quem sou eu
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Quem sou eu?
Bom meu nome é Adriana Teixeira da silva Ximenes, tenho 15 anos e vou contar sobre a minha vida desde o meu nascimento. Tudo
começa no dia 14\04\1998, as 00h03min, no hospital Azevedo Lima em Niterói a terceira filha de minha mãe Mônica Teixeira da silva
Ximenes, a primeira e única filha do sexo feminino do meu pai José Cleiton Ximenes
Melo.
Quanto eu tinha alguns meses de vida, minha irmã Monique me derrubou da cadeira de
balanço, minha moleira ficou molinha, depois com oito meses meus primeiros dentinhos
apareceram, com nove meses comecei a andar, e a falar com um ano e cinco meses.
Quando eu era pequena minha mãe saia para os forrós e me deixava com minhas irmãs
Monique e Dominique. Um grande problema
que sempre achei em minha mãe foi à maneira como ela cuida dos seus filhos na verdade
minha mãe é um pouco porca e me deixava largada na rua, descuidada. Meu pai quando me via na rua não gostava, e ficava pedindo
para ir para casa.
Minha mãe sempre foi doidinha às vezes ela saia e me deixava lá sozinha com meus irmãos.
Nunca tive infelizmente uma mãe que eu pudesse compartilhar cada momento, cada fase da minha vida, nem meu crescimento
direito ela não viu.
Quando eu tinha uns três anos de idade, nesse tempo o Palhaço Carequinha (Brizolão), a noite
era tomado pelos vagabundos, na parte da manhã eu ia pra lá brincar ficava praticamente
jogada lá, meu pai via e me levava para casa como sempre fizera.
Lembro-me que tinha uma menina que era minha vizinha a Isabela, ela era minha melhor
amiga da infância, todo dia eu ia a casa dela ela
era rica, tinha uma casa bonita, escola particular, vários brinquedos lindos. Nós brincávamos muito, ela me dava muitos
brinquedos que ela não queria, mas, e eu adorava isso.
Tinha uma mulher que ela sempre quis ser minha madrinha, mas minha mãe nunca me batizava, ela era muito legal me dava muitas
coisas, beco, brinquedos, roupas etc.
Com uns cincos anos, minha mãe foi trabalhar e eu fiquei sozinha em casa dormindo, então começou a chover muito forte acompanhado
de uma ventania, é ainda faltando energia, era, mas ou menos umas 18 h, minha casa começou a alagar, eu fiquei muito assustada, com medo,
depois de alguns minutos meu pai chega lá onde eu estava, com uma lanterna na mão,
estava muito escuro, ele me tirou de lá e me levou para sua casa.
Minha irmã Dominique era sempre a, mas implicante sempre me fazendo raiva, ela ficava
vestindo minhas roupas e quando fui vestir as dela ainda brigou comigo.
Eu e meu irmão Zeca fugimos de casa com cinco anos, ficamos em um ponto de ônibus esperando pelo ônibus em que pudéssemos
entrar, quando chegou esse ônibus meu irmão conseguiu passar por debaixo das pernas da
mulher que estava entrando, já eu não conseguir fiquei nervosa na hora, acho que
ainda tinha um pouco de juízo na hora, peguei o orelhão e liguei para o celular de minha mãe, que veio imediatamente me pegar. Meu irmão foi achado pelo meu vizinho Junior que já foi
namorado de minha mãe que era pai de Monique e Dominique, ele achou meu irmão
em Tribobó. Depois desse acontecimento meu pai me levou para ir dormir lá na casa dele. Ele
dormia no colchão no chão e eu na cama ao lado, ele acordava cedo para ir entregar gás, e sempre quando acordava lá estava um pedaço de bolo que ele chama de "pé seco", mas é o bolinho de chuva, depois de lanchar eu ia lá
fora pegar um abacate, pois ao lado tinha um pé de abacate, eu não sei por que, mas eu
escondia esse abacate de meu pai, acho que era com medo dele brigar, chegava à casa da
minha mãe e pedia pra ela fazer vitamina.
