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1 UnB/IQ Curso de graduação Química Inorgânica Básica Professores: José A. Dias e Sílvia C. L. Dias

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UnB/IQ

Curso de graduação

Química Inorgânica Básica

Professores: José A. Dias e Sílvia C. L. Dias

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ESTRUTURA ATÔMICA

◼ 1. Introdução

◼ 1.1 Histórico

◼ 1.2 Espectro eletromagnético

◼ 1.3 Teoria de Planck

◼ 1.4 Teoria de Einstein

◼ 1.5 Natureza dual do elétron

◼ 1.6 Princípio da incerteza de Heisenberg

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ESTRUTURA ATÔMICA

◼ 1.7 Mecânica quântica e o sistema atômico

◼ 1.8 Significado dos números quânticos

◼ 1.9 Função de onda radial e angular

◼ 1.10 Estrutura eletrônica dos átomos

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ESTRUTURA ATÔMICA

◼ 1.11 Efeito de blindagem

◼ 1.12 Propriedade periódicas

◼ 1.13 Propriedades magnéticas

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1. Introdução

◼ O entendimento da estrutura atômica éfundamental na Química Inorgânica devidoa variedade de elementos e configuraçõeseletrônicas que são objetos de estudo destaárea.

◼ Historicamente, a moderna teoria atômicapassa desde o descobrimento do átomo até odesenvolvimento dos diversos modelospropostos.

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1.1 Histórico

◼ Democritus (~ 400 a. C.)

◼ John Dalton (~ 1808)

◼ Joseph John Thomson (~ 1904)

◼ Ernest Rutherford (~ 1909)

◼ Niels Bohr (~ 1911)

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J.C.Kotz and K.F. Purcell, Chemistry

and Chemical Reactivity, 2nd

Edition, Saunders, Chicago, 1987.

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J.C.Kotz and K.F. Purcell, Chemistry

and Chemical Reactivity, 2nd

Edition, Saunders, Chicago, 1987.

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Partículas atômicas

◼ Átomo é composto por:

◼ Prótons e Neutrons (núcleo ~10-12 cm)

◼ Elétrons (eletrosfera ~10-8 cm)

◼ Modelo: átomo é composto de um núcleo

positivo de pequena dimensão e de elétrons

de carga negativa espalhados ao redor do

núcleo

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Modelo de Bohr

◼ 1. Um elétron não emite energia enquanto

ele permanece em sua órbita.

◼ 2. Um elétron, orbitando em torno do

núcleo, possui um momento angular orbital

que é quantizado.

◼ 3. A estabilização da órbita se dá devido:

força eletrostática = força centrípeta

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Algumas equações obtidas a partir do

modelo de Bohr

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Igualdade de forças

Velocidade do elétron

Equação de Rydberg

Comprimento de onda do fóton emitido

Níveis de energia do átomo de H

Frequência orbital

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1.2 Espectro eletromagnético

◼ Espectroscopia - estudo qualitativo e

quantitativo da absorção e emissão da

radiação dos compostos químicos.

◼ Espectro eletromagnético - composição da

radiação conhecida de acordo com as

diferentes energias ou comprimentos de

onda.

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Propriedades de uma Onda

◼ c = onde: c = velocidade (2,99 x108 m s-1)

= comprimento de onda

= frequência

◼ E = h onde: E = energia da radiação

h = constate de Planck (6,62 x 10-34 J s-1)

(J = kg m2 s-2)

Portanto: E = h c/ onde: 1/ = (número de onda)

E = h c

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and Chemical Reactivity, 2nd

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1.3 Teoria de Planck

◼ Existe uma mínima quantidade de energia que pode

ser perdida ou ganha por um átomo, e todas as

energias devem ser múltiplos inteiros (n) daquele

mínimo

E = n (h )

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1.4 Teoria de Einstein

◼ Experimentos mostraram que elétrons são

ejetados da superfície de um metal apenas

se luz com uma frequência mínima fosse

usada.

◼ Fótons (partículas, sem massa) transportam

a energia da onda conforme hipótese de

Planck (1905).

