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Direco-Geral da Sade www.dgs.pt

Ministrio da Sade

PROGRAMA NACIONAL CONTRA AS DOENAS REUMTICAS

Leses Musculoesquelticas Relacionadas com o TrabalhoGuia de Orientao para a Preveno

Direco-Geral da Sade2008

PROGRAMA NACIONAL CONTRA AS DOENAS REUMTICAS

Leses Musculoesquelticas Relacionadas com o TrabalhoGuia de Orientao para a Preveno

Direco-Geral da Sade 2008

PROGRAMA NACIONAL CONTRA AS DOENAS REUMTICAS

PORTUGAL. Ministrio da Sade. Direco-Geral da Sade. Direco de Servios de Cuidados de Sade, Guia de orientao para preveno das leses musculoesquelticas e relacionadas com o trabalho: programa nacional contra as doenas reumticas. Lisboa: DGS, 2008. - XXVIII p. - Documento elaborado na Direco-Geral, no mbito do programa nacional contra as doenas reumticas. ISBN 978-972-675-169-4 Doenas reumticas / Leses musculoesquelticas / Sade pblica / Avaliao do risco / / Factores de risco profissionais / Efeitos psicossociais da doena / Promoo da sade / / Acidentes de trabalho / Legislao / Programas nacionais de sade / Portugal.

Leses Musculoesquelticas

Relacionadas com o TrabalhoDocumento elaborado Orientao para a Preveno Guia de na Direco-Geral da Sade, no mbito do Programa Nacional Contra as Doenas Reumticas, por: Antnio Sousa Uva (Escola Nacional de Sade Pblica / Universidade Nova de Lisboa) Filomena Carnide (Faculdade de Motricidade Humana / Universidade Tcnica de Lisboa) Florentino Serranheira (Escola Nacional de Sade Pblica / Universidade Nova de Lisboa) Lus Cunha Miranda (Instituto Portugus de Reumatologia) Maria Ftima Lopes (Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho) Coordenao Mrio Viana de Queiroz Ilustraes Ermelinda Sousa Tiragem 75.000 exemplares Impresso e acabamento Grfica Maiadouro, S.A. Depsito Legal 274779/08

Direco-Geral da Sade 2008

Preveno das leses musculoesquelticas relacionadas com o trabalho

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ndice Prefcio...........................................................................................................5 Introduo.......................................................................................................9 O que so as LMERT?.................................................................................11 Quais so os sintomas das LMERT?.......................................................11 Como podemos agrupar as LMERT?......................................................12 Alguns exemplos de LMERT ......................................................................13 1. Tendinite da coifa dos rotadores..........................................................13 2. Sndrome do tnel crpico...................................................................13 3. Tendinites do punho ...........................................................................13 4. Epicondilite e epitroclete....................................................................13 5. Raquialgias..........................................................................................14 Algumas outras LMERT:...................................................................14 Causas das LMERT......................................................................................15 O que um factor de risco (ou um perigo) de LMERT?.....................15 1. Factores de risco relacionados com a actividade de trabalho.........16 1.1. Posturas ou posies corporais extremas................................16 1.2. Aplicao de fora..................................................................16 1.3. Repetitividade.........................................................................17 1.4. Exposies a elementos mecnicos........................................17 2. Factores de risco individuais..........................................................18 2.1. Idade........................................................................................18 2.2. Sexo.........................................................................................18 2.3. Altura, peso e outras caractersticas antropomtricas.............18 2.4. Situao de sade ...................................................................19 3. Factores de risco organizacionais/psicossociais.............................19 3.1. Ritmos intensos de trabalho....................................................19 3.2. Monotonia das tarefas ............................................................19 3.3. Insuficiente suporte social ......................................................19 3.4. Modelo organizacional de produo.......................................19 De que forma a exposio aos factores de risco pode desencadear as LMERT?..................................................................................................20 Como se pode avaliar o risco de LMERT?..................................................21 Que resultados se podem obter?..............................................................22 Como prevenir as LMERT?.........................................................................23 1. Anlise do trabalho..............................................................................23 2. Avaliao do risco de LMERT............................................................24 3. Vigilncia mdica (ou da sade) do trabalhador ................................24 4. Informao e formao dos trabalhadores...........................................26 Legislao aplicvel.....................................................................................27 Sites de interesse...........................................................................................28