Ainda nesse tempo meu pai foi morar com sua ex-mulher a Lúcia que é mãe do meu irmão
Gabriel, morei um tempo com ela, ela se gaba que cuidou de mim quando eu era, mas
pequena, que me levava ao hospital quando eu estava doente e mais um monte de coisas. No
tempo em que morei com ela, fui praticamente humilhada, meu irmão o Gabriel derrubava
seus brinquedos de proposito para eu pegar e colocar no lugar. Um certo dia, ela saiu com
meu irmão e me deixou trancada entre a porta da entrada e a varanda, meu pai passou em
casa e me tirou de lá, me levou para entregar gás com ele, ela passou e nos viu. Quando
cheguei em casa não tinha se quer uma roupa minha dentro de casa, ela jogou tudo que eu tinha na rua, e fechou a porta na minha cara,
fui pra casa de minha mãe. Hoje me deparo com ela e penso "o que leva uma pessoa a
expulsar uma criança de casa?", depois de um tempo expulsou meu pai também e fez a
mesma coisa que fez comigo.
Meu pai tomou uma decisão me mandar para Santa Quitéria (CE). Em 2005 com sete anos
minha tia Joana Darck, feia me buscar, fomos de ônibus três dias exato de viagem, fiquei
amiga de uma menina no ônibus, mas a gente se separou, pois o destino dela era Fortaleza e
o meu Santa Quitéria, primeiro fui à casa da minha outra tia a Cleidiane, depois de uns dois
dias fui para Santa Quitéria.
Primeiro morei no interior de Santa Quitéria cana-fístula, no começo não gostei de nada de
lá era tudo tão diferente que não me acostumava com esse lugar.
No segundo dia, uma menina chamada Clara veio me ver, nós nos tornamos melhores
amigas, a gente brincava todos os dias, éramos
muitos doidas. Depois de alguns dias comecei a estudar, no Manoel Rufino da Rocha a única
escola que tinha no interior, e a partir do ensino médio a escola era no Liseux. A escola
do interior tinha duas salas e só uma funcionava, e as series eram misturas. Na
escola tinha uma menina chamada Elenice ela não gostava de mim de forma alguma, só por que eu e a Clara ficamos super amigas, aí ela ficou com ciúmes, depois começou a inventar histórias dizendo que eu ficava chamando ela
de "preta", mas nunca havia chamado assim, a mãe dela ia lá em casa dizer que eu estava
implicando com a filha dela, mas um dia eu e a Clara não deixamos barato,quando a Elenice
voltava da escola nós ficamos no meio do mato se fingindo de mortas, mas ela passou e nem ligou, mas em outro dia eu e Clara sujamos
nossas mãos na lama e começamos a abraçar a Elenice a blusa dela ficou toda suja, depois a
mãe dela descobriu que foi a gente... Depois de
um tempo nós nos tornamos amigas, eu ia pra casa dela ela ia pra minha, brincávamos muito.
Nós tivemos uma vizinha que era a tia Neuza, nós íamos tomar banho lá às vezes porque não tiamos água encanada em casa, às vezes eu ia no rio a tarde pegar água para tomar banho.
Na casa de minha vó morava também meu tio Claudio, eu sempre gostei muito dele, mas ele tinha um problema psicológico fazendo com
que ocorresse ataque nele, quando acontecia isso ele quebrava tudo que visse pela frente, ele tomava remédios controlados. O primeiro
dia que eu vir esse ataque, foi quando ele parou de comer por uns dois dias, não tomava banho, em uma noite ele começou a gritar a
jogar tudo para chão, ele queria matar meu vô, porque minha vó não tinha liberdade, meu vô de imediato foi até lisieux e chamou o medico logo em seguida me mandou para casa da tia Neusa, eu ficava observando a minha casa, a chegada dos médicos. Mas no dia seguinte
ocorreu tudo bem.
Minha vó sofria com meu vô, pois ele não a deixava usar calças, nem shorts, só sais e
vestidos. Não a deixava ir tomar banho no rio, só se ele fosse junto para vigia-la, e nem podia
se quer ir à casa de alguém em que morasse homens, só se ele fosse junto.
Em 2007 me batizei na igreja católica, minhas madrinhas eram: Luciana e Lucimar, e os
padrinhos eram: Marion e Raimundo.
Para ir a Lisieux era precisa ir de "pau de arara", quem dirigia esse carro era meu tio Antônio Lino marido da minha tia Dark, na
verdade nunca gostei muito dele ele sempre foi muito folgado, ele não a merecia, uma
mulher guerreira, batalhadora. Ela se cuidava muito era, mas bonita, mas quando foi casar com ele se esqueceu de si mesma. Em 2007 tiveram uma menina chamada Daniella eu cuidei dela por muito tempo, e na verdade
sempre achei que ele gostasse da minha outra tia a Luciana, mas ela nunca quis nada com ele.
