pecs virtuais por francielle buzzi e natália vicentini
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FRANCIELLE BUZZI
NATÁLIA VICENTINI
PECS VIRTUAIS:
Blog de Hospedagem para os Projetos Experimentais de Comunicação
BLUMENAU -SC
2011
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INSTITUTO BLUMENAUENSE DE ENSINO SUPERIOR IBES SOCIESC
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO
PROJETO: MULTIMÍDIA
FRANCIELLE BUZZI
NATÁLIA VICENTINI
PECS VIRTUAIS:
Blog de Hospedagem para os Projetos Experimentais de Comunicação
Disciplina: Projeto Experimental em Comunicação
Coordenadora do Projeto Experimental– Habilitação
Jornalismo: Roseméri Laurindo, Dra.
Linha de Pesquisa: Novas Mídias
Professor Orientador: Luciano Alessandro Duque, Ms
BLUMENAU -SC
2011
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Dedico este trabalho a quem me dá apoio incondicional, em todos os projetos que assumo,
além de ter a maior paciência do mundo – meu marido.
Dedico especialmente à minha familia, principalmente à minha mãe Denise, que me fez
entender que para chegarmos ao final da estrada é preciso dar um passo de cada vez; ao meu
namorado Pedro pela enorme paciência nos momentos de ansiedade e seu dom em me
tranquilizar; à minha colega de PEC agradeço toda a dedicação e senso de humor que foram
fundamentais para que esse trabalho existisse.
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO.........................................................................................................15
2 A INTERNET E AS UNIVERSIDADES.....................................................................17
2.1 UNIVERSIDADES COMO FONTE DE PESQUISA.................................................18
3 O QUE SÃO BLOGS.....................................................................................................19
3.1 JORNALISMO NA REDE...........................................................................................22
3.2 A LINGUAGEM DOS BLOGS...................................................................................13
4 RELATO DE PRODUÇÃO..........................................................................................26
4.1 PRÉ-PRODUÇÃO........................................................................................................26
4.2 PRODUÇÃO.................................................................................................................27
4.3 CRIAÇÃO DO BLOG..................................................................................................28
5 CONCLUSÃO................................................................................................................34
REFERÊNCIAS...............................................................................................................35
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RESUMO
Este projeto tem por objetivo o desenvolvimento de um espaço virtual (blog), onde os
acadêmicos do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo possam publicar
seus Projetos Experimentais em Comunicação (PECs). A finalidade do blog é gerar uma fonte
de pesquisa para acadêmicos, professores, pesquisadores de comunicação, além de servir
como uma vitrine para os projetos, os alunos, os cursos de Jornalismo e Publicidade e
Propaganda, e a Instituição. Este documento ressalta a presença da universidade na internet,
bem como a fundamentação teórica dos blogs e sua linguagem.
PALAVRAS-CHAVE: JORNALISMO, BLOG, INSTITUIÇÃO, PROJETOS
EXPERIMENTAIS EM COMUNICAÇÃO.
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ABSTRACT
This project aims to development a virtual space (blog), where the academics of the course of
Social Communication with qualification in Journalism to publish their Experimental Projects
in Communication (PECs). The purpose of the blog is generate a source of research for
scholars, professors, communication researchers, in addition to serving as a showcase for the
projects, the students, the courses of Journalism and Advertising, and the Institution. This
document protrudes the university presence on the internet, well as theory basic of blogs and
their language.
KEY WORDS: JOURNALISM, BLOG, INSTITUTION, EXPERIMENTAL PROJECTS IN
COMMUNICATION.
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1 APRESENTAÇÃO
Estamos na era digital. Os computadores tornarem-se, na última década, fontes de
pesquisa populares e acessíveis, como um meio prático de busca por informações. Antonioli1
divulgou, em seu artigo publicado no site Tobeguarany, dados do Ibope/Nielsen: cerca de 73,9
milhões de brasileiros, a partir dos 16 anos, navega na internet.
Com o crescente avanço do mundo virtual na vida do brasileiro, é natural que as
universidades, berço das inovações tecnológicas, ofereçam suporte digital para que seus
acadêmicos tenham condições de desenvolver seus projetos.
De forma geral, as Instituições de Ensino Superior de todo o país já possuem ao menos
um site na rede mundial de computadores, onde alunos e futuros acadêmicos encontram desde
informações de cursos oferecidos, até seções onde matriculados podem conferir seu
desempenho. Alguns centros acadêmicos já oferecem bibliotecas virtuais, que auxiliam o
aluno em pesquisas e procura por referências, no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos.
Através deste cenário, as acadêmicas autoras deste projeto, puderam observar uma
oportunidade de ampliar o leque de conhecimento que o Ibes/Sociesc pode oferecer no meio
virtual, cumprindo também desta forma o objetivo fundamental do jornalismo: comunicar.
O foco deste projeto é a criação de um blog para divulgação dos Projetos
Experimentais de Comunicação (PECs), desenvolvidos por alunos do curso de Comunicação
Social com Habilitação em Jornalismo.
