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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR ANDRÉIA LÚCIA KREUSCH DE SOUZA PLANEJAMENTO DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA CEBRA LTDA São José 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR

ANDRÉIA LÚCIA KREUSCH DE SOUZA

PLANEJAMENTO DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA CEBRA LTDA

São José

2007

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ANDRÉIA LÚCIA KREUSCH DE SOUZA

PLANEJAMENTO DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA CEBRA LTDA

Trabalho de Conclusão de Curso – projeto deaplicação – apresentado como requisito parcialpara obtenção do grau de Bacharel emAdministração da Universidade do Vale do Itajaí.

Professor Orientador: Rogério Raul da Silva

São José

2007

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ANDRÉIA LÚCIA KREUSCH DE SOUZA

PLANEJAMENTO DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA CEBRA LTDA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Comércio Exterior da

Universidade do Vale do Itajaí, em 28/05/2007.

Profª. MSc. Luciana Merlin BervianUnivali – CE São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof. MSc. Rogério Raul da SilvaUnivali – CE São JoséProfessor Orientador

Prof. Dr. Everton Luis Pelizzaro de Lorenzi Cancellier Univali – CE São José

Membro

Profª. MSc. Ana Paula Lisboa Sohn Univali – CE São José

Membro

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Dedico este trabalho à Luiza, minha filha eamiga, por ter tido paciência e compreensãodurante toda a minha ausência.Ao Sérgio, meu esposo, meu amor e incentivadorna busca das metas e objetivos traçados.Aos meus pais, Gabriel José Kreusch e AnzéliaZeitz Kreusch, por serem dedicados, amigos eprincipalmente pela educação que meproporcionaram e por me tornarem uma pessoadigna e honesta.

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AGRADECIMENTOS

Aos gestores da organização, pela oportunidade concedida e participação efetiva no

desenvolvimento deste trabalho.

À minha filha Luiza, pela paciência e compreensão.

Ao Sérgio, meu esposo, pelo incentivo, ajuda, companheirismo e paciência.

Ao meu orientador, Rogério Raul da Silva, pelo apoio e dedicação durante todo o

desenvolvimento deste trabalho.

Aos membros da banca pela contribuição.

A Deus, pelas oportunidades que sempre me presenteou e por me fortalecer em todos

os momentos desta caminhada.

Às pessoas especiais que diretamente ou indiretamente, contribuíram para a

concretização deste trabalho.

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“Ter dados e conhecê-los é cultura. Saber

processá-los transformando-os em informação é

uma questão de sobrevivência. Saber usar a

informação é arte do poder”.

James C. Hunter

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso foi realizado na empresa Cebra ConversoresEstáticos Brasileiros Ltda, com o objetivo de elaborar um planejamento para a área de vendasda empresa. Foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva, onde foi feita uma análisequalitativa e quantitativa. Um levantamento foi feito com os 20 principais clientes daempresa, por meio de questionário e outra pesquisa descritiva de natureza qualitativa com osgestores da empresa, por meio de entrevistas. Para elaboração do instrumento de coleta dedados, foram utilizados os critérios da avaliação da qualidade e os elementos do compostomercadológico de marketing de serviços. Os resultados da pesquisa apresentaram fatores desatisfação e insatisfação, que foram definidos como pontos positivos e negativos. A percepçãodos clientes é positiva em relação às questões como: qualidade técnica e qualidade noatendimento. Foram apontados descontentamentos em relação ao: prazo de entrega ecumprimento das promessas feitas, entre outros. Ao final do estudo foi elaborado o plano paraa área de vendas da empresa.

Palavras-chave: Planejamento de vendas, vendas, administração de vendas.

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ABSTRACT

The present study of course conclusion was accomplished at Cebra - Conversores EstáticosBrasileiros Ltda, with the objective of elaborating a planning for the sales area of thecompany. An exploratory and descriptive, research was accomplished, where it a qualitativeand quantitative analysis, was made. A study was made with the 20 main customers of thecompany, through questionnaire and other descriptive research of qualitive nature with themanagers of the company, through interviews. A data collection instrument was eleboratedfor, the criteria of the evaluation of the quality and the elements of the composition ofmarketing of services were used. The results of the research presented satisfaction factors anddissatisfaction, that were defined about positive and negative points. The customers´perception is positive in relation to the subject as: technical quality and quality of the service.

Key-words: Planning of sales, sales, administration of sales.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Os 4 P´s do Composto de Marketing................................................................... 22

Figura 2 – O triângulo de marketing de serviços.................................................................. 24

Figura 3 – Etapas do planejamento de força de vendas......................................................... 71

Figura 4 – Mapa da população por Estados em 2000............................................................ 74

Quadro 1 – Diferenças entre serviços e bens físicos............................................................. 26

Quadro 2 – O tamanho e a remuneração da força de vendas................................................ 34

Quadro 3 – Etapas do planejamento de vendas..................................................................... 40

Quadro 3.1 – Plano de ação.................................................................................................. 41

Quadro 3.2 – Formulário de estabelecimento de plano de ação............................................ 41

Quadro 4 – Subplano de vendas............................................................................................ 42

Quadro 5 – Estratégias associadas ao objetivo 1....................................................................71

Quadro 6- Estratégias associadas ao objetivo 2..................................................................... 72

Quadro 7 - Plano de ação da Estratégia 1...............................................................................75

Quadro 8 – Plano de ação da Estratégia 2..............................................................................76

Quadro 9 - Plano de ação da estratégia 3............................................................................... 76

Quadro 10 - Plano de ação da Estratégia 4............................................................................ 77

Quadro 11 - Plano de ação da Estratégia 5............................................................................ 77

Quadro 12 - Plano de ação da Estratégia 6............................................................................ 78

Quadro 13 - Plano de ação da Estratégia 7........................................................................... 78

Gráfico 1 – Cortesia no atendimento pessoal........................................................................ 52

Gráfico 2 – Cortesia no atendimento pessoal.........................................................................52

Gráfico 3 – Conhecimento do produto.................................................................................. 53

Gráfico 4 – Conhecimento do produto ..................................................................................53

Gráfico 5 – Conhecimento nas formas de pagamento........................................................... 54

Gráfico 6 – Conhecimento nas formas de pagamento........................................................... 54

Gráfico 7 – Qualidade e rapidez no retorno das informações solicitadas..............................55

Gráfico 8 – Qualidade e rapidez no retorno das informações solicitadas ............................ 55

Gráfico 9 – Flexibilidade nas negociações............................................................................ 56

Gráfico 10 – Flexibilidade nas negociações.......................................................................... 56

Gráfico 11 – Cumprimento das promessas feitas.................................................................. 57

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Gráfico 12 – Cumprimento das promessas feitas ................................................................. 57

Gráfico 13 – Cortesia no atendimento................................................................................... 58

Gráfico 14 – Cortesia no atendimento .................................................................................. 58

Gráfico 15 – Prontidão para solucionar eventuais dívidas.....................................................59

Gráfico 16 – Prontidão para solucionar eventuais dívidas.................................................... 59

Gráfico 17 – Qualidade no produto....................................................................................... 60

Gráfico 18 – Qualidade no produto....................................................................................... 60

Gráfico 19 – Qualidade nas informações fornecidas............................................................. 61

Gráfico 20 – Qualidade nas informações fornecidas............................................................. 61

Gráfico 21 – Prazo de entrega................................................................................................62

Gráfico 22 – Prazo de entrega............................................................................................... 62

Gráfico 23 – Maneiras que os clientes conheceram a empresa Cebra Ltda...........................63

Gráfico 24 – O que levou a comprar produtos da empresa Cebra Ltda.................................64

Gráfico 25 – A quantidade de vezes que o cliente entrou em contato

com a Cebra Ltda .................................................................................................................. 65

Gráfico 26 – No processo de negociação sua participação ocorre........................................ 65

Gráfico 27 – Você indicaria a Cebra a um amigo................................................................. 66

Gráfico 28 – Os produtos oferecidos pela Cebra atendem as necessidades e

Expectativas do cliente.......................................................................................................... 67

Gráfico 29 – Qual o principal diferencial da Cebra............................................................... 68

Gráfico 30 – A Cebra cumpre com o prazo prometido......................................................... 69

Gráfico 31 – Você já comprou o mesmo produto ou serviço de outra empresa.................... 69

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Etapas do planejamento de força de vendas........................................................ 31

Tabela 2 – Gerenciamento da força de vendas...................................................................... 36

Tabela 3 – Etapas do planejamento de força de vendas.........................................................44

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA.................................................................................14

1.2 OBJETIVOS ..........................................................................................................................14

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................................15

1.2.2 Objetivos específicos.......................................................................................................15

1.3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................17

2.1 MARKETING........................................................................................................................17

2.1.2 Orientações mercadológicas............................................................................................18

2.2 PLANO DE MARKETING E COMPOSTO MERCADOLÓGICO................................19

2.3 MARKETING DE SERVIÇOS ...................................................................................................22

2.3.1 Características de serviços...............................................................................................26

2.3.2 Qualidade em serviços.....................................................................................................28

2.4 ADMINISTRAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS ..............................................................30

2.4.1 Planejamento da força de vendas.....................................................................................31

2.4.2 Gerenciamento da força de vendas ..................................................................................36

2.5 MODELO DE PLANOS DE VENDAS.............................................................................40

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO .............................................................................................43

3.1 PROCEDIMENTO DE REALIZAÇÃO DO PLANO .......................................................45

3.2 ANÁLISE DOS DADOS....................................................................................................46

4 RESULTADO DA APLICAÇÃO.......................................................................................47

4.1 A EMPRESA ......................................................................................................................47

4.2 RESULTADOS DA PESQUISA JUNTO AOS GESTORES............................................50

4.3 RESULTADOS DA PESQUISA JUNTO AOS CLIENTES .............................................51

4.3.1 Cortesia no atendimento pessoal......................................................................................51

4.3.2 Conhecimento do produto................................................................................................52

4.3.3 Conhecimento das formas de pagamento ........................................................................53

4.3.4 Qualidade e rapidez no retorno das informações solicitadas ...........................................54

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4.3.5 Flexibilidade nas negociações.........................................................................................56

4.3.6 Cumprimento das promessas feitas.................................................................................57

4.3.7 Cortesia no atendimento .................................................................................................58

4.3.8 Prontidão para solucionar eventuais dúvidas..................................................................59

4.3.9 Qualidade no produto......................................................................................................60

4.3.10 Qualidade nas informações fornecidas .........................................................................61

4.3.11 Prazo de entrega............................................................................................................61

4.3.12 Maneiras que os clientes conheceram a empresa Cebra Ltda.......................................62

4.3.13 O que o levou a comprar produtos da empresa Cebra Ltda..........................................64

4.3.14 A quantidade de vezes que o cliente entra em contato com a Cebra Ltda...................65

4.3.15 No processo de negociação, a sua participação ocorre: ................................................65

4.3.16 Você indicaria a empresa Cebra a uma amigo? ............................................................66

4.3.17 Os produtos oferecidos pela Cebra, atendem as necessidades expectativas dos

clientes......................................................................................................................................67

4.3.18 Qual o principal diferencial da Cebra.......................................................................... 68

4.3.19 A Cebra cumpre o prazo prometido..............................................................................69

4.3.20 Você já comprou o mesmo produto ou serviço de outra empresa? ..............................69

4.3.21 Qual o nome da empresa? .............................................................................................70

4.4 PLANO PARA A FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA CEBRA LTDA........... ........70

4.5 FECHAMENTO DO CAPÍTULO.....................................................................................75

5 CONSIDERAÇÕES E SUGESTÕES ...............................................................................79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................81

APÊNDICES ...........................................................................................................................84

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1 INTRODUÇÃO

O planejamento é uma das funções administrativas. Trata-se de pensar antes de

agir. Pode ser formal ou informalmente realizado. O ideal é que haja sempre um

planejamento formal, uma vez que, através de um plano bem elaborado, a empresa

obtém maior alocação de recursos, maior eficiência e, conseqüentemente, menores

custos, além de facilitar a determinação de melhores oportunidades de negócio no

mercado. Na realidade, não importa o tamanho da empresa, mesmo sem estrutura, a

pequena ou a média empresa podem realizar planejamento, desde que o adapte às

suas condições.

A empresa Cebra – Conversores Estáticos Brasileiros Ltda atua no ramo de

Tecnologia, especificamente com fontes de alimentação chaveada, atendendo a esse mercado

em todo o Brasil. Com o avanço da Tecnologia, vem apresentando crescimento constante no

número de clientes e colaboradores, envolvendo principalmente os clientes das áreas de

Automação Bancária, Automação Industrial, Telecomunicações, Automação Comercial e

Projetos especiais.

A empresa foi Fundada em junho de 1990 por quatro Engenheiros Eletricistas com

Mestrado em Eletrônica de Potência, a Cebra Conversores Estáticos Brasileiros Ltda. dedica-

se ao desenvolvimento e fabricação de conversores e fontes de alimentação chaveadas, sob

encomenda. Instalada inicialmente na Incubadora de Empresas (atualmente CELTA).

Com o ritmo acelerado da evolução e inovação de tecnologias, as empresas estão

cada vez mais voltadas a estimular previsões e programar equipamentos que facilitem e

inovem seus processos. A Cebra vende tecnologia, e por isso está em sua melhor fase, pois

além de ser uma das empresas mais conceituadas no ramo de fontes chaveadas, ela projeta

seus produtos e oferece um grande diferencial que é a garantia de fabricação e a manutenção

permanente em Florianópolis.

Para garantir um mercado mais amplo e sustentável para seus produtos, os gestores

estão com necessidade de organizar as forças de vendas e definir seus objetivos. Isso porque,

os empreendedores entendem que os objetivos da força de venda devem ser pautados dentro

da realidade e características dos mercados-alvos em que atuam.

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1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

O presente trabalho está centrado na área de vendas, mais especificamente no

planejamento da força de vendas. A Cebra atua em um ramo de constantes sazonalidades e

tendo como grande concorrente às empresas instaladas na China e, em função disto, surge à

necessidade de administrar a força de vendas de modo a tornar-se mais competitiva. Os

gestores estão com dificuldades em programar suas vendas, pois não existe planejamento

nessa área, fato que afeta os resultados referentes à atuação da empresa junto ao seu mercado

alvo.

No momento, a empresa está passando por um período no qual às vendas

aumentaram, com isso contratou novos colaboradores, por isso precisa mantê-la com uma

produção regular para não correr o risco de um declínio de produção como aconteceu em anos

anteriores. Baseado nisso, precisa-se aumentar a carteira de clientes, pois com isso poderá

diminuir os riscos caso haja um novo declínio nas vendas.

Em diagnóstico anterior, foi verificado que os acionistas elaboraram um

planejamento estratégico com o auxílio do consultor do Senai, com o objetivo de direcionar

os esforços e as estratégias estabelecidas e os caminhos a serem percorridos pela empresa

para abrir novos nichos de mercado. No entanto, não realizaram o plano específico para a área

de vendas.

A partir do problema apresentado anteriormente define-se a seguinte pergunta de

pesquisa:

Que conteúdos devem ser considerados no planejamento da força de vendas da

Cebra?

1.2 OBJETIVOS

Após apresentar a situação problema vivenciada pela Cebra, apresenta-se, na

seqüência, os objetivos do presente estudo.

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1.2.1 Objetivo Geral

Elaborar um plano para a força de vendas da empresa Cebra Ltda.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) Descrever o processo de atuação da força de vendas da empresa;

b) Identificar modelos de planos para a força de vendas constantes na literatura;

c) Analisar as variáveis associadas ao planejamento de vendas com aplicação a

Empresa;

d) Conhecer o ponto de vista dos clientes e gestores da Cebra em relação a força de

vendas;

e) Propor objetivos, estratégias, estrutura, tamanho e remuneração para a força de

vendas da empresa.

1.3 JUSTIFICATIVA

Por estarem em um mercado extremamente competitivo e em busca de bons

resultados, as empresas buscam soluções rápidas e ações que determinem um maior

crescimento. Desta forma, este trabalho justifica-se por permitir analisar melhor a área de

vendas da empresa Cebra, buscando maior crescimento no mercado em que atua, pois ajudará

a mantê-la com uma produção mais estável e financeiramente mais rentável e segura.

A partir do momento que a empresa tiver um plano de ação para a área de vendas,

poderá lançar-se no mercado de forma mais segura. No momento, as vendas são feitas de

forma passiva, pois é o cliente que nos procura, seja através do site ou até mesmo por

indicação de outro cliente.

Acredita-se que o plano de vendas, seja uma boa referência para área de vendas, pois

ajudará manter um nível de vendas mais estável ou até mesmo maior. No Brasil existem

muitas empresas que necessitam deste tipo de tecnologia, mas para vendermos precisamos

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divulgar e disponibilizar os produtos, pois às vezes fica mais cômodo para as empresas

comprarem um produto importado do que procurar uma empresa brasileira para desenvolver e

fabricar produtos de seu interesse.

Outra razão importante para a realização deste trabalho, é aumentar o conhecimento

da acadêmica, através de estudos teóricos e práticos, aprofundando os conhecimentos e

aumentando a bagagem de experiências.

