prevenÇÃo, controle e tratamento de infecÇÕes virais profa. cláudia maria oliveira simões...
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PREVENÇÃO, CONTROLE E TRATAMENTO DE
INFECÇÕES VIRAIS
Profa. Cláudia Maria Oliveira Simões
CIF/CCS
MIP 5213 – Virologia Básica e Clínica
INFECÇÕES VIRAIS
Prevenção:
– Nutrição adequada– Higiene pessoal– Vacinação– Saúde pública
• Rede pública de água
• Tratamento de esgotos
• Controle de insetos
• Práticas clínicas apropriadas
• Formação / informação
Tratamento:
– Sintomático– Potencialização do
sistema imune– Fármacos antivirais
Bactérias• Muitos antibióticos
• Altamente seletivos
X
Vírus• Poucos antivirais disponíveis
• Seletividade dificultada
• Utilizam o metabolismo do hospedeiro
• Certo grau de citotoxicidade
TRATAMENTO
O segredo é a seletividade!!!Índice de Seletividade (IS=CC50 / CI50)
• Toxicidade
• Rápida excreção
• Rápido metabolismo
• Baixa absorção
Terapia antiviralTerapia antiviralTerapia antiviralTerapia antiviral
Evitar problemas:
Fármaco efetivo IDEAL: IS = 100-1000
Fármaco ideal•Amplo espectro
•Inibição completa da replicação
•Toxicidade mínima
•Deve atingir o alvo sem interferir com o sistema imune do hospedeiro
•Atividade frente a mutantes resistentes
•Hidrossolúvel
•Estabilidade química e metabólica
•Facilidade de absorção (apolar)
TerapiaTerapia antiviralantiviralTerapiaTerapia antiviralantiviral
Não deve ser:
• Tóxico• Carcinogênico• Alergênico• Mutagênico• Teratogênico
Descoberta de novos fármacos
Primeiros antivirais (era pré-biologia molecular): serendipity
Análogos de nucleosídeos foram desenvolvidos para inibir replicação do DNA – uso na terapia contra o câncer
Após o >>>>>> conhecimento sobre a replicação viral:
Desenvolvimento de compostos que interferem em fases específicas da replicação
• Década 70: aciclovir• 1983 / HIV: anti-HIV e para tratar infecções oportunistas
virais
Esponja: Cryptotethya crypta
Simple nucleic acid analogues, called spongothymidine and spongouridine, from the Caribbean sponge Cryptotethya crypta over 50 years ago (Bergmann and Feeney, 1950, 1951; Bergmann and Burke, 1955).
Esponja: Cryptotethya crypta
Novos fármacos antivirais X tempo
Alvos para a terapia antiviral
1. Ciclo de replicação viral
2. Adsorção do vírus na célula
3. Penetração do vírus e desnudamento
4. Replicação dos componentes virais
5. Maturação, montagem e liberação do vírus
Fármacos antivirais com diferentes mecanismos de ação
Ação direta: virucidas ou com ação em etapas da replicação viral
Ação indireta: estimulam o mecanismo de defesa do hospedeiro (imunomoduladores)
Busca de alternativas, com mecanismos de ação complementares aos dos fármacos já existentes
Especificidade pela célula infectadaEficácia
Mínimo de toxicidade
Anti-herpéticos:
aciclovir, cidofovir, docosanol, famciclovir, foscarnet, fomivirsen,
ganciclovir, idoxuridina, penciclovir, trifluridina, brivudina, valaciclovir,
valganciclovir, vidarabina
Antiinfluenza:
amantadina, oseltamivir, rimantadina, zanamivir,
peramivir
Análogo de nucleosídeo:
zidovudina, didanosina, estavudina, zalcitabina,
lamivudina, entricitabina, abacavir
Não análogo de nucleosídeo:
nevirapina, efavirenz, delavirdina
Análogo de nucleotídeo:
tenofovir, adefovir
Inibidores de proteases:
saquinavir, indinavir, atazanavir, ritonavir, nelfinavir, amprenavir, lopinavir, tipranavir,
darunavir
Inibidores de fusão:
enfurvitide
Inibidores da transcriptase
reversa
Antiretrovirais
Antivirais
Outros: imiquimod, interferons, ribavirina
Anti-hepatite: adefovir, lamivudina, entricitabina
FármacosAntiinfluenza
