prática sanitária da vigilância da saúde fincada em três pilares básicos: - território -...
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Prática Sanitária da Vigilância da Saúde
Fincada em três pilares básicos:
- Território - Problemas de saúde - Intersetorialidade
Problema
“ A formulação para um ator social de uma discrepância entre a realidade constatada ou simulada e uma norma aceita ou criada como referência.”
ou seja,
fatos, condicionantes ou determinantes que explicam uma carência, um sofrimento, uma necessidade individual ou coletiva.
Problema
É a identificação de uma diferença entre o que é e o que deveria ser, de acordo com os padrões e valores considerados desejáveis do ponto de vista de um ator social determinado.
Qualificação do problema
Auto – referênciaA identificação, descrição e análise de problemas não se faz independentemente de quem e de que posição identifica, descreve e explica.
Enfoque por problema
Significa situar-se no marco dessa confrontação e estabelecer as condições operacionais para que a vigilância à saúde venha a se resolver na prática social dos distintos atores em situação
Paisagem
Quando o problema aparece restrito à sua aparência (realidade aparente do cotidiano das condições de vida).
Problematizar uma realidade é retirá-la do seu campo imediato, para compreendê-la em toda a sua complexidade, penetrando sua essência.
Enfoque por programas
Pressupõe definição apriorística dos problemas:
-por doenças (hanseníase, tuberculose, hipertensão) -por categoria profissional (enfermeiro, médico, assistente social, psicólogo)-por etapas de ciclo biológico humano (criança, adolescente, adulto, idoso)-por atividades sanitárias (Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância à Saúde)-por inserção no mercado de trabalho (ST)-por grupos étnicos (saúde do índio)
Enfoque por programa
Trabalha
Microproblemas
Enfoque por Programa (Sistêmico)
-Obedece uma normatividade rígida-Desconhece limitação de recursos-Desconsidera a historicidades dos diferentes territórios e grupos sociais-Desconsiderar as condições de vida e as necessidades múltiplas e recorrentes -É fragmentado-Não explica o fenômeno-Não vai na essência do problema
Problemas de Saúde(1)
Ajuste Recursos Análise demanda (6) Atual
(2)
Balanço Recursos Previsão Demanda(5) futura, potencial
(3)
Definição Recursos necessários
(4)
ILUSTRAÇÃO DO MODELO
Enfoque por problemas
Sem posições apriorísticas:
-Identifica, descreve e explica macro-problemas de saúde aí contidos, referidos por atores portadores de um dado projeto de saúde, para depois, articular, um conjunto de operações setoriais, destinadas a resolvê-los, tendo presente a disponibilidade real de recursos existentes nesse território.
Enfoque por problemas
Exige que se caracterize a população de acordo com:
-Variáveis biológicas (sexo, idade)-Ecológicas (lugar)-Sócio-econômicas (renda, ocupação)-Culturais (grau de instrução, hábitos, comportamento)-Políticas
Enfoque por problemasHISTÓRICO ESTRUTURAL
-Articulado- forte enraizamento social- facilita o desenvolvimento da consciência sanitária da população- não implica negar espaços especializados- programas deixam de ser lugares gerenciais para se transformarem em campos tecnológicos
ILUSTRAÇÃO DAS ETAPAS DO MODELOProblemas de Saúde
(1)
Ajuste Recursos Análise do perfil (5) Epidemiológico
(2)
Balanço RecursosNecessários/disponíveis
(4)
Normatização e Programação (Definição Recursos Necessários)
(3)
Enfoque por problemas
Implica duas considerações básicas
-Distinção entre paisagem e problema-Alternativa à forma convencional de organização de serviços de saúde
Trabalhar por problemas exige, ainda, a sua microlocalização por reconhecer que a seca distribuição se dá assimetricamente no território, discriminando negativa-mente grupos sociais, de condições de vida semelhantes, que tendam a concentrar-se em determinados espaços de existência.
Que: óbito, doença, agravo, risco, necessidadeQuando: hoje, ontem, amanhã (problemas atuais e potenciais)Onde: mapeamento das condições de vida e saúde (desigualdades sociais)Quem: grupos sociais distintos em função das condições de vida e saúde
Identificar apresentar reconhecer consultar
discutir participar
Ter, adquirir e trocar
conhecimentos técnicos ou políticos.
