de prairie.
Inula salicina
AR (109)
Cette espèce est moyennement constante des prairies de fauche cartographiées en pré de fauche
alluvial à Colchique. Dans la zone d’étude, typique du Colchico-Festucetum pratensis, elle peut en
être considéré comme un bon indicateur de l’état de conservation de ce type de prairie.
Alopecurus rendlei
AR (89) – LR2 b Cette espèce est typique des prairies de fauche du Bromion racemosi. Elle forme un groupement de
recolonisation quasi monospécifique dans d’anciennes prairies mises en culture puis délaissées
(observable sur la commune de Labergement les Seurre).
Serratula tinctoria
R (51)
Dans la zone d’étude, cette espèce se retrouve de manière ponctuelle dans les prairies de fauche à
Oenanthe intermédiaire et constante dans le pré à Ail anguleux. Des populations relictuelles sont
observables dans des prés exploités intensivement.
Potamogeton lucens
R (68)
Observé dans la noue en compagnie de Marsilea quadrifolia sur la commune de Labruyère
Rhinanthus angustifolius subsp. grandiflorus
RR (22)
Une seule station observée dans d’anciennes prairies de fauche ourlifiée à Succise des prés sur le
territoire de Lamarche sur Saône.
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Photo 25 : Dépression prairiale classée dans le Caricetum acutae fauchée récemment le 24/09/2010 au sein d’une prairie de fauche exploitée intensivement (2 fauches mini et plus…) (Lamarche sur Saône)
Photo 26 : Pâturage de regain dans une prairie de fauche exploitée intensivement (24/09/2010, Poncey les Athée, les Grandes Faux)
Photo 27 : Station d’inule à feuille de saule (Inula salicina) dans une prairie du Colchico-Festucetum en voie de dégradation. On remarque sur la photo l’abondance du Cirse des champs (Cirsium arvense) et la floraison au premier plan d’un colchique des prés.(24/
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C O N C L U S I O N
Ce travail de cartographie fournit un état des lieux de référence des habitats naturels pour les milieux
ouverts inondables du val de Saône en Côte d’Or. Il a dans ce cadre pu mettre en évidence le
retournement de 6,82 % de la surface prairiale de l a zone alluviale entre 2006 et 2009 . La « fin de
cycle » de la Politique Agricole Commune mise en place en 2003 explique sans doute cet
emballement de la profession agricole à retourner ces prairies. Selon toute vraisemblance, une bonne
partie des prairies retournées étaient des prairies déclarées en prairie temporaire en 2003. Ces
prairies sont considérées comme permanente à partir de 2009 si elles n’ont pas été retournées.
Le milieu le plus caractéristique de la zone d’étude est la prairie de fauche à Colchique des prés
rattachée au Colchico-Festucetum pratensis dont l’originalité sur la zone d’étude est la présence
constante de la succise des prés (Succisa pratensis), du silaus des prés (Silaum silaus) accompagné
d’espèces typiques des milieux oligotrophes basophiles proche de l’alliance phytosociologique du
Molinion tel que l’inule à feuilles de saule (Inula salicina) ou encore le genêt des teinturiers (Genista
tinctoria) et exceptionnellement de la scorzonère (Scorzonera humilis) et l’orchis incarnat
(Dactylorhiza incarnata). Il est dans ce cadre important de signaler la présence de prairies de fauche
tout à fait exceptionnelles de par leur ensemble floristique sur la commune de Lamarche sur Saône
liée à une gestion traditionnelle sans intrants chimiques. La proximité immédiate sans clôture de
prairies gérées intensivement très pauvres floristiquement souligne l’importance des modes de
gestion dans la conservation d’ensembles floristiques riches.
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B I B L I O G R A P H I E
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biodiversité, UMS 2699 Inventaire et suivi de la biodiversité. 149 pp. (Document téléchargeable sur le
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Sciences et Techniques de Franche-Comté, Besançon, 218 p.
