prospecto preliminar do ipo da ldc

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ESTE DOCUMENTO UMA MINUTA INICIAL SUJEITA A ALTERAES E COMPLEMENTAES, TENDO SIDO ARQUIVADO NA COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS PARA FINS EXCLUSIVOS DE ANLISE E EXIGNCIAS POR PARTE DESSA COMISSO. ESTE DOCUMENTO, PORTANTO, NO SE CARACTERIZA COMO O PROSPECTO PRELIMINAR DA OFERTA E NO CONSTITUI UMA OFERTA DE VENDA OU UMA SOLICITAO PARA OFERTA DE COMPRA DE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS NO BRASIL, NOS ESTADOS UNIDOS DA AMRICA OU EM QUALQUER OUTRA LOCALIDADE, SENDO QUE QUALQUER OFERTA OU SOLICITAO PARA OFERTA DE AQUISIO DE VALORES MOBILIRIOS S SER FEITA POR MEIO DE UM PROSPECTO DEFINITIVO OU UM OFFERING MEMORANDUM DEFINITIVO. OS POTENCIAIS INVESTIDORES NO DEVEM TOMAR NENHUMA DECISO DE INVESTIMENTO COM BASE NAS INFORMAES CONTIDAS NESTA MINUTA.

[ticker Novo Mercado]As informaes contidas neste Prospecto Preliminar esto sob anlise da Comisso de Valores Mobilirios, a qual ainda no se manifestou a seu respeito. O presente Prospecto Preliminar est sujeito complementao e correo. O Prospecto Definitivo ser entregue aos investidores durante o perodo de distribuio.

PROSPECTO PRELIMINAR DE DISTRIBUIO PBLICA PRIMRIA E SECUNDRIA DE AES ORDINRIAS DE EMISSO DA

LDC BIOENERGIA S.A. Companhia de Capital Autorizado CNPJ/MF: 15.527.906/0001-36 Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355, 11 andar 01452-919, So Paulo SP [] Aes Valor Total da Oferta: R$[] Cdigo de Negociao na BM&FBOVESPA: [] Cdigo ISIN das Aes: [] No contexto da Oferta, estima-se que o Preo por Ao estar situado entre R$[] e R$[], ressalvado, no entanto, que o Preo por Ao poder, eventualmente, ser fixado fora desta faixa indicativa. A LDC Bioenergia S.A. (Companhia), NL Participations Holding 2 B.V. (NL Holding) e os demais Acionistas Vendedores indicados neste Prospecto (em conjunto, Acionistas Vendedores), em conjunto com o Banco Bradesco BBI S.A. (Coordenador Lder ou Bradesco BBI), o Banco J.P. Morgan S.A. (J.P. Morgan), o BB-Banco de Investimento S.A. (BB Investimentos), o Banco Ita BBA S.A. ("Ita BBA"), o Banco Santander (Brasil) S.A. (Santander) e o Banco Votorantim S.A. (Banco Votorantim e, em conjunto com o Coordenador Lder, o J.P. Morgan, o BB Investimentos, o Ita BBA e o Santander, Coordenadores da Oferta), esto realizando uma oferta pblica de distribuio primria e secundria de, inicialmente, [] aes ordinrias de emisso da Companhia, todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraadas de quaisquer nus ou gravames (Aes), compreendendo: (i) a distribuio pblica de [] novas aes ordinrias a serem emitidas pela Companhia (Oferta Primria), e (ii) a distribuio pblica secundria de [] aes ordinrias de emisso da Companhia e de titularidade dos Acionistas Vendedores (Oferta Secundria), a ser realizada no Brasil, com esforos de colocao das Aes no exterior (Oferta). A Oferta compreender a distribuio pblica primria e secundria de Aes no Brasil, em mercado de balco no organizado, a ser realizada pelos Coordenadores da Oferta, com a participao de determinadas instituies intermedirias autorizadas a operar no mercado de capitais brasileiro, credenciadas junto BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA), convidadas a participar da Oferta para efetuar exclusivamente esforos de colocao das Aes junto aos Investidores No Institucionais (conforme definido neste Prospecto) (Instituies Consorciadas e, em conjunto com os Coordenadores da Oferta, Instituies Participantes da Oferta), observado o disposto na Instruo CVM 400 e o esforo de disperso acionria previsto no Regulamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA ("Regulamento do Novo Mercado"). Simultaneamente, sero tambm realizados esforos de colocao de Aes no exterior pelo Bradesco Securities, Inc., J.P. Morgan Securities LLC, BB Securities Limited, Banco do Brasil Securities LLC, Itau BBA USA Securities, Inc, Santander Investment Securities Inc. e Banco Votorantim Securities, Inc. (em conjunto, Agentes de Colocao Internacional) e determinadas instituies financeiras a serem contratadas, exclusivamente para a colocao de aes junto a investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), residentes e domiciliados nos Estados Unidos da Amrica, definidos em conformidade com a Regra 144A do Securities Act de 1933, dos Estados Unidos da Amrica, conforme alterada (Securities Act), nos termos de isenes de registro previstas no Securities Act, e junto a investidores nos demais pases, fora dos Estados Unidos da Amrica e do Brasil, nos termos do Regulamento S do Securities Act e observada a legislao aplicvel no pas de domiclio de cada investidor (em conjunto, Investidores Estrangeiros), que invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento regulamentados pela Resoluo n 2.689, de 26 de janeiro de 2000, conforme alterada, do Conselho Monetrio Nacional, pela Instruo da CVM n 325, de 27 de janeiro de 2000, conforme alterada, ou pela Lei n 4.131, de 3 de setembro de 1962, conforme alterada, nos termos do Placement Facilitation Agreement. Nos termos do artigo 24 da Instruo CVM 400, a quantidade total das Aes inicialmente ofertadas poder ser acrescida em at 15% (quinze por cento), ou seja, em at [] aes ordinrias de emisso da Companhia, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente ofertadas ("Aes Suplementares"), conforme opo a ser outorgada pela Companhia ao Bradesco BBI, no Instrumento Particular de Contrato de Coordenao, Garantia Firme de Liquidao e Distribuio Pblica Primria e Secundria de Aes Ordinrias de Emisso da LDC Bioenergia S.A. ("Contrato de Distribuio"), as quais sero destinadas a atender um eventual excesso de demanda a ser constatado no decorrer da Oferta ("Opo de Aes Suplementares"). O Bradesco BBI ter o direito exclusivo, por um perodo de at 30 (trinta) dias contados, inclusive, da data de incio de negociao das Aes na BM&FBOVESPA, de exercer a Opo de Aes Suplementares, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, aps notificao aos demais Coordenadores da Oferta, desde que a deciso de sobrealocao das aes ordinrias de emisso da Companhia tenha sido tomada em comum acordo entre os Coordenadores da Oferta no momento da precificao da Oferta. Adicionalmente, sem prejuzo da Opo de Aes Suplementares, nos termos do artigo 14, pargrafo 2, da Instruo CVM 400, a quantidade total de Aes inicialmente ofertada poder, a critrio da Companhia, em comum acordo com os Coordenadores da Oferta, ser acrescida em at 20% (vinte por cento) do total de Aes inicialmente ofertadas, ou seja, em at [] aes de emisso da Companhia, nas mesmas condies e no mesmo preo das Aes inicialmente ofertadas (Aes Adicionais). O Preo por Ao ser fixado aps a concluso do procedimento de coleta de intenes de investimento realizado com Investidores Institucionais (conforme definidos neste Prospecto) pelos Coordenadores da Oferta, conforme previsto no artigo 23, pargrafo 1, e no artigo 44 da Instruo CVM 400 ("Procedimento de Bookbuilding"). A escolha do critrio para determinao do Preo por Ao justificada pelo fato de que o mesmo evitar a diluio injustificada dos acionistas da Companhia e de que as Aes sero distribudas por meio de oferta pblica, em que o valor de mercado das Aes ser aferido com a realizao do Procedimento de Bookbuilding que reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentaro suas intenes de investimento no contexto da Oferta. Os Acionistas (conforme definidos neste Prospecto) que aderirem exclusivamente Oferta Prioritria (conforme definido neste Prospecto) e os Investidores No Institucionais (conforme definido Prospecto) no participaro do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, no participaro do processo de determinao do Preo por Ao. Preo (R$)(1) Preo por Ao.................................................... Oferta Primria .................................................... Oferta Secundria ............................................... [] [] [] [] Comisses (R$)(1)(2) [] [] [] [] Recursos Lquidos (R$)(1)(2)(3) [] [] [] []

Total.................................................................... (1) Considerando o Preo por Ao de R$[], que o ponto mdio da faixa de preos indicada acima. (2) Sem considerar as Aes Adicionais e as Aes Suplementares. (3) Sem deduo das despesas da Oferta.

A realizao da Oferta Primria, com excluso do direito de preferncia dos atuais acionistas da Companhia, nos termos do artigo 172, inciso I, da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (Lei das Sociedades por Aes), bem como seus termos e condies, foram aprovados em Reunio do Conselho de Administrao da Companhia, realizada em 08 de maio de 2012, cuja ata foi arquivada na Junta Comercial do Estado de So Paulo (JUCESP) em [] de [] de 2012 e publicada no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Dirio Comrcio Indstria & Servios (DCI) em [] de [] de 2012. Os atos societrios da NL Holding no requerem a aprovao de rgo deliberativo para a alienao das Aes de sua titularidade na Oferta Secundria. O Preo por Ao e o efetivo aumento de capital da Companhia, dentro do limite de capital autorizado previsto em seu Estatuto Social, sero aprovados em reunio do conselho de administrao da Companhia a ser realizada antes da concesso dos registros da Oferta pela CVM, cuja ata ser arquivada na JUCESP e publicada no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Dirio Comrcio Indstria & Servios (DCI). A Oferta foi registrada pela CVM em [] de [] de 2012, sob o nCVM/SRE/REM/2012/[ ] e o nCVM/SRE/SEC/2012/[ ]. O REGISTRO DA OFERTA NO IMPLICA, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DA VERACIDADE DAS INFORMAES PRESTADAS OU EM JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DA COMPANHIA, BEM COMO SOBRE AS AES A SEREM DISTRIBUDAS. Este Prospecto no deve, em nenhuma circunstncia, ser considerado uma recomendao de investimento nas Aes. Ao decidir subscrever e integralizar as Aes, potenciais investidores devero realizar sua prpria anlise e avaliao da situao financeira da Companhia, de suas atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Aes. OS INVESTIDORES DEVEM LER AS SEES SUMRIO DA COMPANHIA PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA E FATORES DE RISCO RELACIONADOS S AES E OFERTA, A PARTIR DAS PGINAS []E [], RESPECTIVAMENTE, DESTE PROSPECTO, BEM COMO NOS ITENS 4 E 5 DO FORMULRIO DE REFERNCIA DA COMPANHIA, ANEXO A ESTE PROSPECTO, PARA CINCIA DE CERTOS FATORES DE RISCO QUE DEVEM SER CONSIDERADOS COM RELAO NOSSA COMPANHIA, OFERTA E AO INVESTIMENTO NAS AES.