No ano de 2007, fiz um aniversário de oito anos, fiquei um pouco triste por que vieram
poucas, não veio a Patrícia a Camila, que eram grandes amigas. Mas esqueci, pois a Clara
estava lá isso que importava, ela era minha melhor amiga mesmo.
Aos nove anos fiz minha primeira comunhão, eu fazia aulas dia de domingo na casa da tia
Neuza.
Meu pai veio para minha para minha primeira comunhão dessa fez trouxe meu irmão Zeca e o deixou para minha vó cuidar dele, de carro como sempre fez, eu estava toda de branco, cortei meu vestido do batismo e coloquei a blusa da comunhão, minha tia e madrinha
Luciana fez um penteado bem legal em mim. Eu estava muito feliz, até me sentar no carro e minha vela quebrar, chorou muito dentro do
carro, e quando meu pai e minha tia me olharam eu estava com os olhos inchados, e eu
expliquei o que tinha acontecido. Mas lá no Lisieux minha tia conseguiu uma era usada,
mas servia. Confessei-me para o padre, tomei a osta sagrada, mas lá no fundo do meu coração
eu sempre achava a igreja católica tão pra baixo. Depois de alguns dias meu pai foi
embora, choro e, mas choro como sempre. Ele começou um relacionamento com uma mulher em Fortaleza a Iriani, ela trabalhava na casa da
minha tia Cleidiane.
Ganhei minha bicicleta, era roxa e preta amei, ficava andando direto com ela, ia pra escola com ela, andava depois da escola e etc. Mas
tinha dias que quando eu a levava para escola ela estava revirada ou com o pneu vazio, me
chateada muito com isso. Mas depois de praticamente um ano ela acabou de vez, o pneu ficou empinado. Umas das armações,
mas legais de Clara e eu, era implicar com as vacas, meu vô tinha vaca, ovelhas, e galinhas.
Quando ele saltava as vacas em um campo perto de casa, eu e Clara íamos implicar com as
vacas em cima de uma arvore e só saiamos
quando meu vô tirava as vacas de lá, nós éramos muito doidas.
No dia das crianças ganhei uma boneca da minha tia Luciana e um par de brincos da minha vó,
fiquei muito feliz, mas essa alegria acaba depois de alguns minutos, minha vó começa a passar mal, então meu vô e minha tia a levam para o hospital em Sobral, e eu fui para a casa de Clara. Minha vó passou um tempo internada tinha que fazer uma
operação, meu vô começou com umas saídas estranhas a noite para Lisieux depois descobrimos que meu vô estava traindo a minha vó, com uma
vagabunda.
No tempo que minha vó estava internada minha tia Cleidiane veio de Fortaleza para ajudar minha tia Luciana a achar uma casa em Santa Quitéria,
enquanto eu, meu irmão Zeca e meu avô ficávamos lá no interior, nem sabíamos da
mudança. Quando minha vó voltou do hospital, ela começou a se recuperar, depois de, mas ou
menos um mês ela acordou cedo, e começou a se arrumar colocou calças, brincos, coisas que não
podia usar antes, quando o carro chegou ela pegou sua mala e saiu, meu vô a gingou foi
horrível ele ficou muito furioso, mas ocorreu tudo bem eu, meu irmão e minha tia continuamos lá, mas minha tia estudava a noite isso era chato,
meu vô saia para se encontrar com a amante, eu e Zeca ficávamos sozinho em casa, com medo.
Mas depois de uns dias nos mudamos para Santa Quitéria, primeiro moramos em casa alugada, conhecemos os vizinhos, rua bem tranquila.
Também conheci uma menina chamada Jainne minha vizinha e minha grande amiga, sempre
gostei muito dela, lembro que nós ficávamos a noite sentada na calçada conversando e ouvindo
musica, e às vezes brincavam de pega-pega, futebol, queimado e etc. Depois começou a aulas de agosto, a escola era perto da minha casa, mas essa escola a Geracina Lobo de Mesquita era uma
escola que não tinha seu espaço próprio, então ela estava ocupando uma escola que só funcionava à tarde e a noite era a escola Aracy Martins, e nós só éramos de manhã. Eu estava na quarta serie
quando cheguei lá, fiquei amiga das pessoas, tinha a Jeane, o Jean, a Dagila, a Dara, a Patrícia etc.