Os PECs constituem-se de um produto jornalístico, criado individualmente ou em
dupla, por acadêmicos do sétimo semestre do curso de Jornalismo, no Ibes/Sociesc. Os alunos
são auxiliados pelo professor responsável pela disciplina PEC, e por um professor específico,
graduado em Comunicação Social, escolhido pelos autores dos projetos. Este profissional irá
orientar a criação do produto e a produção do memorial, que contém a fundamentação teórica
do trabalho.
A escolha de um blog como suporte foi feita após levar-se em consideração o custo de
implementação, a visibilidade, a facilidade de acesso e a gratuidade para quem tiver interesse
em acessar a pesquisa.
1 ANTONIOLI, Leonardo. Estatísticas, dados e projeções sobre a Internet no Brasil.2011. Disponível em
http://www.tobeguarany.com/internet_no_brasil.php Acesso em 12 MAI. 2011
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Através de professores do Ibes/Sociesc foi obtida a informação que os PECs,
realizados por estes estudantes, ficam depositados, após o julgamento da banca, em uma sala
da Instituição.
Ao começar a pesquisa para que este trabalho fosse realizado, as pesquisadoras
descobriram que a faculdade não tinha armazenado nenhum dos projetos que foram
desenvolvidos nos últimos anos. O que havia eram apenas os memoriais resultantes da criação
do produto jornalístico.
Isso reforçou a necessidade de um local para registrá-los, impedindo-os de ficarem
inacessíveis, já que os alunos dedicam um semestre a fim de realizar o PEC.
Ao restringir o acesso a esse material, ele deixa de servir de inspiração para os novos
alunos, ficando expostos ao tempo e ao esquecimento.
A intenção é que o blog sirva como fonte de pesquisa para acadêmicos, profissionais,
professores e pesquisadores da área de Comunicação Social, e como uma ferramenta de
divulgação para os projetos, alunos, os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, e a
Instituição.
A catalogação desse material foi feita através do critério de maiores notas, entre os
PECs criados pela turma de Jornalismo referente ao sétimo semestre de 2010 e de 2009. Os
melhores trabalhos, de acordo com sua nota e disponibilização dos autores, irão constar no
piloto do blog. Para a publicação dos PECs desenvolvidos pelos alunos, será necessária uma
autorização dos mesmos.
O blog oferecerá espaços, divididos por tags, onde serão publicados foto-
documentários, jornais, livros-reportagem, multimídias, programas de rádio e televisão,
práticas editoriais institucionais, reportagens fotográficas, revistas, e série ou grandes
reportagens, que são as opções de trabalhos dadas pelos professores na elaboração do PEC.
Na postagem de cada trabalho, o pesquisador irá encontrar um breve resumo e o memorial
sobre o produto criado, juntamente com o produto em si, em versão digital.
Este PEC tem a pretensão de ser adotado no futuro pelo Ibes/Sociesc, de forma a
preservar a memória da Instituição. Assim, os alunos poderão entregar os produtos
jornalísticos desenvolvidos em versões digitais, para serem publicados no blog.
Além disso, este projeto irá expandir o conhecimento adquirido e produzido para além
dos muros da Instituição, permitindo que demais acadêmicos de outras instituições possam ter
acesso a esse conteúdo.
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2 A INTERNET E AS UNIVERSIDADES
No final dos anos 80, deu-se início no Brasil a troca de dados a grandes
distâncias. A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o LNCC
(Laboratório Nacional de Computação Científica), do Rio de Janeiro, utilizaram a rede
chamada Bitnet, que permitia o envio de correio eletrônico, para conectar-se a institutos de
pesquisa do Estados Unidos. Em 1989, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) foi o
primeiro instituto de ensino superior brasileiro a se ligar ao sistema, a fim de ampliar a troca
de informações entre professores e pesquisadores do mundo todo. (MAIA, 2009)
O primeiro acesso à Internet propriamente dita só foi acontecer em 1991. “[...] a
Fapesp começou a transmitir dados por meio do protocolo TCP/IP, que é o padrão nessa rede
– o protocolo, usado em todas as conexões à web, permite que as máquinas "falem a mesma
língua" e possam trocar informações entre si”(MAIA, 2009).
Até 1995, o uso da Internet no Brasil esteve restrito às universidades e institutos de
pesquisa. Somente após este ano que houve a popularização da rede, na chamada explosão
comercial. Em 1997, já eram mais de 50 milhões de usuários no mundo todo. Mais de um
milhão de pessoas estavam conectadas no Brasil.(TORQUE, 1997)2
As universidades no Brasil continuaram a adaptar-se e a acompanhar o crescimento da
rede mundial de computadores.