TRIVAUDEY, MJ , 1995, Contribution à l’étude phytosociologique des prairies alluviales de l’Est de la
France (Vallée de la Saône, de la Seille, de l’Ognon, de la Lanterne et du Breuchin) – Approche
systémique (Tome 2 : Tableaux), Thèse du Laboratoire de Chrono-Ecologie, UFR de l’Université des
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A N N E X E S
1 . D é f i n i t i o n d e s p r a i r i e s p e r m a n e n t e s / t e m p o r a i r e s a u s e n s d e l a P o l i t i q u e A g r i c o l e C o m m u n e
Extrait des notices des chambres d’agriculture http://www.cra-normandie.fr/aides/aides3.htm
La surface fourragère est composée des surfaces destinées à l’alimentation des animaux de janvier à fin juillet. La définition réglementaire des prairies permanentes (ou "pâturages" permanents) : terres hors rotation, consacrées à la production d’herbages (ensemencés ou naturels) sur une base permanente (tout au moins sur une période de cinq ans ou plus). Toute parcelle occupée par une prairie au cours de 5 campagnes devient donc une prairie permanente en 6ème campagne. Les prairies temporaires âgées de plus de 5 ans restent cependant éligibles aux aides couplées aux surfaces si elles ont été déclarées en prairie temporaire ou culture arable en 2003 (même non primée). Une prairie qui est labourée et ressemée dans l’année conserve son caractère permanent : il y a continuité de culture herbacée. Attention : sur le RPG et le formulaire surface 2 jaune 2009, une parcelle en prairie temporaire au cours des campagnes 2004 à 2008 incluses, doit être déclarée en "prairie temporaire de plus de 5 ans " et non en prairie permanente.
Surface retenue pour la prime herbagère agri-enviro nnementale
Les surfaces fourragères prises en compte sont les prairies, les estives dont le producteur est l'utilisateur unique, ainsi que les surfaces de cultures fourragères annuelles hors céréales et oléagineux (ex : betteraves fourragères…). Les surfaces utilisées par les chevaux, ânes, cervidés sont comptabilisées. Sont donc exclues les céréales qui sont auto-consommées (maïs ensilage, blé, …).
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2 . S y n s y s t è m e p h y t o s o c i o l o g i q u e d e l a t h è s e M J T R I V A U D E Y
Intitulé Trivaudey Nom syntaxon Auteurs Intitulé Julve Alliance
Mégaphorbiaie nitrophile Urtico dioicae - Calystegietum sepium Görs & Müller 1969
Mégaphorbiaie hypereutrophisée Calystegion sepium
Mégaphorbiaie planitiaire calcicole Thalictro flavi - Althaeetum officinalis (René Molinier &
Tallon 1950) de Foucault 1984 mégaphorbiaie basophile, thermophile, méditerranéo-atlantique
[océanique] Stachyo palustris - Cirsion oleracei
Prairie de fauche alluviale calcicole Senecioni aquatici - Oenanthetum silaifoliae Bournérias &
Géhu in Bournérias, Delpech, Dorigny, Géhu, Lecointe, Maucorps, Provost, Solau, Tombal & Wattez
1978 prairie hygrophile mixte, subatlantique, mésotherme, basophile
Sous-association à Fritillaire
Sous-association à Oenanthe silaïfolia
Sous-association à Carex disticha
Sous-association à Galium verum
Sous-association à Scorzonère
Pré calcicole inondable Hordeo secalini - Lolietum perennis (Allorge 1922) de Foucault
1984 prairie hygrophile, pâturée extensivement ou mixte, basophile, atlantique mésotherme
Alopecurion rendlei
Agropyraie fraîche Euphorbio esulae - Elytrigietum repentis Didier & Royer in Royer,
Felzines, Misset & Thévenin 2006 Bromion racemosi
Groupement à Alopecurus rendlei
Prairie de fauche longuement inondable de grande va llée Gratiolo officinalis - Oenanthetum
fistulosae de Foucault 1984 prairie hydrophile fauchée, thermoatlantique
Sous-association oenanthetosum silaifoliae (niveau topographique supérieur)
Sous-association typicum (niveau topographique moyen)
Sous-association alismetosum plantago-aquaticae (niveau inférieur)
Sous-association menthetosum pulegii (piétinement)
Sous-association stellarietosum palustris (mésoacidiphile)
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Groupement piétiné thermophile à Mentha pulegium Plantagini majoris - Menthetum pulegii de
Foucault 1984 prairie hydrophile surpiétinée, thermoatlantique Mentho pulegii - Plantaginion majoris
subsp. intermediae
Groupement piétiné longuement inondable à Vulpin ge nouillé Rumici crispi - Alopecuretum
geniculati Tüxen (1937) 1950 prairie hydrophile surpiétinée, subatlantique Rorippion
sylvestris
Arrhénathéraie alluviale à Colchique Colchico autumnalis - Festucetum pratensis J. Duvigneaud
