primeiras páginas da bíblia comemorativa do jubileu

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ORAÇÃO DO JUBILEU Ó Trindade Santa, nós vos louvamos e agradecemos pela nossa Diocese, “Povo de Deus”, que está em Juazeiro, pelos 50 anos de Missão a serviço da Vida. Louvamos pelas nossas Famílias e pelas nossas comunidades, primeiras “igrejas domésticas”, pelo seu testemunho e pela transmissão da Fé. Agradecemos pelos nossos Bispos, Sacerdotes, Religiosas, Religiosos, catequistas e animadores de comunidades que zelaram pela semente aqui plantada. Jesus, Caminho, Verdade e Vida, razão da nossa alegria e esperança, alimentai-nos com o Pão da Palavra e com o Pão da Eucaristia! Fazei-nos apaixonados por Deus e solidários das pessoas humanas. Dai-nos vocações sacerdotais, religiosas e leigas, inflamadas por novo ardor evangelizador. Ó Maria, Mãe de Deus e nossa, Senhora das Grotas, padroeira da Diocese, seja nosso modelo e ajude-nos a dizer sim aos apelos dos homens e das mulheres de nosso tempo. Que na grande festa da vida e nas nossas bodas de ouro, saibamos fazer tudo o que o Senhor nos disser!Nós vos pedimos, ó Pai, por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

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Primeiras páginas da Bíblia Comemorativa do Jubileu da Diocese de Juazeiro,BA

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Page 1: Primeiras páginas da Bíblia Comemorativa do Jubileu

ORAÇÃO DO JUBILEU

Ó Trindade Santa, nós vos louvamos e agradecemos pela nossa Diocese, “Povo de Deus”,

que está em Juazeiro, pelos 50 anos de Missão a serviço da Vida. Louvamos pelas nossas

Famílias e pelas nossas comunidades, primeiras “igrejas domésticas”, pelo seu testemunho

e pela transmissão da Fé. Agradecemos pelos nossos Bispos, Sacerdotes, Religiosas,

Religiosos, catequistas e animadores de comunidades que zelaram pela semente aqui

plantada.

Jesus, Caminho, Verdade e Vida, razão da nossa alegria e esperança, alimentai-nos com o

Pão da Palavra e com o Pão da Eucaristia! Fazei-nos apaixonados por Deus e solidários das

pessoas humanas. Dai-nos vocações sacerdotais, religiosas e leigas, inflamadas por novo

ardor evangelizador.

Ó Maria, Mãe de Deus e nossa, Senhora das Grotas, padroeira da Diocese, seja nosso

modelo e ajude-nos a dizer sim aos apelos dos homens e das mulheres de nosso tempo. Que

na grande festa da vida e nas nossas bodas de ouro, saibamos fazer tudo o que o Senhor nos

disser!Nós vos pedimos, ó Pai, por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

Page 2: Primeiras páginas da Bíblia Comemorativa do Jubileu

A Diocese de Juazeiro situa-se às margens do Rio São Francisco, na Região Nordeste

da Bahia, no coração da caatinga. Tem conformação ligeiramente alongada,

acompanhando o leito do Rio que a divide em duas partes.

Desde 2005 compõe-se de nove municípios: Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova,

Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá. Com uma área de 2aproximadamente 60.000 Km , sua população ultrapassa 500.000 habitantes.

Quatorze são as paróquias: seis em Juazeiro e oito nas demais cidades.

Desde sua fundação, a Diocese, em sintonia com a toda a Igreja, tem se voltado para a

promoção integral e harmônica da pessoa humana, dando prioridade aos menos

favorecidos, buscando educar, organizar e apoiar o homem e a mulher, tanto da cidade

como do campo. As Pastorais Sociais (Pastoral da Terra, Pastoral dos Pescadores e

Pescadoras, a Pastoral da Mulher Marginalizada, a Pastoral da Pessoa Idosa, a Pastoral da

Criança...) surgiram para responder às necessidades e urgências gritantes da nossa

sociedade.

