raizes do brasil de sergio buarque de holanda disciplina – teoria sociológica ii para cso –...

11
RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Upload: internet

Post on 22-Apr-2015

102 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

RAIZES DO BRASILDE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA

Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC

2011/2

Prof. Juliana Grigoli

Page 2: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Quem é o autor de Raízes do Brasil?

SERGIO BUARQUE DE HOLANDA. Nasceu em 1902 e faleceu em 1982. Lecionou em várias escolas superiores, tornou-

se catedrático em 1956, na USP. Lecionando – História da Civilização Brasileira.

É autor: Cobra de Vidro, Caminhos e Fronteiras, Visão

do Paraíso, Livro dos Prefácios e O espírito e a Letra.

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 3: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Raízes do Brasil:

Segue a tradição do movimento modernista que tinha como objetivos:

Projetar, redescobrir e re-conhecer o país. Primeira edição – 1936. Holanda se firma como – historiador cultural e crítico

literário. Se contrapôs ao racismo científico – que imputava

todo o fracasso brasileiro à miscigenação – índio e o negro.

A obra é considerada por muitos intelectuais como: “uma rosa concisa e despretenciosa, elegante e

fluente, plástica na análise conceitual e historiográfica, nada regionalista nas conclusões, e até internacional na amplitude dos temas.

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 4: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Ao lado de outras grandes obras da época, Raízes reflete os esforços reflexivos de uma geração de intelectuais brasileiros.

Ao mesmo tempo apresenta marcas pessoais do autor, sem perder de vista a objetividade do debate.

Entendendo o HOMEM CORDIAL como exacerbação do afeto – tanto para a formação de laços comunitários quanto para sua ruptura violenta.

A obra pontual algumas das mazelas de nossa vida social, política e afetiva...

Dentre elas – a nossa dificuldade de separar – espaço público do espaço privado.

O retorno aos ensinamentos de Raízes do Brasil tem a ver com a contemporaneidade de seu método.

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 5: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Os processos sociais e econômicos devem ser vistos, antes de mais nada, como fenômenos da cultura, articulados a modos coletivos de pensar, imaginar, sentir e atuar.

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 6: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

TEORIA SOCIOLÓGICA II

O que é falar do passado? História? Não é falar de si!!!! “é falar dos que participaram de uma certa ordem

de interesses e de visão de mundo, no momento particular do tempo que se deseja evocar”. (p.09)

Clássicos da literatura política no Brasil: Casa Grande e Senzala – Gilberto Freire Raízes do Brasil – Holanda Formação do Brasil Contemporâneo – Caio Prado

Junior. Radicalismo intelectual e análise social pós

revolução de 30 que não foram abafadas pelo Estado Novo.

Page 7: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Contraposição a produção de Oliveira Viana – vontade de adaptar o real a desígnos convencionais.

Segundo Antonio Candido:

Raízes do Brasil é constituído:

Metodologia dos contrários – que contribui para a problematização e complexificação sobre – quem é o latino-americano?

Constitui o debate a partir da exploração de conceitos polares.

Jogo dialético entre ambos.

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 8: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

A visão de detrminado aspevto é obtida a partir: Enfoque simultâneo dos dois. Um suscita o outro e ambos se interpenetram. Resultado – esclarecimento dos fatos.

Para isso, Holanda mobiliza:

Critério tipológico de Weber. Modifica o esquema porque mobiliza pares de

tipos e não pluralidade de tipos. Trata os tipos de maneira dinâmica – ressaltando

a sua interação no processo histórico. Opta por uma análise mais compreensiva.

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 9: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Mas não deixa de perceber as contradições do sistema analisado.

Com esse instrumento Holanda analisa os fundamentos do nosso destino histórico – nossas raízes.

Responde a uma questão central: BRASIL E A MODERNIDADE. Como nascem as estruturas políticas

características da modernidade no Brasil e na América Latina?

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 10: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

De que forma a cultura ibérica somada a cultura da corte portuguesa e a outras culturas presentes na história do Brasil constituíram e formaram uma cultura típica brasileira?

Como esses traços culturais estão presentes e inseridos nas estruturas sociais que compõem a sociedade brasileira?

Como ocorreu: A transformação social - homem aventureiro –

desbravador e explorador dos bens naturais, a condição de homem moderno – trabalhador assalariado, que produz a partir de uma nova lógica de produção, de relação, de hierarquia social?

As mudanças em termos estruturais de família patriarcal para família moderna?

TEORIA SOCIOLÓGICA II

Page 11: RAIZES DO BRASIL DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO – UFSC 2011/2 Prof. Juliana Grigoli

Com isso conseguimos compreender: A passagem de uma sociedade rural, nuclear

– centrada na família – sobrenomes a uma sociedade industrial moderna – formada de indivíduos atomizados, descolados da unidade familiar?

O surgimento das instituições públicas e privadas.....e uma cultura que rege as relações entre instituições e sociedade.

A formação das cidades do Brasil e a vida urbana.

TEORIA SOCIOLÓGICA II