1958 em. Didier & Royer 1989 prairie fauchée mésohygrophile lorraine Arrhenatherion elatioris
Sous-association stachietosum officinalis (mésotrophe acidicline)
Sous-association heracleetosum sphondylii (eutrophe)
Sous-association typicum
Prairie de fauche eutrophisée [Heracleo sphondylii-Brometum mollis de Foucault 1989] Alopecuro
pratensis - Arrhenatheretum elatioris (Tüxen 1937) Julve 1994 Arrhenatherion elatioris
[Colchico-Arrhenatherenion]
Pré eutrophe à Ivraie vivace Lolio perennis - Cynosuretum cristati (Braun-Blanquet & de Leeuw
1936) Tüxen 1937 Prairie mésohydrique pâturée eutrophile Rumici crispi - Cynosurion
cristati
Sous-association à Renoncule bulbeuse (mésoxérophile)
Sous-association à Renoncule rampante (typicum)
Groupement surpiétiné mésophile Lolio perennis - Plantaginetum majoris Beger 1930
Roselières et cariçaies
Formation à Glycérie Glycerietum maximae (Nowinski 1930) Hueck 1931 roselière polytrophile
(convergence de diverses roselières ou magnocariçaies sous l'effet de l'eutrophisation) Phragmition
australis
Cariçaie à Carex acuta Caricetum acutae (Graebner & Hueck 1931) Tüxen 1937
magnocariçaie de zone alluviale à circulation d'eau horizontale, centroeuropéenne
Caricion acutae
Groupement de l’Oenanthion aquaticae
Phragmitaie eutrophe Solano dulcamarae - Phragmitetum australis (Krausch 1965) Succow 1974
ex Krisch 1974 magnoroselière terminale, eutrophile
Formation à Iris Irido pseudacori - Phalaridetum arundinaceae Julve 1994
magnoroselière de bords d'étangs et de mares Phragmition australis
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G L O S S A I R E
Accommodat : forme non héréditaire que présente un individu d’une espèce donnée en adaptation à des conditions écologiques spéciales (ex. : accommodat prostré, aquatique). Acidiphile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal croissant préférentiellement en conditions stationnelles acides (sols et eaux) ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Acidicline : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal croissant préférentiellement en conditions stationnelles assez acides (sols et eaux) ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes Adventice : plante étrangère à la flore indigène, persistant temporairement dans des milieux soumis à l'influence humaine, en particulier dans les cultures. Alliance phytosociologique : niveau de la taxonomie phytosociologique regroupant des unités de base (= associations végétales) apparentées par leur composition floristique ; les noms des alliances ont une désinence en ion (ex. : Molinion). Anisoptère : sous-ordre des Odonates définissant les « libellules » caractérisées par des ailes étendues à plat, non pétiolées et inégales, des yeux souvent contigus, un vol rapide et des larves trapues surtout fouisseuses, sans branchies (chambre respiratoire rectale). Annuelle (plante / espèce) : plante dont la totalité du cycle de végétation dure moins d'un an et qui est donc invisible une partie de l'année. Anthropique / Anthropophile : lié à l’homme et ses activités. Avifaune : ensemble des espèces d'oiseaux dans un espace donné.
Bas-marais : les bas-marais, parfois aussi appelés "tourbières basses" sont liés à la présence d’une nappe affleurante et de tourbe. L’inondation n’y est généralement pas permanente et les couches superficielles du sol s’assèchent en période estivale, permettant ainsi la minéralisation d’une partie de la matière organique. La végétation des bas-marais est dominée par les joncs et les laîches, mais varie fortement en fonction de la richesse en éléments nutritifs de l’eau qui les alimente. On distingue ainsi les bas-marais acides des bas-marais alcalins, qui se développent sur des substrats riches en bases. Basophile : plante ou groupement végétal de sol basique. Batrachofaune : ensemble des espèces d’amphibiens dans un espace donné. Biocénose : ensemble des organismes vivants occupant un biotope donné ; une biocénose et son biotope constituent un écosystème. Biogéographie : étude de la répartition géographique des espèces vivantes. Biotope : site susceptible d’accueillir la vie et défini par un ensemble théorique de facteurs (pédologiques, climatiques, physico-chimiques…). Bisannuelle : plante dont le cycle de végétation complet s'étale sur deux années ; la floraison intervient la deuxième année. Branchiopode : sous-classe de crustacés primitifs possédant sur le tronc des appendices aplatis, leurs branchies.