Que estudaram comigo durante um bom tempo, e se tornaram meus grandes amigos.
Em 2009 minha vó levou meu irmão de volta para o Rio de Janeiro ninguém, mas aguentava meu irmão era muito teimoso. Nesse tempo meu tio
Claudio foi pra Fortaleza, ele ficava pra lá e pra cá, não sabia onde ficar, mas lá ele era tão diferente ele saia, ajudava na padaria, era tão diferente do
que ele é em Santa Quitéria.
Quando minha vó voltou do Rio de Janeiro fomos morar na casa do meu tio Carlito, pois ele tinha se
separado da mulher dele, ela o traiu com o padrinho do filho deles. A casa não era grande nós
tivemos que dividir os dois quartos, que era
dividido assim o primeiro era meu e da minha tia, e o outro era da minha vó e do meu tio, além disso, tinha um quarto na varanda que era da
banda do meu tio Carlito "Estação Nordeste", que antes era composta pelo meu tio e por minha tia
Vanessa, que com o passar do tempo ele conseguiu outras cantoras, dançarinas. Ele sofreu
muito com isso, mas já é passado, depois de alguns meses ele começou a namorar a Francisca
foi morar com ela. Ela era uma pessoa muito legal, simples, guerreira trabalhava para o prefeito de lá.
Então quando meu tio foi morar com ela, minha tia pegou um quarto só pra ela, nunca concordei
com isso.
Em abril minha mãe pela primeira fez veio me ver na casa de minha vó, me deu de presente um
celular, veio ela e meu irmão que na época era o, mas novo o Lucas, ele tinha uns quatro anos, eu me minha mão passeamos por Santa Quitéria e
fizermos varias coisas. Mas na hora da volta, poxa
era muito ruim ver minha mãe ir embora, por esses poucos dias que ela passou comigo, era tão
difícil vê-la ir embora e eu ficando ali, minha vontade era de ir, mas permaneci calada. Quando
cheguei em casa não sair, mas pra fora, fiquei trancada no quarto chorando, a noite é que eu
conseguir ir na calçada, mas nada estava me animando, mas os dias foram passando e a dor foi
embora.
Eu também fiquei muito amiga de uma menina chamada Patrícia era minha melhor amiga nesses tempos, ela tinha 15 anos quando a conheci, era
bem formada de corpo, baixinha, mas gostava tanto dela, que não abrir mão da nossa amizade.
Mas com um tempo eu fui me envolvendo e a seguindo onde ela fosse. Teve um tempo que eu e
ela tínhamos um grande amigo ele era muito engraçado era o Douglas, um dia resolvemos ir a casa dele, ele ia fazer um Orkut para mim, mas
não foi só isso, tá no primeiro dia ele tentou fazer
não conseguiu, no outro conseguimos, mas enquanto eu estava no Orkut, ele e a Patrícia
estavam lá dentro fiquei curiosa e fui lá eles se esconderam, cheguei 18h00min em casa e ainda fui capaz de mentir pra minha família, disse que
teve uma prova na escola, como me arrependo de ter feito isso. No dia seguinte perguntei a Patrícia
o que eles estavam fazendo lá dentro, ela não queria me contar, mas conseguir fazer com que
ela me falasse ela disse que ela mostrou seus seios pra ele, e ele sua parte intima, e ainda ficaram,
mas nada além. Quando ouvir aquilo me veio uma coisa na cabeça "eu não sou assim", não queria
me afastar dela, ela era minha melhor amiga, mas quando ela precisa-se eu estaria ali, depois de uns
dias tirei meu "BV" como falam, tirei com um menino que era amigo do meu vizinho, mas me
arrependo disso que burra que fui. Nós começamos a matar aula pra ir a lonhouse, que
ficava na biblioteca. Faltamos muitas aulas.
Teve um tempo que eu e a Patrícia nos afastamos um pouco uma da outra, teve um dia que a
Patrícia tinha ido pra casa de um garoto depois da escola, e eu não queria que ela fosse então liguei para o pai dela e perguntei se ela estava, mas não disse que era eu. Depois de uns dias ela ligou para
o meu celular e viu que tinha sido eu que liguei pra ela, ela foi lá em casa chorando aquilo
comprovou que eu tinha feito uma coisa errada ela, rompeu nossa amizade ali. Mas depois de uns meses a gente voltou a se falar, não como antes.