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◼ Luz tem caráter de onda e partícula (i.e., aluz é formada por partículas (fótons) emmovimento.

◼ Colisão fóton-elétron emissão deelétrons pelo metal com dada energiacinética transferência de energia.

◼ Difração, polarização, interferência da luz fenômenos ondulatórios

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Vídeo sobre o efeito fotoelétrico

◼ https://www.youtube.com/watch?v=VVka6

Mp5vyA

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1.5 Natureza dual do elétron

◼ Em 1924, Louis de Broglie propôs: “ Se a

luz pode-se comportar em certas

circunstâncias como partículas, talvez estas

exibam propriedades de ondas”.

E = h ou E = h c/

E = m c2

h c / = m c2 m c = h / onde p = m c

p = h / ou = h / p

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Experimento de Difração de Elétrons

◼ Os físicos americanos Clinton Davisson e Lester

Germer em 1927 confirmaram a hipótese de de

Broglie.

◼ A hipótese de de Broglie dizia que as partículas de

matéria (tais como os elétrons) possuem

propriedades ondulatórias.

◼ Esta demonstração da dualidade onda-partícula foi

importante historicamente no estabelecimento da

mecânica quântica e da equação de Schrödinger

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1.6 Princípio da incerteza de Heisenberg

Devido ao diminuto tamanho do elétron ele só pode ser

observado por meio de perturbações.

Exemplo: choque com fótons; aplicação de forças elétricas ou

magnéticas.

Perturbação: alteração da posição ou velocidade do elétron.

“Quanto mais certeza tivermos quanto a posição do elétron

menor será a precisão com que podemos definir sua

velocidade”

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x v h / 2

◼ x - incerteza da posição

◼ v - incerteza da velocidade

◼ Abandonamos o Modelo de Bohr para

colocarmos a probabilidade de se

encontrar um elétron em uma

determinada região do espaço.

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ESTRUTURA ATÔMICA

◼ 1.7 Mecânica quântica e o sistema atômico

◼ 1.8 Significado dos números quânticos

◼ 1.9 Função de onda radial e angular

◼ 1.10 Estrutura eletrônica dos átomos

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1.7 Mecânica quântica e o sistema atômico

◼ Como consequência do desenvolvimento dateoria atômica, foi utilizada a teoriadeduzida para o movimento ondulatório daluz para descrever o comportamento doselétrons.

◼ Dificuldades para o químico:

– A teoria requer uma visão filosófica nãodesenvolvida para a maioria.

– A matemática necessária não é a álgebraconvencional mas sim o cálculo diferencial.

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Aproximação de Born-Oppenhimer

◼ Usualmente é adequado separarmos o

movimento eletrônico do movimento

nuclear nos átomos.

Núcleo – massa muito superior a dos elétrons

movem-se lentamente

Elétrons – muito mais leves que o núcleo

movem-se rapidamente

Energia total: Eee + Enn + Een

◼ repulsão (e-e ; n-n) e atração (e-n)

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◼ A energia total de uma molécula pode serdecomposta nas contribuições eletrônica,vibracional, rotacional e translacional.

◼ A densidade eletrônica pode-se ajustarinstantaneamente a alteração daconfiguração geométrica dos núcleos e aequação de Schrödinger pode ser resolvidapara uma configuração geométrica fixa,antes de considerarmos os movimentosnucleares.

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Equação de Schrödinger

◼ Qualquer movimento ondulatório pode ser

descrito por um tipo de equação matemática

conhecida como equação de onda.

◼ Equação de onda = equação diferencial

◼ Equação diferencial admite várias

soluções

◼ Cada solução da equação de onda = função

de onda.

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◼ Schrödinger (1926) escreveu uma equação deonda para o átomo de hidrogênio: H Ψ = E Ψ

◼ As soluções matemáticas para esta equação são asfunções de onda para os orbitais atômicos dohidrogênio.

◼ A solução da equação de Schrödinger impõe trêsrestrições que são conhecidas como númerosquânticos.

◼ Cada solução obtida para um conjunto de valoresde n, l e ml é chamada de autofunção e representaum orbital.