Antiinfluenza Adamantanas:
Amantadina(1966) e Rimantadina(1993)
Inibidores da neuroaminidase: zanamivir e oseltamivir
Antiinfluenza
GLICOPROTEÍNASDO ENVELOPE
Antiinfluenza
Inibidores da neuroaminidase: zanamivir e oseltamivir
Zanamivir:
• Inibe a replicação dos vírus Influenza A e B
• Trata complicações pouco graves
• Via administração: inalação
• Baixa biodisponibilidade oral
Inibidores da neuroaminidase Antiinfluenza
Oseltamivir (pró-fármaco):
• Convertido em carboxilato de oseltamivir por esterases hepáticas
• Biodisponibilidade oral - Fácil administração
• Eficácia contra Influenza A (H5N1): indeterminada
Inibidores da neuroaminidase Antiinfluenza
Peramivir:
• Impede a liberação de novos vírus da célula infectada
• Baixa biodisponibilidade oral – forma
injetável em desenvolvimento
• Pandemia de gripe aviária
Inibidores da neuroaminidase Antiinfluenza
Antiinfluenza
Fonte: ROTTINGHAUS; WHITLEY, 2007
Fármacos Anti-herpéticos
Uridinas
Anti-herpéticos
Idoxiuridina ou IDU
Anti-herpéticos
Idoxiuridina (5-iodo-2-desoxiuridina) ou IDU:
• Kaufmann et al.(1962)• Tratamento da queratite por HSV, cura de até 75%. • Mecanismo de ação: incorporação de sua fração
trifosfato ao DNA viral, diminuindo a produção do vírion.
• Por ser pouco seletiva, compromete também o DNA das células do hospedeiro, produzindo vários efeitos colaterais
• Nome comercial: Herpesine (Nikko)
• Primeiro AV uso sistêmico a ser licenciado – 1960 (anticancer)
• Obtido por fermentação de culturas de Streptomyces antibioticus • Mecanismo de ação: Ara-A, sob ação das quinases celulares, é
convertido em sua forma trifosfato ativa, que é incorporada ao DNA viral, inibindo a DNA polimerase e atuando como finalizadora da cadeia viral.
• O Ara-A não necessita da timidina quinase viral para ser fosforilado, o que o torna eficaz em casos de resistência aos demais antivirais, como o aciclovir e IDU.
• Atua contra HSV e VZV.• Efeitos adversos: náuseas, vômitos e diarréias. Neurotoxicidade
tardia com altas doses (reversível); mutagenicidade e carcinogenicidade.
• Não está disponível para uso no Brasil.
Vidarabina (9-b-D-arabinofuranosiladenina)
ou Ara-A:
Vidarabina
Bromovinildesoxiuridina ou BVDU• Uma vez convertida em forma trifosfato, BVDU inibe a
DNA-polimerase viral, com maior afinidade pela célula infectada que pelo DNA do hospedeiro.
• Não está disponível comercialmente no Brasil.
Trifluridina
• Pirimidina fluorinada
• Inibe conversão de dUMP em dTMP pela timidilato sintase
e fosforilação a TFT 5´-monofosfato • Indicado para queratoconjuntivite primária e queratite
epitelial recorrente causada por HSV-1 e queratite herpética que não responde à IDU
• Atua contra HSV-1 e 2, VZV• Não está disponível
comercialmente no Brasil
Anti-herpéticos
Aciclovir
Anti-herpéticos
Mecanismo de ação - Aciclovir Anti-herpéticos
Pró-fármaco inativo
Fármaco ativo
A ausência do grupo 3'- hidroxila impede a incorporação dos novos nucleotídeos necessários para a síntese da cadeia de DNA viral, efetuando assim sua terminação obrigatória
Gertrude Elion23/01/1918 – 21/02/1999
Prêmio Nobel de Medicina 1988
Unable to obtain a graduate research position due to her sex, she worked as a lab assistant and a high school teacher, before becoming an assistant to George H. Hitchings at the Burroughs-Wellcome pharmaceutical company (now GlaxoSmithKline). She never obtained a formal Ph.D., but she was later awarded an honorary Ph.D from George Washington University.
• 6-mercaptopurine: the first treatment for leukemia (+ tioguanine)
• Azathioprine: the first immuno-suppressive agent, for organ transplants.