COORDENADORES DA OFERTA

A data deste Prospecto Preliminar [] de [] de 2012.

1

[pgina intencionalmente deixada em branco]

2

NDICEDEFINIES .......................................................................................................................................5 INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIA .................................................................................... 10 CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO ...................................... 11 APRESENTAO DAS INFORMAES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAES .................................... 13 INFORMAES FINANCEIRAS SELECIONADAS............................................................................................. 13 BALANO PATRIMONIAL ...................................................................................................................... 14 INFORMAES DE MERCADO ................................................................................................................ 16 ARREDONDAMENTOS .......................................................................................................................... 16 SUMRIO DA COMPANHIA ................................................................................................................ 17 BREVE HISTRICO DA COMPANHIA................................................................................................... 24 ESTRUTURA DA COMPANHIA............................................................................................................. 28 INFORMAES SOBRE A COMPANHIA................................................................................................ 29

EVENTOS RECENTES ....................................................................................................................... 29 PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA ............................................................... 30 SUMRIO DA OFERTA ....................................................................................................................... 33 INFORMAES RELATIVAS OFERTA ............................................................................................... 42 OPERAES VINCULADAS OFERTA ................................................................................................. 77 APRESENTAO DAS INSTITUIES INTERMEDIRIAS ...................................................................... 78 IDENTIFICAO DOS ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES ........................................... 88 COMPANHIA ..................................................................................................................................... 88 COORDENADORES DA OFERTA .............................................................................................................. 88 CONSULTORES LEGAIS DA COMPANHIA .................................................................................................... 89 CONSULTORES LEGAIS DOS COORDENADORES ........................................................................................... 89 AUDITORES INDEPENDENTES DA COMPANHIA NO LTIMO EXERCCIO SOCIAL ..................................................... 89 DOCUMENTOS E INFORMAES RELATIVOS COMPANHIA ............................................................... 90 FATORES DE RISCO RELACIONADOS S AES E OFERTA .............................................................. 91 DESTINAO DOS RECURSOS ........................................................................................................... 95 CAPITALIZAO ............................................................................................................................... 97 DILUIO......................................................................................................................................... 98

ANEXOSESTATUTO SOCIAL DA COMPANHIA ................................................................................................ 102 ATOS SOCIETRIOS RELACIONADOS OFERTA............................................................................... 103 DECLARAO DA COMPANHIA, DOS ACIONISTAS VENDEDORES E DO COORDENADOR LDER, PARA FINS DO ARTIGO 56 DA INSTRUO CVM 400 ................................................................................. 104 DEMONSTRAES FINANCEIRAS ..................................................................................................... 105 FORMULRIO DE REFERNCIA ........................................................................................................ 106

3

[pgina intencionalmente deixada em branco]

4

DEFINIESNeste Prospecto, utilizamos os termos Ns, nosso e nossa para nos referirmos LDC Bioenergia S.A., salvo se de outra forma indicado neste Prospecto. Os termos indicados abaixo tero o significado a eles atribudos neste Prospecto, conforme aplicvel. Os termos relacionados especificamente com a Oferta e respectivos significados constam da seo Sumrio da Oferta a partir da pgina [] deste Prospecto. [Acionistas Controladores] Administrao Admisso Negociao [Sugar Holdings B.V.; NL Participations Holdings 2 B.V.; NL Participations Holdings 4 B.V.] Nosso Conselho de Administrao e Diretoria. As Aes objeto da Oferta sero negociadas no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA sob o cdigo [] na Data de Incio de Negociao. Em [], celebramos o Contrato de Participao no Novo Mercado com a BM&FBOVESPA. Assembleia Geral Extraordinria. Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais - ANBIMA. Anncio de encerramento da distribuio pblica de Aes, a ser publicado no [] e no [], informando acerca do resultado final da Oferta pelos Coordenadores e pela Companhia nos termos do artigo 29 da Instruo CVM 400. Anncio informando acerca do incio do Prazo de Distribuio das Aes, a ser publicado no [] e no [] pelos Coordenadores e pela Companhia, nos termos do artigo 52 da Instruo CVM 400. Reunio de Conselho de Administrao, realizada em 30 de abril de 2012; AGE e Reunio de Conselho de Administrao, realizadas em 08 de maio de 2012; Reunio de Conselho de Administrao, realizada em 08 de junho de 2012; e Reunio de Conselho de Administrao, realizada em 28 de junho de 2012. Aviso ao Mercado da Oferta, publicado em [] e republicado em [] pelos Coordenadores e pela Companhia, na forma do artigo 53 da Instruo CVM 400. Banco Central do Brasil. Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. Repblica Federativa do Brasil. Certificado de Depsito Interfinanceiro. Polos industriais localizados nas regies Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil onde esto localizados nossas Unidades Industriais.5

AGE ANBIMA

Anncio de Encerramento

Anncio de Incio

Aprovaes Societrias

Aviso ao Mercado

Banco Central ou BACEN BNDES BM&FBOVESPA Brasil ou Pas CDI

Clusters

CMN CODESP Cdigo ANBIMA

Conselho Monetrio Nacional. Companhia Docas do Estado de So Paulo. Cdigo ANBIMA de Regulao e Melhores Prticas para as Ofertas Pblicas de Distribuio e Aquisio de Valores Mobilirios. LDC Bioenergia S.A. O Conselho de Administrao da Companhia.

Companhia Conselho de Administrao Contrato de Participao no Novo Mercado

Contrato de Participao no Novo Mercado, celebrado entre a Companhia, os Acionistas Controladores, os administradores da Companhia e a BM&FBOVESPA, em []. Comit de Pronunciamentos Contbeis. Comisso de Valores Mobilirios. Dia til seguinte data de publicao do Anncio de Incio.

CPC CVM Data de Incio de Negociao EBITDA

O EBITDA representa o resultado do exerccio antes (i) das despesas e receitas financeiras lquidas, (ii) variao cambial; (iii) da depreciao, amortizao e exausto, exceto amortizao dos tratos culturais e (vi) do imposto de renda e contribuio social sobre os resultados do perodo. O EBITDA utilizado pela Companhia, dentre outras mtricas, como medida do desempenho operacional e da gerao de caixa da Companhia. O EBITDA utilizado pela Companhia como medida adicional de desempenho de nossas operaes e no deve ser utilizado em substituio aos resultados da Companhia. O EBITDA no uma medida de desempenho financeiro segundo as prticas contbeis adotadas no Brasil, IFRS, ou US GAAP, tampouco deve ser considerado isoladamente, ou como uma alternativa ao lucro lquido, como medida de desempenho operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa operacionais como medida de liquidez. O EBITDA no possui uma definio padro de clculo, podendo ser calculado por outras empresas de maneira diferente da nossa. O EBITDA, dessa maneira, apresenta limitaes que prejudicam a sua utilizao como medida da nossa lucratividade, em razo de no considerar determinados custos de nossos negcios, que poderiam afetar, de maneira significativa os nossos lucros, tais como despesas financeiras, tributos, depreciao e amortizao.

EBITDA Ajustado

O EBITDA Ajustado corresponde ao EBITDA ajustado por meio da eliminao dos efeitos: (i) amortizao dos tratos culturais; (ii) Ganhos (Perdas) decorrentes de mudanas no valor justo menos custos estimados de venda do ativo biolgico realizados; e (iii) Ganhos (Perdas) decorrentes de mudanas no valor justo menos custos estimados de venda do ativo biolgico no realizados.6

O EBITDA Ajustado no medida de desempenho financeiro segundo as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil, IFRS ou US GAAP, tampouco deve ser considerado isoladamente, ou como uma alternativa ao lucro lquido, como medida de desempenho operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa operacionais como medida de liquidez. Outras empresas podem calcular o EBITDA Ajustado de maneira diferente da nossa. O EBITDA Ajustado, dessa forma, apresenta limitaes que prejudicam a sua utilizao como medida da nossa lucratividade, em razo de no considerar determinados custos e despesas decorrentes dos nossos negcios, que poderiam afetar, de maneira significativa, os nossos lucros, tais como despesas financeiras, tributos, depreciao, custos com tratos culturais e ajustes a valor justo dos ativos biolgicos. O EBITDA Ajustado utilizado por ns como medida adicional de desempenho de nossas operaes e no deve ser utilizado em substituio aos nossos resultados. Estatuto Social FGV Formulrio de Referncia Estatuto Social da Companhia. Fundao Getlio Vargas. Nosso Formulrio de Referncia, anexo a este Prospecto e datado da data deste Prospecto, conforme Instruo CVM 480.

IASB IFRS

International Accounting Standards Board. International Financial Reporting Standards, normas contbeisinternacionais conforme emitidas pelo IASB.

IGP-M

ndice Geral de Preos-Mercado, ndice de inflao medido e divulgado pela FGV. Banco Bradesco S.A.

Instituio Financeira Escrituradora Instruo CVM 325

Instruo da CVM n 325, de 27 de janeiro de 2000, e alteraes posteriores. Instruo da CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003, e alteraes posteriores. Instruo da CVM n 480, de 7 de dezembro de 2009, e alteraes posteriores. Imposto Sobre Operaes Financeiras. Junta Comercial do Estado de So Paulo. Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e alteraes posteriores.

Instruo CVM 400

Instruo CVM 480

IOF JUCESP Lei das Sociedades por Aes LIBOR MAPA

London Interbank Offered Rate.Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.7

NYBOT Novo Mercado

New York Board of Trade.Segmento especial de negociao de valores mobilirios da BM&FBOVESPA com regras diferenciadas de governana corporativa. Investidores que sejam (i) administradores ou controladores da Companhia e/ou dos Acionistas Vendedores; (ii) administradores ou controladores das Instituies Participantes da Oferta e/ou dos Agentes de Colocao Internacional; (iii) outras pessoas vinculadas Oferta; e/ou (iv) os cnjuges ou companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais at o segundo grau, das pessoas indicadas nos itens (i), (ii) e (iii) acima. Petrleo Brasileiro S.A. Petrobras. As prticas contbeis adotadas no Brasil compreendem aquelas includas na legislao societria brasileira e os Pronunciamentos, as Orientaes e as Interpretaes emitidos pelo CPC e aprovados pela CVM. Prospecto Definitivo de Distribuio Pblica Primria e Secundria de Aes Ordinrias de Emisso da Companhia. Este Prospecto Preliminar de Distribuio Pblica Primria e Secundria de Aes Ordinrias de Emisso da Companhia. O Aviso ao Mercado foi e as demais publicaes da Oferta sero publicadas no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal DCI Dirio Comrcio Indstria & Servios. Moeda corrente no Brasil.

Pessoas Vinculadas

Petrobras Prticas Contbeis Adotadas no Brasil ou BR GAAP

Prospecto Definitivo

Prospecto Preliminar ou Prospecto Publicaes

Real, reais ou R$ Regra 144A Regulamento de Arbitragem

Rule 144A do Securities Act, conforme alterada.Regulamento da Cmara de Arbitragem do Mercado, inclusive suas posteriores modificaes, que disciplina o procedimento de arbitragem ao qual sero submetidos todos os conflitos estabelecidos na Clusula Compromissria inserida no Estatuto Social da Companhia e constante dos Termos de Anuncia.