O governo criou a portaria 2.864, em 24 de agosto de 2005, assinada por Fernando
Haddad, ministro da Educação, que determina que todas as instituições de ensino superior –
federais, estaduais, municipais ou particulares – precisam oferecer à sociedade uma página
eletrônica própria, com dados transparentes e atualizados, inclusive sobre os cursos
disponíveis. (FARIA, 2006)3
Até 2006, já haviam 4.253 registros de páginas eletrônicas do ensino superior,
superando o número de instituições existentes no país, 2.013. Isso acontece porque muitas
faculdades têm páginas dentro dos portais das universidades e cada faculdade envia o
endereço ao MEC. (FARIA, 2006)
A presença das redes de ensino na web não se limitou aos seus sites de informação
institucional. Cada vez mais aumentam o número de universidades que possuem bibliotecas
2 COMUNICAÇÃO e Internet: Início, meio e fim da rede mundial. 1997.
Disponível em <http://www.torque.com.br/internet/historia.htm> Acesso em 8 JUN 2011 3 FARIA, Susan. Universidades precisam oferecer página na Internet. 2006. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5396> Acesso em 8 JUN 2011
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online, onde disponibilizam, além do arquivo físico em versão digital, trabalhos acadêmicos,
dissertações de mestrado, teses de doutorado, etc.
2.1 UNIVERSIDADES COMO FONTES DE PESQUISA NA INTERNET
Atualmente, podem-se encontrar referências sobre todos os assuntos possíveis na
Internet. A grande dificuldade é discernir as fontes que são fidedignas das que são
desconfiáveis. Daí a importância das universidades oferecerem seus conteúdos na rede,
favorecendo a transmissão de conhecimentos do formato tradicional para o online, e fazendo
valer o conceito “universidade e informação”.
No mundo digital que convivemos atualmente, apenas o espaço físico não é mais
suficiente caso se pretenda facilitar a busca e o acesso às informações necessárias
aos docentes, discentes, tecnólogos e pesquisadores em suas atividades diárias. Com
a disseminação crescente do uso de fontes de informações on-line, a biblioteca
universitária necessita também migrar para o ambiente virtual, prestando serviços de
qualidade que apóiem as atividades de ensino, pesquisa e extensão. (ANDRADE,
2000, p.2)
Fidalgo (2001) relata a experiência de criação em 1999 da Biblioteca Online de
Ciências Sociais (BOCC), de Portugal. O site é uma junção de documentos de caráter
científico e acadêmico de instituições de diversos países que falam a Língua Portuguesa.
Com certeza, alunos e docentes em Portugal e no Brasil beneficiaram-se e
beneficiam-se com a publicação online de artigos, teses de mestrado e de
doutoramento, e sebentas de outros docentes. [...] A formação acadêmica prende-se
hoje incontornavelmente com a Internet enquanto fonte de informação e local de
explicação. (FIDALGO, 2001,p.3).
O autor vai mais além ao citar as vantagens de uma biblioteca online.
Penso que a BOCC é uma maneira fácil, simples e barata de publicar na verdadeira
acepção do termo, de tornar acessível a todos os interessados textos de cariz
científico e acadêmico. [...] Disponibilizar um texto na Internet é publicá-lo urbi et
orbi, facultá-lo sem limites de espaço e tempo aos próprios alunos e a outros.
(FIDALGO, 2001, p.3)
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A emergência da sociedade em rede permite a criação de novos espaços de
aprendizagem, digitais e virtuais, através do acesso e uso criativo das novas tecnologias da
comunicação e da informação.
No próximo tópico, será abordada a plataforma blog, que permite a propagação de
conhecimento de forma rápida, com custo baixo e fácil acessibilidade.
3 O QUE SÃO BLOGS
Para entender o que é um blog, é necessário explicar o que significa weblog, sua
palavra de origem. Blood (2000 apud AMARAL et al, 2009, p.28a) explica que “O termo
weblog foi primeiramente usado por Jorn Barger, em 1997, para referir-se a um conjunto de
sites que “colecionavam” e divulgavam links interessantes na web [...]. Segundo Baltazar e
Aguaded (2005, p.1) pode-se começar por dividir a palavra para compreender o seu
significado original: Web (rede) e Log (diário de bordo) sendo que o verbo to log significa
registrar. Portanto, weblog significa registros na rede. Com o passar do tempo, o termo
weblog foi abreviado para apenas blog.
Os blogs surgiram na internet no começo dos anos 2000, como uma ferramenta de
comunicação criada para pessoas que não sabiam a linguagem HTML, ou não queriam
registrar um domínio próprio.
Os blogs são editados por meio de gerenciadores que, além de hospedá-los
automaticamente na rede por meio de uma interface compatível com o navegador do
usuário, fornece as ferramentas necessárias para a composição e atualização das
páginas sem necessidade de instalar programas por meio de formatos prontos
disponíveis na biblioteca de estilos, bastando para isso utilizar corretamente
determinados comandos. (SANTOS, 2003, p. 8)
Dreves (2004) entende que os blogs são páginas na internet, com tecnologia facilitada
ou pronta. As interfaces convidam qualquer um a produzir e emitir conteúdo. O sucesso dos
blogs está intimamente ligado à facilidade de publicação e à gratuidade do serviço. (SATUF,
2008).