• Allopurinol: for gout. • Pyrimethamine: for malaria. • Trimethoprim: for meningitis, septicemia, and bacterial
infections of the urinary and respiratory tracts. • Acyclovir : for viral herpes.
Valaciclovir
– Análogo do aciclovir: L-valil éster de aciclovir – Convertido em aciclovir quando ingerido– Pró-fármaco do aciclovir:
• Mecanismo de ação igual ao do aciclovir
– Efeitos adversos: náusea, diarréia e dor de cabeça– Atua contra HSV, VZV, CMV
Anti-herpéticos
Ganciclovir
• Análogo de guanosina acíclico • Alvo: DNA polimerase viral• Atua na terminação da cadeia através de fosforilação a
GCV trifosfato e incorporação do GCV monofosfato na posição 3´da cadeia
• Monofosforilação é catalisada por uma fosfotransferase em CMV e por timidina quinase em HSV
• Efeitos adversos: mielossupressão• Atua contra HSV, CMV
Anti-herpéticos
Valganciclovir
• Pró-fármaco: monovalil éster do ganciclovir • Metabolizado por esterases intestinais e hepáticas quando
administrado por via oral• Mecanismo de ação: o mesmo do ganciclovir • Efeitos adversos: mielossupressão• Atua contra CMV• Valcyte (BRASIL) – 60 comp. R$8.000,00
Anti-herpéticos
Penciclovir
Anti-herpéticos
• Mecanismo de ação similar ao do aciclovir
• Cerca de 100X menos potente na inibição da replicação viral do que o aciclovir, mas atinge maior concentração plasmática
• Tem maior tempo de meia-vida
• Atua contra HSV-1, -2 e VZV
•Brasil: Vectavir, Penvir, Hepigran
Fanciclovir
– Pró-fármaco do penciclovir: éster diacetilado do penciclovir
– Mecanismo de ação: igual ao do penciclovir – Não atua na cadeia terminal – Efeitos adversos: náusea, diarréia e dor de cabeça– Atua contra HSV-1, -2 e VZV
Anti-herpéticos
Cidofovir
• Análogo de citosina• Alvo: DNA polimerase• Atua na terminação da cadeia por fosforilação até a forma
difosfato e incorporação na posição 3’ da cadeia• Efeitos adversos: nefrotoxicidade
• Resistência: mutação no gene da DNA
polimerase • Tópico: HSV-1, HSV-2, HPV-papiloma-,
e poxvírus (molluscum contagiosum)• IV: retinite causada por CMV em pcts AIDS
Anti-herpéticos
Foscarnet
Anti-herpéticos
Foscarnet
• Pirofosfato inorgânico• Inibe DNA polimerase, RNA polimerase e transcriptase
reversa (HIV)• Não precisa ser fosforilado • Resistência: mutação no gene da DNA polimerase
• Efeitos adversos: hipo- ou hipercalcemia e fosfotemia • Venda restrita hospitalar
Anti-herpéticos
Fomivirsem
• Oligonucleotídeo anti-sense
• Mecanismo de ação: por ser complementar à sequência de bases, hibridiza-se e bloqueia a expressão (translação) do RNAm do CMV, inibindo a síntese de proteínas e a replicação viral
• Efeitos adversos: irritação e aumento da pressão intraocular
• Atua contra CMV(retinite – pcts AIDS)
Anti-herpéticos
Docosanol
• Tratamento tópico
• Atua contra HSV-1
• Inibe a fusão entre a célula e o vírus, evitando a entrada do vírus na célula
Anti-herpéticos
Fonte: ROTTINGHAUS; WHITLEY, 2007
Fonte: ROTTINGHAUS; WHITLEY, 2007
(cont.)
(cont.)