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Prefcio

A noo de que certas profisses podem induzir doena no recente. Efectivamente, j h mais de 300 anos, em 1700, Bernardino Ramazzini, que poderemos considerar o pai da Medicina Ocupacional, considerava que o trabalho em condies climticas adversas e em ambientes mal ventilados podia originar doena e aconselhava perodos de repouso, exerccio e posturas correctas, o que continua a ser flagrantemente actual. As principais doenas reumticas provocadas pelo trabalho so a osteonecrose disbrica, as manifestaes musculoesquelticas da doena das vibraes, a gota saturnina, a fluorose, as doenas semelhantes esclerodermia, a espondilolise e a espondilolistese, as doenas induzidas por agentes fsicos, as doenas dos pilotos de aeronaves de combate e dos astronautas, as lombalgias, as artrites infecciosas, as doenas transmitidas sexualmente, a osteoartrose e as leses por esforos repetidos. A osteonecrose disbrica (morte das clulas sseas provocada por aumento da presso atmosfrica) ocorre nos mergulhadores e nos trabalhadores de construo de tneis. As doenas provocadas pelas vibraes so frequentes e englobam alteraes circulatrias, leses dos nervos perifricos (sndromes dos canais crpico e trsico, entre outros), artroses do punho e do cotovelo (vibraes provocadas pelo martelo pneumtico e a serra elctrica), leso dos discos intervertebrais e outras. A gota saturnina a gota induzida pelo chumbo. No obstante ser to antiga na terra como o chumbo, s foi descrita em 1723 por Musgrave. Foi frequente na civilizao romana, onde o vinho era misturado com chumbo, para o preservar, e bebido em vasos deste metal.

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A fluorose devida a uma exposio prolongada ao flor. Originando esclerose ssea do rquis pode confundir-se com a espondilite anquilosante. A esclerodermia uma doena em que a pele e os rgos internos esto endurecidos e mal vascularizados. As doenas esclerodermia like, ou seja, semelhantes esclerodermia, podem ocorrer em indivduos que contactam com o cloreto de vinilo, muito usado na indstria dos plsticos, com solventes orgnicos, como o benzeno, o tolueno e algumas resinas, e com a slica. A espondilolistese consiste no deslizamento de uma vrtebra sobre a infrajacente. Pode ser desencadeada por levantamento de cargas pesadas e por alguns desportos como o halterofilismo, a canoagem e a ginstica. As doenas provocadas por agentes fsicos (calor, frio, electricidade e radiaes ionizantes) so variadas, sendo a osteoartrose e a osteoporose as mais frequentes. Ficaram clebres os cancros induzidos em mdicos pelos raios X. Os pilotos de avies de combate e os astronautas, sujeitos a viver com um ar mais rarefeito em oxignio e uma presso atmosfrica mais baixa, com radiaes, ejeces e outros factores de risco, sofrem frequentemente da coluna vertebral (lombalgias, hrnias discais, fracturas das vrtebras, espondilolistese e outras). As lombalgias tm como profisses de risco os trabalhadores que elevam cargas e efectuam trabalhos pesados, bem como aqueles que efectuam movimentos frequentes de flexo e torso do rquis. As artrites infecciosas eventualmente relacionadas com a actividade profissional so a brucelose, a tuberculose, as hepatites B e C, a leptoespirose, a doena de Lyme e outras. As doenas transmitidas sexualmente que podem originar manifestaes musculoesquelticas so a sfilis, a gonorreia e a SIDA.

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Finalmente, as leses musculoesquelticas relacionadas com o trabalho, que na maioria dos casos so tendinites, devem-se com frequncia a traumatismos repetidos, resultantes de movimentos ou de posturas extremas. Tm vindo a aumentar com a globalizao, com o uso de novas tecnologias, como os computadores, e com os novos processos laborais voltados para a produo em massa, como acontece nas linhas de montagem de automveis. O conhecimento das doenas provocadas pelo trabalho, bem como a sua preveno, quando possvel, so extremamente importantes, justificando no s a especialidade da Medicina Ocupacional como, tambm, os Servios de Sade do Trabalho que, hoje, felizmente, existem na maioria das empresas, e bem assim publicaes como esta, editada pela Direco Geral de Sade no contexto do Programa Nacional Contra as Doenas Reumticas, tendo como principais artfices os Drs. Lus Cunha Miranda, Ftima Lopes e Florentino Serranheira e os Professores Filomena Carnide e Antnio Sousa Uva.