Para o curso de Administração, o trabalho é importante por ser realizado numa área

de vendas, que merece particular atenção daqueles que optam pelo curso. Outro fator

importante é a verificação da possibilidade e a perspectiva de seus clientes. Por fim, o estudo

é importante, pois permitirá rever os procedimentos e as diretrizes relativas às vendas da

empresa e a forma em que atua no mercado.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com base na situação relatada anteriormente e após definir que o presente estudo tem

como objetivo principal elaborar um plano para a força de vendas da empresa Cebra Ltda,

apresenta-se neste capítulo, os principais temas encontrados na bibliografia e que

possibilitarão alcançar os objetivos. Para tanto, neste capítulo apresenta-se os conceitos de

marketing, composto mercadológico e gerenciamento da força de vendas.

2.1 MARKETING

Administração de marketing pode ser praticada e utilizada em qualquer mercado. O

trabalho de marketing no mercado consumidor é normalmente executado por administradores.

Podemos definir administração de marketing como: “necessidades, desejos e demandas;

produtos (bens, serviços e idéias); valor, custo e satisfações; troca e transações;

relacionamentos e redes; mercados; e empresas e consumidores potenciais” (KOTLER, 1998,

p. 27). O gerente de marketing deverá ser um profissional cuja principal tarefa é excitar a

demanda pelos produtos da empresa, pois Marketing não é apenas venda e propaganda.

Considerando tal conceito, observa-se a importância da definição de necessidades e desejos,

para uma melhor compreensão da essência do marketing.

Segundo Kotler (1998, p. 27), “marketing é um processo social e gerencial pelo qual

indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de

produtos de valor com outros. Necessidade humana é um estado de privação de alguma

satisfação básica”. Administrar marketing é planejar e executar através da percepção, preço,

promoção, distribuição de idéias, bens e serviços.

Já para Churchill e Peter (2003, p. 18), “marketing é o processo de estabelecer metas

de marketing para uma organização e planejar; implementar e controlar as estratégias para

alcançá-las”. Para a sobrevivência da organização, as necessidades dos consumidores ou

compradores organizacionais são essenciais.

Cobra (1992), relata que marketing além de planejar e executar deve identificar as

necessidades dos consumidores de forma que disponibilize no mercado produtos ou serviços

para as não satisfeitas. Para proporcionar a satisfação e necessidade dos consumidores e gerar

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um resultado satisfatório aos acionistas e melhorar a qualidade de vida de um modo geral.

“Marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento,

promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os

objetivos individuais e organizacionais”. (COBRA, 1992, p. 34).

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividadesconcernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos enecessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos deempresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuaçãoe o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. (LASCASAS, 2001, p. 26).

Las Casas (2002), diz que marketing é como a área do conhecimento que inclui todas

as atividades relacionadas à troca, que atenda desejos e necessidades dos clientes, com o

intuito de alcançar os objetivos da organização e considerando sempre o meio ambiente de

atuação e a força que essas relações causam no bem estar da sociedade. Trata-se de um

conceito com definição bastante ampla, onde visa não somente a de troca de mercadorias, mas

tudo o que envolva objeto de permuta.

Portanto, marketing está associado às atividades das relações de troca, a fim de

satisfazer as necessidades e os desejos, tanto do consumidor quanto do mercado.

2.1.2 Orientações Mercadológicas

As atividades de marketing devem ser conduzidas sob uma filosofia bem pensada,

eficiente, efetiva e socialmente responsável, para tal Kotler (2000) contribui com cinco

orientações mercadológicas, que são:

a) a orientação de produção: onde, gerentes de empresas orientadas para a produção

concentram-se em alcançar alta eficiência de produção, baixos custos e

distribuição em massa. Os consumidores estão mais interessados em obter os

produtos a um preço baixo e em grande disponibilidade e não dão importância

para as características do mesmo.

b) a orientação de produto: sustenta que os consumidores dão preferência a produtos

que ofereçam qualidade e desempenho superiores ou que tenham características

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inovadoras. Onde os gerentes concentram seus esforços na fabricação de produtos

de qualidade e em aperfeiçoá-los com o tempo. Podendo ocorrer excesso de

confiança em determinado produto, acabando por não perceber as necessidades

dos clientes. Esse tipo de orientação pode levar a “miopia de marketing”, pois

muito freqüentemente eles nem avaliam os produtos da concorrência.

c) a orientação de vendas: parte do princípio de que os consumidores e as empresas,

por vontade própria, normalmente não compram os produtos da organização em

quantidade suficiente. A organização deve, portanto, empreender um esforço

agressivo de vendas e de promoção, pois se pressupõem que os consumidores

normalmente demonstram uma inércia ou resistência em relação à compra e

devem ser convencidos a comprar.

d) a orientação de marketing: aborda a idéia que a chave para conseguir as metas

organizacionais está no fato de a empresa ser mais efetiva que a concorrência na

criação, entrega e comunicação de valor para seus mercados-alvo selecionados. A

empresa focaliza suas atividades com base nas necessidades do comprador por

meio do produto e de todo um conjunto de coisas, desde a sua criação, entrega e

consumo final.

e) a orientação de marketing societal: aborda que a tarefa da organização é

determinar as necessidades, desejos e os interesses dos mercados-alvo e fornecer

as satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que a concorrência, de

uma maneira que preserve ou melhore o bem estar do consumidor e da sociedade.

Pode-se ressaltar também que além da escolha das orientações de marketing, os

profissionais precisam desenvolver um composto mercadológico de marketing, ou seja,

precisam utilizar combinações dos seguintes fatores: produto, preço, praça e promoção, a fim

de satisfazer às necessidades de clientes alvo, atingindo assim os objetivos da organização.

2.2 PLANO DE MARKETING E COMPOSTO MERCADOLÓGICO

O plano de marketing deve ser estruturado baseado na estratégia sugerida pela

empresa. Existe uma série de fatores que influenciam o plano de marketing e o principal é que

se tenha idéia de quanto à empresa vai investir para que os objetivos propostos sejam

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atingidos. Pode-se dizer que é o conjunto de estratégias usadas desde a concepção do produto

até a sua colocação no mercado. Para Kotler (1998, p. 97), “Composto mercadológico é o

conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no

mercado”.

É importante estudar e analisar este plano antes que se inicie esta formulação

estratégica. Precisamos conhecer os elementos que influenciam na criação de valor para o

cliente, antes de aplicá-los. Os elementos são denominados de 4 P´s: produto, preço, praça e

promoção.

O primeiro elemento do composto mercadológico é o produto, de acordo com Kotler

(1998), o produto é considerado como a ferramenta mais básica, é a oferta tangível que a

empresa proporciona. Serão favorecidos pelos consumidores aqueles que oferecerem produtos

com mais qualidade, design, características particulares, marca e embalagem. Vale a pena

ressaltar que os gerentes não deverão medir esforços em fazer produtos superiores, inovando-

os ao longo do tempo.

Produto ou serviço é aquilo que a empresa sabe fabricar e oferece aos seus clientes.

Pois além do produto em si, a empresa oferece outros tipos de produtos ou serviços, pois

raramente a empresa oferece apenas um produto ao mercado, pois limitaria as suas

possibilidades de vendas e ficaria vulnerável a falência. O vendedor precisa conhecer o seu

produto e também a vida útil ou a região em que o mesmo será utilizado.

As necessidades específicas do comprador podem ser influenciadas pela alta

qualidade ou que seja adaptado ao cliente. Outro fator que influencia a compra é a

embalagem, o rótulo, a garantia e a vida útil do produto.

Na ótica de McCarthy & Perreault (1997), o produto significa a oferta de uma

empresa que satisfaz a necessidade e desejo a uma necessidade. Muitos gerentes ficam

atrelados em detalhes técnicos. Pensam no produto em termos de componentes físicos, como

resistores, transistores e transformadores. Os componentes são importantes ou até mesmo

essenciais, mas para os clientes eles não são significativos e surtem pouco efeito sobre como a

maioria dos consumidores vê o produto.

O segundo elemento do composto mercadológico é o ponto de distribuição que é

definido pelo lugar onde o produto permanecerá exposto. O produto ou serviço necessita estar

bem posicionado, o que significa estar próximo ao seu mercado consumidor. O ponto também

poderá diminuir gastos com atacado, varejo, funcionários que não precisaram de transporte

para ir ao trabalho, etc. Logo, uma escolha certa para o canal de distribuição é essencial. “O

ponto significa levar o produto da forma mais acessível e rápida possível ao mercado

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consumidor. O preço deve ser ajustado às condições de custo de fabricação e de mercado”.

(COBRA, 1997, p. 31)

O terceiro elemento composto mercadológico é o preço, de acordo com Cobra

(1997), o produto deve estar na hora certa no lugar certo e principalmente com preço

adequado para atender as necessidades do consumidor. Tem que ser realizada uma pesquisa

de mercado para se chegar a um preço adequado, prazo ideal para o cliente e para o

fornecedor.

Já para Kotler (1998), o preço se refere à quantidade de dinheiro que o consumidor

paga pelo produto. A adequação deste valor fica mais fácil de ser atribuída com base nos

objetivos a empresa, que podem ser para maximização dos lucros, do faturamento ou do

crescimento de vendas.

Enquanto Cobra (1992), relata o preço em uma visão mais sucinta, onde diz que o

preço divulgado a clientes deve ser justo e com prazo de pagamento atrativo, Moreira (2005)

diz que preço é quanto o consumidor paga para adquirir determinado produto. Para o

profissional de vendas, o preço permite anunciar o valor do produto e gerar receita. Já para o

consumidor, o preço é um padrão usado para estimar o valor de satisfação.

A promoção é o último composto mercadológico a ser analisado, pois ela está

diretamente ligada a publicidade, as relações humanas, a promoção de vendas e a venda

pessoal. “A promoção deve comunicar o produto ou serviço ao mercado, estimulando e

realizando a venda, isto é, a transferência de posse”. (COBRA, 1997, p. 31).

Moreira (2005) concorda com Cobra (1997), ao afirmar que a promoção refere-se a

persuadir e influenciar diretamente as pessoas a comprarem determinado produto ou idéia.

São programas que envolvem propagandas, promoção de vendas, relações públicas e venda

pessoal.

A promoção pode ser usada tanto no mercado doméstico como no local ou adaptá-la

de acordo com cada cidade. Essa adaptação é chamada de dual, ou seja, a adaptação é feita

tanto no produto como na comunicação. A alteração pode ser feita tanto na cor marca ou

linguagem. Esta alteração deverá ser analisada cuidadosamente para evitar tabus em alguns

países, pois dependendo do país algumas cores significam morte ou luto, relata Kotler (1998).

Finalizando o tema, Kotler (1998, p. 97), define o composto mercadológico como o

conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seu objetivo de marketing no

mercado. Suas variáveis estão mais bem especificadas na figura 1.

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Portanto, o composto mercadológico se caracteriza em 4 Os (produto, preço, praça e

promoção). Que são as variáveis sob os quais a empresa tem domínio e, portanto podem ser

alterados de acordo com os objetivos de marketing. Sendo que cada um dos Os tem diversos

componentes conforme apresentado na figura 1.

A seguir, apresenta-se o marketing de serviços.

2.3 MARKETING DE SERVIÇOS

Os padrões de vida vêm se elevando dentro da sociedade, o consumidor está cada vez

mais exigente e inovador. Na opinião da sociedade, pode-se considerar o conceito de serviço,

praticamente em domínio do senso comum, visto que todos se utilizam ou fornecem algum

tipo de serviço em suas atividades profissionais e particulares. “O serviço ao cliente é a

execução de todos os meios possíveis de dar satisfação ao consumidor por algo que ele

adquiriu”. (COBRA, 1997, p. 374).

Visto que o marketing de serviços assemelha-se em vários aspectos ao marketing de

produtos tangíveis ou bens. É importante obter algum conhecimento sobre marketing de

serviços. Para buscar saber sobre o assunto, vejamos alguns conceitos, onde diz que:

MERCADOALVO

COMPOSTODE

MARKETING

PRODUTOVariedade do ProdutoQualidadeDesignCaracterísticasNome da MarcaEmbalagemTamanhosServiçosGarantiasDevoluções

PREÇOLista de PreçosDescontosCondiçõesPrazo de PagamentoCondições de Crédito

PROMOÇÃOPromoção de Vendas

PropagandaForça de Vendas

Relações PúblicasMarketing Direto

PRAÇA Canais

CoberturaSortimento

LocalizaçõesEstoque

Transporte

Figura 1: Os 4 P´s do Composto de Marketing.Fonte: Kotler (1998, p. 97).

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Serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outrae que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada.Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico. (KOTLER,1998, p. 412).

[...] é um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. Embora oprocesso possa estar ligado a um produto físico, o desempenho éessencialmente intangível e normalmente não resulta em propriedade denenhum dos fatores de produção. (LOVELY; WRIGHT, 2002, p. 5).

Uma vez estudada a definição de serviços, fica claro que os serviços não são

produzidos apenas por empresas de serviços, mas também fazem parte daquilo que os

fabricantes de bens manufaturados oferecem. Por exemplo, a Cebra oferece garantia de seus

produtos e assistência técnica permanente em Florianópolis. Conforme Bateson e Hoffman

(2000, p. 30), “ao contrário da crença popular, foram os serviços, e não bens manufaturados,

que impulsionaram o moderno crescimento econômico”.

Em uma empresa prestadora de serviços, o conceito de marketing de serviços deve

ser ampliado e, marketing de serviços, de acordo com Gronroos (1995, p. 21), “é um conjunto

de idéias que devem ser integradas através de toda a organização e supervisionada pela alta

gerência”.

Para que o cliente conheça o serviço prestado por uma empresa, ele deverá ser

informado sobre a qualidade do mesmo ou ser indicado por alguém que já o utilizou. Por isso,

a percepção de risco tende a ser muito elevada nos serviços, pois não se pode tocar, degustar

ou provar antes da realização da compra.

Para Las Casas (2000, p. 16), “serviços constituem uma transação realizada por uma

empresa ou por um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem”.

Michael Etzel et al. (2001, p. 523) definem serviços como “atividades intangíveis,

identificáveis que são o objetivo principal de uma transação, designados para promover a

satisfação de um desejo do cliente”.

Os clientes estão cada vez mais exigentes. Eles esperam receber produtos de

qualidade e juntamente com isso, serviços de alto nível.

Fornecer serviços de qualidade não é mais simplesmente uma questão deopção. O ritmo acelerado de desenvolvimento de tecnologia e aintensificação da competição tornam difícil a aquisição de vantagenscompetitivas estratégicas tão-somente por meio de produtos físicos”(BITNER, 2003, p. 32).

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O marketing de serviços pode ser discutido através da análise triângulo do marketing

de serviços e o composto do marketing de serviços. O primeiro mostra os três grupos

interconectados que trabalham juntos para o desenvolvimento, a promoção e a execução dos

serviços. Na ponta do triângulo, estão dispostos a empresa, os clientes e os executores,

conforme a Figura 2 abaixo.

Figura 2: O triângulo de marketing de serviçosFonte: Zeithaml e Bitner (2003, p. 39)

Entre as três pontas do triângulo, há três tipos de marketing que devem ser efetuados

com sucesso, afim de que um serviço seja atingido: marketing externo é o que gera

promessas, marketing interno torna as promessas possíveis e marketing interativo mantém as

promessas, conforme representada por Zeithaml e Bitner (2003), na figura acima.

a) Marketing externo: por meio deste marketing, uma empresa gera promessas a seus

clientes, considerando quais as expectativas eles podem ter e como as mesmas

podem ser realizadas. As atividades normais do marketing como: publicidade,

vendas, promoções, que acabam gerando promessas a seus clientes, baseando-se

nas expectativas dos mesmos, colaboram para este tipo de marketing. Um

exemplo de promessas de serviços são as garantias dos serviços e a comunicação

de mão dupla. Para Kotler (1998) marketing externo descreve o trabalho normal

realizado pela empresa para preparar, fixar preço, distribuir e promover o serviço

aos clientes;

Marketing InterativoMantendo as promessas

Marketing internoTornando as

promessas possíveis

Marketing externoGerando promessas

Executores Clientes

Empresa

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b) Marketing interno: este tipo de marketing está relacionado à execução das

promessas possíveis. Para as promessas serem cumpridas, é preciso que os

executores e o sistema de serviços tenham habilidades, competências, ferramentas

e motivação para executá-las. Lembrando que se esses profissionais não forem

capacitados, as promessas podem não ser cumpridas. Os autores ainda ressaltam

que, marketing interno articula-se sobre o pressuposto de que a satisfação do

funcionário e a satisfação do cliente estão diretamente ligadas uma à outra.

