port.com - edição nº 9 - julho de 2015

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Visite o site www.revistaport.com e fique mais perto de Portugal www.revistaport.com 2015 . Nº 9 . JULHO . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€ + MAR PORTUGUÊS Imenso potencial por explorar VINHO VERDE Popularidade ultrapassa oferta DAVID CARREIRA Sucesso em português e francês

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Page 1: PORT.COM - Edição nº 9 - Julho de 2015

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www. rev i s tapo r t .co m2015 . Nº 9 . JULHO . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€

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www.revistaport.com 3

SUMÁRIO

Portugal 2020 distribui cheques

Festas, feiras, romarias, festivais:

temos um guia completo, para que não perca

nada

18

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4 EDITORIAL

COMUNIDADES 6. O reino das oportunidades para os enfermeiros portugueses

10. Revista PORT.COM recebe os emigrantes

NEGÓCIOS14. Portugal, um gigante oceânico que está a acordar

18. Fundo atribui cheques de 15 mil euros

a pequenas e médias empresas

TURISMO20. Natureza e história fundidas no Geopark Naturtejo

22. Lazer e aventura abundam a norte

DESTAQUE26. Festa até ao final do verão

30. Uma dúzia de festivais para todos os gostos

CULTURA36. Entrevista a David Carreira

GASTRONOMIA40. Popularidade do vinho verde ultrapassa oferta

43. 4 dicas para melhor apreciação de vinhos verdes

44. Receita de Amêijoas à Bulhão Pato

DESPORTO46. Portugal: potência mundial na canoagem

48. Espinho recebe os melhores do mundo do futebol de praia

50 DISCURSO DIRETOA aventura do primeiro ano a trabalhar na Argélia

David Carreira em exclusivo

Vinho verde em alta

36

40

40 Aprenda a fazer Amêijoas à

Bulhão Pato

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES4

Chegou o verão e com ele as viagens em lazer, os bailaricos e os concertos junto dos que nos são mais queridos, as refeições leves ao ar livre e o diverti-mento dentro de água. A Revista PORT.COM dá

as boas vindas a tudo isto. Nesta edição de julho, apresentamos-lhe as principais festas populares realizadas em Portugal durante a estação mais quente do ano. Há muito por onde escolher, dedicadas às mais diversas temáticas.

Julho traz também a maior parte dos principais festivais de música realizados em solo nacional. Seja apreciador de música portuguesa ou estrangeira, mais dançante ou mais calma, dizemos-lhe onde se deve dirigir para ficar em sintonia com as suas canções preferidas. Quem reúne cada vez mais seguidores em torno da sua música é o nosso entrevistado deste mês, o jovem David Carreira, orgulhoso português nascido numa das maiores comunidades no estrangeiro.

Mas nem tudo é festa. Se há setor de atividade que nunca pode parar, seja qual for a época do ano, esse é o da saúde. Portugal forma milhares de enfermeiros todos os anos, mais de metade dos quais têm ponderado a emigração. Fomos à procura dos jovens enfermeiros portugueses no Reino Unido, que nos contam como está a ser a ambientação em terras britânicas.

Há muito mais para descobrir nesta edição, como a evolução da eco-nomia do mar de um gigante oceânico chamado Portugal, a crescente dinamização turística do Geopark Naturtejo ou a evolução dos atletas nacionais na canoagem, modalidade na qual o nosso país é mundial-mente reconhecido como a mais recente potência internacional.

Brindamos a tudo isto com um produto nacional obrigatório em qualquer verão à portuguesa, o vinho verde. A nós que escrevemos a pensar em vocês, aos portugueses que nos dão tantos motivos de or-gulho: Saúde!

EDITORIAL

LUÍS CARLOS SOARESCoordenador Editorial

A AJBB Network não é responsável pelo conteúdo dos anúncios nem pela exatidão

das características e propriedades dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformidade com a realidade são da integral e exclusiva responsabilidade

dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias. Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações, - sob quaisquer meios e para quaisquer fins,

inclusive comerciais.

FICHA TÉCNICA

REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES

Edição Mensal - Julho 2015www.revistaport.com

Nº de registo na ERC: 126526

Rua João de Ruão, nº 12 – 8º3000-299 Coimbra (Portugal)

Tel: (+351) 239 820 688

[email protected]

EDITOR E PROPRIETÁRIO

[email protected]

NIF: 510 475 353

DIREÇÃO Abílio Bebiano

[email protected]

COORDENAÇÃO EDITORIALLuís Carlos Soares (CP-9959)[email protected]

REDAÇÃO Luís Carlos Soares, Márcia de Oliveira,

Filipa Marques Colaboradores: Pedro Miguel Ramos

PLATAFORMA ONLINE Márcia de Oliveira - Edição de conteúdos

[email protected]

DESIGN E PAGINAÇÃO BDMP, LDA

www.bdmp.pt

ASSINATURAS [email protected]

PUBLICIDADE AJBB Network

Rua João de Ruão, 12 – 1º 3000-229 Coimbra (Portugal)

(+351) 967 583 [email protected]

EDIÇÃO PAPEL: Julho 2015

Tiragem: 20.000 Exemplares Impressão: StudioPrint

Depósito Legal: 376930/14Distrib. nacional e internacional: CTT

Page 5: PORT.COM - Edição nº 9 - Julho de 2015

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES6

COMUNIDADES

O REINO DAS OPORTUNIDADES PARA

OS ENFERMEIROS PORTUGUESES

Reino Unido é o destino de emigração que apresenta a maior proporção de portugueses qualificados, com os enfermeiros a constituírem a maior comunidade. Cerca de três em cada quatro são recém-licenciados, muitos nem

chegaram a procurar emprego em Portugal. Sentem-se valorizados e não tencionam voltar, pelo menos a curto prazo.

Portugal forma anual-mente entre 3 000 a 3 500 enfermeiros, sendo que, nos últimos anos, mais de metade tem pedido equivalência profissional para poder

emigrar. Destes últimos, cerca de metade escolhem como destino os países do Reino Unido, particularmen-te Inglaterra. A Revista PORT.COM foi à procura de jovens enfermeiros portugueses que fazem parte desta comunidade, e ouviu respostas que comprovam estas conclusões recente-mente publicadas pelo Observatório da Emigração.

Os 349 enfermeiros que, no início do ano passado responderam a um in-quérito da Diáspora dos Enfermeiros, correspondem a cerca de 11% do total

de portugueses inscritos na Ordem dos Enfermeiros no Reino Unido (3 155). Desta amostra, e quando inqui-ridos, cerca de metade eram jovens recém-licenciados com menos de 25 anos (81% até 29 anos), que encontra-ram no Reino Unido o seu primeiro emprego, em regra obtido através de

agências empregadoras que recrutam enfermeiros portugueses.

Débora Marques, Francisco Antu-nes, Gil Figueiredo e Nuno Pereira têm muitos pontos em comum com o perfil traçado pelo estudo. Come-çamos pelas senhoras. Débora faz 24 anos no final deste mês e partiu há um ano de Lisboa para a cidade inglesa de Swindon (cerca de 100 km a oeste de Londres), após ter recorrido a uma agência. “Nem cheguei a procurar emprego em Portugal, senti que seria um desperdício de tempo, dadas as experiências de antigos colegas da fa-culdade, que procuravam emprego há mais de dois anos, sem sucesso”, conta a jovem enfermeira.

Francisco Antunes ainda tentou, “mas durante pouco tempo, pois quan-

POR LUÍS CARLOS SOARES

“NEM CHEGUEI A

PROCURAR EMPREGO EM

PORTUGAL, SENTI QUE

SERIA UM DESPERDÍCIO

DE TEMPO, DADAS AS

EXPERIÊNCIAS DE ANTIGOS

COLEGAS DA FACULDADE”

DÉBORA MARQUES

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do soube das oportunidades existen-tes lá fora, desisti por completo, era uma batalha perdida à partida”. Até então, o também lisboeta, de 25 anos, “tinha feito apenas alguns trabalhos de um dia ou umas horas, sempre a recibos verdes, nunca um verdadeiro emprego”, recorda.

Portugueses, “os alemães do sul da Europa”

Muitos outros casos semelhantes aos de Débora e Francisco justificam que o conjunto dos enfermeiros portu-gueses a trabalhar no Reino Unido seja composto por uma população de pro-fissionais maioritariamente jovens. Quase três quartos (73%) terminaram a formação superior depois de 2009, ou seja, são recém-licenciados.

Nuno Pereira por pouco que não in-

tegra este conjunto maioritário. Ape-sar de somar apenas 28 anos, é um dos mais experientes não só no que à en-fermagem diz respeito, mas também no que toca à emigração. Já trabalhou em dois países, nenhum deles Portugal. Partiu de Chaves para a vizinha Espanha em 2009, logo após ter acabado a licenciatura.

No final da década pas-sada a Galiza constituía um nicho de mercado que atraiu dezenas de enfermeiros formados na tão próxima Escola Superior de En-fermagem de Chaves. A experiência galega durou apenas um ano, com Nuno a partir para o Reino Unido em 2011, na altura com 24 anos.

As constantes trocas de idiomas nunca constituíram um problema: “Tal como a generalidade dos estu-dantes portugueses, eu já estudara inglês durante sete anos, ou seja, ao longo do ensino básico e secundário. Apenas fiz um curso de reciclagem de competências imediatamente antes de vir para o Reino Unido”, recorda.

Depois de ter começado em Nor-thampton, cerca de 100 km a norte de Londres, atualmente trabalha na capi-tal inglesa. Em ambos os sítios notou que “os portugueses são vistos como trabalhadores ávidos, considerados os alemães do sul da Europa”, descreve o enfermeiro.

Agências empregadoras começam a ser dispensadas

Apesar de terem acumulado pouca experiência em hospitais ou centros de saúde portugueses, estes quatro enfermeiros têm

No hospital de Gorleston-on-Sea

trabalham cerca de 70 enfermeiros

portugueses

Débora, Gil, Francisco e Nuno. Quatro jovens enfermeiros que partiram nos últimos anos para o Reino Unido

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES8

COMUNIDADES

opinião formada quanto a diferenças entre ambas as realidades profissio-nais. “Ser enfermeiro no Reino Unido é muito diferente de o ser em Portugal. Habituei-me a esta realidade e tenho noção que o NHS [sistema nacional de saúde inglês] é dos melhores do mundo, principalmente para os utentes: é totalmente gratuito e nunca há falta de meios”, descreve Gil Figueiredo.

Também natural de Chaves, este enfermeiro de 26 anos começou por trabalhar na Irlanda do Norte, antes de se instalar em Gorleston-On-Sea, uma vila na costa este de Inglaterra, cujo hospital conta com cerca de 70 enfer-meiros portugueses.

A larga maioria (83%) dos enfer-meiros inquiridos pela Diáspora dos Enfermeiros, da qual Gil foi um dos fundadores, foram trabalhar para o Reino Unido através de agências em-pregadoras. Cerca de metade emigra-ram através de agências inglesas e um terço através de agências portuguesas, o que, segundo o enfermeiro f laviense, está a mudar: “Quando vim, em 2012, falava-se pouco em contacto direto com os hospitais, mas atualmente temos muitos colegas que concorrem através do site NHS Jobs e são chama-dos para entrevistas diretamente no hospital”, compara.

Para ajudar na integração, os hospi-tais costumam oferecer o primeiro mês de alojamento aos enfermeiros estran-geiros, assim como as viagens desde o país de partida. Se no caso de Francis-co, “o próprio hospital tratou de toda a papelada relativamente à segurança social e finanças de cá”. Débora teve ainda “direito a um pequeno cabaz com alimentos para os primeiros dias”.

Voltar sem perspetivas: um “não” com letras grandes

Independentemente da forma como partiram, muitos destes enfermeiros não pretendem regressar a Portugal antes da reforma: mais de metade (57%) dos inquiridos no estudo. Débo-ra, Francisco, Nuno e Gil não fecham

a porta ao regresso, embora nenhum o perspetive a breve prazo.

