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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUÍMICA ENSINO MÉDIO Maio/ 2016 1. APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu equilíbrio. Para tanto a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se dentro de um contexto em que os alunos terão a possibilidade de compreendê-los como um todo, para analisar criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida. Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o desenvolvimento de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto, os problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais, sanitários e ambientais. O desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a discussão da função da Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o pensamento científico. A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o professor deixe de lado uma metodologia de transmissão de conteúdos para adotar um maior envolvimento no ato de ensinar, que parta do conhecimento prévio dos alunos, onde se incluem ideias pré-concebidas ou concepções espontâneas a partir das quais o aluno elabora um conceito científico. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam à escola eles não COLÉGIO ESTADUAL CESAR STANGE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Desde 1955 ampliando horizontes

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

QUÍMICA ENSINO MÉDIO

Maio/ 2016

1. APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que

se ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os

benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu

equilíbrio. Para tanto a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se dentro de um

contexto em que os alunos terão a possibilidade de compreendê-los como um todo, para

analisar criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.

Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o

desenvolvimento de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto, os

problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais,

sanitários e ambientais. O desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a

discussão da função da Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o

pensamento científico.

A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o professor

deixe de lado uma metodologia de transmissão de conteúdos para adotar um maior

envolvimento no ato de ensinar, que parta do conhecimento prévio dos alunos, onde se

incluem ideias pré-concebidas ou concepções espontâneas a partir das quais o aluno

elabora um conceito científico.

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento

científico historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam à escola eles não

COLÉGIO ESTADUAL CESAR STANGEENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Desde  1955 ampliando hor izontes

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estão totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com

os diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.

Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião

de pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias que dependem da

sua vivencia cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de

encaminhamento metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário

proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma

linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos.

É importante salientar que a Química possui um caráter experimental e

interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e

compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática. Muitas

vezes, para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com

outras ciências.

Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas

relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente

devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da sociedade.

Não se pode negar que a Química tem um papel fundamental na vida das

pessoas, na verdade esta só pode evoluir apoiando-se as outras ciências. Estas ciências

fazem parte do dia-a-dia das pessoas e é importante para o equilíbrio da vida no planeta.

Portanto, ao observar o mundo à sua volta os participantes do processo educativo devem

compreender como é frequente, intensa e contínua, a aplicação do conhecimento químico

na sociedade atual. E perceber ainda como esse conhecimento tem sido constantemente

reformulado ao longo da história da humanidade.

“Conhecer química significa compreender as transformações químicas que

ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, e assim poder julgar de forma

mais fundamentada as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola, e

tomar suas próprias decisões enquanto indivíduo e cidadão, de acordo com sua faixa

etária e grupo social. (...)

Para tanto, a Química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno uma

compreensão dos processos químicos em si, conhecimento científico, em estrita relação

com as aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e

econômicas.”

Secretaria de Educação Média e Tecnologia do MEC, SEMTEC-MEC

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Em primeiro momento, utilizando-se a vivência dos alunos e os fatos do dia-a-dia,

a tradição cultural, a mídia, a vida escolar, busca-se reconstruir os conhecimentos

químicos que permitiriam refazer essas leituras de mundo, agora com fundamentação na

Ciência.

Nesta etapa estabelece-se o assunto a ser estudado e também se verificam os

saberes prévios dos alunos, provenientes de fatos culturais (“saber comum”) ou

individuais. Ainda neste momento são estabelecidos os pré-requisitos conceituais e

técnicos para correta análise do assunto-tema.

Ao tentarmos contextualizar o tema a ser estudado, surgem, de maneira

espontânea, diversas implicações interdisciplinares. Por exemplo, se o assunto for chuva

ácida, surgirão discussões que envolvem Biologia (ecologia), Geografia (produção

agrícola), Matemática (estatísticas), entre outros. É importante perceber que a

contextualização passa necessariamente pela interdisciplinaridade. O estudo da

separação de mistura, por exemplo, ficará muito rico quando associado ao tratamento das

águas municipais e analisados, simultaneamente, os aspectos de saúde pública em todas

as camadas sociais.

As competências e habilidades cognitivas e afetivas desenvolvidas no ensino da

Química deverão capacitar os alunos a tomar suas decisões em situações problemáticas,

contribuindo para o desenvolvimento do educando como pessoa humana e cidadão.

Deve-se considerar que a Química utiliza uma linguagem própria para

representação do real, as transformações químicas, através de símbolos, fórmulas,

convenções e códigos. Assim, é necessário que o aluno desenvolva competências

adequadas para reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo capaz de entender e

empregar, a partir das informações, a representação simbólica das transformações

químicas. A memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas, nomes de substâncias

não contribui para competências e habilidades desejáveis no Ensino Médio.