Segundo Kotler (1998), marketing interno descreve o trabalho feito pela empresa

para treinar e motivar seus funcionários no excelente atendimento dos

consumidores.

c) Marketing Interativo: o marketing interativo ou a manutenção das promessas, pois

é dentre os três tipos de marketing, ele é considerado o mais importante perante os

clientes. Em alguns casos, o marketing interativo é executado também pela

tecnologia, ele ocorre quando os clientes interagem com a organização e o serviço

é produzido e consumido. As promessas dos serviços são testadas a todo momento

e as mesmas geralmente são mantidas ou frustradas pelos próprios funcionários da

empresa ou por funcionários terceirizados. Logo, é necessário que haja um

treinamento adequado para estes profissionais que estão diretamente ligados a

estas promessas, para que a mesma seja mantida. Na visão de Kotler (1998),

marketing interativo descreve a habilidade dos funcionários em atender o cliente.

Este julga a qualidade do serviço não apenas por sua qualidade técnica, mas

também por sua qualidade funcional.

Vale à pena ressaltar que os três lados do triângulo e os três tipos de marketing

representados por ele, são essenciais para o sucesso de uma organização. Logo, todas as partes

deste triângulo devem interagir entre si, para que seja executado e desempenhado da forma

mais adequada, para atingir o objetivo que é o sucesso. Em seguida, será apresentado as

características de serviços, que também auxilia a organização na execução de suas ações e na

condução de estratégias.

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2.3.1 Características de Serviços

As principais obras pesquisadas a respeito de Marketing de Serviços consideram que

existem algumas características específicas nos serviços que as diferenciam dos bens

manufaturados.

Dessa forma, Bitner (2003, p. 36) reúne as características mais freqüentes

mencionadas dos serviços, bens físicos e das implicações decorrentes:

Bens físicos Serviços

Tangível Intangível

Homogêneo Heterogêneo

Produção e distribuição separadas do consumo Produção, distribuição e consumo são processos

simultâneos

Uma coisa Uma atividade ou processo

Valor principal produzido em fábricas Valor principal produzido nas interações entre comprador

e vendedor

Clientes normalmente não participam do processo de

produção

Clientes participam da produção

Pode ser mantido em estoque Não pode ser mantido em estoque

Transferência de propriedade Não transfere propriedade

Quadro 1 - Diferenças entre Serviços e Bens Físicos Fonte: GRÖNROOS (1993, p. 38).

Corroborando com esta afirmação, percebe-se que os serviços podem possuir quatro

características próprias: Intangibilidade, Inseparabilidade, Variabilidade e Perecibilidade,

assim especificados:

a) Intangibilidade: Loverlock e Wright (2002, p. 17) definem intangível como “algo

que é experimentado, mas não pode ser tocado ou preservado”, por isso durante

uma prestação de serviço, o produto que é oferecido pela empresa torna-se um

bem intangível.

Enquanto Kotler (1995, p. 455), relata que serviço “é toda atividade ou benefício,

essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer à outra e que não resulte

na posse de algum bem”. O autor defende ainda que “os serviços são intangíveis

porque não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou cheirados antes de

serem comparados”.

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Portanto, pode-se dizer que serviços são atividades intangíveis e, por isso, existe

uma grande dificuldade em avaliá-los. Mas sua a valorização pode ser

reconhecida, principalmente, pelos resultados que ele fornece a uma organização.

Daí o fato de se dizer que o serviço é intangível: o serviço é prestado em um local

e, geralmente, só pode ser conhecido após a realização do mesmo.

b) Inseparabilidade: O serviço também pode ser inseparável, isto é, ele vem

agregado com a pessoa que irá efetuá-lo. Pode–se dizer, ainda, que, na

inseparabilidade, o consumo é feito na hora em que o serviço é executado, ou seja,

o serviço é produzido, consumido e entregue no mesmo instante. A organização

primeiro vende o seu serviço para só depois existir o consumo pelo cliente

destinado. Porém, o cliente poderá fazer pesquisas referentes à prestação e à

qualidade do serviço oferecido pela empresa a qual ele poderá a vir contratar.

c) Variabilidade: A variabilidade pode ser de várias formas ou maneiras de executar

um serviço, porém diferenciado ou copiado pelas pessoas. Zeithaml e Bitner

(2003) apontam que em decorrência dos serviços apresentarem variabilidade em

relação ao tempo e às pessoas, é um desafio assegurar-lhe uma qualidade

consistente. Desta forma, pode-se dizer que o serviço executado a um cliente, não

quer dizer que será realizado exatamente igual ao de um outro cliente.

Kotler (2000) aconselha, para as empresas prestadoras de serviços, três

providências para minimizar os impactos da variabilidades: investir em bons

processos de treinamento e contratação para a qualificação do pessoal gerando

mais lucros e serviços eficientes; padronizar os processos de execução dos

serviços; e, para finalizar, satisfazer os clientes através de pesquisas realizadas

com os mesmos. Dessa forma, a empresa poderá possuir um diferencial em

relação aos seus concorrentes, colocando o cliente como foco do negócio.

d) Perecibilidade: Por fim, a perecibilidade em serviços ocorre porque eles não

podem ser estocados. Segundo Kotler (1998, p. 457), “os serviços são perecíveis e

não podem ser estocados para vendas ou futuros usos”. Já para Cobra (2001,

p.27), a perecibilidade no setor de serviços ocorre quando “eles não podem ser

armazenados para o consumo posterior”.

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Portanto, pode-se dizer que um serviço é perecível, pois eles são consumidos na

hora da sua execução; resta lembrar ainda que não pode haver armazenamento de

serviços para serem executados em outra hora.

As empresas devem voltar-se ao cliente para oferecer-lhe melhor serviço que os

concorrentes. Ao oferecer seus produtos, a empresa passa a oferecer-lhe um bem. Loverlock e

Wright (2002, p. 16) definem “bem” como “objetos ou dispositivos físicos que propiciam

benefícios aos clientes por meio de sua propriedade ou uso”.

Portanto, pode-se dizer que o cliente fica satisfeito tanto com o produto final, como

pela forma de tratamento que recebe durante o período da aquisição, seja um bem ou um

serviço.

2.3.2 Qualidade em Serviços

No ambiente competitivo, para a empresa desenvolver-se e ocupar um lugar de

destaque no mercado, um grande passo para que isto ocorra é oferecer qualidade em serviço.

Muito embora a empresa ofereça os mesmos produtos que seus concorrentes, mas terá como

grande diferencial à maneira e as vantagens pelo qual seu produto é oferecido. Desta forma,

ela deverá atingir as expectativas de seus clientes e, superá-las com a qualidade dos seus

serviços, existe a possibilidade de suas expectativas serem superadas. Para Kotler (1998,

p.459), “a chave é superar a expectativa dos clientes quanto à qualidade de serviços”.

Como definem Lovelock e Wright (2002, p. 106), “a qualidade do serviço e a

satisfação do cliente sejam conceitos afins, não são exatamente a mesma coisa”. Para eles, a

percepção dos clientes sobre a qualidade do serviço está ligada a avaliações cognitivas de

longo prazo que o cliente possui da empresa em relação à entrega do serviço. Enquanto a

satisfação do cliente é considerada como curto prazo, pois se refere às reações que o cliente

tem quando o serviço que lhe foi solicitado foi prestado.

Fitzsimmons (2000) acredita que a avaliação da qualidade surge ao longo do

processo da prestação, que geralmente ocorre no encontro entre um cliente e um funcionário

de linha-de-frente. Enfatiza que a satisfação do cliente com a qualidade do serviço pode ser

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definida pela comparação da percepção do serviço prestado com a expectativa do serviço

desejado.

Logo, quando o serviço supera as expectativas, a qualidade é considerada

satisfatória, já quando o serviço não atende as expectativas, a qualidade torna-se inaceitável

pelo cliente. Ampliando esta definição, Gianesi e Corrêa (1994) acrescentam que a qualidade

é criada no momento da interação entre três elementos: expectativa entrega e percepção.

Segundo os autores, a influência da expectativa está em elucidar o que deve ser

fornecido, controlando e preparando as expectativas dos clientes. Na entrega, tem-se que

fornecer os resultados esperados em função da prática profissional, ou de comportamentos

aprendidos. E na percepção, controlar a prestação de serviço em “tempo real”, atentando-se à

percepção do cliente e fazendo os ajustes necessários. Portanto, os profissionais de contato

com o cliente precisam controlar esses elementos, e estar prontos para “compensar” o cliente

quando houver um erro ou um problema.

Corroborando com eles, a qualidade é considerada uma das portas para o sucesso. A

vantagem competitiva de uma empresa é considerada como dependente da qualidade dos bens

e dos serviços prestados, pois quando a qualidade desse serviço for inferior ao que o cliente

espera, acontece uma divergência, ou, segundo Loverlock e Wright (2002, p.107), “a lacuna

na qualidade, entre o desempenho do fornecedor de serviço e as expectativas do cliente”.

Sendo assim, Loverlock e Wright (2002, p.107) desenvolveram sete lacunas na qualidade que

resultam em insatisfação do cliente:

a) Lacuna do conhecimento: a diferença entre o que os fornecedores de serviço

acreditam que os clientes esperam e as necessidades e expectativas reais dos

clientes.

b)Lacuna nos padrões: a diferença entre as percepções da administração sobre as

expectativas do cliente e os padrões de qualidade estabelecidos para a entrega do

serviço.

c) Lacuna na entrega: a diferença entre padrões de entrega especificados e o

desempenho real do fornecedor de serviço.

d) Lacuna nas comunicações internas: a diferença entre aquilo que o pessoal de

propaganda e vendas julga que são as características do produto, desempenho e

nível de qualidade do serviço e aquilo que a companhia realmente é capaz de

entregar.

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e) Lacuna nas percepções: a diferença entre aquilo que é realmente entregue e aquilo

que os clientes percebem ter recebido (porque são incapazes de avaliar

acuradamente a qualidade do serviço).

f) Lacuna na interpretação: a diferença entre aquilo que as campanhas de

comunicação de um fornecedor de serviço realmente prometem e aquilo que um

cliente acha que foi prometido por essas comunicações.

g)Lacuna no serviço: a diferença entre o que os clientes esperam receber e suas

percepções do serviço que é realmente entregue.

Essas lacunas da qualidade podem desvalorizar as relações ou diminuir o interesse do

cliente pela empresa. A qualidade do serviço é definida pelo próprio cliente, ou seja, é uma

opinião do cliente sobre o serviço prestado. Uma maneira dá empresa fugir dessas lacunas, é

melhorando continuamente a qualidade do seu serviço prestado. Os melhores serviços são

aqueles que atendem e superam as expectativas de seus clientes.

2.4 ADMINISTRAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

De acordo com Kotler (1998), para muitos clientes, o vendedor é um representante

de sua empresa junto aos clientes e com isso obtém informações valiosas sobre seus clientes.

Os objetivos específicos devem estar bem definidos e as metas que pretendem alcançar com a

força de vendas.

O estudo da administração da força de vendas é parte fundamental desse trabalho,

caracterizado como tema central de todo o estudo envolvido, dentro deste contexto verifica-se

o planejamento, gerenciamento, o controle da força de vendas.

Enquanto Churchill (2000) ressalta que, em empresas de porte médio ou grande, a

administração de vendas fica sob responsabilidade do gerente de vendas, que geralmente faz o

recrutamento, treinamento, organização e supervisão da força de vendas. É papel do gerente

de vendas e de marketing decidir como organizar as forças de vendas.

A qualidade da força de vendas, embora indispensável, não basta. Precisamos

estabelecer os objetivos, as estratégias, tamanho da força de vendas, o recrutamento, a

seleção, o treinamento, a supervisão, a motivação e a avaliação de vendedores.

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De acordo com Chiavenato (2005, p. 133):

A força de vendas de uma empresa depende da maneira como os vendedoresestão organizados, articulados, liderados e orientados. Essa força de vendaspode ser terrivelmente incrementada para tornar-se uma verdadeira máquinade vender por meios relativamente simples e eficazes. Tudo depende desaber lidar com pessoas, tanto aquelas que devem vender como aquelas quepretendem comprar. A organização de vendas busca fazer com que a forçade vendas tenha sucesso no contato com os clientes.

Portanto, a força de vendas deve ter seu foco na venda a ponto de tornar-se, o que o

autor acima define como máquina de vender. Alem disso, é importante a forma como os

gestores dessa área conduzem suas equipes. Ou seja, a habilidade no trato com os integrantes

da força de vendas tem um papel central na condução das ações nessa área de atuação.

Sob outro ponto de vista, a força de vendas poderá auxiliar na função de informação

de mercado e de marketing, haja vista que o representante de vendas poderá obter

informações sobre as estratégias utilizadas pelos concorrentes ou até lançamentos de novos

produtos. Estes representantes são valiosos fornecedores de informações. Eles são treinados

para acolher todas as solicitações e sugestões de seus clientes e deverão reportar como um

feedback do cliente (MCCARTTHY e PERREAULT).

Para Kotler (1998, p. 603), “os vendedores representam um dos ativos mais

produtivos e caros da empresa. Aumentando seu número, aumentarão também as vendas e os

custos”. Desse modo, antes de aumentar o número de integrantes da força de vendas com

vistas a um maior faturamento deve-se considerar os custos envolvidos nesse aumento.

Portanto, com relação a administração da força de vendas, pode-se considerar que a

forma como é organizada e gerenciada leva a resultados positivos ou negativos para a

empresa. Alem disso, deve-se considerar a força de vendas como fonte de informações sobre

modificações no mercado da empresa. No entanto, não se deve desconsiderar os custos

associados a essa atividade.

2.4.1 Planejamento da Força de Vendas

Os profissionais de venda são elos de ligação importante entre a empresa e o cliente.

Para muitos de seus clientes o vendedor é o responsável pelos resultados da relação entre sua

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empresa e a empresa que ele representa. Portanto, o vendedor pode ser considerado um elo de

ligação importante entre a empresa e sua clientela. Segundo Kotler (1998), o planejamento da

força de vendas deve ser cuidadosamente desenvolvido através da seqüência abaixo.

Tabela 1: Etapas do planejamento de força de vendas

Planejamento da

força de vendas

Objetivos Estratégia Estrutura Tamanho Remuneração

Fonte: (KOTLER, 1998, p. 598)

Os objetivos da força de vendas, segundo Kotler (1998), numa organização

trabalham com diferentes objetivos de vendas, desde o menos até o mais criativo tipo de

venda, caracterizados como:

a) entregador, cuja função do vendedor é entregar o produto;

b) tirador de pedido, cuja função é trabalhar no interior da empresa;

c) missionário, tem como tarefa criar uma boa imagem da empresa ou instruir o

usuário real ou potencial;

d) técnico, é o que tem um conhecimento técnico do produto que vende;

e) gerador de demanda é o chamado vendedor, utiliza métodos criativos para efetuar

a venda;

f) solucionador de problemas, vendedor apto a resolver os problemas dos clientes.

De acordo com Kotler (1998), para se atingir os clientes certos e da maneira correta,

a força de vendas deve agir estrategicamente de algumas maneiras, como disponibilizar um

vendedor para um comprador, é basicamente o método mais tradicional; ou a colocação de um

vendedor para um grupo de compradores, ou disponibilizar um vendedor por região. Quando

um vendedor atinge o maior número possível de compradores, formando blocos ou grupos;

através de equipe de vendas para grupo de compradores; reunião de vendas, constitui-se uma

estratégia realizada através de encontros entre profissionais da empresa vendedora e de

clientes potenciais, para debater problemas ou oportunidades; além de encontros mensais ou

semestrais, onde ocorre reuniões proporcionado pela empresa vendedora para os clientes, com

a finalidade de apresentar as tendências de mercado.

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Quanto às estratégias, Kotler (1998) afirma que as empresas concorrem entre si para

obter pedidos dos clientes. Por isso, as suas forças de venda devem agir de forma estratégica

para que cheguem aos clientes certos, no momento correto e de maneira certa.

Seguindo com o planejamento da força de vendas, Kotler (1998) coloca que as

estratégias da força de vendas podem implicar em sua estrutura. Se a empresa vende muitos

produtos a diferentes clientes, pode necessitar de uma força de vendas estruturadas por

produto ou mercado.

As estruturas mais comuns são:

a) Por território: um vendedor é designado em um território exclusivo para

representar toda a linha de produtos da empresa. Por ser a única pessoa que

trabalha em um determinado território, fica mais fácil saber se o vendedor está

atingindo os objetivos da empresa, pois ele receberá os elogios ou as reclamações.

As despesas com viagens são relativamente pequenas, uma vez que cada vendedor

viaja dentro de uma determinada área geográfica.

b) Por produto; existe a importância do vendedor conhecer bem o seu produto,

somado ao desenvolvimento de divisões e gerências de produto, muitas empresa

estão optando pela estruturação da força de vendas por linhas produtos.

c) Por mercado: concentram suas forças por setores ou por linhas de clientes. Possui

a vantagem da especialização e profundo conhecimento sobre as necessidades de

seus clientes. Por outro lado, existe a desvantagem de se ter clientes espalhados

por todo o país.

d) Estruturas complexas: ocorre quando vende uma ampla variedade de produtos

para vários clientes dispersos pelo território, normalmente, combina diversos tipos

de estruturas.