Calcaricole : qui se rencontre exclusivement sur des sols riches en calcaire, par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Calcicole / calciphile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal qui se rencontre préférentiellement sur des sols riches en calcium ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Calcifuge : qui évite normalement les sols riches en calcium. Caractéristique (espèce) : espèce dont la fréquence est significativement plus élevée dans un groupement végétal déterminé que dans tous les autres groupements. Cariçaie : formation végétale dominée par les laîches (Carex). Chaméphyte : type biologique qui comprend les plantes dont les organes de survie sont situés entre 5 et 50cm au-dessus du sol, ordinairement ligneux (Hélianthème, Callune…). Chasmophyte : plante capable de coloniser les anfractuosités de rochers (Orpin hirsute, Amélanchier…). Climax (adj : climacique) : stade d’équilibre et de maturité théorique d’un écosystème évoluant spontanément ; le climax est fonction des facteurs physiques, essentiellement du climat et du sol. -cline : suffixe signifiant "qui préfère légèrement". Coléoptères : ordre d’insectes caractérisé par des ailes antérieures transformées en élytres, des ailes postérieures (quand elles existent), membraneuses et repliées au repos sous les élytres, des pièces buccales broyeuses Commensale des cultures (espèce) : se dit d’une espèce (indigène, archéophyte ou naturalisée) qui croît dans les cultures et calque sa phénologie sur celle de la plante cultivée. Compagne (espèce) : espèce fréquente dans un groupement végétal donné, bien que non caractéristique. Cortège floristique : ensemble des espèces végétales d'une station. Cryophobe : se dit d’une espèce intolérante au froid.
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Dégradation (faciès de) : aspect déstructuré et appauvri d’un habitat consécutif à des facteurs d’influence négatifs (exploitation abusive, eutrophisation, pollution, etc...). Dystrophe : se dit d’eaux peu profondes riches en matières humiques brunes en suspension, avec accumulation de tourbe.
Ecologie (d'une espèce) : rapports d'une espèce avec son milieu ; ensemble des conditions préférentielles de ce milieu dans lequel se rencontre cette espèce. Ecosystème : Système où des organismes vivants interagissent avec leur environnement physique ; le concept est opérationnel à des échelles très variables. Ecotone : zone de transition et de contact entre deux écosystèmes voisins, telle que la lisière d'une forêt ou une roselière. Ecotype : à l'intérieur d'une espèce, ensemble de populations différenciées par la sélection naturelle exercée par un ou plusieurs facteurs écologiques. Edaphique : qualifie ce qui est relatif au substrat (sol). Endémique : habitat ou espèce qui ne se rencontre qu’à l’échelle d’une zone bien définie, parfois très restreinte (micro-endémique). Entomofaune : insectes. Erratisme : caractérise les déplacements aléatoires des individus immatures, chez les vertébrés. Euryèce : se dit d’une espèce peu spécialisée par exemple dans ses choix alimentaires, les territoires qu’elle occupe, ses exigences pour nicher ou élever ses petits, etc. En d’autres termes, on pourrait dire qu’une espèce euryèce possède une niche écologique étendue. Eutrophe : riche en éléments nutritifs permettant une forte activité biologique.
Faciès : aspect d’un habitat, donné sous l’angle de sa typicité. Floricole : se dit des animaux (notamment des Insectes) qui vivent aux dépens des fleurs, exploitant leur nectar ou leur pollen. Sont floricoles la plupart des Papillons, l'Abeille domestique, les Bourdons, les imagos des Hyménoptères et des Diptères parasitoïdes. Formation végétale : végétation de physionomie relativement homogène due à la dominance d’une ou plusieurs formes biologiques. Fourré : jeune peuplement forestier composé de brins de moins de 2,50m, dense et difficilement pénétrable. Friche : formation se développant spontanément sur un terrain abandonné. Friche post-culturale : friche se développant sur un terrain antérieurement cultivé. Fruticée : formation végétale dominée par les arbustes et arbrisseaux caducifoliés.