Regulamento do Novo Mercado

Regulamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA que disciplina os requisitos para negociao de valores mobilirios de companhias abertas em segmento especial de negociao de valores mobilirios da BM&FBOVESPA denominado Novo Mercado, estabelecendo regras diferenciadas de governana corporativa para essas companhias, seus administradores, seu conselho fiscal, se instalado, e seus acionistas controladores.

Regulamento S Safra

Regulation S do Securities Act, conforme alterada.Significa a safra de cana-de-acar iniciada em 1 de abril de um determinado ano e encerrada em 31 de maro do ano seguinte.

SEC

Securities and Exchange Commission a comisso de valores8

mobilirios dos Estados Unidos da Amrica.

Securities Act

U.S. Securities Act de 1933, legislao dos Estados Unidos da Amrica que regula operaes de mercado de capitais, conforme alterada.TEAG - Terminal de Exportao de Acar do Guaruj Ltda. Associao Unio da Indstria da Cana-de-acar. As 13 unidades industriais em operao da Companhia.

TEAG UNICA Unidades Industriais USDA US$, dlar ou dlares

United States Department of Agriculture.Moeda oficial dos Estados Unidos da Amrica.

9

INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIAIdentificao da Companhia Registro na CVM LDC Bioenergia S.A.

Estamos em processo de obteno de registro de companhia aberta na Categoria A perante a CVM. O protocolo de nosso pedido de registro de companhia aberta perante a CVM foi efetuado em 09 de maio de 2012. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355, 11 andar, Pinheiros, CEP 01452-919, na Cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, Brasil. A Diretoria de Relaes com Investidores da Companhia localizase na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355, 11 andar, Pinheiros, CEP 01452-919, na Cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, e o responsvel por essa diretoria o Sr. Fabio Lima Nascimento. O telefone da Diretoria de Relaes com Investidores (11) [30925463] e o seu endereo eletrnico [[email protected]]. Para as demonstraes financeiras relativas aos exerccios sociais encerrados em 31 de maro de 2012, 2011 e relativa ao perodo de doze meses encerrado em 31 de maro de 2010, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Banco Bradesco S.A. As aes ordinrias de nossa emisso sero listadas no Novo Mercado, segmento especial de negociao de valores mobilirios da BM&FBOVESPA e negociadas no primeiro dia til seguinte publicao do Anncio de Incio sob o cdigo []. As publicaes por ns realizadas em decorrncia da Lei das Sociedades por Aes so divulgadas no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal DCI Dirio Comrcio Indstria & Servios. []. As informaes constantes do nosso website no integram o presente Prospecto e no so a ele incorporadas por referncia. Quaisquer informaes ou esclarecimentos adicionais sobre ns, e a Oferta podero ser obtidos junto: (i) nossa sede social; (ii) aos Coordenadores da Oferta, nos endereos indicados neste Prospecto ou nos seus respectivos websites: (iii) BM&FBOVESPA, na Rua XV de Novembro, n 275, na cidade de So Paulo, no Estado de So Paulo, ou em seu website: www.bmfbovespa.com.br; ou (iv) CVM, Rua Sete de Setembro, n 111, 5 andar, na cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro, e na Rua Cincinato Braga, n 340, 2, 3 e 4 andares, na cidade de So Paulo, no Estado de So Paulo, ou em seu website: www.cvm.gov.br. Informaes detalhadas sobre ns, nossos negcios e operaes podero ser encontradas no Formulrio de Referncia constante deste Prospecto a partir de sua pgina [].10

Sede

Diretoria de Relaes com Investidores

Auditores Independentes

Instituio Escrituradora Listagem das Aes

Jornais em que Divulga Informaes

Website

Informaes Adicionais

Formulrio de Referncia

CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTUROEste Prospecto inclui estimativas e perspectivas futuras, contidas principalmente nas sees 7 e 10 do Formulrio de Referncia, anexo a este Prospecto. Tais estimativas e declaraes futuras tm por embasamento, em grande parte, expectativas atuais sobre eventos futuros e tendncias financeiras que afetem ou possam vir a afetar os nossos negcios. Embora acreditemos que essas estimativas e declaraes futuras sejam baseadas em premissas razoveis, elas esto sujeitas a diversos riscos e incertezas e foram efetuadas somente com base nas informaes de que dispomos atualmente. Alm de outros itens discutidos em outras sees deste Prospecto, h uma srie de fatores que podem fazer com que os nossos resultados reais sejam substancialmente diferentes daqueles contidos, expressa ou implicitamente, em tais estimativas e declaraes, as quais, como consequncia, podem vir a no ocorrer. Tais fatores incluem, entre outros, os seguintes: conjuntura scio-econmica, poltica e de negcios do Brasil; inflao e desvalorizao do real, bem como flutuaes das taxas de juros; revogao dos incentivos fiscais atualmente concedidos pelas autoridades pblicas competentes;

disponibilidade de financiamentos em termos aceitveis; decises desfavorveis em processos judiciais ou administrativos em andamento; acidentes, interrupes ou falhas operacionais; resciso da concesso detida por uma das nossas subsidirias para operar um terminal porturio, por parte da autoridade concedente; e fatores de risco discutidos nas sees 4 e 5 do Formulrio de Referncia da Companhia, anexo a este Prospecto, bem como as sees Principais Fatores de Risco Relativos Companhia e Fatores de Risco Relacionados s Aes e Oferta, na pgina [], deste Prospecto.

O investidor deve estar ciente de que os fatores mencionados acima, alm de outros discutidos neste Prospecto, podero afetar nossos resultados futuros e podero levar a resultados diferentes daqueles expressos nas declaraes prospectivas que fazemos neste Prospecto. Muito embora acreditemos que tais estimativas sejam adequadas, no temos como garantir que elas se materializaro no futuro. Tais estimativas referem-se apenas data em que foram expressas, sendo que ns e os Coordenadores no assumimos a obrigao de atualizar publicamente ou revisar quaisquer dessas estimativas em razo da ocorrncia de nova informao, eventos futuros ou de qualquer outra forma. Os termos acreditamos, podemos, continuamos, esperamos, prevemos, pretendemos, planejamos, estimamos, antecipamos, ou similares tm por objetivo identificar estimativas. Declaraes prospectivas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstncias que podem ou no ocorrer. A condio futura da nossa situao financeira e de nossos resultados operacionais, nossa participao de mercado e11

posio competitiva no mercado podero apresentar diferenas significativas se comparados quela expressa ou sugerida nas referidas declaraes prospectivas. Muitos dos fatores que determinaro esses resultados e valores esto alm da nossa capacidade de controle ou previso. Em vista dos riscos e incertezas envolvidos, nenhuma deciso de investimento deve ser tomada somente baseada nas estimativas e declaraes futuras constantes deste Prospecto.

12

APRESENTAO INFORMAES

DAS

INFORMAES

FINANCEIRAS

E

OUTRAS

As informaes financeiras descritas neste item foram extradas de nossas demonstraes financeiras consolidadas, que compreendem os balanos patrimoniais levantados em 31 de maro de 2012, 2011 e 2010 e as respectivas demonstraes dos resultados, das mutaes do patrimnio lquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes aos exerccios findos naquelas datas, anexas a este Prospecto, elaboradas por ns de acordo com as Normas Internacionais de Relatrio Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board IASB e de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil. Estas demonstraes financeiras foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. O relatrio da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes sobre as demonstraes financeiras dos exerccios findos em 31 de maro de 2012, 2011 e 2010 inclui pargrafos de nfases sobre: (i) o fato de que, conforme descrito na nota explicativa n 2.1, as demonstraes financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil. No caso da Companhia essas prticas diferem das IFRSs, aplicveis s demonstraes financeiras separadas, somente no que se refere avaliao dos investimentos em controladas pelo mtodo de equivalncia patrimonial, enquanto para fins de IFRSs seria custo ou valor justo; e (ii) o fato de que as demonstraes, individual e consolidada, do valor adicionado (DVA), referentes aos exerccios findos em 31 de maro de 2012, 2011 e 2010, preparadas sob a responsabilidade da Administrao e cuja apresentao requerida pela legislao societria brasileira para companhias abertas e como informao suplementar pelas IFRSs que no requerem a apresentao da DVA, foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria que as demonstraes financeiras bsicas. Ver relatrio dos auditores independentes na pgina [] deste Prospecto. Tais informaes devem ser lidas e analisadas em conjunto com as demais sees deste Prospecto e com o Formulrio de Referncia (inclusive seo 3 e 10), conforme anexos a este Prospecto.[Nossas demonstraes financeiras, anexas a este Prospecto, foram emitidas em nome da LDC Bioenergia S.A., que era a nossa denominao social em 31 de maro de 2012.] INFORMAES FINANCEIRAS SELECIONADASExerccio Social Encerrado em 31 de maro de 2012 2011 2010 (12 meses)1 a) Patrimnio Lquido (em R$ mil) b) Ativo Total (em R$ mil) c) Receita Lquida (em R$ mil) d) Resultado Bruto (em R$ mil) e) Resultado do Exerccio (em R$ mil) f) Nmero de Aes, ex-tesouraria g) Valor patrimonial da ao (em reais) h) Resultado do Exerccio por ao (em reais) (i) Outras informaes contbeis selecionadas: EBITDA Ajustado 2.471.092 9.729.189 3.402.895 457.331 (279.453) 11.649.671.470 0,21162 (0,02385) 1.134.578 3.012.054 8.383.136 3.186.486 879.250 267.680 11.763.713.819 0,25605 0,02255 1.321.311 2.717.777 7.764.601 2.139.196 (115.475) (67.048) 11.906.888.263 0,22825 (0,01291) 294.432

BALANO PATRIMONIAL

1

As informaes financeiras relativas ao perodo de 12 meses encerrado em 31 de maro de 2010 foram preparadas com base nas demonstraes financeiras consolidadas do exerccio social findo em 31 de maro de 2010, o qual teve uma durao excepcional de 15 meses devido a alteraes na data de encerramento.