“Aqui tenho uma vida estável, sinto-me valorizado, tenho uma carreira pela frente e perspetivas de futuro, tudo aspetos que Portugal ainda não me pode oferecer. Para já, regressar só de férias, mas quem sabe um dia”, perspetiva Gil. Nuno aponta pelo mes-mo prisma: “Não tenciono regressar a Portugal por agora. Ninguém sabe o que o futuro proporciona, mas não vou voltar a qualquer custo e sem perspe-tivas de emprego, isso é um “não” com letras grandes”.

Débora confessa que todos os dias pensa no regresso, mas que “muito ainda tem de mudar, os salários terão de voltar a aumentar com os anos de experiência, o pagamento de horas extraordinárias e a possibilidade de se obter contratos fixos”. Francisco também não esconde as saudades e até se mostra um pouco mais f lexível: “Quero estar ao pé da minha família e no futuro poder criar os meus filhos junto de quem me viu crescer, mesmo sabendo que poderá significar uma re-gressão na carreira e no vencimento”.

Segundo dados da Ordem dos En-fermeiros, 2 082 enfermeiros pediram para emigrar em 2014, uma média de 5,7 por dia, mas a primeira quebra de crescimento dos últimos anos. Enquanto de Portugal não soprarem os ventos de mudança desejados, nada parece indicar que, a curto prazo, o Reino Unido deixe de ser o principal destino de emigração dos enfermeiros portugueses e, simultaneamente, o destino de emigração que apresenta a maior proporção de portugueses qualificados.

Os números da emigração

de enfermeiros

2 082

17,3%

1 700€e 2 000€

Número de enfermeiros portugueses que pediram para emigrar em 2014,

uma média de 5,7 por dia

Redução de emigração de enfermeiros portugueses entre 2013 e 2014

(2 516 pedidos em 2013)

Posição dos portugueses entre as nacionalidades dos enfermeiros estrangeiros a chegar em maior número aos hospitais britânicos.

Apenas superados pelos espanhóis

É entre estes dois valores que se situa a média da remuneração dos

enfermeiros em início de carreira no setor público britânico

Dados Ordem dos Enfermeiros

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES10

COMUNIDADES

Para receber da melhor forma os portugueses que vivem no estrangeiro, a Revista de Portugal e das Comunidades Portugue-sas, PORT.COM, está a preparar uma calorosa

receção, na qual equipas devidamente identificadas darão as boas-vindas aos que regressarem ao nosso/seu país para usufruir do merecido descanso.

Se nos anos anteriores a ação teve um foco maior na via terrestre, com especial enfoque na fronteira de Vilar Formoso, este ano a novidade passa pela presen-ça também no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Por estar junto das zonas que têm maiores índices de emigração (norte e centro do país), este é o aeroporto português que conta com o maior movimento de emigrantes.

A oferta de lembranças e da edição especial de agosto da revista fazem

parte destas ações. Desta forma, o próximo número da Revista PORT.COM está a ser preparado com conteúdos que ajudem as famílias de emigrantes no reencontro com Portugal. Sol, praias, destinos turísticos, petiscos e cerveja, entre outros, ajudarão a preencher as páginas da próxima edição.

Além de Vilar Formoso e do aeroporto do Porto, esta mesma revista, que terá uma tiragem especial de 100 mil exem-plares, será distribuída também em Fáti-ma, nos dias 12 e 13 de agosto, durante a grande peregrinação anual que, como é sabido, atrai milhares de emigrantes ao santuário. Para chegar ao maior número

REVISTA PORT.COM RECEBE OS EMIGRANTES

NA FRONTEIRA E NO AEROPORTO DO PORTO

A Revista PORT.COM vai ser entregue aos emigrantes que entrarem em Portugal, entre os dias 30 de julho e 2 de agosto, através da fronteira de Vilar

Formoso e pelo aeroporto do Porto. A distribuição da edição de agosto vai alargar-se ainda ao Santuário de Fátima, durante os dias 12 e 13 de agosto.

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11 www.revistaport.com

de pessoas possível, a revista vai ser oferecida em hotéis, restaurantes, cafés, museus e lojas de artesanato.

As ações de receção serão divulgadas no site e redes sociais da revista, que pode acompanhar através das seguintes páginas: www.revistaport.com e www.facebook.com/revistaportcom.

Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto)30 de Julho a 2 de agosto

O Aeroporto do Porto irá proporcio-nar uma ação de boas vindas aos seus passageiros, emigrantes e turistas, nos dias 30 de julho a 2 de agosto. No interior (zona de chegadas), enquanto os passageiros esperam pelas suas bagagens, podem visitar uma pequena exposição de artesanato e degustar produtos tradicionais portugueses em ambiente com animação folclórica. A todos é oferecida a edição especial da Revista PORT.COM.

Fronteira de Vilar Formoso1 e 2 de agosto

A ação tem lugar na linha de fronteira, onde equipas PORT.COM, devidamen-te identificadas, vão receber e dar as boas-vindas às famílias de emigrantes que vêm passar férias em Portugal. Diariamente serão oferecidos milha-res de exemplares da revista e outras lembranças.

FátimaDias 12 e 13 de agosto

A “Peregrinação dos Emigrantes”, rea-lizada anualmente nos dias 12 e 13 de agosto, integrada na Semana Nacional das Migrações, atrai anualmente milha-res de emigrantes de todo o mundo ao Santuário de Fátima. A Revista PORT.COM será distribuída aos emigrantes e peregrinos em locais de grande movimento, tais como: hotéis, museus, restaurantes e estabelecimentos de artigos religiosos e regionais.

Focos de distribuição da edição de agosto

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2015 . Nº 10 . AGOSTO . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€

+Reveja o vídeo das ações do ano passado emwww.revistaport.com

Saiba mais

A edição de agosto da revista PORT.COM volta a ser

um cartão de boas vindas a todos os

emigrantes que vêm passar férias a

Portugal

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EUA elogiam relações com Portugal

Imigrantes no Luxemburgo

continuam sem direito a voto

Remessas de emigrantes atingem valores históricos

Japão abriu bolsas de estudo para universitários portugueses

Emigrantes podem candidatar-se a fundos para investir em Portugal

O secretário de Estado norte-america-no, John Kerry, destacou as excelentes relações bilaterais com o nosso país, com o objetivo de assinalar o Dia de Portugal: “O relacionamento entre os nossos países, que abrange a cultura, a economia e a segurança, fortaleceu a comunidade Atlântica. As nossas duas Nações têm um compromisso com os direitos humanos, liberdade e democracia. (…) Os Estados Unidos têm orgulho de trabalhar com Portugal para defender a liberdade no mundo”, escreveu numa mensagem enviada à imprensa.

Os luxemburgueses não querem que os estrangeiros a residir no país

tenham direito de voto. Esta é a principal conclusão de um refe-

rendo realizado no início de junho, no qual mais de 78% de eleitores votaram contra o direito ao voto por parte dos imigrantes há mais de dez anos, que correspondem a

46% da população. Os portugueses são a maior comunidade, cerca de

30% dos imigrantes.

Portugal registou, no ano passado, os valores mais altos desde 2001, de saldo líquido entre o dinheiro enviado por emigrantes portugueses e os fundos retirados do país: 2 522 milhões de euros. A maior fatia de remessas foi en-viada pelos portugueses residentes em França (€882 milhões) e na Suíça (€813 milhões). A tendência de crescimento mantém-se este ano. Nos primeiros três meses, as remessas líquidas de emigrantes atingiram €664 milhões, um aumento de 13,8% face ao mesmo período de 2014.

O Ministério da Educação, Cultura, Des-porto, Ciência e Tecnologia do Japão abriu as candidaturas de um programa de bolsas de estudo para licenciados portugueses que queiram frequentar um curso de pós-graduação em univer-sidades japonesas. Salvo algumas ex-ceções, quase todas as áreas de estudo foram abrangidas. As candidaturas terminaram a 30 de junho e os bolsei-ros serão anunciados brevemente.

Uma das principais novidades do programa de fundos comunitários Por-tugal 2020 passa pela disponibilização de uma parte do financiamento para os emigrantes portugueses investirem em Portugal, o que nos anteriores progra-mas não era possível. Tendo em conta esta novidade, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro (na foto), afirmou recentemente que “é necessário estimular os municípios a desenvol-verem políticas de apoio ao regresso e a mobilizarem os emigrantes para a promoção do país e da sua região”.

Breves

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Page 14: PORT.COM - Edição nº 9 - Julho de 2015

PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES14

NEGÓCIOS

Muitas são as vezes que os portugueses, sobretudo das classes políticas, lem-bram que o nosso país tem a maior zona económica

exclusiva da Europa, com aproxima-damente 1,7 milhões de quilómetros quadrados, a maior parte dos quais cobertos de água. Porém, a chamada economia do mar ainda só vale 3% do PIB (cerca de cinco mil milhões de eu-ros), uma percentagem baixa compara-

da com outros países europeus, o que faz com que ultimamente tenham sido ponderadas diversas soluções para se tirar maior rendimento de tanto potencial.

Portugal aguarda pela decisão das Nações Unidas quanto a uma proposta de extensão da plataforma continental, o que poderá aumen-tar a área total do país para quatro milhões de quilómetros quadrados,

97% dos quais mar. Para além disso, no início do próximo ano arranca o novo programa operacional do setor, o Mar 2020, que tem para distribuir €392 milhões em fundos comunitá-rios.

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, assumiu o objetivo de aumentar o peso do mar na riqueza nacional para 4%, até 2020. Este crescimento passa pelas

PORTUGAL: UM GIGANTE OCEÂNICO QUE ESTÁ A ACORDAR

O nosso país tem setores de atividade profissional que estão a contribuir para a evolução da economia do mar. Se atualmente se destacam os valores mais altos de sempre de mercadorias nos portos portugueses,

num futuro não muito distante poder-se-á falar na multiplicação por 166 dos proveitos nacionais com biotecnologia marinha. E ainda há mais.

Page 15: PORT.COM - Edição nº 9 - Julho de 2015

www.revistaport.com 15

indústrias tradicionais, como as conser veiras (com um crescimento de 122% das exportações desde o ano 2000), mas também por novas áreas.

A biotecnologia marinha é uma destas últimas. Embora atualmente seja um setor que em Portugal vale pouco mais de €30 milhões, em 2030 poderá representar €5 mil milhões, segundo dados da BlueBio Alliance. De acordo com esta plataforma de profissionais ligados ao bio recursos marinhos, recentemente criada em Cascais, “Portugal tem das biodiver-sidades mais ricas, só precisa de lhes juntar ciência e tecnologia”.

Trocando por miúdos, as algas e outros organismos marinhos, ou até mesmo desperdícios como cascas de camarão ou pele de salmão, podem servir para a conceção de produtos biomédicos (para a regeneração óssea, por exemplo), artigos de cosmética e até alimentares.

Potencial na aquacultura e produção de energia

Para suprir as necessidades de consu-mo dos portugueses, que são a terceira população no mundo que come mais peixe por habitante (apenas atrás dos japoneses e dos islandeses), Portugal é

obrigado a importar mais de metade do peixe vendido nas superfícies comer-ciais. Apesar da longa linha de costa, o nosso país produz três vezes menos pescado de aquacultura do que, por exemplo, a República Checa, que está rodeada de terra por todos os lados.

Assim, não estranha que esse mesmo setor, o da aquacultura, seja visto como detentor de grande potencial econó-mico. O mercado nacional da pesca em viveiro vale apenas €60 milhões e produz 10 mil toneladas por ano, mas tem capacidade para se multiplicar por dez, segundo a associação do setor. Es-tá previsto para breve o lançamento do

Criação de pescado em

aquacultura, produção de energia, transporte de

mercadorias e realização de provas de desportos náuticos,

como o surf, são atividades que podem contribuir para aumentar o peso do mar na

economia nacional. O potencial é imenso

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES16

NEGÓCIOS

Plano Nacional Aquícola, que identifica os locais onde se podem criar novos viveiros.

Não faltam setores que geram grande expetativa e ambição. Como o da energia, no qual Portugal é pionei-ro em algumas experiências, como a energia das ondas e a energia eólica offshore. Esta segunda, que assenta em estruturas f lutuantes, motivou o recente anúncio da construção de um parque ao largo da costa da Aguça-doura (Póvoa de Varzim), por parte da EDP Renováveis, que poderá significar a criação de cerca de oito mil postos de trabalho.