Viana de Queiroz

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Introduo IntroduoAs leses musculoesquelticas (LME) podem afectar diferentes partes As leses musculoesquelticas (LME) podem afectar diferentes partes do corpo, como, por exemplo, o ombro e o pescoo; o cotovelo, a mo e do corpo, como, por exemplo, o ombro e o pescoo; o cotovelo, a mo e o punho; o joelho e a coluna vertebral. So sndromes de dor crnica o punho; o joelho e a coluna vertebral. So sndromes de dor crnica que ocorrem no exerccio de uma dada actividade profissional e, por que ocorrem no exerccio de uma dada actividade profissional e, por isso, se designam ligadas ao trabalho (LMELT). As leses musculoisso, se designam ligadas ao trabalho (LMELT). As leses musculoesquelticas dos membros superiores relacionadas (ou ligadas) com o esquelticas dos membros superiores relacionadas (ou ligadas) com o trabalho (LMEMSRT ou LMEMSLT) so as que so referidas com trabalho (LMEMSRT ou LMEMSLT) so as que so referidas com maior insistncia em certas condies de trabalho como, por exemplo, maior insistncia em certas condies de trabalho como, por exemplo, as actividades implicando tarefas repetitivas, a aplicao de fora ou o as actividades implicando tarefas repetitivas, a aplicao de fora ou o trabalho que requeira posies das articulaes muito exigentes. trabalho que requeira posies das articulaes muito exigentes. Nalguns pases europeus os encargos com as LMEMSRT situam-se em Nalguns pases europeus os encargos com as LMEMSRT situam-se em cerca de 0,5 a 2% do Produto Nacional Bruto (PNB). cerca de 0,5 a 2% do Produto Nacional Bruto (PNB). A Semana Europeia para a Segurana e a Sade no Trabalho do ano A Semana Europeia para a Segurana e a Sade no Trabalho do ano 2000 foi dedicada ao presente tema, tendo sido o lema "No vires as 2000 foi dedicada ao presente tema, tendo sido o lema "No vires as costas s perturbaes musculoesquelticas", em que se pretendeu costas s perturbaes musculoesquelticas", em que se pretendeu chamar a ateno dos empregadores e dos trabalhadores para aspectos chamar a ateno dos empregadores e dos trabalhadores para aspectos de preveno de tal tipo de leses ou doenas, independentemente de de preveno de tal tipo de leses ou doenas, independentemente de se localizarem, ou no, nas mos. se localizarem, ou no, nas mos. Os jornais, as rdios e as televises tm, nos ltimos anos, dado Os jornais, as rdios e as televises tm, nos ltimos anos, dado algum relevo s LMEMSRT, principalmente em empresas, directa algum relevo s LMEMSRT, principalmente em empresas, directa ou indirectamente, relacionadas com a indstria automvel, na ou indirectamente, relacionadas com a indstria automvel, na indstria elctrica/electrnica e nos operadores de computadores. indstria elctrica/electrnica e nos operadores de computadores. Num editorial de uma edio da Sociedade Portuguesa de Medicina Num editorial de uma edio da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho sobre essa matria mencionava-se, em 2001, a forma do Trabalho sobre essa matria mencionava-se, em 2001, a forma como um jornalista (Jos Couto Nogueira) se referia na revista como um jornalista (Jos Couto Nogueira) se referia na revista Exame, em Abril de 1995, a essas doenas: "Mos de Fado". Exame, em Abril de 1995, a essas doenas: "Mos de Fado". Apesar da visibilidade pblica que as LMEMSRT actualmente tm Apesar da visibilidade pblica que as LMEMSRT actualmente tm e das diversas aces relacionadas, directa ou indirectamente, com os e das diversas aces relacionadas, directa ou indirectamente, com os aspectos do seu diagnstico e preveno, no se est a actuar de aspectos do seu diagnstico e preveno, no se est a actuar de forma planeada no desenvolvimento das melhores estratgias de forma planeada no desenvolvimento das melhores estratgias de melhoria das condies de trabalho na perspectiva da sua preveno. melhoria das condies de trabalho na perspectiva da sua preveno.

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Continua-se a: (1) no valorizar suficientemente as aces que, numa primeira fase, possibilitem um correcto "diagnstico de situao", desde logo pela ausncia de informao susceptvel de identificar as actividades econmicas e/ou as condies de trabalho que constituam factor(es) de risco acrescido(s); (2) no ter um completo conhecimento da verdadeira dimenso do problema, j que apenas se dispe do nmero de doenas reconhecidas como profissionais (com ou sem incapacidade permanente); (3) investir pouco na informao sobre as LMERT populao (e a forma de as prevenir), designadamente a empregadores e a trabalhadores. De facto, a interveno preventiva envolvendo exclusivamente o trabalhador, designadamente atravs da sua formao e informao sobre (re)aprendizagem dos gestos profissionais ou sobre aces tendentes a reduzir a susceptibilidade individual, por exemplo atravs do exerccio fsico, no devem substituir a melhoria das condies de trabalho na perspectiva da Sade e Segurana. A manter-se um quadro evolutivo cada vez mais mecanicista do trabalho, possvel prever o aumento da competitividade e o incremento de factores de risco principalmente relacionados com a actividade profissional. Sero factores de risco no to ligados ao trabalho fsico intenso, como aconteceu no passado, mas sobretudo ligados repetitividade de gestos e movimentos, adopo de atitudes de trabalho antifisiolgicas ou imposio de cadncias e ritmos de trabalho. Ser que o nosso fado os trabalhadores estarem condenados a ter as tais mos de fado? A resposta no se todos quisermos e fizermos por isso. Conhecer as leses e adoptar medidas preventivas o passo certo, aps um maior investimento em locais (e organizaes) de trabalho mais saudveis e, portanto, concebidos tambm em funo das pessoas que l trabalham.