13

Abaixo foram listadas todas as linhas de nosso balano patrimonial consolidado, com a correspondente comparao dos exerccios sociais encerrados em 31 de maro de 2012 e 31 de maro de 2011, e do perodo de doze meses encerrado em 31 de maro de 2010:

(valores expressos em R$ mil) ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Aplicaes financeiras Instrumentos financeiros derivativos Contas a receber Estoques Impostos a recuperar Outros crditos 794.397 413.229 8.657 259.769 755.437 100.907 33.401 2.365.797 Ativos mantidos para venda Total do ativo circulante NO CIRCULANTE Realizvel a longo prazo: Adiantamentos a fornecedores Depsitos judiciais Impostos a recuperar Instrumentos financeiros derivativos Imposto de renda e contribuio social diferidos Outros crditos Ativo biolgico Investimentos Ativo imobilizado Intangvel Total do ativo no circulante 62.351 129.334 29.757 65.400 28.141 1.507.989 238.081 4.129.684 1.057.462 7.248.199 28.831 93.638 29.674 9.541 8.035 1.394.190 1.884 4.024.000 946.543 6.536.336 9.651 127.766 29.298 115.981 399 1.171.827 1.755 4.109.497 903.205 6.469.379 115.193 2.480.990 564.130 12.905 66.255 391.164 493.408 71.323 19.338 1.618.523 228.277 1.846.800 237.998 25.762 12.063 239.332 388.122 65.086 38.652 1.007.015 288.207 1.295.222 31.03.12 31.03.11 31.03.10

TOTAL DO ATIVO 14

9.729.189

8.383.136

7.764.601

PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDO CIRCULANTE Emprstimos e financiamentos Adiantamentos de clientes no Pas Adiantamentos de clientes no exterior Fornecedores Provises e encargos sobre a folha de pagamento Impostos e contribuies a recolher Instrumentos financeiros derivativos Opo de venda de aes Outras obrigaes Total do passivo circulante NO CIRCULANTE Emprstimos e financiamentos Imposto de renda e contribuio social diferidos Instrumentos financeiros derivativos Proviso para disputas trabalhistas, cveis e tributrias Impostos e contribuies a recolher Outras obrigaes Total do passivo no circulante PATRIMNIO LQUIDO Capital social Reserva de capital Reservas de lucros Prejuzos acumulados Outros resultados abrangentes Total do patrimnio lquido dos acionistas controladores

31.03.12

31.03.11

31.03.10

1.802.370 10.527 12.945 248.650 98.184 94.019 97.790 160.309 2.524.793

1.047.139 42.369 5.973 364.213 75.196 118.413 33.032 157.027 1.843.362

904.026 9.033 18.485 378.914 72.050 82.419 23.874 40.468 110.015 1.639.284

3.668.794 332.094 52.000 557.940 26.118 96.358 4.733.304

2.581.019 390.586 8.967 438.139 58.966 50.043 3.527.720

2.390.901 452.774 15.518 372.184 116.301 59.862 3.407.540

1.175.996 1.431.935 (68.692) (73.977)

1.175.996 1.556.626 210.619 68.813

1.175.996 1.609.190 3.202 (67.048) (3.563)

2.465.262

3.012.054

2.717.777

Participao dos acionistas no controladores 15

5.830

-

-

Total do patrimnio lquido TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMNIO LQUIDO

2.471.092

3.012.054

2.717.777

9.729.189

8.383.136

7.764.601

INFORMAES DE MERCADO As informaes contidas neste Prospecto em relao ao Brasil e economia brasileira so baseadas em dados publicados pelo Banco Central, pelos rgos pblicos e por outras fontes independentes. Os dados e estatsticas sobre o setor de acar e etanol, bem como sobre a nossa participao em tal setor, so baseados em dados de disponibilidade pblica extrados de fontes independentes, tais como: LMC, Banco Central, UNICA, Datagro Publicaes Ltda., F.O. Licht, Apoio e Vendas Procana Comunicaes Ltda., BM&FBOVESPA, Organizao Internacional do Acar, BNDES, NYBOT, Anfavea, Banco Mundial, Case IH, MAPA, Companhia Nacional de Abastecimento CONAB, USDA, Secretaria de Comrcio Exterior/Ministrio de Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior SECEX/MDIC e London International Financial Futures and Options Exchange - LIFFE ou por outras fontes que julgamos serem confiveis. Ns e os Coordenadores da Oferta no assumimos qualquer responsabilidade pela preciso ou suficincia de tais indicadores do setor ou outras informaes pblicas contidas ao longo deste Prospecto. ARREDONDAMENTOS Os percentuais e valores includos neste Prospecto podem ter sido arredondados. Portanto, tais percentuais e valores podem no corresponder ao montante exato e preciso dos mesmos.

16

SUMRIO DA COMPANHIA

Este sumrio apenas um resumo de nossas informaes. As informaes completas sobre ns esto no Formulrio de Referncia; leia-o antes de aceitar a Oferta. As informaes constantes desta seo so consistentes com as informaes de nosso Formulrio de Referncia. A menos que o contexto exija outra interpretao, os termos ns, nossos e nossa Companhia referem-se LDC Bioenergia S.A. e suas controladas.VISO GERAL Somos o maior processador mundial de cana-de-acar com foco exclusivo nessa atividade (pure player) em termos de capacidade de processamento, de acordo com o Anurio da Cana 2011. Alm disso, somos o segundo maior produtor de acar e etanol no Brasil e um dos maiores produtores mundiais de energia eltrica renovvel proveniente de biomassa, conforme o Anurio da Cana de 2011. Atuamos de forma sustentvel e verticalmente integrada, participando de todas as etapas de produo, desde o plantio, a colheita e o processamento da cana-de-acar, at a armazenagem, logstica e comercializao de nossa ampla gama de produtos, no mercado brasileiro e internacional. Possumos atualmente 13 Unidades Industriais em operao, com capacidade de processamento de 40 milhes de toneladas de cana-de-acar por exerccio social e, dependendo do mix de produtos adotados2, temos capacidade de produo por exerccio social de (i) 2,8 milhes de toneladas de acar (quando maximizada a produo de acar), (ii) 1,8 milho de m3 de etanol (quando maximizada a produo de etanol) e (iii) 1.000 GWh/ano de energia eltrica renovvel excedente (diferena entre a quantidade total de energia gerada e a quantidade total de energia consumida pelas prprias Unidades Industriais), gerada a partir da utilizao do bagao de canade-acar (biomassa residual). A nossa alta capacidade mdia de processamento por Unidade Industrial (superior a trs milhes de toneladas) nos propicia potenciais economias de escala ao longo de nosso processo produtivo. Alm disso, 12 de nossas 13 Unidades Industriais apresentam ampla flexibilidade de produo de acar ou de etanol, o que nos permite direcionar a produo de acordo com as oportunidades de mercado que julgamos mais favorveis. Temos ainda uma joint venture no TEAG, terminal porturio localizado no Porto de Santos, o que nos assegura capacidade de armazenagem e movimentao de acar, de importncia estratgica para as nossas operaes de exportao. Nossas Unidades Industriais esto estrategicamente localizadas nas regies Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, e so organizadas em Clusters que nos permitem capturar vantagens operacionais e financeiras. A localizao em diferentes regies do pas nos permite processar durante todos os meses do ano cana-de-acar cultivada em aproximadamente 470.000 hectares de reas plantadas. Isto reduz a sazonalidade do nosso negcio, contribuindo para a mitigao do risco climtico inerente s nossas atividades e otimizando nosso fluxo de caixa. Acreditamos que a diversidade geogrfica dos nossos Clusters tambm oferece oportunidades de expanso nessas regies com aumento de ganhos de escala e de sinergias.

Para a qualificao do mix, quando da maximizao da produo do acar, verifica-se uma composio na produo de 57,59% de acar e 42,41% de etanol. Na maximizao da produo do etanol, verifica-se uma composio na produo de 43,86% de acar e 56,14% de etanol. 17

2

Acreditamos ser uma das poucas companhias do setor sucroalcooleiro brasileiro que possui uma gama amplamente diversificada de produtos, que inclui no apenas o acar VHP e o etanol combustvel, mas tambm acar cristal, acar GC (granulometria controlada), acar lquido, acar lquido invertido, acar refinado, etanol industrial e etanol neutro. Encontramo-nos, tambm, entre uma das companhias deste setor que produzem etanol combustvel limpo, certificado pela Agncia Americana de Proteo Ambiental (Environmental Protection Agency EPA), para comercializao nos Estados Unidos. Nosso portflio de produtos diferenciados e nossos abrangentes canais de comercializao (35 representantes distribudos em todo o Brasil e produtos comercializados em 52 pases) nos conferem acesso a um mercado amplo, atraindo mais clientes e parceiros comerciais. Nossa gerao de energia nos exerccios sociais encerrados em 31 de maro de 2011 e 2012 nos permitiria suprir a demanda de em mdia 1,2 milhes de habitantes ou 366 mil residncias, de acordo com a mdia residencial nacional de consumo de energia eltrica, conforme EPE - Empresa de Pesquisa Energtica. Ingressamos no setor sucroalcooleiro em 2000 por meio da aquisio da Unidade Industrial Cresciumal, e conseguimos elevar nossa capacidade industrial de processamento de 0,9 milho de toneladas/ano em 2000 para as atuais 40 milhes de toneladas/ano, em menos de dez anos, por meio de uma estratgia bem-sucedida de aquisies de outras Unidades Industriais e expanso orgnica. Dentre as nossas operaes de fuses e aquisies mais relevantes, destacamos a aquisio das quatro Unidades Industriais do Grupo Tavares de Melo, em 2007, e a fuso com o Grupo Santelisa Vale, em 2009, duas das maiores operaes da histria do setor sucroalcooleiro no Brasil em termos de capacidade de moagem adquirida. Alm disso, tambm alcanamos posio de destaque no setor sucroalcooleiro brasileiro por meio da expanso de nossas unidades (brownfields) e da implantao de um novo projeto (greenfield), com a Unidade Industrial denominada Rio Brilhante, alm da adoo de processos eficientes de integrao de empresas, ativos e culturas empresariais. Fazemos parte do Grupo Louis Dreyfus Commodities, com mais de 160 anos de experincia no mercado global de commodities e que se destaca pela posio de liderana nos mercados de acar, arroz, algodo, laranja, milho e trigo, entre outros. Presente em mais de 55 pases espalhados pelos cinco continentes, o Grupo Louis Dreyfus Commodities um dos maiores comercializadores de acar do mundo e possui experincia internacional na produo e comercializao de etanol. Adotamos do nosso controlador uma estratgia corporativa focada nas melhores prticas internacionais e sofisticadas tcnicas de gesto de riscos, comercializao e planejamento estratgico. Beneficiamo-nos de uma ampla gama de informaes do mercado global de commodities disponibilizada pelo nosso controlador, derivadas de sua posio de liderana neste mercado.

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A tabela abaixo reflete nossa receita operacional com a comercializao de acar, etanol e energia eltrica no exerccio social encerrado em 31 de maro de 2012:

Exerccio Social Encerrado em 31 de maro de 2012 Receita Lquida Total (em R$ mil) EBITDA Ajustado (em R$ mil) Percentual da Receita operacional por produto Moagem efetiva de cana-de-acar Volume total de vendas de acar Volume total de vendas de etanol Volume total de vendas de energia eltrica 3.402.895 1.134.578 54,7% ucar, 39,5% etanol e 5,8% outros produtos 27,5 milhes de toneladas 1.945.679 toneladas 1.026.162 m 1.203 GWh*

* Este volume total de vendas de energia inclui as exportaes de energia de nossas Unidades Industriais do perodo, equivalentes a 564,5 GWh, alm dos volumes de energia negociados por ns a partir de outras fontes de gerao.