Apesar de o weblog ser todo construído em linguagem HTML, seu usuário não
precisa necessariamente ter conhecimento a respeito destes códigos porque suas
ferramentas são compostas por ícones cognitivos facilmente reconhecidos, podendo
ser manipulados a partir de uma ou mais interfaces de edição. Neste sentido, as
ferramentas tornam o processo de criação destas páginas mais amigáveis, visto de
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que co-relacionam técnicas de escrita anteriormente desenvolvidas a partir da
utilização de processadores de texto, por exemplo. (SILVA, 2003, p.2)
Schmidt (2007 apud AMARAL et al, 2009, p.30b) explica que blogs são
“websites freqüentemente atualizados onde o conteúdo (texto, fotos, arquivos de som, etc.) é
postado em uma base regular e posicionados em ordem cronológica reversa. Os leitores quase
sempre possuem a opção de comentar em qualquer postagem individual [...]”.
Estes espaços on-line, onde é possível escrever sobre tudo, classificam-se, segundo
Recuero (2003), como diários, publicações, literários, clippings e mistos.
O Technorati4, maior sistema de agregação de blogs do mundo, divulgou que,
atualmente, existem cerca de 130 milhões de blogs no mundo.
Os blogs são, junto com os games, os chats e os softwares sociais, um dos
fenômenos mais populares da cibercultura. Eles constituem hoje uma realidade em
muitas áreas, criando sinergias e reconfigurações na indústria cultural, na política,
no entretenimento, nas redes de sociabilidade, nas artes. Os blogs são criados para os
mais diversos fins, refletindo um desejo reprimido pela cultura de massa: o de ser
ator na emissão, na produção de conteúdo e na partilha de experiências. (LEMOS,
2008, p.8).
O blog pode ser entendido como um fenômeno de comunicação contemporâneo. É um
caminho onde é possível disponibilizar informações com o menor número de restrições.
Seja como for, o weblog surgiu como uma ferramenta simples de criar conteúdo
dinâmico em um website. É baseado principalmente em dois aspectos:
microconteúdo, ou seja, pequenas porções de texto colocadas de cada vez, e
atualização freqüente, quase sempre, diária. Os blogs são geralmente organizados
em torno do tempo. (RECUERO, 2003, p.2).
Recuero (2003) fez um estudo de caso para analisar o conteúdo publicado em blogs
brasileiros. Ela observou a divisão em três categorias:
Diários Eletrônicos– São os weblogs atualizados com pensamentos, fatos e
ocorrências da vida pessoal de cada indivíduo, como diários. O escopo desta
categoria de weblogs não é trazer informações ou notícias, mas simplesmente servir
como um canal de expressão de seu autor [...]
4 TECHNORATI, 2011. Disponível em < http://blog.technorati.com/> Acesso em 25 MAI. 2011
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• Publicações Eletrônicas– São weblogs que se destinam principalmente à
informação. Trazem, como revistas eletrônicas, notícias, dicas e comentários sobre
um determinado assunto, em geral o escopo do blog . Comentários pessoais são
evitados, embora algumas vezes apareçam [...]
• Publicações Mistas – São aquelas que efetivamente misturam posts pessoais sobre
a vida do autor e posts informativos, com notícias, dicas e comentários de acordo
com o gosto pessoal [...] (RECUERO, 2003, p.2)
Lemos (2008), ao escrever o prefácio do livro Blogs.com: estudos sobre blogs e
comunicação, afirma que os blogs tornaram-se não só um objeto fundamental de pesquisa
para as ciências sociais, mas também um poderoso instrumento pedagógico. “Vários
acadêmicos [...] usam os blogs para lançar idéias e colher comentários; para criar ambiente de
discussão que amplia a sala de aula e permite aos alunos trocar idéias, adicionar comentários;
como memória de pesquisa; como obra de arte...” (LEMOS, 2008, p.17).
Silva (2003) declara que o uso dos blogs tem diminuído e até quebrado barreiras
tecnológicas, permitindo que estudantes possam aproveitar as possibilidades da internet como
uma tecnologia que permite a convergência de tempo, espaço, culturas e línguas e que ainda
facilita a comunicação numa escala global.
À medida que há uma apropriação efetiva das novas tecnologias de
comunicação, acadêmicos e professores podem fazer parte de uma nova
escrita e de uma nova dinâmica educacional, participando do
desenvolvimento destes gêneros emergentes, ao invés de ficar à margem
deste processo. Blogs têm sido utilizados para diversos propósitos na área
educacional. Entre eles, estão práticas de colaboração, através do
gerenciamento de conhecimento e informação, entre outros. Entre essas
práticas podemos observar o fortalecimento da sala de aula criando assim, um
senso comunitário e colaborativo. (SILVA, 2003, p. 13-14)
Lemos (2008) cita um artigo do site francês Telerama, de fevereiro de 2008, que
informava que os blogs ultrapassaram o jornal The New York Times como fonte para busca
das informações mais importantes da atualidade.
Os jornalistas profissionais rapidamente se apropriaram da nova ferramenta de
publicação. (SATUF, 2008, p.3). Agora, através de um único meio de comunicação é possível
inserir texto, áudio e vídeo juntos, o que antes era inimaginável de se produzir nas plataformas
midiáticas existentes. No próximo tópico, será abordada a utilização do instrumento blog para
se fazer jornalismo.