Géométridés : famille de papillons « nocturnes » regroupant les phalènes ; leurs chenilles sont connues sous le nom « d’Arpenteuses ». Géophyte : forme biologique regroupant les plantes dont les bourgeons hivernaux sont enfouis dans le sol ; à bulbe (Muscari…) ; à rhizome (Prêle…). Gley : type de sol présentant un engorgement permanent d'un de ses horizons ; l'ambiance réductrice (pauvre en oxygène) induit une coloration grisâtre à bleu verdâtre, caractéristique du fer réduit. Glycériaie : roselière dominée par la Grande Glycérie. Groupement végétal : ensemble des espèces croissant dans un habitat défini et homogène (correspond généralement au niveau de l’alliance).
Habitat : partie de l'environnement définie par un ensemble de facteurs physiques et biologiques, et dans laquelle vit et se reproduit une espèce ou un groupe d'espèces. Halophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal qui croît exclusivement ou préférentiellement sur des sols contenant des chlorures, en particulier le sel (NaCl). Halophyte : plante croissant exclusivement sur des sols contenant des chlorures, en particulier le sel (NaCl). Héliophile : se dit d'une plante exigeant un fort ensoleillement pour se développer ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Hélophyte : forme biologique des plantes croissant enracinées dans la vase, dont les bourgeons hivernants passent la mauvaise saison submergés, mais dont les parties supérieures sont aériennes. Hémicryptophyte : forme biologique comprenant les plantes dont les bourgeons hivernants sont situés au niveau du sol ; on distingue trois types : à bourgeons nus ; cespiteux (touffes) ; à rosette (feuilles basales). Hémi-sciaphile : de demi-ombre. Herpétofaune : regroupe l’ensemble des espèces de de reptiles, Hétérocères : distinction non taxonomique des papillons ; les hétérocères (ou papillons de nuit) ont diverses sortes d'antennes tactiles : en forme de plume, de brosse, etc. Ils replient leurs ailes en recouvrant leur corps ou en les étalant horizontalement
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Humus brut : matière organique provenant de la décomposition de débris végétaux s'accumulant à la surface du sol en se mélangeant peu avec les particules minérales (il est en général acide : mor / moder). Humus doux : matière organique se mélangeant rapidement à la partie minérale, formant une structure typique en grumeaux il est en général calcique : mull). Hydro- : préfixe signifiant "relatif à l'eau". Hydrogéologie : branche de l'hydrologie spécialisée dans l'étude des eaux souterraines. Hydrologie : étude scientifique des eaux naturelles (nature, formation, propriétés physico-chimiques). Hydromorphe (sol) : sol subissant un engorgement temporaire ou permanent. Hydrophyte : forme biologique comprenant les plantes aquatiques (organes végétatifs constamment sous l’eau) : Potamots, Cératophylles... Hygro- : préfixe signifiant "relatif à l'humidité". Hygrophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal ayant besoin de fortes quantités d'eau tout au long de son développement ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes.
Indicatrice : se dit d’une espèce dont la présence, à l’état spontané, renseigne sur certains caractères écologiques de son environnement. Indigène : se dit d’une espèce qui croît spontanément dans un territoire donné (≠ introduite ou cultivée). Infraspécifique : relatif à un niveau de la classification inférieur à celui de l'espèce (sous-espèce, forme, variété...). Introduite : espèce apportée volontairement ou non par l'homme et n'appartenant pas à la flore spontanée du territoire considéré.
Layon : chemin herbeux tracé dans un boisement. Lande : formation végétale caractérisée par la dominance de sous-arbrisseaux chaméphytiques de quelques décimètres de hauteur. Lépidoptères : ordre d'insectes caractérisés par la possession d'une trompe en spirale et de quatre ailes plus ou moins écailleuses. Cet ordre comprend les papillons. Lessivé (sol) : sol dont l'argile libre ainsi que les minéraux associés et le fer ont été entraînés par l'eau vers le bas. Liane : plante vivace grimpante développant une longue tige lignifiée et souple qui prend appui sur un support végétal ou non (ex : Clématite).