Fonte: ROTTINGHAUS; WHITLEY, 2007
FÁRMACOS
ANTI-HEPATITES
Hepatites A e B: vacinação
Hepatites B/D e C: fármacos antivirais
Hepatite E: (-)
Interferons
• Administração oral, IV e por aerosol; se sistêmica pode causar neutropenia e anemia
• Teratogênica e mutagênica
Fonte: ROTTINGHAUS; WHITLEY, 2007
Ribavirina
Inibidores do vírus da hepatite B
• HBV:– Análogos de nucleosídeos:Lamivudina (análogo de citosina)* #Adefovir dipivoxil (pró-fármaco) (análogo de
adenosina monofosfato)* #*inibidores da TR HIV + bloqueio síntese DNA pela
HBV polimeraseEntecavir (análogo de guanosina)## Licenciados para uso humanoTenofovir (análogo de adenosina monofosfato) # – Interferons (1970):interferon-alfa 2A peguiladointerferon-alfa 2B2A e 2B = 165 Aa, IA=lisina posição 23 e IB= arginina
Inibidores do vírus da hepatite C
• HCV:– Interferon – alfa 2A + ribavirina – interferon-alfa 2A peguilado + ribavirina– interferon-alfa 2B + ribavirina– interferon-alfa 2B peguilado + ribavirina– Combinação peguilado + RBV = genótipo 1
(48 sem, 50%); genótipos 2 e 3 (24 sem, 80%)– Ribavirina (monoterapia): NÃO (meta-análise
11 ECR, 521 pcts)
Interferon Alfa
• Induz enzimas da célula hospedeira inibir a tradução do RNA viral e causa degradação do mRNA e tRNA viral
• Liga-se a receptores de membrana na superfície das células
• Inibe penetração viral, desnudamento, síntese de mRNA, tradução e liberação
Interferon Alfa peguilado
• Polietilenoglicol (PEG) ligado covalentemente ao interferon
• Lentifica absorção• Reduz clearance (depuração) renal• Diminui imunogenicidade da glicoproteína• Aumenta tempo de ½ vida • Doses menos freqüentes (1X/semana no lugar de
3x/semana do interferon não peguilado)• Aumento significativo dos custos do tratamento
SC –custo mensal: I alfaPeg + RBV – R$ 4.025,44; I convencional: R$123,12
RIBAVIRINA
Fonte: ROTTINGHAUS; WHITLEY, 2007
INTERFERON “ NORMAL”
INTERFERON PEGUILADO
Interpretação artística dos interferons
Fármacos anti-retrovirais
Nucleotídeos e Nucleosídeos
Nucleosídeos de DNA
Nucleosídeos de RNA
Tabela 1: Fármacos e combinações preferenciais para o tratamento da AIDS de acordo com as Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV (BRASIL, 2004).
Grupo farmacológico
1.ª escolha 2.ª escolha
Dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo
Zidovudina+Lamivudina
Estavudina+Lamivudina
Inibidor de transcriptase reversa não-análogo de
nucleosídeo
Efavirenz Nevirapina
Inibidores de Protease
Lopinavir + Ritonavir
Nelfinavir ou Saquinavir
Atualmente, o Brasil dispõe de 15 anti-retrovirais utilizados em esquemas terapêuticos triplos, sendo dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo (ITRN) associados a um inibidor de transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo (ITRNN) ou a um inibidor da protease (IP). Deste total, oito são produzidos no Brasil.
Nevirapina
Inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos
Viramune Previne transmissão do HIV de mãe para filho
Delavirdina
Inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos
Rescriptor
Teratogênico
Efavirenz
Inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos
Sustiva, StocrinQuebra de patente em Maio/2007
Adefovir
• Análogo de adenosina monofosfato • Fosforilado por quinases celulares • Mecanismo de ação: inibe a DNA polimerase
competitivamente e atua na terminação da cadeia do DNA viral
• Efeitos adversos: nefrotoxicidade• Ativo contra HIV e HBV
Inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleotídeo
Também Anti-hepatite
Hepsera
Tenofovir
Inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleotídeo
Zidovudina
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
Zidovudina
• Análogo de deoxitimidina, azidotimidina (AZT)• Entra na célula por difusão passiva • Convertido na forma trifosfato pela TK • Alvo: transcriptase reversa• Fosforilação a AZT 5’-trifosfato e incorporação de AZT 5’-monofosfato na terminação 3’• Via IV e oral• Efeitos adversos: mielossupressão, intolerância GI, dor de cabeça
e insônia