Cobra (1992) aborda sobre a estruturação da força de vendas de outra maneira, onde

afirma duas prerrogativas básicas para atender a estrutura: A primeira refere-se sobre a força

de vendas direta, onde a empresa utiliza vendedores próprios com exclusividade. E a segunda,

refere-se à força de vendas indireta, utilizando vendedores dos seus representantes ou

distribuidores, ou ainda os vendedores autônomos.

Cobra (1992) ainda esclarece as vantagens de se adotar representantes de vendas,

como a ausência de custos fixos com encargos sociais, onde a remuneração é baseada

exclusivamente em comissões; quando ocorre a venda de produtos sazonal, os custos são

variáveis de acordo com as vendas. A vantagem de se ter uma equipe própria de vendas,

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ocorre quando o vendedor faz vendas a grandes clientes, neste caso, a equipe própria de

vendas tende a ser mais barata, pois terá sempre uma comissão fixa sobre as vendas, são mais

facilmente controlados e motivados, além de em alguns casos, dependendo da região ou

produto, pode ocorrer à escassez de representante.

Las Casas (2002) relata que para se fazer à contratação de uma equipe de vendas, é

preciso saber a quantidade de profissionais que deve atender a demanda, para isso levará em

conta a previsão de vendas, as expectativas de mudanças da força de vendas e a programação

de marketing, utilizando os métodos de cálculo da carga de visitação, que se dá em agrupar os

clientes potenciais de acordo com o potencial de compra e determina qual a freqüência de

compra para então chegar ao número de visitas necessárias, e outro método são calcular a

duração da visita, ambos com a mesma finalidade, de chegar à quantidade de vendedores

ideal.

Cobra (1994) além de mencionar as especificações colocadas acima por Las Casas

(2002), acrescenta que a gerencia de vendas deve considerar alguns fatores-chave na

formação do tamanho da força de vendas, como os custos de vendas, a penetração de

mercado, e os custos de fabricação que variam com o volume de vendas. É desejável que as

empresas realizem constantemente uma avaliação simultânea das oportunidades de mercado e

das suas restrições, para chegar a uma decisão ótima acerca do tamanho e orçamento da força

de vendas (COBRA, 1994).

Na visão de Kotler (2000) o tamanho da força de vendas é tratado juntamente com a

remuneração, refere-se à força de vendas como um dos patrimônios mais produtivos e caros

da empresa, para tal o tamanho da mesma pode ser definido através das seguintes etapas:

1. Os clientes são agrupados por tamanho, de acordo com o volume anual de vendas.2. O número anual de visitas (freqüência) desejável para cada conta é estabelecido para cada classe.3. O número de contas em cada grupo classificado por tamanho é multiplicado pela

freqüência de visitas correspondente para se obter à carga de trabalho total para opaís, em visitas de vendas por ano.

4. Determina-se o número médio de visitas por ano que um vendedor pode fazer.5. Determina-se o número de vendedores necessário dividindo-se o número total de

visitas anuais exigidas pela média anual de visitas feitas por um vendedor.

Quadro 2: O tamanho e a remuneração da força de vendas Fonte: Kotler (2000, p. 643) - Adaptado

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Para tanto, Kotler (2000) afirma que as empresas devem determinar um preço de

mercado para o tipo de trabalho e as habilidades requeridas. Os componentes básicos para

compor a remuneração constituem-se de uma quantia fixa, uma quantia variável, ajuda de

custo e benefícios.

Para Las Casas (2002), à remuneração da força de vendas, com a preocupação de

estar direcionada de acordo com o planejamento de marketing, de maneira que os esforços

para venda de determinado produto sejam uniformes, num único sentido, e também em

conformidade com o plano de remuneração, visto que o vendedor falará bem ou mal da

empresa, em consonância com aquilo que ele recebe, e isto afeta claramente a imagem da

mesma frente ao mercado.

Para Las Casas (2002), existem alguns requisitos que devem incorporar um plano de

remuneração consistente, inicialmente deve atrair bons vendedores, que possam ser mantidos

e desenvolvidos profissionalmente, com custos dentro dos padrões aceitáveis pela empresa,

além de permitir a gerência um certo controle, exercer a função de fator motivacional e

apresentar-se dentro dos objetivos da mesma, determinantes assim como fatores internos.

Kotler (2000) que a seleção dos vendedores é um fator crucial para se ter uma força

de venda bem-sucedida.

A seleção de vendedores seria simples se conhecêssemos os atributos a serem

procurados. Precisamos de vendedores que conheçam o produto, seja honesto e confiável e

que seja prestativo.

Las Casas (2002) se refere à remuneração da força de vendas, com a preocupação de

estar direcionada de acordo com o planejamento de marketing, de maneira que os esforços

para venda de determinado produto sejam uniformes, num único sentido, e também em

conformidade com o plano de remuneração, visto que o vendedor falará bem ou mal da

empresa, em consonância com aquilo que ele recebe, e isto afeta claramente a imagem da

mesma frente ao mercado.

Para Las Casas (2002), existem alguns requisitos que devem incorporar um plano de

remuneração consistente, inicialmente deve atrair bons vendedores, que possam ser mantidos

e desenvolvidos profissionalmente, com custos dentro dos padrões aceitáveis pela empresa,

além de permitir a gerência um certo controle, exercer a função de fator motivacional e

apresentar-se dentro dos objetivos da mesma, determinantes assim como fatores internos. Ao

considerar os fatores externos, conhecer a base de remuneração dos principais concorrentes é

um ponto chave para a elaboração do plano.

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Antes de se contratar vendedores, a em presa precisa definir o tipo de plano de

remuneração: salário fixo, somente comissão e combinação de salário mais comissão.

O plano de salário fixo assegura um rendimento dos vendedores, fazem com que

tenha mais disposição para executar a tarefa. Planos de somente comissão atraem vendedores

de alto desempenho e dão maior motivação e necessitam de menos supervisão, pois eles

controlam os custos de vendas. Plano combinado conforme Kotler (2000) destaca, eles

oferecem os benefícios de ambas as modalidades e reduzem suas desvantagens.

2.4.2 Gerenciamento da Força de Vendas

Após definir as etapas do planejamento de vendas, expõem-se as etapas de

gerenciamento da força de vendas, de acordo com a seqüência proposta por Kotler (2000),

tem-se o recrutamento, a seleção, o treinamento, a supervisão, a motivação e a avaliação de

vendedores.

Tabela 2 - Gerenciamento da força de vendas

Gerenciamento da

força de vendas

Recrutamento

e seleção dos

vendedores

Treinamento

dos vendedores

Supervisão dos

vendedores

Motivação dos

vendedores

Avaliação dos

vendedores

Fonte: Kotler (2000, p. 645)

Na opinião de Kotler (2000), indicar vendedores poderia ser simples se as

características desejadas fossem conhecidas. Uma saída seria perguntar aos clientes que tipo

de vendedores eles preferem, na maioria das vezes eles dizem que preferem vendedores

honestos, confiáveis, prestativos e com conhecimento do produto.

Milkovich (2000, p. 162), afirma que “Recrutamento é o processo de identificação e

atração de um grupo de candidatos, entre os quais serão escolhidos alguns para

posteriormente serem contratados para o emprego”.

O recrutamento diz respeito às qualificações dos empregados bem como à

diversidade do quadro funcional. O recrutamento além de ser importante para a organização é

também um processo de comunicação bilateral. Os candidatos necessitam de informações

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claras sobre como será trabalhar nessa empresa e quais as atividades que irá desenvolver. Por

outro lado, a empresa deseja saber qual o perfil deste candidato, caso venha a ser contratado.

O recrutamento é a maneira pela qual a organização atrai candidatos para concorrer a vagas

disponíveis. O recrutamento de pessoal é uma atividade para informar ao mercado de

candidatos que a empresa possui naquele momento, cargos que deverão ser preenchidos.

Enquanto Lacombe (2003, p. 244), relata que “recrutamento abrange o conjunto de

práticas e processos usados para atrair candidatos para as vagas existentes ou potenciais. Ele

deve ser efetuado em unidade centralizada e é uma atividade permanente, sendo apenas

intensificada nas ocasiões em que existem vagas”.

A seleção de vendedores eficazes é o ponto essencial de uma operação de vendas. A

diferença de desempenho de um vendedor para o outro, pode ser considerável. Vale a pena

salientar, que quando um vendedor deixa uma empresa, os custos envolvidos com

recrutamento, seleção e treinamento de um substituto, mais os custos das vendas perdidas,

podem ser muito elevados (Kotler, 1998). Recrutamento e seleção da força de vendas se

constituem de uma força de vendas bem sucedida, pois a diferença de se ter um vendedor

médio poderá ser muito significativa. A rotatividade de vendedores gera um alto custo para a

empresa, pois há um grande desperdício na contratação de vendedores errados. Ressalta-se

que uma força de vendas com vários profissionais inexperientes é menos rentável. Depois de

definida a seleção, temos o recrutamento que poderá ser realizado de várias formas, como

através de vendedores atuais, agencias de empregos, colocação de anúncios em jornais, rádios

e contatos com universidades. Apesar de que poucos alunos decidem optar pela carreira de

vendedor, pois acham que: “Venda é uma tarefa, não uma profissão” e “Não dá segurança de

emprego e exige muita viagem”. (KOTLER, 1998, p. 605).

Dois fatores são observáveis em muitas vendas. O primeiro é que situaçõesde venda são, tanto para o cliente quanto para o vendedor, relações sociaisartificiais. O segundo é que as coisas que são importantes para o cliente, nemsempre são consideradas importantes do ponto de vista do vendedor,particularmente se esse não passou por um treinamento e vendas, assimsendo, o resultado disso pode ser um conflito em relações às prioridades decada um. (COBRA, 1994, p. 285).

Já para Las Casas (2002, p. 87), o gerente de vendas deve executar o seu trabalho

através de outras pessoas, “o que somente será possível se contar com uma equipe capacitada

e motivada”. O elo entre as empresas e seus clientes é através dos vendedores. Por isso, o

recrutamento e a seleção são atividades relevantes para a formação de uma equipe de vendas

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eficiente, que possa representar com dignidade e competência a empresa contratante. O

processo de contratação é bastante variável, pois uma empresa pequena faz a contratação

diferente de uma média ou grande empresa.

Cobra (1992, p. 572), relata que os vendedores precisam ser recrutados,

selecionados, treinados, alocados em territórios de vendas, remunerados e avaliados. Essas

são tarefas atribuídas a gerentes de vendas de filiais, regionais e supervisores de primeira

linha.

Enquanto Cobra (1997) destaca que a força de vendas adequada tem início no tratado

do perfil adequado do vendedor e deve passar por um processo de recrutamento. O gerente de

vendas de filiais, regionais e supervisores de primeira linha, devem selecionar, treinar,

remunerar e avaliar seus vendedores.

Passando para o treinamento da força de vendas, Las Casas (2002), considera como

forma de otimização dos investimentos na área. Para a empresa, o grupo de vendedores bem

treinados, aumentará o resultado de vendas e o percentual do faturamento.

“O treinamento é um processo educacional através do qual as pessoas aprendem

conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de seu cargo” (CHIAVENATTO,

1990, p.123).

No ponto de vista de Kotler (1998), acredita que se o vendedor não tiver um

treinamento adequado, suas perspectivas de venda acabam não dando certo. Vale a pena

salientar que os clientes de hoje estão lidando com muitos fornecedores, por isso não podem

tolerar vendedores acanhados ou inexperientes. Os novos vendedores devem conhecer

profundamente seus produtos, oferecendo idéias para melhorar sua operação e torná-los mais

eficientes.

Milkovich (2000, p. 338), relata que “treinamento é um processo sistemático para

promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes que resultem em uma

melhoria da adequação entre as características dos empregados e as exigências dos papéis

funcionais”.

Enfim, o treinamento tem como objetivo principal preparar pessoas. “O treinamento

envolve a transmissão de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a

aspectos da tarefa e do ambiente, e desenvolvimento de habilidades" (CHIAVENATTO,

2002, p.495).

Quanto à supervisão, Kotler (1998) diz que os novos vendedores recebem um pacote

de remuneração, treinamento e supervisão. Todas as pessoas que trabalham para alguém são

supervisionadas. Normalmente, os vendedores que recebem praticamente por comissão, são

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menos supervisionados dos que os que não recebem. Alguns vendedores costumam dar o

melhor de si, sem que a administração reforce seu treinamento. Para eles, vender é tudo. É o

trabalho mais gratificante do mundo. Por serem ambiciosos, são esforçados e tem iniciativa

própria, mas mesmo assim alguns deles precisam de encorajamento e incentivo especial,

como afirma Kotler (1998).

O trabalho de campo é freqüentemente frustrante. Os vendedores usualmentetrabalham sozinhos, seus horários são irregulares e estão quase sempre forade casa. Eles se defrontam com vendedores agressivos, competitivos, têmum status inferior em relação ao comprador, e geral não têm autoridade parafazer o que é necessário para conquistar uma conta e, algumas vezes, perdemgrandes pedidos que trabalharam muito para obter. (KOTLER, 2000, p. 649).

Concluindo o gerenciamento da força de vendas, Kotler (1998), ressalta que bons

impulsionadores exigem bom feedback, o que significa obter relatórios regulares dos

vendedores para avaliar seus desempenhos. Existem várias maneiras de se obter informações

sobre seus vendedores. A fonte mais importante são os relatórios de vendas. Informações

adicionais são obtidas através de observação pessoal, reclamações de clientes e conversas com

outros vendedores.

O plano de atividades dos vendedores, segundo Kotler (1998), é apresentando com

antecedência para uma semana ou um mês. O plano descreve as visitas e as rotas

programadas. Este relatório leva a força de vendas a planejar melhor suas atividades e

informar a administração sobre suas visitas e fornecer um relatório para comparar seus planos

e realizações. Os vendedores também preenchem as despesas, novos negócios e negócios

perdidos. Esses relatórios resultam em um material de dados brutos, onde geram uma fonte

importante para a avaliação dos profissionais, tais como, número médio de visitas diárias por

vendedor, custo médio por visita, porcentagem de pedidos por visitas, entre outros, resultando

em uma avaliação completa.

Na definição de Kotler (2000), a gerência de vendas obtém informações sobre seus

vendedores de várias maneiras. O relatório de vendas é um deles e é considerada a fonte mais

importante. Informações adicionais podem ser adquiridas através de pesquisa de satisfação de

s11eus clientes, relatórios de reclamação ou conversa com outros vendedores, pois de acordo

com Kotler (2000, p. 651), “relatórios de vendas são divididos em planejamento de atividades

e relatórios de resultados das atividades. O melhor exemplo do primeiro tipo é o plano de

trabalho dos vendedores, que eles enviam com uma semana ou um mês de antecedência. O

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plano descreve visitas e itinerários planejados”. Através desses relatórios os vendedores serão

obrigados a planejar e programar suas atividades. Sendo assim, os gerentes serão informados

e poderão comparar os resultados de seus vendedores, bem como, suas habilidades e

capacidade de planejar suas tarefas.

��� MODELO DE PLANOS DE VENDAS

Para se preparar um cronograma de atividades, devem-se determinar os aspectos

mais operacionais e quantificáveis para a execução do programa de vendas. Podem-se

estabelecer quotas de vendas, freqüência de visitas e objetivos de cada visita aos diferentes

clientes (LAS CASAS, 2002).

Providência 1

Compilação de dados:

Providência 2

Percepção e estudos dosfatores que possam reduzir aeficiência e o crescimentofuturo da empresa:- pontos fortes e fracos da empresa- ameaças e oportunidades no ambiente- potencial de mercado- potencial de vendas

Providência 3

Formulação das suposiçõesfundamentais:- previsão de vendas- orçamento

Providência 4

Estipulação dos objetivos emetas- objetivos- metas

Providência 5

Determinação das atividadesque precisam ser exercidaspara alcançar os objetivos:- a quem vender?- o que vender?- método de vendas

Providência 6

Preparo de um cronogramadestas atividades:- contato a serem feitos- freqüência de visita- objetivo da visita- quotas- territórios - rotas- orçamentos

Quadro 3 – Etapas de planejamento de vendas. Fonte: Las Casas (2002, p. 66).

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Existem algumas formas de planejar diferente, em virtude do tipo de negócio que a

empresa atua ou os recursos e condições de que dispõe, entre outros fatores.

Quadro 3.1 - Plano de ação Fonte: Las Casas (2001, p. 115).

Las casas (2001) apresenta um modelo de plano de ação, o qual possibilita a

organização das atividades, definindo o período em que determinada parte do plano será

realizada, quem é o responsável e inclusive o custo da atividade específica, considerando

também como um plano operacional, o que habilitará a controlar e dar coerência a todas as

atividades necessárias para o alcance dos objetivos visados. Conforme quadro 2.2, acima:

Oliveira (1999, p. 231) afirma que os planos de ação se preocupam com a

concentração das especialidades como recursos humanos, tecnologia, marketing, etc.,

identificadas por meio de atividades de cada projeto. Para se estabelecer um plano de ação,

Oliveira (1999) utiliza-se de um formulário, conforme especificado abaixo:

PLANOS Estabelecimentos de Plano de Ação Data N°

Projeto:

ATIVIDADES PLANO DE AÇÃO

ASSUNTOS ÁREA/GRUPO

Quadro 3.2 - Formulário de estabelecimento de plano de ação Fonte: Oliveira (1999, p. 236).