Magnocariçaie : formation végétale de milieu humide dominée par de grandes laîches (Carex). Manteau (forestier) : formation arbustive faisant transition entre la lisière forestière et les milieux ouverts adjacents. Marcescent : se dit de feuilles persistant à l'état desséché sur la plante (jeunes charmes, chênes ou hêtres en hiver). Mégaphorbiaie : formation végétale luxuriante de hautes herbes, le plus souvent rivulaire, se développant sur des sols humides et riches en nutriments. Méso-eutrophe : niveau trophique intermédiaire entre mésotrophe et eutrophe. Mésofaune : désigne les espèces de taille moyenne (terme utilisé pour les mammifères). Mésohygrophile : plante ou groupement végétal des lieux moyennement à très humides. Mésophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal croissant préférentiellement en conditions édaphiques et climatiques moyennes ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Mésotrophe : moyennement riche en éléments nutritifs, modérément acide et induisant une activité biologique moyenne Mésoxérophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal croissant en conditions à tendance sèche, se dit de ces conditions elles-mêmes. Messicole : espèce végétale généralement annuelle vivant en adventice dans les champs de céréales. Mustélidés : famille de mammifères carnivores, de petite taille, au corps étroit et allongé, (Belette, Blaireau, Fouine, Hermine, Loutre…).
Nanophanérophyte : phanérophyte de moins de 2 m de hauteur. Naturalisée (espèce) : espèce étrangère à un territoire, introduite fortuitement ou non et en capacité de s’y maintenir, de s’y reproduire, de s’y étendre et ce, de façon autonome et durable (Erable sycomore, Vergerette du Canada, Lentille d’eau minuscule…). Neutrocline se dit d'une plante ou d'un groupement végétal croissant préférentiellement dans des milieux de pH proches de la neutralité (Mercuriale pérenne, Silène enflé…) ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Neutrophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal qui affectionne particulièrement les milieux neutres ou proches de la neutralité (Actée en épi, Aspérule odorante, Renoncule âcre…) ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Nitrophile / Nitratophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal croissant sur des sols riches en composés azotés (Grande ortie, Gaillet gratteron…) ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes. Nymphalidés : famille de papillons « diurnes » regroupant les Vanesses, Nacrés et Damiers.
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Oligomésotrophe : niveau trophique intermédiaire entre oligotrophe et mésotrophe (richesse en nutriments peu élevée). Oligotrophe : très pauvre en éléments nutritifs et ne permettant qu'une activité biologique réduite. Orophile : littéralement : "qui aime la montagne" ; qualifie une espèce à répartition principalement montagnarde. Orthoptère : insecte broyeur à élytre mou dont les ailes postérieures sont membraneuses et pliées (Criquets, Sauterelles…). Ourlet (forestier) : végétation herbacée et sous-frutescente développant sur les zones de contact des lisières forestières des milieux ouverts herbacés. Ourlifiée : qualifie une pelouse (ou une prairie) en voie d’évolution vers un ourlet (densification de la végétation et apparition d’espèces liées aux lisières et fruticées).
Paléarctique : empire biogéographique comprenant toute l’Europe, les régions arctiques, boréales et tempérées d’Asie au nord de l’Himalaya, l’Afrique du Nord jusqu’au Sahara au sud, une partie de la péninsule Arabique, et le sud de l’Asie jusqu’au Pakistan, à l’Himalaya et à la Chine centrale. Paludicole : désigne ce qui habite les marais, les terrains marécageux. Pelouse : formation herbacée basse, dominée par les graminées. Les pelouses se distinguent des prairies par un niveau trophique moindre et un sol moins profond. Phalaridaie : roselière dominée par la Baldingère (Phalaris arundinacea). Phanérophyte : plantes ligneuses dont les bourgeons de renouvellement sont portés à plus de 50 cm de hauteur. Phénologie : état de végétation d’une plante à une période donnée. -phile : suffixe signifiant "qui aime", "favorisé par". Photophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal qui recherche la lumière mais pas obligatoirement l'éclairement solaire direct. Phragmitaie : roselière dominée par le Roseau à commun (Phragmites australis). Phytocénose : ensemble des végétaux de physionomie homogène et qui colonisent un même milieu. Syn. : communauté végétale, groupement végétal. Phytoécologie : science de la botanique qui étudie la végétation sous l’aspect écologique et descriptif afin de caractériser sa structure et son organisation au niveau de groupements végétaux. Phytosociologie : science de la botanique qui étudie la végétation sous l’aspect écologique et statistique afin de caractériser sa structure et son organisation jusqu’au niveau de sous-associations. Piéridés : famille de papillons « diurnes » regroupant les Piérides et les Coliades. Pionnier(ère) : relatif à une espèce ou à un groupement apte à coloniser des terrains nus et participant donc aux stades initiaux d’une série dynamique. Piquetée : se dit d’une pelouse (ou d’une prairie) dans laquelle s’installe spontanément de jeunes ligneux. Planitiaire : étage de végétation positionné à une altitude inférieure à 300 mètres dans la zone eurosibérienne et correspondant à celui des forêts caducifoliées mélangées (chênes pédonculé, rouvre et pubescent, charme, frêne, hêtre...). Podzol : sols formés sous l'influence d'un humus brut de type mor sur des roches-mères sableuses drainantes. Prairie : formation végétale herbacée, fermée et dense, sur sol relativement profond, dominée par les graminées et faisant l'objet d'une gestion par fauche et / ou pâturage. Pré-bois : formation végétale constituée d'une mosaïque d'éléments forestiers, prairiaux, d'ourlets et de manteaux (sous-bois de la Chênaie pubescente). Psammocline : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal poussant sur un sol un peu sableux. Psammophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal poussant sur un sol sableux.