1.1 OBJETIVOS

Conhecer a história da Química e o método científico e a partir daí saber elaborar

conceitos sobre as propriedades dos materiais abordando a relação entre o uso de

diferentes materiais e suas propriedades.

Habilitar os alunos a reconhecer os fenômenos físicos e químicos relacionados

com a natureza, realizando discussão constante numa troca de informações e saberes

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onde o conhecimento de um enriquece o conhecimento do outro. Perceber que a Ciência

está em constante evolução e entender os passos da metodologia científica.

Conceituar elemento químico e saber utilizar a sua simbologia. Entender o

conceito de substância simples e composta. Identificar e classificar as misturas bem como

os métodos de separação de cada uma delas.

Conhecer historicamente a origem da palavra átomo e os modelos atômicos.

Caracterizar um átomo por meio do número atômico, do número de massa e do

número de nêutrons e saber diferenciar um átomo neutro de um íon. Reconhecer a

semelhança entre os átomos. Distribuir os elétrons dos átomos e dos íons de um

determinado elemento químico por camadas e pelo diagrama de Linus Pauling.

Entender a importância do estudo da Tabela Periódica dentro da disciplina de

Química reconhecendo-a como um ponto de partida para a resolução dos problemas

propostos e realçar a importância dos elementos químicos presentes em nosso cotidiano.

Saber interpretar a polaridade das ligações e moléculas e relacionar o tema com

os acontecimentos diários como no caso da solubilidade de substâncias, ou seja, no

preparo do nosso popular “cafezinho”.

Definir e classificar eletrólito. Diferenciar e nomear cada uma das funções

inorgânicas e entender a importância dessas substâncias em nosso dia-a-dia. Identificar e

diferenciar uma reação de neutralização total e parcial.

Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de cores de

alguns indicadores químicos e escalas de pH.

Compreender a importância de alguns óxidos em nosso dia-a-dia, como por

exemplo, os óxidos derivados de combustíveis fósseis na formação da chuva-ácida e do

efeito estufa.

Perceber a necessidade de escolher um padrão e de se utilizar uma unidade

compatível com a grandeza a ser medida para pesar átomos e moléculas. Efetuar

cálculos envolvendo massas atômicas, massas moleculares, mol e massas molares.

Notar a importância no cálculo das substâncias químicas que são utilizadas ou

produzidas nas reações e definir esse cálculo como cálculo estequiométrico. Perceber

que, ao se fazer uma reação em ambiente aberto, o oxigênio presente no ar e, em vários

casos um dos reagentes. Aplicar o cálculo estequiométrico na resolução de problemas.

Caracterizar o estado gasoso e suas grandezas fundamentais. Entender a

diferença entre as leis físicas e as volumétricas. Aplicar as leis volumétricas na resolução

de problemas.

Conceituar, definir, classificar e caracterizar as dispersões.

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Perceber a diferença entre os diversos tipos de soluções e a diversidade na

utilização delas na prática.

Entender o processo de saturação, construindo e interpretando curvas de

solubilidade de uma substância em função da temperatura.

Compreender o significado de concentração e aplicá-la na prática, conhecendo e

exercitando as diferentes formas de expressá-la.

Relacionar situações do dia-a-dia na aplicação de conceitos como diluição,

mistura e análise quantitativa de soluções.

Perceber que o estudo das quantidades de calor, liberado ou absorvido durante

as reações químicas, auxiliam na compreensão de fatos observados no dia-a-dia.

Compreender por que as reações ocorrem com a liberação ou absorção de calor

mediante os conceitos de energia interna e entalpia. Entendendo quais fatores

influenciam nas entalpias das reações e aplicar o método adequado para se calcular a

quantidade de calor envolvida em uma reação que pode ser por energia de ligação, lei de

Hess ou diagrama de entalpia.

Compreender as condições e os mecanismos necessários para a ocorrência de

uma reação química por meio dos conceitos de contato e afinidade química entre os

reagentes.

Calcular a velocidade de uma reação química através de dados registrados em

gráficos ou tabelas.

Valorizar a importância do catalisador em uma reação química e construir

gráficos de energia em função do tempo (ou caminho da reação) de reações químicas

com e sem catalisador.

Entender o que é equilíbrio químico por meio dos conceitos de velocidade direta

e inversa de uma reação química. Diferenciar equilíbrio homogêneo e heterogêneo.