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3.1 JORNALISMO NA REDE
Há mais de uma década a internet está sendo utilizada para fins jornalísticos; porém,
ainda não há uma terminologia definitiva referente ao jornalismo praticado na internet, para a
internet ou com o auxílio da internet. (MIELNICZUK, 2003)
Em linhas gerais, observa-se que autores norte-americanos utilizam o termo
jornalismo online ou jornalismo digital, já os autores de língua espanhola
preferem o termo jornalismo eletrônico. Também são utilizadas as
nomenclaturas jornalismo multimídia ou ciberjornalismo. De forma genérica,
pode-se dizer que autores brasileiros, seguem os norte-americanos, utilizando
com maior freqüência o termo jornalismo online ou jornalismo digital.
(MIELNICZUK, 2003, p.1-2)
Mielniczuk (2003) identifica três fases distintas no jornalismo praticado na web.
Transpositivo: os produtos oferecidos, em sua maioria, eram reproduções de partes dos
grandes jornais impressos, que passavam a ocupar um espaço na Internet.
Metáfora: mesmo ainda sendo meras cópias do impresso para a Web, começam a
surgir links com chamadas para notícias de fatos que acontecem no período entre as
edições; o e-mail passa a ser utilizado como uma possibilidade de comunicação entre
jornalista e leitor ou entre os leitores, através de fóruns de debates; a elaboração das
notícias passa a explorar os recursos oferecidos pelo hipertexto.
Webjornalismo: interatividade, customização de conteúdo, hipertextualidade e
multimidialidade.
Em um tempo em que as novas tecnologias aceleram a troca de informações pelo
mundo, é fundamental que o jornalista conheça os recursos e as alternativas que a web lhe
oferece como instrumento para o exercício de sua atividade. Quanto mais interado acerca do
mundo digital, mais qualidade e diferenciais ele poderá usar na execução do seu trabalho.
O noticiário em tempo real não deve ser considerado como uma conquista única da
internet, pois o rádio e a TV introduziram as coberturas ao vivo. A diferença que
caracteriza a internet, nesse contexto, não é simplesmente a instantaneidade da
informação, mas sim a disponibilidade de pesquisa dessa informação após os
acontecimentos, o que não ocorre com a rádio e a TV. (PINHO 2003, p.52)
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Segundo SATUF (2008), a apresentação é uma diferença fundamental entre o blog e
outras plataformas midiáticas. O autor do blog surge como figura central e determinante deste
veículo de informação.
Quando lê uma notícia no jornal ou assiste ao telejornal, o leitor/telespectador sabe
que a produção não se concentrou em uma única pessoa. Uma equipe se mobilizou
para formatar aquilo que é apresentado. As empresas ou os produtos se sobrepõem
às pessoas. Ao contrário, o blog como dispositivo jornalístico está inexoravelmente
vinculado à figura central do blogueiro. Mesmo que exista uma equipe de suporte
(repórteres, infografistas, etc), todo o crédito (ou eventual descrédito) repousa sobre
o dono do blog. (SATUF, p.6, 2008)
O blog tornou-se uma ferramenta poderosa nas mãos dos jornalistas. Ele pode afirmar
sua opinião na rede, e interagir com o público, através dos comentários. Além disso, pode
oferecer uma cobertura independente, não atrelada a grandes meios.
Silva (2003) afirma que outro aspecto importante da associação do blog com a prática
jornalista é o potencial que os blogs têm para emitir notícias exclusivas, já que o indivíduo
possui controle sobre o que será publicado.
O weblog tornou-se uma das plataformas de publicação pelas quais os jornalistas
têm se apropriado para emitir notícias, provocando uma mudança de atitude em suas
atividades, a partir da idéia de que a informação agora não deve mais ser pensada
como exclusiva de uma única plataforma (SILVA, 2003, p.7).
Desta forma, o blog deve ser considerado ao especular-se o futuro do jornalismo na
rede, já que cada blogueiro é um emissor de informações.
3.2 A LINGUAGEM DOS BLOGS
A linguagem de um blog é peculiar: os textos são curtos, divididos em blocos e com
links que levam o leitor a complementos da informação.
Quando o blog é criado para fins jornalísticos, Canavilhas (2001, p.1) diz que “no
webjornalismo não faz qualquer sentido utilizar uma pirâmide, mas sim um conjunto de
pequenos textos hiperligados entre si. Um primeiro texto introduz o essencial da notícia
estando os restantes blocos de informação disponíveis por hiperligação”.
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Já Ávila (2007, p.07) cita, no prólogo de Como Escrever Para a Web, a nova forma da
pirâmide invertida.
A velha pirâmide narrava três vezes o mesmo fato. Primeiro num título de seis
palavras, em seguida no lide e finalmente no corpo. [...] A nova pirâmide narra uma
vez só, sem repetir, desde o título, que vem a ser o mesmo lide, até o final do corpo.
Título e lide passam a ser um só, e o corpo agrega informação.
A internet exige que os textos para blogs devam conter palavras curtas, conhecidas e
precisas. Uma boa redação e uma boa edição são sinônimos para o sucesso de um veículo
online.