Resultados no surf e transporte de mercadorias

Os benefícios das multidões de turistas que vêm a Portugal atraídos pelas praias são sobejamente conheci-dos, com o “sol e mar” a ser o principal produto turístico nacional. Bem mais recente é a aposta no turismo náutico, através de modalidades como a vela e o surf.

Portugal é atualmente um dos países no mundo que acolhe mais provas dos circuitos mundiais de surf. Em 2014, a entidade máxima do surf a nível mundial realizou cinco provas em Portugal, com três destas (Mo-che Rip Curl Portugal Pro, Cascais Billabong Pro, Cascais Women’s Pro) a terem um retorno mediático total de €46 milhões.

Só na prova de Peniche, o Moche Rip Curl Pro Portugal, as transmissões televisivas atingiram uma audiência global de 299,5 milhões de pessoas, tendo a transmissão online registado

mais de 19 milhões de visualizações.

Também vários milhões, não de audiências mas sim de mercadorias, passam pelos portos portugueses. Os do território continental registaram o valor mais alto de sempre no ano passado, com 82,69 milhões de tone-ladas. Mesmo a construção naval está a reanimar, com a chegada de novos projetos aos estaleiros nacionais, muitos destes a receber investimento estrangeiro.

No discurso do 25 de abril, em 2010, Cavaco Silva questionou “porque retiram outros países tanto valor e criam tanto emprego com a explora-ção económica do mar e nós não?”,

interrogação que ainda hoje cabe na memória de muitos portugueses. Meia década depois dessas palavras, há razões para se acreditar que um gigante oceânico chamado Portugal está a acordar.

A ECONOMIA DO MAR AINDA SÓ VALE 3% DO PIB, UMA PERCENTAGEM BAIXA COMPARADA COM OUTROS PAÍSES EUROPEUS

O Porto de Sines contribuiu para o valor de mercadorias mais alto de sempre

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Worten quer abrir 50 lojas em Espanha

Cavaco Silvaincentiva negóciosna Bulgária e Roménia

Flying Sharks vende peixes para aquários de todo o mundo

Cerveja Sagres lança coluna de

cerveja à pressão desenhada por universitários

A empresa portuguesa de retalho eletrónico, pertencente ao universo Sonae, prevê abrir entre 10 e 12 lojas por ano no mercado espanhol ao longo dos próximos cinco anos. O objetivo é chegar às 50 novas lojas em 2019. Desde que entrou em Espanha, há seis anos, a rede Worten já abriu 43 estabe-lecimentos no país vizinho, nas quais emprega um total de cerca de 1 000 funcionários.

Depois da implementação da Zippy, marca de roupa para crianças, a So-nae prevê a abertura de 20 lojas MO (antiga Modalfa) neste país do Médio Oriente, nos próximos cinco anos. As duas primeiras já estão disponíveis, nos centros comerciais Sallam Mall e Mall of Arabia, ambos na cidade de Jeddah. Cada qual tem uma área superior a 300 m2 e disponibiliza uma gama alar-gada de vestuário, adaptada ao clima e cultura locais. Até ao final de setembro, a Sonae prevê a abertura de mais duas lojas MO na Arábia Saudita.

Empresa portuguesa cujo negócio principal passa pela captura e venda de peixes a grandes aquários públicos, a Flying Sharks continua a acumular clientes nas mais diferentes geogra-fias: Espanha, França, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Suécia, Dubai, Japão, Singapura, Estados Unidos e Canadá. As espécies mais solicitadas são cavalas, peixes-lua (na imagem), atum sarrajão, raias e ra-tões, quase todas cap-turadas em águas nacionais, sobre-tudo ao largo da costa de Peniche e da ilha do Faial, nos Açores.

Sonae leva MO para a Arábia Saudita

O Presidente da República foi a estes dois países balcânicos, em junho, com o objetivo de abrir portas a negócios de empresas portuguesas na Bulgária, onde o comércio bilateral é deficitário do lado português, e para a consolida-ção na Roménia, onde nos últimos anos entraram em força mais de 80 empre-sas portuguesas. Cavaco Silva fez-se acompanhar mais de 20 representantes de empresas portuguesas, de várias áreas, como vinhos, azeites, construção, tecnologias da informação, moldes, equipamentos, têxteis e vestuário.

A Cerveja Sagres apresentou uma nova coluna de cerveja à

pressão, desenhada por jovens alunos universitários do IADE, em Lisboa. A marca de cerveja colocou o desafio desta cria-

ção a vários grupos de alunos, com a proposta apresentada a ser a vencedora. No seu design destaca-se a forma de escudo português e a iluminação, di-recionada ao copo de cerveja. A coluna Diamante (nome que

alude ao 75.º aniversário da Cerveja Sagres, assinalado

este ano) começará a ser insta-lada nos cafés, restaurantes e bares portugueses no mês de

outubro.

Breves

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NEGÓCIOS

O Portugal 2020 vai inje-tar, até ao final de 2015, o maior volume de fundos europeus na economia portuguesa num único

ano, um valor superior a quatro mil milhões de euros. Deste novo progra-ma de fundos comunitários, que veio substituir o QREN, uma das medidas que se destacam é a atribuição de cheques até €15 mil para incentivar as pequenas e médias empresas (PME) a contratar serviços especializados nos domínios da inovação, empreendedo-

rismo, internacionalização ou inves-tigação e desenvolvimento (I&D).

Há cerca de 35 milhões de euros para distribuir pelas milhares de PME que concorram através do Balcão 2020 (w w w.portugal2020.pt), até março de 2016, a estes vales que financiam até 75% a contratação de serviços. O processo de candidatura é acessível à generalidade das empresas de menor dimensão e a decisão de financiamento é tomada em 20 dias úteis.

Para que a candidatura seja aprovada, basta apresentar uma situação líqui-da positiva, identificar o problema a solucionar e mostrar que os serviços a contratar contribuirão para a sua rápida resolução. A criação de postos de traba-lho e a data de entrada da candidatura podem ser critérios de desempate no acesso aos vales.

Segundo os dados mais recentes cedidos pelo IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), quase 60% das candidaturas das empresas aos

FUNDO ATRIBUI CHEQUES DE 15 MIL EUROS

A PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESASJá está aberto o processo de candidatura aos vales do Portugal 2020 que financiam a contratação

de serviços especializados por parte de PME portuguesas. Os valores disponibilizados são muito superiores aos do programa comunitário anterior.

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novos incentivos europeus são prove-nientes dos distritos de Porto, Braga e Aveiro, numa proporção de três em cada cinco euros de investimento.

Durante o ciclo 2007/2013 do QREN, cerca de 60% dos vales foram atribuí-dos aos serviços e mais de um terço à indústria. Não é nesta proporção que se espera que o novo quadro comunitário se distinga do programa antecessor, mas sim nas quantidades de fundos envol-vidos.

Os quase €35 milhões em vales que o Portugal 2020 promete oferecer até março de 2016 correspondem a mais de metade do que foi distribuído durante todo o ciclo 2007/2013. Agora cabe aos empresários portugueses adequarem estes apoios à evolução da economia nacional.

Nos primeiros três meses deste ano nasceram 11 646 empresas, mais 8,7% do que em período homólogo de 2014, segundo um barómetro tornado público pela Informa D&B. Os serviços são a área onde mais empresas apare-cem, nomeadamente no retalho, alojamento e restauração.

Segundo o mesmo barómetro, houve mais nascimentos do que empresas desaparecidas, que fo-ram 4 831, número que resulta do somatório de 3 603 encerramen-tos com 1 228 insolvências. Ape-

sar do saldo positivo, Portugal tem uma das mais altas taxas da União Europeia de encerramentos precoces, dado que 70% das em-presas criadas não chegam aos cinco anos de vida.

Quem estiver dar início a um negócio deve informar-se de algumas ajudas e soluções que são divulgadas no site do IAPMEI (www.iapmei.pt), no Portal do Empreendedorismo (www.portal-doempreendedorismo.com) e no Balcão do Empreendedor (bde.portaldocidadao.pt).

CRIAR EMPRESAS ESTÁ NA MODA

Empresas de alojamento de

turismo rural constam entre as possíveis beneficiárias dos

chequesOs vales

internacionalização podem ser gastos em

serviços de consultoria na área da prospeção de

mercado

A criação de postos de

trabalho pode ser um critério de desempate no

acesso aos fundos

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TURISMO

Não faltam apelos ao descanso e à aventura nos seis concelhos que fazem parte deste geoparque. Se as aldeias históricas convidam às refeições relaxadas, os muitos quilómetros de trilhos terrestres e aquáticos desafiam os mais aventureiros. Está lançado o convite, seja

para uma breve passagem ou uma estada mais demorada.

POR LUÍS CARLOS SOARES

NATUREZA E HISTÓRIA FUNDIDAS NO GEOPARK NATURTEJO

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Monumento Natural das Portas de Ródão

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Aum ano de celebrar uma década enquanto primeiro geoparque português reco-nhecido pela UNESCO, o que aconteceu em 2006, o

Geopark Naturtejo continua a apre-sentar-se como um destino turístico ideal para quem gosta de passar as suas férias por entre natureza de perder a vista e até os adjetivos. Localizado no distrito de Castelo Branco, engloba 4600 km2 distribuídos por este conce-lho e também pelos de Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, onde a oferta turística aumenta de ano para ano.

Não faltam apelos ao descanso e à aventura. Para os que procuram dias calmos e relaxados, um dos principais atrativos passa pela aldeia de Monsan-to, toda ela classificada monumento nacional, “que ficou conhecida como a aldeia mais portuguesa de Portugal, pelos seus arreigados usos, costumes e tradições, conjuntamente com a sua singular arquitetura, que acompanha as formas naturais de um espetacular modelado granítico”, descreve Carlos Neto de Carvalho, coordenador cien-tífico do Geopark Naturtejo, à Revista PORT.COM.

Outra aldeia histórica também construída maioritariamente a granito, e que faz parte deste território, é a de Idanha-a-Velha, “um verdadeiro tesouro arqueológico que guarda im-portantes testemunhos das diferentes civilizações que por aqui passaram, desde o período romano”, apresenta o responsável.

Tanto numa como noutra é possível adquirir alguns dos queijos de ovelha que distinguem a região, como o queijo

de Nisa, o queijo amarelo da Beira Baixa e até o queijo picante. Aos estômagos mais fortes também se apresentam as aguardentes ou licores de medronhos apanhados nas montanhas em redor.

Se os pratos de borrego abundam em quantidade e qualidade por toda a região, quem quiser deliciar-se com cabrito estonado deve aproximar-se de Oleiros, assim como a perdiz de esca-beche atrai os turistas até aos restau-rantes da vila de Idanha-a-Nova. Como sobremesa destacam-se frutas da época como as cerejas de Montes da Senhora ou a melancia do Ladoeiro.

Aventuras em terra e dentro de água

Os mais desportistas e aventureiros podem lançar-se por entre um milhar de quilómetros de percursos pedestres, de bicicleta e equestres, devidamen-te sinalizados para o efeito. Dentro de água é possível fazer passeios em diversos tipos de embarcações, sejam a motor ou a remos.

Um dos percursos aquáticos mais populares percorre o Parque Natural do Tejo Internacional, onde se destaca “o Monumento Natural das Portas de Ródão, pela forma majestática como a

montanha se abre ao poder das águas do grande rio”.

Quem não quiser ter uma embarca-ção a separá-lo da água deve dirigir-se às praias fluviais da região, com os concelhos de Proença-a-Nova e Oleiros a apresentarem algumas certificadas com qualidade ouro, a mais alta distin-ção para o efeito.

“Seja de passagem ou para uma demorada estada, o Geopark Na-turtejo tem muito para oferecer aos emigrantes portugueses, tanto os que procuram um merecido descanso no seu país natal, como os que procuram umas férias ativas, de experiências e de conhecimento da história natural e cultural única que caraterizam este território”, termina Carlos Neto de Carvalho. Perante esta apresentação, difícil é não se sentir tentado.