Compreender que o grau e a constante de equilíbrio servem para medir a extensão de

uma reação reversível, isto é, para indicar o ponto em que a reação alcança equilíbrio.

Observar que o deslocamento do equilíbrio obedece sempre ao princípio de Le Chatelier.

Efetuar o cálculo de pH e pOH de soluções.

Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha (energia química

transformada em elétrica) dos que ocorrem na eletrólise (energia elétrica transformada em

energia química).

Compreender que a oxidação, a redução e, conseqüentemente, a reação de

oxirredução envolvem transferência de elétrons, definindo agentes oxidantes e redutores.

Calcular o número de oxidação de cada elemento que aparece em uma fórmula.

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Entender o funcionamento e a montagem da pilha de Daniell por meio de

definições de meias-células e eletrodos, negativo (ânodo) e positivo (cátodo). Saber

representar e interpretar o funcionamento de uma pilha e a sua aplicação, tais como:

bateria de automóvel ou bateria de chumbo, pilha seca comum, pilhas alcalinas, pilha de

mercúrio, pilha de níquel-cádmio, etc.

Conceituar a corrosão como um processo eletroquímico, entendendo a

necessidade prática e a importância na proteção, ou de retardamento da corrosão, de

alguns materiais.

Ao estudar a história da radioatividade, perceber que a descoberta das emissões

radioativas se deu com a evolução de pesquisas envolvendo explicações sobre estrutura

atômica. Calcular a velocidade de desintegração radioativa de um elemento e definir

reação nuclear ou transmutação radioativa.

Perceber as aplicações práticas de fissão e fusão nuclear e também os maiores e

os menores perigos das emissões radioativas para os seres vivos.

Perceber a evolução da Química Orgânica por meio dos dois procedimentos que

mais impulsionaram o seu desenvolvimento: as sínteses (criando novas substâncias ou

criando caminhos mais fáceis, mais rápidos e econômicos para obter substâncias

conhecidas) a as análises (para entender a estrutura das substâncias e, com esse

conhecimento, “imitar” a natureza, produzindo compostos “naturais” ou até mesmo

extrapolar as possibilidades das substâncias da natureza).

Compreender que o átomo de Carbono tem características que o destacam dos

demais elementos (valência, números de possíveis ligações, possibilidade de formar

cadeias, etc.)

Classificar as cadeias carbônicas e descobrir a existência de um grande número

de diferentes compostos orgânicos graças aos diferentes tipos de cadeias e suas

variações.

Saber definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos e suas subclasses

e perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da

observação de seu uso e aplicação. E o mesmo será observado para as funções

oxigenadas.

Saber definir e identificar as diferentes funções orgânicas relacionando-as com as

substâncias comuns utilizadas diariamente. Ter discernimento ao se usar substâncias

como remédios, produtos de higiene pessoal e limpeza, etc. de maneira que essas

substâncias sejam utilizadas para o bem estar do educando e que também não agrida o

meio ambiente.

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Definir isomeria plana e espacial e entender quando ocorre a isomeria plana.

Saber fazer a classificação de cada uma delas segundo alguns critérios como: isomeria

de cadeia, de posição de compensação, de função e de tautomeria. Reconhecer a

importância da isomeria na Química Orgânica e na Bioquímica.

Entender o mecanismo de cada uma das reações orgânicas e saber a sua

aplicabilidade no dia-a-dia.

Saber definir, classificar e identificar um polímero e também qual a sua aplicação

no cotidiano.

É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino

de forma a adequá-los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o

professor pode priorizar determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de

atender às suas necessidades educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior

variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em

detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir

da análise de conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do

referido objetivo para o seu desenvolvimento e a aprendizagem significativa.

2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Segundo as Diretrizes Curriculares (2006), entende-se por conteúdos

estruturantes, “os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que

identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino”, os quais se constituem

historicamente e são legitimados nas relações sociais.

Os conteúdos estruturantes são:

• Matéria e sua Natureza: estuda os aspectos macroscópicos e

microscópicos da matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo

“trabalho” com modelos e representações.

• Biogeoquímica: caracterizado pelas interações existentes entre a

hidrosfera, litosfera e atmosfera.

• Química Sintética: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos

farmacêuticos, a indústria alimentícia (conservantes, acidulantes,

aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes, agrotóxicos. Avanços tecnológicos,

obtenção e produção de materiais artificiais que podem substituir os naturais.