Dreves (2004, p. 34) cita em seu Trabalho de Conclusão de Curso dicas para a
elaboração de textos on-line, tais como:
a) restringir o uso de adjetivos;
b) no caso de datas, deve-se mencionar o dia e o mês. Além disso, a representação
do ano não pode ser abreviada. Ex.: 1997;
c) as aspas devem ser utilizadas quando houver a necessidade de se atribuir um
enunciado à determinada fonte. As declarações devem ser curtas, pois o texto
eletrônico dá mais autonomia de interpretação ao leitor;
d) os endereços devem ser escritos por extenso, em caixa alta e baixa. Endereços
eletrônicos normalmente funcionam com os links para o ambiente digital de que se
está falando;
e) devem-se evitar metáforas e textos maiores do que o tamanho do monitor;
f) seguir as normas gramaticais, evitando sentenças fragmentadas em que faltem
sujeito ou verbo. São exceções a essa regra os títulos e as legendas;
g) não se deve abreviar nomes próprios;
h) palavras estrangeiras podem ser escritas em itálico;
i) usar termos simples;
j) Parágrafos curtos, pois, parágrafos longos dificultam a leitura;
l) Pronomes demonstrativos em excesso prejudicam o ritmo de leitura e os
indefinidos devem ser usados apenas em casos extremos, pois comprometem o
entendimento do texto.
Franco (2007) afirma que todas as recomendações para se escrever para a Web, podem
aplicar-se ao blog, pela simples razão de ele ser mais uma página da Web. “Com
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características únicas [...], os blogs, em essência, liberam ao editor/autor de fazer o design:
basta criar o conteúdo, clicar e já está publicado na rede. Foi essa facilidade de criação e uso
que os tornou muito populares”. (FRANCO, 2007, p.154)
O autor ressalta a importância do título em um texto para a Web.
“[...] o título é o recurso por excelência para advertir o usuário o que se vai
enfrentar. Muitas vezes, um bom título resgata um texto pobre ou estruturado de
maneira diferente, especialmente quando aparece em resultado de buscadores, RSS,
emails, e outros ambientes. Daí a importância de elaborá-lo seguindo as diretrizes da
Web [...]” (FRANCO 2007, p. 155)
O negrito, dentro de um texto, serve para dar evidência às palavras escolhidas pelo
editor Web, e valorizar a postagem em mecanismos de busca.
Franco (2007) define as possibilidades da utilização do negrito em perguntas numa
entrevista; primeiras palavras de itens dentro de uma numeração; palavras soltas ou frases
completas dentro de um texto. “É função do editor Web definir que frases são destacadas
usando negrito. (FRANCO, 2007, p.146)
A Cartilha de Redação Web (2010), desenvolvida pelo Governo Federal, informa que
o texto de um site é parte de uma grande imagem na tela de um computador. Portanto, precisa
se sobressair, pois na maioria das vezes está concorrendo com outros elementos – o menu
principal, ícones e banners.
[...] em um ambiente multimídia, o texto é uma entre as várias maneiras de dar
acesso à informação. Não apenas foto e ilustração, mas áudio,vídeo e infográfico
estão juntos em um mesmo local, cada um à sua maneira, servindo como pontos de
acesso a um universo ilimitado de informações. (2010)
A Cartilha destaca como pontos cardeais na elaboração de textos para a internet a
persuasão, objetividade, relevância, credibilidade e abrangência.
Escrever para a web requer mais do que um bom texto. É necessário adaptá-lo, da
mesma forma como adapta-se a escrita para outros veículos midiáticos, como o rádio, a TV e
jornal impresso.
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4 RELATO DE PRODUÇÃO
4. 1 PRÉ-PRODUÇÃO
A princípio, conforme o pré-projeto do PEC do ano anterior, iríamos criar um blog que
hospedasse uma pesquisa de TCC, produzida posteriormente no oitavo semestre pela
acadêmica Francielle Buzzi.
No início do mês de março, nos reunimos com a prof. Roseméri Laurindo, da
disciplina do PEC, para alterar o foco do pré-projeto. Ao invés de hospedar apenas uma
pesquisa de monografia, decidimos que o objetivo do projeto seria uma catalogação dos TCCs
produzidos até 2010, e publicação de outros trabalhos que não fossem monografia, mas que se
destacavam pela qualidade, criados pelos acadêmicos de todos os cursos do Ibes/Sociesc.
Dentre os nomes de professores disponíveis para orientar nosso projeto, escolhemos
apresentá-lo ao prof. Luciano Duque, que prontamente aceitou nosso pedido.
Marcamos uma reunião para a quarta-feira seguinte, no dia 23 de maio.
Nesta reunião, discutimos quais seriam os primeiros passos, a possibilidade do
Ibes/Sociesc hospedar o blog em seu site, e a política de privacidade dos trabalhos
produzidos: pertenciam aos alunos-autores, ou à Instituição?
O prof. Duque nos aconselhou uma reunião com o prof. Eumar Silva, coordenador do
curso de Jornalismo do Ibes/Sociesc.
No início de abril, juntamente com o prof. Duque, nos sentamos com o prof. Eumar,
que se prontificou a consultar o diretor do Ibes/Sociesc, sobre a hospedagem do blog.