Monsanto, “a aldeia mais portuguesa de Portugal”

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TURISMO

Os parques Pena Aventura (Ribeira de Pena), Na-turwaterpark (Vila Real), Magikland (Penafiel) e Diverlanhoso (Póvoa de

Lanhoso) juntaram-se, nos últimos 15 anos, a nomes já emblemáticos, como o Zoo da Maia e o Parque Aquático de Amarante, na lista de parques de atrações no norte de Portugal. A época alta para estes parques é obviamente o verão, na qual os emigrantes regressam em peso aos distritos do Porto, Braga e Vila Real, nos quais estão inseridos, as-sim como aos vizinhos Viana do Castelo, Bragança e Viseu.

Atividades tão em voga como o paintball e o tiro ao alvo fazem parte do reportório, no qual não falta animação dentro de água, seja em piscinas calmas ou em rios mais agitados, adequados à prática de rafting. Também há ativi-dades adequadas aos que têm menos destreza desportiva, assim como aos mais novos. A Revista PORT.COM escolheu um conjunto de atividades que se destacam nestes parques.

Percorrer o maior slide da Europa no Pena Aventura

Desportos na natureza e muita aven-tura para os mais destemidos, mas também com atividades apropriadas a visitantes dos três aos 83 anos de idade. Quando foi inaugurado há oito anos, o Pena Aventura deu nas vistas por possibilidade a maior descida de slide do mundo. Fantasticable liga duas montanhas em redor de Ribeira de Pena, num percurso de mais de quilómetro e meio, cuja altitude atinge os 150 metros e velocidade máxima pode chegar aos 130 km/h. O cabo não mingou desde então, mas entretanto já foram feitos outros maiores noutros continentes. Entre as outras ativida-des destacam-se o percurso aventura, o paintball, a escalada, o rafting, o tiro ao alvo, o salto negativo e a mais recente novidade, o Alpine Coaster, um percurso num carro estilo tobogã ao longo de 700 m de curvas, contra curvas e loopings horizontais. http://park.penaaventura.com.pt/

Naturwaterpark é três em um

Parque aquático, parque aventura e quinta pedagógica, tudo num só espaço. Esta é a proposta do Naturwaterpark, desde que abriu portas no verão de 2011, nos arredores de Vila Real. Se no parque aquático tem piscinas e escorregas dos mais distintos tamanhos e formatos, no aventura é possível a prática de despor-tos como paintball, slide, escalada ou rapel. Na quinta pedagógica habitam animais característicos em Portugal, como a ovelha, o porco e o burro, assim como outros mais exóticos, como um kanguru e um lama. www.naturwaterpark.pt

O século XXI, particularmente nos últimos anos, já testemunhou a abertura de vários parques de atrações a norte do Douro, separados por poucas dezenas de quilómetros. Em terra, na água ou até no ar, para os mais

miúdos ou mais graúdos, são várias as alternativas para um verão divertido em solo português.

LAZER E AVENTURA ABUNDAM A NORTE

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RAPEL, TIRO AO ALVO, PAINTBALL, RAFTING E CANYONING ESTÃO ENTRE AS ATIVIDADES COM UM AUMENTO RECENTE DE OFERTA E PROCURA

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Magikland é o reino dos mais novos

Digna sucessora da extinta Bracalân-dia, que deixou saudades em várias gerações que foram propositadamente a Braga para a visitar, a Magikland tem poucos anos de existência (inaugurada em 2012), tal como a maior parte dos seus visitantes. Está localizada em Penafiel, mas quem entra no seu recinto chega a poder jurar que está numa aldeia medieval, num refúgio de piratas, numa vila de cowboys ou numa aventura no africano rio Zambeze. A imaginação dos

mais novos não tem fronteiras neste parque de diversões, onde não faltam os tradicionais carrosséis, montanha russa e carrinhos de choque.www.magikland.pt

Diverlanhoso estende-se até ao Gerês

Aberto desde 2003, este parque na pacata vila de Póvoa de La-nhoso foi um dos primeiros a dedi-car-se aos desportos de aventura em Portugal. A empresa fundadora indica

mesmo que foi a primeira a ser reconhe-cida pela Direção Geral de Turismo. Com o passar dos anos, a DiverLanhoso foi aumentando o leque de oferta aos visitantes, que atualmente se divide por atividades como escalada, rapel, paintball, golfe de montanha, rafting, kayak, canoagem, canyoning e o tiro ao alvo, que pode ser com fisga, pressão de ar, arco/flecha ou mesmo zarabatana. Fora das instalações é possível realizar um percurso pedestre nas serras do Ge-rês e Cabreira, tudo sob o olhar atento e orientação de técnicos especializados do parque. www.diver.com.pt

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Bilhete Praia da CP tem novos destinos

Passear num balão de ar quente é uma atividade turística com cada vez mais oferta e procura em Portugal. Para aproximar os açorianos desta prática, a cidade de Ribeira Grande vai ser sobrevoada por dezenas de balões durante o Festival de Balões de Ar Quente - Feel the sky, cuja primeira edição está marcada entre 1 e 5 de julho. Os visitantes podem fazer um passeio e assim vislumbrar a ilha de S. Miguel de uma outra perspetiva.

A região mais a sul do território continental português conta com um aumento de 190 efetivos da GNR em permanência até 15 de setembro, para reforçar a segurança na época alta turística. Está ainda previsto um re-forço da PSP de 18 equipas do Corpo de Intervenção (CI), entre 13 de julho e 15 de setembro. Albufeira, Loulé e Silves são os concelhos mais visados, por serem também os locais onde se regista mais criminalidade, sobretudo nos meses de julho e agosto.

Turistas e viajantes de vários cantos do mundo distinguiram as Caves Cálem, em Vila Nova de Gaia, com boa pontuação no TripAdvisor, contribuin-do para que este espaço com mais de 150 anos de história recebesse um certificado de excelência por parte da página de avaliação de oferta turís-tica. Cerca de 200 000 turistas visi-taram as Caves Calém em 2014, que recentemente também conquistaram o prémio Best of Wine Tourism, de arquitetura e de serviços de enoturis-mo, conferido pela GWC (Great Wine Capitals). 

A mais recente aposta do Turismo do Porto e Norte para a promoção 65 das praias com bandeira azul entre Caminha e Espinho (63 oceânicas e duas fluviais), é um roteiro com as condições existentes para a prática de desportos náuticos. Surf, mer-gulho, pesca desportiva e passeios náuticos são algumas das modalida-des referidas neste documento, que está a ser distribuído sobretudo em Portugal e Espanha.

O bilhete que a CP - Comboios de Portugal disponibiliza no verão, com o objetivo de conferir reduções de 30% a 50% face ao preço base das viagens simples para destinos de praia, foi este ano alargado aos ser-viços regionais e urbanos de Coim-bra, com destino à Figueira da Foz. Este bilhete inclui ainda serviços nos comboios urbanos de Lisboa e Porto, assim como nas linhas de Braga, Gui-marães, Minho, Caíde/Marco, Aveiro, Oeste, Cascais e do Algarve.

Roteiro promove praias nortenhas com desportos náuticos

Breves

S. Miguel recebe festival de balonismo

Algarve com segurança reforçada no verão

Caves Calém recebem certificado de excelência TripAdvisor

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DESTAQUE

Comer uma fartura aqui, beber uma cerveja ali. Sen-tar em frente a pratos de enchidos e de queijos, com pão e vinho verde sempre

presentes. Comprar uma dúzia de pares de meias para os mais novos, conven-cê-los que os balões do Mickey estão demasiado caros. Encontrar e saber as novidades de outra família amiga que também está emigrada. Querer saber to-das as características dos novos tratores à venda, por muito que já não se tenha terrenos para cultivar. Ir até aos arredo-res do palco e dar “um pé de dança”. Há

algum português que não tenha vivido uma experiência semelhante?

As festas, arraiais, feiras e romarias estão de volta, não estivéssemos nova-mente na estação do ano mais desejada, o verão. São às dezenas por todo o país, em cidades, vilas ou aldeias. Dos mais novos aos mais velhos, ninguém fica in-diferente. Os emigrantes estão entre os que mais anseiam por estes momentos.

No norte do país, a vila de Freamunde põe a música a tocar já no início do julho. No sul, uma outra vila, a de Campo

Maior, já prepara os milhares de flores de papel que a vão vestir no final de agosto. Pelo meio, muita animação.

Tony Carreira, os Xutos & Pontapés, Anselmo Ralph e Daniela Mercury são os artistas mais requisitados das festas deste verão. Percorrem-nas quase todas com as suas músicas lusófonas, com ou sem sotaque angolano ou brasileiro.

A Revista PORT.COM apresenta-lhe mais do que uma mão cheia de eventos em solo nacional que garantem festa até ao final do verão.

Se há estação do ano em que o acordar cedo é substituído pelo deitar tarde, essa é obviamente o verão. As festas, arraiais, feiras e romarias motivam esta mudança de comportamento. Estão por

todo o país, do início de julho até ao final de agosto. A Revista PORT.COM apresenta meia dúzia de eventos que animam o verão de milhares de portugueses.

Festa até ao final do verão

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SebastianasFesta até ao nascer do sol

Freamunde - 3 a 14 de julhowww.sebastianas.com

Oficialmente começam na primeira sexta-feira deste mês, no dia 3, mas na prática o tiro de partida é dado na quinta-feira seguinte, dia 9. A partir daí, são seis noites seguintes em que os freamundenses, ou se preferirem, os capões (como também são carinhosa e orgulhosamente conhecidos), e milha-res de visitantes de todo o norte do país, tornam a vila do concelho de Paços de Ferreira na mais agitada de Portugal. A festa começa com um grupo de bombos, de cabeçudos ou com concertos, este ano de artistas como Tiago Bettencourt, Gisela João, Áurea ou Quim Barreiros, e prolonga-se com música noite fora, até o sol raiar. O nome das festas, que já se chegaram a chamar Festas do Mártir, deve-se à devoção a São Sebastião, a quem continua a ser dedicada uma pro-cissão muito participada.

Festa dos TabuleirosMuita cor e muita músicaTomar - 4 a 13 de julho

www.tabuleiros.org

Realizada de quatro em quatro anos, em honra do Espírito Santo, a Festa dos Tabuleiros regressa em 2015, com muita cor e muita música. O ponto alto deste ano, ou seja, o Cortejo dos Tabuleiros, está marcado para o segundo domingo de julho, dia 12. Centenas de pares vão voltar a marcar presença: eles, de camisa branca e mangas arregaçadas, calças es-curas, barrete ao ombro e gravata da cor da fita da rapariga; elas, de branco, com uma fita colorida a cruzar o peito, com

os tabuleiros sobre a cabeça. Os tabulei-ros, que devem ter a altura da rapariga que o carrega, são ornamentados com flores de papel e 30 pães, com aproxima-damente 400 gramas. No topo é exibida a Cruz de Cristo ou a Pomba do Espírito Santo. Para além deste espetáculo de devoção e cor, destaca-se a programação musical, que este ano integra Xutos & Pontapés, Amor Electro, Quinta do Bill e os D.A.M.A.

ExpofacicBodas de prata

com James e Xutos & PontapésCantanhede

23 de julho a 2 de agostowww.expofacic.pt

Passear por entre os expositores de dia, assistir aos concertos à noite. A Expofa-cic apresenta-se como a Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede, devido às dezenas de expositores que apresenta dentro destas temáticas, mas é muito mais do que isso. O cartaz que exibe todos os anos é capaz de fazer corar alguns festivais dedicados ao efeito. Na edição deste ano destacam-se nomes internacionais como os ingleses James, o espanhol Pablo Alborán, o angolano Anselmo Ralph e o DJ sueco Alesso, para além dos portugueses Mariza, Tony Carreira, Xutos & Pontapés, Buraka Som Sistema, Miguel Araújo e Expensive Soul. Entre as novidades da edição deste ano, destaque para o Dia das Comunidades Portuguesas, a 2 de agosto, cuja tarde terá transmissão televisiva por parte do programa “Portugal em Festa”, da SIC.