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

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Segundo Oliveira (1999), com o intento de relacionar os projetos identificados e as

atividades do mesmo, o plano de ação junta todas as atividades por assunto básico da empresa

(correlacionados aos fatores e subfatores internos e externos estabelecidos na estratégia), e

identificar os grupos ou áreas responsáveis pelo assunto.

De acordo com Cobra (1995) a venda é um dos principais, ou o principal objetivo

dentro de um planejamento. Saber a quem vender, quanto, onde e quando são algumas

interrogações que norteiam a elaboração de plano de vendas. Traçar ações táticas que

viabilizem o custo de venda e sua aceitação por cliente é à base do plano.

Para isso, Cobra (1995). p. 198) estabelece que deve constar no plano de vendas uma

análise de vendas por vendedor e localidade, para cada tipo de cliente a ser atingido, bem

como os serviços a clientes necessários, as ações táticas para vender a esses clientes e ainda o

custo estimado de treinamento de vendedores e de clientes, o custo total de vendas e os

resultados qualitativos esperados, de acordo com o quadro 03.

Localidade

Vendedor

Tipo de

cliente

Meta de vendas

por produto

Serviços a

clientes

Ações táticas

de vendas

Custo

estimado

treinamento /

vendedores/

clientes

Custo

total

Resultados

qualitativos

esperados

Quadro 4 - Subplano de vendasFonte: Cobra (1995, p. 198).

Cobra (1994) diz que após identificar a relação produto/segmento de mercado,

através da análise da matriz, a gerência de vendas terá dados suficientes para identificar os

principais problemas de cada linha de produtos nos diversos segmentos de mercado.

Portanto, a empresa deve ter um planejamento de vendas formal, pois com isto ela

terá dados para analisar melhor seu plano de vendas e organizar suas atividades. Para tanto, a

fundamentação teórica apresentada, neste capítulo, permite entender as variáveis associadas

ao planejamento da área de vendas. Na seqüência, apresenta-se a descrição do método para

posteriormente analisar o caso em estudo.

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3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Neste capítulo apresenta-se o método utilizado para a obtenção dos dados e

informações necessárias para sustentar o estudo. A base principal consistirá em um estudo de

aplicação de um modelo. De acordo com Lakatos (1994, p. 83), “o método é um conjunto de

atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o

objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando caminho a ser seguido, detectando

erros e auxiliando as decisões do cientista”.

A base principal consiste em um estudo de aplicação de um modelo. Portanto, foram

feitos levantamentos de dados junto aos clientes e gestores da empresa. Para a obtenção de

dados e informações foram realizadas pesquisa exploratória e descritiva, sendo que, na

seqüência, apresenta-se uma análise qualitativa e quantitativa dos dados e informações

coletadas para, na seqüência, apresentar o plano da força de vendas.

De acordo com Gil (1999, p. 43):

As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver,esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação deproblemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.De todos os tipos de pesquisas, são estas as que apresentam menor rigidez noplanejamento.

Para Oliveira (2000, p. 128) “a pesquisa descritiva tem por finalidade observar

registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo”. Neste

tipo de pesquisa não há interferência do investigador, que procura apenas descobrir, a

freqüência com que o fenômeno acontece.

Os dados foram coletados através de dois levantamentos. No primeiro, foi realizado

uma pesquisa junto aos 25 principais clientes da Cebra, com o intuito de obter a percepção

destes em relação aos produtos, serviços e atuação da área de vendas da empresa. O

levantamento junto aos clientes da Cebra foi de natureza quantitativa, e realizou-se com os 25

principais clientes da empresa, por meio de questionário. O questionário foi elaborado a partir

da pesquisa bibliográfica constante na fundamentação teórica (Apêndice A).

No segundo levantamento, foi realizado entrevista com os gestores da empresa, pois

estes possuem um alto contato com o cliente e participam das tomadas de decisões

relacionadas à satisfação desses clientes. Para realização das entrevistas utilizou-se um roteiro

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com 5 questões fechadas, que foram elaboradas de acordo com o composto mercadológico de

marketing de serviços, dimensões da qualidade e administração da força de vendas. Nas

entrevistas foram identificados os 25 principais clientes da empresa, população da outra

pesquisa realizada. As entrevistas foram realizadas entre os dias 15 e 16 de março

pessoalmente, na presença do entrevistado e do entrevistador, acompanhadas por um roteiro

(Apêndice B).

Mattar (2001) destaca que entrevista é um método caracterizado pela existência de

uma pessoa, que fará perguntas e anotará as respostas do pesquisado. A pesquisa pode ser

realizada pessoalmente ou por telefone, individualmente ou em grupos.

A pesquisa caracteriza-se, também, como descritiva. Busca informações que

permitam analisar o fenômeno em estudo e aplicar o modelo de plano para a força de vendas

da empresa. Uma das características que a pesquisa descritiva salienta é o objetivo de estudar

as características de um grupo, observando seus problemas, bem como, as vantagens que este

incremento trará para a Cebra. Sendo que o produto final da pesquisa descritiva foi o modelo

de um plano para a força de vendas da empresa.

Quanto à forma de aplicação do método utilizado, Mattar (2001) aponta que à forma

de aplicação da pesquisa descritiva compreende: entrevistas e questionários. Para Lakatos

(1991) a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha

informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de caráter

profissional. Este procedimento é utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou

para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

Na ótica de Lakatos (1991) questionário é um instrumento de coleta de dados

constituída por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem

a presença do entrevistador. Já Cervo e Bervian (1996) questionário é a forma mais usada

para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. E geralmente,

a palavra questionário, refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula

que o próprio informante preenche.

Depois de ter definido a população, foi preciso pensar sobre a coleta de dados.

Mattar (2001) afirma que em pesquisa de marketing são classificados em dois grupos:

primários e secundários. Os dados da presente pesquisa serão obtidos através de levantamento

primário.

De acordo com Mattar (2001), dados primários são aqueles que não foram antes

coletados, estando ainda em posse dos pesquisadores, e que são coletados com o propósito de

atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento.

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Os dados foram tabulados, e a apresentação destes foram feitas por meio de gráficos,

para que haja uma melhor visualização dos resultados. Com relação à entrevista, foram

descritas e analisadas de forma textual.

Pelo fato de a acadêmica já trabalhar no departamento de vendas da empresa, a coleta

de dados com seus clientes e com os gestores da empresa e principalmente com seu

supervisor de campo Alexandre D´Ávila da Cunha – gerente comercial da empresa Cebra, foi

facilitada.

3.1 PROCEDIMENTO DE REALIZAÇÃO DO PLANO

Este trabalho fundamentou-se com o objetivo de elaborar um plano de ação para

força de vendas da empresa Cebra Ltda., visando redefinir suas atuais práticas e possibilitar

um crescimento sustentável. Sendo assim, optou-se pelo modelo apresentado por Kotler

(1998), conforme apresentado abaixo:

Tabela 3: Etapas do planejamento de força de vendas.

Planejamento da

força de vendas

Objetivos Estratégia Estrutura Tamanho Remuneração

Fonte: Kotler (1998, p. 598)

Para a aplicação desse modelo especificamente na Cebra, as formas de

preenchimento foram feitas do seguinte modo:

Os objetivos foram estabelecidos de acordo com as informações coletadas dos

gestores e clientes da empresa.

As estratégias foram criadas para que os objetivos propostos sejam alcançados e

terão sustentação na análise realizada para a definição dos objetivos.

A estrutura utilizada foram definida a partir dos objetivos e das estratégias bem como

com base no levantamento bibliográfico.

O tamanho da força de vendas foi definido de acordo com a necessidade que surgir

para alcançar os objetivos, estratégias e a estrutura definida.

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A remuneração dos vendedores foi negociada com os gestores, a partir do que foi

definido nos itens anteriores.

3.2 ANÁLISE DOS DADOS

Para Mattar (2001, p. 192), a análise de dados tem como objetivo principal permitir

ao pesquisador, o estabelecimento das conclusões, a partir dos dados coletados.

Enquanto Gil (1995, p. 166), a análise tem como objetivo organizar e sumariar os

dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para

investigação.

Os dados referentes às entrevistas com os gestores foram analisados a partir da

descrição dos resultados. Descrito o que pensou os gestores faz-se a análise com base nas

respostas e na fundamentação teórica. Os dados obtidos a partir da coleta realizada junto aos

clientes serão analisados com o auxílio das ferramentas estatísticas. Serão apresentados na

forma de gráficos e analisados na seqüência.

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4 RESULTADO DA APLICAÇÃO

Após ter apresentado o objetivo, a base teórica sobre os assuntos subjacentes ao

tema, ter apresentado a descrição da metodologia apresenta-se, neste capítulo os resultados

dos levantamentos de campo e a análise dos dados e informações coletadas. Num primeiro

momento apresenta-se a empresa, objeto desse estudo, e, na seqüência, os dados e

informações coletados junto aos gestores da empresa e aos clientes.

4.1 A EMPRESA

A CEBRA – Conversores Estáticos Brasileiros Ltda é uma indústria eletrônica que

fabrica fontes de alimentação chaveadas sob encomenda. A visão da empresa é ser capaz de

fornecer os produtos que atendam as exigências do mercado mundial.

A Cebra hoje é uma das empresas mais conceituadas no ramo de conversores

estáticos. A empresa dedica-se inteiramente em desenvolver conversores de energia e fontes

de alimentação chaveadas. Os principais clientes da empresa são: clientes das áreas de

Automação Bancária, Automação Industrial, Telecomunicações, Automação Comercial e

Projetos especiais.

Os trabalhos são conduzidos por profissionais altamente qualificados na área de

eletrônica de potência, que sabem a importância de desenvolver produtos que mantenham a

qualidade e a confiabilidade dos equipamentos de seus clientes.

Com a missão de ser uma empresa que tem como alvo principal atuar de forma

confiável, na área de eletrônica de potência, desenvolvendo soluções para a conversão de

energia elétrica. A empresa tem como negócio prover soluções personalizadas de conversores

estáticos para condicionamento de energia elétrica. A Cebra acredita que os valores da

empresa são, ser lucrativa, sustentável e confiável, trabalhar com honestidade e correção,

atuar para melhoria da eficiência e eficácia do processo, ter bom clima organizacional,

estimular a capacitação e busca do conhecimento, estimular a prática de ações saudáveis,

participar das ações do meio empresarial e da própria sociedade em que está inserida, uso

responsável dos recursos naturais e ter compromisso com as tarefas a serem realizadas. A

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Cebra mantém Certificação ISO9001, desde agosto de 1999, um sistema da qualidade

certificado pela norma de qualidade ISO9001. Como em qualquer sistema, todos os

colaboradores são responsáveis pela sua manutenção. Portanto, será exigido que os

procedimentos estabelecidos sejam rigorosamente respeitados e executados. Todas as

sugestões que venham a melhorar e simplificar os procedimentos existentes serão sempre bem

vindas. Um sistema da qualidade só funciona bem se há melhoria contínua no mesmo. Possui

uma política da qualidade que norteia todas as ações da empresa neste aspecto. O correto

entendimento desta política por parte de todos os colaboradores será essencial para o bom

andamento das atividades de toda a ordem.

A empresa mantém uma política da qualidade que norteia todas as ações da empresa

neste aspecto. O correto entendimento desta política por parte de todos os colaboradores é

essencial para o bom andamento das atividades de toda a ordem. Assegurar o fornecimento

de conversores de acordo com as especificações, melhorando continuamente o sistema de

gestão da qualidade, a fim de atingir os seguintes objetivos: Satisfação dos clientes, Satisfação

dos acionistas, Satisfação dos colaboradores.

A Cebra defende o uso adequado dos recursos naturais e, portanto prega que seus

colaboradores zelem pelo meio ambiente. Ações como a conservação de energia elétrica e de

água são estimuladas em todos os setores.

A empresa mantém uma comissão interna de prevenção de acidentes conforme

estabelecido em lei. Os membros da CIPA são responsáveis pelas ações de prevenção de

acidentes e orientação para a correta utilização dos equipamentos de proteção individuais

(EPI’s). Os EPI’s são fornecidos pela empresa, gratuitamente, e são de uso obrigatório. A não

utilização dos EPI’s é considerada falta grave, passível de advertência. Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa.

O processo de vendas atual da empresa Cebra é realizado de forma acomodada, ou

seja, normalmente a empresa não faz a venda, gera o pedido. Na maioria das vezes o primeiro

contato é realizado através do cliente e não da Cebra. Após isso, é que o setor de vendas

juntamente com a engenharia de desenvolvimento analisa os dados fornecidos e, por sua vez,

faz uma análise mais minuciosa com a área comercial e através deste levantamento,

desenvolve-se um novo projeto ou modifica-se um produto já existente. Quando verifica-se a

necessidade de desenvolvimento de um novo projeto, fazemos um levantamento preliminar

dos custos e após aprovação do cliente, o gerente comercial faz uma visita à empresa

solicitante para confirmar as características técnicas informadas. Após esta análise, constatou-

se a necessidade de se ter um vendedor externo ou representante comercial.

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A empresa avalia a qualidade de satisfação de seus produtos e serviços oferecidos

através de pesquisa de satisfação dos clientes feita anualmente. Esta pesquisa é feita através

de um questionário de avaliação de satisfação dos clientes e enviada pelo Coordenador da

Qualidade, a todos os clientes que tenham comprado o valor mínimo de R$ 2.000,00 e tenham

recebido da Cebra no mínimo duas notas fiscais. A Cebra possui um nível satisfatório no

quesito qualidade, buscando sempre melhoria contínua na satisfação de seus clientes. Hoje o

percentual de satisfação dos clientes está no nível de 82,83 e a meta da empresa é chegar aos

85%, isto é algo que a empresa preza muito.

Essas empresas são favorecidas por clientes bastante satisfeitos trazendo-lhes

inúmeros benefícios, pois esses clientes não ficam tão suscetíveis com a alteração dos preços

ficando cliente por muito mais tempo, e indicando a empresa para amigos e familiares.

Quanto à qualidade do atendimento dos colaboradores, a empresa não possui uma

área de RH, mas o próprio coordenador da qualidade aplica um questionário de satisfação de

seus colaboradores feito anualmente e é responsável por avaliar e medir a satisfação dos

funcionários. São realizadas reuniões mensais com os colaboradores da empresa que fazem

parte do conselho da qualidade, onde são analisados os índices e os mesmos são publicados

nas reuniões da qualidade e divulgados no mural da empresa.

As empresas devem oferecer aos seus clientes ganhos sem aborrecimento, preço de

valor sem exigir sacrifícios indevidos. E, então, incrementar o negócio com vantagens

inesperadas.

A Cebra com o objetivo de aumentar a satisfação de seus gestores e colaboradores

possui hoje instalações físicas adequadas, ambiente climatizado em todos os setores, salas de

reunião e refeitório próprio.

Quanto à motivação e treinamento dos colaboradores é feita pelos gerentes dos

setores. A empresa incentiva os colaboradores a fazerem cursos de aperfeiçoamento,

profissionalização, graduação e pós-graduação, disponibilizando bolsas de até 50%, desde que

seja dentro de sua área.

A aparência física dos colaboradores é exigida pela empresa e controlada pelos

gerentes de cada setor, onde é obrigatório o uso de uniformes, crachás e é proibido fumar

dentro da empresa.

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4.2 RESULTADOS DA PESQUISA JUNTO AOS GESTORES

Segundo os gestores, a Cebra entrou no mercado de fontes chaveadas, por terem em

seus empreendedores, formação técnica na área. Quanto ao processo de negociação a

participação da maioria dos gestores poderá ocorrer em mais de uma fase. Em se tratando de

se atender as necessidades e expectativas de seus clientes, eles acham que os produtos e

serviços oferecidos pela empresa, quase sempre atendem as necessidades e expectativas. Para

eles, o principal diferencial da Cebra, está na qualidade técnica e no atendimento ao cliente.

Em se tratando da concorrência, houve uma divergência, pois três deles acham que são

empresas brasileiras os maiores concorrentes e apenas o diretor geral, que tem maior contato

com os clientes, acha que os maiores concorrentes estão instalados fora do Brasil e afirma que

“as empresas estrangeiras fornecem produtos certificados que atendem as exigências do

mercado nacional e por preços bem menores do que os que são fabricados pela Cebra”

(Diretor Geral).

A escolha de comprar um produto fabricado pela Cebra está na segurançaque a empresa transmite na fabricação de seus produtos e serviços oferecidosaos clientes, na equipe altamente qualificada de engenheiros com mestradona área de eletrônica de potência e na seriedade do trabalho da empresa(Diretor Industrial).

Vale a pena salientar que os clientes avaliam a qualidade de serviços baseados em

alguns critérios. De acordo com Lovelock (2002), os clientes utilizam cinco dimensões

amplas como critério na avaliação de um serviço e uma delas é a segurança, onde se refere ao

conhecimento e cortesia dos colaboradores e sua capacidade de transmitir confiança.