Problemas
de saúde
DECISÃO
Ações
Serviços
Identificar DescreverExplicar
Como? Quem? Onde? Quanto? Quando?
n
Ciclo de tarefas para a tomada de decisão
Obter informação sobre o problemaAnalisar as informações
Estabelecer que informações são suficientes para a decisãoEstabelecer prioridadesDefinir as alternativas
Fazer as escolhasFONTE: Adaptado de Mota, E. 2001
Aspectos importantes no processo de
decisão quem conhece ou identifica o problema ou a situação
de interesse? quem apresenta o problema, como o apresenta e em
que momento o faz? as alternativas de ação são apresentadas e
reconhecidas como capazes de modificar a situação? ocorrem consultas e discussões? que ambiente político-institucional se apresenta para a
tomada de decisões? qual a participação de segmentos profissionais e
políticos nos diversos momentos desse processo?
PRIORIZAÇÃO DOS
PROBLEMAS
1 - Análise da situação de saúde
Determinação de problemas prioritários
• Magnitude
• Valorização Social
• Tecnologia disponível
• Custo estimado
Não se trata de fazer tudo que é possível tecnicamente, e sim aquilo que é necessário para dar conta dos “PROBLEMAS” reais existentes na população de um determinado território.
Magnitude
Refere-se ao tamanho do problema e pode ser dimensionada em função do volume da população atingida pelo mesmo.Geralmente é definida em função dos indicadores epidemiológicos, ou seja, a morbi-mortalidade atribuída ao problema.
VALORIZAÇÃO SOCIAL
Diz respeito ao impacto do problema na percepção dos diversos grupos da população.Um problema pode ter baixa magnitude e alta valorização social e vice versa.Ex. 1: Prevalência da AIDSEx. 2: Mortalidade infantil e materna
DISPONIBILIDADE DE TECNOLOGIA
Diz respeito à capacidade operacional do sistema municipal de saúde. Se não houver disponibilidade de condições organizativas e tecnológicas dentro do município para enfrentar o problema, não adiantará considerá-lo prioridade, mesmo que a magnitude e valorização social sejam altos.
CUSTO ESTIMADO
Quanto mais barata for a intervenção, mais facilmente um problema pode ser considerado prioridade.Quanto mais cara a intervenção, mais difícil de garantir o enfrentamento e superação do mesmo
“Mais leitos hospitalares, mais médicos, não era a receita. Melhor gerência das grandes organizações, melhores programas comunitários e de saúde pública e mais atenção a todos os determinantes de saúde (emprego, habitação, estilo de vida, renda) era o caminho a seguir”.
Bob Ral, Canadá, 1994
Conhecendo o local e a hora da próxima batalha, podemos nos concentrar a grandes distâncias para lutar. Mas, se nem o local e a hora forem conhecidos, então o flanco esquerdo será impotente para socorrer o direito; o direito igualmente impotente para socorrer o esquerdo, a vanguarda será incapaz de desafogar a retaguarda e esta de apoiar a vanguarda.
(Sun TZU, em “A Arte da Guerra”).
1- Análise da situação de saúde
Identificação, descrição, priorização e explicação de problemas de saúde;
•Como se identifica problemas no âmbito populacional?
•Como se descrevem Problemas de Saúde?
•Como se determina Problemas Prioritários?
•Quem determina Prioridades?
•Como se determina Prioridades?
•Como se analisam, isto é explicam, os Problemas?
O processo de decisão é sempre desenvolvido com
incertezas não se sabe tudo sobre um problema de saúde; existam diferentes opiniões e pontos de vista
sobre um problema. existem visões diferentes sobre como, quando
e onde agir.
Diminuir incertezas - obter as informações disponíveis e promover a
melhor análise possível.
As informações sobre as condições da vida As informações sobre as condições da vida e saúde e sobre os serviços ofertados e saúde e sobre os serviços ofertados devem conter uma visão de conjunto dos devem conter uma visão de conjunto dos aspectos relevantes dos aspectos relevantes dos problemas problemas prioritários de saúdeprioritários de saúde, contribuindo para a , contribuindo para a formulação de políticas de saúdeformulação de políticas de saúde, para o , para o planejamento e programaçãoplanejamento e programação e para o e para o desenvolvimento de desenvolvimento de ações e serviçosações e serviços, para , para que as necessidades da comunidade sejam que as necessidades da comunidade sejam atendidas.atendidas.
FONTE: Adaptado de Mota, E. 2001
Políticas / Objetivos / Metas
Necessidades / Riscos / Danos
Produtosações de saúde
Resultados
Recursos
Respostas
Problemas
Sistema de Informação de Saúde Modelo
Rede Explicativa do Problema nº x
Causas Estruturais Causas Intermediárias Causa imediatas Problema
Resolver Resolver problemas !problemas !Enfrentar desafios!Enfrentar desafios!