Resistência:• Devido a mutações no gene da transcriptase reversa • Mais freqüente após terapia prolongada
Inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
Inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo
Estavudina (d4T)
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
•Atua na terminação da cadeia
•Gera d4T 5’-trifosfato dentro da célula
•Após perda dos fosfatos, incorpora d4T 5’-monofosfato na terminação 3’ da cadeia de DNA do vírus
Zerit
Zalcitabina (ddC)
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
•Atua na terminação da cadeia
•Gera ddC 5’-trifosfato dentro da célula
•Após perda dos fosfatos, incorpora ddC 5’-monofosfato na terminação 3’ da cadeia de DNA do vírus
Hivid
Lamivudina (3TC)
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
Também Anti-hepatite
• Alvo: TR de HIV e HBV
• Atua na terminação da cadeia pela fosforilação a 3TC 5’-trifosfato e incorporação de 3TC 5’-monofosfato na posição 3’
•Presente em associações:• c/ zidovudina: Combivir
• c/ zidovudina e abacavir: Trizivir
• Aumenta o número de células CD4+
Epivir, Zeffix
Didanosina (DDI)
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
Videx, VidexEC
Abacavir
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
•Atua na terminação da cadeia
•Alvo: TR do HIV
•Atua na terminação da cadeia pela fosforilação e conversão (desaminação) à 5’-trifosfato da guanosina correspondente (carbovir) e incorporação de carbovir 5’-monofosfato na posição 3’ da cadeia de DNA
Ziagen
Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
Também Anti-hepatiteEntricitabina
Emtriva
Inibidores de proteases
Saquinavir
• Análogo sintético de substrato peptídico
• Inibidor peptideomimético de proteases do HIV
• Pode causar distribuição alterada da gordura de corpo, resistência à insulina e hiperlipidemia
Inibidores de proteases
Invirase, Fortavase
Indinavir e Ritonavir
• Mecanismo de ação igual ao do saquinavir • Mec resistência: mediado pela expressão de
diversos substituintes aminoácidos nas proteases• Efeitos adversos: hiperbilirrubinemia
Inibidores de proteases
Norvir, Crixivan
Nelfinavir e Amprenavir
• Mecanismo de ação: igual ao do saquinavir • Mec resistência: mediado pela expressão de diversos
substituintes amino ácidos nas proteases• Efeitos adversos: diarréia e flatulência • Amprenavir pode causar síndrome de Stevens-Johnson• Estes agentes podem causar distribuição alterada da
gordura de corpo, resistência à insulina e hiperlipidemia
Inibidores de proteases
AgeneraseProzei
Viracept
Fosamprenavir Lexiva
Inibidores de proteases
Darunavir e Lopinavir
Inibidores de proteases
• Inibem seletivamente a clivagem das poliproteínas Gag-Pol do HIV em células infectadas, impedindo a formação de partículas virais maduras
•Mec ação: igual ao do saquinavir
• Utilizados em associação com o ritonavir
Lopinavir: Kaletra
Darunavir:Prezista
Atazanavir
Inibidores de proteases
Mec ação: igual ao do saquinavir
Tipranavir
Inibidores de proteases
Aptivus
Enfuvirtida
• Ativo contra HIV-1• Mec ação: liga-se a gp41 do envelope viral, impedindo as
mudanças conformacionais necessárias para a fusão entre as membranas celular e viral
Inibidores de fusão
Fuzeon
Terapêutica combinada (AIDS, HIV+)
• Prós:– Eficácia (80-85%)– Brasil: MS/DST-AIDS – modelo internacional
• Contras:– Resistência ao(s) fármaco(s)– Vários comprimidos por dia– Reações adversas significativas– Freqüente abandono do esquema posológico (ADESÃO) – Terapêutica e monitoramento dispendiosos
OUTROS
FÁRMACOS ANTIVIRAIS
ANTI-HPV: Imiquimod
Outros
• Indutor tópico de citocinas & potencializa a produção de alfa-interferon: efeito antiviral, antiproliferativo e antiangiogênico
• estimula células de Langerhans (células apresentadoras de antígenos da epiderme que migram até os linfonodos e ativam a produção de células T HPV-específicas)
• modificador da resposta biológica: mimetiza o que ocorre na resposta imune normal quando o HPV é reconhecido pelo sistema imune
• Há tb o “resiquimod” !
• Vacinas anti-HPV !
