planejamento - arcadismo

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ETEC BARTOLOMEU BUENO DA SILVA /ANHANGUERA / SANTANA DE PARNAÍBA BASE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA DOCENTE: ALINE BARBOSA DE ALMEIDA PLANEJAMENTO METODOLÓGICO UNIDADE DIDÁTICA: Literatura TEMA CENTRAL: Arcadismo no Brasil . CONTEÚDO: Tendências do Arcadismo no Brasil; A poesia arcádica em sua dimensão lírica – Tomás Antônio Gonzaga OBJETIVO GERAL Compreender a maniesta!ão do mo"imento literário arcádico# em um ideol%gica# a partir dos te&tos po$ticos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS '"idenciar o conte&to s%cio()ist%rico(cultural do Arcadismo no Br *ealizar a leitura da Lira XV da o+ra Marília de Dirceu de Tomás Antônio Gonzaga; Conte&tualizar o reerido te&to dentro da est$tica arcádica; PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Passos: Aula e&positi"a e dialogada azendo de"idos ,uestionamento entendem por Arcadismo; Leitura em "oz alta e e&pressi"a do te&to em sala de aula; Análise do te&to de acordo com as características arcádicas- mitologia. MATERIAIS UTILIZADOS: *oteiro da apresenta!ão; C%pia dos te&tos lidos em sala de aula. AVALIA!O:

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Arcadismo no Brasil

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ETEC BARTOLOMEU BUENO DA SILVA /ANHANGUERA / SANTANA DE PARNABABASE CURRICULAR: LNGUA PORTUGUESA DOCENTE: ALINE BARBOSA DE ALMEIDA

PLANEJAMENTO METODOLGICO

UNIDADE DIDTICA: Literatura TEMA CENTRAL: Arcadismo no Brasil .CONTEDO:1. Tendncias do Arcadismo no Brasil; 1. A poesia arcdica em sua dimenso lrica Toms Antnio Gonzaga

OBJETIVO GERAL 1. Compreender a manifestao do movimento literrio arcdico, em uma perspectiva esttica e ideolgica, a partir dos textos poticos.

OBJETIVOS ESPECFICOS1. Evidenciar o contexto scio-histrico-cultural do Arcadismo no Brasil; 1. Realizar a leitura da Lira XV da obra Marlia de Dirceu de Toms Antnio Gonzaga; 1. Contextualizar o referido texto dentro da esttica arcdica;

PROCEDIMENTOS METODOLGICOS:Passos: 1. Aula expositiva e dialogada fazendo devidos questionamentos sobre o que os alunos entendem por Arcadismo; 1. Leitura em voz alta e expressiva do texto em sala de aula; 1. Anlise do texto de acordo com as caractersticas arcdicas: valorizao da natureza e da mitologia.

MATERIAIS UTILIZADOS:1. Roteiro da apresentao;1. Cpia dos textos lidos em sala de aula.

AVALIAO:Ser feita a partir da interao em sala de aula, cujo momento, permitir que seja observado o desempenho crtico do aluno, na reflexo do Arcadismo no Brasil a partir dos textos literrios. Observar, sobretudo, se a metodologia trabalhada suscitou efeito para a compreenso do assunto abordado.

REFERNCIAS: AUERBACH, Erich. Mimeses: a representao da realidade na literatura ocidental. So Paulo: Perspectiva, 1976. BAKHTIN, Mikhail. Questes de literatura e esttica So Paulo: Unesp/ Hucitec, 1998.BOSI, Alfredo. Literatura e resistncia. So Paulo: Companhia das Letras, 2002. ______. Histria Concisa da Literatura Brasileira. 43 ed. So Paulo: Ed. Vozes, 2006.CANDIDO, Antonio. A formao da Literatura Brasileira: momentos decisivos. 8 ed. Rio de Janeiro: Ed. Itatiaia, 1997. ______. Estrutura literria e funo Histrica In: Literatura e Sociedade: estudos de teoria e histria literria. 8.ed. So Paulo: T.A Queiroz, 2000.p.169-192.GONZAGA, Toms Antnio. Marlia de Dirceu. So Paulo: Martins Fontes, 2000. ETEC BARTOLOMEU BUENO DA SILVA /ANHANGUERA / SANTANA DE PARNABABASE CURRICULAR: LNGUA PORTUGUESA DOCENTE: ALINE BARBOSA DE ALMEIDA

ROTEIRO

ARCADISMO NO BRASIL

O Balano(dcada de 1730), de Nicolas Lancret

Lira XVEu, Marlia, no fui nenhum Vaqueiro,Fui honrado Pastor da tua aldeia;Vestia finas ls, e tinha sempreA minha choa do preciso cheia.Tiraram-me o casal, e o manso gado,Nem tenho, a que me encoste, um s cajado.Toms Antnio Gonzaga

O Arcadismo surge com a inteno de combater os excessos do Barroco, propondo um retorno simplicidade, resgatando os valores renascentistas. Voltada para um novo pblico, formado pela burguesia, a literatura rcade veicula valores que vo de encontro ao tipo de vida levado pela aristocracia e arte que esta apreciava: o Barroco. Assim, idealiza-se a vida natural em oposio vida urbana, a humildade no lugar dos gastos exorbitantes da nobreza, o racionalismo em contraposio f, a linguagem simples e direta em oposio linguagem complexa e elitista do Barroco. (OLIVEIRA, 2002, p. 01).