Relictuelle : espèce ou végétation antérieurement plus répandue, n’ayant persisté que très localement suite à la disparition progressive de ses conditions écologiques optimales. Rhopalocères : distinction non taxonomique des papillons ; les rhopalocères (ou papillons de jour) ont de minces antennes tactiles à l'extrémité épaissie. À quelques exceptions près, ils replient leurs ailes perpendiculairement à leur corps Roselière : peuplement dense de grands hélophytes. Rudéral : se dit d'une espèce ou d'une végétation caractéristique de terrains fortement transformés par les activités humaines (décombres, délaissés urbains, zones de grande culture...).
Sabulicole : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal poussant exclusivement sur sables. Saproxylique : se dit d’une espèce qui dépend de la décomposition du bois pour au moins une étape de son cycle de développement. Saproxylophage : se dit d’une espèce qui se nourrit de bois en décomposition. Saxicline : plante liée à un sol rocheux. Saxicole : plante de rochers, falaises ou éboulis. Scarification : action de griffer le sol pour en racler la couche superficielle (strate muscinale ou lichénique). Sciaphile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal recherchant un ombrage important (Parisette, Néottie, Gaillet odorant…). Sous-arbrisseau : arbrisseau de taille inférieure à 0,5 m (Bruyère, Myrtille...). Spontané : qui croît à l'état sauvage dans le territoire considéré.
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Station : site où croît une plante donnée. Sténoèce : se dit d’une espèce très spécialisée, autrement dit dont la niche écologique est étroite. Sténotope : se dit d’une espèce peu apte à supporter des variations inhabituelles de son milieu. Généralement, ces espèces ont une aire de répartition étroite ou bien sont très localisées dans une aire plus vaste Sub- : préfixe signifiant « presque ». Subspontané : plante cultivée, échappée des jardins ou des cultures, croissant spontanément, mais sans propagation.
Taxon : unité quelconque de la classification des organismes vivants. Taxonomie : science ayant pour objet la classification des organismes ou des phytocénoses (syn. : systématique). Thermophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal qui croît en situation chaude. Thérophyte : forme biologique des plantes passant la mauvaise saison à l’état de graine (Lin purgatif, Coquelicot, Spergule des champs…). Touradon : grosse touffe formée de l'accumulation des restes des feuilles basales de certaines Cypéracées (Laîche, Choin) ou Graminées (Molinie, Calamagrostide). Turficole : qui vit en milieu tourbeux (Linaigrette, Fougère des marais…).
Ubiquiste : se dit d’une espèce pouvant se rencontrer dans la plupart des habitats du fait de sa plasticité écologique.
Valence : la valence écologique se définit comme la possibilité pour une espèce végétale ou animale de coloniser des milieux différents. Vivace : plante dont le cycle de végétation dure plus de deux années.
Xérophile : se dit d'une plante ou d'un groupement végétal adapté aux conditions sèches ; par extension, se dit de ces conditions elles-mêmes.
Zygoptère : sous-ordre des Odonates définissant les « demoiselles » caractérisées par des ailes pétiolées à peu près égales et repliées au repos (sauf chez les Lestidae qui les gardent étalées), des yeux non contigus, des larves élancées, grêles, surtout nageuses, à branchies terminales lamelleuses.
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