Informou-nos que os TCCs são propriedades dos alunos, e, portanto teríamos que entrar em
contato com estes alunos para conseguir uma autorização, e possivelmente os trabalhos
digitalizados, já que ele não garantia que a Instituição possuía-os em versões digitais.
Porém, nesta reunião surgiu uma dúvida pertinente: o regulamento do PEC exige que
um blog deva conter, no mínimo, 20 páginas produzidas pelos autores deste projeto
multimídia. Para responder esta nova questão, o prof. Eumar decidiu consultar a prof.
Roseméri, que poderia dar o veredicto final: um blog de hospedagem de TCCs poderia ser
considerado um produto jornalístico?
Já no outro dia após a reunião, recebemos um email do prof. Eumar, informando que a
resposta havia sido negativa, e indicando que marcássemos uma reunião com a prof.
Roseméri, para o dia 12 de abril para definir isto.
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Outrossim, obtivemos resposta positiva do diretor Anselmo, afirmando que
poderíamos hospedar o blog no site do Ibes/Sociesc, desde que houvessem critérios para a
publicação dos trabalhos.
Na terça-feira, 12 de abril, nos reunimos, Francielle e Natália, com a prof. Roseméri.
Buscando uma solução para o impasse, já que estávamos atrasadíssimas na produção
do PEC, descobrimos, através da professora, que melhor idéia seria criar um blog que
hospedasse os próprios PECs, produzidos pelos alunos do Ibes/Sociesc.
Soubemos então que, após a apresentação à banca, os trabalhos ficam depositados em
uma sala, escondendo, dessa forma, projetos bem sucedidos que poderiam, quando expostos,
servir como fonte de pesquisa, inspiração, e como uma vitrine para os acadêmicos.
4.2 PRODUÇÃO
Com o objetivo definido, nos reunimos com o prof. Duque, para informá-lo da
mudança. Discutimos quais os critérios que seriam usados para escolha dos projetos que serão
publicados, e decidimos entrar mais uma vez em contato com o prof. Eumar, buscando auxílio
para obter acesso aos PECs produzidos.
Fomos surpreendidas pela ausência dos trabalhos que deveriam estar armazenados. O
prof. Eumar fez a gentileza de procurar os PECs que deveriam estar armazenados na
Instituição, mas encontrou apenas os memoriais. Precisávamos também dos produtos criados,
para inseri-los no blog.
Mas uma vez pudemos contar com o auxílio do prof. Eumar, que nos enviou por email
uma lista de alunos e seus endereços virtuais, juntamente com a nota que cada um recebeu da
banca por seu projeto. Além disso, nos indicou trabalhos que, segundo ele, foram de muita
qualidade.
Com esta lista em mão, elaboramos um texto, com a descrição do nosso projeto, para
enviar por email aos alunos selecionados. Utilizamos o critério de maiores notas, a partir de
9,8, para criarmos esta seleção. Foram enviados emails para cinco alunos que desenvolveram
seu PEC em 2009, e 10 alunos que fizeram o PEC em 2010.
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Figura 1: Exemplo de email encaminhado aos autores dos trabalhos
Fonte: Francielle Buzzi
Alguns dos alunos que entramos em contato formaram duplas, em seu PEC, com
alunos desta mesma lista de contatos. Portanto, 15 alunos significam 12 trabalhos.
Recebemos respostas muito positivas destes autores, mas contávamos com a boa
vontade deles, para enviar-nos os PECs digitalizados. Conseguimos, a tempo de inserir no
blog antes do prazo final do projeto, seis trabalhos. O mínimo pedido pela prof. Roseméri
Laurindo e por nosso orientador, prof. Luciano Duque, eram cinco trabalhos, para constarem
no piloto do blog.
4.3 CRIAÇÃO DO BLOG
Para criarmos o blog, estudamos, juntamente com o prof. Duque, os sites que oferecem
plataforma digital para isto. Entre os mais populares, Wordpress e Blogger, optamos pelo
primeiro.
Após a criação de uma conta neste site, percebemos que a configuração de um blog
hospedado pelo Wordpress exige um conhecimento mais avançado do aluno. Como a intenção
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do nosso projeto é criar um blog com configuração simples, a fim de ser utilizado pelos
próximos alunos da Instituição, mudamos de plataforma.
Criamos no Blogger o domínio www.pecsvirtuais.blogspot.com, e começamos a
configurá-lo para abrigar os projetos.
Buscamos, na internet, um site que oferecesse templates gratuitos e atrativos, e após a
análise deles, optamos pelo eBusiness. Foram necessárias algumas modificações, em
linguagem HTML, para que o layout do blog obedecesse ao padrão de qualidade que
buscávamos.
No blog, é possível ter acesso, através de um menu, às seguintes postagens:
O que é o PEC, com texto criado pelas autoras;
Regulamento do PEC, em arquivo PDF;
Memorial, com as normas para realização de trabalhos acadêmicos, com
autoria da docente do Ibes, professora Daniela Tomio, em arquivo PDF,
seguido de um link para o site da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
No menu “Categorias”, encontra-se uma lista com todas as modalidades de produtos
jornalísticos que o acadêmico pode criar ao realizar seu PEC. Ao clicar em cada uma delas,
como por exemplo “Programa de Televisão”, se é redirecionado as postagens de PECs com
este tema.