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A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes,

reformulando sequências e acompanhando as adaptações propostas para os objetivos

educacionais. A adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem,

pode ser ampliada ou reduzida para o trato de determinados objetivos e os

consequentes conteúdos. O professor pode organizar o tempo das atividades propostas,

levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS DE ACORDO COM AS DCEs

Matéria e Energia

Soluções

Velocidade das reações

Equilíbrio Químico

Ligações Químicas

Reações Químicas

Radioatividade

Gases

Funções químicas

2.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

1ª Série

Matéria e Energia

Propriedades

Fases de Agregação

Sistemas

Fenômenos Físicos e Químicos

Substância

Pura e Composta

Sistemas homogêneos e heterogêneos

Processos de separação de misturas

Modelos Atômicos

Modelo Atômico de Dalton

Modelo Atômico de Thomson

Modelo Atômico de Rutherford

Modelo Atômico de Bohr

O Átomo

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Íons Cátions e Ânions

Semelhança Atômica

Distribuição Eletrônica por Linus Pauling

Radioatividade

Tabela Periódica

Histórico

Grupos e Família

Propriedades Periódicas e Aperiódicas

Ligações Químicas

Ligação Iônica

Ligação Covalente

Ligação Metálica

Geometria Molecular

Estrutura Espacial das Moléculas

Polaridade das Ligações

Polaridade das Moléculas

Forças Intermoleculares

Funções Inorgânicas

Ácidos – nomenclatura, classificação e propriedades

Bases – nomenclatura, classificação e propriedades

Sais – nomenclatura, classificação e propriedades

Óxidos – nomenclatura, classificação e propriedades

Cálculos Químicos

Massa Atômica e Massa Molecular

Fórmula Química

Fórmula Centesimal

Fórmula Mínima

Fórmula Molécula

Cálculo Estequiométrico

Estudos dos Gases

Características do Estado Gasoso

Volume dos Gases

Pressão dos Gases

Temperatura dos Gases

Leis dos Gases

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Equação de Clapeyron

2ª Série

Soluções

Dispersões

Classificação das soluções

Coeficiente de solubilidade

Concentração das soluções: concentração comum, densidade, concentração

em mol/L, fração molar, e concentração molal a análise volumétrica. Diluição

e Misturas das Soluções.

Termoquímica

A energia e as transformações da matéria

Reações Endotérmicas e Exotérmicas

Fatores que influem nas entalpias

Equação termoquímica

Entalpia de Ligações

Lei de Hess

Cinética Química

Velocidade das reações químicas

Conceito de velocidade

Como as reações ocorrem

Fatores que interferem na velocidade das reações

Equilíbrio Químico

Estudo geral dos equilíbrios químicos

Deslocamento do equilíbrio

Equilíbrios Iônicos em geral

Cálculo do pH e pOH

Eletroquímica

Reações de oxirredução

Pilha de Daniell

Eletrodo-padrão de hidrogênio

As pilhas em nosso cotidiano

Corrosão

Radioatividade

Histórico da descoberta da radioatividade

Emissões radioativas

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A natureza das radiações e suas leis

Reações artificiais de transmutação

Fissão e Fusão Nuclear

Aplicações das reações nucleares

Perigos e acidentes nucleares.

3ª Série

Características dos Compostos Orgânicos

Histórico da Química Orgânica

Carbono – ligações e hibridação

Características dos átomos de Carbono

Classificação das Cadeias Carbônicas

Classificação dos átomos de Carbono na Cadeia Carbônica

Classificação das Cadeias Carbônicas

Funções Orgânicas

Noções de Nomenclatura Oficial (IUPAC)

Função Hidrocarboneto: classificação, petróleo e gás natural

Funções Oxigenadas: Álcoois, Enóis, Fenóis, Éteres, Ésteres, Aldeídos,

Cetonas e Ácidos Carboxílicos.

Funções Orgânicas (continuação)

Compostos Halogenados – Haletos

Compostos Nitrogenados – Aminas, Amidas, Nitrilos e Nitrocompostos

Composto Organometálicos

Compostos Sulfurados

Composto de Função Mista

Isomeria

Isomeria Plana

Isomeria Espacial

Reações Orgânicas

Reações de Adição

Reações de Substituição

Reações de Eliminação

Reações de Oxidação

Reações de Redução

Polímeros

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Classificação

Principais Polímeros

3. TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS

Serão contemplados no decorrer do período letivo, por meio de leitura de textos

de diferentes gêneros e sempre que houver necessidade dentro do conteúdo

programático, procurando-se sempre a formação integral do aluno enquanto cidadão.