O planejamento pode O planejamento pode ajudar ?ajudar ?
FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS MUNICIPAIS DE SAÚDE – II Análise da situação de saúde:
explicação dos problemas prioritários do estado de saúde da população.
Passo 1: para cada problema priorizado, considerar as informações disponíveis sobre as condições de vida da população relacionadas com a ocorrência do problema e a capacidade de resposta do setor saúde para o seu enfrentamento.
Passo 2: Listar possíveis causas dos problemas sob a forma de frases ( ausência de esgotamento sanitário OU falta de acesso a informações sobre aleitamento materno OU falta de acesso a medicamentos OU elevado consumo de sal na dieta alimentarm, etc.)
FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS MUNICIPAIS DE SAÚDE – II
Análise da situação de saúde: explicação dos problemas prioritários do estado de saúde da população.
Passo 3: ordenar as causas na árvore de problemas (anexo 5)
Passo 4: Listar possíveis consequências do problema sobre a saúde dos indivíduos ou coletividade, suas condições de vida e sobre o sistema de saúde.
Passo 5: ordenar as consequências na árvore de problemas (anexo 5)
Anexo 2 – LISTA DE PROBLEMAS DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO
NÚMERO
PROBLEMA (o que, quem e onde)
1
2
3
4
n
Anexo 3 – MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS
Problema Magnitude
Valorização
Tecnologia
Disponível
CustoEstimado
Total de Pontos
1.
2.
3.
n
PONTUAÇÃO DOS CRITÉRIOS
Magnitude Valorização Tecnologia Custos
Insignificante ou muito baixa
0 0 0 4
Baixa 1 1 1 3
Média 2 2 2 2
Alta 3 3 3 1
Muito alta 4 4 4 0
Anexo 4 – FLUXOGRAMA SITUACIONAL
Problema:
Descritores Fatos Condicionantes Determinantes
ÁRVORE DE PROBLEMASOrganiza a explicação do problema
Determinantes(Causa)
Condicionantes(problema)
Fenômenos(Conseqüência)
INSATISFAÇÃO DA POPULAÇÃO USUÁRIA
Atendimento Desordenado à Demanda Espontânea
Assistência de Integralidade da Atenção (Relação Entre Atenção
Básica e Serviços de Média e Alta Complexidade)
Baixa Capacidade Operacional (Produção de Ss) na Rede Básica
Ritmo Lento de Implementação do Pacs/Psf
Inexistência de Avaliação dos Efeitos das Ações de Saúde
Insuficiência de Ações Programáticas Dirigidas a
Grupos de Risco
Insuficiente Descentralização das Ações de Vigilância
Epidemiológica e Sanitária
Insuficiência de Ações de Promoção da Saúde e Melhoria
das Condições de Vida de Grupos Populacionais
PriorizadosPROBLEMA CENTRAL: INCIPIENTE REORGANIZAÇÃO DO MODELO DE
ATENÇÃOBaixa Capacidade
Gerencial do Nível Central Da Sms
Articulação Problemática Entre CMS e SMS
Incipiente Descentralização de Funções Gerenciais
Escassez de Quadros Técnicos Qualificados em Gestão, Planejamento e
Avaliação
Incipiente Regulação Sobre a Rede Privada Contratada e Conveniada Ambulatorial
e Laboratorial
Incipiente Desenvolvimento do Sistema de Informação
Anexo 8 – MATRIZ DE ANÁLISE DE VIABILIDADE (A)
Problema:
OBJETIVO PRODUTO ESPERADO
ESTRATÉGIA DE AÇÃO
FACILIDADES
DIFICULDADES
Anexo 5 – ÁRVORE DE PROBLEMAS
CONSEQÜÊNCIAS
PROBLEMA
CAUSAS
SimplesmenteCompreender a marcha e irTocando em frenteComo um velho boiadeiroLevando a boiadaEu vou tocando os dias pelaLonga estrada, eu souEstrada eu vouTodo mundo ama um dia,Todo mundo choraUm dia a gente chegaE no outro vai emboraCada um de nós compõeA sua própria históriaE cada ser em siCarrega o dom de ser capazDe ser feliz.Tocando em frente
(Almir Sater/Renato Teixeira)
Ando devagarPorque já tive pressaE levo esse sorrisoPorque já chorei demaisHoje me sinto mais forte,Mia feliz, quem sabe,Eu só levo a certezaDe que muito pouco sei,Ou nada seiConhecer as manhasE as manhãsO sabor das massasE das maçasÉ preciso amorPra poder pulsarÉ preciso paz pra poder sorrirÉ preciso chuva para florirPenso que cumprir a vida seja