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Luizinho Caron
Embrapa Suínos e Aves
Peste Suína Africana
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Peste Suína Africana - Relevância
• Doença viral severa, hemorrágica e altamente
contagiosa, que afeta suínos domésticos e
selvagens, com mortalidade alta.
• Não afeta humanos e não tem impacto na saúde pública diretamente.
• Impacto socioeconômico $$$$$$.
• Transmitida por suínos vivos ou mortos, domésticos ou selvagens, produtos cárneos de origem suína contaminados, ração, fômites...
• Não existe tratamento nem vacina* - considerada globalmente como prioritária na sanidade animal.
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Peste Suína Africana – Impacto econômico
• Estudo de economista USA estimou para em 16,5 Bilhões de dólares;
• Espanha e Portugal promoveram programa de erradicação de 1985 a 1995 ao custo de 100 milhões de dólares;
• Custo estimado levando em consideração número de animais abatidos dos USA e Brasil o impacto seria de 5,5 Bilhões de dólares para o BRASIL;
• Na China as perdas para 2019 estão entre 25 e 35%;
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Peste Suína Africana - Histórico
• Identificado o vírus no Quênia em 1921 transmitido de
suínos selvagens para domésticos 100% mortalidade;
• De Angola para Lisboa (1957), mortalidade próximo a 100%;
• Espanha 1960, França 1964, Malta 1978, Bélgica 1986 e Holanda 1986, foi erradicada da Espanha e Portugal (1985 -1995, custo 100 milhões U$);
• Em 1978 a PSA chegou ao Brasil e Rep. Dominicana e Cuba em 1971 e 1980;
• Brasil foi considerado livre em 1984;
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Peste Suína Africana
• Vírus DNA, família Asfarviridade, gênero Asfivirus.
• A PSA atualmente é considerada exótica.
• Não existe tratamento nem vacina.
• DS-DNA170 a 190 kbp, 151 – 167 Genes, 200nm, 23 genótipos;
• Genótipo que chegou ao Brasil I e o da Eurasia II;
• Vírus RNA, família Flaviviridade, gênero Pestivirus, espécie Pestivirus C;
• O Brasil tem um programa nacional para controle da PSC e atualmente grande parte do território é reconhecido internacionalmente como livre.
• Possui vacinas comerciais, proibidas uso no Brasil desde 1998;
• SS-RNA12,3kb, 11 proteínas cod; 45-55 nm;
Peste Suína Africana Peste Suína Clássica
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Peste Suína Africana – Surtos recentes
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Localização dos focos de Peste Suína Clássica no Ceará
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Peste Suína Africana – VÍRUS
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• Inicialmente se replica nas tonsilas e linfonodos regionais (monócitos e
macrófagos) daí ocorre viremia e a replicação em linfonodos, baço e medula;
• O vírus infecta células dos sistema fagocitico mononuclear incluindo macrófagos
teciduais e células endoteliais;
• Após sofrer uma infecção os animais que sobrevivem e eliminam o vírus podem
voltar a se infectar com vírus de outros sorotipos;
• A replicação viral destrói por apoptose linfócitos, monócitos e neutrófilos –
linfócitos não são infectados;
• O animal que sobrevive fica portador por semanas ou meses;
Patogenia
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• Na forma aguda a replicação do vírus nas células do endotélio na fase final da
doença promove a sua fagocitose e consequente hemorragias;
• Já na fase subaguda as hemorragias e edemas são devido ao aumento de
permeabilidade vascular;
• Linfopenia devido a apoptose de linfócitos T, sem evidencia de replicação viral
nos linfócitos T ou B;
• Forma subaguda é caracterizada por trombocitopenia transitória com a
formação de edema alveolar devido a ativação de macrófagos alveolares, na
ultima fase da forma aguda isso também acontece;
Patogenia
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Manifestações clínicas
• A doença forma clínica clássica é caracterizada por hemorragias
generalizadas, principalmente em tecidos linfoides;
• As hemorragias, edemas e infusões de líquidos estão envolvidas com
trombocitopenia, coagulopatia, fibrinólise e disfibrinogenemia e perda de
integridade do endotélio;
• A apresentação clínica é variada desde subclínica até infecção fatal;
• Período de incubação de 4 a 19 dias;
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Manifestações clínicas
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 4-19 DIAS
FORMA SUPERAGUDA
MORTE SÚBITA DOS ANIMAIS
FORMA AGUDA
FEBRE, ANOREXIA, HIPEREMIA DAS ORELHAS, CAUDA E MEMBROS.
DIARREÍA, VÔMITO, TOSSE, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA, ABORTO.
MORTALIDADE PRÓXIMO 100%
ANIMAIS QUE SE RECUPERAM = PORTADORES
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Manifestações clínicas
FORMA MODERADA
CAUSADA POR CEPAS POUCO PATOGENICAS
INFECÇÃO SUBCLÍNICA - ABORTO
FEBRE INTERMITENTE
MORTALIDADE 30 - 70%
FORMA CRONICA
SEM SINAIS
RETARDO NO CRESCIMENTO
LESÕES CUTÂNEAS - INFECÇÕES SECUNDÁRIAS
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Manifestações clínicas
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Manifestações clínicas
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Manifestações clínicas
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Lesões
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Manifestações clínicas
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Lesões
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Lesões
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Lesões
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Lesões
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Peste Suína Africana – Distribuição/Disseminação
Suínos doméstico e asselvajados (Jul-Dez 2017) Suínos doméstico e asselvajados (Jan-Jun 2018)
Suínos doméstico e asselvajados (Jul-Dez 2018) Suínos doméstico e asselvajados (Jan-jun 2019)
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Report N°12: March 01-14th, 2019
Peste Suína Africana - Surtos
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Peste Suína Africana – O vírus
ESTABILIDADE do Vírus
pH 4-13
INFECTIVIDADE A 4ºC 18
MESES
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O vírus PSA sobrevive em
produtos curados por até:
- 18 dias: salame curado
- 60 dias: barriga suína
- 83 dias: lombo suíno
Peste Suína Africana – O Vírus
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Peste Suína Africana – O vírus
Tripas de bovino inoculadas experimentalmente vírus da PSA;
Salga (cloreto de sódio e sal fosfatado), 4°C, 12°C, 20°C e 25°C;
Inativação completa após 21 dias para todas as temperaturas avaliadas.