OPORTUNIDADES DE NEGCIOS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO BRASILEIRO Relacionamos abaixo as principais oportunidades de negcios que, em nossa opinio, devero direcionar o crescimento do setor sucroalcooleiro brasileiro nos prximos anos: Mercado Mundial de Acar em Crescimento. Entre as safras de 1991/1992 e 2010/2011, os fluxos de exportaes mundiais do acar cresceram de aproximadamente 30 milhes de toneladas para cerca de 52,6 milhes de toneladas, tendo em vista a reduo das barreiras ao comrcio e a importao de acar nos pases desenvolvidos, conforme dados divulgados pela USDA. Estima-se que o consumo mundial continuar crescendo nos prximos anos, influenciado pelas mudanas sociais e econmicas dos pases emergentes, e dever totalizar 207 milhes de toneladas entre 2020 e 2021 de acordo com a FAO (versus um consumo de 157 milhes de toneladas na Safra 2010/2011 de acordo com o USDA). Demanda Crescente por Etanol. No Brasil, de 2000 a 2011, o volume de vendas de etanol teve um crescimento mdio composto de 8,7% ao ano (safra) de acordo com a UNICA, movimentando mais de R$20 bilhes em 2011, de acordo com a ANP. Introduzidos em 2003, os veculos com motores bicombustveis, conhecidos como flex-fuel, os quais representaram no ano de 2011 aproximadamente 89% das vendas de carros novos no Brasil e 44% da frota brasileira de veculos leves, de acordo com a Associao Nacional de Fabricantes de Veculos Automotores (Anfavea). O crescimento mdio da venda de veculos no mercado domstico foi de 2,2% em 2011, totalizando 3,2 milhes de veculos, de acordo com a Anfavea. Conforme divulgado pela Anfavea, estima-se que a produo de novos veculos no mercado domstico dever crescer taxa de 4% a 5% em 2012, resultando em um nmero total de veculos vendidos de 3,6 milhes ao final deste ano. Globalmente, o volume total de etanol consumido hoje de 88 bilhes de litros e a expectativa de que chegue a 94 milhes de m3 em 2020 de acordo com a USDA. Alm de sua aplicao tradicional como combustvel de veculos automotivos, verificamos demanda crescente de etanol para fabricao de produtos alternativos, como etileno, etano e propano, matria-prima para fabricao de plsticos. O Brasil Apresenta as Condies Favorveis para Capturar o Crescimento do Setor. A cana-de-acar a matria-prima mais eficiente para a produo de acar e etanol, se comparada s demais matrias-primas. O Brasil, por sua vez, oferece grande disponibilidade de terras agricultveis, condies climticas geralmente favorveis, abundncia de gua, tecnologia de ponta, mo-de-obra qualificada e grande escala produtiva, que favorecem a produo de canade-acar, condies essas que, aliadas ao histrico de expanso, sua vocao exportadora, sua situao econmica e ao seu atual ambiente poltico, econmico e social estvel, oferecem ao Brasil vantagem competitiva para liderar a crescente produo mundial de acar e, ao mesmo tempo, suprir a demanda crescente por etanol, especialmente no Brasil.19

Grande Atratividade de Cogerao de Energia Eltrica. O processo de cogerao de energia eltrica, a partir do bagao de cana-de-acar, apresenta grande atratividade econmica. A produo de acar e etanol , na maioria das vezes, autossuficiente em termos de eletricidade: o bagao de cana-de-acar (um subproduto do processo produtivo) utilizado como combustvel para queima dentro de caldeira, gerando vapor de alta presso, que aciona turbina e eletrogeradores que produzem a eletricidade. Neste contexto, o excedente de energia, ou seja, aquele no utilizado pela prpria Unidade Industrial, pode ser vendido para o mercado com margens atrativas, dado o seu custo marginal de produo. Com a expanso da produo de acar e de etanol, novos campos esto sendo desenvolvidos e caldeiras mais eficientes esto sendo instaladas, o que resulta em um excedente maior de energia para ser vendida no mercado. A cogerao de energia representa hoje 2% da matriz energtica brasileira e a expectativa de que chegue a 15% em 2020, de acordo com a UNICA. VANTAGENS COMPETITIVAS Acreditamos que nossas principais vantagens competitivas so as seguintes:

Posicionamento estratgico para capturar as perspectivas favorveis do setor e as vantagens da cana-de-acar. Estima-se, de acordo com a NICA, que a somatria dasdemandas de acar e etanol gerar no Brasil, pelos prximos nove anos, necessidade de processamento adicional anual de 70 milhes de toneladas de cana-de-acar, a matria-prima mais eficiente para a produo de acar e etanol, que apresenta vantagens competitivas nos quesitos de produtividade, eficincia energtica e sustentabilidade em relao s demais culturas, tais como trigo, beterraba, milho e madeira. Acreditamos estar bem posicionados para capturar essas oportunidades de crescimento por conta de nossa escala, eficincia de nossas operaes, nosso slido histrico de aquisies e crescimento no setor sucroalcooleiro no Brasil, acesso a mercados mais rentveis e informaes estratgicas sobre os mercados globais, providas pelo Grupo Louis Dreyfus Commodities, que nos beneficiam em termos de decises de precificao e de poltica de estocagem.

Comprovada capacidade de crescimento e integrao de aquisies estratgicas, estando bem posicionados para aproveitar a tendncia de consolidao do setor. Desde2000, ns adquirimos 12 Unidades Industriais pertencentes a cinco diferentes grupos, com presena em diferentes regies do pas. Essa experincia e diversidade regional nos coloca em uma posio mais vantajosa no processo de consolidao do setor, que se encontra ainda bastante fragmentado, considerando que em 31 de maro de 2011 os dez maiores players no setor em termos de moagem efetiva tinham 33% do mercado, conforme o Anurio da Cana de 2011. Dentre as nossas aquisies mais relevantes, destacamos a aquisio de quatro Unidades Industriais de acar e etanol do Grupo Tavares de Melo e a fuso com o Grupo Santelisa Vale, ambas consideradas as maiores operaes do setor nas respectivas pocas em que foram realizadas. Estas aquisies, juntamente com o crescimento orgnico por meio de expanses em nossas Unidades Industriais (brownfields) e a construo de uma nova Unidade Industrial (greenfield), nos proporcionaram a posio atual de maior pure player global do setor de acordo com Anurio da Cana 2011, com um salto em nossa capacidade industrial de processamento de 0,9 milho de toneladas/ano em 2000, para os atuais 40 milhes de toneladas/ano. Nosso track record de aquisies nos permitiu acumular experincia relevante na identificao e avaliao de potenciais ativos, bem como na integrao subsequente com nossas unidades, o que nos permite (i) replicar nosso modelo de gesto operacional em novos ativos que venhamos a adquirir e (ii) capturar benefcios de sinergia e escala.

Localizao estratgica das nossas Unidades Industriais e organizao eficiente em Clusters. A diversidade das regies em que nos encontramos localizados nos permite (i) mitigaros riscos de exposio a variaes climticas e (ii) gerar fluxo de caixa o ano todo, considerando que a safra se estende de maro/abril a novembro/dezembro na regio Centro-Sul e de agosto/setembro a fevereiro/maro na regio Nordeste. Ademais, a maioria das nossas Unidades20

Industriais est localizada prxima aos trajetos de importantes ferrovias e rodovias, alm de uma parte delas estar muito prxima ao futuro etanolduto, a ser construdo na regio Centro- Oeste e Sudeste. Alm disso, nossos ativos so divididos em quatro Clusters, estrategicamente localizados em regies com condies climticas favorveis produo da cana-de-acar, alto potencial produtivo e que apresentam importncia estratgica no contexto nacional, incluindo a regio de maior peso econmico do pas (Sudeste) e a que apresenta algumas das mais altas taxas de crescimento de consumo no pas (Nordeste). Nossa diviso em Clusters (So Paulo-Sul, So PauloNorte, Mato Grosso do Sul e Nordeste), baseada na proximidade entre as nossas Unidades Industriais, nos permite obter ganhos de escala, otimizar a administrao de estoques, realizar uma diviso eficiente de mo-de-obra especializada, aperfeioar a distribuio de matria-prima, reduzir custos de transporte e logstica e obter condies mais vantajosas para aquisio de canade-acar, dentre outros benefcios. Nossa presena diversificada tambm nos coloca em posio privilegiada sob o aspecto logstico, dado que a localizao de nossos Clusters propicia, ao mesmo tempo, acesso a mercados domsticos com demandas crescentes, como Nordeste e Centro-Oeste, alm de fcil acesso aos principais canais de exportao, via os portos de Santos, Vitria, Paranagu, Cabedelo, Suape e Natal.

Eficincia agrcola, operacional e industrial. Possumos uma plataforma de produo integrada, desempenhando atividades desde o plantio da cana-de-acar at a venda de acar ao varejista. Na safra 2011/2012, visamos um modelo equilibrado entre o cultivo de cana-deacar prpria (64%) e a aquisio de cana-de-acar de fornecedores, em funo das peculiaridades regionais das localidades em que atuamos, o que nos permite: (i) incorporar as margens de rentabilidade normalmente associadas produo agrcola de cana-de-acar; (ii) minimizar o risco de insuficincia de matria-prima; (iii) garantir uma matria-prima de melhor qualidade em relao matria-prima fornecida por pequenos produtores, uma vez que possumos recursos tecnolgicos de difcil acesso a pequenas empresas e produtores; e (iv) compartilhar os riscos de produo e de preos com os fornecedores de cana-de-acar. Nossas plantaes esto prximas s nossas Unidades Industriais, possibilitando menores custos logsticos e melhor planejamento das nossas atividades agrcolas. Alm disso, temos alto grau de mecanizao de nossas atividades agrcolas, desde o plantio (62%) at tratos culturais (100%) e colheita (84%), fruto dos nossos investimentos em tecnologias avanadas, que resultam na reduo dos nossos custos de produo e da dependncia de mo-de-obra. Vale ainda ressaltar que a alta capacidade mdia de processamento de nossas Unidades Industriais (superior a trs milhes de toneladas) contribui para a diluio dos nossos custos fixos.Outros importantes fatores da nossa eficincia operacional so (i) nossa estrutura diferenciada de armazenagem, com capacidade para estocagem de aproximadamente 776.165 toneladas de acar e 864.286 m3 de etanol, que nos permite controlar a oferta de nossos produtos no mercado, escolhendo o melhor momento para a sua venda; e (ii) nossa joint venture no TEAG, que propicia o escoamento da nossa produo para o mercado externo a custos competitivos e menos exposio ao impacto negativo das filas de navios.

Integramos um grupo multinacional com amplo conhecimento do mercado mundial de commodities. Contamos com o suporte do Grupo Louis Dreyfus Commodities, com mais de 160 anos de experincia no mercado global de commodities e que se destaca pela posio deliderana nos mercados de acar, arroz, algodo, laranja, milho e trigo, dentre outros. O Grupo possui amplo conhecimento do mercado sucroalcooleiro brasileiro, com mais de 60 anos de experincia na produo, processamento, armazenagem, distribuio e comercializao de commodities no Brasil. Como consequncia desta relao, contamos com diversos benefcios, dos quais podemos destacar o acesso a informaes estratgicas sobre os mercados agrcolas globais, que nos auxiliam em nossos planejamentos comerciais e na poltica e gesto de nossos riscos financeiros e de mercado, cujas diretrizes envolvem (i) o controle e monitoramento das operaes pelos comits de finanas e riscos; (ii) a implementao de polticas de hedge para minimizar impactos de variao de preos de commodities, taxas de juros e taxas de cmbio; e (iii) a utilizao de instrumentos derivativos com o objetivo de mitigar os riscos da operao. Ademais, o Grupo Louis Dreyfus Commodities, que tambm um de nossos principais clientes, responsvel21

pela compra de importante parcela do nosso acar direcionado ao mercado externo. Dentre os principais valores do nosso Grupo, destacamos o foco na sustentabilidade de nossos negcios, que aplicado no nosso cotidiano por meio de um conjunto de polticas de desenvolvimento sustentvel, estruturadas em quatro pilares interligados: Pessoas, Meio Ambiente, Comunidades e Parceiros, todos monitorados por um sistema de gesto integrado. Para maiores informaes a respeito de nossas polticas de desenvolvimento sustentvel, vide item 7.5(b) e 7.8 do Formulrio de Referncia.