O Cortejo dos Tabuleiros, marcado para 12 de julho, enche Tomar de visitantes

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DESTAQUE

Feira de São MateusTony Carreira

no Dia do EmigranteViseu

7 de agosto a 13 de setembrowww.feirasaomateus.pt

As barracas, as tasquinhas, as diversões, o comércio e os espetáculos musicais continuam a constituir o cerne deste certame, que este ano vai para a 623ª edição anual, sendo a feira do género mais antiga em toda a Península Ibérica. Feita pela comunidade de Viseu e concelhos limítrofes, para a comuni-dade local e visitantes de toda a região centro, destina particular atenção aos emigrantes, aos quais inclusivamente dedica um dia, 15 de agosto, que este ano calha a um sábado. Tony Carreira vai atuar nessa noite. No extenso cartaz musical, dividido pelas várias noites da feira, cabem ainda nomes como a brasileira Daniela Mercury e o ango-lano Anselmo Ralph, os consagrados portugueses Xutos & Pontapés, Pedro Abrunhosa e José Cid, e algumas das revelações mais recentes do panorama nacional, como António Zambujo, Diabo na Cruz e os D.A.M.A.

Romaria da Sra. D’Agonia

Costumes locais louvados na Procissão ao Mar

e no Desfile da MordomiaViana do Castelo20 a 23 de agosto

www.cm-viana-castelo.pt/pt/festas-da--sr-da-agonia

Todos os anos a Procissão ao Mar é o ponto alto da Romaria da Nossa Senhora D’Agonia, que este ano calha no dia 20 de agosto. Nesta procissão, andores de Nossa Senhora D’Agonia, Nossa Senhora dos Mares e São Pedro são conduzidos pelas principais arté-rias vianenses até ao cais, onde após uma alocução, os andores entram em embarcações e seguem pela foz do rio Lima em direção ao mar. No dia seguinte destaca-se o Desfile da Mordomia, em que as mordomas passeiam no típico traje vianense, carregadas por colares e outras peças de ouro. Espaço ainda para feiras de artesanato, desfiles de cabeçudos e Zés Pereiras, concertos, festival de concertinas e cantares ao desafio, entre outras exibições da cultura popular minhota.

FATACILVinho é produto em destaqueLagoa - 21 a 30 de agosto

www.fatacil.com.pt

FATACIL é acrónimo Feira de Artesa-nato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria, que é revelador da poliva-lência deste certame. Na edição deste ano, a 36.ª, esta feira algarvia integra o programa do “Ano do vinho e da vinha”, organizado igualmente pelo município de Lagoa. Durante a tarde não faltam momentos de festa, que se estende pela noite, com uma série de concertos, com nomes como Daniela Mercury, Anselmo Ralph, Quim Barreiros, Carminho, David Carreira, João Pedro Pais, Amor Electro e Richie Campbell.

A Avenida dos Combatentes da Grande Guerra é o epicentro das romarias em Viana do Castelo

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Festas do PovoDez quilómetros

de coloridas flores de papelCampo Maior

22 a 30 de agostowww.festasdopovo.pt

O povo decidiu, está decidido. Quatro anos depois da última edição, que aconteceu em 2011, os campomaiorenses decidiram voltar a ornamentar com f lores de papel

cerca de dez quilómetros das princi-pais r uas da v ila alentejana. Os pre-parativos já começaram por par te dos cerca de seis mil voluntários, ou seja, a população local. A v ila alen-tejana conta voltar a receber cerca de um milhão de pessoas, oriundas de todo o país, da v izinha Espanha e da comunidade emigrante, durante a semana mais colorida do verão. A candidatura das Festas do Povo a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO está a ser preparada.

Quatro anos depois, as Festas do Povo vão voltar a colorir Campo Maior

Mordoma vestida com o traje vianense

Músicos de renome aparecem todos os verões em Cantanhede

Os bombos são presença obrigatória em Freamunde

Viseu prepara a 623ª edição da sua

maior feira

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DESTAQUE

Julho continua a ser o mês preferido para os orga-nizadores de festivais de verão, que de ano para ano continuam a ser em maior número e para os mais varia-dos tipos de público. Mesmo em anos em que palavras co-

mo “sacrifícios” e “austeridade” fizeram parte do léxico de muitos portugueses, a afluência a estes eventos continuou a crescer, com muitos festivais a registarem dezenas de milhares de entradas e até lota-ção esgotada nos seus amplos recintos.

O mês começa com três dos festi-vais mais procurados por todo o tipo de público português, o NOS Alive, o Super Bock Super Rock e o Meo Marés Vivas, que também fazem parte da agenda de muitos festivaleiros provenientes de Espanha, dos países britânicos e do norte da Europa. Os seus cartazes este ano incluem ban-das e artistas conhecidos nos quatro cantos do mundo, como Muse, Sting, Lenny Kravitz, John Legend e Ben Harper. O calendário inclui ainda um festival para aqueles que pretendem

ver os artistas que compuseram as bandas sonoras das suas vidas (EDP Cool Jazz), uma festa com ritmos provenientes de todo o mundo (FMM Sines), e o evento que se esmera em localizar as bandas emergentes ainda antes de serem conhecidas do grande público (Milhões de Festa).

A Revista PORT.COM apresenta uma dúzia de festivais para todos os gostos, de norte a sul do território continental, de julho até às últimas de mais um verão prometedor.

UMA DÚZIA DE FESTIVAIS PARA TODOS

OS GOSTOSO verão volta a trazer dezenas de festivais de música, dos ecléticos aos

confinados a um género musical, desde o feroz metal ao sentimental fado, passando pelas dançantes músicas do mundo. São cada vez mais: Há três anos estreou-se o Caixa Alfama, no ano passado O Sol da Caparica, este ano é a vez

do lusófono Tuga Fest. Siga a música!

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NOS AliveO mais procurado

dos festivais rock portugueses9 a 11 de julho, em Oeiras

Apesar de ainda ter uma história re-cente, é o festival rock de origem portu-guesa que na atualidade atrai mais públi-co estrangeiro e gera mais mediatismo internacional. No Passeio Marítimo de Algés reúne bandas habituadas a mover multidões (Muse, Prodigy e Ben Harper & The Innocent Criminals), recentes revelações (Metronomy, Django Django e James Blake) e alguns dos projetos portugueses mais talhados para o públi-co festivaleiro (Dead Combo, Batida e Capicua).

Super Bock Super Rock

Novo formato no regresso a Lisboa16 a 18 de julho, em Lisboa

Depois de algumas edições na natu-reza do Meco, aquele que já é um dos mais duradouros festivais portugueses regressa ao convívio com o rio Tejo, agora no Parque das Nações, com palcos na Meo Arena e no Pavilhão de Portugal. O cartaz bastante eclético contem-pla artistas capazes de agradar a um público mais maduro (Sting e um dueto entre Sérgio Godinho e Jorge Palma) e algumas das mais celebradas bandas da atualidade internacional: High Flying Birds, The Vaccines, dEUS, Palma Viole-ts e The Drums.

Meo Marés VivasDesfile de valores radiofónicos16 a 18 de julho, em Gaia

Depois do Super Bock Super Rock, o Alive e o Rock in Rio terem chamado a Lisboa as atenções dos festivaleiros, que outrora se focavam sobretudo no Alto Minho (Vilar de Mouros e Paredes de Coura), este festival de Gaia foi dos pri-meiros a reclamar novamente atenções para o norte do país. Mais uma vez a aposta passa por valores internacionais que gozam de muito tempo de antena nas emissoras radiofónicas portugue-sas (Lenny Kravitz, John Legend, The Script e Jamie Cullum), que alternam

em palco com artistas e projetos portu-gueses que também costumam passar no éter, como Ana Moura, Buraka Som Sistema, Blind Zero, Richie Campbell e Miguel Araújo.

Milhões de FestaMontra dos candidatos a revelação23 a 26 de julho, em Barcelos

O evento certo para aqueles que gostam de conhecer as bandas emer-gentes ainda antes de elas emergirem. Foi assim que aconteceu, por exemplo, com os britânicos Alt-J, que em 2012 atuaram em Barcelos como uns ilustres desconhecidos para a generalidade do público português, mas que logo no ano seguinte seriam um dos nomes mais requisitados pela generalidade dos prin-cipais festivais europeus. Em 2015 os candidatos a revelação têm nomes como Islam Chipsy, Golden Teacher, THEEsa-tisfaction e Live Low.

Jamie Cullum

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DESTAQUE

EDP Cool JazzO festival dos valores consolidados

19 a 31 de julho, em Oeiras

Se não gosta de encontrões, poeirada e cervejas entornadas nos seus pés, este é o festival certo para si. Pelo Parque dos Poetas e pelos Jardins do Palácio Marquês de Pombal, ambos em Oeiras, só passam concertos de nomes com carreiras há muito consolidadas e discos vendidos por todo o mundo. Lionel Ritchie, Mark Knopfler, Melody Gardot e uma atuação conjunta de Caetano Veloso e Gilberto Gil fazem parte das propostas deste ano.

FMM SinesMúsicas do mundo

celebradas em alegria17 a 25 de julho, em Sines

Praticamente um oposto do EDP Cool Jazz, este é o festival para quem gosta de estar imiscuído em ambientes de muita dança e muita efusividade, seja sóbria ou um pouco ébria. Os concertos prolongam-se

por vários dias em palcos espalhados pelo concelho de Sines, com artis-tas que se distinguem em géneros musicais típicos das mais distintas e exóticas geografias, a chamada world music (música do mundo). Este ano desaguam no Alentejo os malianos Salif Keita e Toumani Diabaté, os mexicanos Troker, a argentina Soema Montenegro, os japoneses Pascals, os russos Iva Nova, entre outros.

Meo SudoesteDiscoteca gigante ao ar livre

5 a 9 de agosto, na Zambujeira do Mar

Começou por ser um festival rock, mas ano após ano foi-se transforman-do num evento mais voltado para os circuitos da música eletrónica, uma espécie de discoteca gigante ao ar livre, com algum hip hop e reggae à mistura. Este ano, perante os mais jovens festivaleiros do país, chegarão à Zambujeira do Mar os disc-jockeys Hardwell, Steve Aoki, Calvin Harris, Dimitri Vegas, Oliver Heldens e o português DJ Ride. Espaço ainda para artistas lusófonos aclamados pelos jovens, como Regula, Mundo Secreto, os D.A.M.A. e o angolano Anselmo Ralph.

Vagos Open AirMaior concentração

portuguesa de metaleiros7 a 9 de agosto, em Vagos

Há vários verões que Vagos assume, ao longo de duas ou três noites, o papel de capital do metal em solo nacional, com a realização de um festival por onde já passaram muitas das bandas mais aclamadas deste género musical não aconselhável aos ouvidos mais sensí-veis, como Katatonia, Opeth ou Amon Amarth. Na edição deste ano destacam-se os americanos Overkill e Halestrom, assim como os mais ligeiros Within Temptation.

O Sol da CaparicaSegunda edição

de uma festa lusófona13 a 16 de agosto,

na Costa da Caparica

Depois do êxito da estreia, no verão passado, um dos mais recentes festivais portugueses volta a apostar em músicos de países lusófonos, embora alguns

Anselmo Ralph

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optem por cantar em inglês. Pelo Parque Urbano da Costa da Caparica, a poucos quilómetros das praias, passarão mais de 30 artistas, com destaque para o hip--hop do brasileiro Marcelo D2, o semba do angolano Paulo Flores, o rock dos Xutos & Pontapés, o fado de Camané, o blues de Legendary Tigerman e os hinos imortais dos regressados Resistência.

Vodafone Paredes de Coura

O mais belo anfiteatro português ao ar livre19 a 22 de agosto,

em Paredes de Coura

As margens do rio Taboão conti-nuam a receber um dos mais antigos e emblemáticos festivais realizados em solo nacional, onde foram realizados muitos concertos que perduram na memória de milhares de portugueses, vizinhos galegos e dos também próxi-mos asturianos. Pelo palco principal, cuja beleza do enquadramento natural é todos os anos elogiada pelos músicos

internacionais, passarão bandas de culto como os

TV On The Radio, os Tame Impala e os The War On Drugs.