O Arcadismo brasileiro originou-se e teve expresso principalmente em Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais. Seu aparecimento teve relao direta com a extrao do ouro nas cidades mineiras no sculo XVIII, haja vista que insatisfeitos com os pesados impostos que recaiam sobre os minrios e outras mercadorias, os brasileiros passaram a discriminar os portugueses e a manifestar desejos de emancipao, que culminaro com a Inconfidncia Mineira. Tudo isso contribuiu para que o sculo XVIII, no Brasil, fosse marcado por um forte sentimento nativista. O ndio, a paisagem brasileira e a preocupao com a situao poltica do pas assinalam o incio da busca de uma identidade para a literatura nacional.

ALGUNS ELEMENTOS IDEOLGICOS NA POESIA ARCDICA:

- mitologia pag como elemento esttico;- obom selvagem, expresso do filsofo Jean-Jacques Rousseau, denota a pureza dos nativos da terra fazem meno natureza e busca pela vida simples, buclica e pastoril;- tenso entre o burgus culto, da cidade, contra a aristocracia;- pastoralismo: poetas simples e humildes;- bucolismo: busca pelos valores da natureza;- nativismo: referncias terra e ao mundo natural;- exaltao da pureza, da ingenuidade e da beleza.TERMOS EM LATIMInutilia truncat:"cortar o intil", referncia aos excessos cometidos pelas obras do barroco. No arcadismo, os poetas primavam pela simplicidade.Fugere urbem:"fugir da cidade", do escritor clssico Horcio;Locus amoenus:"lugar ameno", um refgio ameno em detrimento dos centros urbanos monrquicos;Carpe diem:"aproveitar a vida", o pastor, ciente da efemeridade do tempo, convida sua amada a aproveitar o momento presente.

Atividade Complementar1) (UNICAMP) Nos dois poemas a seguir, Toms Antnio Gonzaga e Ricardo Reis refletem, de maneira diferente, sobre a passagem do tempo, dela extraindo uma "filosofia de vida". Leia-os com ateno:

LIRA 14 (Parte I)

Minha bela Marlia, tudo passa;a sorte deste mundo mal segura;se vem depois dos males a ventura,vem depois dos prazeres a desgraa.....................................................................Que havemos de esperar, Marlia bela?que vo passando os florescentes dias?As glrias, que vm tarde, j vm frias;e pode enfim mudar-se a nossa estrela.Ah! no, minha Marlia,Aproveite-se o tempo, antes que faao estrago de roubar ao corpo as forase ao semblante a graa.(TOMS ANTNIO GONZAGA," Marlia de Dirceu")

Quando, Ldia, vier o nosso outonoCom o inverno que h nele, reservemosUm pensamento, no para a futuraPrimavera, que de outrem,Nem para o estio, de quem somos mortos,Seno para o que fica do que passa -O amarelo atual que as folhas vivemE as torna diferentes.(RICARDO REIS, "Odes")

a) Em que consiste a "filosofia de vida" que a passagem do tempo sugere ao eu lrico do poema de Toms Antnio Gonzaga?b) Ricardo Reis associa a passagem do tempo s estaes do ano. Que sentido dado, em seu poema, ao outono?c) Os dois poetas valorizam o momento presente, embora o faam de maneira diferente. Em que consiste essa diferena?

2) (ITA) As opes a seguir referem-se aos textos A, B, C e D.

Texto "A" ( )"Ah! enquanto os destinos impiedososno voltam contra ns a face irada,faamos, sim, faamos, doce amada,os nossos breves dias mais ditosos."

Texto "B" ( )" no aguardes, que a madura idadete converte essa flor, essa beleza,em terra, em cinza, em p, em sombra, em nada",

Texto "C" ( )"Nos olhos Caitutu no sofre o pranto,E rompe em profundssimos suspiros,Lendo na testa da fronteira grutaDe sua mo j trmula gravadoO alheio crime e a voluntria morte".

Texto "D" ( )"O todo sem a parte no todo;A parte sem o todo no parte;Mas se a parte faz o todo, sendo parte,No se diga que parte, sendo todo.

Preencha os parnteses anteriores dos textos dados, obedecendo seguinte conveno:I) Gregrio de MatosII) Toms Antnio GonzagaIII) Baslio da GamaIV) Cludio Manuel da Costa

Preenchidos os parnteses, a sequncia correta :a) II - I - III - Ib) IV - I - II - IIc) I - II - II - Id) I - IV - III - Ie) II - IV - III IV

Proposta de Leitura: Marlia de Dirceu de Toms Antnio Gonzaga