Procurar-se-á desenvolver esses temas por meio de atividades de Tratamento de

Informações e Resoluções de Situações Problemas. São eles:

- Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto

da Criança e Adolescentes 8069/90;

- Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99, Decreto nº4.281/02 e Deliberação

04/13;

- Música - Lei nº 11.769/08, Resolução 07/10 e 02/12;

- Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741/03;

- Educação para o Trânsito - Lei nº 9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro);

- Educação Alimentar e Nutricional - Lei nº 11.947/09;

- Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;

- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena - Lei nº 11.645/08;

- Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;

- Brigadas Escolares - Decreto 4.837/12;

- Execução do Hino – Lei 12031/09;

- Historia do Paraná – Lei 13.181/01 e Deliberação 07/06;

- Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1.143/99, Portaria 413/02;

- Sexualidade Humana – Lei 11.733/97;

- Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11.343/06.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Enquanto educadores temos uma constante preocupação que nossos alunos

compreendam o valor científico da Química, fazendo relação entre teoria e prática. Para

isso, a metodologia deve ser diversificada, de maneira a possibilitar aos educandos a

construção de conceitos químicos que lhes proporcionem uma melhor compreensão da

sua realidade e da realidade do outro.

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O ensino deve ser contextualizado para que os alunos adquiram seus conceitos,

favorecendo o processo ensino-aprendizagem. A resolução de problemas deve estar

presente em todos os momentos, devendo-se fazer uso também das demais tendências

da Educação Química, como a utilização da Tabela Periódica, o uso de Mídias

Tecnológicas e a História da Química.

A resolução de situações problemas permite que o professor desafie e resgate o

prazer da descoberta. Ao resolver problemas, os alunos são desafiados a pensar

quimicamente.

Essa metodologia favorece a prática pedagógica, aumentando a participação dos

estudantes e proporcionando a contextualização e a interdisciplinaridade. Um problema,

para ser verdadeiro para o estudante, deverá provocar conflito cognitivo, desequilíbrio,

enfim, deve configurar-se em um obstáculo a ser ultrapassado” e sabemos que os

obstáculos só são superados a partir do momento em que o estudante tiver liberdade para

construir seus conhecimentos químicos, oportunidade para pensar quimicamente e

chances de “errar mais” sem ser punido por seus erros, ou seja, é necessário que ele, ao

“invés de ser protegido contra o erro, deve ser exposto ao erro muitas vezes, sendo

encorajado a detectar e a demonstrar o que está errado, e porquê” .

Desenvolver a habilidade para resolver problemas é necessário em todos os

níveis de ensino e para isso não existe uma receita pronta. Cada professor, conhecendo

seus alunos e, de acordo com suas experiências, constrói a sua prática. É importante

destacar não só a resposta correta, mas o aparecimento de diversas soluções,

comparações, verbalizações, discussões e justificações do raciocínio.

São várias as mídias tecnológicas disponíveis, entre elas, o computador, a

calculadora, a tv pendrive, o uso de softwares , aplicativos da internet e a tv Paulo Freire.

Os ambientes motivados pelas mídias tecnológicas dinamizam os conteúdos curriculares

e potencializam o processo pedagógico. Possibilitam a experimentação, a observação e

investigação, potencializando formas de resolução de problemas.

Em relação ao computador, é preciso ter claro que o seu uso é muito importante

para atingir o objetivo de compreender ou construir um conceito ou conteúdo, e que

apenas aprender manipulá-lo enquanto ferramenta, não é o foco desejado; sendo

fundamental o trabalho do educador enquanto mediador de todo o trabalho, considerando

os aspectos pedagógico e psicológico.

É de grande importância que seja feito um trabalho voltado para a História da

Química para que a aprendizagem dessa disciplina tenha sentido para os estudantes. O

saber historicamente construído, precisa ser trabalhado com nossos alunos, para que eles

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possam valorizar o conhecimento, sentirem-se motivados para resolverem problemas,

fazendo uma reflexão sobre a produção histórica do conhecimento, com o conhecimento

contemporâneo da Química, bem como sua utilidade em todos os campos da Ciência,

possibilitando ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de determinados fatos,

raciocínios e procedimentos.

Portanto, o professor deve mostrar que a Química não é algo estático, que essa

ciência tem uma história, procurando fazer o seu trabalho com resolução de problemas de

forma instigante, partindo de situações tanto do cotidiano como outras científicas, tendo

consciência de que o conhecimento científico deverá estar sempre em constante

construção.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos,

Educação Ambiental, Educação Tributária e Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola

e Prevenção ao uso indevido de Drogas, Direitos da Criança e do Adolescente, Música,

Cultura Indígena e História do Paraná serão contemplados, no decorrer do ano letivo, por

meio de leitura de textos de diferentes gêneros e sempre que houver necessidade dentro

do conteúdo programático, procurando-se sempre a formação integral do aluno enquanto

cidadão paranaense. Procurar-se-á desenvolver esses temas por meio de atividades de

Tratamento de Informações e Resoluções de Situações Problemas.

Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na

realidade, um procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já

que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um

tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as estratégias que melhor

respondam às necessidades peculiares a cada aluno.

É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a

adaptação dos materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para

atender às necessidades especiais de vários tipos de deficiência, seja ela

permanente, ou temporária.

O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que

havia inicialmente previsto em função dos resultados que esteja observando no

processo de aprendizagem do aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem

sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem do aluno.

4.1 RECURSOS DIDÁTICOS

Computador, com a utilização de softwares, aplicativo do Excel e internet;

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Calculadora;

TV Pendrive;

Aulas práticas

Livros paradidáticos, jornais e revistas;

Livro didático;

5. AVALIAÇÃO

Temos o hábito de avaliar nossos alunos apenas comparando-os com os

melhores, quando na verdade deveríamos compará-los como eles próprios; ignoramos o

seu esforço, avaliamos apenas pelo erro, desconsiderando seus progressos.

A nota no momento da avaliação é o que menos importa, considerando que por

trás das notas estão os critérios utilizados e estes sim, merecem preocupação. A partir da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394/96, a avaliação formativa e processual

deve subsidiar a aprendizagem do aluno, pois mais importante do que a nota, é a atitude

a ser tomada após a avaliação, considerando que a mesma implica, muitas vezes, em

mudança de postura e procedimentos por parte do professor em busca de assegurar a

qualidade do processo educativo. As avaliações devem ser elaborados com

antecedência, levando-se em conta o que queremos do estudante naquele momento.

Diante da avaliação devemos ter uma postura que considere os caminhos

percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhes são

propostos e a partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar a sua visão, o

seu saber sobre o conteúdo em estudo, portanto, não basta constatar os erros, é preciso

explorar as possibilidades advindas desse erro, corrigi-lo, mostrar o que o aluno aprendeu

e não só o que errou, valorizando as tentativas feitas.

O aluno será avaliado desde o momento que chegar à escola com suas

experiências de vida, será valorizado o processo de construção e reconstrução de

conceitos onde o professor tem o importante papel de orientar e facilitar a aprendizagem.

Além da prova escrita e oral, ocorrerá: debates, seminários, leituras e interpretações de

textos e rótulos, relatórios, entre outros, onde os objetivos principais serão a reconstrução

do conhecimento científico e a compreensão ampla do mundo em que vivemos.

5.1 AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

Matéria, Energia e Substâncias

Perceber que a Química está presente em seu cotidiano;

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Entender que a Química é uma ciência que estuda os materiais e os

processos pelos quais eles são retirados da natureza e/ou são obtidos pelos

seres humanos;

Compreender que a energia não pode ser criada e sim transformada;

Diferenciar os estados físicos da matéria;

Perceber a relatividade que existe nos conceitos de homogêneo e

heterogêneo, já que eles dependem de instrumentos de observação;

Entender a importância do conceito de fases para se caracterizar o sistema

em estudo;

Perceber e classificar os fenômenos físicos e químicos presentes no dia a dia;

Compreender como separar os componentes constituintes de uma mistura.

Modelos Atômicos;

Perceber que a ciência está em constante evolução, pois as pesquisas se

entrelaçam, tendo como consequência novas teorias e modelos;

Entender o histórico da evolução dos Modelos Atômicos e saber dar valor a

cada um deles na constituição atômica;

O Átomo;

Identificar e caracterizar um átomo por meio de um número atômico, número

de massa e número de nêutrons;

Interpretar e escrever a notação geral de um átomo (símbolo, A e Z);

Reconhecer semelhança entre átomos (isótopos, isóbaros, isótonos e

isoeletrônicos), tendo como base os conceitos de A, Z e n;

Perceber a diferença na estrutura de um átomo e de um íon;

Perceber que novas observações e novas ideias produzem um outro modelo

para o átomo, que, por sua vez,explicará melhor os fenômenos da natureza

(níveis e subníveis de energia explicam melhor o aparecimento dos espectros

descontínuos).

Tabela Periódica

Entender a importância da reunião e da análise dos dados científicos que

levaram à determinação das propriedades químicas dos elementos, o que

possibilitou a organização desses elementos em uma sequência lógica, a

Tabela Periódica;

Notar e relacionar a variação da configuração eletrônica dos elementos ao

longo da Tabela Periódica;

Diferenciar propriedades periódicas de aperiódicas;

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Definir e comparar o comportamento dos elementos por meio das

propriedades periódicas.

