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AFLORAMENTO DE BASALTO Os basaltos são rochas muito abundantes nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, cujas ilhas são de natureza vulcânica. No Continente, encontram-se na Estremadura e praticamente confinados à região de Lisboa e arredores, onde constituem o chamado “complexo vulcânico Lisboa – Mafra” (CVLM). Porque se associa o vulcanismo com o basalto? Porque é da consolidação de lavas expelidas pelos vulcões que esta rocha se origina, como tem sido comprovado por numerosas erupções vulcânicas ocorridas na atualidade. Os materiais expelidos pelos vulcões provêm dos magmas, «banhos fundidos» constituídos por materiais que sofrem fusão ígnea no interior da crosta, onde formam bolsadas, ou no manto superior. A presença de alguns cristais no seio de uma massa aparentemente vítrea sugere que a ascensão do magma que deu origem a este basalto terá ocorrido em dois tempos, formando-se os fenocristais quando o magma ainda se encontrava no interior da crosta e passou por um lento arrefecimento; e os micrólitos e a pasta vítrea, quando a lava foi derramada à superfície e o seu arrefecimento aconteceu muito rapidamente. Este tipo de vulcanismo é conhecido por efusivo e terá ocorrido em ambiente subaéreo. A existência dos mantos basálticos na região de Lisboa e arredores deve-se a erupções que ocorreram há cerca de 70 milhões de anos, já no final da chamada época dos dinossáurios ou Era Mesozóica. . A partir da desagregação do basalto, a formação do solo pode ser mais ou demorada, consoante as condições climáticas. Estes solos apresentam muitas vezes uma cor avermelhada, porque a partir do ferro existente em alguns dos seus minerais constituintes, pode formar-se óxido de ferro, que apresenta esta cor. Repare que tanto à esquerda como à direita do afloramento, o solo apresenta precisamente este tom avermelhado. Especialmente do lado direito observam-se também tufos vulcânicos, indicando que para além de uma atividade vulcânica essencialmente efusiva, aconteceram alguns períodos de vulcanismo mais ativo. GRUPO DE PALEONTOLOGIA ESCOLA E.B.I DR.JOAQUIM DE BARROS PAÇO DE ARCOS 2012 PROJETO ADOTA UMA ROCHA- S EGREDOS GEOLÓGICOS DESCOBERTOS NO PASSEIO MARÍTIMO DE OEIRAS SUBSIDIADO PELA FUNDAÇÃO ILÍDIO PINHO APOIADO PELO INSTITUTO GEOLÓGICO E MINEIRO

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AFLORAMENTO DE BASALTO

Os basaltos são rochas muito abundantes nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, cujas ilhas são de natureza vulcânica. No Continente, encontram-se na Estremadura e praticamente confinados à região de Lisboa e arredores, onde constituem o chamado “complexo vulcânico Lisboa – Mafra” (CVLM).

Porque se associa o vulcanismo com o basalto? Porque é da consolidação de lavas expelidas pelos vulcões que esta rocha se origina, como tem sido comprovado por numerosas erupções vulcânicas ocorridas na atualidade.

Os materiais expelidos pelos vulcões provêm dos magmas, «banhos fundidos» constituídos por materiais que sofrem fusão ígnea no interior da crosta, onde formam bolsadas, ou no manto superior. A presença de alguns cristais no seio de uma massa aparentemente vítrea sugere que a ascensão do magma que deu origem a este basalto terá ocorrido em dois tempos, formando-se os fenocristais quando o magma ainda se encontrava no interior da crosta e passou por um lento arrefecimento; e os micrólitos e a pasta vítrea, quando a lava foi derramada à superfície e o seu arrefecimento aconteceu muito rapidamente. Este tipo de vulcanismo é conhecido por efusivo e terá ocorrido em ambiente subaéreo. A existência dos mantos basálticos na região de Lisboa e arredores deve-se a erupções que ocorreram há cerca de 70 milhões de anos, já no final da chamada época dos dinossáurios ou Era Mesozóica.

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A partir da desagregação do basalto, a formação do solo pode ser mais ou demorada, consoante as condições climáticas. Estes solos apresentam muitas vezes uma cor avermelhada, porque a partir do ferro existente em alguns dos seus minerais constituintes, pode formar-se óxido de ferro, que apresenta esta cor.Repare que tanto à esquerda como à direita do afloramento, o solo apresenta precisamente este tom avermelhado.

Especialmente do lado direito observam-se também tufos vulcânicos, indicando que para além de uma atividade vulcânica essencialmente efusiva, aconteceram alguns períodos de vulcanismo mais ativo.

GRUPO DE PALEONTOLOGIA ESCOLA E.B.I DR.JOAQUIM DE BARROS PAÇO DE ARCOS2012

PROJETO ADOTA UMA ROCHA- S EGREDOS GEOLÓGICOS DESCOBERTOS NO PASSEIO MARÍTIMO DE OEIRASSUBSIDIADO PELA FUNDAÇÃO ILÍDIO PINHOAPOIADO PELO INSTITUTO GEOLÓGICO E MINEIRO