Os desafios são muitos e, apesar de anos de intenso trabalho, ainda tem muito por fazer:

regularização fundiária, na cidade e no campo, a questão da água tanto para consumo

humano como para produção e a revitalização do Rio São Francisco. Os desafios pastorais

não são menores: a questão da droga e da violência, a juventude desamparada e sem rumo,

a formação de liderança, consciente e participativa.

Para realizar esse grande projeto: acompanhar o Povo de Deus na sua caminhada,

assessorar as demais Pastorais e Movimentos, é necessário muita gente: padres,

religiosos/as e leigos/as (agentes de pastoral). Os agentes de pastoral são numerosos e, de

modo especial, a catequese se organiza cada vez mais e vê aumentar seu número que já

passa de três mil.

O clero diocesano vem crescendo às duras penas, mas, hoje a diocese conta com 25 padres,

três diáconos e dez seminaristas maiores. O povo que está nesta Igreja particular de

Juazeiro, caminha rumo à Cidade cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus. Quer ser fiel

discípulo de Jesus Cristo e se sente amparado pela mãe Padroeira, Nossa Senhora das

Grotas.

Dom José Geraldo da Cruz, a.a.Bispo Diocesano de Juazeiro – BA

NOSSA DIOCESE

Page 3: Primeiras páginas da Bíblia Comemorativa do Jubileu

UM OLHAR SOBRE NOSSA HISTÓRIA

Primeiro veio a Evangelização

A civilização brasileira começou adentrar o Brasil a partir do São Francisco. Salvador ainda era a capital da Colônia, a cana tomava conta do Recôncavo, mas o gado que abastecia Salvador já era criado no rio Salitre, afluente do São Francisco. A estrada boiadeira, que levava o gado até Salvador, existe até hoje, cortando a região em direção de Uauá, assim até a antiga capital.

Foi acompanhando as fazendas de gado – muitas das quais se tornaram cidades – que os primeiros missionários andaram pelo São Francisco. Pambu, hoje interior de Curaçá, foi um dos pontos de missão dos Capuchinhos, que aprenderam a língua Cariri e evangelizaram os índios em sua língua de origem.

A missão franciscana chega a Juazeiro em 1706. Erguem uma capela com a imagem da Nossa Senhora das Grotas (Grutas), encontrada no rio São Francisco. Ela foi encontrada por um índio, que a entregou a um vaqueiro, que a repassou para um missionário que pregava no sertão. Juazeiro já era um dos pontos de passagem do gado, facilitado pela Ilha do Fogo.

Assim, durante séculos, antes que a Diocese de Juazeiro fosse criada, missionários e padres que faziam as desobrigas perambularam pelo sertão do São Francisco, alongando-se pelas caatingas, visitando as comunidades e realizando as famosas desobrigas, isto é, momentos para batizar, casar e celebrar a missa. A catequese cotidiana e a evangelização mais constante ficava para os leigos do local. Quem quiser mais detalhes desses viajantes, pode ler o livro de Pe. Heitor, “Vinte anos de Sertão”.

A Criação da Diocese de Juazeiro

Toda essa região pertencia à Diocese de Barra, de onde partiam os realizadores das desobrigas. Barra foi desmembrada de Salvador. Desciam o São Francisco de barco e, em determinados locais, adentravam a caatinga. Assim, por muitos anos, o território do que hoje é a Diocese de Juazeiro, era uma área pertencente à Diocese de Barra.

Mas, em 21 de Julho de 1962 o Papa João XXIII criou a diocese de Juazeiro. Começa a existir uma igreja juazeirense propriamente dita.

O primeiro bispo dessa diocese foi D. Tomás Murphy, um padre cidadão americano que atuava em Manaus. Ele foi ordenado bispo em 10 de Janeiro de 1963. Ele era da congregação dos Redentoristas.

