poema - vivo ansioso

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Vivo ansioso Não sei respirar Um-dois-um-dois-um-dois Tudomuitorápido 80 graus na cabeça vira para um lado, vira para o outro a janela tá aberta um poema na janela buzinas, curvas, retas, faróis, sinais... Vai dar tempo. Se correr, ainda chego mais cedo Vai dar tempo. Mãos inquietas e a caneta já não sabe escrever. Tá certo, ela sabe o que diz. Queria deitar na rede ler meu livro e a mim mesmo e sentir o calor infernal Quando vi, não tinha mais tempo. Mas quando o tive? Um dia me disseram que o tempo era infinito! Minha ansiedade é mais ânsia de sem idade, nem coisa que o valha me livrar das grades de horários

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Vivo ansioso

No sei respirarUm-dois-um-dois-um-doisTudomuitorpido80 graus na cabeavira para um lado, vira para o outroa janela t abertaum poema na janelabuzinas, curvas, retas, faris, sinais...

Vai dar tempo. Se correr, aindachego mais cedoVai dar tempo.

Mos inquietas ea caneta j no sabe escrever.T certo,ela sabe o que diz.

Queria deitar na redeler meu livroe a mim mesmoe sentiro calor infernal

Quando vi,no tinha mais tempo.

Mas quando o tive?Um dia me disseramque o tempo era infinito!

Minha ansiedade mais nsiade sem idade, nem coisa que o valhame livrar das grades de horrios