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1.8 Significado dos números quânticos

◼ Número quântico principal (n) – especifica

o nível de energia do elétron como também

o volume da região do espaço onde ele se

encontra. (n=1, 2, 3, ... )

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◼ Número quântico secundário (l) –

determina o momento angular, isto é a

forma da região do espaço onde o elétron

será encontrado (l = 0, 1, 2, n-1).

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◼ Número quântico magnético (ml) –

determina o momento magnético do elétron,

isto é a orientação espacial da região no

espaço onde o elétron poderá ser encontrado

(ml = -l a +l).

◼ ml nos dá o número de possibilidades de

orientações espaciais do orbital (L = 2l + 1)

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Shriver e Atkins 37

Orbital atômico “s”

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Shriver e Atkins 38

Orbitais atômicos “p”

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Shriver e Atkins 39

Orbitais atômicos “d”

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Shriver e Atkins 40

Orbitais atômicos “f”

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Número quântico spin (s)

◼ Na presença de um campo magnético,detalhes de desdobramento de linhasespectrais revelaram que o elétron deveriaapresentar um momento magnéticointrínseco (s). S = | 2 s | + 1

◼ Como cada orbital (valor de l) tem duaslinhas de desdobramento (spin) S = 2

◼ Portanto, s = + ½ ou s = - ½

◼ Paul Dirac (1928) deduziu a propriedade despin na equação de Schrödinger.

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1.9 Função de onda radial e angular

Para representar a função de onda completa, serianecessário um gráfico em quatro dimensões:

variáveis: x, y, z ou (r, θ, Φ)

função: Ψ

Para evitar este problema e melhorar a visualizaçãoda distribuição dos elétrons dentro do átomo, afunção de onda pode ser dividida em duas partes:

Ψ (r, θ, Φ) = R (r) Y (θ, Φ)

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◼ R (r) – Função de onda radial: dependência de

Ψ com a distância do núcleo em relação ao

elétron

◼ Y (θ, Φ) – Função de onda angular:

dependência de Ψ com os ângulos (θ, Φ)

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Expressões matemáticas de algumas funções de onda

radiais para o átomo de Hidrogênio

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Algumas características de R (r)

◼ 1. As funções R (r) representam quedasexponenciais, onde para n=2 é mais lenta a quedado que n=1;

◼ Geralmente: e -z r / n a° o raio mais provável

aumenta com o valor de n;

◼ 2. Presença de um nodo na função 2s parar = 2 a° / z R (r) = 0 e o valor da função mudade sinal

◼ Em geral: Orbitais s tem n-1 nodos

Orbitais p tem n-2 nodos

Orbitais d tem n-3 nodos

Orbitais f tem n-4 nodos

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Representações da função radial

◼R (r) – função de onda radial

◼R2 (r) – função densidade radial

◼4π r2 R2 (r) – função probabilidade radial

Uma forma de visualizar o problema é

considerar o átomo composto de camadas,

como se fosse uma cebola.

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◼ Probabilidade de se encontrar um elétron

numa camada que se estende de r até r + dr,

ou seja, num volume dV desta fina camada.

Características de 4π r2 R2 (r):

1. Para r = 0 4π r2 R2 (r) = 0

2. Para r → 4π r2 R2 (r) = 0 R (r) → 0

3. Para 0 < r < 4π r2 R2 (r) possui um máximo

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Gráficos da função de onda de densidade radial

“R2 (r)” e de probabilidade radial “r2 R2 (r)”

em função da distância r do núcleo.

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50

Efeito dos nodos e máximos em termos

químicos

◼ a. Ligação covalente sobreposição de

orbitais (e.g., sobreposição de um nodo com um

máximo será muito ruim, comparado com dois

máximos).

◼ b. Energia dos elétrons efeitos de

penetração dos orbitais (i.e., espalhamento da

densidade eletrônica na região do núcleo)

ordenação dos níveis de energia nos átomos

polieletrônicos.

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Função de onda angular

◼ A parte angular da função de onda

determina a forma da nuvem eletrônica

depende do orbital e sua orientação no

espaço, porém é independente da distância

(r) em relação ao núcleo.