Produtos com alto valor agregado e acesso a mercados com alta rentabilidade. Alm do acar VHP e do etanol combustvel, produzimos tambm acar cristal, acar GC, acar lquido, acar lquido invertido, acar refinado, etanol industrial e etanol neutro, que requerem um processo produtivo bastante complexo e, alm de possurem um alto valor agregado, contribuem para a ampliao da nossa base de clientes. No mercado domstico de acar, comercializamos nossos produtos por meio de marcas prprias (sendo as principais Estrela, Dinalsucar e Dumel). A marca Estrela, inclusive, uma das lderes no mercado nordestino de acar cristal, com 11,4% de market share para o ano de 2011, de acordo com os dados da Nielsen. J no mercado de etanol, temos certificao para comercializ-lo nos Estados Unidos e acreditamos estar bem posicionados para obter certificaes na Unio Europeia e Japo, quando a regulamentao aplicvel for promulgada. No caso dos Estados Unidos, especificamente, o etanol das Unidades Industriais Vale do Rosrio e MB foi certificado como advanced biofuel, atendendo s exigncias do Energy Independence and Security Act of 2007, que considera como combustveis renovveis somente aqueles que produzem pelo menos 50% a menos de gases do efeito estufa do que aqueles combustveis fsseis que substituem. Estes fatores, aliados aos nossos canais de comercializao abrangentes, permitem-nos potencialmente direcionar o foco da nossa produo queles mercados mais rentveis. Finalmente, no tocante energia, parcela relevante de nossos ativos de cogerao est localizada no Estado de So Paulo e est atrelada a Contratos de Compra e Venda de Energia com preos atrativos que contribuem para a nossa performance financeira.ESTRATGIAS Nossa principal estratgia fortalecer nossa posio de liderana no setor sucroalcooleiro brasileiro e internacional, expandindo nossas atividades, de forma rentvel e sustentvel, por meio da consolidao e do aproveitamento de nossas vantagens competitivas, gerando valor para os nossos stakeholders. Os pontos-chave da nossa estratgia so:

Expandir significativamente a nossa capacidade com foco na produo e comercializao de acar, etanol e energia. Nossa estratgia focada na produo deacar, etanol e energia eltrica. Pretendemos expandir o plantio de cana-de-acar prpria, assim como ampliar a aquisio de cana-de-acar de terceiros, aumentando as nossas margens e minimizando os riscos operacionais. Alm disso, pretendemos aumentar nossa capacidade de processamento de cana-de-acar com foco na produo de acar, etanol e energia. Esse aumento de capacidade dever ocorrer, dentre outros, por meio da: (i) ampliao das Unidades Industriais em operao, tais como Lagoa da Prata, em Minas Gerais, Continental, em So Paulo e Maracaju e Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul, de forma a maximizar o potencial dos ativos instalados nestas unidades; (ii) construo de novas Unidades Industriais em regies que apresentem alta eficincia produtiva, infraestrutura logstica favorvel e competitividade de custos; e (iii) aquisio de Unidades Industriais ou empresas do setor sucroalcooleiro no Brasil, assim como parcerias estratgicas, que atendam aos nossos critrios de eficincia operacional e logstica e que resultem em ganhos de produtividade, escala e sinergias com o restante dos nossos negcios. A deciso entre a realizao de uma aquisio ou o desenvolvimento de um novo projeto normalmente se d em funo dos custos, riscos e benefcios envolvidos em cada alternativa. Pretendemos implementar esta estratgia com disciplina financeira e por meio de anlise criteriosa de nossos investimentos, visando preservar ou aumentar nossa rentabilidade e perseguindo retornos financeiros adequados.

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Aumentar a eficincia operacional e reduzir custos. Com o objetivo de sermos a empresamais eficiente do setor e de aumentar as nossas margens de lucro, pretendemos continuar investindo na construo e aquisio de estruturas de logstica prprias, como armazns e tanques, a fim de reduzir os custos de armazenagem de nossos produtos e aumentar a flexibilidade para a venda ou carregamento de estoque. Continuaremos a incorporar ao nosso processo produtivo tcnicas de produo que proporcionem reduo de custos unitrios e aumento de produtividade e da nossa eficincia operacional, agrcola e industrial. Adicionalmente, objetivamos reforar as operaes de nossos Clusters de forma a aumentar a escala, melhorar a eficincia e assegurar o fornecimento de longo prazo de cana-de-acar. Nossa estratgia ser atingida por meio de (i) investimentos adicionais em mecanizao de nossas atividades agrcolas e em tecnologias agrcolas, industriais e da informao; (ii) aperfeioamento de nossa estrutura logstica (portos, terminais, armazns e transporte); (iii) investimento em tecnologias que nos permitam ter maior flexibilidade e otimizao do mix de produo de acar ou de etanol, de forma a podermos nos beneficiar das tendncias e oscilaes dos preos de mercado; e (iv) obteno dos melhores indicadores de desempenho (KPI) industriais e agrcolas do mercado.

Explorar os produtos e mercados que maximizem a rentabilidade da Companhia. Pretendemos aproveitar nossa flexibilidade no mix de produo de acar e etanol, o acesso aomercado internacional por meio do Grupo Louis Dreyfus Commodities, nossas marcas fortes e canais de comercializao abrangentes para explorar, a cada diferente conjuntura, os produtos (acar ou etanol e seus diferentes tipos) e mercados (nacional ou internacional) que nos permitam maximizar nossa rentabilidade, por meio de uma estratgia comercial que conjuga, com agilidade e flexibilidade, trs dimenses: o produto e sua qualidade; a localidade da comercializao; e o momento certo da concretizao da operao. Nessa perspectiva, estamos nos posicionando para aproveitar (i) as novas oportunidades de exportao de acar e etanol que podero surgir no mdio e longo prazos, em razo da liberalizao das restries ao comrcio e importao que atualmente limitam o acesso a alguns grandes mercados consumidores de acar; (ii) o crescimento da demanda por etanol combustvel no Brasil; e (iii) a atual tendncia em diversos pases desenvolvidos, como Japo, Estados Unidos e pases da Unio Europeia, bem como alguns pases emergentes, como ndia e China, de buscar fontes de energia renovveis e menos poluentes, tais como o etanol limpo e, por essa razo, buscaremos as certificaes necessrias para os nossos produtos.

Ampliar receitas de cogerao e venda de energia eltrica. Pretendemos aumentar nossaexportao de energia eltrica, que no exerccio social encerrado em 31 de maro de 2012 so de 564,5 GWh/ano para 3.131 GWh at o ano de 2016. Alguns de nossos projetos incluem a expanso da cogerao de energia para comercializao na Unidade Industrial de Lagoa da Prata, em 2012 (potncia instalada adicional de 45MW) e na unidade de Passa Tempo, em 2013 (potncia instalada adicional de 45MW). Pretendemos tambm investir em tecnologias que aumentem a eficincia do processo de cogerao. O desenvolvimento dos projetos de cogerao est diretamente relacionado ao foco na sustentabilidade de nossos negcios, assim como a uma maior previsibilidade de fluxos de caixa, tendo em vista que os preos so definidos por contratos de longo prazo. BREVE HISTRICO DA COMPANHIA Ingressamos no setor sucroalcooleiro em 31 de outubro de 2000, por meio da aquisio da Usina Cresciumal S.A., localizada na cidade de Leme, Estado de So Paulo, por intermdio da Comrcio e Indstrias Brasileiras Coinbra S.A. (antiga denominao social da Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A.), empresa pertencente ao Grupo Louis Dreyfus Commodities. Na mesma data, a Usina Cresciumal S.A. passou a denominar-se Coinbra-Cresciumal S.A. A partir de ento, alcanamos posio de destaque em nosso setor de atuao em menos de 10 anos por meio de subsequentes compras de novas usinas e tambm por meio da expanso de nossas Unidades Industriais e ativos de co-gerao (brownfields) e do desenvolvimento de novos23

projetos (greenfields), alm da adoo de processos eficientes de integrao de empresas, ativos e culturas empresariais. Em 01 de setembro 2001, adquirimos, novamente por intermdio da Comrcio e Indstrias Brasileiras Coinbra S.A., as empresas Usina Lucincia Ltda. e da Rural Canavieira Ltda., ambas controladas pela Companhia Industrial e Agrcola Oeste de Minas. Consequentemente, passamos a deter (i) os ativos industriais vinculados produo de acar e lcool, localizados na cidade de Lagoa da Prata, Estado de Minas Gerais; e (ii) os ativos vinculadas produo de cana-de-acar, localizados na mesma regio. Em 31 de outubro de 2001, a Usina Lucinia Ltda. foi incorporada pela Comrcio e Indstrias Brasileiras Coinbra S.A. que, em 31 de maio de 2002, vendeu, Coinbra-Cresciumal S.A., seus ativos industriais detidos em decorrncia de tal incorporao. Em 03 de setembro 2004, adquirimos, por intermdio da Comrcio e Indstrias Brasileiras Coinbra S.A. e da LD Investimentos e Participaes Ltda., outra sociedade integrante do Grupo Louis Dreyfus Commodities, a empresa Itajuba Agroindustrial Ltda., controlada pela Usina Aucareira Jaboticabal S.A. Em decorrncia desta aquisio, passamos a deter (i) os ativos industriais vinculados produo de acar e lcool, localizados na cidade de Jaboticabal, Estado de So Paulo; e (ii) os canaviais, localizados na mesma regio, de propriedade da Usina Aucareira Jaboticabal S.A.Na mesma data, a Itajuba Agroindustrial Ltda. teve sua denominao social alterada para Coinbra-So Carlos Agroindustrial Ltda. Entre 2004 e 2005, simplificamos nossa estrutura societria de forma que todos os nossos ativos relativos produo de acar e lcool passassem a ser detidos pela Coinbra-Cresciumal S.A. Neste contexto, a Coinbra-Cresciumal S.A. incorporou: (i) a Rural Canavieira Ltda., em 17 de maio de 2004; e (ii) a Coinbra-So Carlos Agroindustrial Ltda., em 20 de setembro de 2005, passando a consolidar nossas trs Unidades Industriais existentes at ento, quais sejam, Usina Cresciumal (Leme/SP), Usina Lucinia (Lagoa da Prata/MG) e Usina So Carlos (Jaboticabal/SP). Em 30 de junho de 2006, a Coinbra-Cresciumal S.A. teve sua denominao alterada para Louis Dreyfus Commodities Bioenergia S.A. Em 2006, tambm iniciamos a construo da Usina Rio Brilhante, nossa quarta Unidade Industrial, localizada na cidade de Rio Brilhante, Estado do Mato Grosso do Sul, a qual comeou suas operaes em 2008. Em 28 de maro de 2007, adquirimos, por intermdio da Louis Dreyfus Commodities Bioenergia S.A., a Tavares de Melo Acar e lcool S.A., sociedade voltada para a produo de acar em diversos estados do Brasil, e detentora da Usina Estivas (Arez/RN), Usina Maracaju (Maracaj/MS), Usina Passa Tempo (Rio Brilhante/MS) e Destilaria Giasa (Pedra de Fogo/PB), bem como a Ampla Participaes S.A., holding detentora da totalidade das aes da Agroarte Empresa Agrcola S.A., empresa voltada para a atividade agrcola. A Tavares de Melo Acar e lcool S.A., ainda em 28 de maro de 2007, teve sua denominao social alterada para LDC Bioenergia S.A. (nossa atual denominao), e, em 30 de maro de 2007, incorporou a Louis Dreyfus Commodities Bioenergia S.A., sua ento controladora, consolidando todas as nossas Unidades Industriais. Com o objetivo contnuo de consolidar os ativos relativos atividade sucroalcooleira, a Companhia incorporou (i) a Ampla Participaes S.A., em 31 de maro de 2007; e (ii) a Agroarte Empresa Agrcola S.A., em 20 de junho de 2007. Em 27 de julho de 2007, a Celosia Holdings S.A. ingressou no nosso quadro acionrio, mediante a participao em um aumento de capital que lhe conferiu 15,3% de nosso capital social, poca. Os 84,7% restantes de nosso capital social eram ento detidos pela Louis Dreyfus Commodities24