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O que so as LMERT?A designao leses musculoesquelticas relacionadas ou ligadas ao trabalho (LMERT ou LMELT) inclui um conjunto de doenas inflamatrias e degenerativas do sistema locomotor. Designam-se LMERT ou LMELT (leses musculoesquelticas relacionadas ou ligadas ao trabalho) as leses que resultam da aco de factores de risco profissionais como a repetitividade, a sobrecarga e/ou a postura adoptada durante o trabalho. As LMERT geralmente localizam-se no membro superior (LMEMSRT) e na coluna vertebral, mas podem ter outras localizaes, como os joelhos ou os tornozelos, dependendo a rea do corpo afectada, da actividade de risco desenvolvida pelo trabalhador.

Quais so os sintomas das LMERT?As LMERT caracterizam-se por sintomas como:

Dor, a maior parte das vezes localizada, mas que pode irradiar para reas corporais; Sensao de dormncia ou de formigueiros na rea afectada ou em rea prxima; Sensao de peso; Fadiga ou desconforto localizado; Sensao de perda ou mesmo perda de fora.

Na grande maioria dos casos, os sintomas surgem gradualmente, agravam-se no final do dia de trabalho ou durante os picos de produo e aliviam com as pausas ou o repouso e nas frias.

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Se a exposio aos factores de risco se mantiver, os sintomas, que inicialmente so intermitentes, tornam-se gradualmente persistentes, prolongando-se muitas vezes pela noite, mantendo-se mesmo nos perodos de repouso e interferindo no s com a capacidade de trabalho, mas tambm, com as actividades do dia-a-dia. Quando as situaes clnicas evoluem para a doena crnica, pode surgir tambm edema (inchao) da zona afectada e mesmo uma hipersensibilidade a todos os estmulos, como, por exemplo, o toque, o esforo, mesmo que ligeiro, ou as diferenas de temperatura.

Como podemos agrupar as LMERT?As LMERT podem ser agrupadas de acordo com a estrutura afectada:

-

Tendinites ou tenossinovites so leses localizadas ao nvel dos tendes e bainhas tendinosas, de que so exemplo a tendinite do punho, a epicondilite e os quistos das bainhas dos tendes;Bainha Tendinosa Bainha Tendinosa Osso Osso

Msculo Msculo

Tendo Tendo

-

Sndromes canaliculares, em que h leso de um nervo, como acontece na Sndrome do Tnel Crpico e na Sndrome do canal de Guyon; Raquialgias, em que h leso osteoarticular e/ou muscular ao longo de toda a coluna vertebral ou em alguma parte desta; Sndromes neurovasculares, em que h leso nervosa e vascular em simultneo.

-

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Alguns exemplos de LMERT1. Tendinite da coifa dos rotadores uma das mais frequentes patologias do ombro e resulta da realizao de actividades que exigem a elevao mantida ou repetida dos membros superiores ao nvel dos ombros ou acima deles ou ainda da realizao de movimentos de circundao com os braos elevados.

2. Sndrome do tnel crpicoA sndrome do tnel crpico uma neuropatia, isto , uma leso de um nervo perifrico, provocada pela compresso do nervo mediano num espao limitado, o tnel crpico, localizado no punho. As posies de extenso excessiva do punho ou de hiperflexo so algumas das causas da sndrome do tnel crpico.

3. Tendinites do punhoAs tendinites do punho ou as tenossinovites do punho so desencadeadas pela realizao de movimentos repetitivos de flexo/ /extenso do punho e dedos, mesmo quando so realizados com o manuseamento de pequenas cargas, ou pela manuteno de uma carga em postura inadequada.

4. Epicondilite e epitrocleteA epicondilite lateral ou a mediana (epitroclete) so tendinopatias que surgem como resposta sobrecarga do cotovelo por gestos repetitivos ou pela manipulao de cargas excessivas ou de cargas mal distribudas.

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5. RaquialgiasAs raquialgias, geralmente chamadas de dores nas costas ou das cruzes, so das queixas mais frequentemente associadas ao trabalho. Os sintomas variam de acordo com a regio da coluna vertebral afectada: cervical, dorsal ou lombar. As lombalgias (ou lumbago) e as cervicalgias so as queixas mais frequentes. As posturas prolongadas de p, os movimentos frequentes de flexo e de extenso da coluna, o manuseamento e transporte de cargas, a permanncia sentado em trabalho com computador so causas possveis de raquialgias.

Algumas outras LMERT: Sndrome do conflito ou do desfiladeiro torcico; Sndrome do canal radial; Sndrome do canal cubital; Bursite do cotovelo; Sndrome do canal de Guyon; Doena de De Quervain; Bursite patelar; Tendinite rotuliana; Tendinite aquiliana; Sndrome de Raynaud; ........