Nestas postagens, de cada trabalho, encontra-se um resumo do projeto do aluno,
imagem ou o produto em arquivo PDF, e ainda o memorial, também em arquivo PDF. Mais
tarde, com a possível continuidade deste presente projeto, é possível hospedar vídeos no site
Youtube e publicá-los nas postagens de interesse.
Para publicar os arquivos em PDF, houve a necessidade da criação de uma conta em
um site que hospedasse estes arquivos, para mais tarde publicá-los nas postagens. Para isso,
criamos uma conta no site SlideShare, fizemos o upload dos trabalhos em PDF enviados por
seus autores, e publicamos o link no blog.
A figura seguinte mostra como aparecem os arquivos em PDF no blog PECs Virtuais.
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Figura 2: Visualização de arquivo PDF
Fonte: Blog PECs Virtuais
Na página inicial do blog PECs Virtuais, produzimos o seguinte texto, que informa a
finalidade do blog:
“Este blog é iniciado em 2011 com o objetivo de publicar os Projetos Experimentais em
Comunicação (PECs), desenvolvidos por alunos do curso de Comunicação Social com
habilitação em Jornalismo do Ibes/Sociesc, de Blumenau/SC.
Este projeto nasceu da necessidade de um lugar que desse visibilidade aos PECs, para que se
torne uma ferramenta de divulgação para os acadêmicos que os realizaram, servindo de fonte
de pesquisa para professores e estudantes.
Nos projetos postados neste blog, será encontrado um breve resumo, com informações sobre o
produto e o memorial resultante do PEC, em arquivo PDF.
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O Ibes/Sociesc oferece desde2004 o curso de Comunicação Social com habilitação em
Jornalismo. Neste período, já formou 92 profissionais da comunicação, possuindo 98
jornalistas em formação.
Este blog foi desenvolvido como PEC pelas alunas Francielle Buzzi e Natália Vicentini, com
a pretensão de se tornar permanente, mantido pelo Ibes/Sociesc.”
Na página inicial do blog há um slideshow, com imagens dos produtos jornalísticos
produzidos no PEC e postados no blog.
A postagem de cada PEC obedece ao seguinte esquema:
O título da postagem inicia com o título do trabalho, o nome do(s) aluno(s)
autor(es) e o ano de realização;
A postagem inicia com um pequeno resumo do projeto;
Segue imagem/vídeo/áudio do projeto;
Se o projeto for uma página virtual, deve ter o link para esta página;
Por último, o memorial, em arquivo PDF.
A figura seguinte mostra como são as postagens dos trabalhos no blog PECs Virtuais.
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Figura 3 : Visualização de postagem no blog PECs Virtuais
Fonte: Blog PECs Virtuais
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O blog também possui links que redirecionam o internauta para as páginas do
Ibes/Sociesc nas redes sociais Twitter e Facebook.
Figura 4: Visualização geral do blog
Fonte: PECs Virtuais
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CONCLUSÃO
A evolução da internet modificou a comunicação e a forma com que se buscava
informação. Adaptar-se é uma questão de sobrevivência, mesmo nos meios tradicionais.
As universidades, de forma correta, envolveram-se rapidamente no novo veículo
midiático, a Internet. Mas é visível que muitas instituições de ensino superior – seja por falta
de recursos ou de visão – estão relutando em oferecer ao mundo seu conteúdo científico.
O uso da internet como fonte de pesquisa desperta desconfiança, devido à
possibilidade das informações provirem de fontes não-confiáveis. Por isso torna-se relevante a
presença das instituições de ensino na rede, garantindo ao aluno e pesquisador a veracidade
das informações obtidas, quando há a necessidade de buscar referências, e até inspirações para
trabalhos acadêmicos.
O blog mostrou-se uma plataforma ideal para hospedagem de trabalhos acadêmicos,
levando-se em conta o custo de implementação, a visibilidade, a facilidade de acesso e a
gratuidade para quem tiver interesse em acessar a pesquisa.
Dessa forma, os trabalhos poderão ser apreciados, utilizados como referência na
pesquisa acadêmica, contrariando seu destino anterior, quando eram apresentados à banca e
após ficavam na Instituição ou somente em poder de seus autores.
O blog que hospeda os PECs produzidos na Instituição torna-se, além disso, uma
biblioteca online, que garante praticidade para quem quer conhecer os produtos que resultam
da intensa pesquisa produzida nos PECs. Antes da criação do blog, os projetos ficavam
inacessíveis tanto aos alunos, quanto aos professores.
Desenvolver este projeto trouxe a satisfação de ver como resultado um produto com a
qualidade e resultado buscados. A criação do blog PECs Virtuais trouxe, aos alunos,
professores e Instituição, um espaço que, se levado adiante, será de grande valia para toda a
comunidade acadêmica.
O desafio maior não foi a criação do blog PECs Virtuais, mas será a adoção da prática
de publicar estes trabalhos em nosso produto.
Daqui por diante, torna-se tarefa da Instituição, seus professores e alunos.
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REFERÊNCIAS
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