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52Representação de alguns orbitais (função de onda total )

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1.10 Estrutura eletrônica dos átomos

◼ 1. Princípio da exclusão de Pauli: num átomo

qualquer dois elétrons não podem ter os

quatro números quânticos idênticos.

◼ 2. Primeira lei de Hund: a configuração mais

estável, entre as várias possíveis com a

mesma energia do orbital, é aquela com

maior número de elétrons com spin no

mesmo sentido.

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Preenchimento dos orbitais

◼ a. Ordem é baseada no menor valor de (n+l)

◼ b. Quando temos valores iguais de (n+l), o

orbital de menor energia é o de menor n.

◼ 1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s <

< 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s < 5f < 6d

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1.11 Efeito de blindagem

◼ Regra de Hund = máxima multiplicidade de

spin

◼ Elétrons devem ficar o mais espalhados

possível em torno do núcleo

◼ Um elétron ocupará um orbital, de todos

aqueles ainda não ocupados em um átomo,

onde o núcleo é mais efetivo para oferecer

uma carga positiva para estabiliza-lo

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◼ J. C. Slater (1930) estabeleceu o conceito de

carga nuclear efetiva (Z*)

◼ “É a carga sentida por um elétron em um

dado orbital em função da sua maior ou

menor blindagem em relação ao núcleo

atômico”

◼ Z* = Z -

◼ Z* → carga nuclear efetiva

◼ Z → carga nuclear = número atômico

◼ → constante de blindagem

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60

◼ Quanto mais próximo do núcleo o elétron

penetrar, mais próximo será o valor de Z* em

relação a Z, porque o elétron estará menos

repelido pelos outros elétrons presentes no átomo.

◼ Como consequência da penetração e blindagem, a

ordem de energia em átomos multieletrônicos é:

ns < np < nd < nf

◼ Quanto maior a penetração mais estável

menos blindado em relação ao núcleo

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Shriver e Atkins 61

A penetração de um elétron 2s no caroço interno é maior do que

a de um elétron 2p (área do gráfico a uma dada distância do

núcleo) .

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◼ Quando elétrons são colocados em orbitais do

mesmo tipo (e.g., px, py, pz = orbitais degenerados)

devido a geometria (orbitais perpendiculares)

não protegem os elétrons da carga nuclear

(exemplo: Z*: B < C < N 2,42; 3,14; 3,83 para

elétrons 2p)

◼ Há um conjunto de regras empíricas de Slater para

estimar a extensão da blindagem:

◼ a. Dividir em grupos (ns, np) ou (nd, nf)

◼ b. Aplicar a Tabela a seguir, conforme o grupo

que o elétron pertença.

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Grupo

de

elétrons

Grupos

mais

altos

Mesmo

Grupo

Grupos

com

(n’=n-1)

Grupos com

(n’< n-1)

(1s) 0 0,30 - -

(ns, np) 0 0,35 0,85 1,00

(nd, nf) 0 0,35 elétrons fora do grupo

1,00

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Exemplos

◼ Cr (Z=24) para um elétron 4s

◼ (1s)2 (2s, 2p)8 (3s, 3p)8 (3d)5 (4s, 4p)1

◼ = (0) + (13 x 0,85) + (10 x 1,00) =

= 11,05 + 10,0 = 21,05

◼ Z* = 24 - 21,05 = 2,95

◼ para um elétron 3d do Cr

◼ = (0) + (4 x 0,35) + (18 x 1,00) =

= 1,40 + 18,0 = 19,40

◼ Z* = 24 – 19,40 = 4,60

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◼ Como conseqüências, por exemplo na

ionização do cromo:

◼ Cr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5

◼ Cr2+ 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d4

◼ Cr3+ 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d3

◼ Os elétrons são retirados primeiro do nível

ns, pois eles apresentam menor carga

nuclear efetiva para os elementos de

transição.