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Causas das LMERTAs causas das LMERT so vrias, ainda que a sobrecarga a nvel dos tendes, dos msculos, das articulaes e dos nervos constitua importante factor de risco. Essa sobrecarga composta por vrios elementos: (1) relacionados com a actividade de trabalho; (2) individuais, tambm chamados co-factores de risco; (3) organizacionais/psicossociais, que, embora sejam igualmente factores de risco profissionais, so frequentemente abordados separadamente.

O que um factor de risco (ou um perigo) de LMERT?Um factor de risco algo do trabalho que pode provocar um efeito adverso (negativo), por exemplo, nos tendes (tendinites). A exposio ao factor de risco (ou ao perigo) pode causar (ou no) doena ou leso, dependendo de vrios outros factores adicionais. Por exemplo, usar um alicate em que se aplica fora no significa obrigatoriamente que se venha a desenvolver uma leso ou uma doena, mas se a utilizao for amiudada (por exemplo, quatro ou mais horas dirias), a probabilidade de vir a desenvolver uma doena ou leso aumenta. Ou ainda se a utilizao do alicate exigir, ainda por cima, uma posio esforada da mo, essa pode aumentar.

Exposio ao factor de risco X

durao intensidade frequncia

= risco de LMERT

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1. Factores de risco relacionados com a actividade de trabalho1.1. Posturas ou posies corporais extremas A postura depende de vrios aspectos, como, por exemplo: (1) o alinhamento biomecnico; (2) a orientao espacial das vrias zonas corporais; (3) a posio relativa dos vrios segmentos anatmicos e (4) a atitude corporal assumida durante a actividade de trabalho. Quando se assume uma posio quase no limite das possibilidades articulares fala-se em postura ou posio extrema, e o risco de LMERT aumenta. 1.2. Aplicao de fora A fora um conceito difcil de definir, mas no igual a esforo, apesar da aplicao de fora exigir sempre que o msculo funcione. Tambm o levantamento de cargas pode ser um importante factor de risco de leso ou doena da coluna vertebral. No

Factores de risco de LMERT: 1. Relacionados com a actividade de trabalho 2. Individuais 3. Organizacionais/psicossociais

Sim

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Considera-se fora elevada para o membro superior a manipulao (com as mos) de pesos (ou cargas) acima dos 4 Kg. No entanto, uma fora ligeira aplicada, por exemplo, com os dedos e a mo numa tesoura, durante o corte de um tecido fcil de cortar, pode igualmente originar uma leso musculoesqueltica relacionada com o trabalho (LMERT). A forma como a fora aplicada tambm importante. A fora esttica (constante e/ou sem movimento) e a fora dinmica (alternada e/ou com movimento) no tm o mesmo risco. A fora esttica sempre mais penosa do que a dinmica. Ou seja, mais grave. 1.3. Repetitividade Avaliar se o trabalho repetitivo exige saber se existem ciclos de trabalho ou tarefas em linhas de produo onde se utilizem, por exemplo, idnticos movimentos, posturas ou aplicaes de fora com as mesmas regies anatmicas (ex.: os braos e as mos). A invariabilidade gestual tambm pode ser um factor de risco de LMERT.

Factores de risco de LMERT: 1. Relacionados com a actividade de trabalho 2. Individuais 3. Organizacionais/psicossociais

1.4. Exposies a elementos mecnicos O contacto do corpo do trabalhador com outros elementos (ex.: bancadas ou ferramentas) constitui outro factor de risco de LMERT. Tal como todos os restantes factores de risco fsicos, os efeitos tambm dependem da frequncia, da intensidade e da durao da exposio.

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Outro exemplo o choque ou impacto violento, por exemplo, das mos (a fazer de martelo), braos ou pernas contra um equipamento durante o processo de montagem. A exposio a vibraes igualmente um factor de risco de LMERT que est frequentemente associado utilizao de ferramentas elctricas ou pneumticas. Quanto maior a fora aplicada sobre a ferramenta, mais facilitada a transmisso de vibraes ao sistema mo-brao.