Tuga FestO festival mais português

de Portugal19 a 23 de agosto, em AveiroA Praia de São Jacinto, em Aveiro,

vai acolher a primeira edição de um festival que tem sido apresentado como o mais português de Portu-gal, devido a um cartaz composto exclusivamente por artistas e bandas nacionais. Depois de grupos popula-res de várias regiões do país abrirem as festividades em cada um dos cinco dias, pelo palco principal vão passar nomes como Xutos & Pontapés, Tony Carreira, Ana Moura, Quim Barrei-ros, José Cid, Rita Guerra e Herman José. Os mais enérgicos poderão divertir-se noite fora num palco com música eletrónica.

Caixa AlfamaA edição lisboeta do festival do fado18 e 19 de setembro, em Lisboa

Uma dezena de palcos e mais de 40 artistas, todos eles distinguidos no mais português dos géneros musicais, o fado. Lisboa, concretamente o bairro históri-co de Alfama, recebe a 3.ª edição de um festival que, este ano, viu nascer mais a norte o “irmão” Caixa Ribeira, no Porto. Quando ainda faltam dois meses para se realizar, já estão confirmados nomes de alguns dos fadistas mais acarinhados da atualidade, como Marco Rodrigues e Raquel Tavares.

Ana Mouramarcará presença em diversos festivais

Sting é cabeça de cartaz no Super Bock Super Rock

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES34

ON LINE

Sugestões

Prepare-se para

as festas!É tempo de sol, praia, petiscos,

bebidas refrescantes. E Portugal tem isso tudo e muito mais. Para

os mais festeiros, é a oportunidade para ouvir boa música, mas

também para fazer campismo e estar perto da natureza. Aproveite ao máximo os festivais e as festas

de verão, com estas sugestões.

A marca portuguesa Vertty desenvolveu um novo conceito de toalha de praia

através de um design inovador: é maior,

mais leve e não absorve a água.

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A Change, uma marca portuguesa de peças de roupa

em segunda mão e vintage, tem uma linha de calções para mulheres, homens e crianças, personalizada e festivaleira

(com tarjas e cores que destacam na ganga). Ótimos para dias (e noites) de festa.

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A Skog Eyewear é uma marca portuguesa de óculos de sol feitos à mão em madeira

ou bambu, com lentes polarizadas. Por cada unidade vendida, a Skog vai plantar duas árvores, uma parceria com a Trees

for the Future.

PVP: desde 54,90€www.skogeyewear.com/

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GUIMARÃES

CALÇÕES FESTIVALEIROS

ÓCULOS ECOLÓGICOS

A Moza Swazi tem uma coleção de alpercatas distintas, com temas e

materiais diversos, que nos levam numa viagem entre África e Portugal.

A linha Portuguesa apresenta diversos modelos com estampados típicos

portugueses como a calçada portuguesa ou as sardinhas dos Santos Populares.

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PORTUGUÊS DA CABEÇA… AOS PÉS

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES

CULTURA

Nascido em França, de onde partiu cedo para Portugal, nos primeiros anos de vida só falava francês, mas foi em português que a sua música começou a conquistar seguidores. Entretanto

já lançou discos nos dois idiomas, nos quais prepara novos lançamentos. David Carreira recorda a infância numa das mais populosas comunidades portuguesas e perspetiva os

concertos deste verão.

Na contagem decrescente para o Dancef loor Leiria, evento marcado para 7 de agosto (do qual a Revis-ta PORT.COM é media

partner), uma das maiores revela-ções recentes da música portuguesa assegurou que os principais êxitos lusófonos e francófonos, como são os casos de “Esta noite”, “Haverá sempre uma música” e “Boom”, farão parte dos alinhamentos com que pretende protagonizar grandes espetáculos para todos os portugueses.

Quais são os países estrangeiros onde te sentes mais acarinhado pe-las comunidades portuguesas?

Todos eles, mas talvez possa destacar a França, Suíça e Luxem-burgo, também por serem os países onde as comunidades portuguesas são maiores. Mas qualquer que seja o país, o carinho é imenso e agradeço por isso, pois também eu tenho um enorme carinho por todas as pessoas que me acompanham em toda a parte do mundo.

Existem particularidades que distingam esses públicos dos portu-gueses que continuam em Portugal?

Sinto que as comunidades portugue-sas, não estando a viver em Portugal, acompanham tudo o que se passa e

vibram muito em ocasiões de festa. Talvez por só acompanharem o que se passa em Portugal através da televi-são e rádio. Em Portugal há sempre a probabilidade de as pessoas se irem cruzando comigo na estrada, nos vários eventos em que participo, o que não acontece com as comunidades. Por isso, cada vez que têm a hipótese de estar pessoalmente com alguém que acompanham o ano todo, apenas por vias digitais, marcam presença assídua. Sinto muito calor e carinho da parte deles.

Tu próprio nasceste em França. O que recordas da infância por terras francesas?

“SINTO MUITO CARINHO POR PARTE DAS COMUNIDADES”

DAVID CARREIRA

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www.revistaport.com 37

Lembro-me de jogar à bola com os amigos nas ruas. Acabei por não viver muitos anos de infância em França porque vim relativamente cedo para Portugal. Recordo basicamente os momentos típicos da infância de qual-quer criança.

Sempre tiveste amigos portugue-ses por perto?

Sim, sempre tive amigos portu-gueses. Aliás, vivia num bairro onde viviam muitas famílias portuguesas.

Na infância dominavas melhor a língua portuguesa ou a francesa?

O francês, porque tanto na rua como em casa, praticamente só se falava francês. Acabou por ser sempre a língua mais próxima do meu dia-a-dia, durante a infância.

Sucesso (também) em francês

No verão do ano passado lançaste “Tout recommencer”, um álbum cantado inteiramente em francês. Um ano depois, qual é o balanço desse lançamento?

É um balanço super positivo, uma vez que foi o início de uma carreira, o momento zero, para um público

que não me conhecia e não tinha qualquer ligação com Portugal. É um público puramente francês, e foi incrível ver a aceitação deles e o ca-rinho que me deram desde o início. O álbum entrou diretamente para o top em França, é disco de Ouro. É mais uma prova de que quando nos dedicamos a 100% a algo em que acreditamos, e lutamos por isso, o resultado aparece. E eu não podia estar mais satisfeito com o resul-tado. Estou, inclusive, a preparar o próximo trabalho em francês, que sai em 2016, ao mesmo tempo que estou a preparar o álbum português, que sai no outono deste ano.

“ESTOU A PREPARAR O PRÓXIMO TRABALHO EM FRANCÊS, QUE SAI EM 2016, AO MESMO TEMPO QUE ESTOU A PREPARAR O ÁLBUM PORTUGUÊS, QUE SAI NO OUTONO DESTE ANO”

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES38

PERFIL

Recomendas o Dancef loor Leiria, evento em que darás um concerto, aos emigrantes portugueses que venham passar férias a Portugal? O que podem esperar dessa noite?

Recomendo vivamente! Vai ser um grande concerto, muita dança, muita boa energia, uma noite para recordar! Acho estes eventos muito importan-tes, não só para o país, mas também para os emigrantes portugueses, que nessa altura estão cá e assim têm a oportunidade de ver e ouvir boa música, e claro, assistir a um grande show.

No alinhamento desse concerto vais apostar mais nos temas de “Tout recommencer”, ou nos dos dois álbuns em português, “Nº1” e “A força está entre nós”?

Um pouco de tudo, vou passear um bocadinho por todos os meus álbuns…

Onde tens mais espetáculos pre-vistos para o verão?

Este ano já tive vários concertos fora, mas este verão estarei mais por Portugal. Vou estar a 17 de julho em Oliveira do Bairro, 24 de julho no Amora Summer Fest, 1 de agosto na ilha da Madeira, 14 de agosto em Vila Verde, 15 de agosto em Coimbra, 23 de agosto na FATACIL, 29 de agosto em Santo Estevão e por aí fora. É só man-terem-se atentos à minha agenda do Facebook [w w w.facebook.com/davi-dcarreiraoficial/events]. Ah, e claro, a 5 de dezembro encerro a “Evolution Tour” no Campo Pequeno, em Lisboa, onde gravarei o meu primeiro DVD. Estou muito ansioso.

“EVENTOS COMO O DANCEFLOOR LEIRIA SÃO MUITO IMPORTANTES PARA OS EMIGRANTES PORTUGUESES, QUE NESSA ALTURA ESTÃO CÁ E ASSIM TÊM A OPORTUNIDADE DE ASSISTIR A UM GRANDE SHOW”

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www.revistaport.com 39

Quatro figuras da moda condecoradas no Dia de Portugal

Blind Zero têm novo disco

Tony Carreira com concertos de norte a sul… e ilhas

Tapetes de Arraiolos candidatos a

Património da Humanidade

A moda esteve em grande destaque nas condecorações do 10 de junho deste ano, com os estilistas Carlos Gil, Nuno Baltazar e Nuno Gama, e o designer de moda Filipe Oliveira Baptista, a serem homenageados em Lamego, por elevarem o nome de Portugal além-fronteiras. Os músicos António Zambujo e Júlio Pereira, e o jovem escultor Alexandre Farto (Vhils), também receberam condecorações por parte do presidente da República, Cavaco Silva.

Os “cadeados do amor” que durante vários anos foram deixados por casais apaixonados na ponte das Artes, em Paris, foram retirados no início de junho, devido ao peso que acresciam à estrutura sobre o rio Sena. A decora-ção da ponte passa agora por painéis com pinturas de quatro artistas, um deles o português Pantónio. Esta alter-nativa encontrada pela autarquia pari-siense é provisória, sendo que deverá vigorar até ao final deste ano.

A agenda de um dos mais populares cantores portugueses apresenta-se cheia de novidades para a segun-da quinzena deste mês. Começa a norte, em Marco de Canavezes (dia 18) e segue para sul, para Moura (20), antes de voar para os Açores, com concerto em Rabo de Peixe (24). De regresso ao continente, volta a começar pelo norte, pela Aguçadoura (25), e conclui a agenda men-sal na Expofacic, em Cantanhede (26).

Artista portuguêsdecora a ponte “dos cadeados do amor”

No ano em que assinala 20 anos de carreira, a banda portuense lançou “Kill Drama II”, um disco que conta com a particularidade de todas as 11 canções serem duetos entre o voca-lista Miguel Guedes e outros músicos, tanto portugueses como estrangei-ros. Jorge Palma, Pedro Abrunhosa, Fernando Ribeiro (dos Moonspell), o americano Mark Kozelek e a alemã Sandra Nasic (Guano Apes) são alguns dos distintos convidados.

A Câmara Municipal de Ar-raiolos já concluiu o dossiê de candidatura dos Tapetes de

Arraiolos a Património Cultural Imaterial da Humanidade. O processo só poderá ser con-cluído em 2017, ano da apre-sentação formal das candida-turas ao comité internacional

da UNESCO, em Paris.

Breves

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES40

GASTRONOMIA

POPULARIDADE DO VINHO VERDE

ULTRAPASSA OFERTAVinho fácil de beber, extremamente fresco e com um preço apelativo, o

vinho verde é cada vez mais apreciado pelos consumidores, principalmente para acompanhar os dias longos e quentes de verão. A procura é tanta que os

produtores começam a notar problemas de stock.

Todos os anos, assim que o emigrante do Alto Minho regressa ao país para pas-sar as férias do verão, uma das primeiras preocupa-ções a ter em conta prende-se com a compra de vinho

verde, uma companhia tão desejada para as refeições da época estival. Começou por ser um símbolo distintivo da região, mas atualmente já é visto como um dos produtos mais emblemáticos da gastro-nomia portuguesa, um embaixador fora de portas. Não é para menos.

As exportações de vinho verde têm crescido nos últimos anos e a tendên-cia é para aumentar. Tanto o é que os produtores começam a notar problemas de stock, apesar dos cerca de 22 000 viticultores e 600 engarrafadores que produzem aproximadamente 75 milhões de litros de vinho verde por ano. Destes,

perto de 3/4 são vinho branco, com as produções de vinho rosé, espumante e aguardente a terem menor expressão.