Sua primeira tarefa como bispo foi tentar dar um mínimo de estrutura à nova e grande diocese. Na verdade, era e é, até hoje, um espaço de missão. Municípios como Pilão Arcado e Sento Sé, por seus tamanhos, além das dificuldades de acesso até hoje, são praticamente áreas missionárias. Assim também Campo Alegre de Lourdes, não tanto pelo tamanho, mas pelo isolamento em que vive devido à condição das estradas.

Mas, ele não ficou apenas na dimensão administrativa. Com poucos padres e religiosas para cooperar em sua missão, criou movimentos que à época tinham força no

O primeiro a chegar na região foi o francês Bernard de Nantes, que embarcou para o Brasil aproximadamente em 1677 e, entre fins de 1681 e início de 1682, se dirigiu à região do São Francisco.

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Brasil, como o Cursilho de Cristandade, Treinamento de Líderes Cristãos. Foi um primeiro momento decisivo para os tempos que viriam depois.

O Bispado de D. José Rodrigues

Quando D. Tomás renunciou, por motivo de saúde, veio para seu lugar D. José Rodrigues, um bispo também redentorista. Tomou posse em 16 de fevereiro de 1975.

Acontece que, quando chegou, o regime militar estava no auge de seu poder. Toda essa região era área de segurança nacional e os prefeitos eram indicados pelo governador da Bahia e nomeados pelo presidente da Republica. Em 1974 começaram as obras da barragem de Sobradinho, concluída em 1978. Quatro cidades foram relocadas – Casa Nova, Pilão Arcado, Sento Sé e Remanso -, removendo aproximadamente 72 mil pessoas. Sem dúvida, uma situação caótica.

Ainda com poucos padres e religiosas, chamou leigos que pudessem ajudar na tarefa de apoiar essa população em transe. A Igreja vivia naquele momento a atualização do Concilio Vaticano II na América Latina, particularmente a partir da Conferência de Medellin e depois de Puebla.

Então fez-se na diocese uma opção pelos pobres, concretamente por essas populações relocadas e abandonadas pelo poder público. Investiu-se muito nas Comunidades Eclesiais de Base, nas lideranças vindas do povo, na formação bíblica, catequética, no apoio à defesa da terra, na conquista da água e de uma nova política para essa região. Foram tempos de muitos conflitos, mas também de uma firme decisão de estar efetivamente com o povo.

Nesse período também foram criadas várias pastorais sociais que deram apoio ao povo necessitado, como a da Mulher Marginalizada, da Saúde, da Terra, dos Pescadores, etc.

As conquistas para a população dessa região, com a contribuição da diocese, foram muitas. Houve uma relativa mudança política com a queda das oligarquias, uma certa defesa da terra, dos direitos dos reassentados, da conquista da água, enfim, de uma cidadania mais avançada. A vida do povo em geral é melhor que 30 anos atrás.

Mas, é preciso realçar, sobretudo, a conquista de uma fé encarnada, mais madura, comprometida, de uma igreja tecida de rostos locais, uma igreja sertaneja, juazeirense e franciscana. Uma legião de leigos e leigas, liderando as comunidades, promovendo a catequese e celebrando a palavra nos cultos dominicais, promove a evangelização de base, que chega nas comunidades do interior, onde ainda hoje é mais rara a presença dos padres.

Terceiro Bispado

Com a saída e D. José Rodrigues, pelo avançado de sua idade, em 30 de agosto de 2003 chegou D. José Geraldo, o atual bispo, da Congregação dos Assuncionistas.

No primeiro momento não houve grandes rupturas com o legado de D. Thomás Murphy e D. José Rodrigues. Houve sim uma acentuação na formação de um clero

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local, na formação de seminaristas. O resultado é uma quantidade maior de padres que vão assumindo as paróquias onde havia poucos padres.

Também houve nesse período a incorporação do município de Uauá à diocese de Juazeiro, assim como a fundação de novas paróquias, que aos poucos dão outra configuração geográfica ao território diocesano.

Foram criadas outras pastorais, como a Pastoral da Pessoa Idosa, Comunicação e Universitária. Vem sendo dada uma reanimação na Catequese.