2. Factores de risco individuais2.1. Idade Factores de risco de LMERT: A idade costuma ser considerada 1. Relacionados com a actividade um factor de risco e poder, de de trabalho facto, no o ser. H todavia uma 2. Individuais diminuio da fora mxima 3. Organizacionais/psicossociais voluntria associada ao envelhecimento e alteraes da mobilidade articular, esses sim, verdadeiros factores de risco. 2.2. Sexo O sexo costuma igualmente ser considerado como um factor de risco, contudo no existem diferenas de risco entre sexos quando so sujeitos a idnticas exposies aos diversos factores de risco, ainda que, em mdia, as mulheres tenham menos fora muscular. 2.3. Altura, peso e outras caractersticas antropomtricas A (in)compatibilidade entre as caractersticas das pessoas e as exigncias do trabalho pode constituir um factor de risco, principalmente para quem tem medidas afastadas dos valores mdios. Frequentemente, os indivduos altos ou baixos so confrontados com postos de trabalho sem ajustabilidade e dimensionados para a mdia dos trabalhadores (frequentemente do sexo masculino),

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o que pode originar ou agravar a existncia de doena ou leso, em particular no sexo feminino. 2.4. Situao de sade Algumas doenas como a diabetes, doenas do foro reumatolgico, certas doenas renais ou antecedentes de traumatismo, podem constituir uma susceptibilidade acrescida. A gravidez outro exemplo de uma situao que pode acarretar modificaes a nvel musculoesqueltico.Factores de risco de LMERT: 1. Relacionados com a actividade de trabalho 2. Individuais 3. Organizacionais/psicossociais

3. Factores de risco organizacionais/psicossociaisApenas alguns exemplos:

3.1. Ritmos intensos de trabalho A percepo de ritmos intensos de trabalho e/ou de elevadas exigncias de produtividade considerada factor de risco de LMERT. 3.2. Monotonia das tarefas A ausncia de estmulos pode originar stress que, por sua vez, pode vir a desencadear leses musculoesquelticas. 3.3. Insuficiente suporte social As condies de vida, o envolvimento social e de trabalho podem constituir fontes de motivao ou da sua ausncia, o que , com frequncia, motivo para minimizar ou maximizar a sintomatologia associada com a actividade de trabalho. 3.4. Modelo organizacional de produo Os horrios, os turnos, os ciclos de produo (principalmente as alturas de picos de trabalho), o trabalho em linha, as pausas so, entre outros, alguns dos elementos que podem aumentar a carga de trabalho, originando situaes de incompatibilidade com as capacidades do trabalhador.

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De que forma a exposio aos factores de risco pode desencadear as LMERT?

A identificao dos factores de risco de LMERT no fcil e menos fcil ainda a compreenso da interaco entre esses factores. O que decisivo para o aparecimento da leso a existncia de um desequilbrio entre as solicitaes do trabalho e as capacidades do indivduo, quando no se respeitam os intervalos de recuperao do nosso corpo (Figura n. 1):Figura n. 1: Solicitaes no local de trabalho e capacidades funcionais Tempo de recuperao insuficiente: Elevada probabilidade de LMERT

Capacidades individuaisSolicitaes

Situao de trabalho

SolicitaesCapacidades individuais

Tempo de recuperao suficiente: Baixa probabilidade de LMERT

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Como se pode avaliar o risco de LMERT?Existem muitas formas de medir o risco de LMEMSRT num posto de trabalho, designadamente (Quadro I): (A) listas de verificao e identificao de factores de risco; (B) mtodos de observao dos postos de trabalho: (B1) aplicados no local de trabalho; (B2) aplicados em registos de vdeo; (C) medio com a recurso a instrumentao.Quadro I: Metodologia de identificao e avaliao do risco de LMERT (A) Em todos os postos de trabalho (B1) (B2) (C)

Nos postos de Nos locais de Nas situaes de risco provvel risco elevado trabalho complexas Observaes e Avaliaes Avaliaes Observaes e Como? avaliaes quantitativas especializadas registos quantitativas Listas de Mtodos de Mtodos de verificao e observao no observao Recurso a Mtodos identificao de local de em registos instrumentao factores de risco trabalho vdeo Moderados Elevados Negligenciveis Baixos 1a2 1a2 Que custos? 10 1 hora/posto dias/posto semanas/posto minutos/posto Trabalhadores Trabalhadores Tcnicos Peritos Quem? com formao + Tcnicos especfica Competncia sem Fracas Moderadas Elevadas Especialistas Ergonomia Quando?

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Que resultados se podem obter?Costuma-se ordenar os postos de trabalho numa escala de maior ou menor necessidade de intervir preventivamente, adequando e corrigindo os diversos elementos dos postos de trabalho. Usa-se muito a analogia com as cores do tipo semforo, uma vez que uma linguagem fcil de compreender (Quadro II):

Quadro II: Processo de hierarquizao do risco de LMERT cor verde amarelo vermelho risco reduzido moderado elevado aco manter em observao interveno necessria interveno urgente

Estes resultados devem sempre ter em conta informaes transmitidas pelos prprios trabalhadores, que conhecem, como ningum, as exigncias dos seus postos de trabalho. Essa participao deve manter-se ainda nas propostas de modificao/correco/implementao de mecanismos de adequao desses postos de trabalho.