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Peste Suína Africana – Epidemiologia
1 – Ciclo silvático
2 – Ciclo
carrapato/suíno
3 – Ciclo doméstico
4 – Ciclo javali/habitat
Chenais et al., 2018. Identification of Wild
Boar -Habitat Epidemiologic Cycle in African
Swine Fever Epizootic. Emerg Infect. Dis.
v.24, n.4, p.810-812.
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Peste Suína Africana – Epidemiologia
Vírus da Peste Suína Africana : ciclo selvático
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Peste Suína Africana – Epidemiologia
• Nos animais selvagens (javali africano, Warthogs) a enfermidade é subclínica ou de severidade
moderada;
• Carapatos Ornithodoros sp, uma vez nos suínos pode ser transmitido por contato direto ou indireto;
• Transmissão provável pela via oronasal;
• A taxa de apoptose “in vitro” em linfócitos dos suínos silvestres são reduzidas se comparadas ao
domésticos;
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Peste Suína Africana – Epidemiologia
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Peste Suína Africana – Diagnóstico
• Isolamento cultivo celular
• Hemadsorção*
• Antígeno por teste anticorpo fluorescente
• Detecção molecular: PCR
VÍRUS
• ELISA
• Anticorpo por fluorescência indireta*
• Immunoblotting
ANTICORPOS
Sangue estágio febril (EDTA 0.5%)
Baço, linfonodo, tonsila e rim (4°C)
Sangue sem anticoagulante 8-21 dias
após sinais clínicos - Soro
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Vírus da Peste Suína Africana : hemadsorção
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Vírus da Peste Suína Africana : imunodifusão
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Peste Suína Africana – Diagnóstico - ELISA
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DIAGNSÓSTICO DIFERENCIAL
• PSC;
• Salmonelose
• Babesiose;
• Tripanossomíase;
• Erisipela;
• Pasteurelose;
• Antrax;
• Intoxicação por cumarina;
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Peste Suína Africana –
Controle
Diagnóstico Rápido;
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Projeto Javali e Suideos Selvagens no Brasil
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Peste Suína Africana – Controle
• Não possui vacinas;
• Abate e destruição dos animais infectados;
• Controle do movimento de animais;
• Quarentena;
• Vigilância e Biosseguridade;
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
http://www.agricultura.gov.br
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
https://www.embrapa.br/en/suinos-e-aves/psa
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
Dentre as medidas de controle estão o descarte adequado (tratamento
térmico) de resíduos de alimentos de aeronaves, navios ou veículos
provenientes de países com ocorrência da PSA.
• Adequar o sistema de vigilância baseado nos fatores de risco para PSA
Casos suspeitos devem ser reportados ao Serviço Veterinário Oficial.
Diagnóstico rápido do vírus da PSA em laboratório oficial;
A prevenção em países livres da doença depende de políticas de
importação rigorosas, garantindo que nem os suínos vivos infectados
nem os produtos de origem suína oriundos de países ou regiões
afetadas pela PSA sejam introduzidos em áreas livres;
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
Não alimentar suínos com produtos cárneos de origem suína,
oriundos de restos da alimentação humana.
• Conhecer as características da PSA e como evitá-la
Treinamento e capacitação de veterinários e produtores para
reconhecer a doença;
Caçadores que tenham participado de atividades de caça em países
com ocorrência da PSA, não devem trazer subprodutos da caça para o
país;
As pessoas que viajam para países onde existem registros da PSA,
devem evitar visitar locais de criação de suínos.
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Peste Suína Africana – Prevenção e controle
Aplicar medidas de biosseguridade rigorosas para prevenir a introdução
e disseminação do vírus.
Garantir apoio legal e recursos (fundos indenizatórios, diagnóstico, entre
outros) para a implementação de medidas de controle.
Diagnóstico Rápido;
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Peste Suína Africana – Considerações Finais
Doença viral severa, hemorrágica e altamente contagiosa, que afeta suínos
domésticos e selvagens.
Transmitida por suínos vivos ou mortos, domésticos ou selvagens, produtos cárneos
de origem suína contaminados, ração, fômites...
Sistema de alerta e de diagnóstico eficaz – problema atual no Sudoeste asiático;
Treinamento e capacitação de veterinários e produtores;
Adequar o sistema de vigilância baseado nos fatores de risco para PSA;
Garantir apoio legal e recursos (fundos indenizatórios, diagnóstico, entre outros) para
a implementação de medidas de controle;
Aplicar medidas de biosseguridade rigorosas para prevenir a introdução e
disseminação do vírus.
Comunicação com a sociedade, sobre riscos e identificação da doença.