Inibidores de Rhinovírus humano
• Pleconaril (fase III) – negativa do FDA (metabolização via citocromo P450- interação com anticoncepcionais orais)
• Vick Primeira Proteção www.VickPrimeiraProtecao.com.br
Resistência dos vírus aos fármacos existentes
1.Desenvolvimento de fármacos com diferentes mecanismos de ação
2. Inovação de formas farmacêuticas
3. Outras estratégias
Mercado de oportunidades em antivirais
• Grandes mercados (alta prevalência / alta incidência):– HIV– HCV– HSV, VZV, EBV, CMV
• Mercados intermediários (alta incidência):– Influenza A e B– RSV– Rhinovirus
• Mercados menores (baixa incidência):– Vírus respiratórios (SARS, PIV1-3, hMPV)– Vírus entéricos (rotavírus, enterovírus, calicivírus)– Encefalite (VEE, JE, TBE)– Hepatite A, B e E– Vírus da febre hemorrágica (Ebola, Marburg, Lassa, etc)
BIBLIOGRAFIALITTLER, E. The past, present and future of antiviral drug discovery. Drugs, v.7, n.12, p.1104-1112, 2004.
DE CLERCQ, E. Antiviral drugs in current clinical use. J.Clin.Virol., v.30, p.115-133, 2004.
DE CLERCQ, E. Antiviral drug discovery and development: whre chemistry meets with biomedicine. Antiviral Res., v.67, p.56-75, 2005.
LITTLER, E.; OBERG, B. Achievements and challenges in antiviral drugs. Antiviral Chem. Chemother., v.16, p. 155-168, 2005.
ROTTINGHAUS, S.T.; WHITLEY, R.J. Current non-AIDS antiviral chemotherapy. Expert Rev.Anti-Infect.Ther., v.5, n.2, p.217-230, 2007.
http://www.fcf.usp.br/Ensino/Graduacao/Disciplinas/Exclusivo/Inserir/Anexos/LinkAnexos/ANTIVIRAIS%20-QFI.pdf
AGRADECIMENTO: Doutoranda Luciane Anita Savi
Vacinação
• Ativa• Passiva
– “mãe para filho”
– transfusão de sangue
Estratégias:• Vírus atenuados
• Vírus inativados• Recombinantes
• Ag purificados (subunidades) (HBV)• Vacinas protéicas
• Vacinas de DNA (HIV?)
Vacinas :
•Provocar resposta imune
•Proteção por longo período
•Segura
•Estável
•Baixo custo
Groves, 2006
Atenuação: eliminar ou reduzir a virulência do patógeno
Obtida através de tratamento químico ou calor, crescimento
em condições adversas ou propagação em hospedeiro não
natural
Vacinas Atenuadas
◦Febre Amarela◦Poliomielite (Sabin)◦Caxumba◦Sarampo◦Rotavírus humano◦Rubéola◦Varicela◦Influenza (gripe)◦Varíola
Exemplos
Inativação: obtida através de tratamento químico (acetona,
formaldeído, propiolactona, fenol) e/ou calor
A inativação deve ser 100% efetiva e o produto inativado
deve reter as características imunológicas.
Vacinas Inativadas
◦ Hepatites A e BHepatites A e B◦ RaivaRaiva◦ Poliomielite (Salk)Poliomielite (Salk)
Exemplos:
Vacinas de antígenos de superfície
Walsh, 2003
Combinam toxóides a polissacarídeos.
Vacinas Conjugadas
Limitações nos métodos tradicionais
de produção de vacinas:
1. Nem todos os agentes infecciosos crescem em cultura;
2. A produção de vírus humano ou animal requer cultura celular animal;
3. Cuidados intensos de segurança são necessários com o pessoal
envolvido;
4. Amostras de vacinas podem não estar inativadas ou podem estar
insuficientemente atenuadas durante a produção;
5. Espécies atenuadas podem se reverter;
6. Nem todas as doenças virais podem ser prevenidas através do uso de
vacinas tradicionais (Ex.: AIDS);
7. Muitas vacinas atuais tem uma vida limitada e requerem refrigeração.
Contêm 1 ou + subunidades
de antígenos; Hepatite B: antes a vacina
continha HBsAg de vírus de
indivíduos contaminados,
hoje o HBsAg vem de S.
cerevisiae (1986)HPV
Vacinas Recombinantes
Walsh, 2003
Produção de vacina recombinante de HBsAg
Vacinas recombinantes aprovadas para
uso humano
Walsh, 2003