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Como prevenir as LMERT?O aspecto mais importante de qualquer programa de preveno das LMERT a participao de todos os trabalhadores da empresa, incluindo os rgos da administrao/gesto e as chefias intermdias. ainda indispensvel a partilha total de informao sobre os elementos das situaes de trabalho, partindo do conhecimento existente e integrando os resultados da avaliao do risco. A preveno das LMERT um problema de todos e no dos mdicos e dos trabalhadores com doenas ou leses. A preveno das LMERT passa sempre pela existncia de um conjunto de procedimentos que reduzam o risco de leses. Esses procedimentos constituem o modelo de gesto do risco de LMERT, tambm na perspectiva ergonmica, que integra as seguintes principais componentes: (1) a anlise do trabalho; (2) a avaliao do risco de LMERT; (3) a vigilncia mdica (ou da sade) do trabalhador e (4) a informao e formao dos trabalhadores.

1. 2. 3. 4.

Preveno das LMERT: Anlise do trabalho Avaliao do risco de LMERT Vigilncia da sade do trabalhador Informao e formao dos trabalhadores.

1. Anlise do trabalhoAs metodologias de anlise do trabalho recorrem a processos que decompem o trabalho nos distintos e sucessivos acontecimentos que o constituem, permitindo a observao dos detalhes, como, por exemplo, as aplicaes de fora, a frequncia dos gestos e a postura adoptada no desempenho da actividade de trabalho. A anlise ergonmica do trabalho (realizada por ergonomistas), pela sua metodologia especfica, permite a compreenso dos diversos elementos referidos e pode contribuir para o desenvolvimento de planos e programas de preveno destas doenas ou leses.

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2. Avaliao do risco de LMERTA avaliao do risco de LMERT uma das etapas primordiais de qualquer interveno. Nesse processo, a utilizao de mtodos de avaliao do risco a forma mais rpida e comum de classificar os postos de trabalho, em funo dos nveis de risco. Apesar disso, a sua facilidade de aplicao torna-se, por vezes, a causa de prticas pouco adequadas, devido a no considerarem a totalidade de factores de risco presentes na situao de trabalho.Preveno das LMERT: Anlise do trabalho Avaliao do risco de LMERT Vigilncia da sade do trabalhador Informao e formao dos trabalhadores.

1. 2. 3. 4.

3. Vigilncia mdica (ou da sade) do trabalhadorA vigilncia da sade pode ser definida como o processo de obteno, anlise e interpretao de dados que permitem a caracterizao do estado de sade individual ou do grupo de indivduos, o estabelecimento da sua relao com a exposio a factores de risco profissionais, facultando perspectivar/programar a preveno dos efeitos adversos do trabalho sobre o organismo humano exposto, ou pelo menos diminuir esse risco. , com frequncia, o mdico do trabalho que rene melhores condies para perceber, precocemente, a relao entre os factores (profissionais) de risco e o aparecimento de queixas relacionadas com o trabalho em trabalhadores expostos. o mdico do trabalho, especialista em Medicina do Trabalho, que alis a legislao prev que exista em todas as empresas, que tem o conhecimento que permite esta adequada vigilncia de sade. Esta vigilncia de sade pode ser implementada atravs da realizao de exames mdicos, como exames de admisso, peridicos ou ocasionais.

Preveno das leses musculoesquelticas relacionadas com o trabalho

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Como o diagnstico precoce (preveno secundria) e a adopo de outras medidas de preveno so essenciais para travar a evoluo das LMERT e prevenir o aparecimento de novos casos, torna-se ainda mais relevante a responsabilidade dos mdicos do trabalho e de outros tcnicos. Para alm disso, so sempre os mdicos do trabalho os principais responsveis pelo acompanhamento clnico mais adequado dos casos diagnosticados, independentemente do contributo (indispensvel) de outras especialidades mdicas, como so os casos da Reumatologia, da Ortopedia ou da Medicina Fsica e Reabilitao. Uma vigilncia activa possvel e desejvel, atravs de uma interveno dinmica, prxima dos trabalhadores, com o objectivo de detectar sintomas e sinais precoces de LMERT. O sistema de vigilncia de sade baseia-se num conjunto de aces centradas essencialmente no indivduo, que complementam e vigiam as aces baseadas na actividade de trabalho, ou seja, naquilo que o trabalhador efectivamente faz e em que condies de trabalho o faz. Perante um caso de LMERT, e relativamente ao processo de deciso sobre a sua origem profissional, existe um procedimento com base em quatro momentos, a partir da existncia de sintomas: (1) verificar se os sintomas comearam, recidivaram ou agravaram aps o incio do trabalho actual; (2) verificar se o trabalhador est exposto a factores profissionais de risco conhecidos como estando associados a LME localizada; (3) analisar a possibilidade de origem no ocupacional dos sintomas e (4) decidir sobre o respectivo nvel da relao com o trabalho. Uma vez diagnosticada a leso e estabelecida a sua relao com o trabalho, portanto presumida como Doena Profissional, importante que o mdico faa a sua declarao ao Centro Nacional de Proteco Contra os Riscos Profissionais (CNPCRP), de modo a que o trabalhador possa ser avaliado e ressarcido por eventuais danos. Pretende-se

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pois com a vigilncia mdica contribuir para a preveno das LMERT e no a realizao de uma vigilncia inespecfica ritualizada, de utilidade diminuta ou mesmo completamente intil, hoje muito generalizada, a que os trabalhadores chamam reviso.