No final de 2010 viajei para Fortaleza fui para casa da minha tia Cleidiane, assim que cheguei lá, ela
estava se arrumando para ir a igreja, ela se tornou evangélica, mas era obcecada, ela me chamou pra
ir, fui e continuei indo nos outros dias. Não gostava de lá por uma coisa, ela passava o dia
fora, enquanto eu cuidava dos dois filhos dela, da comida, da casa, era muito pesado e cansativo
para mim. No dia 23 de dezembro resolvi aceitar
Jesus na assembleia, no dia que aceitei também cantei, a igreja estava lotada, mas foi muito bom. A partir daí comecei a cantar naquela igreja, era eu e a Renata. Mas chegou o dia de ir embora,
cheguei em Santa Quitéria umas 23h00min, meu tio Luciano que também mora em Fortaleza me
trouxe de carro.
No dia seguinte a primeira coisa que fiz foi ir à casa da Patrícia e da Jainne contar que me tornei
evangélica.
Comecei a frequentar a igreja batista não gostei, fui na universal e também não gostei, mas quando recebi o convite de ir a assembleia pela gloria que era minha amiga e também era do mundo. Nessa assembleia era bem rigorosa não podia usar calça,
shorts, blusas de alça, maquiagem etc. Identifiquei-me com ela, lá conheci varias pessoa
legal entrei para o conjunto musical "Herdeiros de Cristo", sempre gostei de cantar no conjunto. Um dia eu estava de saída da pra igreja a Patrícia foi lá
em minha casa, e disse que ia na casa de Amanda (uma amiga nossa) aí de brincadeira eu disse não
traz a Amanda pra cá não, pois vou sair. No caminho pra igreja estava eu e a Gloria, a Patrícia e a Amanda passaram por nós, eu falei com ela,
mas foi baixo. Então no dia seguinte na escola, eu cheguei pra ir falar com a Amanda, ela se virou para mim e disse que a Patrícia estava chateada comigo por que eu tinha vergonha dela, isso não era verdade falei, e também disse que eu ficava falando mal delas pelas costas, e a partir daí ela
nunca, mas falou comigo. Mas na hora do recreio ela e a Patrícia ficavam passando por mim e me empurrando, eu aguentei aquilo calada por uns
dias, mas um dia não aguentei quando elas fizeram isso, então a empurrei também aí ela me empurrou, e perguntou se eu queria brigar, ela já era bem, mas acostumada, mas eu não então não
me contive e comecei a rir da cara dela, depois separaram a gente e pronto. Briga nunca, mas. Ela
ainda ficou inventando que eu havia chorado e blábláblá. Mas a verdade é que eu nunca gostei de brigas, principalmente quando me envolve, então
não quis dá a ela esse gostinho que ela tanto queria. Depois que fiz isso ela parou de mexer comigo, nunca, mas me insultou. Às vezes eu
ficava com vontade de pedir desculpas a Patrícia e a Amanda, mas acho que faltava coragem. A
Patrícia morava um pouco perto da minha casa, isso se tornava, mas difícil a nossa briga, mas
depois de uns meses a gente voltou a se falar, mas não era como antes, éramos, mas separadas, eu estava conhecendo Jesus não queria que nada estragasse isso, e ela também percebeu que eu
mudei, então nem andávamos juntas praticamente.
Eu estava decidida que queria mudar, não queria ser a mesma de antes, e hoje percebo que andava perdida por aí, sem caminho a seguir. Chamavam-me até de santinha, porque eu ficava usando saia.
Uma segunda-feira, as 18h00min eu e a Clara estávamos sentadas na calçada, quando um amigo meu, Mauricio da igreja passa em frente a minha casa, e começa a conversar comigo, depois ele vai embora. No ensaio do conjunto na igreja, ele pede
para um menino me dá um tridente, as pessoas firam e começaram a falar que ele gostava de
mim, mas nós negamos, até que um dia ele pede pra ficar comigo, eu não aceito, mas depois de um tempo começo a gostar dele um pouco e fico com
ele. No dia seguinte eu ia para Fortaleza, passei uns treze dias lá, depois quando cheguei a casa fui
ligar meu celular tinha umas três chamadas perdidas, retornei a ligação e vir que era o
Mauricio, ele disse que tinha sido as meninas que ligaram, mas não acreditei nele, depois começou a
me enviar mensagens, a ligar todos os dias, e depois ainda veio com uma caixa de chocolates
pra me dar. A gente ficou, mas duas vezes e depois acabei com tudo, não me sentia bem,
talvez eu nem gostasse dele verdadeiramente, mas depois de um tempo ele começou a ficar com
uma garota.