Na Cebra o cliente tem a garantia de que o produto será produzido com alta

tecnologia e que ele pode confiar na empresa. Até o momento não existe uma prospecção de

vendas, pois não se tem uma equipe de vendas e um plano de vendas. Hoje temos duas

pessoas na área de vendas, o Diretor Comercial e a assistente comercial. Estes colaboradores

estão diretamente envolvidos com a área de vendas, e normalmente não trazem clientes, pois a

venda é feita de forma passiva. A Cebra tem seus diferenciais na qualidade de seus produtos e

serviços oferecidos e por ter certificação (ISO 9001). Os seus produtos são sob encomenda, e

por isso são diferenciados e, além disso, a empresa possui assistência técnica permanente em

Florianópolis.

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Kotler (1999), diz que para satisfazer o cliente é preciso atender todas as suas

necessidades e expectativas em relação ao produto ou serviço prestado, adotando um sistema

de satisfação total do cliente, tornando-se uma empresa focalizada no cliente. Para tanto é

necessário identificar os desejos e necessidades dos clientes investigando o seu próprio

desempenho e assim, elevar as expectativas almejadas entregando um desempenho

equivalente a elas.

Esse fato vai ao encontro do que afirmam Boone e Kurtz (1998), as armas

estratégicas para as empresas podem ser as boas relações que mantém com seus clientes.

Assim, deve-se identificar os atuais clientes da empresa e procurar manter estreitas relações

com eles, concentrando as atenções nos melhores. Atualmente, verifica-se que os

profissionais da área de Marketing estão muito mais preocupados em manter os clientes

atuais. Um cliente perdido representa muito mais do que a perda da própria venda, a empresa

perde o lucro de todas as compras futuras, para sempre. Segundo Kotler (1998), verifica-se

que o custo para atrair um novo cliente exige um esforço maior que para manter um cliente

atual satisfeito.

4.3 RESULTADOS DA PESQUISA JUNTO AOS CLIENTES

A seguir, serão apresentados os resultados da pesquisa junto aos clientes, que foram

tabulados e analisados.

4.3.1 Cortesia no Atendimento Pessoal

Com relação à cortesia no atendimento pessoal obteve-se as seguintes percepções dos

clientes.

Para 66% dos clientes entrevistados a cortesia no atendimento pessoal é um fator

importante e 34% dos clientes entrevistados acham muito importante esta cortesia. Constata-

se que 84% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito e apenas 16% estão satisfeitos

com a cortesia no atendimento pessoal.

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3 4 %

6 6 %

0 %

0 % Mu ito im p o rta n te

Im p o rta n te

Po u coim p o rta n te

Se m im p o rtâ n cia

84%

16% 0%0%0%

M uito s at is feito

s atis feito

Ins atis feito

M uito ins atis feito

S em opinião àres peito

Gráfico 1 – Cortesia no atendimento pessoal Gráfico 2 – Cortesia no atendimento pessoal Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

Segundo Lovelock (2002), muitos serviços dependem da interação pessoal entre

clientes e os funcionários da empresa. A natureza dessas interações influencia muito as

percepções da qualidade do serviço pelo cliente. Os clientes geralmente julgarão a qualidade

do serviço que recebem em grande parte pela avaliação do atendimento das pessoas que estão

fornecendo o serviço, por isso a cortesia no atendimento pessoal é um elemento importante

para criar uma boa percepção para o cliente.

Portanto, no que se refere à cortesia no atendimento, os colaboradores da empresa

atendem os clientes sempre com atenção e presteza. A cortesia no atendimento pessoal é um

fator fundamental na avaliação da satisfação dos clientes na prestação de serviços, por isso as

organizações precisam atentar-se na preparação de seus colaboradores, para que eles possam

prestar um bom atendimento a seus clientes, e estes se sintam satisfeitos com o atendimento

da empresa.

4.3.2 Conhecimento do Produto

O conhecimento do produto foi avaliado pelo grau de importância para os clientes.

Para 100% dos clientes entrevistados o conhecimento do produto é um fator muito importante

e 100% dos clientes entrevistados estão muito satisfeitos com este conhecimento. Constata-se

que 84% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito e 16% estão satisfeitos com a

cortesia no atendimento pessoal.

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50%50%

0%

0%Mu ito im po rtan te

Im po rtan te

Poucoim po rtan te

Sem im po rtância

84%

16% 0%0%0%Mu ito s a tis fe ito

s a tis fe ito

Ins a tis fe ito

Mu ito ins a tis fe ito

Sem op in ião àres pe ito

Gráfico 3 – Conhecimento do produto Gráfico 4 – Conhecimento do produto Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

Portanto, no que se refere ao conhecimento do produto, percebe-se que é de suma

importância as empresas terem um conhecimento aprimorado de seus produtos.

4.3.3 Conhecimento das Formas de Pagamento

O conhecimento das formas de pagamento foi avaliado pelo grau de importância para

os clientes. Para 34% dos clientes entrevistados o conhecimento das formas de pagamento é

um fator muito importante enquanto 66% dos clientes entrevistados acham importante este

conhecimento.

Verifica-se que 34% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito e 50% estão

satisfeitos e apenas 16% dos clientes estão insatisfeito com o conhecimento das formas de

pagamento que a empresa oferece.

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5 0 %5 0 %

0 %

0 %Mu ito im p o rta n te

Im p o rta n te

P o u coim p o rta n te

S e m im p o rtâ n c ia

34%

50%

16%

0%

0%

M uito s at is feito

s at is fe ito

Ins at is fe ito

M uito ins atis feito

S em opin ião àres peito

Gráfico 5 – Conhecimento das formas de Gráfico 6 – Conhecimento das formas de pagamento pagamento

Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

A Cebra disponibiliza duas formas de pagamento aos seus clientes, por meio de

boletos bancários ou depósitos bancários. Todavia, quando o cliente não consegue ir ao banco

para efetuar o pagamento, ele pode renegociar o prazo de pagamento. Deste modo, as formas

de pagamento apesar de serem consideradas pouco importantes para alguns clientes, é um

fator que precisa ser avaliado com cuidado pela empresa, visto que este é um influenciador da

percepção dos clientes sobre as formas de pagamento.

As formas de pagamento que a Cebra oferece foram avaliadas pelo grau de satisfação

dos clientes.

Conforme os dados levantados com os clientes da empresa, grande parte da

insatisfação nas formas de pagamento que a empresa oferece está na falta de opções. Alguns

clientes estão insatisfeitos com a falta de conhecimento das opções que a empresa oferece e

outros estão insatisfeitos com o prazo para pagamento.

Desta forma, pode-se concluir que a insatisfação está relacionada à falta de opções de

pagamento que a empresa oferece o que ocasiona um descontentamento por parte dos clientes.

4.3.4 Qualidade e Rapidez no Retorno das Informações Solicitadas

A qualidade e rapidez no retorno das informações solicitadas foram avaliadas pelo

grau de importância para os clientes. Para 66% dos clientes entrevistados a qualidade e

rapidez no retorno das informações solicitadas é um fator muito importante e 34% dos

clientes entrevistados acham importante esta qualidade e rapidez.

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Constata-se que 50% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito, 34% estão

satisfeitos e 16% não quiseram opinar a respeito da qualidade e rapidez no retorno das

informações solicitadas.

66%

34%

0%

0%

Muito impor tante

Importante

Pouc o importante

Sem importânc ia

34%

50%

16%

0%

0%

Muito s a tis f e ito

s atis f e ito

Ins a tis f e ito

Muito ins a tis f e ito

Sem op in ião àres pe ito

Gráfico 7 – Qualidade e rapidez no retorno Gráfico 8 – Qualidade e rapidez no retorno das das informações solicitadas informações solicitadas

Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

A Cebra possui dois colaboradores treinados e comprometidos no atendimento de

seus clientes sempre com agilidade e prontidão, seja pessoalmente ou por telefone. A empresa

possui um colaborador que visita os clientes quando necessário. Quanto à rapidez no retorno

das informações solicitadas, a empresa presa muito este quesito, pois os colaboradores que

tem contato direto com o cliente, possuem uma linha telefônica direta para que o cliente não

espere muito tempo para ser atendido.

Zeithaml e Bitner (2003) afirmam que a responsabilidade é a vontade ajudar os

clientes e fornecer um serviço com motivação. Relata que é a atenção e a prontidão no trato

com solicitações, questões, reclamações, problemas e atendimento dos clientes. A

responsabilidade é comunicada aos clientes pelo tempo que eles devem esperar por ajuda, das

respostas às perguntas ou da atenção de problemas.

Portanto, as empresas necessitam de departamentos de serviço ao cliente com

equipes bem preparadas, bem como, e com um pessoal responsivo em todas as posições de

contato, para que os clientes tenham um atendimento rápido e com qualidade.

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4.3.5 Flexibilidade nas Negociações

A flexibilidade nas negociações foi avaliada pelo grau de importância para os

clientes. Para 84% dos clientes entrevistados acham que a flexibilidade nas negociações é um

fator muito importante e 16% dos clientes entrevistados acham importante esta flexibilidade

nas negociações.

Verifica-se que 16% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito, 66% estão

satisfeitos e 18% dos clientes estão insatisfeitos com a flexibilidade nas negociações.

84%

16%

0%

0%

Muito impor tan te

Impor tante

Pouc o impor tan te

Sem impor tânc ia

16%

66%

18% 0%0%

Muito s atis f e ito

s atis f e ito

Ins atis f e ito

Mu ito ins atis f e ito

Sem opin ião àres peito

Gráfico 9 – Flexibilidade nas negociações Gráfico 10 – Flexibilidade nas negociações Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

A flexibilidade é considerada fator importante nas organizações. Segundo Gianesi e

Côrrea (1994) flexibilidade significa ser capaz de mudar e adequar rapidamente a operação,

devido às necessidades dos clientes, no processo ou suprimento de recursos. Para

Fitzsimmons (2000) serviços bem-sucedidos são frutos de organizações dinâmicas que

conseguem adaptar-se a variações e mudanças na quantidade e na natureza da demanda. O

grau de adequação de um serviço depende em grande parte da flexibilidade embutida no

processo. Observa-se então, que pela alta variedade e inconstância nos processos da prestação

de serviços, a flexibilidade é um critério que necessita está inserido nas organizações de

serviços.

A empresa mantém a flexibilidade nos processos na medida do possível, quando é

algum processo é solicitado pelo cliente, a empresa procura atendê-lo de acordo com a

necessidade da conclusão destes processos. Quando são solicitados processos que não fazem

parte dos serviços rotineiros da empresa, é realizada uma avaliação por parte dos

colaboradores, que se baseia na demanda dos serviços que ele terá naquele período.

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Portanto, a flexibilidade nos processos é outro componente das dimensões da

qualidade, e é por meio destas que os clientes fazem o julgamento da qualidade dos serviços.

Sendo assim, se o serviço mostrar-se flexível com alterações que possam ocorrer, ele

apresentará um grande benefício na obtenção da qualidade, pois a adequação ao uso do cliente

será facilitada.

4.3.6 Cumprimento das Promessas Feitas

O cumprimento das promessas feitas foi avaliado pelo grau de importância para os

clientes. Para 100% dos clientes entrevistados o cumprimento das promessas feitas é um fator

muito importante, e apenas 66% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito e os outros

34% estão insatisfeitos com cumprimento das promessas feitas.

100%

0%0%0%

Muito importante

Importante

Pouco importante

Sem importância 66%0%

34%

0%

0%

Muito satisfeito

satisfeito

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sem opinião àrespeito

Gráfico 11 – Cumprimento das promessas feitas Gráfico 12 – Cumprimento das promessas feitasFonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

O cumprimento das promessas feitas está ligado à dimensão confiabilidade. De

acordo com Fitzsimmons (2000), a confiabilidade compreende a capacidade de prestar o

serviço prometido com segurança e exatidão. O desempenho de um serviço confiável é uma

expectativa do cliente e significa um serviço cumprido no prazo, sem modificações e sem

erros. Analogamente, Zeithaml e Bitner (2003) afirmam que os clientes querem fazer negócio

com empresas que mantêm suas promessas e entregam seu serviço com segurança e precisão.

Vale a pena ressaltar que todas as empresas devem ficar atentas às expectativas dos clientes

quanto à confiabilidade.

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4.3.7 Cortesia no Atendimento

A cortesia no atendimento foi avaliada pelo grau de importância para os clientes.

Para 84% dos clientes entrevistados acham que a cortesia no atendimento é um fator

importante e apenas 16% dos clientes entrevistados acham muito importante a cortesia no

atendimento pessoal.

Verifica-se que 16% dos clientes entrevistados estão satisfeitos e 84% estão muito

satisfeito com a cortesia no atendimento. Constata-se que este quadro mudou bastante depois

que contrataram um assistente comercial, pois há praticamente três anos atrás os clientes

estavam muito insatisfeitos com esta prontidão. Esta insatisfação ocorria porque só tínhamos

um colaborador na área comercial.

16%

84%

0%0%

Muito importante

Importante

Pouco importante

Sem importância

84%

16% 0%0%0%

Muito satisfeito

satisfeito

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sem opinião àrespeito

Gráfico 13 – Cortesia no atendimento Gráfico 14 – Cortesia no atendimento Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

Segundo Lovelock (2002), muitos serviços dependem da interação pessoal entre

clientes e os funcionários de uma empresa. A natureza dessas interações influencia muito as

percepções da qualidade do serviço pelo cliente. Os clientes geralmente julgarão a qualidade

do serviço que recebem em grande parte pela avaliação do atendimento das pessoas que estão

fornecendo o serviço, por isso a cortesia no atendimento pessoal é um elemento importante

para criar uma boa percepção para o cliente.

Conforme a pesquisa realizada, os colaboradores da empresa atendem os clientes

sempre com muita atenção e presteza. A empresa reforça diariamente a importância da

qualidade no atendimento ao cliente, através de emails ou por meio impresso.

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Sendo assim, a cortesia no atendimento pessoal é um fator fundamental na avaliação

da satisfação dos clientes na prestação de serviços, por isso as organizações precisam atentar-

se na preparação de seus colaboradores, para que eles possam prestar um bom atendimento a

seus clientes, para que estes se sintam satisfeitos com o atendimento da empresa.

4.3.8 Prontidão para Solucionar Eventuais Dúvidas

A prontidão para solucionar eventuais dúvidas foi avaliada pelo grau de importância

para os clientes. Para 84% dos clientes entrevistados a prontidão para solucionar eventuais

dúvidas é um fator muito importante, e apenas 16% dos clientes entrevistados acham

importante esta agilidade.

Constata-se que 66% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito com a

prontidão disponibilizada para solucionar eventuais dúvidas e os outros 34% estão satisfeitos

com esta prontidão.

84%

16%

0%

0%

Muito impor tan te

Impor tante

Pouc o impor tante

Sem importânc ia

66%

34%

0%0%0%

Muito satisfeito

satisfeito

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sem opinião àrespeito

Gráfico 15– Prontidão para solucionar Gráfico 16– Prontidão para solucionar eventuais dúvidas eventuais dúvidas Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

Na visão de Fitzsimmons (2000), a responsabilidade é a disposição para auxiliar os

clientes e fornecer o serviço prontamente. Deixar o cliente esperando, principalmente por

razões não aparentes, cria desnecessariamente uma percepção negativa da qualidade. Se

ocorre uma falha em um serviço a capacidade de recuperá-la rapidamente e com

profissionalismo pode criar muitas percepções positivas da qualidade.

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Acrescentam Gianesi e Corrêa (1994) relatam que a velocidade no atendimento

refere-se à prontidão da empresa e de seus funcionários em prestar o serviço. O tempo que o

cliente é colocado a esperar, nas diversas fases da prestação de serviço, tem duas dimensões: a

dimensão real, que se refere ao tempo físico; e a dimensão percebida, que se refere à

percepção que o cliente forma do tempo que tem a esperar. A separação dos dois conceitos é

importante, pois a redução do tempo real de espera é conseguida através de mudanças no

processo de atendimento ou através de adição capacidade, o que geralmente requer

investimentos ou aumento de custos.

A Cebra conta com profissionais experientes e com boa formação técnica e superior

para gerenciarem os setores da empresa, a fim de evitar ao máximo o repasse das dúvidas dos

clientes entre os colaboradores, e atender os problemas, reclamações e dúvidas dos clientes

prontamente.

Logo, a prontidão no trato das reclamações, dúvidas e problemas é um elemento

essencial para o cliente na prestação de um serviço, considerando que o tempo de espera por

um serviço poderá trazer uma percepção negativa para o cliente em relação à qualidade do

serviço. Portanto, as empresas necessitam de profissionais treinados e capacitados nas funções

de contato com os clientes e constata-se que a Cebra possui um atendimento com qualidade e

rapidez.

4.3.9 Qualidade no Produto

A Qualidade no produto foi avaliada pelo grau de importância para os clientes.

Para 100% dos clientes entrevistados a qualidade no produto é um fator muito importante, e

100% dos clientes entrevistados estão muito satisfeito com a qualidade no produto.