A provar a escassez para tanta procura estão declarações recentes do presidente da CVRVV (Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes), Manuel Pi-nheiro, ao Diário Económico: “A região

precisa de incentivar o plantio de mais vinha, pois a parte comercial avançou mais depressa que a produção. Não te-mos vinho suficiente em reserva para as encomendas que precisamos”, revelou.

Mas afinal o que o torna cada vez mais procurado pelos consumidores? Em primeiro lugar é um vinho fácil de beber e extremamente fresco, a escolha perfeita para refeições informais, leves, saudáveis e pouco calóricas, como o ve-rão sugere. Intensamente frutado, com baixo teor alcoólico e com uma acidez equilibrada, também é particularmente popular como aperitivo.

Estas características tornam-no numa bebida que combina muito bem com peixes, mariscos, carnes brancas, pratos vegetarianos, saladas, queijos, tapas, paellas, sushi, sashimi e outros pratos internacionais. Resumidamente,

POR LUÍS CARLOS SOARES

VINHO VERDE COMBINA MUITO BEM COM REFEIÇÕES DE VERÃO, COMO PRATOS DE PEIXE, CARNES BRANCAS, MARISCOS, PRATOS VEGETARIANOS, SALADAS, TAPAS E ATÉ SUSHI

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assentam que nem uma luva a qualquer ementa de verão.

Em segundo lugar, e não menos importante, é vendido a preços bastante apelativos para o consumidor final, prin-cipalmente para aqueles que o adquirem em solo nacional. Tanto o é que há res-ponsáveis que falam na necessidade de se aumentar o valor das vendas, mais do que aumentar a quantidade das mesmas.

Para que tal aconteça, a solução pode passar por uma maior aposta na planta-ção de castas alvarinho e loureiro, as que são mais valorizadas pelos apreciadores de vinho verde.

Em terceiro lugar, com bem menos importância do que os anteriores pon-tos, também se pode falar na curiosidade que a própria denominação desperta junto dos consumidores. Ao contrário do que os menos conhecedores possam pensar, o vinho verde não tem cor verde nem é produzido com uvas verdes.

A origem do batismo está relaciona-da com as características da região de produção, que se estende por todo o

noroeste do país (na zona tradicional-mente conhecida como Entre-Douro--e-Minho) e está predominantemente coberta de vegetação. Remete ainda para o próprio perfil do vinho, que pela sua frescura e leveza se diz verde, em alusão à sua juventude, e por oposição a outros vinhos mais complexos e pesados.

Mais força para o famoso Alvarinho

Diferentes solos, climas e modos de cultura produzem vinhos distintos entre si, que levaram à divisão da Região dos Vinhos Verdes em nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa.

A cor mais abundante nas paisagens entre os rios Douro e Minho contribuiu para que se chamasse verde ao vinho produzido na região

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES42

GASTRONOMIA

Para cada uma destas sub-regiões exis-tem castas recomendadas à produção de vinhos, espumantes e aguardentes.

A tão apreciada casta alvarinho é cultivada particularmente na sub-região de Monção e Melgaço. Apesar de pro-duzir mostos muito ricos em açúcares, apresenta um razoável teor em ácidos orgânicos. A fama é tanta, que a utili-zação do nome alvarinho na rotulagem dos vinhos gerou durante anos uma controvérsia que só recentemente foi resolvida.

O acordo pôs fim a um diferendo entre os produtores da sub-região de Monção e Melgaço, que detinham o exclusivo da rotulagem DOC Alvarinho, e os da restante região, que reclamaram o fim desse uso exclusivo. A partir do início do próximo mês, um lote terá que ter pelo menos 30% de alvarinho para que esta casta possa ser mencionada no rótulo.

As novas determinações preveem ainda que dentro de seis anos passe a ser possível produzir fora de Monção e Melgaço, o que poderá dar músculo comercial ao alvarinho português, que em termos de presença nos mercados internacionais vive na sombra do con-génere galego.

Cada vez mais apreciado nos EUA, Alemanha e França

Seja feito a partir das castas Alvari-nho, Arinto, Avesso, Azal, Loureiro ou Trajadura, a popularidade do vinho verde aumenta a olhos vistos. No ano passado, a região registou um volume de vendas de 55 milhões de litros ou 138 milhões de euros, um crescimento de 14% em volume e de 12% em valor.

A empresa vitivinícola portugue-sa comprou 51% da distribuidora francesa Le Portugal de Saveurs, a primeira que adquire no estrangei-ro, com o objetivo de fortalecer as suas marcas no mercado gaulês. A Aveleda vende mais de um milhão de garrafas por ano em França, o terceiro maior mercado de expor-tação (depois de EUA e Alemanha), onde as marcas Casal Garcia e Ave-leda Vinho Verde são líderes entre

os vinhos portugueses. Interessada em comprar terrenos na região dos vinhos verdes para du-plicar área de plantação, a Aveleda tem também apostado no lança-mento de novos produtos, como é o caso do Casal Garcia Sweet, um vinho verde doce elaborado espe-cialmente para o mercado alemão. A nível global, lançou no fim do ano passado o Aveleda Reserva - um alvarinho ‘premium’.

Aveleda quer mais vinho verde em França

Amarante é uma das nove sub-regiões da Região dos Vinhos Verdes. As outras são Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Paiva, Sousa e Monção e Melgaço

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www.revistaport.com 43

Os números são mais expressivos se se comparar a atualidade com o início do milénio. Se antes o comércio externo correspondia apenas a 15% das vendas totais, agora as exportações atingem aproximadamente 40%.

Os Estados Unidos da América lide-ram o ranking dos principais mercados. A comunidade portuguesa é muito importante para este dado estatísti-co, uma vez que poucos são os cafés, restaurantes ou pequenos supermerca-dos portugueses em localidades como Newark ou Mineola que não comercia-lizem vinho verde. As vendas não se restringem ao mercado da saudade, com a presença em dezenas de lojas gourme-ts nas zonas mais cosmopolitas de Nova Iorque, como Manhattan, e até na mais distante costa oeste, em cidades como Los Angeles e São Francisco.

Os vinhos verdes foram os primei-ros vinhos portugueses conhecidos nos mercados europeus (Inglaterra, Flandres e Alemanha), principalmente os da região de Monção e da Ribeira de Lima. Na atualidade, Alemanha e Fran-ça sucedem aos EUA como principais consumidores internacionais. Canadá e Brasil seguem-se na lista dos principais destinos. Todos estes também através do segmento gourmet e do mercado da saudade.

As comunidades portuguesas têm o vinho verde como mais um fiel amigo. O verão no hemisfério norte propicia mais um ponto alto nesta relação. As animadas festas da época, o convívio com os amigos e família, os longos horários diurnos, as altas temperaturas, as refeições leves, as mariscadas. Multi-plicam-se os bons motivos para se abrir uma garrafa. À nossa!

4dicasPARA MELHOR APRECIAÇÃO

DE VINHOS VERDESA Revista PORT.COM partilha um

conjunto de conselhos que podem ajudá-lo a desfrutar ao máximo de uma das bebidas mais apreciadas durante os

dias quentes do verão.

1

3

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Servir à temperatura certaCondição indispensável para o vinho verde branco exprimir todo o seu potencial qualitativo, é ser servido sempre a uma temperatura compreendida entre os oito e os dez graus centígrados.

Preservar adequadamenteQuando o conteúdo da garrafa de vinho verde não é todo consumido, esta pode ser guardada, em geral, durante um ou dois dias no frigorífico. A garrafa deve ser fechada de preferência, com um sistema de vácuo para preservar as características do vinho.

Consumir enquanto estão jovensOs vinhos verdes devem, por norma,

ser consumidos jovens. Contudo, os vinhos que apresentam teor

alcoólico mais elevado e que são mais complexos, nomeadamente os

da casta Alvarinho, têm um potencial de envelhecimento muito positivo.

Escolher os copos mais adequadosOs copos ideais para vinho verde

devem ser mais estreitos do que os copos balão (mais adequados para

tintos) e mais amplos do que os flûte (recomendados para espumantes).

Se for a uma loja especializada, peça copos dos tipos bordalês ou tulipa.

Copo para vinhos tintos

Instrumentos para selar a garrafa a vácuo

Copo para vinhos verdes

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES44

GASTRONOMIA

Confecionado com amêijoas, azeite, alho, coentros, sal, pimenta e limão, é na simplicidade da sua confeção e no saboroso paladar que reside o encan-to deste prato, que se notabilizou com o nome de um escritor português do século XIX, Raimundo António de Bu-lhão Pato. Porém, ao contrário do que muitos possam pensar, as Amêijoas à Bulhão Pato não foram uma invenção sua, mas sim de um cozinheiro que aproveitou para o homenagear en-quanto bom apreciador deste prato.

Consta-se, embora haja outras ver-sões, que terá sido num restaurante da lisboeta Rua da Bela da Rainha (atualmente Rua da Prata), o Estrela de Ouro, que nasceu a receita com o nome do escritor, um dos petiscos mais apreciados pelo portugueses.

RECEITA

AMÊIJOAS À BULHÃO PATO

Ingredientes Para quatro pessoas:

• 1 kg de amêijoas• 2 colheres, das de sopa, de azeite• 2 dentes de alho• 1 limão• 1 raminho de coentros• Sal• Pimenta

Preparação:

Arranjam-se as amêijoas, pondo-as de molho em água com sal e lavam-se em várias águas para largarem a areia. Leva-se ao lume o azeite, deixa-se aquecer e juntam-se os dentes de alho picados. Deixar alourar um pouco. Introduzem-se as amêijoas e os coentros finalmente picados e tempera-se de sal e pimenta. Quando todas as amêijoas estiverem abertas, regam-se com sumo de meio limão. Serve-se com o limão restante corta-do em quartos.

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Breves

Coca-Cola homenageia Porto em lata comemorativa

O Centro Histórico do Porto é retratado numa lata comemorativa da Coca-Cola, disponível nos cafés, restaurantes e hotéis portugueses. Com esta edição especial, a marca de bebidas espera contribuir para a promoção turística, cultural e ar-quitetónica da cidade. Antes destas novas latas, a coleção Património Revisitado, lançada este ano, já havia começado a retratar a Torre de Belém, em Lisboa, e a Floresta Laurissilva da Madeira.

João Matos venceu a segunda edição do “O Mar a Meu Gosto”, passatempo lançado pela Fileira do Pescado, que desafiou alunos de hotelaria que es-tudem em Portugal a criarem receitas originais, elaboradas com pescado nacional, que sejam de fácil execução e com custos controlados: no máximo dois euros por pessoa. A receita do jovem aluno da Escola de Hotelaria do Estoril, de pescada assada com paio do lombo e sumo de ervilhas (na foto), foi a escolhida pelo júri. A Fileira do Pescado é uma entidade portu-guesa que se dedica ao incentivo ao consumo do mais diverso pescado português.

Pela primeira vez na história, o con-curso internacional Mário Solinas, um dos mais reputados no setor do azeite, realizou-se duas vezes no mesmo ano. Em ambas, a marca portuguesa Gallo contou com azeites pre-miados a ouro, prémio que reconhece esses produtos como os melhores do mundo na sua categoria. Depois do Gallo Co-lheita ao Luar, desta vez a gama premia-da foi Gallo Grande Escolha, vencedor na categoria de Frutado Suave.

Aluno da Escola de Hotelaria do Estoril vence “O Mar a Meu Gosto”

Gallo Grande Escolha eleito melhor azeite frutado suave do mundo

Jornais internacionais continuam a elogiar a comida portuguesaDepois do americano New York Times, do espanhol El Mundo ou do bra-sileiro Folha de São Paulo, desta vez foi o jornal britânico The Guardian a dedicar um extenso artigo à gastronomia portuguesa. Não faltaram elo-gios a vários pratos experimentados em restaurantes e tabernas de norte a sul do litoral continental, do cabrito assado no bracarense São Frutuoso ao peixe grelhado no Restaurante da Praia ou mesmo na área de restaura-ção do supermercado Pingo Doce (!), ambos em Albufeira.