Comecei a trabalhar, aos sábados eu limpava a casa da minha tia Ilda, de segunda a sexta eu dava
reforço para um menino e cuidava de uma menina.
Quando dava 06h00min da manhã, eu acordava e me arrumava para ir a escola, quando era
11h30min chegava e começava a arrumar a casa, e quando dava 14h00min ou 13h30min eu ia cuidar da menina era a Maria Clara, nós nos apegamos
muito uma da outra, umas 17h00min saia da casa dela e ia ensinar o menino a fazer dever e depois disso ainda tinha a minha aula de informática. Era muitas coisas para fazer, que às vezes me sentia entediada. Mas eu sempre gostei de ganhar meu próprio dinheiro, de comprar minhas coisinhas,
sem depender das pessoas.
Mas quando foi no final de 2012, meu pai, meu irmão e minha madrasta vieram me ver, eles
sempre vinham de supressa. Formos para Cana-fistula, Fortaleza. E decidir que queria ir para o Rio
de Janeiro, meu pai concordou e me levou com ele, mas na ida para o Rio de Janeiro, ele passou
pela casa da minha tia Fatima que fica em Brasília, gostei muito de ter visitado esse estado tão
importante.
Quando chegamos aqui achei um pouco estranho estava tão diferente. Fui conhecendo as pessoas daqui, fui à casa da minha mãe, ela nem acreditou que eu estava aqui, ela estava gravida de gêmeos era uma menina e um menino, minha mãe sempre gostou de está em bar gravida ou não sempre estava e isso sempre me deixava triste, é muito chato ver sua mãe todos os dias em um bar onde só tem coisa ruim. O mas triste então é saber que
Dominique minha irmã, está jogada aí pelo mundo, com um filho que parece que nem mãe tem me dá muita pena quando a vejo e vejo seu filho.
Em março minha mãe tem os bebes, a Rafaela e o Rafael são umas gracinhas. Uma coisa que me deixava e ainda me deixa irritada é ter que entregar gás nas casas, águas, e trabalhar em obras. Meu pai vende gás e tem casas, e ainda faz mas casas, mas eu não queria ficar carregando coisas pesadas tenho medo de ficar com algum problema na coluna, mas ao mesmo tempo quero ajudar meu pai. As vezes acho que ele preserva mas sua mulher do que sua filhas, isso me deixa um pouco irritada, mas eu fique finjo que nem observo nada, mas na verdade não paro de observar. Minha madrasta estava me contando que a Lúcia já entrou aqui no
quintal da nossa casa um tempo atrás para fazer confusão, ela sempre quis tudo para ela e para seu filho Gabriel, sempre armou confusão para se sair melhor.
Essa mulher sempre gostou de nos perseguir, quando eu estava procurando uma igreja aqui para frequentar, ficou indo onde eu estava e a mandar o Gabriel para mesma igreja que eu frequentasse. Sempre quer que seu filho seja um santo.
Em fevereiro de 2012, as aulas começam por aqui, fiquei ansiosa e com medo, pois não sabia como funcionava aqui. Estava estudando a tarde no 9º ano do ensino fundamental, mas nos primeiros três dias de aula fiquei na sala errada, pois colocaram meu nome na sala do 6º ano. Quando percebi fui a secretaria perguntar, e meu nome estava em duas turmas no 6º ano e no 9º. Então quando
foi quarta-feira fui para o 9º ano. A primeira pessoa que veio falar comigo foi a Luana, então nos tornamos amigas, despois em um dia de trabalho de ciências juntaram os alunos, e fiquei na turma de Andressa e Ângela, que se tornaram minhas melhores amigas, e nós sempre fomos muito doidas. E essa amizade dura até hoje e espero que para sempre.
Depois de alguns meses uma menina se mudou pra minha rua e a gente comecei a ser amiga dela, e também das amigas dela. Que são muito legais e engraçadas.
Como eu já disse antes nunca gostei de fazer trabalhos pesados, como carregar coisas pesadas. Mas tive que fazer varias vezes, nunca criei coragem em dizer não.
Esses são meus 14 anos de vida!