100%

0%0%0%

Muito importante

Importante

Pouco importante

Sem importância

100%

0%0%0%0%

Muito satisfeito

satisfeito

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sem opinião àrespeito

Gráfico 17– Qualidade no produto Gráfico 18– Qualidade no produto Fonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

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Portanto, no que se refere à qualidade no produto, contata-se que este quesito é

essencial, pois os clientes estão cada vez mais exigentes.

4.3.10 Qualidade nas Informações Fornecidas

A qualidade nas informações fornecidas foi avaliada pelo grau de importância para

os clientes. Para 66% dos clientes entrevistados acham que a qualidade nas informações

fornecidas é um fator muito importante e 34% dos clientes entrevistados acham importante a

qualidade nas informações fornecidas. Verifica-se que 16% dos clientes entrevistados estão

muito satisfeito e 84% estão satisfeitos com a qualidade nas informações fornecidas.

Concernente a isto, Gronroos (1993), afirma que nos dias atuais a qualidade é

freqüentemente considerada uma das chaves para o sucesso.

66%

34%

0%

0%

Muito impor tan te

Importante

Pouc o impor tan te

Sem importânc ia

16%

84%

0%0%0%

Muito satisfeito

satisfeito

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sem opinião àrespeito

Gráfico 19 – Qualidade nas informações fornecidas Gráfico 20 – Qualidade nas informações fornecidasFonte: Dados Primários (2007) Fonte: Dados Primários (2007)

Portanto, a qualidade nas informações fornecidas é um elemento importante na

formação da confiança do cliente. Este fator contribui muito para a avaliação da qualidade dos

serviços pelos clientes.

4.3.11 Prazo de Entrega

O prazo de entrega foi avaliado pelo grau de importância para os clientes. Para 100%

dos clientes entrevistados acham que o prazo de entrega é um fator muito importante.

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62

Constata-se que 34% dos clientes entrevistados estão satisfeitos com o prazo de entrega, 50%

estão insatisfeitos com o prazo e 16% estão muito insatisfeitos com o prazo de entrega.

100%

0%0%0%

Muito importante

Importante

Pouco importante

Sem importância

0%

34%

50%

16%

0% Muito satisfeito

satisfeito

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sem opinião àrespeito

Gráfico 21 - Prazo de entrega Gráfico 22 - Prazo de entrega Fonte: Dados Primários (2006) Fonte: Dados Primários (2006)

Desta forma, constata-se que houve uma insatisfação quanto ao prazo de entrega.

Percebe-se que é um elemento muito importante para os clientes, pois este fator contribui

diretamente na avaliação da pesquisa de satisfação dos clientes. Constata-se que a empresa

deverá agir fortemente para diminuir o prazo de entrega de seus produtos.

4.3.12 Maneiras que os Clientes Conheceram a Empresa Cebra Ltda

As maneiras como os clientes conheceram a empresa Cebra é composta dos

seguintes fatores: jornal, propaganda, indicações, revistas, website ou outros meios.

Verifica-se que 60% dos clientes entrevistados conheceram a empresa através de

outros meios e 40% dos clientes entrevistados conheceram a empresa através de indicações.

Observa-se que mais da metade dos clientes entrevistados conheceu a empresa Cebra por

meio de amigos, o que confirma a grande presença do conhecido marketing boca-a-boca por

parte dos clientes da empresa.

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63

0%

0%

40%

0%

0%

60%

Jornal

Propaganda

Indicações

Revistas

Website

Outros

Gráfico 23 - Maneiras que os clientes conheceram a empresa Cebra Ltda Fonte: Dados Primários (2006)

Segundo Gianesi e Corrêa (1994), uma das funções básicas do marketing em serviços

é a comunicação com os clientes, seja durante o processo ou através de publicidade e

propaganda. Esta comunicação tem papel fundamental na formação das expectativas dos

consumidores a respeito do serviço a ser prestado.

Na concepção de Lovelock (2002), os comentários e recomendações que os clientes

fazem sobre suas experiências podem ter uma influência poderosa nas decisões das outras

pessoas. Deste modo, é uma atitude realista classificar o chamado marketing boca-a-boca

como uma forma de comunicação de marketing, embora seja difícil aos profissionais de

marketing controlar este canal.

A empresa utiliza o site, folders e a rede de relacionamento dos diretores e

colaboradores, e principalmente, o chamado marketing boca-a-boca dos clientes para divulgar

seus produtos.

Deste modo, constata-se que o ambiente competitivo em que vivemos, “obriga” as

empresas a investir cada vez mais na divulgação de seus produtos. Todavia, as empresas

precisam se preocupar em honrar as promessas feitas por meio destas divulgações, pois este

fator é fundamental na formação da expectativa do cliente em relação ao seu produto e

serviço.

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4.3.13 O Que o Levou a Comprar Produtos da Empresa Cebra Ltda

Com relação aos motivos que os clientes levaram para comprarem os produtos da

Cebra obteve-se os seguintes resultados.

0%0%0%20%

5%

75%

Preço

Forma depagamento

Prazo de entrega

Equipe técnica

Localização daempresa

Referências Gráfico 24 - O que o levou a comprar produtos da empresa Cebra Ltda Fonte: Dados Primários (2007)

Os motivos que levaram os clientes a comprarem os produtos da empresa foram

analisados através das seguintes opções: preço, forma de pagamento, prazo de entrega, equipe

técnica e localização da empresa. Constata-se que 75% dos clientes entrevistados contrataram

a empresa pela referência, 20% dos clientes entrevistados contrataram a empresa pela equipe

técnica e 5% dos clientes entrevistados pela localização.

De acordo o levantamento de campo, mais da metade dos entrevistados contratou a

empresa pela referência, ou seja, contrataram a empresa pelo incentivo e indicação de outras

pessoas que utilizam ou já conhecem os produtos desta empresa. Novamente observa-se a

presença do marketing boca-a-boca, em relação aos motivos pelo qual o cliente contratou a

empresa. Zithaml e Bitner (2003) destacam que as afirmações pessoais, e algumas vezes,

impessoais feitas por outros agentes estranhos à organização são úteis aos consumidores na

indicação de como serão os serviços e influenciam os serviços pretendidos e desejados. A

comunicação boca-a-boca contém um peso particular como fonte de informação por ser

percebida como fidedigna.

Os motivos pelos quais os clientes consideram a optar pelos produtos da Cebra são:

qualidade técnica, tempo de mercado da empresa, qualidade no atendimento e boa estrutura da

empresa, os talentos humanos que a empresa possui, a tecnologia utilizada pela empresa.

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4.3.14 A Quantidade de Vezes que o Cliente entra em Contato com a Cebra Ltda

A quantidade de vezes que os clientes entram em contato com a Cebra, varia de

acordo com a quantidade de pedidos em aberto. Obtivemos os seguintes dados:

14%

55%

31%Uma vez porsemana

Uma vez por mês

Mais de uma vezpor mês

Gráfico 25 - A quantidade de vezes que o cliente entra em contato com a Cebra Ltda Fonte: Dados Primários (2007)

4.3.15 No Processo de Negociação, a sua Participação Ocorre:

Com relação ao processo de negociação, constata-se que 100% dos clientes acham

que a participação dele ocorre durante as negociações.

0%

100%

0%

No prim eiroc ontato

Durante asnegoc iaç ões

No fec ham ento doc ontrato

Gráfico 26 - No processo de negociação, a sua participação ocorre Fonte: Dados Primários (2007)

Portanto, no que se refere à negociação, constata-se que o comprador participa desde

o início até o final da compra.

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4.3.16 Você Indicaria a Empresa Cebra a um Amigo?

Com relação aos comentários que você faria sobre a Cebra.

33%

33%

34%Indic aria s emres triç ões

Indic aria c omres triç ões

Indic aria

Gráfico 27 - Você indicaria a Cebra a um amigo Fonte: Dados Primários (2007)

Constata-se que 34% dos clientes indicariam a Cebra, 33% indicariam sem restrições

e 33% indicariam com restrições. Desta forma, constata-se que parte dos clientes indicaria a

empresa com restrições, o que mostra que os clientes não estão completamente satisfeitos com

os produtos e serviços oferecidos pela empresa.

Quando o cliente sente-se muito satisfeito com os produtos da empresa, ele fará bons

comentários e indicações. Segundo Lovelock (2002) clientes altamente satisfeitos disseminam

informações positivas, e se tornam anúncio ambulante e falante para uma empresa, o que

reduz o custo de atrair novos clientes. Isso é particularmente importante para fornecedores de

serviços profissionais, porque a reputação e a comunicação verbal são fontes fundamentais

para atrair clientes novos. Os clientes satisfeitos são menos suscetíveis às ofertas dos

concorrentes.

Portanto, é necessário que as empresas atentem à satisfação dos seus clientes atuais,

pois se estes estiverem altamente satisfeitos eles farão comentários positivos sobre a empresa,

e isso ajudará a atrair novos clientes.

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4.3.17 Os Produtos Oferecidos pela Cebra Atendem as Necessidades e Expectativas dos

Clientes

Com relação aos produtos oferecidos pela Cebra, obteve-se os seguinte resultados:

50%50%

0%

0%

S em pre

Q uas e s em pre

À s vez es

Raram ente

Gráfico 28 - Os produtos oferecidos pela Cebra, atendem as necessidades e expectativas dos clientes Fonte: Dados Primários (2007)

Verifica-se que os produtos oferecidos pela Cebra, atendem 50% das necessidades e

expectativas de seus clientes e 50% dos clientes acham que quase sempre suas necessidades

e expectativas são atendidas.

Segundo Gianesi e Corrêa (1994), as necessidades dos clientes são o principal

formador de suas expectativas, já que é visando atender a estas necessidades que os clientes

procuram um serviço. Na hora de avaliar um serviço, durante ou após o processo de

fornecimento, o cliente levará em conta suas expectativas, as quais podem ser diferentes de

suas necessidades, sendo interessante enfatizarem que as expectativas dos clientes podem ser

mais ou menos exigentes que suas reais necessidades.

A necessidade e expectativa de seus clientes é algo disseminado por toda a empresa e

faz-se a conscientização de seus colaboradores. Hoje a Cebra não quer apenas satisfazer seus

clientes, ela quer impressioná-los com seus produtos, ou seja, oferecer produtos e serviços

com excelência para que as expectativas de seus clientes sejam superadas.

Portanto, atender as necessidades e expectativas dos clientes na prestação de serviço

não é tarefa fácil, pois esses dois elementos são influenciados por diversos fatores que não são

controláveis pelos profissionais de marketing de serviços.

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4.3.18 Qual o principal diferencial da Cebra

Os principais diferenciais da empresa Cebra foram analisados através das seguintes

opções: qualidade / atendimento, flexibilidade / agilidade, conhecimento técnico e preço /

forma de pagamento.

33%

0%67%

0% Q ualidade/A tendimento

F lex ibilidade/agilidade

Conhec im entotéc nic o

P reç o/form a depagam ento

Gráfico 29 - Qual o principal diferencial da Cebra Fonte: Dados Primários (2007)

Verifica-se que 67% dos clientes entrevistados apontaram que o conhecimento

técnico é o principal diferencial da Cebra e 33% dos clientes entrevistados afirmaram que o

principal diferencial da Cebra está na qualidade e no atendimento. Deste modo, constatou-se

que mais da metade dos entrevistados apontou o conhecimento técnico como o principal

diferencial da empresa, o que mostra que a empresa está realizando seus serviços voltados à

equipe técnica.

A qualidade no atendimento também é um elemento considerado diferencial para os

clientes de serviços. Na concepção de Porter (1989), uma empresa diferencia-se da

concorrência se puder ser singular em alguma coisa valiosa para os compradores. A

diferenciação pode agradar a um grupo amplo de consumidores ou a apenas um subgrupo de

compradores com necessidades particulares. Para Kotler (1998), uma das principais formas de

uma empresa prestadora de serviços diferenciar-se da concorrência é prestar serviços de alta

qualidade.

Logo, no ambiente competitivo em que vivemos é imprescindível que as empresas

tenham diferenciais, e que foquem seus produtos e serviços para isto, para que os clientes

sintam-se satisfeitos e reconheçam tal diferencial.

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4.3.19 A Cebra Cumpre o Prazo Prometido

Com relação ao cumprimento dos prazos, obteve-se as seguintes percepções.

34%

33%

33%

0%

S em pre

Q uas e s em pre

À s vez es

Raram ente

Gráfico 30 - A Cebra cumpre o prazo prometido Fonte: Dados Primários (2007)

4.3.20 Você já Comprou o Mesmo Produto ou Serviço de Outra Empresa?

Constata-se que 67% dos clientes entrevistados apontaram que já compraram o

mesmo produto de outra empresa e 33% dos clientes entrevistados afirmaram que não

compraram o mesmo produto de outra empresa.

84%

16%

0%

0%

S im

Não

Gráfico 31 - Você já comprou o mesmo produto ou serviço de outra empresa Fonte: Dados Primários (2007)

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Deste modo, constatou-se que mais da metade dos entrevistados já compraram o

mesmo produto de outra empresa e por isso teremos que investir mais em marketing e

divulgar o principal diferencial da Cebra.

4.3.21 Qual o Nome da Empresa?

Verifica-se que os clientes não estão dispostos a citar os nomes dos seus

fornecedores, pois 67% dos clientes já compraram o mesmo produto de outra empresa e 33%

ainda não compraram o mesmo produto de outra empresa, mas nenhum deles citou o da

empresa por ser confidencial.

Após ter analisado os dados obtidos junto aos gestores e aos clientes da Cebra,

propõe-se o seguinte para área de vendas da empresa.

4.4 PLANO PARA A FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA CEBRA LTDA

O plano de vendas é uma importante ferramenta para orientar as decisões relativas a

força de vendas da maioria das empresas. Isso porque, é importante que as decisões sejam

tomadas a partir de bases pensadas antes de sua implementação. Nessa parte do estudo,

apresenta-se, o plano de vendas a ser proposto para a Cebra. Documento que resultou do

levantamento realizado na literatura onde identificou-se modelos de planos de vendas e da

análise dos dados e informações coletadas junto a empresa e ao mercado de atuação da

empresa.

1) Objetivos da força de vendas e pós vendas

O objetivo que a empresa tem para a força de vendas está associado a aumentar as

suas vendas e manter seus clientes. O objetivo principal é vender dentro dos padrões que

levem a satisfação dos clientes. Portanto, a equipe de vendas deve considerar os objetivos da

empresa e seus objetivos pessoais sem desconsiderar os objetivos dos clientes. Ou seja, uma

venda bem “feita” é aquela em que a empresa, o vendedor e os clientes ficam satisfeitos.

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Além da venda os vendedores devem dar uma atenção especial a manutenção do

relacionamento com os clientes. Ou seja, a força de vendas precisa ter uma visão de resultado

de longo prazo. Considerando como prioridade o mercado brasileiro, onde são as indústrias

nos setores de telecomunicações, automação bancária, comercial, industrial, energia e

petrolífera.

A partir da análise dos dados obtidos nas pesquisas junto aos gestores e clientes

foram definidos os seguintes objetivos para a área de vendas:

Objetivo 1: Conquistar doze novos clientes no período de julho de 2007 a julho de

2009, que represente 20% do faturamento.

Objetivo 2:Manter os (60) clientes que compraram produtos da Cebra no ano de

2006.

2) Estratégias da força de vendas

Quanto às estratégias, Kotler (1998) afirma que as empresas concorrem entre si para

obter pedidos dos clientes. Por isso, as suas forças de venda devem agir de forma estratégica

para que cheguem aos clientes certos, no momento correto e de maneira certa.

Atualmente a estratégia de venda da empresa resume-se a venda interna e passiva.

Desta forma a venda é feita quando o cliente procura a empresa. Uma das estratégias da

empresa é fornecer produtos com qualidade, garantia e prestar serviço de assistência técnica

permanente em Florianópolis.

Para alcançar os objetivos apresentados acima, sugerem-se as seguintes estratégias:

Estratégia 1) Vender para indústrias metal- mecânica das regiões Sul e Sudeste com

potencial de compra;

2) Criar ações promocionais dos produtos em mídias segmentadas;

3) Passar de um processo de venda passiva para um processo de venda ativa;

4) Atuar fortemente no Sul do Brasil evitando a entrada de concorrentes.

Quadro 5 – Estratégias associadas ao objetivo 1Fonte: Dados do Autor

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Estratégia 5) Acompanhar a satisfação dos clientes e serviços prestados através da

pesquisa de satisfação dos clientes, com objetivo de: verificar o prazo de

entrega, atendimento, qualidade do produto e o suporte técnico;

6) Padronizar o processo de vendas e pós-vendas;

7) Oferecer um atendimento diferenciado aos clientes.