Brasil S.A., sociedade pertencente ao Grupo Louis Dreyfus Commodities. Como forma de regular os direitos e as obrigaes da Celosia Holdings S.A. e da Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A., na qualidade de nossos acionistas, foi celebrado um acordo de acionistas por meio do qual as partes estabeleceram determinados termos e condies para regular a relao entre as partes. Em 14 de abril de 2009, celebramos Contrato de Associao, Subscrio de Novas Aes e Outras Avenas com a Santelisa Vale S.A., a Santelisa Vale Bioenergia S.A. e seus respectivos acionistas, com o objetivo de regular os termos e as condies de uma fuso estratgica entre ns e a Santelisa Vale S.A., visando consolidao das operaes. Possuamos principalmente as operaes e os ativos supra mencionados, enquanto que a Santelisa Vale S.A., empresa tradicional do setor sucroalcoleiro brasileiro que controlava diretamente a Santelisa Vale Bioenergia S.A., (i) detinha a Usina Jardest (Jardinpolis/SP), a Usina MB (Morro Agudo/SP), a Usina Santa Elisa (Sertozinho/SP) e a Usina Vale do Rosrio (Morro Agudo/SP); e (ii) controlava a Usina Continental S.A., proprietria da Usina Continental (Barretos/SP). No mbito desta fuso, celebramos tambm um Contrato Global de Reconhecimento de Obrigaes e Outras Avenas, datado de 24 de setembro de 2009, com a Santelisa Vale S.A., a Santelisa Vale Bioenergia S.A., e os seus bancos credores, dentre outros, com o objetivo de regular os termos e as condies da reestruturao da dvida bancria da Santelisa Vale Bioenergia S.A. e da Usina Continental S.A., incluindo a renegociao de prazos e taxas, bem como a converso de parte do crdito em capital social da Santelisa Vale Bioenergia S.A. Referido contrato foi aditado em 22 de outubro de 2009, momento em que houve a adeso de outros bancos credores. Para os fins de referida fuso, a Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. e a Celosia Holdings S.A. transferiram para a gatis Investimentos e Participaes S.A. suas respectivas participaes acionrias em nosso capital social. Em 26 de outubro de 2009, implementamos a fuso com o Grupo Santelisa Vale mediante aumento de capital social da Santelisa Vale S.A., subscrito e integralizado (i) pela gatis Investimentos e Participaes S.A., mediante a contribuio da totalidade de nossas aes por ela detidas, com a consequente emisso de aes ordinrias em seu favor; (ii) por outras sociedades pertencentes ao Grupo Louis Dreyfus Commodities (NL Participations Holdings 2 B.V. e NL Participations Holdings 4 B.V.), com a consequente emisso de aes ordinrias em favor de tais sociedades; e (iii) por determinados bancos credores da Santelisa Vale Bioenergia S.A., cujas dvidas haviam sido reestruturadas nos termos do Contrato Global de Reconhecimento de Obrigaes e Outras Avenas, com a consequente emisso de aes preferenciais em favor de tais bancos credores. Na mesma data, tambm foi realizado aumento de capital da Santelisa Vale Bioenergia S.A., mediante a emisso de (i) aes ordinrias subscritas e integralizadas pela Santelisa Vale S.A., e (ii) aes preferenciais subscritas e integralizadas pelos mesmos bancos credores acima mencionados, mediante a contribuio de crditos por eles detidos contra referida sociedade. A denominao social da Santelisa Vale S.A. foi alterada para LDC-SEV S.A., e a denominao social da Santelisa Vale Bioenergia S.A. foi alterada para LDC-SEV Bioenergia S.A. Em consequncia das operaes descritas acima, a gatis Investimentos e Participaes S.A. passou a controlar a LDC-SEV S.A., detendo diretamente aes ordinrias representativas de 62,99% do seu capital social, sendo o restante das aes ordinrias detido pelas sociedades do Grupo Louis Dreyfus Commodities acima mencionadas e pelos acionistas originais do Grupo Santelisa Vale, enquanto que as aes preferenciais so detidas pelos bancos credores que assim optaram, nos termos do Contrato Global de Reconhecimento de Obrigaes e Outras Avenas. A LDC-SEV S.A., por sua vez, passou a deter 100% de nosso capital social e a totalidade das aes25

ordinrias de emisso da LDC-SEV Bioenergia S.A., sendo que as aes preferenciais de emisso de referida sociedade tambm so detidas pelos bancos credores acima mencionados. As aes preferenciais de emisso da LDC-SEV S.A. e da LDC-SEV Bioenergia S.A. eram resgatveis nos termos do Contrato Global de Reconhecimento de Obrigaes e Outras Avenas, mediante a utilizao dos recursos provenientes da alienao de determinados ativos de propriedade de tais sociedades e/ou sociedades relacionadas, destinados venda. Neste contexto, foram alienados diversos imveis rurais de propriedade da LDC-SEV Bioenergia S.A. e as participaes societrias detidas na Santa Vitria Acar e lcool Ltda., na Companhia Nacional de Acar e lcool e na Tropical Bioenergia S.A., cujos recursos foram utilizados para resgatar aes preferenciais nos termos do Contrato Global de Reconhecimento de Obrigaes e Outras Avenas. Foi celebrado, ainda em 26 de outubro de 2009, um acordo de acionistas da LDC-SEV S.A., como forma de regular os direitos e as obrigaes das sociedades do Grupo Louis Dreyfus Commodities e dos acionistas originais do Grupo Santelisa Vale, na qualidade de acionistas da LDC-SEV S.A. e de suas sociedades controladas. Na mesma data, o acordo de acionistas anteriormente firmado entre Celosia Holdings S.A. e Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. foi aditado a fim de regular a participao detida por tais sociedades e/ou suas sucessoras no capital social da gatis Investimentos e Participaes S.A. e, indiretamente, no nosso capital social. O referido acordo de acionistas tambm foi adaptado de forma a ser compatvel com as disposies do acordo de acionistas celebrado com os acionistas originais do Grupo Santelisa Vale, ao qual a Celosia Holdings S.A. aderiu para determinados fins. Ambos os Acordos de Acionistas sero rescindidos de pleno direito em caso de concluso da oferta pblica inicial (Oferta), exceo feita a determinadas clusulas do acordo de acionistas celebrado com os acionistas originais do Grupo Santelisa Vale, que permanecero em vigor. Para maiores informaes a respeito dos acordos de acionistas vide seo 15.5 deste Formulrio de Referncia. Em 31 de maro de 2010, incorporamos a LDC-SEV S.A., passando a deter a totalidade das aes ordinrias de emisso da LDC-SEV Bioenergia S.A. Nos meses subsequentes, realizamos uma srie de operaes societrias a fim de racionalizar e simplificar nossa estrutura societria, as quais incluram (i) a incorporao, pela gatis Investimentos e Participaes S.A., dos seus ento acionistas diretos (Pekan Investimentos e Participaes Ltda. e Celosia Holdings S.A.), em 30 de dezembro de 2010, de forma que suas aes passaram a ser detidas por seus acionistas indiretos, quais sejam, Sugar Holdings B.V. e Canna Investors LLP, respectivamente; (ii) a incorporao, por ns realizada, da gatis Investimentos e Participaes S.A., em 30 de dezembro de 2010, de forma que a Sugar Holdings B.V. e a Canna Investors LLP passaram a deter participao direta em nosso capital social, na proporo de 53,35% e 9,64% de seu capital social total, respectivamente; e (iii) a incorporao, pela LDC-SEV Bioenergia S.A., da Usina Continental S.A., em 01 de dezembro de 2011, de forma que a LDC-SEV Bioenergia S.A. passou a possuir a Usina Continental, alm das quatro Unidades Produtivas j de sua propriedade. Em 30 de setembro de 2010, constitumos a LDC Bioenergia International SA, nossa subsidiria integral localizada na Sua, que tem por principal finalidade a concentrao das nossas exportaes de acar e lcool, que anteriormente eram efetuadas diretamente por ns. Em 30 de dezembro de 2010, constitumos a LDC-SEV Passatempo Bioenergia Ltda., subsidiria integral, que tem por principal finalidade a produo e comercializao de energia eltrica. Em 26 de outubro de 2011, a LDC-SEV Passatempo Bioenergia Ltda. foi transformada de sociedade limitada para sociedade annima, passando a operar sob a denominao LDC-SEV Passatempo Bioenergia S.A. Em 28 de dezembro de 2011, passamos a exercer indiretamente, por intermdio da LDC-SEV Bioenergia S.A., o controle da Crystalsev Comrcio e Representao Ltda., e a indicar parte dos26

membros de seu conselho de quotistas e tambm assumimos sua dvida. Dentre outros ativos, a Crystalsev Comrcio e Representao Ltda. detm 85% das quotas representativas do capital social da Sociedade Operadora Porturia de So Paulo Ltda. Na mesma data, a LDC-SEV Terminais Porturios e Participaes Ltda., sociedade controlada por ns, adquiriu junto aos quotistas minoritrios da Sociedade Operadora Porturia de So Paulo Ltda. quotas representativas dos restantes 15% do capital social de referida sociedade, passando a deter 100% do capital social da Sociedade Operadora Porturia de So Paulo Ltda. A Sociedade Operadora Porturia de So Paulo Ltda. possui uma joint venture no TEAG, terminal porturio localizado a margem esquerda do porto de Santos, na cidade do Guaruj, Estado de So Paulo, detendo diretamente 50% de seu capital social. O TEAG, com capacidade de elevao de 3 milhes de toneladas de acar, assegura-nos capacidade de armazenagem e movimentao de acar de importncia estratgica para as nossas operaes de exportao.