Há também uma maior preocupação com a questão administrativa, de se criar uma infraestrutura mais aparelhada para dar conta das atividades pastorais.

O pastoreio de D. José Geraldo ainda está em andamento, e nele celebraremos os 50 anos de fundação da Diocese de Juazeiro.

Chegamos assim aos 50 anos da Diocese de Juazeiro com um belo histórico de serviço ao povo, em todas as suas dimensões, como pede o episcopado latino americano desde Medellin.

Certamente ainda há muito por fazer, tanto para dentro da Igreja como também para o conjunto da sociedade. Mas, essa Igreja de certa forma ainda jovem, já tem história para contar e celebrar nesses seus 50 anos de existência e mais de 300 anos de evangelização.

Roberto Malvezzi (Gogó)

Page 6: Primeiras páginas da Bíblia Comemorativa do Jubileu

Regional 1 : Juazeiro Regional 3: PARECALParóquia Nossa Senhora das Grotas – Pilão Arcado: Paróquia Santo AntonioCatedral Remanso: Paróquia Nossa Senhora do Paróquia São Cosme e São Damião RosárioParóquia Santo Antonio Campo Alegre de Lourdes: Paróquia Paróquia Santa Teresinha Nossa Senhora de LourdesParóquia Nossa Senhora AparecidaParóquia Santo Afonso Regional 4: CURAUÁ

Curaçá: Paróquia S. Benedito e Bom Regional 2: CANSOSÉ Jesus da Boa MorteCasa Nova: Paróquia São José Operário Uauá: Paróquia São João BatistaSobradinho: Paróquia São FranciscoSento Sé: Paróquia São José

REGIONAIS E PARÓQUIAS

Igreja Catedral

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Curaçá Pilão Arcado Santo Afonso

Santo AntônioCampo Alegre de LourdesUauá

CasaNova Nossa Senhora Aparecida Santa Terezinha

São Cosme e São DamiãoSobradinhoSento Sé

Remanso

Page 8: Primeiras páginas da Bíblia Comemorativa do Jubileu

Nossa Senhora Mãe das Hoje estás em casa índio, Grotas, de tuas mãos que em cada nordestino que brota a nossa santa luta pra fazer libertação.proteção. Estás, também, em um Ó mãe dos humilhados e qualquer: no velho, no ofendidos, dos flagelados jovem, na criança, na força e oprimidos, dá-nos e na beleza da mulher!sempre a tua mão!

Ò Senhora dos sertões das Quando o índio foi ao rio e, terras sempre quentes, tem nas grotas do rio, encontrou pena desse povo e sê a tua imagem, nas grotas do clemente! E sempre em rio tão velho e nobre teus braços vê se acolhe os mostraste, assim, a todo que tombam, os ficam e os povo o amor que tu tens que fogem, os que lutam, os pelos pobres. que vivem e os que

morrem!E do índio pro vaqueiro e sob os juazeiros, às mãos do que pregava no sertão.Às margens do Rio São Francisco, no pouso de descanso dos tropeiros, nascia Maria em Juazeiro!

Nosso Deus, Oh Deus da vida! Venha a nós teu santo ReinoEsse povo que te ama E o pão de cada diaEssa igreja nordestina Faça-se tua vontadeJuazeirense e franciscana Na justiça e na alegria.Te agradece pela vidaPela longa caminhada O nosso Deus.....Tanta graça recebidaTanta vida aqui doada Como o São Francisco corre

E a caatinga também brotaO nosso Deus Não nos falte nas estradasÉ o Deus da vida Nossa Senhora das Grotas.O nosso Deus é Todos santos sertanejosJustiça e paz. Abençoem nosso chão

E o futuro colocamosTanta sede resolvida Na palma de tuas mãos. Tanta fome superadaO pão da vida repartido O nosso Deus....E a palavra celebrada

HINO DO CINQUENTENÁRIO (Gogó)

HINO DA PADROEIRA (Gogó)