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES46

DESPORTO

A única medalha conquistada por Portugal nos mais recentes Jogos Olímpicos de ve-rão, Londres 2012, chegou de uma

modalidade na qual, há pouco mais de uma década, os portugueses alimen-tavam poucas expetativas em relação a conquistas: a canoagem. O feito coube à dupla composta por Fernando Pimenta e Emanuel Silva, ao terminar a final de K2 1000 no 2.º lugar. Desde então o feito tem sido repetido por es-tes e outros atletas, tanto masculinos como femininos, nas mais diversas provas internacionais.

A qualificação para os Jogos Olím-picos de 2016, no Rio de Janeiro, é disputada já este ano, entre 20 e 23 de agosto, nos mundiais de canoagem, que terão lugar em Milão. Os resul-tados mais recentes por parte dos

canoístas nacionais deixaram excelen-tes indicadores para um futuro que se espera tão ou mais proveitoso do que o passado recente.

Numa etapa da Taça do Mundo dis-putada em meados de maio em Mon-temor-o-Velho, os atletas portugueses arrecadaram oito medalhas (três de

Depois de em maio terem obtido o melhor resultado de sempre numa Taça do Mundo, os canoístas portugueses preparam a presença no Campeonato do Mundo, que em agosto ditará os qualificados para os Jogos Olímpicos de 2016.

Não é ambição desmedida esperar-se a conquista de várias medalhas por parte de Fernando Pimenta, Emanuel Silva e companhia.

PORTUGALPOTÊNCIA MUNDIAL

NA CANOAGEM

Emanuel Silva e Fernando Pimenta deixaram a dupla medalhada nos Jogos Olímpicos de Londres, mas não faltam equipas de sucesso na canoagem portuguesa

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ouro, uma de prata e quatro de bronze), o melhor resultado de sempre. A título comparativo, no somatório das três etapas da Taça do Mundo disputadas no ano passado, Portugal conseguiu um total de sete medalhas.

O sucesso da canoagem portuguesa passa pelos braços de atletas como Fernando Pimenta, Emanuel Silva, João Ribeiro e Beatriz Gomes, cujos pescoços não se cansam de ser meda-lhados. Os dois primeiros foram feitos Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, no final de maio, pelo Pre-sidente da República. A Revista PORT.COM traça-lhes o perfil.

Fernando PimentaDepois da medalha olímpica,

o sucesso a solo

Tem apenas 25 anos, mas já apresenta um currículo capaz de causar inveja à maior parte dos veteranos da moda-lidade. Depois de ter feito parte da dupla que conquistou a única medalha portuguesa nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, não se cansou de somar prémios. Só este ano, em provas internacionais, acumula duas meda-lhas nos Europeus de Racice, na Repú-blica Checa (prata em K4 1000 e bronze em K1 1000), e outras tantas na Taça do Mundo, em Montemor-o-Velho, ambas de ouro, em K1 1000 e K1 5000. Estes últimos sucessos a solo parecem dar razão a Pimenta no diferendo que man-tém há algum tempo com a Federação Portuguesa de Canoagem. O atleta de Ponte de Lima defende que tem energia suficiente para, em competições disputadas em curtos espaços de dias, conseguir brilhar em K1 e contribuir

para o sucesso do K4, em detrimento do medalhado olímpico K2.

Emanuel SilvaO primeiro grande canoísta

da atual geração

O grande público reconhece-o devido ao feito olímpico de 2012, mas a carreira deste bracarense soma muitos outros motivos de orgulho. Com 29 anos, pode ser considerado o primei-ro grande canoísta da atual geração. Começou por dar nas vistas nos já dis-tantes Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, quando com idade de júnior (19 anos) foi o segundo atleta mais novo a competir em K1 1000, excedendo todas as expetativas ao chegar à final, que terminou num honroso 7.º lugar. Desde então, para além de muitas medalhas internacionais e presença em três Jogos Olímpicos (Atenas, Pequim e Londres), já foi campeão da Europa em K4 1000

(em 2011, na Sérvia) e campeão do mun-do em K2 500 (em 2013, na Alemanha). Com Pimenta focado na carreira a solo, este último feito em K2 foi alcançado junto a João Ribeiro, o novo companhei-ro de sucessos de Emanuel Silva.

PORTUGALPOTÊNCIA MUNDIAL

NA CANOAGEM

Quando os órgãos de comunicação social noticiaram que Portugal tinha ganho uma medalha olímpica em canoagem K2 1000, não faltou quem ficasse sem perceber o significado da combinação da letra com os números. K2 1000 significa que uma tripulação composta por dois atletas, a bordo de um caiaque, compete numa prova com uma distância de 1000 metros. Quando é K1 5000, como a prova que Fernando Pimenta venceu na recente Taça do Mundo, significa que 5000 metros são percorridos por caiaques com apenas um tripulante.

O que significa K2 1000?

Emanuel Silva e João Ribeiro são a mais recente aposta portuguesa em K2

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DESPORTO

O campeonato do mundo Beach Soccer FIFA Por-tugal 2015 vai decorrer na Praia da Baía, em Espinho, entre 9 e 19 de julho. Portugal faz parte

de um restrito leque de quatro ou cinco seleções apontadas como as principais candidatas a vencer o troféu, ambição que não tem sido escondida pelo selecio-nador Mário Narciso nem pelo presiden-te da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes.

Entre as outras 15 equipas a considerar destacam-se a Rússia, atual detentora do troféu (que venceu no Taiti, em 2013), Brasil, Espanha e Itália. Mas antes de perspetivar confrontos a eliminar até à final de dia 19, Portugal tem de terminar entre os dois primeiros classificados do Grupo A, no qual vai defrontar as seleções do Japão (dia 9, às 14h30), do Senegal (dia 11, às 14h30) e da Argentina (dia 13, às 14h30).

Mário Narciso convocou 12 jogadores para esta fase final, entre os quais se destacam os nomes de Belchior, Alan,

Bruno Novo e Madjer, este último consi-derado quase unanimemente o melhor jogador português de futebol de praia de sempre.

O Mundial de futebol de praia terá uma projeção e divulgação em mais de 150 países, o que permitirá às comuni-dades portuguesas por todo o mundo acompanhar os jogos da seleção nacio-nal, tanto em transmissões em direto como em resumos em diferido.

As 16 melhores seleções à escala global vão disputar, pela primeira vez em Portugal, a máxima competição de uma das modalidades desportivas que mais

têm crescido nos últimos anos. A seleção portuguesa parte como uma das equipas favoritas ao triunfo final.

ESPINHO RECEBE OS MELHORES DO MUNDO DO FUTEBOL DE PRAIA

Belchior faz um pontapé de moinho. Esperam-se momentos de grande espetacularidade em Espinho

Estão previstas constantes enchentes para vibrar com as vitórias portuguesas

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Portugal perto de se qualificar para EURO 2016

Tondela prepara nova época junto das comunidades

Benfica campeãonacional de futsal

Depois de a 13 de junho ter ganho na Arménia, por 2-3 (hat-trick de Cristia-no Ronaldo), a seleção portuguesa de futebol está cada vez mais perto de garantir presença no Europeu de 2016, que será disputado em França. Quan-do faltam três jogos para o final da fase de qualificação, partidas que serão disputadas em setembro e outubro, Portugal lidera isolado o Grupo I, com 12 pontos, mais dois que a Dinamarca (10 pontos), cinco do que a Albânia (7, e menos um jogo) e 11 do que Sérvia e Arménia (ambas com um ponto).

A preparação do estreante no primei-ro escalão do futebol nacional passa pelo Luxemburgo e por Inglaterra, bem perto de populosas comunidades portuguesas. O CD Tondela é o clube convidado para a apresentação oficial do Hamm Benfica, também recém--promovido ao escalão máximo, mas no Luxemburgo. O encontro tem lugar na tarde do dia 12 de julho. Poucas semanas depois, o conjunto auriverde ruma a Londres, onde vai defrontar o Millwall, no estádio The New Den, no primeiro dia de agosto.

A equipa encarnada conquistou o seu 7.º título de campeão português na modalidade, após ter levado a melhor sobre o Sporting, que havia ganho o tí-tulo nas duas épocas anteriores. Numa final à melhor de cinco jogos, o Benfica venceu três, dois deles no terreno no adversário, contra apenas um triunfo do conjunto leonino.

Breves

A filial nº 143 do Sporting Clube de Portugal venceu a Taça de França em futsal, pela 5.ª vez na sua história, ao derrotar na final a equipa do Garges, por 2-1. Pupa marcou um dos golos do Sporting de Paris, ele que é um dos dois portugueses do plantel parisiense, a par de Dário Pereira. No final do jogo, coube ao lusodescendente Alexandre Teixeira, capitão de equipa, levantar o troféu. A temporada fica ainda marca-da por um dado menos positivo, uma vez que o clube não conseguiu atingir o penta campeonato.

Sporting de Paris vence Taça de França

Vila Real recebe prova do mundial de TurismosA cidade transmontana recebe, pela primeira vez, uma prova de uma das competições de automobilismo mais importantes do mundo, o WTCC (World Touring Car Championship). Pilotos como Sébastien Loeb, Tiago Monteiro e o campeão em título, José Maria López, vão competir naquele que é o único circuito urbano de todo o campeonato, entre 10 e 12 de julho. As provas vão ter transmissão televisiva para todo o mundo através dos canais Eurosport.

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DISCURSO DIRETO

Quando em janeiro deste ano aterrei em Argel pela primeira vez, a muita informação que julgava ter sobre este país diluiu-

se em menos de nada. Desde o primeiro segundo que este desafio no Magrebe me tem feito reaprender muito sobre a vida, já que o encontro é imediato com uma cultura em toda a linha diferente daquela que me habituei a viver.

Em síntese, a Argélia não é um país que oferece a diversidade e a pluricul-turalidade a que estava habituado em Portugal ou em Paris, mas com uma boa dose de capacidade de adaptação, uma mentalidade positiva, e apesar de algum risco, a vivência neste país torna-se agradável.

Cheguei a Argel para trabalhar na CO-BA, a mais antiga e prestigiada empresa portuguesa instalada na Argélia, onde está desde 1978. Este historial facilita em toda a linha o desenrolar dos aconte-cimentos por terras do Magrebe.

Um expatriado na Argélia pode optar pela resignação e conformar-se a um

registo entre o trabalho e casa, ou pode, como foi o meu caso, transportar – na medida do possível – o estilo de vida europeu e introduzir-se na vida social ativa da Argélia, que peca por não ser muito diversa, mas é aceitável. Aqui os restaurantes mais caros são por norma de qualidade, e existem alguns bares que começam a apresentar características europeias, sendo o mais badalado de Argel gerido por portugueses (quem mais podia ser?!).

Entre várias características próprias de um país com fortíssima presença ára-be na sua essência cultural e religiosa, uma das rotinas que me faz falta é a de uma cerveja fresca ao fim do dia numa qualquer esplanada portuguesa com um petisco característico, já que aqui o con-sumo de álcool não sendo proibido por lei, é-o a nível religioso. Isso condiciona na totalidade a presença de bebidas com álcool em espaços públicos, embora as mesmas sejam servidas em alguns bares e restaurantes, que eu naturalmente já conheço na sua grande maioria.

No momento em que escrevo este tex-to, o Ramadão está prestes a começar.

Pelo que me contam, todos os restauran-tes fecham e os serviços trabalham com muitas limitações, porque muita gente entra de férias. Em compensação, parece que os períodos de lazer se tornam mais animados.

Não arrisco antecipar, mais do que isto, como será coincidir com tal momento pela primeira vez num país muçulmano, porque corro o risco de que novamente a informação que julgo ter se dilua em menos de nada. Vai ser mais um desafio, como o tem sido toda esta experiência, que para mim era inimagi-nável há alguns meses.

Pedro Miguel Ramos tem 28 anos e é licenciado em Ciências da Comunicação. Após uma primeira experiência profissional fora de Portugal, em Paris, vive desde o início do ano em Argel, a capital argelina, onde é coordenador financeiro e administrativo

da COBA - Consultores de Engenharia e Ambiente.

A AVENTURA DO PRIMEIRO ANO

A TRABALHAR NA ARGÉLIA

“COM UMA BOA DOSE DE CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO, UMA MENTALIDADE POSITIVA, E APESAR DE ALGUM RISCO, A VIVÊNCIA NESTE PAÍS TORNA-SE AGRADÁVEL”