Quadro 6- Estratégias associadas ao objetivo 2Fonte: Dados do Autor

3) Estrutura da força de vendas

A estrutura utilizada será a estrutura por território / geográfica, pois a empresa vende

muitos produtos a diferentes tipos de clientes. Suas forças são concentradas por setores ou por

linhas de clientes. Possui a vantagem da especialização e profundo conhecimento sobre as

necessidades de seus clientes. Por outro lado, existe a desvantagem de se ter clientes

espalhados por todo o país. Inicialmente iremos utilizar como foco a região sul e sudeste do

país e a faixa de remuneração será o salário fixo mais diária de viagem, mediante

apresentação de relatório de visita.

Esta estrutura tem suas vantagens. Primeiro, por fornecer uma definição clara das

responsabilidades do vendedor e em segundo, a responsabilidade territorial aumenta o

incentivo do vendedor para cultivar negócios locais e ligações pessoais e em terceiro, cada

vendedor tem menos despesas, pois as viagens são dentro de uma pequena área.

1) Tamanho

Na visão de Kotler (2000) o tamanho da força de vendas é tratado juntamente com a

remuneração, refere-se à força de vendas como um dos patrimônios mais produtivos e caros

da empresa, porém o mais lucrativo.

É desejável que as empresas realizem constantemente uma avaliação simultânea das

oportunidades de mercado e das suas restrições, para chegar a uma decisão ótima acerca do

tamanho e orçamento da força de vendas (COBRA, 1994, p. 259).

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Para atingir os objetivos da empresa, deverão ser contratados dois vendedores para

fazerem o serviço externo com o gerente comercial, uma para atuar no Sul do país e o outro

para atuar no Sudeste do país e um assistente comercial para trabalhar dentro da empresa

fazendo o serviço de apoio. Primeiramente será responsável pela atuação comercial nas

empresas localizadas no Sul do país, pois devemos nos firmar e divulgar a Cebra como uma

marca aqui no Sul principalmente, por não ter nenhum concorrente ao nível da Cebra.

O gerente comercial irá analisar os relatórios de visitas bem como ajuda a programar

e supervisionar o trabalho de campo.

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Figura 4 – Mapa da população por Estados em 2000

2) Remuneração

Antes de se contratar vendedores, a empresa precisa definir o tipo de plano de

remuneração: salário fixo, somente comissão e combinação de salário mais comissão.

O plano de salário fixo assegura um rendimento dos vendedores, fazem com que

tenha mais disposição para executar a tarefa. Planos de somente comissão atraem vendedores

de alto desempenho e dão maior motivação e necessitam de menos supervisão, pois eles

controlam os custos de vendas. Plano combinado conforme Kotler (2000) destaca, eles

oferecem os benefícios de ambas às modalidades e reduzem suas desvantagens.

A empresa entende que a melhor forma de remuneração é salário fixo mais diária de

viagem. Portanto, a faixa de remuneração será o salário fixo mais diária de viagem, mediante

apresentação de relatório de visita.

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4.5 SUGESTÕES DE AÇÕES PARA A FORÇA DE VENDAS

Na seqüência serão apresentadas sugestões de atividades para as estratégias

apontadas para a área de vendas da empresa.

Objetivo 1: Conquistar doze novos clientes no período de julho de 2007 a julho de

2009, que represente 20% do faturamento.

Estratégia 1: Vender para indústrias metal-mecânica das regiões Sul e Sudeste com

potencial de compra.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Coletar dados de federações,

publicações comerciais,

fornecedores, clientes atuais e

rede de comunicação.

Julho de 2007 Andréia A ser orçado

Acompanhar as informações de

mercado referentes a potenciais

clientes do segmento de metal-

mecânica (ABIMAQ).

A partir de julho de

2007

Andréia A ser orçado

Conhecer as necessidades do

segmento metal-mecânica e

identificar os produtos mais

adequados (Normas técnicas

aplicáveis).

A partir de agosto de

2007

Andréia A ser orçado

Identificar os principais

concorrentes neste segmento

A partir de agosto de

2007

Andréia A ser orçado

Conhecer o processo de compra

das empresas metal-mecânica(clientes já atendidos do

segmento).

A partir de agosto de

2007

Andréia A ser orçado

Quadro 7 - Plano de ação da Estratégia 1Fonte: Dados do autor

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Estratégia 2: Criar ações promocionais dos produtos em mídias segmentadas.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Divulgar a marca Cebra emfederações, publicaçõescomerciais, fornecedores eredes de comunicação.

Setembro de 2007 Diretor comercial eAndréia

A ser orçado

Criar material impresso paraa força de vendas

Setembro de 2007 Diretor comercial eAndréia

A ser orçado

Criar brindes para entregaraos clientes

Setembro de 2007 Andréia A ser orçado

Contratar uma agênciaespecializada no segmentoindustrial

Setembro de 2007 Andréia A ser orçado

Participar de feirasrelacionadas ao segmentoindustrial e comercial

Setembro de 2007 Andréia A ser orçado

Quadro 8 – Plano de ação da Estratégia 2Fonte: Dados do autor

Estratégia 3: Passar de um processo de venda passiva para um processo de venda ativa.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Construir um plano de açãotrimestral e realizaracompanhamentos mensais.

Julho de 2007 Diretor Comercial eAndréia

Sem custos para aempresa

Fazer revisão mensal eadicionar novas ações.

Agosto de 2007 Diretor Comercial eAndréia

Sem custos para aempresa

Criar estratégias deabordagem para potencialcliente.

Agosto de 2007 Diretor Comercial eAndréia

Sem custos para aempresa

Criar indicadores dedesempenho dos vendedores

Agosto de 2007 Andréia Sem custos para aempresa

Criar prêmio para ovendedor que mais sedestacar

A partir de setembrode 2007

Diretor Comercial eAndréia

A ser orçado

Quadro 9 - Plano de ação da estratégia 3Fonte: Dados do autor

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Estratégia 4: Atuar fortemente no Sul do Brasil evitando a entrada de concorrentes.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Criar estratégias de abordagempara potencial clienteespecificamente para o Sul doBrasil.

Agosto de 2007 Diretor Comercial eAndréia

Sem custos para aempresa

Disponibilizar dois vendedorespara visitar os potenciaisclientes na região Sul.

Agosto de 2007 Andréia A ser orçado

Quadro 10 - Plano de ação da Estratégia 4Fonte: Dados do autor

Objetivos 2: Manter os 67 clientes que compraram produtos da Cebra no ano de 2006

Estratégia 5: Acompanhar a satisfação dos clientes e serviços prestados através da pesquisa de

satisfação dos clientes, com objetivo de: verificar o prazo de entrega, atendimento, qualidade

do produto e o suporte técnico.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Enviar pesquisa desatisfação dos clientessemestralmente.

Julho de 2007 Qualidade Sem custos para aempresa

Analisar todos os itensque apontaremdescontentamento napesquisa e propormelhoria

Agosto de 2007 Qualidade e Andréia Sem custos para aempresa

Quadro 11 - Plano de ação da Estratégia 5Fonte: Dados do autor

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Estratégia 6: Padronizar o processo de vendas e pós-vendas.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Criar formulário de cotação Agosto de 2007 Diretor Comerciale Andréia

Sem custos para aempresa

Enviar cotação para o cliente nomesmo dia

Agosto de 2007 Diretor Comerciale Andréia

Sem custos para aempresa

Disponibilizar uma linha telefônicapara o suporte técnico

Agosto de 2007 Andréia A ser orçado

Selecionar uma amostra dosclientes atendidos durante umperíodo de um mês e entrar emcontato por telefone ou e-mail paraverificar a qualidade dos produtosadquiridos

Setembro de2007

Andréia Sem custos para aempresa

Curso de treinamento a cada seismeses para todos os vendedores

Agosto de 2007 Andréia A ser orçado

Contratar funcionário para o setorde assistência técnica para diminuiro prazo do reparo para 10 dias

Setembro de2007

Andréia A ser orçado

Quadro 12 - Plano de ação da Estratégia 6Fonte: Dados do autor

Estratégia 7: Oferecer um atendimento diferenciado aos clientes.

ATIVIDADES PERÍODO ENCARREGADO ORÇAMENTO

Disponibilizar uma linhatelefônica para contato diretoao cliente.

Julho de 2007 Andréia A ser orçado

Após emissão de nota fiscalou nota de serviço, enviar ume-mail ao clientecomunicando o número danota fiscal de saída, data etransportadora.

Julho de 2007 Andréia Sem custos para aempresa

Quadro 13 - Plano de ação da Estratégia 7Fonte: Dados do autor

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES

Este trabalho de conclusão de curso objetivou propor um plano de vendas da empresa

Cebra – Conversores Estáticos Brasileiros Ltda., com base em algumas fontes de dados que

contribuíram para a elaboração do mesmo. Esse objetivo foi alcançado e apresentado no

capítulo 4 (quatro) deste documento.

O desenvolvimento do plano para a força de vendas da Cebra teve seu

desenvolvimento a partir da observação das atividades desenvolvidas na área de vendas da

empreas. No capítulo 1 apresentou-se a situação problema que gerou os objetivos e

conseqüentemente a justificativa do mesmo. Na seqüência, buscou-se embasar teoricamente o

assunto proposto através da apresentação dos temas que serviram de base para o estudo. Na

seqüência, apresentou-se a metodologia definida para a obtenção dos dados e informações

bem como a definição do modelo escolhido. No capitulo 4, apresentou-se os resultados dos

levantamentos de campo bem como o plano para a força de vendas da empresa.

Por fim, apresenta-se neste capitulo, as considerações finais e sugestões finais

referentes ao estudo que se encerra. Observando o processo de vendas utilizado atualmente

pela Cebra, percebe-se que ela tem se mantido competitiva no mercado, embora não atuando

com uma equipe de vendas, como pode-se verificar no decorrer do estudo. A Cebra gera o

pedido e não faz à venda, pois são os clientes que procuram à empresa, mas mesmo assim

possui uma carteira de clientes bem consolidada, a qual tem gerado bons resultados. Diante

das informações obtidas foi possível criar estratégias de vendas, as quais passaram a

estabelecer o plano para a força de vendas da Cebra.

Constatou-se, de um modo geral, que a empresa é bem avaliada pelos clientes. O

levantamento de campo realizado junto aos clientes apontou que os clientes estão satisfeitos

com relação ao atendimento, qualidade do produto, flexibilidade nas negociações,

cumprimento nas promessas feitas, porém alguns clientes apresentaram insatisfação no prazo

de entrega, tal fator precisa ser corrigido pela empresa.

Outra consideração a ser feita está associada ao plano de vendas, todas as propostas

inseridas nesse plano buscam claramente aumentar as vendas, e conseqüentemente sua maior

participação no mercado, sem deixar de lado a valorização do seu relacionamento com os

clientes e colaboradores, o fortalecimento do conceito da marca, que é converter energia com

qualidade e segurança e contar com uma equipe técnica altamente qualificada na área de

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eletrônica de potência, mantendo a qualidade e a confiabilidade dos equipamentos de seus

clientes.

Com base no histórico de vendas da Cebra no ano de 2006 e o primeiro trimestre de

2007, foi possível criar os objetivos de vendas acima descritos, para então estabelecer as

estratégias e ações propostas.

Ao iniciar a implantação do plano para a força de vendas e seu devido controle,

sugere-se a empresa contar com pessoas responsáveis e capazes, que compreendam

claramente os objetivos almejados, com possibilidade de trabalhar em equipe, delegando

funções e coordenando a mesma, definir as prioridades e programar as atividades, ser eficaz

na comunicação de idéias e motivar as pessoas envolvidas.

Para implementar o referido planejamento para a força de vendas da empresa,

sugere-se a Cebra, que contrate um equipe de vendas e faça reuniões semanais ou quinzenais,

com os vendedores, para rever o cumprimento das metas e reafirmá-las para o próximo

período ou reformular como julgar necessário. Referente às metas estipuladas para indústria,

sugere-se que a empresa estabeleça um plano de ação para atingir os objetivos propostos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: MakronBooks, 1990.

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A P Ê N D I C E S

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO REALIZADO COM OS CLIENTES

Prezado Cliente:

Buscando aprimorar e diversificar os produtos oferecidos, além dos serviços prestados

pela CEBRA, solicitamos a gentileza de preencher a pesquisa anexa.

Pedimos que esta avaliação nos seja remetida via fax ou pelo e-mail

[email protected]. Responda o questionário dando sua opinião pessoal, sincera sobre os

temas que estão sendo pesquisados.

Desde já agradecemos sua colaboração.

Atenciosamente,

Andréia Lúcia Kreusch de Souza.

Pesquisa realizada com os clientes reais da Cebra – Conversores Estáticos Brasileiros

Ltda. Esta pesquisa será efetuada com compradores dos 3 últimos meses – através de um

questionário:

Nome (opcional):

Empresa:

Data de aplicação: ___/___/___

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b) Primeira etapa: fazer um paralelo entre o que esperava e o que recebeu durante o

processo de vendas, ou seja, as expectativas e os resultados obtidos.

Item Importância Satisfação

Fase de negociação

com o vendedor em

relação à (ao):

Muito

Imp.

Imp. Pouco

Imp.

Sem

Importân

-cia

Muito

Satisfeito(a)

Satisfeito(a) Insatisfeito(a) Muito

Insatisfeito(a)

Sem

Opinião a respeito

Cortesia no

atendimento pessoal

Conhecimento do

Produto

Conhecimento das

formas de pagamento

Qualidade e rapidez

no retorno das

informações

solicitadas

Flexibilidade nas

negociações

Cumprimento das

promessas feitas

Item Importância Satisfação

Contato com a

empresa Cebra. Em

relação à:

Muito

Imp.

Imp. Pouco

Imp.

Sem Import. Muito

Satisfeito(a)

Satisfeito(a) Insatisfeito(a) Muito

Insatisfeito(a)

Sem

Opinião a respeito

Cortesia no

atendimento

Prontidão para

solucionar eventuais

dúvidas

Qualidade no produto

Qualidade nas

informações

fornecidas

Prazo de entrega

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LEGENDA

Importante Imp.

Importância Import.

Perfil da Empresa Entrevistada:

- Tempo de mercado:

- Ramo de atividade:

- Quantidade de colaboradores:

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881. De que maneira você conheceu a

empresa Cebra Ltda?

a) ( ) jornal

b) ( ) propaganda

c) ( ) indicações

d) ( ) revistas

e) ( ) Website

f) ( ) outros: _______________

2. O que o levou a comparar os produtos da

Cebra?

a) ( ) preço

b) ( ) forma de pagamento

c) ( ) prazo de entrega

d) ( ) equipe técnica

e) ( ) localização da empresa

f) ( ) referências

3. Normalmente você entra em contato com a

Cebra:

a) ( ) 1 vez por semana

b) ( ) 1 vez por mês

c) ( ) mais de uma vez por mês

4. No processo de negociação, a sua participação

pela empresa ocorre:

a) ( ) no primeiro contato

b) ( ) durante as negociações

c) ( ) no fechamento do contrato

5. Que tipo de comentário você faria a um

amigo(a) sobre a Cebra?

a) ( ) indicaria sem restrições

b) ( ) indicaria com restrições

c) ( ) indicaria

6. Os produtos e serviços oferecidos pela empresa

Cebra, em sua maioria, atendem as suas

necessidades e expectativas?

a) ( ) sempre

b) ( ) quase sempre

c) c. ( ) às vezes

d) ( ) raramente

7. Na sua opinião, qual o principal diferencial da

Cebra?

a) ( ) qualidade/ atendimento

b) ( ) flexibilidade

c) ( ) agilidade

d) ( ) preço / forma de pagamento

8. Quando um produto ou serviço é solicitado

pela empresa, a Cebra cumpre o prazo

prometido:

a) ( ) sempre

b) ( ) quase sempre

c) ( ) às vezes

d) ( ) raramente

9. Você já comprou o mesmo produto ou serviço

de outra empresa?

a) ( ) sim

b) ( ) não

Caso a resposta seja sim, responda:

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89Qual o nome da empresa? Nessa outra

empresa, qual a sua satisfação em relação aos

serviços prestados?

R:

Em relação a essa outra empresa, o que ela tinha de

melhor e o que ela tinha de pior quando comparado

com a sua atual empresa prestadora de serviços?

R:

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APÊNDICE B

ROTEIRO DE ENTREVISTAS COM OS GESTORES DA EMPRESA

a) Entrevista com o Diretor Comercial

1. De que maneira a Cebra entrou no mercado de fontes chaveadas?

a) ( ) formação técnica

b) ( ) indicações

c) ( ) revistas

d) ( ) outros: _______________

2. No processo de negociação com cliente, a sua participação pela empresa ocorre:

a) ( ) no primeiro contato

b) ( ) durante as negociações

c) ( ) no fechamento do contrato

3. Os produtos e serviços oferecidos pela Cebra, em sua maioria, atendem a necessidades e expectativas de

seus clientes?

a) ( ) sempre

b) ( ) quase sempre

c) ( ) às vezes

4. Na sua opinião, qual o principal diferencial da Cebra?

a) ( ) qualidade técnica

b) ( ) agilidade

c) ( ) preço / forma de pagamento

d) ( ) Prazo de entrega

5. Qual é o seu maior concorrente?

a) ( ) empresas brasileiras

b) ( ) empresas estrangeiras