Ligações Químicas e Geometria Molecular

Entender o que é uma ligação química;

Entender, diferenciar e caracterizar as ligações iônica, covalente e metálica;

Interpretar a polaridade da molécula como uma associação entre a geometria

molecular e a polaridade da ligação;

Prever o tipo de interação existente entre as moléculas, por meio da

polaridade delas.

Funções Inorgânicas;

Definir eletrólito e classificá-lo como forte ou fraco, por meio do grau de

dissociação ou do grau de ionização, dependendo do tipo de substância;

Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de cores de

alguns indicadores químicos e de escalas de pH;

Formulação, nomenclatura e aplicação dos compostos inorgânicos no

cotidiano.

Cálculos Químicos

Notar a importância no cálculo das substâncias químicas que são utilizadas ou

produzidas nas reações e definir esse cálculo como cálculo estequiométrico;

Aplicar o cálculo estequiométrico na resolução de problemas envolvendo

quantidade de reagentes e/ou produtos participantes de uma reação química.

Estudo dos Gases

Diferencie gás e vapor;

Espera-se que o aluno construa o conceito de gases;

Faça a relação dos estados de agregação com os estados físicos;

Estabeleça relações entre temperatura, pressão e volume com as leis dos

gases;

Compreenda a importância da aplicação de gases em termos industriais;

Soluções

Perceber a existência dos diferentes tipos de soluções e a diversidade de

utilização delas na prática;

Conceituar e entender o processo de saturação, construindo e interpretando

curvas de solubilidade de uma substância em função da temperatura;

Compreender o significado de diluir, concentrar e misturar e a aplicar esses

conhecimentos na resolução de exercícios e no dia a dia.

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Termoquímica

Perceber que o estudo das quantidades de calor, liberadas ou absorvidas

durante as reações químicas, auxiliam na compreensão de fatos observados

no cotidiano;

Compreender por que as reações ocorrem com liberação ou absorção de calor

mediante os conceitos de energia interna e entalpia, entendendo quais fatores

influenciam nas entalpias das reações;

Entender, escrever e interpretar uma reação química.

Cinética Química

Entender o conceito e calcular a velocidade de uma reação química;

Compreender as condições necessárias para a ocorrência de uma reação

química por meio dos conceitos de contanto e afinidade química entre os

reagentes;

Compreender os fatores que afetam a velocidade de uma reação química.

Equilíbrio Químico

Conceituar e entender o que é uma reação reversível;

Entender o que é equilíbrio química, por meio dos conceitos de velocidade

direta e inversa de uma reação química;

Diferenciar equilíbrio homogêneo e heterogêneo;

Calcular grau de equilíbrio e determinar a fórmula da constante de equilíbrio

em função das concentrações e pressões.

Eletroquímica

Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha (energia química

transformada em elétrica) dos que ocorrem na eletrólise (energia elétrica

transformada em energia química);

Entender a montagem , o funcionamento e a aplicação de algumas pilhas

comuns (bateria de automóvel, pilha seca, pilhas alcalinas, pilhas de mercúrio,

entre outras);

Entender a montagem e o funcionamento da pilha de Daniell.

Radioatividade

Perceber que a descoberta das emissões radioativas se deu com a evolução

de pesquisas envolvendo explicações sobre a estrutura atômica;

Conhecer, por meio de exemplos, os principais efeitos provocados pelas

emissões radioativas;

Identificar o três tipos de emissões (alfa, beta e gama);

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Entender como a velocidade com que um elemento radioativo se desintegra

pode ser determinada e calcular a sua meia-vida;

Compreender o que é que ocorre nos processos de fissão nuclear e fusão

nuclear;

Perceber os maiores e os menores perigos das emissões radioativas para os

seres vivos.

Características dos Compostos Orgânicos

Perceber a evolução da Química Orgânica por meio de dois procedimentos

que mais impulsionaram o seu desenvolvimento: as sínteses (criando novas

substâncias ou criando caminhos mais fáceis, rápidos e econômicos para

obter substâncias conhecidas) e as análises (para entender a estrutura das

substâncias e, com esse conhecimento, “imitar” a natureza, produzindo

compostos naturais ou até mesmo extrapolar as possibilidades de substâncias

da natureza);

Compreender que o átomo de Carbono tem características que o destacam

dos demais elementos (valência, números de possíveis ligações,

possibilidades de formas cadeias, etc.);

Perceber a existência de um grande número de diferentes compostos

orgânicos graças aos diferentes tipos de cadeias carbônicas e suas variações.