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ESTRUTURA DA COMPANHIA O quadro a seguir apresenta a nossa estrutura societria na data deste Prospecto.

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INFORMAES SOBRE A COMPANHIA Nossa sede est localizada na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1355, 11 andar, Pinheiros, CEP 01452919, na Cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, Brasil, e nosso telefone +55-11-3039-6700. O nosso Departamento de Relaes com Investidores est localizado na sede da Companhia, o telefone +55-11-3092-5463, o fax +55-11-38143235 , o e-mail [email protected] e o site o []. As informaes contidas em nossa pgina na internet ou que podem ser acessadas por meio dela no so partes integrantes deste Prospecto e no so a ele inseridas por referncia. EVENTOS RECENTES

Aumento do Capital Social e Converso de Aes Preferenciais em Aes OrdinriasEm [30 de maio de 2012], aumentamos o capital social da Companhia em [], passando de R$1.175.995.604,46 para [], mediante a contribuio de 1.156.392.110 aes preferenciais de emisso da LDC-SEV Bioenergia S.A. pelos seus respectivos titulares. Como resultado de referido aumento de capital, emitimos 378.212.919 aes ordinrias, nominativas, sem valor nominal, as quais foram atribudas aos titulares das aes preferenciais de emisso da LDC-SEV Bioenergia S.A., na proporo de 0,32706286734 aes ordinrias de nossa emisso para cada ao preferencial de emisso da LDC-SEV Bioenergia S.A. Na mesma data, aprovamos ainda a converso das aes preferenciais Classe A e Classe B de nossa emisso em aes ordinrias de nossa emisso, na proporo de uma ao ordinria para cada ao preferencial, condicionada realizao da Oferta. Aps este aumento e converso, nosso capital social passar a ser automaticamente representado por 12.027.884.389 aes, to somente ordinrias, nominativas, sem valor nominal.

Grupamento de AesNa mesma data, aprovamos ainda o grupamento das aes ordinrias nominativas de nossa emisso, na proporo de uma ao para cada grupo de 100 aes anteriormente existentes. Dessa maneira, o nosso capital social passou a ser representado por 120.278.843 aes ordinrias, nominativas, sem valor nominal.

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA

Esta seo contempla, por exigncia do inciso IV, pargrafo 3, do artigo 40, da Instruo CVM 400, apenas alguns dos fatores de risco relacionados a ns. Esta seo no descreve todos os fatores de risco relativos a ns e nossas atividades, os quais o investidor deve considerar antes de subscrever e/ou adquirir as Aes no mbito da Oferta. Assim, antes de tomar uma deciso de investimento nas Aes, recomendamos a leitura cuidadosa de todas as informaes disponveis neste Prospecto e no nosso Formulrio de Referncia, em especial a seo 4 Fatores de Risco e a seo 5 Riscos de Mercado, em que podero ser avaliados todos os riscos aos quais acreditamos estarmos expostos. Caso qualquer dos riscos e incertezas aqui descritos efetivamente ocorra, nossos negcios, nossa situao financeira e/ou os nossos resultados operacionais podero ser afetados de forma adversa. Consequentemente, o investidor poder perder todo ou parte substancial de seu investimento nas Aes. A leitura deste Prospecto no substitui a leitura do Formulrio de Referncia. Podemos ser afetados de maneira adversa em caso de revogao dos incentivos fiscais atualmente concedidos pelas autoridades pblicas competentes, provisionamento de ativos fiscais ou por no obteno de certides fiscais.29

Somos beneficirios de incentivos fiscais concedidos por certos Estados em que operamos. Os referidos incentivos podem ser revogados, ter sua vigncia suspensa ou ser contestados judicialmente. Eventual revogao, suspenso ou questionamento pode implicar a perda dos referidos incentivos, afetando de maneira adversa a nossa situao financeira. Para maiores informaes a respeito de benefcios fiscais vide seo 7, do Formulrio de Referncia. Caso nossos resultados ao longo dos prximos dez anos no atinjam os patamares projetados, podemos no ser capazes de utilizar nossos ativos fiscais diferidos ou podemos ser obrigados a provisiona-los em nossas demonstraes financeiras, causando efeito negativo em nossos resultados. Por conta da legislao em vigor, dependemos da obteno de certides negativas fiscais para concretizao de certos negcios, tais como participaes em licitaes, outorgas de garantias reais, venda de bens do ativo permanente, dentre outras. No podemos assegurar que todas as nossas certides negativas fiscais sero prontamente renovadas, o que pode afetar de maneira adversa os nossos negcios.

Financiamentos podem no estar sempre em termos aceitveis por ns e/ou disponveis para atender s nossas futuras necessidades de capital.Podemos precisar de financiamentos para construir novas Unidades Industriais ou unidades de cogerao, expandir as atuais, implementar fuses e aquisies ou para outros fins. Alguns dos contratos financeiros celebrados por ns (e por nossas subsidirias) impem o cumprimento a determinados ndices financeiros, alm de outras obrigaes usuais para este tipo de operao. Dessa forma, caso ocorra qualquer evento de inadimplemento previsto em tais contratos, o fluxo de caixa e as nossas demais condies financeiras podero ser afetados de maneira adversa. Para mais informaes acerca das restries s quais estamos sujeitos por conta da celebrao de contratos de endividamento, vide seo 10 do Formulrio de Referncia. O mercado global e as condies econmicas tm sido, e continuam sendo, instveis e volteis. Os mercados de capital de dvida tm sofrido o impacto de perdas expressivas no setor de servios financeiros internacional e da crise econmica em determinados pases, entre outros fatores. Estes eventos afetaram desfavoravelmente as condies econmicas gerais. Em especial, o custo da captao de recursos nos mercados de capital de dvida aumentou substancialmente, ao passo que a disponibilidade de fundos provenientes desses mercados diminuiu significativamente. Igualmente, em decorrncia das preocupaes a respeito da estabilidade de mercados financeiros de modo geral e, especificamente, da solvncia de contrapartes, o custo de obteno de dinheiro nos mercados de crdito aumentou, uma vez que vrios mutuantes e investidores institucionais aumentaram suas taxas de juros, aprovaram normas de financiamento mais rgidas, reduziram e, em alguns casos, suspenderam o fornecimento de financiamento a muturios em termos comercialmente razoveis. Atualmente, somos dependentes de, e nossa estratgia de crescimento poder requerer, financiamentos por parte de bancos comerciais e pblicos, dentre eles o BNDES, e de financiamentos por parte de outras instituies financeiras pblicas. Se no houver financiamento disponvel por parte de bancos pblicos ou privados quando necessrio, ou se o financiamento disponvel se der apenas em termos menos favorveis, pode tornar-se desafiador atender s nossas necessidades de capital, ou at mesmo limitar ou impedir o atendimento de tais necessidades, assim como limitar ou impedir (i) a obteno de vantagens relativas a oportunidades de negcios ou (ii) resposta a presses competitivas ou (iii) depsito de chamadas de margem em operaes de hedge, o que pode causar um efeito relevante e adverso em nossa receita e nos resultados das operaes.

Podemos ser afetados de forma adversa por decises desfavorveis em processos judiciais ou administrativos em andamento.Em 31 de maro de 2012, estvamos envolvidos em vrios processos judiciais e administrativos de natureza cvel, tributria, trabalhista e ambiental. Alguns dos referidos processos envolvem30

montantes significativos. No podemos assegurar que essas aes e processos administrativos sero resolvidos totalmente a nosso favor. Exceto nos casos em que as regras contbeis determinem de forma diversa, ns somente constitumos provises para os processos em que a possibilidade de perda seja avaliada por nossos assessores jurdicos externos como provvel, ou seja, cuja probabilidade de perda seja superior possibilidade de xito. No constitumos provises para os processos em que a possibilidade de perda avaliada por nossos assessores jurdicos externos como possvel ou remota, exceto nos casos em que as regras contbeis em vigor determinam o provisionamento de perda possvel. As provises por ns constitudas para tais contingncias podem ser insuficientes para fazer face ao custo total decorrente de decises adversas em tais demandas. Se o total ou uma parcela significativa dessas aes e processos administrativos for decidido de forma desfavorvel para ns, isso pode ter um impacto adverso relevante nos nossos negcios, condio financeira e resultados operacionais. Adicionalmente, podemos incorrer em contingncias decorrentes dos nossos processos de aquisies, ou por outros motivos, que nos obriguem a pagar valores significativos, possivelmente maiores que as nossas provises, o que tambm poder ter um impacto adverso na nossa reputao e nos nossos negcios e resultados operacionais. Por fim, alm dos custos com honorrios advocatcios para o patrocnio dessas causas, ns poderemos nos ver obrigados a oferecer garantias em juzo relacionadas a tais processos, o que poderia afetar a nossa capacidade financeira. Para uma discusso detalhada dos nossos processos judiciais e administrativos relevantes, favor ver seo 4.3 do Formulrio de Referncia.

As nossas operaes agrcolas, industriais e logsticas oferecem riscos de acidentes, que podem gerar interrupes ou falhas operacionais, ocasionando uma reduo do volume de acar e etanol produzido, podendo afetar adversamente nossos resultados.As nossas operaes envolvem uma variedade de riscos de segurana e outros riscos operacionais, inclusive o manuseio, produo, armazenamento e transporte de materiais inflamveis. Os riscos de nossas operaes agrcolas, industriais e logsticas podem resultar em danos fsicos e mortes, graves danos ou destruio de propriedade e equipamentos nossos e/ou de nossos prestadores de servio e fornecedores ou ainda acidentes ambientais. Um acidente relevante em uma de nossas Unidades Industriais, estaes de servios, instalaes de armazenamento ou nas propriedades rurais onde atuamos, poderia obrigar-nos a suspender nossas operaes e gerar penalidade por parte das autoridades pblicas, incluindo multas, interdies temporrias ou definitivas, dentre outras, resultando em expressivos custos de reparao, indenizao, suspenso de atividades e perda de receita. Quebras de equipamentos, incndios, exploses, rupturas de dutos, desastres naturais, atrasos na obteno de insumos ou de peas ou equipamentos de reposio necessrios, acidentes no transporte ou outros incidentes tambm podem ter efeito substancialmente desfavorvel em nossas operaes de fabricao e, consequentemente, nos resultados de nossas operaes. Quase a totalidade das nossas receitas decorre e continuar decorrendo da venda de acar, etanol e derivados da cana-de-acar produzidos em nossas 13 Unidades Industriais e em Unidades Industriais que venham a ser construdas ou adquiridas no futuro, alm de nossas unidades de cogerao de energia. Acidentes, desastres naturais e climticos podem contribuir para uma reduo do nosso volume de acar e etanol produzido ou para um aumento nos custos de produo que podem afetar nossos resultados de forma relevante, alm de poderem resultar na imposio de penalidades cveis, administrativas e/ou criminais. As nossas aplices de seguro no cobrem integralmente danos decorrentes de lucros cessantes e, al