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Representação mais detalhada dos níveis de energia de

átomos multieletrônicos

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Tabela Periódica dos Elementos Químicos

1.12 Propriedade periódicas

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Importantes propriedades periódicas

◼ Energia de ionização: energia para

remover um elétron de um átomo gasoso

isolado em seu estado fundamental

(M(g) → M+(g) + 1é) (H > 0)

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Shriver e Atkins 70

Variações das primeiras energias de ionização ao longo da tabela

periódica

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Primeira, segunda e terceira energias de ionização dos elementos

do grupo 13/III (em geral, H1 < H2 < H3)

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◼ Afinidade eletrônica: quantidade de

energia liberada quando um átomo gasoso

isolado recebe um elétron

◼ (A (g) + 1é → A-(g) ) (H < 0)

◼ Eletronegatividade: medida empírica da

tendência de um átomo em atrair elétrons

numa molécula

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Variação da eletronegatividade de Pauling ao longo da Tabela Periódica

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Eletronegatividade de Pauling dos elementos representativos

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◼ Polarização → aplicação da eletronegatividade

para estimar a direção da polaridade nas ligações

químicas

◼ C-— H+ ; Si+— H-

◼(2,5) (2,1) (1,8) (2,1)

◼ + → menor densidade de carga

◼ - → maior densidade de carga

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Cálculo da polaridade da ligação (diferença de eletronegatividade)

◼ Não polar Covalente = 0 (e.g., H-H, = 0)

◼ 0 < Polar Covalente < 2 (e.g., C-H, = 0,4)

◼ Iônico (Não Covalente) ≥ 2 (e.g., Na-Cl = 2,3)

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◼ Tamanho atômico: tamanho de um átomo emfunção de sua quantidade de elétrons

◼ Em razão da função de onda dos elétronsdiminuírem exponencialmente com o aumento dadistância do núcleo cálculos pela teoriaquântica não são muito precisos

Tipos

◼ Raio metálico – metade da distância determinadaentre os núcleos dos átomos vizinhos

◼ Raio covalente – metade da separação entreátomos vizinhos do mesmo elemento

◼ Raio iônico – distância entre os núcleos de cátionse ânions que estão vizinhos

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Shriver e Atkins 78

Ilustrações das definições de raio metálico, covalente e iônico

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1.13 Propriedades magnéticas

◼ O magnetismo de uma espécie química

depende de dois fatores: ml e s

◼ Simplificação: a maior contribuição do

magnetismo é devido a presença ou não de

elétrons desemparelhados

◼ Existem dois tipos de comportamento na

presença de um campo magnético:

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1. Atração: átomos, íons ou moléculas possuem

elétrons desemparelhados paramagnético

2. Leve repulsão: átomos, íons ou moléculas que

não possuem elétrons desemparelhados

diamagnético

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◼ Na verdade, a grandeza medidaexperimentalmente é a susceptibilidademagnética ()

◼ → força exercida pelo campo magnéticosobre a unidade de massa de um corpo

◼ = 2,84 (M T)1/2 “Lei de Curie”

◼ M → susceptibilidade molar

◼ T → temperatura absoluta

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O momento magnético (μ) devido aos elétrons

desemparelhados é calculado por:

μ = 2 [S(S+1)]½

unidade de μ = M.B. (magneton de Bohr)

S → soma dos spins dos elétrons desemparelhados

S = n x ½ ;

onde n = nº de elétrons desemparelhados

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n S (MB)

1 1/2 1,73

2 1 2,83

3 3/2 3,87

4 2 4,90

5 5/2 5,92

6 3 6,93

7 7/2 7,94

Tabela com o momento magnético baseado apenas no spin

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Exemplos

◼ Na (Z=11) → 1s2 2s2 2p6 3s1 (paramagnético)

◼ n = 1 μ = 2 [1/2(1/2+1)]½= 2(3/4)1/2 = 1,73

◼ Na+ (Z=11) → 1s2 2s2 2p6 (diamagnético)

◼ n = 0 μ = zero

◼ Fe2+ (Z=26) → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6

(paramagnético): note a ionização do Fe

◼ Fe (Z=26) → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6

◼ n = 4 μ = 2 [2(2+1)]½= 2(6)1/2 = 4,90