Funções Orgânicas

Definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos e suas subclasses;

Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da

observação de seu uso e aplicações;

Identificar e definir a função orgânica dos compostos orgânicos oxigenados e

nitrogenados, e nomeá-los;

Conhecer as aplicações e algumas obtenções de alcoóis, fenóis, éteres,

aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos e seus derivados mais presentes na

vida diária;

Conhecer as características e aplicações de algumas aminas e amidas.

Isomeria

Diferenciar isomeria plana de isomeria espacial;

Identificar e diferenciar os casos mais comuns de isomeria de cadeia, de

posição, de compensação, de função e a tautomeria;

Identificar e diferenciar os casos mais comuns de isomeria geométrica e

óptica;

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Reconhecer a importância da isomeria na Química Orgânica e na Bioquímica.

Reações Orgânicas

Entender como e quando as reações químicas orgânicas ocorrem;

Perceber a importância das reações químicas na vida diária.

Polímeros

Definir e identificar e classificar um polímero;

Reconhecer a importância dos polímeros na vida diária.

5.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

No processo avaliativo, segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (2006),

é necessário que o professor faça encaminhamentos, que pressupõem a observação e a intervenção por meio de formas escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Desta forma, entende-se que o professor deve problematizar:

Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?

Que conceitos adotou para resolver uma atividade de maneira

equivocada?

Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de

conceitos?

Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos?

Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma

tentativa mecânica de resolução?

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos

conceitos científicos “ (MALDANER, 2003, p.144). Valoriza-se, assim, uma ação

pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para

(re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das

abordagens históricas, sociológicas, ambiental e experimental dos conceitos químicos.

(DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA). Para isso as avaliações poderão ser por

meio de:

observação direta do crescimento do aluno (analisar o entendimento e a

interação do aluno com relação ao conteúdo trabalhado);

trabalhos em grupo (interatividade e compreensão do conteúdo para

realizar a atividade proposta);

trabalhos individuais (construção do conhecimento do indivíduo);

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teste simulado durante as aula (colocar em prova a apropriação do

conteúdo);

provas (somatórias e diagnósticas – será analisado se o aluno está se

apropriando ou não do conteúdo, caso não ocorra essa apropriação o

conteúdo será retomado e novamente avaliado);

participação nas aulas (argumentações orais, formação de conceitos

científicos);

relatório da aula (saber elaboração textos e relatos do conhecimento

científico apropriado em sala de aula).

O plano de avaliação será flexível e irá depender da necessidade da realização

de cada uma das atividades acima, contudo, necessariamente serão realizadas duas

provas escritas ou orais e o restante da nota serão designados paras as demais

atividades.

Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades

educacionais especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no

estabelecimento de critérios e na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos

diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.

5.3 RECUPERAÇÃO

A recuperação dos conteúdos será concomitante, preventiva e imediata, ou seja,

ela ocorrerá no decorrer do trimestre. Após cada avaliação ou trabalho realizado, de

acordo com a necessidade, será feito recuperação de conteúdos, por meio de atividades

diferenciadas que levem o aluno a refletir e, em consequência, reconstruir o conceito ou

conteúdo científico em questão.

Como serão realizadas em cada bimestre duas provas, caso o aluno não consiga

o desempenho desejável, ele terá oportunidade de fazer uma nova prova e essa nova

avaliação será ofertada a todos os alunos e ficará a critério de cada aluno fazê-la ou não,

na qual será considerada a nota que ele obtiver o melhor resultado. As demais atividades

avaliadas em forma de trabalhos, debates, discussões, participação, resolução de

problemas e em toda situação que mereça um reconhecimento do sistema produtivo do

educando, a sua recuperação será de forma contínua e imediata.

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6. REFERÊNCIAS

ANTUNES, M.T (Org.) Ser Protagonista: Química Ensino Médio- Volume 2.2.ed. São

Paulo: SM, 2013.

ANTUNES, M.T (Org.) Ser Protagonista: Química Ensino Médio- Volume 3. 2.ed. São

Paulo: SM, 2013.

ARROIO, A.e col.O Show da Química: Motivando o Interesse Científico. Química Nova na

Escola, Vol. 29, No. 1, 173-178, 2006.

BAIRD, C. Química Ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

MORTIMER, E.F; MACHADO A.H. Química para o ensino médio. 1.ed. São Paulo:

Scipione, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação.

Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Química. Curitiba: SEED, 2012.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná – química. Curitiba:

SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Química –

Ensino Médio. 2. ed. Curitiba: SEED, 2007.