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Preveno das LMERT: Anlise do trabalho Avaliao do risco de LMERT Vigilncia da sade do trabalhador Informao e formao dos trabalhadores.

4. Informao e formao dos trabalhadoresO envolvimento dos trabalhadores no processo de preveno das LMERT pressupe a informao e formao sobre os respectivos factores de risco e sobre a histria natural das leses, incluindo a influncia de factores no profissionais na etiologia e/ou agravamento dessas leses. Essa formao deve ser dada no s aos trabalhadores que se encontram directamente expostos a factores de risco, mas tambm aos que se relacionam com o processo produtivo. A importncia da formao em sade e segurana dos trabalhadores de tal forma marcada que, a sua ausncia, pode mesmo constituir mais um factor de risco de LMERT a juntar aos j atrs referidos. A formao e informao sobre aspectos como a (re)aprendizagem dos gestos profissionais ou sobre aces tendentes a reduzir a susceptibilidade individual no deve, todavia, substituir a interveno prioritria sobre o trabalho.

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Legislao aplicvelDecretoLei n. 441/91, de 14 de Novembro Estabelece o regime jurdico do enquadramento da segurana, higiene e sade no trabalho Portaria n. 989/93, de 6 de Outubro Prescries mnimas de segurana e sade dos trabalhadores na utilizao de equipamentos dotados de visor normas tcnicas DecretoLei n. 349/93, de 1 de Outubro Prescries mnimas de segurana e sade respeitante ao trabalho com equipamentos dotados de visor DecretoLei n. 330/93, de 25 de Setembro Prescries mnimas de segurana e sade respeitantes movimentao manual de cargas DecretoLei n. 26/94, de 1 de Fevereiro Estabelece o regime de organizao e funcionamento das actividades de segurana, higiene e sade Lei n. 7/95, de 20 de Maro Altera por ratificao o decreto lei n. 26/94 DecretoLei n. 191/95, de 28 de Julho Decreto - Lei n. 441/91 Administrao Pblica Define normas de aplicao do

Lei n. 73/98, de 10 de Novembro aspectos da organizao do tempo de trabalho

Contm normas relativas a determinados Estabelece medidas destinadas

DecretoLei n. 133/99, de 21 de Abril a promover a melhoria da segurana e sade no trabalho 441/91

DecretoLei n. 488/99, de 17 de Novembro Define normas de aplicao do DecretoLei n. 109/2000, de 30 de Junho Altera regime de organizao e funcionamento das actividades de segurana, higiene e sade no trabalho Decreto Regulamentar n. 6/2001, de 5 de Maio Lista das Doenas Profissionais e respectivo ndice codificado Lei n. 99/2003, de 27 de Agosto Cdigo do Trabalho Lei n. 35/2004, de 29 de Julho Artigos 211 a 263 Cdigo do Trabalho Regulamento do

DecretoLei n. 46/2006, de 24 de Fevereiro Prescries mnimas de segurana e sade respeitantes exposio dos trabalhadores aos riscos devidos a vibraes mecnicas DecretoLei n. 352/2007, de 23 de Outubro Tabela Nacional de Incapacidades Decreto Regulamentar n. 76/2007, de 17 de Julho Procede alterao dos captulos 3 e 4 da lista das doenas profissionais

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Sites de interesseErgonomia www.ergonomics.org.uk www.ergonomics.org.uk/links.html www.ergoweb.com www.medicalmultimediagroup.com www.ergo.human.cornell.edu www.ctdnews.com Medicina do Trabalho /LMERT ou LMELT www.cdc.gov/niosh www.ctdrn.org www.elmedico.net www.healthpages.org/AHP/LIBRARY/HLTHTOP/CTD/ www.hms.harvard.edu www.medwebplus.com/subject/Cumulative_Trauma_Disease www.osha.gov www.bohs.org www.fundacentro.gov.br www.saudeetrabalho.com www.hse.gov.uk www.medwebplus.com/subject/Cumulative_Trauma_Disorders www.rsi-center.com/html/EN/rsisearch www.rsi_uk.org.uk Em Portugal (diversos) www.min-saude.pt www.dgs.pt www.fmh.utl.pt www.ensp.unl.pt www.ipr.pt www.idict.gov.pt www.spmtrabalho.com www.apergo.pt www.spreumatologia.com www.terravista.pt/meco/5531

UNIO EUROPEIA Fundos Estruturais

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Plano Nacional de Sade